Dr. Joaquim Carlos Travassos - Núcleo de Estudos ... · Órgão divulgador do Núcleo de Estudos...

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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 13 – nº 116 Distribuição Gratuita Destaques Os Anencéfalos Têm Espírito? Dinheiro e Vida Ainda Sobre Educação Reuniões de Espíritos Flagelos Destruidores Trabalhadores da Última Hora Evangelização Infantil O Remédio Imprevisto Livros: As Mães de Chico Xavier; Pérolas de Luz Dr. Joaquim Carlos Travassos

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 13 – nº 116Distribuição Gratuita

DestaquesOs Anencéfalos Têm Espírito?Dinheiro e VidaAinda Sobre Educação Reuniões de EspíritosFlagelos DestruidoresTrabalhadores da Última HoraEvangelização InfantilO Remédio ImprevistoLivros: As Mães de Chico Xavier; Pérolas de Luz

Dr. Joaquim Carlos Travassos

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A Doutrina Espírita foi organizada por Allan Kardec no século XIX, a partir da observação de um ato corriqueiro, que acontecia normalmente em ocasiões de festas e reuniões sociais: a “brincadeira” das mesas girantes, onde Espíritos se comunicavam de uma forma rudimentar.

Allan Kardec, com um senso de observação aguçado, decide analisar o fenômeno, estudando o seu verdadeiro significado.

Atualmente, passados alguns séculos, as casas espíritas poderiam usar os mesmos métodos que Kardec, observando mais atentamente as ocorrências “modernas” e aproveitá-las para o estudo e palestras. Trazer os assuntos mais atuais para as reuniões de estudos, os palestrantes abordando temas atuais e que envolvem o dia a dia dos ouvintes; utilização de métodos modernos de estudo; tudo isto pode e deve ser usado, pois a Doutrina Espírita deve caminhar junto com a época em que ela atua.

A própria ideia de “palestrante” e “ouvinte” já começa a ficar ultrapassada. Se todos somos aprendizes, por que uma pessoa sozinha fala e os outros ficam calados ouvindo? Muitos são os palestrantes que resistem à ideia de que os ouvintes participem, dando a sua opinião, fazendo perguntas e até discordando de algum ponto de vista.

E os temas a serem discutidos? Por que não abordar temas atuais que estão afetando a vida de todos, tais como a perseverança da família no tratamento do viciado, os efeitos do álcool no volante, a nova organização (ou desorganização) da família, causas e efeitos da educação moderna no comportamento dos jovens? Todos estes temas, estudados à luz da Doutrina Espírita, se transformam em alimento espiritual para os ouvintes e maiores interessados em se fortalecer para agir de uma maneira nova, com um novo ponto de vista.

Se Jesus ia para as praças, campos e ruas para pregar a Boa Nova, é porque nestes lugares a vida ocorria com todos os fatos que serviam de exemplo para um novo ensinamento. Por que não fazemos o mesmo, trazendo os ensinamentos de Jesus para mais perto das pessoas?

Não podemos deixar que a Doutrina Espírita se distancie das pessoas, principalmente das mais simples. Temos que esclarecer a todos que a Doutrina Espírita e os ensinamentos de Jesus têm o mesmo teor e que ambos devem estar presentes em nosso dia a dia, no convívio diário com o nosso semelhante!

Devemos esclarecer às pessoas que Deus e Jesus estão bem próximos de todos, deixando de lado algum tipo de orgulho ou superioridade, como bem nos exemplificou Kardec, Chico Xavier e tantos outros missionários que levaram a Doutrina Espírita na sua beleza e simplicidade.

Equipe Seareiro

Editorialeditorial

ÍNDIC

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Publicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 13 – nº 116Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas “Amor e Esperança”CNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

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Cladi de Oliveira SilvaGeni Maria da Silva

Marcus Vinícius Russo LouresReinaldo Gimenez

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Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

William de Paula AmadoRevisão

Conselho EditorialJornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433Diagramação e Arte

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

William AmadoImagem da Capa

http://ensaiosdefe.blogspot.com.br/2012/07/joaquim-carlos-travassos.html

ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia LtdaRua Souza Caldas, 343 – Brás

São Paulo – SP – (11) 2764-5700CNPJ: 61.089.868/0001-02

Tiragem12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Grandes Pioneiros: Dr. Joaquim Carlos Travassos - Pág. 3Livro em Foco: Pérolas de Luz - Pág. 10Família: Ainda Sobre Educação - Pág. 11Pegadas de Eurípedes Barsanulfo: Um Aviso Doutro Mundo - Pág. 12Aborto: Os Anencéfalos Têm Espírito? - Pág. 12Clube do Livro: As Mães de Chico Xavier - Pág. 13Canal Aberto: As Três Revelações - Pág. 13Kardec em Estudo: Reuniões de Espíritos - Pág. 14Atualidade: Flagelos Destruidores - Pág. 14Tema Livre: Trabalhadores da Última Hora - Pág. 15Cantinho do Verso em Prosa: Dinheiro e Vida - Pág. 16Trabalhos da Casa: Evangelização Infantil - Pág. 16Contos: O Remédio Imprevisto - Pág. 17Calendário: Junho - Pág. 19

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3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Dr. Joaquim Carlos TravassosBrasil, coração do mundo, pátria do Evangelho!As pesquisas realizadas sobre a vinda das diversas mi-

grações de povos de outros países ao Brasil nos dão conta do preparo que Jesus, por indicação Divina, designou a esta pátria o acolhimento desses estrangeiros, sem que viessem a sentir qualquer espécie de constrangimento. E isto é fato notório, quando assinalamos a mensagem do Senhor, contida no livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo Espírito Humberto de Campos: “[...] Uma alegria paradisíaca reinava em todas as almas que comemoravam o advento da Pátria do Evangelho, quando se fez presente, na assem-bleia ajustada, a figura misericordiosa do Cordeiro.” E Jesus dirigindo-se a Ismael, seu fiel mensageiro, lhe diz com doçura:

“— Ismael, manda o meu coração que, doravante, sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro.”

E mais adiante o Senhor continua a esclare-cer o trabalho grandioso que ele, Ismael, deve-ria fazer junto ao Plano Espiritual:

“— Reúne, Ismael, as incansáveis falanges do Infinito, que cooperam nos ideais sacros-santos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da pátria do meu ensinamento.

Ismael desce à Terra e junto dos Espíritos Superiores segue-os para que o chão do Brasil, se tornasse em sua superfície um novo Hélicon da imortalidade.”

A lei estabelecida por Jesus, aí está. Des-cendentes de todos os países encontram-se aqui, fixando seus familiares em novas terras.

E os Travassos chegaram ao Brasil, sendo três irmãos portugueses que, perseguidos pela dominação espanhola, tentando a fuga, acabaram se refu-giando em terras brasileiras.

Um deles escolheu o Estado do Rio de Janeiro, para fixar residência, exatamente na Ilha Grande, dando com isso a ori-gem de várias gerações. Mui-tos desses Espíritos reencar-naram em pontos diversos do Brasil. Mas, a Espiritualidade Superior preparara o retorno de um casal, que receberia em seu futuro lar, o reencarne de uma importante persona-lidade, que muito trabalharia para a difusão da Doutrina Espírita no Brasil.

O tempo passa em sua marcha evolutiva e no municí-pio de Angra dos Reis, no Es-tado do Rio de Janeiro, mais precisamente na Fazenda da Longa, um casal recebe com muita alegria o nascimento de um belo menino, iluminando

esse lar de felicidade. O senhor Coronel Pedro José Travas-sos e sua esposa dona Emília Rita Travassos agradeciam a Deus o ano de 1839, pela benção recebida. O menino vindo de uma família católica foi batizado com o nome de Joaquim Carlos Travassos.

O jovem Joaquim cresceu vendo também crescer sua fa-mília, agora composta de quatro homens e três mulheres. Todos receberam a mais esmerada educação.

Joaquim Carlos, após terminar os estudos básicos e pre-paratórios para cursar uma faculdade, sentindo grande ten-dência para a medicina, conseguiu ingressar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Por essa época, o jovem contava com seus dezessete anos. Poucos moços enfrentavam as dificuldades de estudar para médico. O curso de seis anos e as dezoito cadeiras que eram administradas por exigentes

catedráticos e clínicos de cada matéria, faziam com que a juventude se afastasse dessa pro-fissão. Somente permaneciam aqueles que realmente se interessavam pelas vidas que porventura chegassem às suas mãos, com diferentes casos patológicos.

O jovem Travassos, contudo, não esmoreceu, enfrentou todo tipo de dificuldades e em 30 de agosto de 1862, apresentou sua tese à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, aprovada com brilhantismo pelo corpo docente, composto pelos integrantes dessa Faculdade.

Nessa época, a direção dessa Faculdade estava a cargo do Conselheiro e doutor José Martins da Cruz Jobim, que a dirigiu de 1842 a 1872. A tese apresentada por Travassos foi apreciada e julgada pelos professores que ali lecionavam, nomes ilustres como os doutores:

Adolfo Bezerra de Menezes, Joaquim Saldanha Marinho, João Vicente Torres Homem, Luís da Cunha Feijó, Vicente Cândido Figueira de Saboia, Carlos Ferreira de Sousa Fer-nandes e José Joaquim da Silva, entre outros como o Barão

de Mauá.Travassos ofereceu sua

tese aos seus pais, descre-vendo-os como “os melhores pais e amigos” e aos irmãos, que sempre estiveram ao seu lado, incentivando-o para al-cançar seus objetivos. Dedi-cou-a também ao Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, por orientá-lo nas “Ciências Ci-rúrgicas”, como administrá--las durante o percurso das moléstias, desenvolvidas nos órgãos físicos. Fez constar também, na referida tese, os títulos por ele alcançados, como o de Membro Titular do Instituto Farmacêutico do Rio

Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro – antigo prédio na Praia Vermelha

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de Janeiro. Esse Instituto foi fundado em 1858, ficando em atividade por trinta anos e tendo em sua administração médicos e farmacêuticos. Incluía sua presença como sócio da Sociedade Indústria Nacional, ex-interno do Hospital da Misericórdia e ex-interno da Faculdade no serviço de clí-nica cirúrgica. A colação de grau de doutor a Joaquim Carlos Travassos se deu na presença das Majestades Imperiais, em 27 de novembro de 1862, entre outros jovens também doutorandos.

