Dr. PC
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Transcript of Dr. PC
Formanda Vânia Ramos Janela
Supervisor Prof. José Duarte
Delegado Prof. Luís Varela
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Avaliação e Reflexão Após a Implementação _
ESCOLA SUPERIOR DE E DUCAÇÃO DE SETÚBAL
Escola Secundár ia de Sampaio
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
Formanda
Vânia Ramos Janela
S a m p a i o , 1 9 d e M a i o d e 2 0 0 8
“ U m e x c e l e n t e e d u c a d o r n ã o é u m s e r h u m a n o p e r f e i t o ,
m a s a l g u é m q u e t e m s e r e n i d a d e p a r a s e e s v a z i a r
e s e n s i b i l i d a d e p a r a a p r e n d e r . ”
Augusto Cury (2004)
Agradecimentos
António Cabeça
António Ferraria
Ana Luísa
Câmara Municipal de Sesimbra
Departamento de Artes e Tecnologia
Elisa Graça
Encarregados de Educação
Fausto Mourato
Florbela Edral
Herculano Rodrigues
Isabel Gouveia
Joaquim Filipe
José Caeiro
Luís Varela
Márcio
Noel Cabeça
Nuno Ribeiro
Rita Caleira
Roque Oliveira
Rui do Bem
8.º Cef
10.º Pi
10.º PM
11.º Pi
12.º G
Abreviaturas
CEF Curso Educação e Formação
CET Curso de Especialização Tecnológica
E.E. Encarregados de Educação
ESE Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal
EST-IPS Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal
PC Personal Computer (computador pessoal)
PFAP Projecto de Formação e Acção Pedagógica
PRSI Programação e Sistemas Informáticos
TIC Tecnologias da Informação e Comunicação
URL Uniform Resource Locator (endereço de um recurso)
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 7
O Projecto ...................................................................................................................................... 8
Implementação do Projecto .......................................................................................................... 9
1. Direcção de Turma ....................................................................................................................... 10
1.1. Funções Administrativas .............................................................................................................................. 10
Organização do dossier da turma .................................................................................................................. 10
Controlo da assiduidade e avaliação ............................................................................................................. 11
Reuniões de Conselho de Turma e de Encarregados de Educação................................................................. 12
Gestão de conflitos e apoio aos alunos.......................................................................................................... 13
O espaço online da direcção de turma........................................................................................................... 14
Formação para pais/E.E. ................................................................................................................................ 14
1.2. Funções Pedagógicas ................................................................................................................................... 15
Visitas de estudo ............................................................................................................................................ 16
Palestra e mostra de projectos ...................................................................................................................... 19
Voluntariado .................................................................................................................................................. 20
Acções junto do Conselho de Turma .............................................................................................................. 22
1.3. Funções Disciplinares .................................................................................................................................. 26
2. Ensino e Aprendizagem ................................................................................................................ 28
2.1. Plano científico ............................................................................................................................................ 28
2.2. Materiais didácticos .................................................................................................................................... 30
2.3. Unidade supervisionada .............................................................................................................................. 30
Primeira e segunda aula assistidas ................................................................................................................ 30
Terceira e quarta aula assistidas ................................................................................................................... 32
Quinta e sexta aula assistidas ....................................................................................................................... 33
2.4. Uma experiência bem e mal sucedida ......................................................................................................... 33
2.5. Relação pedagógica com os alunos ............................................................................................................. 34
2.6. Avaliação ..................................................................................................................................................... 34
3. Projecto Educativo de Escola ....................................................................................................... 36
3.1. Concurso para o logótipo da oficina ............................................................................................................ 37
3.2. Decoração do laboratório ............................................................................................................................ 38
3.5. Folheto e cartaz publicitário ........................................................................................................................ 39
3.3. Parceria com a Equipa TIC ........................................................................................................................... 40
Workshop e oficina de curta duração ............................................................................................................ 40
Operação Open Source .................................................................................................................................. 40
Reflexão Crítica sobre a Implementação .................................................................................... 42
Conclusão .................................................................................................................................... 46
Bibliografia .................................................................................................................................. 47
Anexos ......................................................................................................................................... 48
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
7 Vânia Ramos Janela
Introdução
O “Projecto de Formação e Acção Pedagógica” visa promover no docente em formação
um papel mais activo na escola, capacitando-o para responder às necessidades decorrentes
das mudanças ocorridas na sociedade actual. Cada vez mais se exigem novas competências
pedagógicas ao nível da organização das aprendizagens e dos apoios aos alunos, o que significa
uma atenção especial para aceitar a diversidade, adoptando estratégias de inclusão escolar.
Mais, o PFAP deve coordenar três dimensões deveras importantes na actividade de
qualquer professor: a Direcção de Turma, a Actividade Lectiva e o Projecto Educativo de Escola.
É neste contexto que a profissionalização em serviço pode ser entendida como o primeiro
passo de um processo de desenvolvimento profissional contínuo que possa ajudar a criar
espaços, momentos, projectos e programas de trabalho inovadores que contribuam para a
melhoria da qualidade de ensino, para a construção de uma escola mais democrática e para a
promoção de uma educação para a cidadania1.
Para tal, há que diagnosticar um problema concreto e real, sendo certo que, o modo de
colmatar o problema encontrado será, quiçá, a criação de um projecto que permita formar
exaustivamente os alunos para o mercado de trabalho em que são inseridos, envolvendo-os
activamente no processo ensino-aprendizagem e estabelecendo relações interpessoais com a
comunidade escolar.
Após a delineação de estratégias e do plano de acção, chegou a altura da implementação
real, no terreno, do projecto idealizado. Assim, o presente relatório tem como finalidade
efectuar uma análise comparativa entre o PFAP inicialmente proposto e a sua implementação
real, visando igualmente a reflexão sobre o que foi feito, encontrando o porquê de ter corrido
bem e equacionando hipóteses alternativas para as iniciativas não realizadas ou que ficaram
aquém do previsto (op. cit.).
1 in “Documento Orientador”, p. 3.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
8 Vânia Ramos Janela
O Projecto
Através de um diagnóstico de necessidades, identificou-se duas problemáticas:
os alunos do 11.º ano do Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas
Informáticos e os Encarregados de Educação consideraram que existiam lacunas
ao nível da formação prática do curso profissional; e,
verificava-se uma enorme solicitação dos docentes do grupo de informática para a
resolução de problemas com os computadores pessoais dos professores e
funcionários, bem como equipamento da Escola.
A hipótese de intervenção que, no entender da formanda, melhor se adequava ao
diagnóstico e aos recursos existentes, resultou na proposta de “Projecto de Formação e Acção
Pedagógica” proposto e que se intitulou de “Dr. PC”, consistindo na criação, dentro do espaço
escolar, de uma oficina de diagnóstico e reparação de material informático.
No presente ano lectivo, o projecto foi realizado com a turma PI, do 11.º ano, do Curso
Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, da qual a docente foi
Directora de Turma, sendo certo que irá ter continuidade no próximo ano lectivo com os
alunos do 10.º ano do mesmo curso que conseguirem aproveitamento para progredirem para
o segundo ano.
Mais do que um projecto da turma, a formanda considera-o como um projecto da Escola
de, e para a comunidade. Foi, e continuará a ser, uma aposta na divulgação do curso
profissional e da Escola, na interdisciplinaridade, nas parcerias internas entre as turmas e
externas com as empresas e instituições da região, na procura de envolver os pais e
Encarregados de Educação na vida escolar.
A essência do projecto foi encontrada! Agora há que, a cada ano lectivo, delinear
actividades diferenciadas, inovadoras e pertinentes de modo a dinamizar e motivar os alunos,
assim como a dotá-los dos conhecimentos adequados e necessários para o desempenho das
suas futuras funções profissionais e sociais.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
9 Vânia Ramos Janela
Implementação do Projecto
Com a implementação do projecto “Dr. PC” procurou-se, essencialmente, desenvolver e
aperfeiçoar capacidades e competências a nível técnico, de modo a preparar os alunos para a
vida activa, assim como assegurar as competências necessárias ao prosseguimento de estudos;
promover a formação integral do aluno, enquanto pessoa e cidadão; promover uma
aprendizagem que fomente a autonomia, a iniciativa e a responsabilização dos alunos;
incentivar os alunos a implementar projectos de trabalho valorizadores das suas próprias
capacidades e interesses; dinamizar a participação da comunidade no processo educativo;
promover a interdisciplinaridade; e, promover contactos e iniciativas de colaboração com
outras escolas/instituições sociais.
