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    D O S S I T C N I C O

    Tcnic as de J ardinagem

    Eduardo Henrique da Si lva Figueiredo Mat os

    Centro de Apoio ao Desenvolviment o Tec nolgicoda Uni ver sid ade d e Bra slia CDT/UnB

    J ulho de 2007

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    DOSSI TCNICO

    Sumrio

    1. Introduo.............................................................................................................................22. Objetivo.................................................................................................................................53. Jardim...................................................................................................................................53.1 Funes do jardim..............................................................................................................53.2 Como planejar e implantar um jardim ................................................................................73.3 Implantao do projeto .......................................................................................................93.4 Iluminao do jardim ..........................................................................................................93.5 Sistema de irrigao para jardim......................................................................................113.6 Utenslios e equipamentos ...............................................................................................114. Cultivo em apartamentos....................................................................................................12

    4.1 Plantas ornamentais em apartamentos ...........................................................................144.2 Como montar uma jardineira para janelas e sacadas .....................................................165. Pragas e doenas e como combater..................................................................................166. Plantas que ajudam a espantar as pragas do jardim e cuidados ......................................197. Paisagismo.........................................................................................................................207.1 A importncia de um projeto paisagstico ........................................................................20Concluses e recomendaes ...............................................................................................21Referncias.............................................................................................................................22Anexos....................................................................................................................................23Anexo 1. Inseticidas naturais do jardim..................................................................................23Anexo 2. Dia a dia do jardim...................................................................................................24

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    DOSSI TCNICO

    Ttulo

    Tcnicas de Jardinagem

    Assunto

    Floricultura

    Resumo

    Esse dossi tcnico ira abordar os aspectos que compem o jardim, as tcnicas dejardinagem , utenslios e equipamentos utilizados. Vai citar sobre paisagismo e orientarsobre cultivo de plantas ornamentais e flores em apartamentos, alm de informaes sobre

    pragas e doenas mais comuns e formas de combat-las.Palavras chave

    Jardim; jardinagem; pragas; doenas; plantio; tcnica; paisagismo; paisagem

    Contedo

    1. Introduo

    Os jardins da antiguidade eram basicamente jardins utilitrios, com o plantio desordenadode diversas ocasies comestveis ou de plantas com finalidade medicinal e, maistardiamente, cosmticas.Apesar deste jardim utilitrio dominar os primrdios do jardim organizado, h jardins queforam louvados por sua beleza. Um bom exemplo foram os jardins suspensos da Babilnia.Tambm h registros de jardins da antiguidade na China, no Egito, na Grcia Clssica ePrsia.

    Estes jardins evoluram (ou involuram) para jardins enclausurados nos mosteiros, oucidades muradas, durante a idade mdia. Tais jardins continuam a ser basicamente locaisde cultivo de vegetais comestveis. Mais tardiamente, durante a Renascena, eles evolurampara maravilhosos jardins planejados, com o objetivo de cultivo de plantas para o deleiteesttico e decorativo.

    Em todas as culturas, as influncias da natureza sempre se fizeram sentir, pois qualquerque tenha sido o objetivo da construo de um jardim (utilitrio ou decorativo) a sujeio aoclima, solo, latitude e espcimes oriundos daquela regio se fez imperativa.

    Hoje em dia nas grandes metrpoles, o estilo do jardim pode refletir o desejo de seusproprietrios, de vez que os materiais existentes no mercado so diversos e variados. Almdisto muita aclimatao de plantas j foi conseguida, dando uma nfase ainda maior naspossibilidades de escolha de plantas, de acordo com a necessidade do usurio.

    Contudo, no se pode esquecer que o jardim de uma residncia ou edifcio o aposentoexterior, ao ar livre daquela construo, devendo portanto seguir o estilo do interior ou desua estrutura.

    Dentro da atual classificao de estilos podemos citar as seguintes:

    Rural

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    ContemporneoFormalColonialMediterrneoOrientalTropical

    Considere tambm, na hora de escolher o estilo de jardim, a natureza e o ambiente que orodeiaJardim Rural

    Geralmente, adaptado ao ambiente rural ou de fazendas ou stios, a pavimentao bemnatural, com seixos, cascalhos ou brita. Os vasos muitas vezes so adaptados de antigaspeas utilitrias, tais como cestas, carrinhos de mo laqueados em branco, etc. Charretes,rodas de carroas antigas so utilizadas, como peas de adorno.

    As cercas so de madeira. Muitas vezes estas peas rsticas so combinadas com plantasde delicada textura e cor, a fim de se somarem num efeito de um romantismo despojado.

    Jardim Contemporneo

    Nestes jardins os elementos de decorao muitas vezes possuem linhas retas e simples equase sempre do vez ao "prazer de viver. Neste caso, as piscinas, jacuzzis e quadras deesportes, so pontos fundamentais no jardim que se caracteriza por plantas estruturais querealcem e faam um pano a estes confortos.

    Geralmente as pavimentaes so lisas, bem confeccionadas, de materiais caros e nobres,e a moblia adaptada ao modernismos de vida requerido dela. Os vasos podem ser quaseesculturas ou jardineiras construdas para este fim.

    Jardim Formal O estilo formal facilmente reconhecvel, pois tem um equilbrio rgido e formal, um desenhogeomtrico, e usa bastante a topiaria como elemento decorativo de suas sebes e cercasvivas.

    A decorao clssica e inspirada na Renascena Italiana. O jardim delineia um ambientequase teatral e dramtico, como esculturas clssicas. Os recipientes de plantas so vasosde cermica trabalhada e bem acabada, muitas vezes em feitio de urnas ou nforas.

    Jardim Colonial

    O estilo colonial pode se confundir com o rural, de vez que muitos de seus elementosdecorativos provm de antigas fazendas, do tempo colonial. Mas caracteriza-seprincipalmente, por incorporar materiais coloniais, assim como fontes e lagos.

    Jardim Mediterrneo

    Este um jardim praieiro. As plantas utilizadas gostam de pouca rega, solo pobre e muitaluz. Plantas tais como alecrim, o limoeiro, a videira e a nspera, fazem parte destaambientao. Elementos marinhos como conchas modas para o pisoteio, ou acabamentode canteiros, tambm, compem este estilo. Cermicas vitrificadas ou no, fazem apavimentao. Pequenas fontes e pequenos ptios, tambm.

    Jardim Oriental

    Este jardim muitas vezes um jardim em miniatura, composto por um desenho rgido esimples, arquitetado com bonsai. O jardim oriental utiliza magnlias, azalias, conferas,bambus, pedras em nmero impar e sempre possuem um recanto aqutico. Este jardim tem

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    como objetivo pacificar o esprito, equilibr-lo em contato com a natureza e abr-lo ameditao.

    Jardim Tropical

    O expoente mximo dentro do jardim tropical foi a criao de Burle Marx. Seus jardinspassaram a valorizar nossas plantas e folhagens, e num movimento de anttese aos jardinseuropeus, o mestre direcionou-se para suas nuances e texturas, relegando a segundo planoo uso de flores delicadas e romnticas.Seu uso de plantas estruturais e gigantes, e seu estilo natural, revalorizaram as matas,como fontes de inspirao para os jardins. Muitas vezes tambm utilizou-se de diversasgramneas, tentando revaloriz-las aos olhos preconceituosos do pblico brasileiro, que asencara na maioria das vezes como matos, praga ou capins.

    Trajetria do jardins no Brasil

    Brilhantes profissionais, como o mestre Burle Marx, deram vida e personalidade culturapaisagstica, tirando proveito da criatividade e dos exuberantes recursos naturais.

    Entre as primeiras manifestaes paisagsticas verificadas no pas, temos o Passeio Pblicodo Rio de janeiro, idealizado por volta de 1769 peloMestre Valentim; os jardins Botnicosda capital carioca e de So Paulo (incio do sculo XIX) e j no sculo atual os grandesparques das quintas e chcaras; alm dos palacetes, onde as casas ficavam situadas emmeio a grandes jardins de inspirao francesa e inglesa.

    Em meados de 1900 era comum a preferncia pela esttica de padres importados, masgradativamente passou-se a incluir a vegetao tropical nos projetos. Assim, despontou ouso de helicnias, marantas, filodendros, entre vrias outras espcies, o que podia ser vistonos casares dos Campos Elseos e em parques pblicos, como o do Ipiranga.

    Nessa poca, ocorria o apogeu do ecletismo, no qual se veneravam pseudo-estilos (gtico,romano e neoclssico). J no perodo pr 2 Guerra Mundial, o advento do movimentomoderno na arquitetura brasileira desencadeou uma resposta paisagstica condizente comessa manifestao. E comearam a surgir os grandes gnios dessa atividade no pas.

    Burle Marx, sem dvida, um profissional singular no paisagismo nacional e tambm nocenrio mundial. Ele enalteceu a utilizao das espcies nativas e inovou o desenho dosjardins, uma vez que esteve ligado ao Modernismo.

    Suas solues incluem grandes manchas coloridas e outros recursos, como espelhosd'gua, mosaicos portugueses, seixos e pedras. Imprime em suas criaes um toque cnico,certamente devido sua brilhante vocao artstica, tirando partido da forma, cor, textura e

    luminosidade dos vegetais, com forte expressividade. Suas obras, como os jardins doItamaraty e Aterro do Flamengo, entre tantas outras, So referncias fundamentais para opaisagismo brasileiro.