Travassos tornou-se uma figura desta-cada no campo profissional. Dedicava-se aos doentes como se fossem todos seus parentes ou amigos muito queridos ao seu coração. Por isso sua tristeza ao ver partir alguns deles, quando se via vencido pelas moléstias, ou pelos parcos recursos da época, no campo científico. Mesmo assim, como bom adepto da religião cató-lica, confiava a Deus as almas que, para ele, iriam prestar contas de seus erros ao Pai Criador e Este por certo os perdoaria, mas, o pior momento para esse mé-dico responsável era comunicar aos familiares o sucedido. A dor da família também o atingia e o deixava profundamente constrangido. Porém o desânimo nunca o fez desistir de seus propósitos, sempre que lhe fosse possível, encontrava-se com o renomado professor e médico dedicado aos carentes, doutor Bezerra de Menezes, de quem ouvia e recebia sérias orientações, com respeito ao trato e carinho que deveriam ser administrados aos doentes, fosse quem fosse.

Doutor Bezerra de Menezes era seu ídolo perante a pro-fissão! Assistindo às mãos desse médico na prática cirúrgica, Travassos parecia ver que algo mais forte acompanhava aquele ser admirável. Os doentes tinham rápida recuperação física e era de se notar o quanto o amavam. Os agradecimen-tos por tudo o que Doutor Bezerra fazia pelos doentes era inacreditável. E Travassos assim pensava: “só Deus poderia entender tanta dedicação!”.

O período atribulado do jovem com referência a sua car-reira parecia se acomodar. Passou a se interessar um pouco mais pelo convívio com os rapazes de sua idade. Veio a conhecer uma bela moça e ambos se apaixonaram. Para ale-gria dos familiares, após um breve noivado, Joaquim Carlos Travassos contraiu núpcias com a senhorita Maria Antônia de Oliveira, dando novos rumos à vida do casal.

Travassos tinha desejos de ter experiências em clinicar sozinho, isto é, ter seu próprio consultório. Com a decisão tomada junto à esposa, se transferiram para Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. Mas não conseguiam a adap-tação desejada, dessa forma, resolveram mudar-se para a cidade de São José do Barreiro, interior do Estado de São Paulo. Nesse local dona Maria Antônia dizia sentir mais a natureza, pois era exímia cavaleira. Adorava cavalgar pelas estradas de terra rodeadas de verde e sentir o aroma das plantas silvestres.

A vida do casal e os bons recursos vindos do consultório médico, pela dedi-cação de Travassos aos doentes, traziam tranquilidade a eles.

A felicidade desse lar compunha-se agora no aumento da família: dona Ma-ria Antônia deu a Travassos duas belas meninas, sendo que, no futuro, só uma delas, Cristiana, lhe daria seis netos, pois a outra veio a desencarnar ainda jovem e solteira.

Dona Maria Antônia não chegaria a participar do futuro das filhas, pois an-tes disso, trágico acontecimento viria trazer profundas dores ao coração de Travassos. Certa feita, quando dona Antônia fazia sua costumeira cavalgada pela estrada junto à Serra da Bocaina, na descida da serra, ela, sentindo o sol quente, resolveu abrir inesperadamente a sombrinha, o cavalo assustado saiu em

desabalada corrida, e, sem que Antônia pudesse detê-lo, caiu, ficando seu pé esquerdo preso no estribo. Seu corpo foi arrastado por um quilômetro serra abaixo, em pedaços. Nada pôde ser feito, pois a ladeira era composta de pedras; portanto, quando recebeu a notícia, Travassos tentou de todas as formas ajudar a esposa, mas o corpo, aos peda-ços, só pôde ser recolhido com o auxílio policial e levado ao sepultamento, ali mesmo.

Completamente combalido, Travassos pediu para que o local fosse marcado com uma cruz.

O estado emocional do médico Travassos era de abati-mento e tristeza. Levou as crianças para uma cunhada, que havia se oferecido em cuidá-las. Ele precisava fazer algo que o ocupasse, em que sua mente trabalhasse dia e noite. E como a guerra do Brasil contra o Paraguai já acontecia, ele resolveu dedicar-se em servir como médico, pelas forças armadas.

Muitos médicos estavam sendo convocados para com-bater as epidemias que se alastravam entre os soldados brasileiros.

O doutor Joaquim Travassos resolveu entrar nessa luta e apresentou-se como médico cirurgião, partindo para a frente de batalha, no Paraguai, no mês de janeiro de 1867. Foi ele encaminhado ao Conselheiro Cirurgião Mor do Exército para ser aprovado por Duque de Caxias, que mantinha seu quartel general em Tuiuti, para ser admitido como médico do 1º Corpo do Exército em operações, junto à 2ª Divisão de Cavalaria, como coadjuvante e 1º cirurgião de comissão.

Travassos prestou relevantes serviços à pátria brasilei-ra. Lutou arduamente junto aos soldados, combatendo as doenças e realizando cirurgias de difíceis procedimentos, com parcos recursos e em locais inadequados para tanta dor. Após esse período, em 1869, voltou junto com Duque de Caxias, retirando-se do campo de luta, cansado, porém com outras disposições de vida.

Retornando a São Paulo, de imediato foi visitar as filhas. Esse encontro foi de muita alegria e muitas lágrimas. Dona Mafalda, sua cunhada, tratava as meninas como se fosse a verdadeira mãe. E no dizer do pai “coruja”, estavam lindas, as mais bonitas do mundo. Dona Mafalda se sentiu lisonjeada

Receba mensalmente obrasselecionadas de conformidadecom os ensinamentos espíritas.

Informe-se através:E-mail: [email protected](11) 2758-6345Caixa Postal 42 – CEP 09910-970 – Diadema – SP

Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”CHICO

Bezerra de Menezes

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e o convidou para fixar residência junto a elas. O tempo passou e a admiração do médico pela cunhada foi se tornando mui-to forte, até que a pediu em casamento. Aceito o convite, passou a ser a legítima mãe das meninas e pela reorganização familiar, constando em sua assinatura o sobrenome Travassos, assim designado, Mafalda de Oliveira Travassos.

Querendo um melhor recomeço à famí-lia, o médico resolveu residir em Santos.

Travassos abriu nessa cidade sua clí-nica particular que com o tempo foi se fir-mando e ele voltando às origens. Sentia--se feliz como médico, pai e esposo. E firmando a felicidade do casal, a Espiritu-alidade os contempla com mais uma vida. Chega aos braços de Travassos uma bela menina, que seria, no futuro, além de filha dedicada, sua maior amiga, presente em todas as horas de sua vida.

Anos depois, querendo dar à dona Mafalda um lazer para refazimento de suas energias, tão desgastadas pelos afaze-res diários, levou-a para uma viagem marítima. Tudo correu bem.

A família estava em pleno retorno das férias, depois de terem vivido momentos inesquecíveis da viagem marítima, quando dona Mafalda co-meçou a passar mal. Uma epidemia de varíola hemorrágica se espalhava pelo Estado de São Paulo e infelizmente dona Mafalda foi acome-tida pela doença, que em poucos dias cortou sua existência terrena. Mais um grande golpe para o médico Travassos.

O mundo parecia desabar em sua cabeça. Com seus pensamentos revoltos, indagava para si mesmo: “Por quê, meu Deus?” E con-tinuava se questionando: “Sempre fiz o bem, procurei ser honesto, fiel aos meus deveres... onde errei? Fui temente a Deus e sou correto em minha fé... Será castigo por alguma falta? Onde a cometi sem perceber?” E as lágrimas corriam pelas suas faces.

Cansado e preso pelas angústias do ocor-rido, o médico encontrava um pouco de alento, no carinho das filhas. Mas o decorrer do tempo lhe traz outra amargura: a filha de seu primeiro consórcio vem a falecer ainda mui-to jovem. Essa foi a gota d’água para seu sofrido coração. Resolveu abandonar a clínica médica e buscar outro campo de trabalho. Afinal ele como médico, embora toda luta, não conseguia evitar a morte!

Como essa ideia lhe fervilhasse na mente e as indagações sem respostas que o ajudasse a entender os flagelos pelos quais passara, resolveu ir de encontro a outros caminhos, através da ciência filosófica. Era uma pessoa culta. Gostava de estudar e acima de tudo desprendido de dogmas. Por isso iria em busca da Verdade, algo superior, que por certo existiria e que ele ainda não encontrara.

Talvez tenha sido esse o ponto em que a Espiritualidade fez brotar o momento exato, em que Travassos despertasse para a tarefa a ser desincumbida por ele, junto às traduções das obras de Kardec, do francês para o português, pois foi por esse importante trabalho que as primeiras traduções dessas obras ficaram conhecidas no Brasil.

As primeiras notícias sobre os fenô-menos das “mesas girantes” começaram a surgir no Brasil entre os anos de 1853 e 1854, pois isso era mais evidente nos Estados Unidos da América e na Euro-pa. E as primeiras publicações sobre esse assunto foram feitas pelo Jornal doComércio, do Rio de Janeiro, pelo Diário de Pernambuco, de Recife e por O Cearense, de Fortaleza. E depois os periódicos bra-sileiros anunciavam que, em 1858, no dia 1º de abril, em Paris, o professor Allan Kardec fundava a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, onde residia com sua esposa Gabrielle Boudet, conhecida como “Madame Allan Kardec”.

Essas publicações chamaram a aten-ção de Travassos, porém, em busca dessas obras, naquela época, só encon-trou, traduzidos para o português, dois

opúsculos: O Espiritismo na sua expressão mais simples e Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita. As obras básicas, Travassos só encontrou na língua de origem, em francês. Isso porque qualquer pessoa culta nessa época obrigatoriamente

deveria saber escrever e falar francês.Travassos começou então a estudar profun-

damente as obras kardequianas. Seu interesse foi tão grande, que o levou a ler outros autores para que suas pesquisas sobre o Espiritismo tomassem maior vulto, pelas informações da “Terceira Revelação”, escritas também na lín-gua inglesa, que ele sabia traduzir com per-feição.