De seguida, serão descritas as actividades realizadas, assim como a justificação para as
que não lograram a efectivar-se (vide anexo 1), procurando-se relacioná-las com as três
dimensões relevantes na actividade de qualquer professor: a Direcção de Turma, a Actividade
Lectiva e o Projecto Educativo de Escola.
Equipa TIC (pequenas oficinas de formação)
Turma de Artes e Tecnologias (decoração do espaço da oficina)
Curso Profissional de Marketing/Publicidade (folheto
publicitário e poster)
Alunos da Escola (concurso para o logótipo)
Escolas do concelho de Sesimbra
(reparação dos pc’s dos alunos)
Comissão Municipal do Idoso
(Dia da Informática para o Idoso)
Fórum de Discussão a dinamizar com
empresas de informática e outras
Escolas do distrito
Assistência técnica
Diagnóstico do material recepcionado
Orçamentos
Reparação do equipamento
Base de dados
Website Palestras
Microsoft Portugal
5.ª Edição da Semana da Ciência e Tecnologia
Pavilhão do Conhecimento e Casa do Futuro
2.º Dia das Tecnologias
(workshop de montagem de um
computador)
Escrita de um artigo para
publicar no jornal escolar e na
página da Escola
Distribuição do folheto
publicitário
Afixação nas vitrinas do poster
Dr. PC
Parcerias Internas
Parcerias Externas
Actividades na Oficina
Formação dos
Recursos Humanos da oficina
Campanha de
Divulgação
Fig. 1. As actividades inicialmente propostas no âmbito do projecto "Dr. PC"
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
10 Vânia Ramos Janela
1. Direcção de Turma
“Se um professor «não deve ser alguém que se acomoda, mas o que
constantemente procura, observa, investiga», isto aplica-se
particularmente ao Director de Turma. Este é, com efeito, uma
«peça-chave» no desenvolvimento escolar, pessoal e social dos alunos.”
Maria Natália Marto (2001)
A função da docente enquanto Directora de Turma pode agrupar-se em três áreas
distintas: a administrativa, a pedagógica e a disciplinar. Segue-se a descrição das actividades
realizadas no âmbito de cada uma.
1.1. Funções Administrativas
A docente executou as seguintes actividades administrativas:
controlo de assiduidade e dos módulos com/sem aproveitamento;
elaboração do processo individual dos alunos e relatórios;
organização e manutenção do dossier da turma;
eleição do delegado e subdelegado (vide anexo 2);
organização de actas e da legislação em vigor;
preparação e coordenação das reuniões com o Conselho de Turma, alunos e E.E.;
contactos periódicos com a generalidade dos E.E.;
manutenção do livro de ponto e construção de um calendário de trabalhos de casa
para o interior do mesmo;
diligências inerentes a participações disciplinares e outras ocorrências;
gestão de conflitos e apoio aos alunos nos seus problemas pessoais; e
informação das alterações legislativas aos pais, E.E., alunos e Conselho de Turma.
Organização do dossier da turma
O dossier da turma foi organizado da seguinte forma:
lista de alunos, fotografias e horários (da turma e da
Directora de Turma);
contactos pessoais do Conselho de Turma, dos alunos
e dos Encarregados de Educação;
registos individuais dos alunos;
contactos com Encarregados de Educação; Fig. 2. A capa do dossier de turma
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
11 Vânia Ramos Janela
participações disciplinares;
justificações de faltas;
guiões das reuniões de Conselho de Turma e com Encarregados de Educação;
convocatórias e comunicações;
visitas de estudo;
actas de eleições, Conselhos de Turma e
reuniões com Encarregados de Educação;
registo da assiduidade dos alunos no curso;
matriz curricular para o ano lectivo 2007/2008;
avaliação (critérios, propostas e grelha de
controlo);
cópias das pautas por disciplina e módulos;
legislação e outros documentos.
Controlo da assiduidade e avaliação
Sendo certo que, a direcção de turma é um cargo de extrema responsabilidade, o facto de
se tratar de um curso profissional acresce-a. O programa informático de alunos adoptado na
Escola não funciona em pleno para as necessidades deste tipo de ensino, e não existem
perspectivas de alteração do mesmo por parte da empresa que o implementa. Quando a
formanda iniciou funções de Directora de Turma viu-se, pois, com falta de informação sobre os
módulos em atraso relativos ao ano anterior, os módulos a serem leccionados no presente ano
e os que ficariam por leccionar. Existiam avaliações mal introduzidas no sistema e que
induziam em erro. E como o programa considera cada ano como sendo independente, não
existia forma de controlar a assiduidade já que as faltas acumulam e são contabilizadas para os
três anos de duração do curso.
Assim, e face a tais adversidades, no início do ano lectivo a Directora de Turma sentiu
necessidade de construir grelhas de registo para controlar a assiduidade e a avaliação dos
alunos.
No que concerne à assiduidade – sendo necessário ter sempre presente o limite de faltas
por disciplina para os três anos do curso, assim como o total de faltas justificadas e
injustificadas que os alunos já tinham dado, bem como as faltas justificadas e relevadas pela
realização de trabalhos – elaborou um mapa que reflecte toda esta informação e que identifica
os alunos que se encontram em situação de risco (vide anexo 3). A grelha construída visa, além
de um controlo mais eficiente e eficaz, facilitar a passagem de informação da assiduidade dos
alunos nos contactos com os Encarregados de Educação e com os professores das disciplinas.
No futuro, o Director de Turma terá toda a informação disponível quando começar a trabalhar,
poupando tempo e esforço.
Fig. 3. O índice do dossier de turma
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
12 Vânia Ramos Janela
Para facilitar o controlo e o registo referente à avaliação dos módulos, construiu,
igualmente, uma grelha (vide anexo 4) com:
informação do número de módulos para cada ano curricular;
as notas obtidas;
a data do momento de avaliação (o que permite constatar se o módulo foi
realizado por exame ou por frequência);
a média das classificações por disciplina, por módulo e por aluno;
as notas máxima e mínima por módulo; e
a percentagem de alunos com o módulo concluído.
A grelha inicial sofreu algumas alterações por sugestão do presidente do Conselho
Executivo, após o que foi disponibilizada para utilização por parte dos Directores de Turma dos
demais cursos profissionais. No final de cada período de avaliação foi disponibilizada na página
da Escola para informação aos alunos, pais e Encarregados de Educação.
Posteriormente, a formanda considera pertinente implementar uma solução mais
funcional que permita solucionar este tipo de questões para as várias direcções de turma dos
cursos profissionais existentes na Escola. A solução poderá passar, quiçá, pela construção de
uma base de dados própria para estas direcções de turma. Mais, sendo certo que os alunos do
11.º ano terão formação em contexto de trabalho, seria interessante pensar-se numa prática
simulada em que a Escola “contrataria” os alunos para desenvolverem a base de dados.
Reuniões de Conselho de Turma e de Encarregados de Educação
As reuniões de Conselho de Turma e de Encarregados de Educação pautaram-se pela
existência de guiões (vide anexo 5), os quais funcionaram como documentos de suporte. Tal
teve por objectivo facilitar o acompanhamento dos participantes durante as reuniões, assim
como permitir uma leitura mais atenta, posteriormente, de modo a cimentar alguma questão.
