Doutrinas Wesleyanas
-
Upload
murilo-costa -
Category
Documents
-
view
143 -
download
12
Transcript of Doutrinas Wesleyanas
APOSTILA
DOUTRINAS WESLEYANAS
COMPILADO PELO:
Pr. LEOPOLDO LADEIRA
DOUTRINAS WESLEYANAS
Doutrinas são princípios de fé e pratica pelos quais se orienta a Igreja Metodista Wesleyana, conforme
fundamento nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento.
Chamamos de Doutrinas Wesleyanas esta seção face as mesmas terem sido resultados de pesquisas dos
Sermões de Wesley e de outros obreiros metodistas.
Wesley foi um teólogo profundamente bíblico, antes que “sistemático”. Porém, isto não quer dizer que Wesley não fosse
lógico, coerente e consistente no desenvolvimento de suas ideias doutrinarias a luz da Bíblia.
O fato de Wesley ser um teólogo bíblico e não sistemático significa que ele deu prioridade as verdades bíblicas
contidas na Palavra de Deus e a sua aplicação na vida dos seus ouvintes.
A sistematização da sua teologia ficou para seus sucessores, tais como: John Fletcher (1729-1785), Richard
Wastson (1781-1833) e Adam Clarks, o comentarista (1762-1832) assim como a sistematização das ideias arminianas ficou
para o sucessor de Jacó Arminius, Simão Episcópio, no século 17.
Wesley aceitou todas as doutrinas básicas anunciadas pelos reformadores do século 16. Mas ele foi além destas ênfases
distintivas como veremos mais adiante.
Wesley aceitou a posição arminiana a respeito do homem e da salvação, a qual foi elaborada pelo teólogo do
século 17, Jacobus Arminius. Por isso, a posição teológica nossa, como Wesleyanos, é conhecida como a “arminio-
wesleyana”.
Os vinte e cinco Artigos de Religião que Wesley preparou para a jovem Igreja Metodista Americana, os 52
Sermões de Wesley bem como suas Notas sobre o Novo Testamento, são as principais fontes da teologia de Wesley.
AS PRINCIPAIS DOUTRINAS METODISTAS WESLEYANAS:
1. A REDENÇÃO UNIVERSAL
O metodismo ensina que a expiação de Cristo é universal na sua extensão, isto é, que Jesus experimentou a
morte por todos os homens, que todos os filhos de Adão estão abrangidos
2. JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Justificação pela fé é ato judicial e divino que aplica ao pecador crente em Cristo o beneficio da expiação,
libertando-o da condenação de seus pecados, colocando-o no estado de favor e tratando-o como justo. Ser justificado
é ser perdoado e recebido no favor de Deus; porque em tal estado seremos salvos. Justificação e perdão significam a
mesma coisa.
ARREPENDIMENTO
O arrependimento pessoal para com Deus e fé no Senhor Jesus Cristo são os dois elementos básicos do
arrependimento. O arrependimento é o meio e a fé, a condição da salvação. O coração quebrantado, a tristeza da alma
e o aborrecimento pelo pecado levam a alma a aceitar a Cristo como o único Salvador. Então vem a confissão dos
pecados e a reforma da vida. O arrependimento é dever de todos os homens. “Porque todos pecaram e necessitam da
glória de Deus”.
REGENERAÇÃO
Regeneração é o novo nascimento; é a obra do Espirito Santo pela qual experimentamos uma mudança de
coração. Os termos pelos quais este estado se exprime nas Escrituras são: Nascido de Novo, Ressuscitado com Cristo
e Participante da Natureza Divina.
GRAÇA PROVENIENTE
O que ela é:
O primeiro desejo de agradar a Deus.
O primeiro raio de luz sobre a vontade do pecador.
A primeira convicção de haver pecado contra Deus.
Definição: “Deus dá a todos os homens a graça proveniente (a graça que precede à graça
salvadora) capacitando-os a voltarem-se outra vez, se quiserem, para Deus e a receberem o privilegio de
que por natureza (pelo pecado) eles foram privados”.
Para Wesley, o homem é totalmente depravado em extensão, mas não em grau, e nisso, ele
divergia dos reformadores como Calvino, por exemplo.