    Em So Paulo, no comeo da dcada de 50, se destacaram outros dois profissionais.Waldemar Cordeiro, um artista rstico engajado na corrente Concretista e muitopreocupado com a coerncia de seus trabalhos, que dedicava ao landscape cuidados deobras de arte. Ou seja, ele utilizava os terrenos como, campos grficos, tratados de formadimensional na disposio das massas vegetais. Jogos cromticos eram uma de suasmarcas, assim como curvas e deslocamentos geomtricos. Originou um dos chaves dopaisagismo contemporneo: "cada caso um caso"; sem esquecer as adequaes tcnicase funcionais aliadas liberdade. A rea verde do Clube Espria foi sua concepo.

    Roberto Coelho Cardozo considerado o fundador da "escola paulista de paisagismo",pois foi ele quem introduziu no curso de arquitetura da FAU/USP esta especialidade,visando consolidar a profisso. Sua formao acadmica, ocorrida nos Estados Unidos,favoreceu o desenvolvimento do conceito da paisagem urbana, ao lado dos itens

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    residncias e parques.

    Para tanto, adaptou-se a tropicalidade e exuberncia da flora local, bem como s condiesclimticas e ambientais. Deixou bem caracterizada a idia de que o paisagismo deve seruma sntese entre a histria natural e a reflexo artstica, preconizando a realizao deprojetos a condies fixas e no padres rgidos. Entre seus traos peculiares estavam umamarcante geometrizao - linhas retas, ngulos, polgonos e ainda semicrculos e curvas.

    Indiscutivelmente, estes talentosos nomes, que decodificaram na paisagem os ideais doModernismo, com o fim da rigidez e a exaltao da. livres criaes, so pessoasfundamentais na trajetria do paisagismo brasileiro. Em suma, as vertentes da produoverificada hoje em dia.

    2. Objetivo

    Esse dossi tcnico ira abordar os aspectos que compem o jardim, as tcnicas dejardinagem, utenslios e equipamentos utilizados. Vai citar sobre paisagismo e orientar sobrecultivo de plantas ornamentais e flores em apartamentos, alm de informaes sobre pragase doenas mais comuns e formas de combat-las.

    3. Jardim

    3.1 Funes de um jardim

    Ao ser chamado para projetar e executar um jardim, o profissional precisa reunir uma seriede informaes que vo dar as diretrizes ao seu trabalho. Saber para que finalidade ocliente deseja seu futuro jardim, por exemplo, fundamental.

    O estilo de um jardim determinado pela rea disponivel, pelas especificaes vegetais queo meio ambiente (clima, solo, etc.) permite cultivar, peias formas arquitetnicas que orodeiam (e com as quais, eventualmente, pode contrastar) e pelas funes que apresenta.

    Em outras palavras, pelas finalidades a que a rea se presta, no todo ou em suassubdivises.

    A interveno do profissional tem mais peso justamente neste ltimo ponto. Antes de maisnada , preciso avaliar com o maior cuidado as reais necessidades dos moradores daresidncia onde ser implantado o jardim.

    Por isso, o nmero de familiares, a presenca de crianas e os equipamentos ou mveis quecada um gostaria de ver implantado na rea externa a casa (em funo de uma vida socialmais ou menos intensa, por exemplo) so excelentes indicadores para a obteno de bonsresultados.

    Assim como a moradia, o jardim pode dispor de diversos ambientes que, por sua vez,desempenharo diferentes funes. Mesmo quando a rea disponvel pequena, a partemais "nobre" ficar prxima da entrada social da casa; nesse ponto, os elementosornamentais sero predominantes.

    Os elementos vegetais arbustivos e florais comporo as formas desejadas, sejam elascanteiros, os limites com a rua e os terrenos vizinhos ou a delimitao de trilhas e acessos.As combinaes de formas e cores so infinitas, mas devem obedecer a critrios bemdefinidos.

    Se as dimenses do terreno permitirem, o profissional pode agregar elementos decorativoscomo muretas, espelhos d'agua e quiosques. A composio resultante enfatiza os aspectosestticos: cria se, desse modo, um jardim para ser contemplado, a qualquer hora do dia e danoite (desde seja instalada iluminao noturna) e em qualquer estao do ano.

    Nas residncias mais amplas e que, em geral abrigam famlias maiores, pode-seacrescentar ao ncleo central decorativo outras caractersticas funcionais. o momento de

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    pensar no playground para as crianas, na piscina, num local para refeies ao ar livre (umachurrasqueira ou um recanto protegido por uma pergula) ou num terrao para aproveitar osdias de sol.

    E, se o espao for realmente generoso, ate mesmo numa quadra poliesportiva. Nessascondies, so necessrios alguns cuidados no que se refere ao ajardinamento. O trfegode pessoas, tanto as da famlia como seus convidados, exige um planejamento prvio, paraque sejam usadas espcies mais resistentes.

    Em alguns casos, as pessoas desejam garantir certa privacidade e, portanto, o porte dasplantas deve ser escolhido de acordo com esse objetivo. No caso das piscinas, sem deixarde levar em conta o fator decorativo, deve-se evitar a proximidade de arbustos ou rvoresde folhas caducas que, em certos meses, perdem as folhas e acarretam cuidados edespesas extras com limpeza.

    Quando o terreno comporta uma grande rea livre nos fundos, comum a instalao decompartimentos de servio, como lavanderia, depsito etc. Trilhas de acesso pode fazem aligao com estas reas, alm disso, elas tambm podem ser disfaradas com o plantio desebes altas.

    Em propriedades maiores, como os stios e chcaras, o jardim ornamental e recreativo podeganhar uma rea destinada ao cultivo de uma horta ou pomar. Assim, dadas as suasfinalidades e os recursos necessrios para o cultivo, que implicam o uso de ferramentas e otransporte de equipamentos e materiais, o acesso a essas reas deve ser objeto decuidadoso planejamento.

    Finalmente, no se pode esquecer que a funo bsica ou o conjunto de funes integradasnum projeto paisagstico no , por fora, definitivo. Freqentemente, com o tempo, passa aser interessante, ou at mesmo necessrio, transformar o plano original.

    Por exemplo: depois que as crianas estiverem crescidas, a rea ocupada por umplayground pode receber uma nova funo, mais til s novas necessidades.

    Antes de estruturar um jardim de fragrncias, deve-se conhecer um pouco o carter dasplantas.

    Na natureza encontramos vrios grupos de plantas que exalam os mais variados emaravilhosos aromas. Dentre os mais comuns temos o floral, frutal, herbceo e terrosos.

    Como exemplo desses grupos, temos:

    Floral - violetas, rosas, cravos, jasmins, lrios, etc. So aromas diferentes, mas podemosagrup-los como um floral doce.

    Frutal flor de laranjeira, de limoeiro, flor de pessegueiro, etc. Estas flores exalam umperfume suave e caracterstico.

    Herbceo as ervas aromticas, como o manjerico, a slvia, tomilho, alecrim, hortel, etc.do um toque levemente picante e especial a qualquer jardim.

    Terrosos o aroma terroso vem do adubo e da terra umedecida pela chuva no final de umdia quente, porm os malmequeres e crisntemos apresentam em seu aroma, uma certaaspereza, que faz lembrar o cheiro da terra.

    No podemos esquecer as folhas e as madeiras que tambm muito contribuem paracompletar o doce buqu do jardim.H muitas espcies de plantas que exalam o seu perfume somente quando cai a noite, ocaso da dama da noite, de algumas espcies de jasmins, a flor do tabaco, a madressilva, agardnia, entre outras. Sua cor, bem como o seu odor um atrativo e, se projetam na noite

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    no seu ambiente escuro.

    Ter um belo jardim no privilgio apenas de quem mora em casas trreas ou possui umgrande terreno para cultivar. O contato com a natureza tambm possvel em pequenosespaos de prdios comerciais ou apartamentos, por exemplo, atravs dos jardins internos.

    Manter plantas em ambientes fechados uma forma de trazer beleza e tranqilidade aoambiente e de aliviar a tenso trazida pelo cotidiano agitado das grandes cidades.

    Porm, no momento de planejar um jardim interno, no se pode esquecer de levar em contatodas as condies de iluminao, clima, temperatura, luminosidade do ambiente econdies do solo. O ideal sempre consultar um paisagista, pois a formao desseprofissional inclui conhecimentos de fisiologia, botnica e arquitetura e ele poder analisar oespao a ser plantado mais adequadamente.

    Plantas de porte mdio, por exemplo, no podem ser colocadas em lugares de muitomovimento ou impedindo a visualizao de uma sacada - a no ser que o morador queiracriar uma barreira natural. Tambm deve ser considerado o projeto arquitetnico da casa,para que o jardim valorize o conjunto ao invs de agredi-lo.

    A melhor opo para quem quer criar um jardim dentro de seu apartamento sem ter muitotrabalho so mesmo os vasos, ideais para cantos de leitura, reflexo e relaxamento.Osmelhores so os vasos de pequeno e mdio porte, que so fceis de deslocar e manusearna hora de cuidar das plantas.