Nos três Conselhos de Turma realizados estiveram presentes todos os docentes que o
compõem e, em dois, a representante dos Encarregados de Educação, num, o Delegado e
Subdelegada de Turma. Nas várias reuniões, de entre outros assuntos, abordaram-se:
os critérios de avaliação (uniformizados para todas as disciplinas do curso);
as actividades a desenvolver no âmbito do “Plano Anual de Actividades”;
o balanço das actividades realizadas/não realizadas;
o “Regulamento Interno” no que concerne aos cursos profissionais;
o comportamento e aproveitamento da turma;
estratégias de compensação;
os contactos com os Encarregados de Educação;
alterações à legislação existente.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
13 Vânia Ramos Janela
As reuniões com os Encarregados de Educação foram marcadas, à semelhança do que
acontecia no ano passado, pela presença da maioria. Foi notória, por parte de alguns
Encarregados de Educação, a vontade de participar de forma activa na vida escolar dos
educandos e em actividades dinamizadas na Escola. Logo na primeira reunião, sugeriram
algumas acções a desenvolver com os alunos de onde se destacam a visita a uma feira
relacionada com as novas tecnologias e palestras de informação sobre as saídas profissionais
do curso. Houve mesmo uma Encarregada de Educação que manifestou vontade de ajudar a
organizar uma visita de estudo ao Instituto Superior Técnico, em Lisboa, no sentido de
sensibilizar os alunos para o prosseguimento de estudos. Este contacto foi estabelecido e a
visita só não ocorreu por motivos de agenda. Porém, e atendendo à importância do evento, a
mesma irá realizar-se logo que possível.
Gestão de conflitos e apoio aos alunos
A Directora de Turma, no decurso das aulas da disciplina que lecciona, notou que uma
aluna estava distante, desmotivada, triste e a isolar-se em relação à turma. Conversou com ela
tentando aferir do porquê de tal comportamento. Face à resistência que encontrou, entrou em
contacto com a Encarregada de Educação, que referiu que a sua educanda estava a passar por
uma situação bastante complicada a nível pessoal e familiar. A E.E. pediu a ajuda da Directora
de Turma no sentido de, juntas, conseguirem apoiar e solucionar o problema. Após várias
tentativas, a aluna acabou por confiar na Directora de Turma e foi possível, em conjunto com a
psicóloga da Escola, dar-lhe o apoio necessário. Todo o Conselho de Turma ajudou visto que
estavam sensibilizados, ainda que desconhecendo os pormenores sobre o desconforto da
aluna.
Contudo, e face a uma quezília entre a aluna e dois colegas, a turma começou a rejeitá-la
propiciando conflitos diários. Foram tidas várias conversas com a turma, alguns alunos e
Encarregados de Educação, no sentido de suster tais atitudes, o que só foi conseguido
recentemente.
Sempre se dirá que, a formanda, enquanto Directora de Turma, tentou contribuir para o
desenvolvimento de boas relações no seu grupo de trabalho e participou na resolução de
alguns desacordos/problemas. Interveio, por vezes, em situações de dificuldade de
inter-relacionamento dos alunos, com vista ao desenvolvimento do respeito, da compreensão,
da amizade e da solidariedade.
Ainda relativamente a este ponto, é mister referir outra situação.
Um aluno foi alvo de furto, tendo comunicado o sucedido à Directora de Turma. Nesse
sentido, foram desencadeadas as diligências necessárias para impedir que situações
semelhantes voltassem a acontecer (vide anexo 6). Por razões óbvias, não foi possível
encontrar o autor do furto.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
14 Vânia Ramos Janela
O espaço online da direcção de turma
No Moodle2 (disponível em moodle15.escolasdesesimbra.net, com chave de inscrição
“DT11PI0708”) foi criado e mantido um espaço para
a Direcção de Turma. Deste modo, pretendeu-se
manter um contacto estreito entre o Conselho de
Turma, os alunos, os pais e Encarregados de
Educação. O espaço criado visou disponibilizar
informação em tempo real, assim como esclarecer
determinados assuntos referentes aos
alunos/educandos, ao curso e à Escola. A formanda
achou pertinente disponibilizar informação
referente à assiduidade, à avaliação, as actas das
reuniões, a legislação e outra documentação associada ao curso e à Escola. Igualmente, criou
um fórum de discussão e divulgou algumas notícias.
Pelas estatísticas de utilização pode-se concluir que das vinte e cinco pessoas inscritas,
apenas cinco nunca visitaram o espaço criado. Os utilizadores recorreram essencialmente às
informações sobre a assiduidade e a avaliação. E se é verdade que a utilização do espaço tem
tido uma assiduidade regular, não menos verdade é que, ficou aquém das expectativas. No
entanto, a formanda considera que a existência do espaço no Moodle para a direcção de
turma é importante. Nesse sentido, pondera efectuar uma maior sensibilização dos
professores, alunos e Encarregados de Educação no sentido de o utilizarem.
Formação para pais/E.E.
Sendo certo que o espaço criado no Moodle é fácil de utilizar, a realidade é que a
generalidade dos pais e Encarregados de Educação não apresentava conhecimentos
informáticos suficientes para o fazer. Assim, criou-se
uma pequena oficina de formação com a duração de
90 minutos intitulada “A Direcção de Turma no
Moodle”. O objectivo, tinha como farol orientador,
os alunos ensinarem aos próprios pais/E.E. a
execução de acções básicas, proceder ao registo na
plataforma de e-learning e praticar o uso da mesma.
A par com o que se referiu, em alguns casos,
seria necessário a criação de um endereço
electrónico visto que os pais/E.E. podiam não o possuir. Neste sentido, a formanda, enquanto
Directora de Turma, criou dois horários, um de manhã e outro pós-laboral, e enviou os
2 O Moodle é um software para gestão da aprendizagem e de trabalho colaborativo, permitindo a criação de cursos
online, páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem.
Fig. 4. A Direcção de Turma no Moodle
Fig. 5. Alguns participantes
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
15 Vânia Ramos Janela
Fig. 6. A representante dos E.E. em formação
convites (vide anexo 7) para participação na actividade. Dos catorze alunos da turma, apenas
três Encarregados de Educação mostraram disponibilidade para frequentar a acção. No final,
demonstraram receptividade à iniciativa, referindo que o espaço era útil, e sugeriram um
aumento da informação disponibilizada.
Pese embora esta iniciativa não tenha contado com
o número de presenças esperadas (já que a maioria dos
Encarregados de Educação assiste às reuniões), foi
importante a presença da representante dos
Encarregados de Educação na medida em que poderá
desempenhar um papel importante na conquista futura
da participação dos restantes.
Assim, após reflectir sobre a formação e sobre o espaço
da direcção de turma no Moodle (como aliás se referiu
anteriormente), a Directora de Turma mantém a opinião que ambas as actividades foram
importantes e como tal pondera a hipótese de pedir o testemunho dos Encarregados de
Educação presentes na formação na próxima reunião de modo a apoiarem na conquista de
novos participantes. Mais, demonstrar durante a reunião o espaço criado e procurar marcar
um horário compatível com todos os interessados.
A alternativa seria forçar que durante a reunião com Encarregados de Educação, os
mesmos se registassem mas o efeito pretendido não teria o mesmo impacto. Não convém
esquecer que alguns E.E. não possuem conhecimentos de informática na óptica do utilizador,
alguns nunca sequer utilizaram um rato, pelo que poderiam sentir-se constrangidos e não
aceitar de bom agrado a iniciativa.
1.2. Funções Pedagógicas
É certo que, o Director de Turma deve favorecer as interacções sociais na turma, dando
informações sobre saídas profissionais, métodos de estudo e atitudes que facilitam a
aprendizagem, conhecer as características sociais e culturais da turma e contribuir para um
clima de confiança e participação dos alunos na Escola, estabelecer relações personalizadas e
ajudá-los na escolha das actividades de tempos livres e no despertar de vocações, promover a
educação cívica, o desenvolvimento pessoal/social e a ligação ao meio através das associações
culturais e cívicas.
Foi o que a formanda, na qualidade de Directora de Turma, procurou fazer com algumas
actividades, as quais se passam a descrever.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
16 Vânia Ramos Janela
Visitas de estudo
Pavilhão do Conhecimento e Casa do Futuro
A visita de estudo ao Pavilhão do Conhecimento e à Casa do Futuro visava promover o
gosto pela ciência e pela tecnologia, estimulando o conhecimento científico e a difusão da
cultura científica e tecnológica. A existência de exposições de actividades permitem que, de
forma interactiva, activa, descontraída e lúdica, os alunos explorem muitos e variados temas,
potenciando também novas vivências e o contacto com tecnologias de ponta.