Durante um bom tempo, sentindo a neces-sidade de dialogar com outros adeptos da Doutrina, procurou contatá-los e achou pou-cos grupos espalhados pelo país. Mesmo no Rio de Janeiro, somente uma associação era responsável pela orientação e propaganda en-viada, que pudesse unir os poucos espíritas existentes. Através dessas constantes buscas doutrinárias é que Travassos encontrou dados de que o primeiro Centro Espírita fundado no Brasil, em 17 de setembro de 1863, estava na Bahia, em Salvador, com o nome de Grupo

Familiar de Espiritismo, instalado pelo seu fundador, Luís Olimpio Teles de Menezes.

E Travassos tomou conhecimento que o primeiro jornal espírita do Brasil foi O Eco do Além Túmulo, publicado em julho de 1869, em Salvador, tendo à frente Luís Olimpio Teles de Menezes, outro grande divulgador da Doutrina Espírita, no Brasil.

Esse panorama visto por Travassos deu-lhe ânimo para avançar com as ideias espirituais, que conseguiam fazê-lo voltar a recompor a sua vida. Dedicou grande parte de seu tempo para junto de outros trabalhadores fundarem o primeiro Centro Espírita no Rio de Janeiro. Surgia, em 02 de agosto de 1873, o Grupo Espírita Confúcio, constando de sua diretoria o doutor Joaquim Carlos Travassos, como Secretário Geral. Coube ao doutor Siqueira Dias a Presidência, como 2º Se-

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e

pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança – CNPJ: 03.880.975/0001-40

Banco Itaú S.A. – Agência 0257 – C/C 46.852-0

Carimbo comemorativo em homenagem a Primeira Sociedade

Espírita no Brasil e a seu fundador Luiz Olympio Telles

de Menezes. O carimbo mostra o Elevador Lacerda – Salvador, BA.

Luís Olimpio Teles de Menezes

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cretário, o doutor Bittencourt Sampaio e no Conselho Fiscal o nome de duas mulheres, madame Perret Colard e madame Rosa Moldeno, acontecimento raro, pois as mulheres pou-co podiam aparecer em qualquer acontecimento social ou doméstico, principalmente no aspecto religioso ou político.

O Grupo Confúcio deliberou por unanimidade que segui-riam com fidelidade os estudos espíritas, baseados nas obras de Allan Kardec, sendo estes, O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns.

A diretoria composta enviou uma carta à Sociedade Parisiense, em Paris, para que dessem continuidade nas edições dessas obras de Kardec, pela importância dos as-suntos ali tratados com tanto rigor e serie-dade pelo autor.

Travassos e os companheiros do Grupo Confúcio chegaram à conclusão de que es-sas obras precisariam ser traduzidas para o português, porque o povo teria, então, condição de adquiri-las e entendê-las. Sem perda de tempo, Travassos resolveu partir para essa árdua tarefa, pois, procurando os interessados, que aos poucos começavam a surgir em vários grupos, ele sentiu a difi-culdade que se desenvolvia nesse trabalho por mal conhecerem o princípio da Doutrina. Receando a confusão religiosa no meio espiritualista, agiu rapidamente nas traduções. E no princípio do ano de 1875, ele participa por carta, endereçada ao senhor P. G. Leymarie, que era o administrador e redator da Revue Spirite, contando do seu contentamento de poder colaborar na divulgação de obras tão importantes, que poderiam mudar os conceitos e deveres dos povos, com relação à vida futura da Humani-dade. Essa missiva foi publicada na íntegra, em agosto de 1875, na Revue Spirite. Também consta escrita em francês e traduzida para o português, na obra Grandes Espíritas do Brasil, de Zeus Wantuil.

Travassos, junto a outros companheiros do Grupo Con-fúcio, enviou outras cartas ao editor francês, o senhor P. G. Leymarie, agradecendo as edições traduzidas para o por-tuguês, realizadas pela Casa Garnier, do Rio de Janeiro, e contando que aproveitava a ida do senhor Morin a Paris, para enviar dois exemplares traduzidos de O Livro dos Espíritos, que fora colocado à venda no mês de janeiro do mesmo ano, 1875. Travassos também informava ao editor francês que junto seguia outra brochura intitulada “Como e por que me tornei espírita”. O conteúdo desta obra, explicava Travassos em sua missiva, é de suma importância, pois torna-se claro o seu estudo sobre o magnetismo, vindo esclarecer aos leigos

o surgimento dos fenômenos espíritas e suas consequên-cias quando manifestados nas pessoas, seja qual for sua fé religiosa. Essa obra é de autoria de J. B. Borreau, grande magnetizador francês. Sua prática era baseada na ciência de Mesmer, muitos anos antes do surgimento da Doutrina Espí-rita. Travassos ainda esclarecia em sua carta a Garnier que havia trazido essa brochura, sob as iniciais C.T. e que esta já havia sido publicada por B. L. Garnier em 1875, lendo-se em seu frontispício a seguinte frase: “O homem está separado

do mundo dos Espíritos apenas pelo seu invólucro material.”

Muitas foram as correspondências de Travassos com os espíritas da Sociedade de Paris, isto porque ele achava importante dar satisfação das traduções ou das publica-ções que eram feitas, nos jornais, como os exemplares escritos pelo senhor Crookes, também traduzidos para o português.

Travassos, com todos esses empreendi-mentos na área da divulgação doutrinária no Brasil, realmente foi o pioneiro nas obras de Kardec e de outros autores ainda desco-nhecidos no mundo, com relação ao campo das religiões. No princípio, como se destaca nos anais das pesquisas feitas no Brasil, Travassos usou o pseudônimo de Fortúnio, na tradução feita de O Livro dos Espíritos,

da 20ª edição francesa, mas sem data de publicação. Na tradução para o português da 12ª edição de O Livro dos Médiuns, já não constava o nome do tradutor. O Céu e o Inferno também foi traduzido, de sua 4ª edição francesa, e publicado sem o nome do tradutor, o mesmo acontecendo com O Evangelho Segundo o Espiritismo, traduzido de sua 16ª edição francesa, no ano de 1876. Segundo constava entre os familiares de Travassos, ele assim agia, sem colocar nomes em seus trabalhos, por sua modéstia e simplicidade diante de sua cultura, ao realizar brilhantes palestras, aos amigos e defensores da Doutrina Espírita.

Outro fato importante a ser considerado na vida de Tra-vassos foi o despertar do grande e futuro apóstolo do Espiri-tismo, o doutor Adolfo Bezerra de Menezes. Assim que saiu do prelo O Livro dos Espíritos traduzido, Travassos ofereceu a obra ao seu amigo, a quem admirava profundamente pelo desprendimento e dedicação em salvar vidas, doando-se in-teiramente a cada paciente como se fossem todos elementos de sua própria família. Essa obra de Kardec atraiu a atenção do então ilustre político e famoso médico, que chegou a se declarar em plena praça pública, que abraçara de corpo e alma a Doutrina Espírita, como lema principal de sua vida.

P. G. Leymarie

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7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Embora essa declaração tenha trazido muitos distúrbios ao doutor Bezerra de Menezes em sua vida como político, estudando a Doutrina, resolveu em definitivo deixar a política, para exercer mais a sua função de apóstolo do Cristo e Pai dos Pobres, como ficou conhecido pelo povo carente.

A trajetória física de Travassos, nessas altu-ras de sua visão como espírita, lhe dava novas esperanças de reconstruir um lar. E no ano de 1880, contraiu matrimônio com a viúva do dou-tor Mateus de Andrade, a senhora Francisca Ayrosa Galvão, filha do Barão de Sapucaia, e diga-se, profundamente católica. Esse casa-mento foi realizado em São Lourenço, Município de Niterói, no Palacete da Soledade, depois transformado no seminário e palácio do Bispo de Niterói. Dessa união, Travassos veio a receber em seu lar mais dois filhos. Mas durante essa união, a residência do casal, diariamente, a convite de sua esposa, dona Francisca, recebia sacerdotes católicos, amigos, para saraus e jantares, pois a finalidade de dona Francisca e os sacerdotes era o de fazerem Travassos voltar ao catolicismo, deixando o tão diabólico espiritismo fora de sua vida, tão bem conceituada como médico.

Porém, Travassos manteve-se firme em seus ideais pe-rante a Doutrina.

E essa imposição deu a ele mais vigor pelo trabalho, nas tarefas que desenvolvia com os companheiros, principalmente no receituário homeopático, junto ao também médium homeopata, Bittencourt Sampaio.

Certa ocasião, dona Francisca veio a sofrer grave enfermidade. Acamada e querendo culpar o esposo, chamando-o junto a si, falou--lhe ao ouvido: “Estou morrendo e é para que eu o salve. Deus me tirará a vida, para que você venha a ser perdoado dos peca-dos que cometeu contra a igreja”. Mas a morte não chegou e dona Francisca curou--se da doença, ficando completamente sã.

Mesmo estando bem, dona Francisca não perdoava o esposo. Os desentendi-mentos eram frequentes, não havendo mais a tão desejada paz no lar que Tra-vassos tanto almejava, para seguir seu trabalho como tradutor e fiel tarefeiro da seara cristã.

Alegando diferenças religiosas, dona Francisca pediu o fim da união, em uma missiva dirigida ao Papa, dizendo que não poderia continuar casada com um herege, que abjurava a Santa Madre Igreja.

Com isso a união conjugal foi aceita e anulada no ano de 1884, concedida pelo Papa. Travassos de imediato reque-reu em juízo a guarda dos dois filhos, ainda pequeninos. Ele ganhou a causa, mas dona Francisca, protegida pelo poder eclesiástico, fugiu com as crianças, escondendo-se em

conventos. Foram anos de luta, que Travassos enfrentou em vão, mas o mandado jurídico, jamais foi cumprido. As crianças cresceram longe do pai, foram educados e ambos se formaram em Engenharia, notícias que Travassos recebia de um ou outro amigo político católico, assim como o desencarne de ambos. Mais uma vez, Travassos experimentava a resignação e a pa-ciência, como testemunho da fé que abraçara pela Verdade do Cristo. E ele suportou e não esmoreceu, prosseguindo em sua jornada re-encarnatória e no trabalho construtivo, que lhe dava força e coragem, por Jesus.