    Prestando ateno aos detalhes de adaptao de cada planta aos diferentes ambientes(luminosidade, tempo de exposio ao sol, calor, etc.), a variedade de espcies que podemser plantadas muito grande. Depois, s no se esquecer dos cuidados peridicos paraque seu pequeno jardim fique sempre bonito

    3.2 Como planejar e implantar um jardim

    Segundo as tendncias atuais do paisagismo, um jardim deve reunir caractersticasestticas e funcionais para permitir a integrao da casa na paisagem, proporcionar umarea de descanso e lazer junto natureza, proteger a casa de olhares estranhos, e defatores climticos desagradveis, como ventos frios ou quentes.

    Por isso, a implantao de um projeto paisagstico exige um planejamento detalhado, feito apartir da planta do terreno e de uma listagem de todas as necessidades e desejos de suafamlia. O ideal sempre elaborar o projeto do jardim junto com o projeto da casa para quehaja perfeita integrao da construo com o meio ambiente.

    Isso possibilita o aproveitamento do formato do terreno, da topografia, da localizao da

    casa, das reas ntimas externas em relao posio do sol e dos ventos. Mesmo fazendouma reforma, poder tirar partido da vegetao externa para criar um ambiente agradvelem sua casa.

    Neste caso, apenas o que est pronto no poder ser alterado, devendo ser tomado comoum dado bsico, e voc ter que planejar o jardim em funo da construo j existente. Oimportante fazer um levantamento das necessidades de sua famlia, considerando osseguintes itens:

    Controle do clima: se voc mora em regies onde a luz e as temperaturas so muitointensas, proteja a casa construindo ao seu redor um pergolado, onde poder plantartrepadeiras. Ou plante rvores com folhas perenes para filtrar o sol amenizando atemperatura e a luminosidade dos ambientes.J nas regies mais frias faa um projeto que permita ao sol aquecer a casa. Se for usarrvores, prefira as de folhas caducas, que perdem as folhas no inverno e no constituemobstculos insolao. Em regies de muito vento faa barreiras com rvores e arbustoscom folhagens densas.

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    A entrada da casa : o jardim deve separar a casa da rua, mas no ser muito grande, porqueem geral no aproveitado para o lazer. Reserve o espao necessrio para guardar oscarros considerando o sentido do trfego na rua, a inclinao do terreno, o espao paramanobras. Nesta rea escolha um piso resistente que proporcione rpida drenagem dasguas da chuva e segurana.

    rea social: deve ficar numa rea bem ensolarada e abrigada dos ventos fortes para tornaragradvel o convvio ao ar livre. Neste setor voc deve prever a piscina, a churrasqueira,reas para descanso, refeies, etc.

    Ao redor da churrasqueira, coloque piso de pedra, para facilitar a manuteno. Junto piscina, piso antiderrapante e deck de madeira para banhos de sol. Se possui animais,procure colocar pouca rea gramada nestes locais, porque a manuteno ser trabalhosa.

    rea de servio: deve ficar num setor que tenha sada independente para facilitar aremoo de lixo, entrada de compras e circulao de empregados. Uma rea reservadapara os varais. Nesta rea poder reservar espao para uma horta, rvores frutferas,canteiros para flores de corte e um espao pavimentado para as crianas brincarem comcarrinhos e bicicletas.

    reas ntimas: nos terrenos mais espaosos, os dormitrios e banheiros podem ser abertospara jardins ou terraos fechados, timos para descanso.

    Depois que esquematizou em um papel milimetrado a rea da casa e dividiu todos ossetores da rea externa, o prximo passo escolher as espcies vegetais que vo serplantadas e os materiais que vo formar o piso, cercas, pergolados, etc.

    Esta escolha deve ser criteriosa, pois vai determinar os custos com a implantao do projetoe depois os custos com a manuteno do jardim. Por exemplo, a deciso de pavimentarreas do jardim, vai onerar o projeto, mas a manuteno posterior ficar mais barata.

    J a implantao de um gramado deixa a execuo do projeto mais acessvel, mas amanuteno dispendiosa, pois os gramados precisam de podas, adubaes e limpezasperidicas.

    Todavia as vantagens de um gramado so maiores que as do piso pavimentado: um pisogramado bonito, integra todas as partes do jardim sem problemas, ajuda a drenar oterreno e assegura maior estabilidade da temperatura no jardim.

    Outra idia para deixar o jardim colorido, reservar alguns canteiros para o plantio de floresanuais. Mas deixe pequenas rvores, pois as plantas anuais precisam ser trocadas a cadatrs ou quatro meses, j que morrem aps a florao, deixando os canteiros vazios e

    sujeitos eroso.Ainda em pequenos canteiros ou partes em declive onde no haver trnsito, outra opo o uso de forraes, como begnias, impatiens e outras plantas que cresam mais que agrama comum. As forraes precisam de podas, adubaes e limpezas para no seremsufocadas por ervas daninhas.

    Outro ponto importante a escolha das rvores e arbustos. Lembre-se que estes elementosso importantes na formao de barreiras para proteger a casa de olhares estranhos, dosventos frios do sul, e das correntes de ar quente que sopram do noroeste. Evite fazerbarreiras densas a nordeste de sua casa para aproveitar as brisas suaves que vm desteponto.

    Procure selecionar espcies que se do bem em sua regio e que no necessitem demuitos cuidados de manuteno. Uma soluo que sempre d timos resultados usarvegetao nativa de sua regio.

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    3.3 Implantao do projeto

    A implantao do projeto paisagstico pode comear com a execuo da casa, deixe osespaos necessrios para o trnsito do pessoal, de caminhes para descarregar material euma rea para o preparo de argamassa e outros servios.

    O processo de implantao pode ser dividido em duas fases: execuo e consolidao. Naprimeira dever providenciar a estrutura bsica para o plantio, especialmente odeslocamento de terra, perfurao de covas, anlise e adubao do solo, colocao detutores para trepadeiras e cercas protetoras para as rvores recm plantadas. Para maiorfacilidade, siga as etapas:

    Terraplanagem e drenagem :Faa a movimentao da terra que for necessria e providencie o sistema de drenagem,que pode ser superficial, apenas com um ligeiro declive do terreno, ou ento subterrnea,atravs de tubulaes. Neste caso, faa um plano para que as tubulaes no coincidamcom o sistema radicular de rvores e arbustos, para no prejudicar nem o vegetal, nem osistema de drenagem.

    Anlise e adubao do solo :Providencie uma anlise do solo para aplicar os produtos necessrios boa fertilidade eperfeito desenvolvimento das plantas.

    Construo: Logo aps a preparao do terreno hora de construir estruturas paratrepadeiras, prgulas, ripados, bancos fixos, escadas, caladas, quadras, piscinas,churrasqueiras e outros melhoramentos.

    Plantio dos elementos estruturais :Plante os elementos bsicos do jardim: as rvores grandes que iro formar o teto do jardim,os gramados e forraes do piso, e os arbustos e rvores de porte menor que vo dividir asdiferentes reas do jardim e proteger a rea de lazer de olhares e ventos desagradveis.

    Enriquecimento:Depois de plantar as espcies bsicas e definitivas, plante as florferas e folhagens. Nestafase tambm hora de colocar os enfeites como estatuetas, os bancos e outros acessriosque sero a moblia do seu jardim.

    Depois de todo trabalho de execuo vem a consolidao do jardim, que demora em mdiaum ano. Durante este tempo o jardim vai exigir regas e adubaes freqentes at as plantasdesenvolverem o sistema radicular. Podas de formao que vo proporcionar um esqueletobonito e que facilite os futuros cuidados culturais, como pulverizaes, podas, etc.

    Ainda durante a fase de consolidao do jardim fique atento para combater prontamente

    qualquer praga ou doena, porque as mudas novas no tem defesas naturais.3.4 Iluminao do jardim

    Para grandes reas

    Se a rea externa dispe de muito espao, ou pretende-se iluminar o jardim da chcara ousitio, importante que haja um bom equipamento com foco amplo para iluminao degrandes reas, e para esta utilidade as peas mais indicadas so os postes de luz.

    O objetivo dos postes de luz no especificamente criar efeitos ou destacar alguma partedo jardim. Eles devem ser colocados em locais onde se pretenda ter uma iluminao intensae por isso no so indicados para pequenos espaos, j que o foco, bastante aberto,ofuscaria a viso da rea externa nos espaos menores, no permitindo que os moradoresaproveitem a viso do jardim.

    Existem postes de luz de todos os tamanhos e modelos. Procure escolher um que combine

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    com arquitetura do jardim; afinal, um projeto em estilo clssico merece uma pea que siga amesma linha.

    Balizadores

    Este tipo de equipamento muito utilizado para iluminar caminhos existentes no jardim.Sendo quase sempre colocados em seu contorno, do luz suficiente ao espao, mas semexcessos.

    0s balizadores tambm possuem foco amplo, mas por serem de pequeno porte suailuminao perifrica e menos intensa que a dos postes de luz. Assim, este tipo deequipamento pode ser utilizado em reas de qualquer tamanho, podendo at substituir ospostes de luz em reas grandes.

    Tendo menor potncia, eles clareiam sem ofuscamento, sendo uma tima opo para quemgosta de admirar o cu noite, ao que um equipamento mais potente poderia atrapalhar.