Assim, no início do mês de Janeiro procedeu-se ao contacto telefónico com a Casa do
Futuro para a marcação da visita. No entanto, só existia vaga para o dia 18 de Junho, data que
coincide com os exames nacionais, pelo que não foi possível realizar esta actividade. Assim, a
visita foi marcada e irá realiza-se logo no início do próximo ano lectivo.
Semana da Ciência e da Tecnologia
No dia 19 de Novembro de 2007 os alunos dos 10.º e 11.º anos do
Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos
deslocaram-se a Setúbal, no autocarro gentilmente cedido pela Câmara
Municipal de Sesimbra, com o intuito de participarem na iniciativa
promovida pela Escola Superior de Tecnologia do
Instituto Politécnico de Setúbal intitulada “Semana
da Ciência e Tecnologia”3. Esta iniciativa, na sua 5.ª
edição, decorreu na semana de 19 a 23 de
Novembro, e visou um conjunto de actividades
práticas nas áreas da Ciência e Tecnologia.
O objectivo da visita foi promover o gosto
pelas áreas mencionadas, desmistificando a
Matemática e a Física (disciplinas integrantes da
componente científica do curso profissional
frequentado pelos alunos) através da realização de
actividades práticas e experimentais de engenharia,
promover os cursos de engenharia da Escola e
sensibilizar os alunos para o prosseguimento de
estudos.
As actividades decorreram em vários espaços
da EST-IPS e, se inicialmente (vide anexo 8) foram
3 Mais informação disponível em http://www.semanadaciencia.blogspot.com
Fig. 7. O 11.º Pi, a DT e o guia da EST
Fig. 8. Alguns alunos do 10.º Pi com o Prof. Herculano
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
17 Vânia Ramos Janela
05
101520
11
20
3 0 0
Como classifica a visita?
propostas seis para os alunos frequentarem, estes acabaram por interagir e participar, por
iniciativa própria, na generalidade dos jogos e experiências nos laboratórios, nos espaços
interactivos e nos vários stands interactivos dos cursos. É de acrescentar que o espaço da
robótica e do simulador de voo foram os que despertaram maior interesse nos alunos, que
consideraram curto o tempo de duração de cada actividade.
Os alunos conheceram as infra-estruturas e as competências técnicas e científicas,
preciosas auxiliares para a formação académica,
assim como as opções em termos de acesso ao
ensino superior.
Mesmo para quem não é das áreas da ciência,
o contacto directo com experiências científicas e
tecnológicas não deixa ninguém indiferente. As
potencialidades oferecidas nas áreas da Ciência e
Tecnologia permitem aprender seja através do
toque, da diversão ou simplesmente despertar o interesse
pelo fascínio de um olhar. Das actividades frequentadas,
conseguiu-se um paralelismo entre a Física e a Matemática. As experiências apresentadas
foram dinâmicas e interactivas o que despertou o interesse dos alunos e os motivou a
participar activamente em tudo o que conseguiram. Os alunos aperceberam-se da
aplicabilidade prática de algumas coisas que até então eram teoria nas aulas destas disciplinas.
Foi interessante ouvir afirmações como “a stôra de Físico-Química já falou nisso numa aula…”
e “xii! Dei isso no módulo que tenho por fazer a Matemática do ano passado!”.
A avaliação da actividade foi positiva, sendo que 59%
dos alunos a classificaram com “bom”, 32% com “muito
bom” e 9% com “suficiente”. Os alunos e os professores
das disciplinas envolvidas consideraram que a preparação
foi bem conseguida, que as actividades foram
interessantes e que o comportamento do grupo foi bom.
Na generalidade, os alunos participaram activamente em
todas as actividades propostas.
Isto pode ser reforçado pela análise dos dados
provenientes do questionário da visita.
Fig. 9. O Prof. Noel e alguns alunos da sua direcção de turma, o 10.º Pi
0
50
Sim Não
33
1
Gostou de realizar a visita?
0
50
Sim Não
33
1
Os temas abordados foram interessantes?
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
18 Vânia Ramos Janela
No debate feito à posteriori em sala de aula, o único aluno a referir que não tinha gostado
da visita e que não achava os temas interessantes, acabou por referir que não tinha sido
totalmente honesto nas respostas e que fê-lo por achar que o questionário não tinha
importância. É um aluno do 10.º ano e que inicialmente teve alguma dificuldade de integração
na turma pelo facto de ser de uma zona diferente dos colegas. Alguns alunos manifestaram a
intenção de, se possível, visitarem outras instituições de ensino superior e de obterem mais
informação sobre os cursos de engenharia e do que é necessário fazer para os alunos que
estando num curso profissional desejem ingressar num curso superior. Outros referiram
mesmo a vontade de prosseguir estudos (algo que não faziam até então).
Para o próximo ano lectivo, e sendo certo que a actividade foi proveitosa e bem aceite
pelos alunos, a Directora de Turma perspectiva que se a EST-IPS dinamizar novamente a
iniciativa, os alunos voltem a participar.
Empresa de informática
O objectivo da iniciativa visava proporcionar vivências diferentes e enriquecedoras, assim
como promover relações de colaboração com o mundo empresarial. Nesse sentido, foram
estabelecidos contactos com várias empresas, a saber: Microsoft Portugal, Siemens, Sun
Microsystems, Autoeuropa, YDreams, OCP Portugal e a BeAdvance. Destas, as duas últimas
responderam afirmativamente.
O contacto com a OCP Portugal foi estabelecido e estava agendado para a semana de 05 a
09 de Maio mas, por motivos do acidente ocorrido no Alto das Vinhas ter envolvido um
familiar da pessoa que estava a organizar a visita à empresa, não se concretizou. A BeAdvance
respondeu afirmativamente (vide anexo 9), mas em conversa telefónica a responsável pelo
Marketing e Parcerias, disse que telefonaria de volta assim que conseguisse falar com alguém
da administração da empresa (segundo a senhora, os administradores estavam ausentes do
país) o que não aconteceu até ao momento.
O que correu mal? Uma série de imprevistos, aliás normais quando se trata do mundo
empresarial. Em primeiro lugar a falta de receptividade na aceitação de visitas. Por outro lado,
a conciliação entre a disponibilidade de agenda entre a Escola e as empresas a visitar (vide
anexo 10).
A formanda considera pertinente que se realize uma iniciativa deste género. Nesse
sentido, se a BeAdvance entretanto confirmar o dia em que existe disponibilidade para a visita
e o mesmo se insira no calendário escolar, a mesma realizar-se-á. Também, espera-se que
brevemente sejam restabelecidos os contactos a OCP Portugal com vista à marcação da visita.
No próximo ano lectivo, considera que seria importante os alunos finalistas do curso
visitarem a Autoeuropa dado que é uma empresa do distrito e poderá ser uma alternativa
quando terminarem o 12.º ano. Nesse sentido, ao realizar-se a parceria com a mesma, quiçá
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
19 Vânia Ramos Janela
poderão estreitar-se laços no sentido de vir a ser uma das empresas a aceitar estagiários da
Escola.
Palestra e mostra de projectos
Com a realização de uma palestra dinamizada por universidades do distrito de Setúbal,
procurava-se sensibilizar os alunos do curso profissional para o prosseguimento de estudos e
informar sobre as saídas profissionais do curso. Nesse sentido foi contactada a Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Contudo, não foi possível acordar a
realização do evento, já que para o dia pretendido (16 de Maio – “2.º Dia das Tecnologias4”)
não havia disponibilidade por parte da faculdade.
Contactou-se, igualmente, o professor coordenador do
Departamento de Sistemas e Informática, o professor Joaquim Filipe, da
Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal que se
mostrou agradado com o convite e reencaminhou para o Director do
Curso de Engenharia Informática a fim de se organizar a participação da EST-IPS no “2.º Dia das
Tecnologias”. Assim, dinamizou-se a palestra com a ajuda do professor Fausto Mourato, que se
fez acompanhar de um aluno do Curso de Especialização Tecnológica de Programação de
Sistemas de Informação. Juntos, falaram um pouco sobre o instituto, os cursos de engenharia
(dando enfoque ao de informática) e os cursos de especialização tecnológica. Posteriormente,
mostraram alguns projectos desenvolvidos: “Pacman
Reloaded 3D”, “Webpoly”, “Pro Coaching –
diagramas tácticos para futebol” e “Cd interactivo
da residência de estudantes da EST-IPS”. Foram
ainda distribuídos folhetos.