3. SANTIFICAÇÃO
A santificação é a obra da graça de Deus, pela qual somos renovados à imagem dEle, separados para o seu
serviço e capacitados a morrer para o pecado, vivendo para a justiça. A santificação abrange a todas as graças de
sabedoria, fé, arrependimento, humildade, zelo, paciência e pratica disto tudo para com Deus e o homem. A natureza
da santificação é a conformidade do coração e da vida com a lei de Deus. Pode ser adquirida nesta vida mesmo. Os
católicos romanos dizem que só pelo fogo do purgatório a alma se pode santificar; os metodistas dizem que a
santificação pode ser alcançada aqui mesmo, antes da morte.
SANTIFICAÇÃO COMPLETA
Wesley diz ser esta doutrina, o grande deposito que Deus confiou ao povo chamado metodista; e para o fim
de propaga-la é que, parece, nos levantou.
A NOMENCLATURA
Wesley usava vários termos nos seus escritos, para exprimir o sentido bíblico da santificação completa
como um estado na vida do crente:
A perfeição Cristã;
O perfeito amor;
A santidade cristã: A santidade; A santificação completa;
Plena salvação;
Liberdade gloriosa;
Renovação em amor;
O puro amor de Deus;
Plena salvação de todo o pecado.
4. A PERFEIÇÃO CRISTÃ
A PERFEIÇÃO CRISTÃ NÃO É:
a perfeição adâmica, isto é, a perfeição que pertenceu a nossos pais, antes da queda.
a perfeição angélica, isto é, dos anjos que servem a Deus.
a perfeição absoluta que só pertence a Deus.
a libertação: da ignorância (não somos perfeitos no conhecimento); dos Equívocos (os santificados ainda
erram nas coisas não essenciais a salvação); da Tentação (tal perfeição não pertence a esta vida); de Mil Fraquezas
(aqui falamos de todas as imperfeições internas e externas, que são de natureza moral).
não é Isenção: da obediência a todos os mandamentos de Deus; da pratica do bem a todos os homens
enquanto temos tempo, especialmente aos domésticos da fé; de cometer transgressões involuntárias, as quais são
consequências da ignorância e dos equívocos inseparáveis da moralidade. Por isso, não existe tal coisa como
perfeição sem pecado.
A PERFEIÇÃO CRISTÃ É:
Ser perfeito em amor, isto é, ter o amor como o único principio de ação, o motivo governador de toda a
vida;
Recuperar a imagem integral de Deus. A completa semelhança daquele que o criou;
Ter toda a mente de Cristo;
Andar uniformemente como Cristo andou;
Ter um coração e vida completamente devotados a Deus;
Ter mãos limpas e coração puro;
Não ser motivo de tropeço para os outros;
Não cometer pecado;
Ser santo na vida e na conversa;
Estar crucificado com Cristo;
Estar cheio de obras de fé, da paciência, da esperança e do amor;
Estar cheio da plenitude do Espirito Santo;
Ter paciência;
Ser liberto dos maus pensamentos e maus sentimentos.
CONCLUSÕES DE WESLEY:
Existe a perfeição, pois ela é constantemente citada nas Escrituras.
Ela não vem cedo como a justificação, pois,. as pessoas justificadas precisam progredir para a perfeição (Hb
6.1).
Ela não é tão tardia quanto a morte, pois Paulo nos fala de homens vivos que eram perfeitos (Fp 3.15)
Ela não é absoluta. A perfeição absoluta não pertence ao homem, nem aos anjos, mas somente a Deus.
Ela não torna o homem infalível; ninguém é infalível enquanto está no corpo.
É ela sem pecado? Não vale a pena contendermos a respeito de termos. Ela é salvação do pecado.
É amor perfeito – 1Jo 4.18. Esta é a essência da mesma. As suas propriedades e frutos inseparáveis são:
alegria constante, oração sem cessar e em tudo darmos graça, !Ts 5.16.
É melhoráveis. Não pode de maneira nenhuma permanecer como um ponto indivisível, ser incapaz de
desenvolvimento, pois uma pessoa aperfeiçoada em amor pode crescer na graça muito mais rapidamente do que fazia
antes.