    Para quem gosta de equipamentos mais sofisticados e modernos, j existem balizadorescom alto falantes, ideais para quem gosta de ouvir boa msica enquanto curte a beleza dojardim.

    Arandelas

    Existem no mercado arandelas com todos os tipos de focos possveis, mas o objetivo maiorde seu emprego nas reas externas iluminar o plano geral do espao onde exposta.

    A diferena bsica da arandela para os postes e balizadores que esta instalada naparede e no no solo como os outros dois equipamentos. O mais comum utilizar este tipode iluminador para dar claridade a terraos ou varandas.

    Dependendo do modelo da arandela, possvel coloc-la nas paredes em volta do jardim,

    prendendo-a em altura mais baixa que o convencional e escondendo-a atrs das plantas.Desta maneira a vegetao ser iluminada com sutileza e sem foco centrado.

    Efeitos especiais

    Os projetores so equipamentos muito especiais para dar aquele destaque aos elementosmais importantes da rea externa. Devido ao seu foco centrado, estes objetos trazem aojardim uma nova cara no perodo noturno.

    muito importante saber quais os pontos que se pretende deixar em primeiro plano parano cometer excessos. Afinal, para obter o efeito desejado, importante que se destaqueapenas alguns pontos do jardim, que devem ser antecipadamente planejados para no

    exagerar na dose e distorcer a arquitetura vigente.Existem projetores de tamanhos diversos, com potncias e focos diferentes. Osequipamentos grandes normalmente so mais utilizados para destacar a fachada da casaou uma rvore, pois possuem foco um pouco menos concentrado. J os equipamentos demenor porte tm como objetivo focar pequenos ou mdios espaos, deixando o verdeexistente no local em primeiro plano.

    As lmpadas mais comuns utilizadas em equipamentos para iluminao externa so as devapor de sdio, halgenas ou as econmicas fluorescentes incandescentes, quenormalmente trazem luz de colorao branca, tonalidade que costuma dar maior efeitoesttico.

    O material utilizado na fabricao dos equipamentos para iluminao de jardim deve sersempre resistente aos fatores climticos do local onde ficaro expostos, principalmente se olugar a ser iluminado for casa de praia. Afinal, spots feitos em ferro ou ao poderoenferrujar facilmente com a maresia. Neste caso, o mais indicado adquirir peas emalumnio, que no sofrero este tipo de problema.

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    Outro fator que deve ser levado em considerao a segurana do equipamento e doprojeto a ser executado. Por isso, imprescindvel que, antes de trazer luz ao jardim,procure um profissional competente que com certeza ir dar dicas dos melhoresequipamentos para compor a casa e o jardim.

    3.5 Sistemas de Irrigao para Jardins

    Hoje, a irrigao est se tornando cada vez mais popular, muito diferente do que quandosurgiu, no hemisfrio norte, no incio do sculo, somente com o objetivo de suprir a faltad'gua dos gramados e canteiros das cidades mais quentes e secas.

    A tendncia a substituio do bom e velho, mas ultrapassado regador, por mtodos geise equipamentos mais fceis de manusear, a um custo cada vez menor.

    Para uso em jardinagem, existem dois mtodos prticos de irrigao: por asperso egotejamento.

    Por Asperso: podem ser estticos, giratrios ou oscilantes

    Asperso - Estticos: Compreendem uma base fixa, que se encaixa na ponta deuma mangueira e, com a presso que se forma dentro do irrigador, a gua que saida mangueira imita uma chuva.

    Asperso - Giratrios : Seguem a mesma linha dos estticos e representam umgrupo mais numeroso entre os portteis:

    Asperso - Oscilantes: So os mais versteis entre todos os irrigadores - neles, ofluxo de gua provoca a movimentao de um brao cheio de furinhos, no emcrculo e sim em meia lua.

    Por gotejamento: podem ser simples ou automticos Gotejamento - Simples: Consiste numa mangueira ou condute com pequenos

    furinhos colocados prximo ao caule dos arbustos, de modo a umedecercontinuamente as razes.

    Gotejamento - Automtico: Segue o mesmo sistema acima, mas tudo controladopor um sistema eletrnico, podendo adicionar tambm a liberao de fertilizantes naquantidade certa e tempo de uso pr determinados.

    3.6 Utenslios e equipamentos

    Equipamentos que traro mais praticidade e comodidade para quem cuida da rea externada casa.

    E necessrio adquirir conhecimentos bsicos sobre o funcionamento e o trabalho possvelde ser realizado com cada um deles, conseguindo assim obter melhores resultados.

    Ferramentas bsicas e importantes no cuidado do jardim, elas existem de todos ostamanhos possveis e imaginveis. Dependendo da tarefa que pretende se efetuar, elas seapresentam maiores ou mais estreitas.

    As ps de tamanho maior so utilizadas para os trabalhos mais pesados, como retirar terrade grandes espaos para o plantio de plantas ou at mesmo rvores, servindo tambm paracolocar e ajeitar a terra no lugar. No existe segredo para o manuseio deste tipo deferramenta; o importante adquirir um produto resistente e de qualidade.

    Mas as maiores estrelas entre as ps, so mesmo as destinadas aos pequenos e simplestrabalhos. Elas podem ser mais estreitas ou largas, mas em relao ao uso no h muitas

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    diferenas entre um ou outro modelo.

    Uma dica: para um iniciante em cuidado de jardim, o mais indicado a opo pelasestreitas, pois estas trazem maior facilidade na hora de retirar a terra do vaso ou canteiro oumesmo fazer pequenos buracos.

    J os garfos e escardilhos tm como funo aerar e afofar a terra, preparando-a para ocultivo. Para a primeira funo, preciso apenas fazer pequenos furinhos na terra queserviro para melhorar a circulao de ar no vaso ou canteiro. J ao afofar a terra, precisomover o garfo da extremidade ao melo do recipiente, fazendo este movimento at asuperfcie ficar mais leve e pronta para o plantio.

    exatamente esta a funo do rastelo, que pode ser pequeno ou de grande porte. Porpossuir garras apontadas para baixo, com ele possvel varrer as folhas ou elementos quese localizam sobre a terra, atrapalhando a beleza das plantas.

    Os exemplares maiores devem ser usados nos jardins e so ferramentas de fcil manuseio.Eles arrastam a sujeira do jardim como se fossem verdadeiras vassouras fabricadas emao.

    muito importante ter um rastelo em casa para cuidar devidamente da rea externa, poislimpar o jardim tarefa que precisa ser realizada com assiduidade pelo menos uma vez porsemana, principalmente no outono, onde normal que as plantas percam suas folhagens.

    Os rastelos pequenos tem utilidade similar aos maiores, mas estes servem para limparvasos, floreiras e pequenos canteiros que necessitam de equipamento mais delicado.Procure tomar bastante cuidado na hora de retirar os resduos destes espaos mais frgeis,pois, aplicando o rastelo de forma errada, a planta poder ser danificada.

    Outros equipamentos

    Alm dos equipamentos bsicos existem tambm a foice, o sacho, a machadinha, ascavadeiras e extratores especiais para ervas. Todos eles tm funo complementar nojardim, facilitando ainda mais a hora de trabalhar a beleza deste local da casa.

    A foice tem forma curvilnea e sua finalidade ceifar as plantas. Num jardim, pode ser usadapara retirar o excesso de mato, mas muito cuidado ao fazer uso desta ferramenta: de lminagrande e cabo curto, ela deve ser utilizada com muita ateno para evitar acidentes.

    Outras ferramentas importantes so o sacho e o corao que funcionam como uma espciede enxada para afofar a terra ou arrancar rvas. Este tipo de equipamento normalmentepossui duas pontas; o sacho tem forma de um garfo ou apenas dois espetos, e o coraopossui a base mais gorda e a ponta fina, parecendo um desenho de uma gota.

    A machadinha velha conhecida dos jardins, servindo para a poda de galhos mais difceisde serem retirados. J para aquelas ervas mais delicadas, os extratores especiais de ervascortam a muda sem machucar a planta, pois tem um desenho que parece uma pequenachave de fenda, mas com ponta especial para podar estas sensveis espcies.

    4. Cultivo em apartamentos

    Quero um jardim na varanda do meu apartamento, com plantas bonitas e floresperfumadas" - frases deste tipo tm sido ouvidas com freqncia pelos profissionais darea, pois fazem parte da realidade atual dos moradores dos grandes centros urbanos.

    O medo da violncia, a necessidade de novas moradias dentro de um espao que noaumenta mais, o nmero crescente de pessoas que moram sozinhas (descasados, solteirosconvictos, jovens independentes, etc.) so algumas das razes que explicam a proliferaodos edifcios de apartamentos.

    A "nova realidade" gera necessidades bsicas que precisam ser atendidas com rapidez,

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    enquanto que outras, menos urgentes, ficam para depois, mas no so esquecidas. o queacontece com as plantas. Se no d para caminhar no parque ou na praa a toda hora, aspessoas querem trazer um pouco da natureza para dentro do apartamento e, ento surgemos problemas: Como escolher as espcies certas? Onde colocar? Como cuidar?

    Gradualmente, foi surgindo um novo campo de trabalho: paisagistas, jardineiros, consultorese at decoradores so acionados para criar jardins em varandas e nas salas dosapartamentos.