Aos poucos Travassos foi mudando o rumo de sua vida profissional. Desde jovem, seu ide-al republicano aflorava e, com o advento da República e engajado ao movimento, fundou

por essa época um clube republicano em Niterói, junto aos companheiros políticos e, filiado diretamente à política, veio a ocupar uma cadeira de deputado na Assembleia Provincial do Rio de Janeiro, defendendo então suas ideias liberais. Depois foi ele eleito Senador na primeira Legislatura do Es-tado do Rio de Janeiro em 1891. Essa Casa Legislativa teve curto período de existência. A 1ª sessão preparatória em 27 de julho de 1891 e a sessão de instalação ocorrida em 04 de agosto do mesmo ano, teve a presidência do Senador

Demerval da Fonseca. Travassos ocupa-va a presidência quando havia a falta do presidente e várias vezes atuou como 1º e 2º secretário, dessa gestão.

Travassos não queria ser apenas mais um político a ocupar cargos que fossem favoráveis somente às suas conveniências. Queria ser útil à Nação. Por isso, na sessão ordinária de 28 de agosto de 1891, apre-sentou um projeto de lei, que regulamen-taria a colonização e a imigração no Brasil. E em seu longo discurso, procurou deixar bem claro que era urgentemente necessá-rio que a imigração fosse colocada rapi-damente em prática, sem delongas, pois caso contrário, os males futuros viriam tra-zer ao Brasil profundos dissabores. Esse projeto tão veementemente apresentado por Travassos, demonstrando o cuidado com a seleção do imigrante colonizador, em benefícios futuros ao país, foi sobeja-

mente aplaudido por um dos homens mais entendidos sobre essa matéria, o Visconde de Taunay, que, nessa época, era o presidente da Sociedade de Imigração do Brasil.

Os imprevistos políticos seguiam e veio a acontecer a que-da do governo do Marechal Deodoro da Fonseca, substituído pelo Presidente da República, o senhor Floriano Peixoto, que depôs todos os governadores que se uniram ao golpe de 03 de novembro de 1891.

Com isso o governo Portella, do Estado do Rio de Janeiro, caiu e o Congresso Fluminense foi extinto. Travassos, pro-

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Bittencourt Sampaio

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fundamente decepcionado com a política e contrário aos procedimentos do chamado “Marechal de Ferro”, vem a abandonar a política. Recolhe-se para sua vida parti-cular. Após algum tempo, estudando com muito entusiasmo, resolveu dedicar-se à pecuária e à agricultura. Via, nesses seto-res, que muito poderia ajudar a economia do País, pois o desenvolvimento desses setores poderia ter uma extensa produção, vindo a solucionar os problemas na pro-dução de aves e plantações nos campos sem proveitos por falta de recursos dos lavradores.

O empenho de Travassos foi de grande valia para o País que enfrentava uma sé-rie de dificuldades no setor da produção agrícola nacional.

E no dia 16 de janeiro de 1897, Travas-sos junto a vários brasileiros com a mesma disposição de ajudar a fazer o melhor para o progresso do Brasil também com refe-rência aos rios e florestas, tão afetados, criou a Sociedade Nacional de Agricultura na Capital, Rio de Janeiro, cobrindo a falta do Ministério da Agricultura, que fora extin-to por ordens superiores dos governantes, dessa época. Na primeira diretoria, Travas-sos desempenhou o cargo do Conselho Su-perior e, como presidente, foi designado o senhor engenheiro doutor Antônio Ennes de Souza. Fora também criada uma revista, A Lavoura, como órgão dessa Sociedade, e Travassos fazia parte da comissão de redação, pelos seus conhecimentos sobre a cultura do solo e o incentivo à formação de indústrias rurais.

Travassos participava ativamente em todos os debates das sessões dessa so-ciedade. Suas conferências eram muito competitivas, pois trazia sempre solução para os problemas nacionais.

No ano de 1898, o Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas, imprimiu por conta própria, na Imprensa Nacional, a palestra que Travassos pronunciou, na Sociedade Nacio-nal de Agricultura, sob o título “Indústria Pastoril”. Com bri-

lhante patriotismo, ele exaltou a grandeza das terras brasileiras, adormecidas pela indolência criminosa dos que se deixam dominar pelo desânimo.

Salientou que o povo que assim se identifica é a amostra de um povo fraco e indigno da sua nacionalidade e de sua liberdade.

Referiu-se também que não se pode esperar por milagres, que é preciso tra-balhar e baseou-se nos ensinamentos do “Sublime Filósofo da Judeia”, Jesus, que firmou a Lei do Trabalho, nas seguintes máximas: “Batei e se vos abrirá; procurai e achareis”.

No ano seguinte, em 1899, com nova diretoria na Sociedade Nacional da Agri-cultura, foi discutida a embalagem do café, com os componentes da diretoria, Campos da Paz e Moura Brasil, tão ativos na política do trabalho no campo, quanto Travassos. Todos esses importantes focos foram escritos por Travassos e publicados no Jornal do Comércio, no Rio de Janeiro.

Depois foram essas matérias transfor-madas em livros, sob o título de Monografias Agrícolas, em três volumes, onde o autor falava sobre filosofia, botânica, história geral da civilização, agronomia, veterinária e higiene, que muito contribuíram para a vinda do progresso à Humanidade. Livros que foram muito bem aceitos e estudados pelos intelectuais da época.

Travassos continuou sua árdua luta no campo da criação de gado, principalmente com os gados das melhores raças, como a indiana, pois para adquiri-los era preciso que o Congresso votasse uma verba es-

pecial ao Ministério da Viação. O país, que queria se mostrar essencialmente agrícola, não tinha esse Ministério da Agri-cultura, que só foi criado em 1907, com o título de Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.

Travassos foi um defensor em todas as áreas que precisa-vam ser vistas como pontos essenciais, para o futuro do Bra-sil. Lutou pelo ensino, pela medicina, principalmente sobre o

Oswaldo Cruz

Augusto Elias da Silva

Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20h003ª, às 15h00

2ª e 6ª, às 14h30Domingo, às 10h00

Artesanato: Sábado, das 14h00 às 17h00Atendimento às Gestantes: nas reuniões de 2ª e 6ªEvangelização Infantil: ocorre em conjunto com as reuniõesTerapia de apoio espiritual aos dependentes químicos e doentes em geral: 6ª, às 19h30Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h45

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3ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec

4ª O problema do ser, do destino e da dor – Léon Denis; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec; Religião dos Espíritos – Emmanuel *

5ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec

6ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Vida Futura – Roque Jacintho

Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

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9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

problema da tuberculose e dos mosquitos que trans-mitiam a febre amarela, a malária etc. Salientava que as pesquisas sobre a microbiologia eram de caráter urgente e os in-vestigadores sobre essas causas, que faziam as pessoas morrerem a mín-gua, deveriam ter campo livre e verbas suficientes para obterem remédios para serem distribuídos à população, até chegarem a produzir vacinas como prevenção a essas doen-ças. Graças à Providên-cia Divina, outro grande cientista estava prestes a socorrer a Humanidade, com sua dedicação a esses princípios, levantados por Travassos, e esse homem viera com o nome de Oswaldo Cruz, que con-seguiu sanear a febre amarela, ensinando o povo a ter a higiene necessária e os remédios que ajudariam a combater os mosquitos transmissores da doença.

Todos esses empreendimentos aos quais Travassos se colocava perante a sua reencarnação, eram cla-ramente guiados pelos Espíritos Superiores que encontraram nele a dis-posição e a capacidade de administrar tantos co-nhecimentos, vindos de seu arquivo espiritual. Portanto, ele não só de-senvolveu as traduções das obras de Kardec para o povo, como divulgou e ampliou as várias con-quistas públicas, para o progresso e o desenvol-vimento em muitos seto-res de trabalho no solo brasileiro.

E junto a ele, foram muitos Espíritos que reencarnaram e se projetaram na literatura Espírita, como doutor Bezerra de Menezes, Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, Antônio Luís Sayão, Frederico Pereira Junior, João Gonçalves do Nascimento, Augusto Elias da Silva, Francisco Raimundo Ewerton Quadros, Luís Olímpio Teles de Menezes.

E entre os políticos também muitos foram os que viriam para reorganizar e trazer o progresso para o Brasil: Rui Bar-bosa, doutor Francisco de Paula Rodrigues Alves, Barão de Capanema, Moura Brasil, doutor Clóvis Bevilacqua etc. Porém, essas atividades profissionais não foram obstáculos para as tarefas doutrinárias, as quais Travassos continuava a exercer. Tanto que muitos nomes que aí estão continuaram a exercer suas tarefas espirituais.

Travassos sofreu muito quando traduziu as obras de Kardec para a língua portuguesa, isto porque a reação da imprensa na época foi a de declarar, principalmente, o Jornal do Comércio, que o Espiritismo era formador de loucos, concluindo que era a pior epidemia, muito mais perigosa que a febre amarela. E tempos depois, periódicos como O Cruzeiro e novamente o Jornal do Comércio, ambos cariocas, anunciavam como furo

de reportagem, uma ordem policial, que proibia o funcionamen-to da Sociedade Aca-dêmica Deus, Cristo e Caridade e de outros Centros Espíritas, filia-dos a essa instituição. Seriam, portanto, pu-nidos os espíritas que contrariassem a essas ordens policiais. Travas-sos, não conformado com essa medida tão drástica, junto de uma comissão composta pe- lo dr. Antônio Pinheiro Guedes, Joaquim de Lima e Silva e o pró-

prio Travassos, procurou o chefe de polícia, que, os rece-bendo com respeito, dizia que a ordem viera por autoridades superiores, portanto, deveriam procurar o Ministro da Justiça e Conselheiro, o senhor Manuel Pinto de Souza Dantas. Assim fizeram e como o mandado evidentemente fora expe-dido pelo 2º Delegado de Polícia do Município da Corte, a comissão esperou pelo primeiro Congresso Espírita realiza-

do no Brasil, que foi pro-movido pela Sociedade Acadêmica, no dia 06 de setembro de 1881, onde Travassos e a comitiva de espíritas solicitaram uma audiência com o Imperador do Brasil Dom Pedro II, para en-tregarem em mãos um documento, com todos os fatos ocorridos, im-pedindo o trabalho dos espíritas, para que fosse analisado com justiça e preponderância. O Im-perador, ciente do pedi-do, respondeu afirman-do: “Eu não consinto em perseguição alguma”.

Os componentes da comissão, após esse acontecimen-to, esperaram duas semanas e voltaram ao palácio para as considerações finais do Imperador e este lhes informou que o Ministro do Império já dera por finalizado o caso, mas tornou a falar, em tom jocoso, aos integrantes da comitiva: “Ninguém os perseguirá, mas, não queiram agora transformarem-se em mártires”.