Durante a apresentação, os alunos estiveram
atentos mostrando interesse pelo que estavam a
ver. No final, colocaram várias questões tendo
alguns deles permanecido a dialogar com os
convidados durante algum tempo.
No entender da formanda, este contacto foi bastante positivo. Serviu para reforçar o que
já tinha sido conseguido com a deslocação a participar na semana da ciência e tecnologia: o
incentivo ao prosseguimento de estudos. A abordagem foi feita num contexto bastante mais
interessante já que abordou os CET’s, dando a conhecer aos alunos uma alternativa no caso de
não conseguirem obter a nota mínima de acesso ao ensino superior: aproveitar para adquirir
mais conhecimento na sua área de formação, uma qualificação profissional de nível 4,
4 O “Dia das Tecnologias”, na sua 2.ª edição, visa essencialmente divulgar as actividades realizadas pelos alunos no
âmbito das TIC, assim como promover os trabalhos/projectos implementados nas disciplinas dos cursos da área de informática existentes na Escola.
Fig. 10. Apresentação da EST-IPS sobre os cursos superiores e CET’s
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
20 Vânia Ramos Janela
Fig. 11. A interacção com a equipa do “Dr. PC” (o computador do professor avariou durante a apresentação)
rentabilizar o ano lectivo realizando algumas disciplinas para as quais terão equivalência
quando entrarem no ensino superior.
Posto isto, e no entender da formanda, resulta de forma clara e inequívoca que seria de
todo interessante e bastante proveitosos, o estabelecimento de uma parceria entre a Escola e
a EST-IPS no que concerne a este tipo de formação. É verdade que a Escola disponibiliza os
CET’s do Instituto Politécnico de Tomar, mas não terá
mais sentido estabelecer a parceria com uma
instituição de ensino do distrito? Afinal provavelmente
serão poucos os alunos que perspectivam ir estudar
para Tomar (pois seria aí que conseguiriam o maior
número de equivalências), o que certamente poderia
ser inverso no caso de se tratar de estudar dentro do
distrito. É que corre-se o risco de os alunos que
actualmente pensam ou frequentam os CET’s
existentes na Escola, os terminarem e não
prosseguirem estudos.
Voluntariado
Dia da informática para o idoso
A iniciativa visava em parceria com a Comissão Municipal do Idoso5, organizar um dia
destinado à 3.ª idade, propiciando o convívio entre gerações, a troca de experiências e
saberes. Era uma forma de os alunos colaborarem em iniciativas de solidariedade social o que
lhes permitiria desenvolver valores cívicos. Contudo, atendendo a que a proposta era
ambiciosa no sentido de que dependia de várias entidades, e por impossibilidade de
conciliação de agenda das mesmas, não foi possível realizar o referido evento.
Esta ideia na sua implementação tem um grau de dificuldade bastante superior a todas as
actividades programadas realizar com os alunos atendendo a que depende de várias
entidades, as quais é necessário fazer convergir o que ultrapassa largamente as capacidades da
formanda. Uma alternativa poderá passar por envolver apenas uma instituição de
solidariedade social da 3.ª idade, e levar até ela os alunos, promovendo o convívio recorrendo
aos computadores portáteis da Escola.
5 A comissão é constituída pela Câmara Municipal de Sesimbra, Juntas de Freguesia de Santiago, Castelo e Quinta
do Conde, Centro de Saúde de Sesimbra, Santa Casa da Misericórdia de Sesimbra, Centro de Convívio da Fonte Nova, ABAS, Casa do Povo, CASCUZ e Centro Comunitário da Quinta do Conde.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
21 Vânia Ramos Janela
Escolas do Concelho
Na impossibilidade de visitar todas as escolas do concelho de Sesimbra,
seleccionou-se aquela que por questões logísticas era mais adequada: a Escola
Básica 2, 3 de Santana6.
A ideia original era a de dois alunos da turma
PI deslocarem-se com a Directora de Turma à
escola básica onde falariam um pouco sobre o
projecto da oficina “Dr. PC”. Ora, quando o
primeiro contacto foi estabelecido não se verificou
grande abertura da escola básica à iniciativa. Assim,
a formanda reformulou a actividade. Em vez de se
deslocar, convidou uma turma da escola de
Santana, mais concretamente o CEF de Informática,
do 8.º ano, a visitar a Escola Secundária de
Sampaio.
Assim, os convidados puderam visitar o espaço onde funciona a oficina e conhecer a
Escola. Os alunos do curso profissional destacados para promover o projecto, informaram os
colegas da sua disponibilidade para arranjar equipamento informático de forma gratuita,
distribuíram os folhetos de divulgação da oficina e do curso profissional e referiram a
existência de um espaço de apoio à oficina no Moodle, disponível em
moodle15.escolasdesesimbra.net). Também convidaram os colegas a participar no “2.º Dia das
Tecnologias”.
Durante a visita à oficina, os jovens
convidados mostraram bastante interesse,
inclusivamente questionaram a professora que os
acompanhava no sentido de poderem construir um
espaço semelhante na sua escola. Alguns referiram
que, inclusivamente, tinham equipamento para
reparar e questionaram qual a melhor forma de os
fazer chegar à oficina.
Esta iniciativa visou incentivar um clima de boas relações entre alunos de escolas
diferentes, assim como incrementar a divulgação dos projectos e dos cursos da Escola, o que
foi conseguido. Para o próximo ano lectivo seria interessante fazê-lo com uma escola
diferente.
6 A página da Escola encontra-se disponível através do endereço http://www.eps-santana.rcts.pt
Fig. 12. A visita do CEF de informática da Escola Básica 2, 3 de Santana
Fig. 13. Dois alunos da Escola Básica na oficina
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Avaliação e Reflexão Após a Implementação
22 Vânia Ramos Janela
Acções junto do Conselho de Turma
Ficha de assistência técnica
Sendo necessária a redacção de um documento que referisse as condições sobre as quais
os equipamentos são recepcionados para diagnóstico, os alunos em conjunto com o professor
da disciplina de Português, elaboraram uma ficha de assistência técnica.
Os alunos aproveitaram, igualmente, conhecimentos adquiridos na disciplina de
Tecnologias da Informação e Comunicação e construíram a ficha em formato digital,
adicionando informação para identificar o equipamento e o cliente de forma a permitir
controlar o material recepcionado (vide anexo 11).
Esta iniciativa foi positiva pois os alunos aplicaram numa situação real conhecimentos que
tiveram que aprender em disciplinas da componente sociocultural do curso profissional que
frequentam.
Artigo para o jornal escolar e para o site da Escola
Ainda com o auxílio do mesmo professor, e como forma de consolidar conhecimentos, já
que um dos módulos leccionados no presente ano lectivo na disciplina foi o de “Textos dos
Média II”, os alunos redigiram um pequeno artigo que se encontra online na página da Escola7
e que irá ser publicado na edição de Maio do jornal escolar, o jornal “Opinião”. O objectivo
principal é promover uma eficiente circulação de informação, bem como incentivar os alunos à
participação em outros projectos desenvolvidos na Escola.
Diagnóstico e reparação de avarias
A reparação de equipamento informático pressupõe que um qualquer elemento da
comunidade escolar entregue o material avariado na
oficina e que, após o diagnóstico e orçamento (se for
caso disso), os alunos o reparem. É a actividade
principal do projecto. Para a desempenhar, os alunos
contam com a colaboração do professor da disciplina
de Arquitectura de Computadores, o qual acompanha
e supervisiona todo o processo de reparação,
ajudando sempre que necessário.
Os alunos têm, desde o início do ano lectivo,
reparado equipamentos de todo o tipo de elementos da
comunidade educativa. Contudo, na sua maioria eram da Escola ou de professores e alunos.