    A utilizao de trepadeiras nas varandas ou terraos de apartamentos, perfeitamentepossvel incluir as trepadeiras nesses projetos, acrescentando um charme muito especial aoambiente, uma vez que existem vrias espcies adequadas, muitas delas com floresperfumadas.

    Entretanto, preciso observar que algumas apresentam uma exigncia impossvel de seresquecida: aquelas que possuem caules compridos e frgeis precisam de um apoio ousuporte para crescer, como telas, trelias, arames, arcos, etc.

    Antes de falar sobre as espcies mais indicadas, interessante observar alguns aspectoscaractersticos, pois as plantas devem ser escolhidas de forma a conciliar as condies dolocal (espao e luminosidade, por exemplo) e forma como precisam se apoiar:

    Algumas trepadeiras se sustentam no primeiro apoio que encontram pela frente e vo seenroscando em torno dele, num movimento espiral at atingir o topo, quando, ento, caemem ramos pendentes.

    Espcies que produzem flores costumam resultar num visual surpreendente. Para que aplanta no se torne um emaranhado de galhos, preciso cuidados peridicos que incluemconduo e podas. Um bom exemplo amadressilva (Lonicera japonica ), com delicadasflores perfumadas.

    Existem espcies, como aalamanda (Allamanda cathartica ), que emitem longos caules quevo se vergando com o peso das folhas e flores e se estendem procurando apoio no suportemais prximo que encontram. So plantas que exigem bastante espao e o uso deamarrilhos para se manterem presas aos tutores (estruturas de arames e trelias soideais).

    Certas espcies so chamadas de trepadeiras quando, na verdade, so "arbustosescandentes". Caso especfico da primavera (Bougainvillea ) - seus ramos so muitoflexveis, crescem em movimento ascendente mas, depois, tombam com o peso das folhas edos cachos floridos. A primavera s d bons resultados em locais bem ensolarados e exigeum espao considervel.

    As boas opes para reas sombreadas: Costela-de-ado (Monstera deliciosa) - tambm conhecida como banana-do-mato oubanana-do-brejo, apresenta rpido crescimento e suporta bem as variaes de temperatura.

    Recomenda-se conduzi-la sobre uma estaca coberta de musgo para que as razes areaspossam fixar-se. Nunca pode as razes, pois elas levam nutrientes planta. Requer localsombreado, regas moderadas e poucos cuidados, entre eles, a aplicao de fertilizantelquido na primavera e no vero e a limpeza regular das folhas mais velhas.

    Jibia (Scindapsus aureum) - sobrevive bem sombra, mas precisa de boa luminosidade.Os longos caules, repletos de folhas, resultam num visual muito bonito. H quem conduzaseus caules em fios de nylon, emoldurando quadros ou outros detalhes da decorao.Requer regas moderadas e poucos cuidados.

    Filodendro (Philodendron sp.) - planta de rpido crescimento, aprecia locais sombreados eno suporta correntes de ar. Se a varanda ou terrao estiverem sujeitos a ventos fortes, o

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    ideal colocar o filodendro prximo porta de vidro, mas do lado de dentro do apartamento.Tambm d timos resultados como planta pendente.

    4.1 Plantas ornamentais em apartamentos

    O cultivo de plantas ornamentais e flores em apartamentos uma oportunidade de lazerpara quem cuida, uma forma de deixar o ambiente mais alegre, vivo e fazer umacomposio decorativa interessante.

    claro que ao cultivar plantas em um apartamento deve-se levar em considerao algumaslimitaes e, principalmente, o conhecimento de tcnicas envolvidas, para que o resultadofinal seja o desejado.

    Em primeiro lugar, deve-se atentar para o prprio apartamento e suas caractersticas. Istose deve ao fato de existir apartamentos com varandas ou sacadas, apartamentos comjardineiras do lado de fora das janelas, com muita ou pouca incidncia de sol, com reasenvidraadas maiores ou menores, etc. Estas caractersticas vo determinar os tipos deplantas e flores mais indicadas e os locais do apartamento mais apropriados para o seucultivo.

    Antes de iniciar o cultivo, decidir quais as espcies de plantas ornamentais ou flores somais indicadas, existem plantas que necessitam de maior incidncia de sol, outras queprecisam ficar na sombra e protegidas dos ventos, aquelas que precisam de sol, mas em"doses" menores, etc.

    Desta forma, objetiva-se recriar, na medida do possvel, dentro do apartamento, ascondies que as diferentes plantas encontram na natureza, condies estas as maisindicadas para um bom desenvolvimento.

    Muitas so as plantas e flores que podem ser cultivadas em apartamentos. O gernio e aazalia, por exemplo, devem ficar parte do dia expostas ao sol. J a maria-sem-vergonha e

    a prmula se desenvolvem melhor em local sombreado. As orqudeas so uma boa opopara apartamentos, desde que possam ficar em local com bastante iluminao, mesmo semsol direto sobre elas.

    Outro bom exemplo de planta ornamental que pode ser cultivada em apartamento e queoferece um componente decorativo interessante o bonsai. Os bonsais so "miniaturas" dervores cultivadas de acordo com as tradies orientais e podem se adaptar muito bem aambientes que no tenham a incidncia direta do sol, mas precisam de iluminaoadequada para o seu bom desenvolvimento, alm do cuidado com podas constantes, paramanter as propores e o padro dos bonsais japoneses.

    Para o cultivo em vasos, devemos, em primeiro lugar, escolher o vaso correto para cada tipo

    de planta. Podemos seguir a recomendao bsica de que a rea do vaso deve sersuficiente para abrigar as razes da planta a ser cultivada. Os vasos podem ser feitos debarro, madeira, porcelana, cimento, etc., e devem ser escolhidos, tambm, pelo seu papeldecorativo.

    Os cuidados bsicos que devemos tomar com as plantas e flores cultivadas em vasos sovrios. O vaso deve apresentar uma boa drenagem, possibilitando o escoamento doexcesso de gua, quando houver. O solo para o cultivo deve ser rico em matria orgnica ecom uma boa aerao.

    Em geral, aconselha-se uma proporo de 20% de matria orgnica em um solo frtil. Atemperatura ambiente um componente importante, pois pode variar bastante, mesmodentro de um apartamento. Os locais muito quentes devem ser evitados, da mesma formaque locais mais frios. As plantas mais cultivadas em apartamentos se desenvolvem melhorem temperaturas mais altas, entre 20 e 25C.

    As regas so um fator de grande importncia, pois devemos efetua-las de acordo com as

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    necessidades especficas de cada planta: samambaias, por exemplo, necessitam de umaquantidade bem maior de gua que os cactus, que pouco precisam ser regados.

    Alm desses cuidados, deve-se manter as plantas livres de doenas, fungos e parasitas e,ainda, manter os vasos limpos, retirando galhos, folhas e flores mortas e, por ltimo, efetuarpodas sempre que necessrio.

    Rega e pulverizao

    Regar e pulverizar a tarefa mais importante para que a planta se mantenha forte.

    Para que tenha xito, no processo de rega, tem que ter em conta a temperatura do ar e seno for possvel determin-la tenha pelo menos em ateno a estao do ano. No Inverno omelhor no regar excessivamente. Molhe sempre ao amanhecer, assim a planta noestar muito hmida durante a noite.

    No vero molhe-as sempre ao entardecer, pois assim as plantas passaro toda a noite ahidratar-se e perdendo humidade no decorrer do dia. Se fizer muito calor, molhe tambmpela manh. Em alturas consideradas neutras, como em alguns dias de primavera e Outono,molhe as plantas sempre ao amanhecer e/ou ao entardecer

    O solo ideal

    Se tivssemos que escolher, sem dvida o melhor solo seria aquele que fosse rico emmatria orgnica, com uma boa camada de hmus na parte superior, para que todos osnutrientes se juntassem aos componentes do solo pouco a pouco e com uma franja de terranegra (matria orgnica j transformada) bem diferenciada.

    Por baixo, um solo de carcter argiloso com um bom sistema de drenagem na parte maisprofunda, solto e oxigenado com uma profundidade de pelo menos 50 cm livre de pedras. OpH perfeito dever estar prximo de um nvel neutro, embora com um ligeiro carter cido.

    A poda

    Quando um ramo grande d indcios de que se vai partir devido ao peso, necessrioprescindir dele para evitar males maiores, uma vez que poderia causar danos com a suaqueda e alm do mais desgarrar parte do tronco da rvore.

    Quando se poda no se pode dar o corte de qualquer modo. Pratique um corte na parteinferior do ramo, tentando que no chegue a aprofundar mais que um tero do total domesmo. D um segundo corte pela parte superior uns centmetros mais acima do stio ondedeu o primeiro corte. Tenha cuidado pois deve ultrapassar os dois teros de profundidadepara que ambas as gretas fiquem dissimuladas.

    Se o ramo no cai devido ao seu prprio peso, at uma corda ao seu extremo para que comum pequeno esforo quebre. Como ltima medida, faa um terceiro corte superfcie dotronco, com a finalidade de deixar corretamente terminado o corte da poda, evitando queapodrea.