No ano seguinte, no dia 28 de agosto de 1882, Travassos e os companheiros da Sociedade Acadêmica Espírita Deus, Cristo e Caridade, realizam na mesma sede a “Primeira Ex-posição Espírita do Brasil”, para comemorar a vitória sobre o início da perseguição policial ao Espiritismo, que não fora totalmente finalizada, pois as perseguições deixaram-se ar-quivar por ordem do Imperador, Dom Pedro II.

Travassos continuou sua luta sempre correspondendo aos ideais cristãos, divulgando a Doutrina, traduzindo Kardec e editando seus artigos em periódicos vários, que, por essas alturas, já estavam em circulação: O Eco do Além Túmulo, Revista Espírita e entre outros, O Reformador, iniciada sua publicação em 1883.

Francisco Raimundo Ewerton Quadros Imperador do Brasil Dom Pedro II

Antônio Luís Sayão Rui Barbosa

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• EMMANUEL. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. O Consolador. 6. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1976.

• IRMÃO X. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. 9. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1971.

• KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 58. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1983.

• WANTUIL, Zeus. Grandes Espíritas do Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1969.

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Todos os livros sérios, sobre as orientações vindas do Mais Alto, nos repletam de surpresas pelos seus ensinamentos, mas este em particular, nos envolve de maneira muito especial, pois vem confirmar que a verdade nunca se perderá.

Em suas primeiras páginas, Dr. Bezerra de Menezes nos relata a forma em que foram encontradas as Pérolas de Luz, que formaram este pequeno livro de bolso. Acreditem...garotos brincavam com uma bola de futebol de papel!!!

São lições de Emmanuel, psicografadas por Francisco Cândido Xavier, que nos convocam a observação de nossos pensamentos e atos, e assim como suas páginas foram encontradas, encontremos também a presença de nosso Mestre Jesus, por toda a eternidade.

Surpreendam-se, assim como nós, com sua rápida leitura, aproveitando de todas as suas páginas, as jamais perdidas, eterna sabedoria.

“Cada dia, em toda parte, dispões da riqueza das horas para as mais nobres aquisições transformando suas palavras.” Eis uma de suas páginas!

Dr. Bezerra de Menezes, Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, recebam o nosso eterno agradecimento e que a Luz do Pai, continue transformando suas palavras em eternas “Pérolas de Luz”.

Vanda

Pérolas de Luz

Francisco Cândido Xavier Espírito Emmanuel

Editora CEU

Travassos, com seus 76 anos de jornada física, já apresentava indisposições orgânicas e, no dia 06 de fevereiro, a 1 hora e 35 minu-tos do ano de 1915, desencarna vitimado pela arteriosclerose.

O enterro foi marcado para as cinco horas da tarde e o féretro saiu da Rua Correia Dutra, onde Travassos havia morado por pouco tempo antes da piora de seu estado de saúde. Seu corpo foi enterrado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. Fizeram questão de levá-lo à última morada os senhores General da Divisão Gregório Thaumaturgo de Azevedo, Carlos Travassos Montebello, doutor Raymundo Floresta de Miranda, João Paulo Temporal, José Ludolf e Theóphilo Pontes.

Muitas foram outras ilustres figuras da época, que discursaram durante o velório, destacando a imensa lacuna deixada pelos tão ricos conhecimentos de Travassos, por sua esmerada cultura.

Todos os jornais da época publicaram em suas páginas, os feitos desse homem, que tanto colaborou na edificação de um país mais próspero, em tantas áreas, que estavam obscurecidas pelos egocêntricos ditadores da época. Foi Travassos o homem da ciência renovadora, emérito industrial, publicista e político.

Desempenhou abençoada tarefa no Espiritismo, suportou nobremente os ataques das sombras, sem se deixar abater,

principalmente quando entendeu o verdadeiro sentido das aflições reencarnatórias.

Palavras dos amigos e companheiros dos ideais cristãos e vanguardeiros dos ensina-mentos de Jesus. Os parentes de Travassos o definiam como um homem de caráter bon-doso, altruísta, equilibrado em suas decisões e desprendido de ambições terrenas e também sempre disposto a perdoar, fosse quem fosse, sem apontar erros, pois dizia ter que vencer primeiramente suas más tendências.

O despertar de Travassos, na Espiritualidade revestiu-se de grande contentamento. Os Espíritos que o auxiliaram nas tarefas redentoras da difusão doutrinária ali estavam, aguardando seu triunfal retorno à pátria de origem. De seus olhos rolaram lágrimas de agradecimento a Deus e a Jesus, por ter

colhido conhecimentos tão vastos, e saber que Deus lhe concederia outras oportunidades, para continuar a vencer seus defeitos e resgatar débitos, com as criaturas que não soubera conviver e amparar. Mas a vida futura lhe seria mais pródiga, assim pensava Travassos, diante de seus protetores Espirituais, que riam com brandura no olhar, diante dos pensamentos sinceros, comparando-o como um aluno, que, constrangido, mostrava a lição feita em casa.

Eloísa

Revista Reformador – capa da edição comemorativa do centenário

de Chico Xavier – abril 2010

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11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

“Educa os filhos que o mundo te confiou; no entanto, se não te mostram afeto, compadece-te deles e não lhes recu-ses a bênção de paz da qual necessitam para serem felizes, conquanto nem sempre consideres justo armá-los de forças monetárias, capazes de aniquilar-lhes o ensejo de elevação e serviço.”

Na citação acima, nosso Emmanuel deixa claro como de-vemos agir com relação à educação de nossos filhos, mesmo ainda quando eles não consigam entender que devemos impor disciplina para que sejam bem educados. E impor disciplina significa falarmos mais não do que sim. Claro que sempre explicando os porquês de tudo.

Muitos pais equivocados, quando não conseguem dar a atenção e o carinho que os filhos necessitam, tentam com-pensá-los com bens materiais. Infelizmente ouvimos vários relatos de pais, já desencarnados, que veem agora seus filhos su-cumbirem diante das facilidades que lhes propor-cionaram duran-te a vida terrena; geralmente, com desencarnes trá-gicos, relaciona-dos às drogas.

Sabemos que educar é uma ta-refa muito difícil, principalmente nos dias de hoje, quando impera o materialismo. A permissividade, em deixar crian-ças já em tenra idade fazerem tudo o que querem, trará um preço bem alto que pagaremos, mais dia ou menos dia. Mas, também sabemos que os filhos são empréstimos de Deus, cuja responsabilidade é orientar, dar formação moral, dar princípios básicos de Espiritualidade.

Ensinar a fazer prece diária (a importância de se criar este hábito saudável trará o equilíbrio necessário, nas horas de dificuldades que iremos passar), a respeitar o próximo, prin-cipalmente os mais velhos, os professores etc., aceitar as diferenças, são tarefas que ainda cabem aos pais, diferente de como pensam muitos, que entregam a educação de sua

prole para a escola e outros. A educação moral cabe à família e não à escola.

Vemos muita inversão de valores nos dias de hoje. Infe-lizmente, porque vivemos num mundo muito agitado, damos sempre a desculpa que não temos tempo para nada, princi-palmente para corrigir nossos filhos, fazendo de conta que não estamos presenciando suas atitudes. Esta omissão vai nos ser cobrada através da lei de Ação e Reação. Seremos também cobrados pela nossa própria consciência.

Não podemos nunca esquecer que a verdadeira vida é a Espiritual, por isso, o exemplo da família em torno do Evange-lho no Lar é muito importante para guiá-los a serem homens de Bem. Devemos, portanto, pensar na reforma íntima que a Doutrina dos Espíritos nos incita a fazer sempre, a fim de que nossos entes queridos possam ver, através de nossos atos,

esta verdadeira mudan-ça de hábitos.

Vamos recorrer sem-pre aos ensinamentos do Evangelho de Jesus e nos esforçarmos por colocá-los em prática em todos os momentos de nossas vidas; procu-rando entender que de-vemos aprender a amar mesmo, de verdade, o filho, quando acharmos ser ele nosso adversá-rio. Certamente fomos nós mesmos que con-duzimos essa criatura por caminhos tortuosos e cabe-nos, agora, agra-decer a bendita oportu-nidade de recebê-la em nosso lar e ajudá-la na transformação necessá-

ria, conforme o Cristo espera de nós.Amar com ternura e também dando disciplina, esta é a

solução, que deveremos buscar no bom senso e equilíbrio para não perdermos a sementeira. Não esqueçamos que, se a sementeira é livre, a colheita é obrigatória e que o nosso Pai Celestial estará acompanhando nosso esforço através da persistência em acertar.

ElianaBibliografia: EMMANUEL. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Calma. 7. ed. [s.l.]: Editora GEEM, 1986.Imagem:http://1.bp.blogspot.com/-nXMev56Rba8/T3G-W1KFkiI/AAAAAAAAAbc/dxjIOSQUPcA/s1600/educacao_1969vs2009.jpg

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Este relato foi mencionado pelo doutor Eduardo Dietrich Ribi, que residia em Rio Claro, SP, e grande amigo do médium Eurípedes Barsanulfo, da cidade de Sacramento, MG.

O ano era de 1911. Naquela noite a chuva era intensa, com rajadas de fortes ventos. O professor Eurípedes continuava seu trabalho na pequena farmácia de sua propriedade, quan-do ouve batidas no portão de entrada. Rápido abriu a porta e, com alegria, recebe a visita de seu velho amigo, doutor Eduardo, que encharcado pela chuva, acabava de chegar de Rio Claro.

Após os júbilos e abraços, Eurípedes, fazendo o amigo entrar em sua modesta sala, vai de imediato buscar uma toalha para que o amigo pudesse se secar. Enquanto a sim-plicidade do medianeiro e a descontraí-da conversação tinham efeito, o anfitrião preparava um delicioso chá, com aroma balsamizante, para que o amigo não adoecesse.

