DPS1035 – Gestão Ambiental e...

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DPS1035 – Gestão Ambiental e Sustentabilidade CGEP – Eng a . Morgana Pizzolato, Dr a .

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DPS1035 – Gestão Ambiental e

Sustentabilidade

CGEP – Enga. Morgana Pizzolato, Dra.

Gerenciamento de resíduos sólidos

� Tratamento

� É comum proceder ao tratamento de resíduos industriais com vistas à sua reutilização ou pelo menos à sua inertização

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� Dada a diversidade destes resíduos, não existe um processo de tratamento pré-estabelecido, havendo sempre a necessidade de realizar pesquisas e desenvolvimento de processos economicamente viáveis

Incineração (1/3)

� É um processo de queima controlada na presença de oxigênio, no qual os materiais à base de carbono são reduzidos a gases e materiais inertes (cinzas e escórias de metal) com geração de calor� permite a redução em volume e peso dos resíduos sólidos em cerca de

60 a 90%

� Um incinerador é um equipamento composto por duas câmaras de combustão, onde na primeira câmara os resíduos sólidos e líquidos

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combustão, onde na primeira câmara os resíduos sólidos e líquidos são queimados à temperatura variando entre 800 e 1000 °C.� na segunda câmara, os gases provenientes da combustão inicial são

queimados a temperaturas da ordem de 1200 a 1400 °C� os gases da combustão secundária são rapidamente resfriados para

evitar a recomposição das extensas cadeias orgânicas tóxicas e em seguida tratados em lavadores, ciclones ou precipitadores eletrostáticos, antes de serem lançados na atmosfera através de uma chaminé

Incineração (2/3)

� Como a temperatura de queima dos resíduos não é suficiente para volatilizar os metais, estes se misturam às cinzas, podendo ser posteriormente separados destas e recuperados para comercialização

� Para os resíduos tóxicos contendo cloro, fósforo ou enxofre, além da necessidade de maior permanência dos gases na câmara (cerca de dois segundos), são necessários sofisticados sistemas de tratamento para que estes possam ser lançados na

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sistemas de tratamento para que estes possam ser lançados na atmosfera� Os resíduos compostos apenas por átomos de carbono, hidrogênio e

oxigênio necessitam somente um sistema eficiente de remoção do material particulado expelido juntamente com os gases da combustão� a incineração não resolve todo o problema da destinação dos resíduos, pois existe a necessidade de se providenciar uma disposição final adequada para as cinzas e para o lodo resultante do tratamento dos gases

Incineração (3/3)

� Vantagens� garantia da eficiência de tratamento, quando em perfeitas condições

de funcionamento;� redução substancial do volume de resíduos a ser disposto (~95%)

� Desvantagens � custo operacional e de manutenção elevado;

manutenção difícil, exigindo trabalho constante de limpeza no

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� manutenção difícil, exigindo trabalho constante de limpeza no sistema de alimentação de combustível auxiliar, exceto se for utilizado gás natural;

� elevado risco de contaminação do ar devido a geração dioxinas da queima de materiais clorados;

� risco de contaminação do ar pela emissão de materiais particulados;� elevado custo de tratamento dos efluentes gasosos e líquidos (águas

de arrefecimento das escórias e de lavagem de fumos.

Exemplos

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Aterro industrial

� utiliza técnicas que permitem a disposição controlada dos resíduos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, e minimizando os impactos ambientais

� Os resíduos são confinados na menor área e volume possíveis, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho ou

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inerte na conclusão de cada jornada de trabalho ou intervalos menores, caso necessário

� Os aterros industriais são classificados nas classes I, IIA ou IIB

Localização dos aterros de resíduos

industriais perigosos

� Utilizar áreas naturalmente impermeáveis� baixo grau de saturação� pela relativa profundidade do lençol freático e � pela predominância, no subsolo, de material argiloso

� Não é possível instalar aterros industriai� em áreas inundáveis,� de recarga de aquíferos,

em áreas de proteção de mananciais, mangues e habitat de espécies

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� em áreas de proteção de mananciais, mangues e habitat de espécies protegidas,

� ecossistemas de áreas frágeis ou em todas aquelas definidas como de preservação ambiental permanente, conforme legislação em vigor

� Distâncias mínimas são estabelecidas em norma, a corpos d'água, núcleos urbanos, rodovias e ferrovias, quando da escolha da área do aterro

� Dimensões do aterro� vida útil igual ou superior a 20 (vinte) anos,

Aterro de resíduos industriais

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Aterro sanitário controlado

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Aterro de resíduos industriais classe I

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Aterro de resíduos industriais classe II

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Aterros sanitário e industrial

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Aterro sanitário para resíduos hospitalares