    Prefira para o seu jardim espcies de herbceas e arbustivas resistentes seca no Vero es geadas no Inverno. A temperatura a que o jardim estar sujeito nas vrias estaes doano ser determinante na escolha das espcies a plantar e/ou semear. No caso de relvadosno semeie uma relva composta por uma nica espcie, mas sim uma mistura de 2 a 6espcies. Conseguir um relvado mais resistente

    4.2 Como montar uma jardineira para janelas e sacadas

    Preparando a jardineira: cubra o fundo da jardineira com 3cm de argila expandida parafavorecer a drenagem (cacos de cermica ou cascalho podem substituir a argila). Prepareuma mistura de solo com trs partes iguais de terra vegetal, areia e hmus. Espalhe sobre a

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    camada de argila, mantendo cerca de 2,5 cm da borda da jardineira.

    Escolhendo as espcies: Em janelas de apartamento e sacadas, por exemplo, os grandesefeitos so dados por plantas pendentes. Onde h bastante incidncia de luz solar, pode-seoptar por gernios pendentes(Pelargonium peltatum) - que se mantm floridos praticamenteo ano todo -, petnias(Petunia sp.) , begnias (Begonia imperialis ou semperflorens) ,trepadeira-africana(Senecio mikanoides) e verbena trepadeira (Verbena sp.) .

    Dessas plantas, a begnia a que melhor se adapta em locais meia-sombra. Numa janelade face sul, espcies que exigem luz solar plena dificilmente daro bons resultados, nestecaso, pode-se optar por plantas como filodendro(Philodendron) e hera (Hedera helix) .

    Plantando: Pressione ligeiramente a superfcie da terra, antes de colocar as mudas.Lembre-se de manter um espao entre elas, para que possam se desenvolver sem ficaremaglomeradas. Coloque um pouco mais da mistura de terra para uniformizar a superfcie eregue ligeiramente. Lembre-se de adubar as plantas quinzenalmente na primavera/vero emensalmente no outono/inverno.

    5. Pragas e doenas e como combater

    A maior parte das pragas atacam geralmente na primavera, perodo de fertilidade e degrande atividade na natureza. Elas causam vrios estragos nas plantas, alm de favorecer osurgimento de doenas, principalmente fngicas.

    As pragas geralmente se tornam um problema mais srio quando h um desequilbrioecolgico no sistema onde a planta est inserida. Outras situaes que podem favorecer oseu surgimento so desequilbrios trmicos, excesso ou escassez de gua e insolaoinadequada.

    O assunto vastssimo e aqui no daria para falar profundamente sobre isso. Segue abaixoum guia rpido para facilitar o reconhecimento das principais pragas e sugere-se algumas

    dicas naturais de controle:Pulges : Podem ser pretos, marrons, cinzas e at verdes. Alojam-se nas folhas maistenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas.

    Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e at transmitir doenas perigosas.Os pulges costumam atacar, principalmente, as plantas de hastes e folhas macias.

    Podem aparecer em qualquer poca do ano, mas os perodos mais propcios so aprimavera, o vero e o incio do outono. Precisam ser controlados logo que notados, poismultiplicam-se com rapidez.

    Dicas:As joaninhas so suas predadoras naturais;Um chumao de algodo embebido em uma mistura de gua e lcool em partes iguais ajudaa retirar os pulges das folhas e isso pode ser feito semanalmente;Aplique Calda de Fumo ou Macerado de Urtiga

    Cochonilhas: So insetos minsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-seprincipalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Alm de sugar a seiva da planta, ascochonilhas liberam uma substncia pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial,o fungo fuliginoso.

    D para perceber sua presena quando as folhas apresentam uma crosta com consistnciade cera. Algumas cochonilhas apresentam uma espcie de carapaa dura, que impede aao de inseticidas em spray.

    Neste caso, produtos base de leo costumam dar melhores resultados, pois formam uma"capa" sobre a carapaa, impedindo a respirao do inseto. A calda de fumo costuma dar

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    bons resultados tambm.

    A planta est definhando e no h sinal de doenas ou pragas. Apenas algumas casquinhasaderidas e imveis h muito tempo, tentando disfarar sua presena.

    As cochonilhas pertencem classe dos insetos. Dentro da classe, as cochonilhas soclassificadas como Hompteras, sendo parentes prximas das cigarrinhas, cigarras e dospulges. Sugadoras implacveis, elas roubam seiva da planta o tempo todo e so bastantediversificadas, pois h mais de 32.000 espcies de Homopteras j descritas.Em razo da presena de glndulas que produzem secreo crea (de aspectopulvurulento) ou que lembra seda e placas, as cochonilhas possuem formas que nem seassemelham a insetos.

    H cochonilhas de placas (Orthezia, Icerya e Saissetia) que atacam flores e folhagens;outras que lembram escudos de colorao amarelada ou alaranjada (Diaspis, Parlatoria ePseudoparlatoria) e at algumas que lembram um minsculo mexilho ou uma cabea deprego (as cochonilhas Chrysomphalus, que atacam roseiras).

    Existem, ainda, algumas cochonilhas que quando atacam do a impresso de que a plantaficou caiada (Aulacaspis rosae, por exemplo). No entanto, nem todas so pragas. Hcochonilhas que, em funo da produo de substncias do tipo "laca", fornecem corantesou vernizes.

    Inimigos naturais: as joaninhas so predadoras de cochonilhas e de outros Hompteras,como os pulges, alm de certos tipos de vespas

    Controle qumico: em lojas de produtos agropecurios, o engenheiro agrnomo podeindicar o produto recomendado.

    Controle natural: uma receita preparada com leo mineral e sabo mostra-se bem eficiente

    em casos de ataque de cochonilhas.Anote:250 ml de leo mineral leve30 g de sabo125 ml de gua quente

    Corte o sabo em pedaos e dissolva na gua quente. Adicione o leo mineral aos poucos,at a total homogeneizao. Na hora da aplicao, dissolva em 6 litros de gua e pulverizeas plantas atacadas.

    A Calda de Fumo e a Emulso de leo so os mtodos naturais mais eficientes para

    combat-las;Deve-se evitar o controle qumico mas, quando necessrio em casos extremos,normalmente so usados leo mineral e inseticida organofosforado

    Moscas-brancas: So insetos pequenos e, como diz o nome, de colorao branca. No difcil a notar a sua presena - ao esbarrar numa planta infestada por moscas brancas, dpara ver uma pequena revoada de minsculos insetos brancos.

    Costumam localizar-se na parte inferior das folhas, onde liberam um lquido pegajoso quedeixa a folhagem viscosa e favorece o ataque de fungos. Alimentam-se da seiva da planta.As larvas deste inseto, praticamente imperceptveis, tambm alojam-se na parte inferior dasfolhas e, em pouco tempo, causam grande infestao.

    Dica: difcil elimin-las, por isso muitas vezes preciso aplicar insetidas especficos paraplantas. Quando o ataque pequeno, o uso de plantas repelentes - como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortel (Mentha), calndula (Calendula officinalis), arruda (Rutagraveolens) - costuma dar bons resultados

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    Lesmas e caracis : Normalmente atacam noite, furando e devorando folhas, caules ebotes florais, mas tambm podem atingir as razes subterrneas.

    Dicas:Besouros e passarinhos so seus predadores naturais;Uma boa forma de elimin-los usar armadilhas, feitas com isca de cerveja para atra-los.Faa assim: tire a tampa de uma lata de azeite e enterre-a deixando a abertura no nvel dosolo. Coloque dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caraciscaem na lata atradas pela cerveja e morrem desidratados pelo salLagartas: Costumam atacar mais as plantas de jardim mas, em alguns casos, tambmpodem danificar as plantas de interior. Fceis de serem reconhecidas, as lagartas costumamenrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos, hastes e folhas novas, formandouma espcie de "teia" para proteger-se.

    Todas as plantas que apresentam folhas macias esto sujeitas ao seu ataque. As chamadastaturanas so lagartas com plos e algumas espcies podem queimar a pele de quem astoca.

    Dicas:Caso no apresente um ataque macio (quando indicada a aplicao um lagarticidabiolgico, facilmente encontrado no mercado), o controle das lagartas deve ser manual, ouseja, devem ser retiradas e destrudas uma a uma, lembrando que importante usar umaproteo para a que a lagarta no toque na pele;A Calda de Angico ajuda a afastar as lagartas e no prejudica a planta;O uso de plantas repelentes, como a arruda, pode ajudar a mant-las afastadasAves e pequenas vespas so suas inimigas naturais;

    Precisamos lembrar que sem as lagartas, no teramos as borboletas. Ao elimin-lascompletamente, estamos nos privando da beleza e da graa desses belos seres alados.Mais uma vez, o equilbrio a chave

    caros: O tipo de caro mais comum conhecido como caro-vermelho (veja foto), tem aaparncia de uma aranha de cor avermelhada. Ataca flores, folhas e brotos, deixandomarcas semelhantes ferrugem.

    O ataque de caros diminui o ritmo de crescimento, favorece a m formao de brotos e, emcaso de grande infestao, pode matar a planta. Ambientes quentes e secos favorecem odesenvolvimento dessa praga. Apesar de quase "invisveis" a olho nu, sua presena denunciada pelo aparecimento de uma teia fina.

    Dicas:Costuma atacar mais as plantas envasadas do que as que esto em canteiros;

    Uma boa dica borrifar a planta com gua, regularmente, j que este inseto no gosta deumidade. Casos mais severos exigem que as partes bem atacadas sejam retiradas;A Calda de Fumo ajuda a controlar o ataque.