O doutor Ribi dialogava com Eurípe-des em francês, pois tinha muita saudade de sua terra natal. Lembrava de sua in-fância e sua vinda para o Brasil com seus pais. Eurípedes correspondia e falava fluentemente a língua pátria do amigo, para ajudá-lo com as recordações, que, por vezes, o mantinha em depressão, por não ter podido rever a França ou voltar a habitá-la, sendo esse o seu maior dese-jo. De repente, ambos escutam uma voz pedindo socorro, meio ofegante. Rapidamente Eurípedes sai à porta e vê uma jovem aflita e, adiantando-se, pergunta-lhe:

— Você vem buscar remédio para sua mãezinha, não é?— Sim, tio Eurípedes, ela está muito mal. Quase não con-

segue respirar e tem muitas dores de cabeça.Eurípedes pede licença e recolhe-se na farmácia, buscando

a ajuda do doutor Bezerra de Menezes, seu orientador. Após alguns minutos, começa a manipular o medicamento, sob a

prescrição do doutor Bezerra. Quando a medicação estava pronta e ele ia entregar à menina, um forte barulho semelhante ao trovão foi ouvido e um frasco que estava na prateleira dos remédios agitou-se dan-do a impressão de ter caído ao chão. De imediato, Eurípedes voltou a sua atenção para o vidro de onde ele havia tirado a tintura para a manipulação e verificou que não era aquela base mãe que ele usava. O remédio que ele ia dar à doente estava errado, pois os funcionários da farmácia, ao fazerem a limpeza, havia trocado as tin-turas do lugar costumeiro. Para Eurípedes fora um terrível engano. Mas, graças ao

Alto, sua atenção foi chamada com o barulho do frasco que parecia ter caído ao chão. Assim, o erro foi corrigido, a medi-cação prescrita pelo doutor Bezerra foi acertada e o remédio levou o alívio para a enferma, que logo se restabeleceu.

Eurípedes agradeceu profundamente a Deus e pensava com toda a pureza de seu coração: “os homens podem enganar-se, porém, Deus não se engana”, explicando o incidente acontecido.

ÉricaBibliografia: NOVELINO, Corina. Lindos Casos da Mediunidade de Eurípedes. 1. ed. [s.l]: Editora Esperança e Caridade, 2007. [Adaptado]

Pegadas de Eurípedes Barsanulfopegadas de euripedes barsanulfo

Um Aviso Doutro Mundo

O STF – Supremo Tribunal Federal acaba de legalizar o abortamento intencional do “anencéfalo”. Dezenas de hos-pitais em todo o território nacional serão credenciados para cumprirem esse procedimento, com treinamento de médicos e outros profissionais da área da saúde. Tanto investimento... para se executar a morte de seres indefesos! Entramos perigo-samente em uma era em que mesmo na linha de produção da vida, não se toleram imperfeições. Apresentou algum defeito? Vai para o descarte!

Mas fica a pergunta: Os “anencéfalos” têm espírito?O conceito equivocado de que o “anencéfalo” não tem

cérebro, leva muita gente do meio espírita a concluir, também equivocadamente, que “não tendo cérebro, não deve ter espírito”, o que poderia justificar a indicação do aborto. A Dra. Marlene Nobre, em artigo na Folha Espírita, nº 368, es-clarece: “[...] os corpos para os quais poderíamos afirmar que nenhum espírito estaria destinado seriam os dos fetos teratológicos, monstruosos, que não tem nenhuma aparência humana, nem órgãos em funcionamento”. Portanto, este não

é o caso dos “anencéfalos”. A questão 356 b de O Livro dos Espíritos também é bastante elucidativa. Pergunta-se: “Toda criança que sobrevive tem necessariamente, um espírito en-carnado?” Resposta: “Que seria ela, sem o espírito? Não seria um ser humano”.

Como nos esclarece a literatura espírita, a ligação da cons-ciência com o corpo físico se faz com a implicação de estrutu-ras integrantes do tronco cerebral alto, que todo “anencéfalo” tem (inclusive a glândula pineal), conforme se lê nas obras de André Luiz Evolução em Dois Mundos, capítulos IX e XIII, Entre a Terra e o Céu, capítulo XX e Missionários da Luz, capítulo 2.

É importante que se tenha em mente: todo feto que se desenvolve no útero materno, formando um corpinho com características humanas, com batimentos cardíacos e outras funções viscerais, mesmo sendo portador de malformação encefálica, é um espírito reencarnante na vigência de difícil prova, necessitando mais do que nunca, da misericórdia e do amor de todos nós.

Irvênia

Os Anencéfalos Têm Espírito?Aborto

aborto

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13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

Moisés foi a primeira RevelaçãoDiante de um mundo violentoLibertou o povo da escravidão,Recebeu os Dez Mandamentos...

Jesus foi a segunda RevelaçãoDiante de um mundo ignoranteO Amor foi a Sua lição,Deixou algo para adiante...

O Espiritismo é a terceira RevelaçãoDiante de um mundo materialistaÉ Ciência, Filosofia e Religião,Sua base é reencarnacionista...

É o Consolador PrometidoQue veio esclarecerTudo aquilo que já foi dito,E ensinar ao homem viver...

Carlo A. Sobrinho – Rio de Janeiro – RJ

As Três Revelações

O filme As Mães de Chico Xavier, baseado no livro de Marcel Souto Maior, Por trás do Véu de Íris, inspirou esta obra, dando a oportunidade a todos os que assistiram, ou não, ao filme, de conhecer detalhes e curiosidades sobre tudo o que envolve essa séria e rica produção, entre estes os nossos queridos associados do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”.

Quando dizemos rica, significa em conteúdo e informação, pois como enunciado no título, aborda-se não só a vida após a morte, mas também os enganos cometidos, tais como, o aborto, as drogas e o suicídio, que podem nos levar a um desencarne prematuro e doloroso.

Mas, quem são “as mães” de Chico Xavier?

São todas as mães que o procuraram durante todo o tempo em que atendeu e psicografou tantas e tantas mensagens de filhos desencarnados. São as mães que eram consoladas por meio da sua mediunidade, quando os filhos enviavam cartas informando estar bem, amenizando suas dores. Baseado nisso, surgiu o tema que deu origem ao filme.

A obra contém depoimentos de diretores, roteiristas, atores, enfim, pessoas que, de maneira direta ou indireta,

participaram deste trabalho, além de mensagens de Chico e algumas entrevistas.

São contadas as cenas da história do filme, incluindo o relato verídico, pelas próprias mães, de como os fatos ocorreram, uma vez que o texto fictício foi baseado nas cartas psicografadas e nos depoimentos das três mães, que na época sofreram a perda de seus filhos e procuraram o querido médium em busca de consolo. Além disso, também há os bastidores – os sentimentos, a percepção, o olhar de quem via por trás das câmeras.

O livro é bem atrativo, tem qualidade de papel, fotos e cores belíssimas.

É um campo imenso para a reflexão sobre os atos presentes e orientação para as dúvidas e anseios com relação às nossas consideradas perdas dos entes queridos.

Talvez, uma direção para quem, neste momento, se encontre inconformado, e que assim consiga achar o leme e possa continuar

segurando com mãos firmes o timão de sua vida, na certeza de que todos nos reencontraremos, pois Deus dá a cada um o necessário para sua própria evolução.

Força, coragem, fé!Neves

Clube do Livroclube do livro

As Mães de Chico XavierLições de vida sobre a morte, o aborto, as drogas e o suicídio

Organizado por Saulo Gomes1ª edição especialEditora Intervidas

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“As grandes partidas coletivas não só têm como finalidade ativar as saídas, mas transformar mais rapidamente o espírito da massa, desembaraçando-a das más influências, e dar maior as-cendência às ideias novas.” (A Gênese, capítulo XVIII, item 32)Nos últimos tempos, temos presenciado vários desastres naturais

que culminam com o desencarne de muitas pessoas. Mais especifi-camente, na última década, as ocorrências de desencarnes coletivos tornaram-se uma constante nos meios de comunicação.

Segundo o que explica A Gênese, é necessário que haja estes desencarnes coletivos para uma renovação de pensamentos e para que as ideias novas possam ter campo a fim de se desenvolverem.

Caso o homem progredisse espiritualmente e mantivesse uma atitude progressista, por livre e espontânea vontade, nada disso seria necessário, mas, como o homem tem dificuldade em aceitar ideias novas, principalmente quando estas ideias afetam diretamente

Flagelos DestruidoresAtualidade

atualidade

Para o nosso Espírito, o corpo físico funciona como se fosse uma prisão, limitando a sua atuação. Mas, ao ador-mecermos, aproveitando a liberdade relativa, nosso Espírito aproveita para se reencontrar com outros Espíritos com que tenhamos afinidades.

Procuramos parentes distantes, grandes amigos, pessoas que nos partilhem as ideias. O mesmo pode acontecer com pessoas que já desencarnaram.

Nesses encontros, as tendências dessas amizades é que vão dar o “tom” do assunto ou das atividades a serem desenvol-vidas. Podemos nos reunir com amigos para tramar planos de prejuízos a outras pessoas, como podemos nos reunir somente para rever amigos distantes que o pensamento de bem querer nunca deixou que se apagasse da lembrança.

O que vai dentro de nosso coração nos leva a buscar aqueles que nos são afins, até durante o sono.

Sempre dizemos que o que fazemos acordados (estado de vigília) vai determinar a “qualidade” dos nossos encontros durante o sono. Se, enquanto acordados, não praticamos o bem ao próximo, não falamos coisas construtivas, não temos bons pensamentos, durante o sono não teremos a companhia dos bons Espíritos mas sim de Espíritos semelhantes a nós.

Mas, se acordados, buscamos viver a prática do Bem, ao dormirmos iremos continuar a praticar o Bem. Nesse caso,

poderemos até procurar os Espíritos Benfeitores para nos ensinar mais coisas boas, ou até, juntarmo-nos a eles para ir em socorro dos mais necessitados, seja no plano físico ou espiritual.

Para irmos ao encontro do trabalho desenvolvido pela Es-piritualidade elevada, devemos crescer moralmente aqui na Terra, através do exercício da caridade.

Ao acordarmos, poderemos lembrar os bons momentos passados após os encontros que tivemos com os benfeitores espirituais guardando as boas impressões, e novas ideias poderão surgir, espontaneamente, sem explicações de onde vieram.

Outras vezes, sonhamos com cenas inexplicáveis, ou en-tão com pessoas que não conhecemos, mas com as quais ficamos felizes de estar. Podem ser pessoas que conhece-mos em vidas passadas, que nos são queridas, mas que, na vida presente, estão distantes de nós, reencarnadas em outros lugares. Como o bem querer não tem fronteiras, reen-contramo-nos nessas oportunidades, o que traz uma grande felicidade para o nosso Espírito.

GeniBibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 76. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1995.Imagem:http://1.bp.blogspot.com/-n_YyQ3UB-Yg/T3B4mrg5H9I/AAAAAAAAAOg/9TRABdypn3c/s1600/Estudo_Biblico02.gif

Kardec em Estudokardec em estudo

Questão 417 — Podem Espíritos encarnados reunir-se em certo número e formar assembleias?“Sem dúvida alguma. Os laços, antigos ou recentes, da amizade costumam reunir desse modo diversos Espíritos, que se sentem felizes de estar juntos.”Pelo termo ‘antigos’ se devem entender os laços de amizade contraída em existências anteriores. Ao despertar, guardamos intuição das ideias que haurimos nesses colóquios, mas ficamos na ignorância da fonte donde promanaram.

O Livro dos EspíritosReuniões de Espíritos

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15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

“Todos vocês vieram quando foram chamados, uns mais cedo e outros mais tarde, nesta encarnação, arrastando as suas dificuldades. Mas há quantos séculos o Mestre os chamava para a sua vinha, sem que vocês aceitas-sem o convite?” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XX, item 2)

O Evangelho nos assegura que todos aqueles que foram chamados para o trabalho na Seara de Jesus e aceitaram, receberão a sua recompensa.

Nesse sentido, muitos trabalhadores cristãos se vangloriam de estarem trabalhando, mas, esquecem que o chamado para o trabalho foi feito há 20 séculos por Nosso Senhor Jesus Cristo, quando Ele encarnou na Terra e veio pessoalmente fazer o convite.

E o que fizemos durante todo esse tempo, durante 20 séculos?!

Aguardamos as facilidades e conveniências caídas do céu. Mas elas nunca chegaram, pois, segundo Emmanuel, Jesus não é doador de vida fácil.

O cristão é sal da Terra, ou seja, é preciso atuar onde você está, co-locando o tempero do exemplo bem vivido.

Cristo alerta: “se quiser vir após mim, pegue a sua cruz e siga-me”, ou seja, continue carregando os seus problemas e as suas dores físicas ou morais, mas seguindo os exemplos de Jesus.

É chegado o momento de amadurecermos espiritualmente! É chegada a hora de abrirmos os olhos e os ouvidos para podermos ter “olhos de ver e ouvidos de ouvir”.

Depois de 20 séculos de experiências dolorosas, será que já não chega de cultivarmos tanto orgulho e tanto egoísmo?

O que temos feito até agora? Promovemos guerras, incen-

tivamos discórdias, nos separamos daqueles que não pensam como nós. E qual foi o destino que isto tudo nos trouxe?

Atraso moral e espiritual.Muito acima de toda esta situação que se arrasta por

séculos, pairam os exemplos de Jesus nos apontando o caminho que devemos seguir.

Façamos como os sacerdotes que seguiram a luz que os guiou até a manjedoura, chegando até Jesus, recém nascido. Guiemo-nos, também, pela luz que ilumina os nossos caminhos: Jesus.

Sufoquemos o nosso lado guerreiro e cultivemos a man-suetude, pois “bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra”.

Troquemos o egoísmo que estran-gula o nosso coração e pratiquemos a caridade, procurando os compa-nheiros que sofrem. Aprendamos, com a prática da caridade, a respei-tar o nosso semelhante com as suas carências, defeitos e necessidades.

Deixemos de lado a rispidez com que tratamos o nosso próximo e sejamos brandos.

E, principalmente, não pensemos que guerras solucionarão os proble-mas políticos, sociais ou ideológicos. Cultivemos a paz e a concórdia fra-ternal.

Só fazendo o esforço para pra-ticarmos essas e tantas outras

virtudes cristãs é que, realmente, poderemos dizer no futuro que, mesmo sendo trabalhadores de ultima hora, soubemos aproveitar a oportunidade que o Senhor nos ofereceu.

Não deixemos de orar por todos, mas não fiquemos somente na oração, partamos para a ação. Jesus nos suprirá.

AdolphoImagem: http://2.bp.blogspot.com/-aExyhyqZJLQ/T6kA0KOb30I/AAAAAAAAATc/yrNK_z4hlOc/s1600/trabalhadores.jpg

Trabalhadores da Última HoraTema Livre

tema livre

o seu orgulho e o seu egoísmo, então é necessária a renova-ção dos espíritos reencarnados para que as novas gerações possam desenvolver novos conceitos, sem as influências dos preconceitos antigos.

Nessa linha de pensamento, podemos incluir a necessi-dade que o nosso planeta tem em evoluir de um modo geral; principalmente agora que a Humanidade adquiriu uma grande quantidade de conhecimentos científicos, evoluindo material-mente, é preciso que haja, também, uma evolução moral para dar sustentação à aplicação de todos estes conhecimentos científicos para o bem da coletividade.

De que adianta sabermos manipular os materiais genéticos, se fazemos com que este conhecimento sirva somente aos interesses do poder e da vaidade daqueles que o detém? E este é só um exemplo, dentre tantos que seguem no mesmo raciocínio. Pensemos.

Se por Misericórdia, Deus permitiu que estes conhecimen-tos pudessem ser desenvolvidos, não devemos alimentar o pensamento de utilizar tudo o que sabemos somente para o nosso engrandecimento.

A Justiça Divina cobra a utilização de todos os seus

recursos, quando estes não servem para diminuir o sofri-mento das pessoas.

Diz o Evangelho, na parábola do Festim das Bodas: “Amarrai--o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos os escolhidos”. (Mateus, capítulo XXII, versículos 1 a 14)

Ou seja, para aqueles que foram chamados para participar do banquete de conhecimentos superiores, se não honrarem a confiança que Deus depositou em suas mãos, estes deverão ser retirados do ambiente em que não estão exercendo boa influência, para que outros, com mais consciência e compro-metimento, possam levar os benefícios que advém desses conhecimentos para toda a Humanidade.

Façamos brotar dentro de nós o homem novo, não sendo empecilho para os projetos divinos.

Ingressando nas fileiras do Bem, pensando sempre no benefício que podemos promover em favor do próximo, es-taremos sempre sintonizados com o amparo que vem do Mais Alto.

VitórioImagem: http://www.esteio.com.br/blog/blogs/media/geral/2009/Abril/globo-mao-crianca.jpg

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Banca de Livros Espíritas “Joaquim Alves (Jô)”Livros básicos da Doutrina Espírita. Temos os 419 livros psicografados por Chico Xavier, romances de diversos autores, revistas, jornais e DVDs espíritas. Distribuição permanente de edificantes mensagens.

Praça Presidente Castelo BrancoCentro – Diadema – SP – Telefone (11) 4055-2955Horário de funcionamento: 8 às 19 horasSegunda-feira a Sábado

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

A trova nos induz a refletir sobre o emprego que podemos e devemos destinar aos nossos bens materiais.O dinheiro não é vilão, é a oportunidade que temos para fazer o Bem. Traz benefícios em todos os campos: social,

científico, tecnológico etc. É necessário para a nossa evolução. Cabe ao homem utilizá-lo para o fim a que foi criado. Assim como uma faca, que serve de ferramenta para as mais diversas necessidades, pode ser usada para ferir, o homem também pode usar, indevidamente, o dinheiro para futilidades, abusos e desvios.

Podemos, por nosso livre-arbítrio, conduzir-nos ao desvario e à perdição, ou empregar nossos bens materiais em coisas úteis, que trarão alívio, conforto e progresso a todos que margeiam a nossa estrada.

Um empresário consciencioso pode multiplicar seus frutos financeiros, sem ganância, conferindo aos seus empregados um salário condizente e todos os benefícios que a lei confere. Com essa atitude, estará aumentando seus recursos patrimoniais, mas terá a chance e a responsabilidade sobre famílias que sobreviverão dos ganhos de sua empresa.

Utilizar o dinheiro de forma desenfreada e desequilibrada pode nos levar a uma vida fútil e infeliz, aos vícios e à solidão, como este quadro penoso ocorrido em todos os tempos da Humanidade que nos relata, em poucas palavras, Cornélio Pires.

RosangelaBibliografia: AUTORES DIVERSOS. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Pétalas da Primavera. 2. ed. [s.l.]: Editora UEM, 2010.

Imagem: http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTM0kHs6qcjGBKuNPjpf0DjqvI5V1Yl5k9r_BiuwaryJtYGYRfihttp://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTJdWxbuVl5uXFjEhqBxygntiyBHz2zPJanOECz1JdpVjn2oprz

Dinheiro e VidaUm casal herdou de um outroUma rua linda e inteira;A mulher caiu no luxoE o homem na bebedeira.

Cornélio Pires

Estamos em plena atividade com os trabalhos da Evangelização Infantil. A aulas ocorrem nos mesmos horários em que há reunião de estudos para os

adultos. As crianças de 0 a 13 anos são separadas por faixa etária, com aula para os pequenos, idade intermediária e maiores.

É preciso iniciar a evangelização desde cedo. Para as crianças menores (0 a 6 anos), são contadas histórias de moral cristã com fantoches e dedoches, há músicas, atividades simples como colorir, recortar e colar.

Incentiva-se a prática da prece.De acordo com a faixa etária, é dada a explicação sobre o que é o passe, a

reencarnação e, principalmente, a presença de Deus na nossa vida. São utilizados recursos didáticos, como a música e a dramatização, a fim de despertar, de forma mais atrativa, a atenção

das crianças.Nas datas comemorativas, procuramos incentivar a prática de apresentações em público, com os temas doutrinários.Todos os sábados, às 13 horas, há reuniões para estudos com os evangelizadores e colaboradores, a fim de enriquecer-

mos os nossos conhecimentos, tanto na parte doutrinária como na pedagógica. Lembrando que o grupo não é fechado e, a quantos quiserem, o trabalho está sempre a espera.

Visite-nos e traga as suas crianças para conhecerem Jesus.Equipe de Evangelizadores

Imagem: http://2.bp.blogspot.com/__a4WcnZzw8g/SmEgVE2aX3I/AAAAAAAAA-s/JZ6BHoU9cKc/s400/crian%C3%A7as+para+Deus.jpg

Evangelização InfantilTrabalhos da Casa

trabalhos da casa

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17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

O pequeno príncipe Julião andava doente e abatido.