1) Módulo fechado e parqueamento2) Diariamente o lixo é tapado por uma camada de terra compactada3) Tubos de monitoração de gases4) Frente de descarga 5) Barragem perimetral 6) Extração do chorume para seu posterior tratamento 7) Divisórias removíveis: delimitam os setores e espaços aterrados

Impermeabilização com polietileno de alta densidade, evitando a filtração

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8) Impermeabilização com polietileno de alta densidade, evitando a filtração de líquidos que contaminam os lençóis freáticos

9) Águas subterrâneas10) Poços de monitoração de águas subterrâneas

Aterro para Resíduos Industriais Perigosos,

do Sindicato de Calçados – Três Coroas/RS

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Aterro industrial Proamb resíduos sólidos

industriais classe I e classe IIA

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� Bento Gonçalves/RS

Pró Ambiente – unidade de Gravataí/RS

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Lixões

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Outras formas de tratamento de resíduos

� neutralização, para resíduos com características ácidas ou alcalinas;

� secagem ou mescla, que é a mistura de resíduos com alto teor de umidade com outros resíduos secos ou com materiais inertes, como serragem;

� encapsulamento, que consiste em revestir os resíduos com uma camada de resina sintética impermeável e de baixíssimo

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uma camada de resina sintética impermeável e de baixíssimo índice de lixiviação;

� incorporação, onde os resíduos são agregados à massa de concreto ou de cerâmica em uma quantidade tal que não prejudique o meio ambiente, ou ainda que possam ser acrescentados a materiais combustíveis sem gerar gases prejudiciais ao meio ambiente após a queima;

Encapsulamento, neutralização e

confinamento

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Estabilização e redução da toxidade

� Landfarming, digestão anaeróbica, compostagem, uso de plantas enraizadas

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Landfarming Plantas enraizadas

Landfarming

� Tratamento biológico no qual a parte orgânica do resíduo é decomposta pelos microorganismos presentes na camada superficial do próprio solo.

� É muito utilizado na disposição final de derivados de petróleo e compostos orgânicos

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Compostagem

� É um processo biológico de decomposição de matéria orgânica que está contido em restos de origem animal ou vegetal� consiste na atuação de microorganismos que transformam estes

restos animais e vegetais num material semelhante ao que chamamos húmus

� o produto final resultante é um adubo orgânico enriquecido que poderá ser aplicado ao solo para melhorar a suas características

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poderá ser aplicado ao solo para melhorar a suas características� Benefícios

� Composto melhora a estrutura do solo, e atua como adubo.� Tem fungicidas naturais e organismos benéficos que ajudam a

eliminar organismos causadores de doença, no solo e nas plantas.� Sustentabilidade do uso e melhoramento da fertilidade do solo.� Retenção de água nos solos.� Redução da contaminação e poluição atmosférica.

Cadeia do plástico

PETRÓLEO CRÚ

REFINAMENTO

CRAQUEAMENTO

POLIMERIZAÇÃO

(EXTRAÇÃO)

(NAFTA)

(1a GERAÇÃO)

EtenoPropenoBenzenoButadieno

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POLIMERIZAÇÃO

TRANSFORMAÇÃO

CONSUMIDOR

MEIO AMBIENTE

Reciclagem- Química- Mecânica

Recuperaçãoenergética

Reutilização

(2a GERAÇÃO)

(3a GERAÇÃO)

TermoplásticosElastômeros

MedicamentosRoupasSoladosUtensíliosPneusAgroquímicos

Reciclagem, recuperação e reutilização

Coleta

Transporte

Classificação

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Classificação

Tratamento

Reciclagem Reutilização Recuperação

Matéria-prima Produto Energia

Reciclagem mecânica

Coleta Separação Moagem

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Lavagem e descontaminaçãoSecagemExtrusão e

peletização

Injeção, sopro, extrusão Produto

Moagem

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Extrusão e peletização

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Extrusão e peletização com sistemas de

lavagem e secagem

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Lavadores e secadores

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Gerenciamento de resíduos líquidos

� Efluente líquido industrial� é o despejo líquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo emanações de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico

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doméstico

NBR 9800: 1987

Como proceder?