    Percevejos: So mais conhecidos como marias-fedidas, pois exalam um odordesagradvel quando se sentem ameaados. Seu ataque costuma provocar a queda deflores, folhas e frutos, prejudicando novas brotaes.

    Dicas:Vespas so suas predadoras naturais;Devem ser removidos manualmente, um a um;Se o controle manual no surtir efeito, a Calda de Fumo pode funcionar como um repelenteNaturalNematides: So parentes das lombrigas e atacam pelo solo. As plantas afetadasapresentam razes grossas e cheias de fendas. Num ataque intenso, provocam a morte dosistema radicular e, conseqentemente, da planta.

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    Algumas plantas do sinais em sua parte area, mostrando sintomas do ataque denematides: as dlias, por exemplo, podem apresentar reas mortas, de colorao marrom,nas folhas mais velhas.

    Dica:O melhor repelente natural o plantio de tagetes (o popular cravo-de-defunto) na reainfestada;Se o controle ficar difcil, indicado eliminar a planta infestada do jardim, paraevitar a proliferaoFormigas: As cortadeiras so as que mais causam estragos. Elas cortam as folhas paralev-las ao formigueiro, onde servem de nutrio para os fungos, os verdadeiros alimentosdas formigas.

    Dicas:Um bom mtodo natural para espantar as formigas e espalhar sementes de gergelim emtorno dos canteiros. Alm disso, o gergelim colocado sobre o formigueiro, intoxica o talfungo e ajuda a eliminar o ninho das formigas;

    Em ataques macios, recomenda-se o uso de iscas formicidas, venda em casasespecializadas em produtos para jardinagem. As formigas carregam a isca fatal para oformigueiro.

    Tatuzinhos: Muito comuns nos jardins com umidade excessiva, so tambm conhecidoscomo tatus-bolinha, pois se enrolam como uma bolinha quando so tocados. Vivemescondidos e alimentam-se de folhas, caules e brotos tenros, alm de transmitir doenas splantas.

    Dicas:Evitar a umidade excessiva em vasos e canteiros;Devem ser retirados manualmente e eliminados um a um

    Plantas repelentesAlgumas plantas ajudam a manter as pragas afastadas dos canteiros. Alguns exemplos:Tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortel (Mentha), calndula (Calendulaofficinalis), arruda (Ruta graveolens).

    6. Plantas que ajudam a espantar as pragas do jardim e cuidados que devem serobservados.

    Alecrim:Afasta ratos, lesmas e pragas em geral Apenas plante-o no jardim ou na horta.

    Arruda:As folhas so timas para combater os pulges e ajudam a manter os ctricos saudveis.Ferva as folhas durante cinco minutos. Deixe esfriar e pulverize sobre as plantas.

    Coentro:As sementes combatem caros e pulges. Moa as sementes e polvilhe-as sobre as plantase sobre o solo.

    Gernio:Muito recomendado para hortas e jardins. Apenas plante-o no jardim, sua simples presenarepele pragas.

    Tomilho:Plantado junto ao repolho, repele a lagarta das folhas. Tambm tem ao contra percevejose pulgas. Para afugentar percevejos e pulgas, moa as folhas secas e polvilhe-as sobre asplantas e sobre o solo.

    Hortel:

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    Quando plantado nas bordaduras dos canteiros, repele ratos, formigas, alm de insetos.

    Capuchinha:As flores e folhas da capuchinha repelem insetos, como os pulges, e realam a cor e oaroma de espcies plantadas prximas dela. Apenas plante perto de rvores frutferas ou dequalquer planta.

    Retire sempre as flores murchas e galhos secos de suas plantas. As primeiras, quandopresentes, propiciam a presena de fungos e outros bichinhos.Os galhos secos, por sua vez, retiram a fora da planta. Sua retirada, portanto, revigora aplanta e lhe d mais fora para crescer novamente. Alis, este fundamento para as podas.

    Joaninhas vermelhas, centopias, lagartixas, aranhas de jardim (exceto as armadeiras, quesaltam ao rosto) e pssaros, so criaturas muito bem vindas no jardim. Elas se alimentamde pragas que atacam as folhas e solo.

    Por isso, embora seja desejvel um jardim limpo, bem arrumado, a fim de evitar oaparecimento de pragas e doenas, procure sempre deixar algumas folhas mortas egravetos para servirem de abrigo a estes defensores naturais de suas plantas.

    As lagartixas so timas para evitar a presena de aranhas marrom e outros insetosindesejveis.

    Quando fornecer gua e comida aos pssaros do jardim, lembre-se sempre de deix-losfora do alcance de gatos, e troc-los regularmente, pois a exposio ao tempo podepropiciar a presena de fungos, causando danos a sua sade.

    Outra dica importante: quando o fornecimento de comida aos pssaros for constante, jamaisdeixe abruptamente de aliment-los. Uma vez acostumados com a comida fcil, podemmorrer se no encontrarem rapidamente outra fonte de alimentao.

    Para afastar gatos do seu jardim: os gatos parecem detestar os reflexos de garrafastransparentes de plstico com gua at a metade. Coloque essas garrafas (de refrigerantemesmo) fechadas e deitadas entre as plantas. Isso forar os gatos a procurar seu banheiroem outro local.

    Outra forma de espantar os gatos manter o solo mido: regue sempre e use cobertura queretenha umidade. Enterrar redes ou telas para galinheiro tambm uma boa opo.Estenda a rede no cho cubra-a com terra. Isso evitar que os gatos escavem a terra.

    7. Paisagismo

    7.1 A importncia de um projeto paisagstico. O paisagismo, antes de ser uma arte, uma tcnica.

    Tcnica por que necessita conhecimentos de botnica, estudos do solo, topografia,disponibilidade hdrica, exposio ao sol/sombra, e combate de pragas.

    Assim, cada paisagismo destina-se a um determinado local, levando-se em considerao oestilo arquitetnico do ambiente, gostos e preferncias do cliente, sua disponibilidade emcuidados, a presena de animais e crianas, luminosidade, caractersticas do solo, dentreoutros fatores que do carter especialssimo a cada projeto.

    Por isso, um projeto semelhante a um projeto arquitetnico. Cada detalhe estudado, asplantas refletem o gosto da pessoa que l ir viver e tem uma simbologia.

    importante acrescentar que o paisagismo no restrito a grandes reas como chcaras,nem mesmo a residncias. Todo e qualquer local pode acolher plantas.

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    E justamente em espaos mais limitados que os projetos ganham sua importncia. Opaisagismo pode ser feito em vasos, com rvores frutferas, exticas, incluir fontes...

    Empresas, escritrios e consultrios tambm merecem e comportam o paisagismo,transparecendo primeiramente a beleza do ambiente para todos os que ali freqentam etambm a imagem da empresa. Ou seja, tudo depende de um detalhado estudo do local edo gosto do cliente. Tenha a certeza: o resultado gratificante.

    Muitas vezes o conceito de Paisagem distorcido, pois muitas pessoas entendem que ela somente aquilo natural, porm Paisagem nada mais que o domnio do visvel, tudo aquiloque pode-se ver. Ela formada no s por volumes, mas tambm por cores, odores,movimentos, sons. Em suma, o conjunto daquilo que vemos e sentimos, o resumo dapercepo.

    A Paisagem apresenta vrias escalas e varia dependendo do local, pois ela umasobreposio de momentos diferentes em vrios estgios da histria. Por exemplo, se noslocalizamos diante de uma cidade vendo uma determinada cena, ela muda no minutoseguinte, pois o vento j derrubou folhas, as pessoas mudaram de lugar; a paisagem modificada.

    Geralmente so considerados dois tipos de Paisagem, a paisagem artificial e a paisagemnatural. A artificial aquela transformada pelo homem, pois a produo do espao artificial resultado da ao dos homens interagindo sobre o espao existente. Ainda pode-seacrescentar que quanto mais complexa for a vida social, mais a paisagem artificial serevidente, por causa da imensa diversidade de edificaes, cores, funes e formas exigidaspor esse tipo de sociedade.

    J a paisagem natural aquela que ainda no foi modificada pelo ser humano, ela encontra-se praticamente inexistente atualmente e quando existe, possui interesses polticos e/oueconmicos na frente de outros interesses considerados mais importantes (como depreservao, pesquisa, entre outros).

    Porm, a percepo da diferena entre esses dois tipos de Paisagem tm tornado-se cadavez mais difcil por causa da mixagem do meio natural e artificial. Existe uma migraofreqente do meio natural para o artificial, pois cada vez mais aumenta a integrao dosinstrumentos de trabalho do ser humano e a paisagem natural; a cidade, por exemplo, umexemplo da adio do artificial ao natural.

    A paisagem, ento, deve ser pensada em paralelo com as condies poltico-sociais eculturais do espao onde ela encontra-se inserida, procurando sempre perceber o invisvel.

    Concluses e recomendaes

    O paisagista a pea chave para a construo do jardim, deve-se planejar para que suaimplementao possa ocorrer da melhor forma possvel seja em residncias ou emapartamentos. O importante dentre os fatores que contribuem para a sua beleza , aarborizao, iluminao, irrigao , que proporcionam um contato com o meio ambiente.

    Atentar as pragas e doenas que podem ocorrer no jardim.