Ela podia ser perdida. Temos muitos exemplos disto.; Mas não tínhamos inteira convicção disso ate 5 ou 6
anos atrás.
Ela é constantemente precedida e seguida de um crescimento gradual.
É ela instantânea? Uma transformação (purificação) instantânea tem sido orada em alguns crentes: ninguém
pode negar isso...Mas em outros, essa transformação não foi instantânea. Neste caso, porém, “se o pecado cessar
antes da morte, deve haver mudança instantânea na sua natureza; deve haver um último momento em que ele existe e
um primeiro momento em que ele não exista”
5. O TESTEMUNHO DO ESPIRITO SANTO OU CERTEZA DA SALVAÇÃO
Por testemunho do Espirito Santo falamos de uma impressão íntima da alma, pela qual o Espirito de Deus,
imediata e diretamente, testifica com nosso espirito que somos filhos de Deus; que Jesus nos amou e deu a Si
mesmo por nós; que todos os meus pecados estão lavados e estou reconciliado com Deus.
6. AS ORDENANÇAS
O Metodismo Wesleyano reconhece como ordenanças o batismo nas aguas e a Ceia do Senhor.
BATISMO
O batismo bíblico é a imersão do crente em agua em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, não como
meio exclusivo de salvação, mas como parte da mesma (Rm 6.4; Cl 2.12; Jo 3.23).
A CEIA DO SENHOR
É uma festa espiritual, através da qual os salvos pelo uso do pao comum e do vinho, lembram juntos a
morte de Cristo e perpetuam o sentido de sua morte ate que Ele venha (1Co 11.23-26; 10.16).
7. A BÍBLIA
Toda a Escritura é inspirada por Deus. O Espirito de Deus não só inspirou aqueles que a escreveram, mas inspira
continuamente e assiste de modo sobrenatural aqueles que a lêem com sincera oração. Daí ser ela tão aproveitável
para a doutrina, para a instrução do ignorante e para a reprovação ou convicção daqueles que estão no erro do pecado,
para a correção ou emenda de tudo aquilo que é errado ou improprio e para instruir ou treinar os filhos de Deus em
toda a justiça.
8. DEUS
O Deus Todo-Poderoso, eterno, onisciente e cheio de graça é o criador do céu e da terra. Ele, por sua
palavra poderosa, chamou do nada todo o Universo, tudo o que existe.
A PATERNIDADE DE DEUS (A paternidade de Deus tem de ser propriamente compreendida, diz
Wesley).
O homem é filho de Deus no sentido de que ele procedeu diretamente das mãos do Criador, mas a divina
paternidade no seu sentido espirito é pela adoção e pela graça.
a) Nota sobre Lc 3.38 – mostra a inerente dignidade do homem; “Adão o filho de Deus – isto é, seja o
que os filhos de Adão receberam dos seus pais humanos, Adão recebeu diretamente de Deus, exceto o
pecado e a miséria”
b) Nota sobre Mt 6.9 – apresenta a importante distinção entre a paternidade universal de Deus, e a Divina
Paternidade no seu sentido espiritual que vem por meio da graça e da adoção. “Pai nosso que és
bondoso e gracioso para com todos, nosso Criador, nosso Preservador; o Pai de nosso Senhor, e
nosso em Cristo, Teus filhos, por adoção e graça; não meu Pai somente, a quem eu clamo, mas o Pai
do universo, de anjos e homens”.
9. JESUS CRISTO
Jesus de Nazaré é o salvador do mundo, o Messias, há muito predito; que, sendo ungido pelo Espirito
Santo, era um sacerdote que se deu a si mesmo com sacrifício pelo pecado e ainda faz intercessão pelos
transgressores; que é um Rei que tem todo o poder no céu e na terra e reinará ate que tenha subjugado todas as
coisas a si mesmo.
Ele é o próprio Filho de Deus, que é Senhor de tudo, tendo domínio absoluto, supremo e universal sobre
todas as coisas, mas de modo mais peculiar, é o nosso Senhor; creio nEle por conquista, compra e obrigação
voluntaria.