7 O site oficial da Escola está acessível através do seguinte url: http://www.esec-sampaio.net
Fig. 14. O trabalho na oficina
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
23 Vânia Ramos Janela
5
5 1
11
Dr. PC Reparação de Equipamentos
Alunos
Professores
Funcionários
Escola
Sempre que um novo equipamento surge é
necessário recorrer a conhecimentos já adquiridos e,
por vezes, obter novos. Como? Através de pesquisas
na Internet ou, nos casos mais complicados, com a
ajuda do professor. O objectivo é desenvolver nos
alunos capacidades e competências de aprendizagem
autónoma, diversificando métodos e técnicas de
ensino, preparando-os para a vida activa.
A docente assistiu a vários momentos de trabalho na
oficina e pôde verificar o empenho e o profissionalismo com os quais os alunos
desempenhavam as suas tarefas. O que foi deveras surpreendente já que, inicialmente, a
turma estava desmotivada. O trabalho prático é, sem dúvida alguma, uma estratégia
importante para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Contudo, os alunos viram-se confrontados com algumas adversidades, tendo tecido
algumas queixas, a saber, do pouco tempo que tinham para dedicar às reparações (os alunos
trabalhavam na oficina em contexto de aula), a idade dos equipamentos e a falta de hardware
para utilizar nas reparações dos equipamentos da Escola.
Aconteceu também por vezes, desconhecerem se uma máquina era para arranjar, de onde
vinha e qual a avaria. E isto porque, quem recebia o equipamento não preenchia a ficha de
assistência técnica (as máquinas eram deixadas na oficina por outras pessoas). Assim, e até
porque surgiram equipamentos danificados, a oficina que não é mais do que o laboratório da
sala de aula, foi fechada à chave e só os professores de informática é que possuem a chave.
Para evitar situações desagradáveis no futuro, tornou-se obrigatória a entrega dos
equipamentos a arranjar à formanda, ao professor da disciplina, ao coordenador TIC ou à
turma.
A generalidade das avarias diagnosticadas e reparadas reportaram-se a instalação de
software, hardware e foram, inclusive, reparadas máquinas em que foi necessário recorrer a
alguns conhecimentos de electrotecnia. O professor da disciplina foi, nesse sentido, uma
mais-valia no processo ensino-aprendizagem pois contribuiu com conteúdos muito além dos
que constam no currículo e na planificação da disciplina.
Note-se que o principal objectivo do projecto
“Dr. PC” é o de colmatar lacunas ao nível da formação
prática, o qual no entender da formanda foi alcançado
e que se demonstra pelo número estimado de
máquinas recebidas e reparadas, 22.
Nesta actividade, pretendia-se também a
interdisciplinaridade com a disciplina de Sistemas
Operativos. Os alunos instalaram sistemas operativos
Fig. 15. Montagem de um computador para o "2.º Dia das Tecnologias"
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
24 Vânia Ramos Janela
nas máquinas novas que a Escola recebeu (um total de cinco). Mais, instalaram pela rede a
imagem do sistema operativo.
Nesta disciplina, os alunos prepararam máquinas
com distribuições Linux que apresentaram no “2.º Dia
das Tecnologias”. Desta forma, foi feita uma
colaboração com a Equipa TIC no sentido de divulgar
o open source8.
Foi, ainda, conseguida interdisciplinaridade com a
disciplina de Redes de Comunicação: os alunos
realizaram a implementação da rede estrutura de uma das
salas de aula de informática, a D4.
Como já ficou plasmado nas actividades anteriormente descritas, todas se pautaram por
uma interdisciplinaridade e cooperação entre várias partes o que muito congratula a docente
enquanto formanda já que não só considera os objectivos atingidos ao longo do PFAP como
também viu o seu trabalho como um canal de ligação entre a comunidade escolar. Ora esta
actividade não foi excepção tanto mais que se verificou a interactividade entre disciplinas.
Ora, como é de fácil compreensão, a boa relação entre as entidades intervenientes não só
facilitou a actividade da docente como também potencia futuras acções a desenvolver devido
à ligação estreita que se tem vindo a manter, e que, a final, resulta como um prémio para a ora
formanda atendendo ao esforço que vem sido desenvolvido.
Folha de orçamentos
Um dos módulos leccionados no presente ano lectivo na disciplina de Tecnologias da
Informação e Comunicação abordou as folhas de cálculo e coincidiu com o arranque do
projecto da oficina “Dr. PC”. Assim, a docente aproveitou tal facto para os alunos
implementarem uma folha de orçamento para ser usada na oficina, sempre que seja
necessário comprar peças para o equipamento de um cliente (vide anexo 12). O orçamento
resultou numa aplicação prática dos conceitos estudados, permitindo a consolidação de
conteúdos. A informação a colocar na folha criada foi definida pelos alunos e teve como
objectivo responsabilizá-los e prepará-los para a inserção na vida activa, sendo certo que nesse
contexto terão que ser auto-suficientes.
8 O open source, ou software livre, refere-se à liberdade dos utilizadores executarem, copiarem, distribuírem,
estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software.
Fig. 16. A máquina montada com a distribuição Unbutu do Linux
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
25 Vânia Ramos Janela
Base de dados para gestão da oficina
Na disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação, os alunos elaboraram várias
propostas de bases de dados para gestão da oficina. Fizeram-no no último módulo leccionado,
“Gestão de Base de Dados” (trata-se de uma disciplina terminal). Posteriormente, escolheram
a que melhor se adequava às necessidades reais e iniciaram o seu preenchimento com as
informações dos equipamentos que repararam. A importância da criação de uma base de
dados para a gestão da oficina é justificada pela necessidade da disponibilização de informação
sobre a actividade desenvolvida no âmbito do projecto.
Para a elaboração da base de dados os alunos recorreram, igualmente, às aulas da
disciplina de Programação e Sistemas Informáticos. Ora, foi deveras importante o facto de, em
termos temporais, ambos os docentes das disciplinas estarem a leccionar a mesma matéria.
Tal permitiu um estreito trabalho de equipa. Atendendo que, a carga horária e o nível de
aprofundamento da matéria é superior na disciplina de programação, a qual integra a
componente técnica do curso, o docente leccionou a teoria do módulo permitindo tornar as
aulas de TIC em aulas essencialmente práticas. No entanto, sempre que pertinente, foram
relembrados conceitos.
A formanda julga que foi uma actividade positiva. E isto porque possibilitou que as aulas
de ambas as disciplinas envolvidas se completassem, evitando a repetição de conteúdos, o que
por vezes propicia o desinteresse dos alunos. A formanda verificou, no âmbito desta
actividade, que foi relevante para o bom desenvolvimento da base de dados, o facto de a
matéria estar a ser leccionada em duas disciplinas diferentes. Tendo concluído que, um dos
elementos fundamentais no desenvolvimento de acções que pressupõe a acção de docentes
da mesma área é o facto da matéria estar em conjugação temporal quando é leccionada.
Tratamento estatístico de necessidades de formação
A interdisciplinaridade que se pretendia com a disciplina de Matemática não aconteceu.
Existiu um desfasamento no tempo já que o professor abordou o módulo da estatística no final
do 2.º período, altura em que os alunos se propuseram a fazer exame (tratava-se de um
módulo leccionado no ano lectivo anterior), e o tratamento estatístico ocorreu antes.
Dados o cumprimento do programa da disciplina, a velocidade de aprendizagem dos
alunos e o tempo de aula, o professor não podia despender de aulas para realizar esta
actividade. Assim, e como se tratava de trabalho inerente à elaboração do “Plano TIC” da
Escola, elementos da equipa TIC realizaram os inquéritos no Moodle, obtendo a estatística
necessária.