    Recomenda-se para leitura:

    Dicionrio de jardinagem..

    Como plantar um jardim..

    Sugere-se a leitura no dossi tcnico que aborda sobre bonsai < >.

    Referncias

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    JARDIM DE FLORES. Disponvel em:.......Acesso em: 15 jul. 2007.

    REVISTA CASA E JARDIM. Disponvel em: . Acessoem : 18 jul. 2007.

    LAR DOCE LAR. Disponvel em:...Acesso em: 18 jul. 2007.

    AMBIENTE EM FOCO. Disponvel em: .Acesso em: 20 jul. 2007.

    TUDO PARA O JARDIM. Disponvel em:. Acesso em: 21 jul. 2007.

    FLORES E JARDIM. Disponvel em: . Acessoem: 21 jul. 2007.

    PORTAL DO AGRONEGOCIO. Disponvel em:.Acesso em: 22 jul.2007.

    PAISAGISMO BRASIL. Disponvel em:Acesso em: 27 jul. 2007

    UFLA. Disponvel em:.Acesso em: 28 jul. 2007.

    Anexos

    Anexo 1. Inseticidas naturais no jardim

    Caldas de fumo e sabo, bordalesa e sulfoclcica, emulso de leo, macerado de urtiga eoutras receitas naturais so muito utilizadas na agricultura orgnica para combater pragas eso eficientes tambm no jardim.

    Calda Bordalesa Ingredientes:1 saco de pano;200g de sulfato de cobre;200g de cal virgem e 20 litros de gua.

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    Modo de fazer:Com o saco de pano prepare um sach com o sulfato de cobre. Mergulhe o sach em 18 delitros de gua por 3 ou 4 horas at que o sulfato dissolva. parte, misture a cal em 2 litrosde gua e despeje na soluo preparada com o sulfato dissolvido. Mexa bem.

    Antes de usar a calda bordalesa, faa um teste de acidez: mergulhe uma lmina de ferro nopreparado. Se ela escurecer, no aplique ainda a calda no gramado. Acrescente um poucomais de cal e faa o teste novamente. Caso a lmina continue saindo manchada, adicionemais cal at que a lmina no saia sem escurecer.A calda bordalesa deve ser usada no mximo at o terceiro dia aps o preparo. Em plantaspequenas ou em fase de brotao, no recomenda-se aplicar em concentrao forte.

    Calda de fumo um fungicida eficaz e controla manchas nas folhagens;Ingredientes:10 cm de fumo de rolo50 g de sabo de coco ou neutro1 litro de guaModo de fazer:Pique o fumo e o sabo em pedaos, junte a gua e misture bem. Deixe curtir por cerca de24 horas. Coe e pulverize as plantas atacadas.

    Calda sulfoclcica um bom inseticida e ainda ajuda a combater as lagartas;Ingredientes:100 ml de soluo sulfoclcica(encontrada em lojas de produtos agropecurios)10 litros de guaModo de fazer:Misture bem e pulverize as plantas atacadas uma vez a cada 15 dias. Em poca de chuvas,

    deve-se aplicar uma vez por semana.Emulso de leo indicada no combate a caros e ferrugem;Ingredientes:2 litros de gua1 kg de sabo comum (em pedra ou lquido)8 litros de leo mineralModo de fazer:Pique o sabo (se for em pedra), misture com o leo e a gua e leve ao fogo, mexendosempre, at que levante fervura. A mistura vai adquirir a consistncia de uma pasta. Guardeem um pote bem tampado e na hora da aplicao, dissolva cerca de 50g pasta em gua

    morna e dilua tudo em 3 litros de gua. usada contra cochonilhas,o macerado de urtiga Ingredientes:11 litros de gua100 g de folhas frescas de urtiga (use luvas para manusear a planta, pois ela causairritaes na pele).Modo de fazer:Misture as folhas de urtiga em um litro de gua. Deixe a infuso agir por 3 dias, mantendo-aem um local seco e meia-sombra. Coe e dilua o extrato em 10 litros de gua. Estepreparado pode ser armazenado por alguns dias (em local seco e arejado) parapulverizaes preventivas nas plantas a cada 15 dias.

    Espanta pulges e o ch de angico Ingredientes:100 g de folhas de angico1 litro de guaModo de fazer:

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    Coloque as folhas de angico de molho na gua por cerca de 10 dias, misturandodiariamente. Coe o ch e guarde em uma garrafa tampada. Quando for utilizar empulverizaes, dilua uma parte do extrato em 10 partes de gua.

    Anexo 2. Dia a dia do jardim

    O cotidiano de um jardim alm dos cuidados com a manuteno, requer observao, pois oexcesso de cuidados, pode causar tanto mal quanto a sua falta. comum, as pessoasextremamente cuidadosas, causarem danos as suas plantas com excesso de adubao ouregas. Para manter um jardim sempre vigoroso, basta alguns critrios bsicos, como osdescritos a seguir:

    Qual deve ser a freqncia das regas?

    No outono e inverno, regue as plantas 1 ou 2 vezes por semana aos finais de tarde, sendo osuficiente. J na primavera e vero, as regas devem ser feitas a cada 2 dias. Mas, com asatuais mudanas climticas no nos permitem conceitos rgidos, e de modo geral, bastasaber que o solo deve manter-se sempre mido e sem encharcamentos. Tudo vai dependerdo clima da regio. Para saber se a planta precisa ou no de gua, encoste o dedo no solopara sentir sua umidade.

    E a limpeza, o que deve ser feito?

    As principais tarefas so retirar as folhas secas e restos vegetais. Apesar de esttico, fazcom que retiremos parte do que seria a matria orgnica do prprio jardim. Nesses casos,no podemos nos esquecer da reposio com hmus ou composto orgnico.

    Qual deve ser a regularidade das podas?

    As podas, quando necessrias, devem ser feitas com regularidade anual, tanto quanto emarbustos e rvores, principalmente quando desejamos conduzir esteticamente, salvo as

    plantas de crescimento vigoroso que precisam de uma maior freqncia. A melhor poca dese fazer uma poda quando as plantas esto em dormncia, ou seja, quando esta noapresenta brotos de inflorescncia, flores ou frutos. Na maioria das plantas, isto ocorre noinverno, mas h muitas excees.

    O que se deve saber sobre controle de pragas e doenas?

    Sempre que possvel, interessante observar o aspecto geral das plantas. Fique atento nosseguintes casos: manchas escuras ou amarelecimento das folhas, assim como furos efolhas retorcidas, preciso ateno redobrada. Outro fator importante a observao dosurgimento de colnias de insetos. A melhor maneira de se evitar este tipo de problema acatao manual ou a retirada da parte afetada, com limpeza do local utilizando um pano

    macio embebido em lcool. Existem alguns inseticidas a base de toxinas naturais, comomacerados de urtiga, fumo, etc., ou fungicidas, como a calda bordaleza e sulfoclcica, quepodem ser tanto utilizadas no controle aplicado aps a limpeza, como na preservao aoataque das pragas, aplicada a cada 15 ou 30 dias, conforme o suposto risco de infestao.

    O que a adubao de manuteno?

    A adubao de manuteno num jardim, apesar de necessria, no pode ser excessiva.Deve ser efetuada em um perodo mnimo de seis meses, utilizando-se os seguintescomponentes: 2 Kg/m2 de composto orgnico ou hmus, 150 g/m2 de NPK 10. 10. 10, 75g/m2 de farinha de ossos. Lembre-se que a observao um fator importante.

    Quais so as pragas mais comuns ? Existe uma infinidade de seres caracterizados como pragas, muitas vezes tambmtransmissores ou causadores de doenas, podemos destacar: caros so pequenasarranhas que sugam a seiva das folhas, provocando a murcha e a queda das mesmas;

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    cochonilhas so pontinhos brancos ou avermelhados que ficam grudados na planta e sugamas folhas e talos; pulges so pequenos piolhos verdes, brancos ou pretos, que sugam asfolhas impedindo a fotossntese; formigas cortadeiras atacam vrios tipos de plantas,cortando e carregando as folhas; lagarta das folhas so comedoras das folhas; tatuzinhoscomem as plantas novas; caracis e lesmas comem folhas tenras de plantas rasteiras;tiririca uma erva daninha de difcil erradicao, nasce em qualquer tipo de terreno,principalmente em meio de gramados, e alastrasse com facilidade.

    Quais as doenas mais comuns? As doenas provenientes de fungos ou vrus so de difcil identificao, pois geralmente ossintomas so muito parecidos. As doenas mais comuns so: antracnose, podrido,ferrugem e galhas. E os sintomas podem ser: folhas que apresentam reas necrosadas emanchas escuras, tornando-se retorcidas; os frutos apodrecem e as folhas apresentam umafina camada preta, chamada fumagina; na parte inferior do caule prximo ao solo, surgeuma goma escura, amarelando as folhas e matando-as; manchas redondas nas folhas,frutos, ramos e botes, causando grande perda na produo com a queda dos frutos; emanchas na cor verde-oliva nas folhas, frutos e a sua deformao.

    Nome do tcnico responsvel

    Eduardo Matos

    Nome da Instituio do SBRT responsvel

    Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico da Universidade de Braslia CDT/UnB

    Data de finalizao

    30 jul. 2007.