Ele se fez homem ligando a natureza humana com a divina, numa pessoa; que foi concebida pela operação
singular do Espirito Santo e que nasceu de Maria.
Ele sofreu dores inexprimíveis tanto no corpo como na alma, e afinal, a morte e a morte de cruz no tempo
em que Pilatos governava a Judéia sob o Império Romano; que o seu corpo foi posto na sepultura e sua alma
voltou ao lugar dos espíritos separados; que ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; que subiu ao céu onde está no
meio do trono de Deus com o maior poder e gloria, como mediador ate o fim do mundo, como Deus pela
eternidade; que no fim descerá do céu para julgar a todos os que estiverem vivos como os que morreram antes
daquele dia.
Jesus Batiza com o Espirito Santo. O batismo com o Espirito Santo é um ato da graça de Deus pelo qual Ele
vem sobre o crente e o enche plenamente. É a vinda do Espirito Santo para encher e apoderar-se do filho de
Deus como propriedade exclusivamente sua. O Espirito outorga os seus variados ministérios de acordo com a
sua vontade, dando ao crente poder para, mediante uma vida de sólidas convicções e lábios ungidos, testemunhar
de Cristo, na proclamação do seu Evangelho (Atos 1.8; 2.4; 8.5-8; 13.17).
10. O ESPIRITO SANTO
Creio no Espirito infinito e eterno de Deus, igual ao Pai e ao Filho, não somente perfeito em Si mesmo, mas
sendo a causa de toda a nossa perfeição. Aquele que ilumina o nosso entendimento, retifica a nossa vontade e
afeiçoes, renova a nossa natureza, une a nossa pessoa com Cristo, dá-nos a certeza da nossa adoração como
filhos, guia-nos em nossas ações, purifica e santifica a nossa alma e nosso corpo para gozo completo e eterno de
Deus (2Co 13.13; Mt 28.19).
11. O HOMEM
O homem foi feito à imagem de Deus, santo como é santo aquele que o criou, misericordioso como o é o autor
de todas as coisas, perfeito como o é o seu Pai no céu. Como Deus é amor, assim o homem, vivendo em amor, vive
Deus nele. Deus o fez como “imagem da sua própria eternidade”, uma figura incorruptível do Deus da glória.
Ele era puro como Deus o é, e livre de toda a mancha do pecado. Não conheceu o mal de qualquer espécie ou
grau, mas era interna e externamente sem pecado e puro. “Ele amava o Senhor seu Deus de todo o seu coração, de
toda a sua mente, alma e força” A este homem reto e perfeito, Deus deu uma lei perfeita para a qual exigiu inteira e
perfeita obediência, a todos os seus pontos, praticados sem nenhuma intromissão, desde o momento em que o homem
se tornou alma vivente ate que o seu tempo de experimentação terminasse.
Não houve permissão para qualquer falta, visto que, na realidade, não havia necessidade disto e que o homem
estava a altura da tarefa que lhe havia sido imposta e perfeitamente aparelhado para toda boa palavra e toda boa obra.
12. A SALVAÇÃO
A salvação começa como o que é usualmente chamado de maneira muito adequada de graça salvadora, incluindo
o primeiro desejo de agradar a Deus, a primeira autora de luz sobre sua vontade e a primeira convicção leve e
passageira de ter pecado contra Ele. Tudo isto implica em alguma tendência para a vida, algum grau de salvação, o
começo de libertação de um coração cego e totalmente insensível a Deus e as suas coisas. A salvação se realiza
através da graça convencedora usualmente chamada nas escrituras de arrependimento, que nos traz maior quantidade
de conhecimento próprio e libertação interior do coração de pedra.
Depois experimentou a salvação propriamente cristã pela qual, “através da graça” , somos salvos pela fé,
consistindo isto de dois grandes ramos; a justificação e a santificação. Pela justificação somos salvos da culpa do
pecado e restaurados ao favor de Deus; pela santificação somos salvos do poder e da raiz do pecado e restaurados à
imagem de Deus. Toda a experiência bem como a Escritura mostram que esta salvação é instantânea e gradual.