A formanda não olvida o facto de que, poderia ter-se diligenciado no sentido de obter um
horário compatível entre o professor e os alunos com maior dificuldade em estatística para,
fora do contexto de aula, realizar a actividade. Contudo, na altura não se equacionou essa
hipótese. Será que seria viável? Não convém esquecer a elevada carga horária semanal do
curso, o que por si só condiciona qualquer actividade fora do seu contexto.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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26 Vânia Ramos Janela
Fig. 17. A máquina mooding – O aquário
Website e Fórum
A actividade de criação de um website de divulgação da oficina, do curso profissional com
a possibilidade dos clientes saberem qual o estado do
serviço prestado, está a ser realizada nas aulas da
disciplina de Redes de Comunicação. À data da
elaboração deste documento, só é possível divulgar o
endereço onde futuramente será alojado o site, a
saber, http://drpc.esec-sampaio.net/, já que a
implementação do mesmo foi suspensa
temporariamente: os alunos necessitaram das aulas
para concluir a construção das máquinas mooding
montadas para o “2.º Dia das Tecnologias”.
Outra actividade a dinamizar consistia na criação de um fórum com o objectivo de
promover uma iniciativa de colaboração com escolas/empresas e permitir aos alunos o
aprofundamento dos conhecimentos técnicos na área de informática.
Ora, o fórum só tem lógica se inserido no website da oficina. Assim, e como forma de
iniciar já pelo menos o contacto com as escolas criou-se no Moodle, como aliás já foi referido
anteriormente, um espaço para o “Dr. PC”. Aí é possível consultar informações pertinentes
sobre informática, as últimas notícias da oficina e ao mesmo tempo deixar dúvidas no fórum
disponibilizado. É um espaço aberto e qualquer pessoa o pode visitar. Para o visitar e participar
no fórum, os visitantes têm que se registar na plataforma de e-learning.
Tendo em conta que, a campanha de divulgação da oficina só teve lugar recentemente,
não é possível aferir sobre a receptividade em relação à alternativa encontrada.
1.3. Funções Disciplinares
Pautando-se a turma por uma postura e comportamento satisfatórios em sala de aula,
muito surpreendeu a docente o facto de um aluno ser alvo de uma participação disciplinar.
Assim, e dado que a mesma referia que era frequente tal atitude por parte do aluno, a
Directora de Turma deu conhecimento de tal ocorrência à Encarregada de Educação e ao
Conselho Executivo. Após ouvidas as partes envolvidas, foi decidido que o aluno devia um
pedido de desculpa à professora, pela falta de respeito, atitude e linguagem impróprias,
assinando uma declaração onde aceita ser suspenso automaticamente caso volte a ter uma
conduta semelhante.
Na passada quarta-feira, três dias antes em que a formanda escreve esta reflexão, chegou
ao seu conhecimento outra participação disciplinar com três alunos da turma, referindo
igualmente atitudes incorrectas em sala de aula. Esta participação é do conhecimento do
Conselho Executivo.
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Avaliação e Reflexão Após a Implementação
27 Vânia Ramos Janela
Ora, nos tempos que correm torna-se imprescindível, atendendo à situação social que nos
rodeia (cada vez mais o pouco tempo disponível por parte dos pais transfere para os docentes
um encargo acrescido), julga a formanda, a inserção de aulas de educação para a cidadania no
ensino secundário. E isto porque, alguns alunos teimam em navegar nas águas da indisciplina e
desrespeito, e em que as atitudes dos pais/Encarregados de Educação pecam por, muitas das
vezes, potenciar tais comportamentos, em que nada abonam a favor da comunidade escolar
em que estão inseridos.
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28 Vânia Ramos Janela
2. Ensino e Aprendizagem
“«- É para nota?»
«- Não, é para aprender.»”
Sebastião Gama ………..
Um dos objectivos da educação é a construção da identidade pessoal, social e cultural dos
jovens alunos, bem como a formação científica consistente no domínio do respectivo curso. O
processo ensino-aprendizagem deve ser conduzido de modo a que os alunos se tornem
indivíduos autónomos, de espírito crítico e de grande capacidade criativa. Assim, o trabalho
em projecto apresenta vantagens tais como partilhar finalidades, admitir posições contrárias,
negociar e agir eticamente. Contudo, e para que resulte com sucesso, há que atrair a atenção
dos alunos e despertar a sua curiosidade, motivando-os e mobilizando-os para a realização do
mesmo, fazê-los sentir parte activa.
2.1. Plano científico
No plano científico, foi necessário delinear e programar os objectivos a atingir, o que iria
ser feito em aula e a forma como iria ser feito, nomeadamente na disciplina de Tecnologias da
Informação e Comunicação.
A docente recorreu aos dois módulos que estavam previstos leccionar – “Folha de Cálculo”
e “Gestão de Base de Dados” – tornando o projecto de longa duração. No primeiro módulo
indicado, após a passagem dos conteúdos básicos e da realização de trabalhos práticos, os
alunos deveriam conseguir por si só criar um orçamento a ser utilizado pela oficina de
informática, o que foi conseguido.
Em aula, os alunos após feita a pesquisa na Internet sobre modelos de orçamentos,
construíram, em grupos pré-definidos por eles, várias propostas. De forma autónoma, foram
eles que seleccionaram aquele que será utilizado na oficina.
O segundo módulo visava a obtenção dos conceitos necessários para desenhar,
implementar e gerir a base de dados da oficina, sendo certo que, para atingir esta meta os
alunos teriam que assimilar uma série de conceitos base e praticar, com recurso a exercícios
práticos.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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29 Vânia Ramos Janela
Eram objectivos que, no final do ano lectivo, os alunos teriam que saber:
rendibilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação nas tarefas de
construção do conhecimento em diversos contextos do mundo actual;
mobilizar conhecimentos relativos à estrutura e funcionamento básico dos
computadores, de modo a poder tomar decisões fundamentadas na aquisição
e/ou remodelação de material informático;
utilizar as funções básicas do sistema operativo de ambiente gráfico, fazendo uso
das aplicações informáticas usuais;
evidenciar proficiência na utilização e configuração de sistemas operativos de
ambiente gráfico;
utilizar as potencialidades de pesquisa, comunicação e investigação cooperativa da
Internet, do correio electrónico e das ferramentas de comunicação em tempo real;
utilizar os procedimentos de pesquisa racional e metódica de informação na
Internet, com vista a uma selecção criteriosa da informação;
utilizar a folha de cálculo nos mais variados contextos;
utilizar as potencialidades e características das bases de dados relacionais nas suas
múltiplas funções;
executar operações em bases de dados relacionais;
instalar e configurar as aplicações informáticas mais comuns;
cooperar em grupo na realização de tarefas e na pesquisa de soluções para
situações-problema;
aplicar as suas competências em TIC em contextos diversificados.
Antes de iniciar o módulo e com o conhecimento de que o professor da disciplina de
Programação e Sistemas Informáticos iria começar a leccionar a mesma matéria mas de forma
mais aprofundada, combinaram dividir tarefas. Assim, o professor de programação leccionaria
a exposição dos conceitos teóricos e as aulas de TIC assumiam um cariz essencialmente
prático, no fundo como se pretende que a disciplina funcione. Tal facto assumiu um papel
importante já que a carga horária da disciplina de TIC é de apenas 90 minutos semanais.
Ora, atendendo que, é complicado os alunos assimilarem todos os conceitos que lhes são
transmitidos, a professora teve que fazer, igualmente, algumas breves exposições teóricas,
suficientes para expor algo que os alunos não soubessem ou para completar conteúdos que
não tivessem sido interiorizados nas aulas de programação.
As exposições teóricas tiveram por base apresentações multimédia criativas e adequadas,
procurando desta forma cativar a atenção dos alunos, as quais foram atempadamente
disponibilizadas no espaço da disciplina no Moodle. Assim, sempre que oportuno, realizou
uma exposição participativa. Introduziu o método interrogativo, com perguntas dirigidas ao
raciocínio como forma de desenvolver o raciocínio lógico dos alunos.
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30 Vânia Ramos Janela
Tal foi utilizado na concepção do Diagrama Entidade-Relação, a primeira fase que tinham
que desempenhar e que se encontrava orientada por um guião.
Se na proposta inicial do PFAP se perspectivou utilizar o método demonstrativo,
recorrendo ao auxílio do projector de vídeo, para os alunos acompanharem os passos
efectuados no computador pela professora, com o intuito de se familiarizarem com o
programa informático em estudo, tal não foi necessário.