Não brincava, não estudava, não comia.

Perdera o gosto de colher os pêsse-gos saborosos do pomar. Esquecera a peteca e o cavalo.

Vivia tristonho e calado no quarto, esparramado numa espreguiçadeira.

Enquanto a mãezinha, aflita, se desvelava junto dele, o rei experimen-tava muitos médicos.

Os facultativos, porém, chegavam e saíam, sem resultados satisfatórios.

O menino sentia grande mal-estar. Quando se lhe aliviava a dor de cabe-ça, vinha-lhe a dor nos braços. Quan-do os braços melhoravam, as pernas se punham a doer.

O soberano, preocupado, fez con-vite público aos cientistas do País. Recompensaria a quem lhe curasse o filho.

Dizia o rei:— Que todos saibam de minha dis-

posição.E os mensageiros do rei avisaram

a todos.Depois de muitos médicos famosos

ensaiarem, embalde, apareceu um ve-lhinho humilde que propôs ao monarca diferente medicação.

O rei perguntou ao velhinho:— Qual será o preço do tratamen-

to?— Nada quero majestade. Desejo,

apenas, plena autoridade sobre seu filho, respondeu o velhinho.

— Está bem. Faça o que achar me-lhor.

— É o que farei, pode crer.O sábio anônimo conduziu Julião a

pequeno trato de terra e recomendou que arrancasse a erva daninha que ameaçava o tomateiro. Ele dizia:

— Vamos, meu filho! Arranque a erva daninha.

— Não posso! Estou doente...

— respondia Julião cabisbaixo.O velhinho convenceu-o, sem impa-

ciência, de que o esforço era neces-sário e, em minutos breves, ambos libertavam as plantas da erva invasora.

Antes do meio-dia, Julião falou ao velho:

— Estou com muita fome.— Ótimo, meu filho!O sábio levou-o a almoçar, falando:— Sirva-se à vontade, Julião.— Oba!O jovem devorou a sopa e as frutas,

gostosamente. E, após ligeiro descan-so, voltaram a trabalhar.

Novas atividades. Disse o velhinho a Julião:

— Vamos levantar uma parede.— Não sei, respondeu Julião.— Quem não sabe, aprende, Julião.E Julião aprendeu.À tarde, sua fome era maior.Novo programa foi traçado para Ju-

lião. Após o banho matinal, cavava a terra.

Almoçava e repousava. Ao entarde-cer, estudava.

À noitinha, brincava e passeava com jovens da mesma idade.

Transcorridos dois meses, Julião era restituído à autoridade paternal, ro-sado, robusto e feliz. Ardia, agora, em desejos de ser útil, ansioso por fazer algo de bom. Descobrira enfim, que o serviço para o bem é a mais rica fonte de saúde.

O rei, muito satisfeito, tentou recom-pensar o velhinho.

Todavia, o ancião esquivou-se, acrescentando:

— Grande soberano, o maior salário de um homem reside na execução da Vontade de Deus, através do traba-lho digno. Ensine a glória do serviço a seus filhos e tutelados e o seu reino será abençoado, forte e feliz.

Dito isto, desapareceu na multidão e ninguém mais o viu.

* * *Crianças, vocês sabiam que até os

animais trabalham? Eles procuram co-mida para os seus filhotes, constroem os seus ninhos e tocas.

Não podemos deixar a preguiça tomar conta de nós. Como o perso-nagem da nossa história, a preguiça poderá parecer uma doença.

Tendo ou não saúde, podemos fazer muita coisa boa durante o nosso dia. Pe-quenas tarefas que ajudem os pais, brin-cadeiras sadias que não machuquem ninguém, conversas boas com nossos amigos, estudar, cuidar da natureza.

Quando trabalhamos, vamos fican-do mais inteligentes, pois aprendemos muita coisa, assim, quando crescer-mos e nos tornarmos adultos, estare-mos preparados para sermos adultos inteligentes e prontos para exercer a nossa responsabilidade.

Wilson

Fé sem obras, prece em vão,Preguiça que adora e pensa,Calma sem brilho de ação,Retrato de indiferença.

Chiquito de Morais

Procura o bem, faze o bem,Não percas tempo, nem vez,Que a gente leva da vidaSomente a vida que fez.

Roberto Correia

Busque agir para o bem, enquanto você dispõe de tempo. É perigoso guardar uma cabeça cheia de sonhos, com as mãos desocupadas.

André Luiz

Bibliografia: LÚCIO, Neio. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. A Vida Fala III. 10. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2005. [adaptação de Roque Jacintho]AUTORES DIVERSOS. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Ideias e Ilustrações. 1. ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1970. p. 47.

Contoscontos

O Remédio Imprevisto

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19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

DIA031925 desencarna Camille Flammarion, astrônomo famoso em sua época. Espí-rita, colaborador de Kardec, pronunciou emocionante discurso fúnebre junto à tumba do mestre. A Federação Espíri-ta Brasileira publica algumas de suas obras, entre as quais: Deus na Natureza. A íntegra desse discurso consta do início do livro Obras Póstumas, em edição da FEB. Posteriormente à morte de Kardec, começou a se dedicar no aprofundamen-to teológico do Espiritismo. As obras de Flammarion, a partir de então, revelam a sua visão espírita sobre questões funda-mentais para a Humanidade. Em algumas delas, como Narrações do Infinito, poderá ser verificada, ainda, a atuação de Camille Flammarion como médium. O capítulo VI de A Gênese, uma das obras básicas do Espiritismo, intitulado Uranografia Geral - o Espaço e o Tempo, é a transcrição de uma série de comunicações à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863, sob o título Estudos Uranográficos. Tal obra foi registrada como C.F., as iniciais de Camil-le Flammarion.DIA051947 fundada a USE, União das Socie-dades Espíritas do Estado de São Paulo.DIA101853 introduzido pelos Espíritos o pro-cesso da escrita, agilizando as comuni-cações mediúnicas, até então produzidas mediante sinais.1854 constituída em Nova York, EUA, a primeira sociedade para estudo e difusão do Espiritismo, ocasião em que foi criado o jornal The Christian Spiritualist.1860 o Espírito de Verdade, através da médium Sra. Schmidt, informa a Kardec que ele não permaneceria muito tempo encarnado, apenas o bastante para con-cluir suas obras (trabalhos indispensá-veis). Um trecho da comunicação cons-tante do livro Obras Póstumas no item “Meu Retorno” de 10 de junho de 1860: Pergunta Que entendeis por essas pala-vras “por um pouco”? Resposta Não fica-rás muito tempo entre nós; é necessário que retornes para terminar a tua missão, que não pode ser rematada nesta existên-cia. Se isso fosse possível, não te irias daí de modo algum, mas é preciso suportar a lei da Natureza. Estarás ausente durante alguns anos e, quando voltares, isso será em condições que te permitirão trabalhar cedo. No entanto, há trabalhos que é útil que termines antes de partir; é porque

te deixaremos o tempo necessário para acabá-los. Nota de Allan Kardec: Su-pondo aproximadamente a duração dos trabalhos que me restam a fazer, e tendo em conta o tempo de minha ausência e os anos da infância e da juventude, até a idade que um homem pode desempe-nhar um papel no mundo, isso nos leva, forçosamente, ao fim deste século ou ao começo do outro. Nota da Redação: A nota de Kardec se refere a época em que ele reencarnaria diante das informações dos Espíritos.DIA121851 nasce, na Inglaterra, Sir Oliver Lodge, famoso pesquisador e escritor. Deixou várias obras sobre estudos psíquicos e mediunidade. Pesquisou a médium ame-ricana Eleonora Piper e a italiana Eusapia Paladino.1856 Allan Kardec, por intermédio da médium Aline C., recebe a confirmação do Espírito de Verdade a respeito de sua missão (Livro Obras Póstumas).DIA131980 desencarna em Brasília, DF, Carlos Torres Pastorino, escritor, jornalista, his-toriador, poliglota, ex-sacerdote católico que se converte ao Espiritismo. Autor dos livros Minutos de Sabedoria e Técnica da Mediunidade.DIA141853 publicada no Jornal do Comércio (RJ), pela primeira vez, notícia sobre as mesas girantes.1894 nasce Edgard Pereira Armond (Guaratinguetá, 14 de junho de 1894 – São Paulo, 29 de novembro de 1982) que foi um militar, maçon, professor e espírita brasileiro. Responsável pela implanta-ção da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), onde colaborou por mais de três décadas, sistematizou o es-tudo da Doutrina em termos evangélicos e estabeleceu cursos para auxiliar o de-senvolvimento de médiuns. Em 1973, a Aliança Espírita Evangélica nasceu sob sua inspiração. Foi, também, pioneiro do

movimento de unificação, tendo lançado a ideia de criação da União das Socieda-des Espíritas (USE).1932 desencarna em Turim, Itália, Linda Gazzera, médium famosa, pesquisada por vários cientistas, entre eles Charles Richet e César Lombroso.DIA161875 instaurado o “Processo dos Espíritas”, procedimento judicial conde-nando a prática das chamadas fotografias mediúnicas, sob a alegação de fraude.1966 desencarna Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, extraordinário médium de efeitos físicos, conhecido pela produ-ção das materializações luminosas.DIA171832 nasce, em Londres, William Crookes, físico e químico, um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos espíritas.1985 fundada, em Tours, a União Espírita Francesa e Francofônica que tem, como objetivo, reimplantar o Espiritismo na França e em países de língua francesa.DIA211886 desencarna, em Saint-Germain, França, o médium Daniel Douglas Home, pesquisado por inúmeros cientistas.DIA241943 desencarna Ernesto Bozzano, cientista que pesquisou a fenomenologia espírita. Autor de diversas obras, entre as quais, Animismo ou Espiritismo?, A Crise da Morte, Pensamento e Vontade e Xenoglossia.1951 a Rádio Guanabara, na cidade de Três Rios (RJ), organiza e realiza a pri-meira semana espírita no Brasil.DIA301953 fundada a Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille.2002 desencarna, em Uberaba, MG, Francisco Cândido Xavier, o maior e mais prolífico médium psicógrafo do mundo, com mais de 412 obras publicadas, com todos os direitos autorais cedidos em be-nefício de entidades assistenciais.

JunhoCalendário

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