Começa no momento em que somos justificados no santo, humilde, manso e paciente amor de Deus e do
homem. Desse momento em diante, ele gradualmente se desenvolve como “um grão de mostarda que a principio é a
menor de todas as sementes”, mas depois lança grandes ramos, se torna uma grande árvore. Mas esse mesmo amor,
se desenvolve mais e mais ate que cresçamos “em tudo para Ele que é a nossa cabeça, ate que atinjamos a medida
da estatura do cristão”.
13. A IGREJA
Consideramos primeiro: O que é propriamente a Igreja de Deus? Qual o verdadeiro sentido desse termo? A
Igreja de Éfeso, como o próprio apostolo o explicou, significa os santos, as pessoas santas que estão em Éfeso e lá se
reúnem para cultuar a Deus o Pai, e seu Filho Jesus Cristo que o fizessem num ou (como podemos supor) em vários
lugares. Mas a Igreja em geral, a Igreja Universal, que o apóstolo, nesta passagem considera como um corpo,
compreende não somente os cristãos de uma congregação, de uma cidade, de um estado ou nação, mas toda as
pessoas sobre a terra que tem o caráter aqui referido.
Podemos agora considerar mais detalhadamente os diversos pontos ali contidos:
- Há um Espirito que anima a todos os membros vivos da Igreja de Deus . Alguns entendem que este seja o
próprio Espirito Santo, a fonte de toda a vida espiritual, e é certo que “se alguém não tem o Espirito de Cristo, esse
tal não é dele”. Outros entendem que seja um dos dons espirituais e santas disposições adiante mencionadas.
- Há uma esperança em todos aqueles que receberam este Espirito, uma esperança cheia de imoralidade. Sabem
que morrer não é perder-se; os seus objetivos vão além da sepultura. Podem dizer alegremente: “Bendito seja o Deus
e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que de acordo com a sua misericórdia abundante, nos gerou de novo para uma
esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo”.
- Há um Senhor que agora tem domínio sobre eles; que estabeleceu seu reino no seu coração e reina sobre todos
os participantes dessa esperança. A sua gloria e alegria estão no obedece-lo e seguir os seus mandamentos. Enquanto
fizerem isso de boa vontade, “assentar-se-ão nos lugares celestiais com Cristo Jesus”.
- Há uma fé que é o dom de Deus e é o fundamento de sua esperança. Essa não é a fé estéril de um pagao,
especialmente a de que há um Deus, e de que Ele é gracioso e justo e, consequentemente, galardoador daqueles que
diligentemente o procuram. Não é também a fé estéril de um demônio, embora esta vá além daquela, pois os
demônios crêem e não podem deixar de faze-lo, que é verdade tudo o que esta escrito no Velho Testamento e no
Novo. Mas é a fé que houve em Tomé ensinando-o a dizer com santa ousadia: “Meu senhor e meu Deus!”. É a fé que
capacita a todos os crentes cristãos, verdadeiros, a testificarem juntamente com Paulo: “A vida que agora vivo, vivo
pela fé no Filho de Deus que me amou e deu-se a si mesmo por mim”.
- Há um batismo de que o nosso Senhor se agradou em apontar como sinal exterior de toda a graça interior e
espiritual que Ele está continuamente concedendo à sua Igreja.
É também um meio precioso pelo qual a fé e a esperança são dados aqueles que o buscam diligentemente.
Alguns, na verdade, tem sido inclinados a interpretar esse passo figuradamente como se ele se referisse ao Batismo
do Espirito Santo que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes e que, é dado a todos os crentes.
- Há um Deus e Pai de todos que tem o Espirito de adoção que clama em seus corações: “de que é acima de
todos”, o Altíssimo, o Criador, o Sustentador, o Governo desse Universo; e através de tudo, permeando todo o
espaço, enchendo o céu e a terra; “E em todos vós”, de um modo peculiar, vivendo em vós que sois um corpo, por
um espirito; fazendo das vossas almas a sua morada querida, os templos de Deus.
Aqui está pois, uma resposta clara sem exceção aquela pergunta: O que é a Igreja? A Igreja consiste de todas as
pessoas do Universo a quem Deus chamou do mundo concedendo-lhes as qualidades acima referidas.