� As características físicas, químicas e biológicas do efluente industrial são variáveis com o tipo de indústria, com o período de operação, com a matéria-prima utilizada, com a reutilização de água

� Caracterização da massa líquida, determinações� físicas: temperatura, cor, turbidez, sólidos� químicas: pH, alcalinidade, teor de matéria orgânica, metais

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químicas: pH, alcalinidade, teor de matéria orgânica, metais� Biológicas: bactérias, protozoários, vírus

� É necessário conhecer� a vazão e� a composição

� Para determinar as cargas de poluição/contaminação� para definir o tipo de tratamento, avaliar o enquadramento na

legislação ambiental e estimar a capacidade de autodepuração do corpo receptor

Processos de tratamento dos ELI

� Processos físicos� dependem das propriedades físicas do contaminante tais como, tamanho de partícula, peso específico, viscosidade,

� Ex: gradeamento, sedimentação, filtração, flotação, regularização ou equalização,

� Processos químico

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� Processos químico� dependem das propriedades químicas dos contaminantes o das propriedades químicas dos reagentes incorporados

� Ex: coagulação, precipitação, troca iônica, oxidação, neutralização, osmose reversa, ultrafiltração

Processos de tratamento dos ELI

� O tratamento físico-químico apresenta maiores custos, em razão da necessidade de aquisição, transporte, armazenamento e aplicação dos produtos químicos� é a opção mais indicada nas indústrias que geram resíduos líquidos tóxicos, inorgânicos ou orgânicos não biodegradáveis

� Objetivos do tratamento físico-químico:

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� Objetivos do tratamento físico-químico:� Recuperação de algumas substâncias

� Recuperação de metais pesados por precipitação química

� Diminuir a periculosidade e a toxicidade

� Oxidação de cianetos obtendo cianatos

� Redução do Cromo (VI) para Cromo (III)

ETEI de processo físico-químico

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Substâncias que podem utilizar tratamento

físico-químico

� Ácidos e bases� Resíduos contendo metais pesados (Fe, Cu, Ni, Cr, Zn, Pb)� Resíduos contendo cianetos (CN)

� Estes resíduos são originados por empresas que fazem o

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� Estes resíduos são originados por empresas que fazem o tratamento de superfície, tal como as cromagens, pinturas, latonagens, zincagens, etc.

� O próprio tratamento físico-químico origina lamas com metais pesados que têm que ser enviadas para aterros controlados para resíduos industriais perigosos

Processos de tratamento dos ELI

� Processos biológicos� utilizam reações bioquímicas para a eliminação dos contaminantes solúveis ou coloidais; podem ser anaeróbicos ou aeróbicos.

� Ex: lodos ativados, lagoas aereadas, biodiscos (RBC), filtro percolador, valas de oxidação, reatores sequenciais descontínuos (SBR)

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descontínuos (SBR)

� O tratamento biológico é menos dispendioso, baseando-se na ação metabólica de microrganismos, especialmente bactérias, que estabilizam o material orgânico biodegradável em reatores compactos e com ambiente controlado

Lodo ativado

� O esgoto é estabilizado biologicamente em um tanque de aeração, onde o oxigênio requerido pelos microorganismos será fornecido através de equipamentos de aeração mecânica ou ar difuso

� A massa biológica resultante é separada do líquido em um

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� A massa biológica resultante é separada do líquido em um decantador

� Uma parte dos sólidos biológicos sedimentados é continuamente recirculada e a massa remanescente é disposta, de forma a não causar impacto ao meio ambiente

Lodo ativado

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Lodo ativado

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Lagoas aeradas

� Aeração mecanizada para fornecer oxigênio às bactérias� Nas lagoas fotossintéticas aeróbicas o oxigênio é fornecido pela aeração natural e pela ação fotossintética das algas

� O oxigênio liberado pelas algas através do processo de fotossíntese é utilizado pelas bactérias no processo de degradação aeróbica dos poluentes existentes dos efluentes

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degradação aeróbica dos poluentes existentes dos efluentes

� O fornecimento de oxigênio por meio artificial reduz a área requerida

� As lagoas aeradas podem ser utilizadas quando a área disponível não for suficiente para o emprego das lagoas de estabilização

Lagoas aeradas

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CITEL

� Central de Tratamento de Efluentes Líquidos Complexo Automotivo GM – Gravataí/RS� realiza o tratamento de EI e sanitários e a segregação de borra oleosa provenientes das instalações da GM e Sistemistas

� realiza o tratamento dos resíduos gerados

� Clientes e Parceiros

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� Clientes e Parceiros� Braskem, Innova, DSM, GM, John Deere, Masisa, Hexion, Borealis, REFAP, Brasil Recicle, Itambé, Suzaquim, SUMESA, Cimenteira CIMPOR, Petroquímica do Sul, Renova, Tamborsul, Cooperativa dos Catadores de Triunfo, MB Engenharia através do SINDICOM

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SITEL

� Superintendência de Tratamento de Efluentes Líquidos e Resíduos Sólidos da CORSAN

� Gerencia e executa a prestação de serviços de tratamento de resíduos (líquidos e sólidos) industriais, utilizando a

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resíduos (líquidos e sólidos) industriais, utilizando a infraestrutura implantada nos sistemas localizados no PóloPetroquímico do Sul e no Complexo Industrial da General Motors do Brasil

� Possui certificação ISO 14001 e reconhecimentos do PGQP do PNQS

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