Com o início da implementação da base de dados propriamente dita, relevante foi o facto
de os alunos possuírem uma maior carga horária na disciplina de programação. E quando
iniciaram o uso do programa Microsoft Access já o conseguiam manusear bem. Ainda assim, as
aulas foram sempre orientadas por guiões, correspondendo cada um deles a uma fase que os
alunos tinham que ultrapassar.
Verificou-se, também, que alguns alunos começaram a levar os seus computadores
pessoais para a sala de aula pois estes possuíam a última versão do programa de gestão de
base de dados e queriam familiarizar-se com a mesma, aprender as novas funcionalidades e
adquirir destreza na utilização do novo sistema de menus. Desta forma mostraram ser
autónomos.
2.2. Materiais didácticos
Não tendo sido adoptado nenhum manual para a disciplina de Tecnologias da Informação
e Comunicação do curso profissional, a docente construiu os materiais didácticos que achou
pertinentes para a consecução dos objectivos: apresentações multimédia e guiões de
actividade. Procurou que os materiais construídos fossem apelativos e motivadores, de fácil
leitura e compreensão.
2.3. Unidade supervisionada
As aulas assistidas nem sempre correram como planificado.
Primeira e segunda aula assistidas
Nos 90 minutos de duração das aulas assistidas foi abordado o modelo relacional de base
de dados (vide anexo 13). Dando continuidade ao trabalho desenvolvido na aula anterior, a
professora sintetizou os conteúdos leccionados, não através de uma apresentação interactiva
como inicialmente estava planeado, mas num ambiente de cooperação e diálogo com a turma,
o qual terminou com a esquematização de um exemplo prático no quadro.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
31 Vânia Ramos Janela
Seguiu-se a realização da actividade prática proposta através de um guião (vide anexo 14),
o qual se encontrava no espaço da disciplina no Moodle. Todos os alunos lhe acederam ao
mesmo e iniciaram o trabalho proposto. Nesta altura, a docente constatou que na disciplina de
programação e sistemas informáticos os alunos já tinham principiado a utilizar um programa
destinado à esquematização do problema proposto. Assim, dispensaram a esquematização no
papel. Alguns houve que, por não terem ou não gostarem do programa usado, optaram por
esquematizar a sua solução do problema no “caderno digital”9 da disciplina.
Mais, verificou a formanda que, os alunos que evidenciavam maior facilidade na
elaboração da actividade passaram automaticamente do Diagrama Entidade-Relação para as
tabelas, iniciando deste modo uma actividade de aprofundamento. A professora aproveitou
para se dedicar aos alunos que evidenciavam maior dificuldade. Estes, por seu lado, sempre
que a docente se afastava, iniciavam outras actividades não relacionadas com o trabalho
proposto. Esta situação foi constatada pelo professor orientador, que gentilmente alertou a
formanda para tais condutas menos próprias, reforçando as suspeitas que a docente já tinha.
Ora, atendendo a que os alunos têm acesso a aplicações e a websites que nada têm a ver com
os conteúdos da aula, aliado ao facto de ser praticamente incontrolável a actividade dos
alunos individualmente, propicia tais situações. Após o alerta do professor Delegado à
profissionalização, a formanda passou a prestar maior atenção de modo a prevenir tais
comportamentos, advertindo os alunos sempre que tal acontecia. Mais, após a aula terminar,
a professora teve uma conversa franca com os alunos em questão em que procurou
consciencializá-los, apelando a um maior empenho, respeito por si próprios e pelos outros.
Notou que os alunos nas aulas seguintes deixaram de ter tal comportamento.
Durante a resolução da actividade prática, iniciou-se um debate saudável em que os
alunos começaram a comparar a forma como o professor da disciplina de programação e
sistemas informáticos lhes falara de determinadas relacionamentos e a forma como a docente
o fazia. Os alunos referiam que na sua opinião os dois professores o estavam a fazer de
maneiras diferentes e que cada um ensinava de sua maneira o que poderia potenciar uma
maior dificuldade na aprendizagem. A docente explicou que ambos os professores diziam
exactamente a mesma coisa, mas que uma disciplina aprofundava mais os conteúdos e era
essa a diferença que eles sentiam. Assim ficou estabelecido que iriam ter liberdade para fazer
mesmo na disciplina de TIC soluções com maior complexidade, indo além do que lhes era
exigido na disciplina.
A aula terminou como previsto, com o grupo que solucionou mais rapidamente a
actividade a desenhar a sua proposta de solução do problema inicialmente proposto no
quadro. Pese embora todos os grupos tenham conseguido atingir os objectivos mínimos
previstos para a aula, a formanda achou que era merecido valorizar o grupo pela sua prestação
em aula, como forma de os evidenciar. Os restantes elementos da turma completaram a
solução apresentada.
9 O “caderno digital” é um documento de texto que os alunos utilizam como um caderno diário normal.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
32 Vânia Ramos Janela
Terceira e quarta aula assistidas
Para este bloco de 90 minutos estava planeada a continuação do trabalho de projecto
iniciado na aula anterior e que consistia na criação da base de dados para a gestão da oficina
do “Dr. PC”. Consoante a etapa do projecto em que os alunos se encontravam ou concluíam o
Diagrama Entidade-Relação para o problema proposto ou iniciam a construção das tabelas da
base de dados (vide anexo 15).
Contudo, e atendendo a um pedido de um dos elementos do Conselho Executivo da
Escola, a professora iniciou a aula distribuindo um questionário no âmbito da colaboração com
um estudo para a universidade, no campo da Psicologia da Educação, relativamente à temática
“Valores Profissionais” (um trabalho de investigação de antigas alunas da Escola), ajudando os
alunos no seu preenchimento sempre que lhe foi solicitado. Esta actividade de direcção de
turma acabou por atrasar as actividades que estavam contempladas no plano das aulas.
Terminado o preenchimento do questionário, a professora iniciou a aula propriamente
dita, sintetizando os conteúdos abordados na aula anterior. Questionou os alunos sobre o
ponto de situação do trabalho iniciado na outra semana e posicionou-os em termos do que
tinham para fazer, sendo que se encontravam em diferentes etapas do desenvolvimento do
projecto. Mas eis que surgiu outro contratempo, contribuindo para atrasar o que estava
previsto: não havia Internet e como tal, os alunos não tinham acesso ao guião de actividade
disponível na plataforma de e-learning.
No entanto, e atendendo que a docente se faz acompanhar sempre da pen com toda a
informação referente ao ano lectivo, não teve dificuldade em disponibilizar a informação
pertinente para a realização da actividade proposta. Outra solução, que até poderá poupar
algum tempo no futuro, é a colocação dessa mesma informação no servidor da Escola apenas
com acesso de leitura para os alunos.
Se inicialmente se perspectivava que os alunos realizassem o trabalho em grupos de dois,
tal não aconteceu. Dado que alguns elementos da turma demonstram poucos hábitos de
trabalho, a docente achou por bem que o projecto fosse individual como forma de os obrigar a
empenhar.
Durante o restante tempo de aula, a professora circulou pela sala orientando e ajudando
os alunos na execução das tarefas propostas, e colocando algumas questões pertinentes para
os levar a ponderar as opções tomadas. A aula terminou com uma breve referência sobre o
que iria ser feito na próxima semana.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
33 Vânia Ramos Janela
Quinta e sexta aula assistidas
Estas aulas coincidiam com o terminar do projecto de construção da base de dados de
gestão da oficina. O plano estabelecido visava uma apresentação oral dos projectos realizados
(vide anexo 16).
No início da aula, a professora resumiu os conceitos abordados ao longo do módulo,
questionando os alunos e incentivando-os a participar e, citando o professor Delegado à
profissionalização, “A professora provoca algumas questões relacionando a Base de Dados do
Projecto Dr. PC com os conteúdos leccionados”. Nesta altura, e apesar de os alunos terem
conhecimento que deveriam ter as bases de dados terminadas para apresentação neste dia,
alguns estiveram a completar as mesmas. Na generalidade, algumas bases de dados
apresentadas estavam incompletas. Numa tentativa de consciencializar os alunos para a
responsabilidade e para o cumprimento dos prazos estabelecidos, referiu que as bases de
dados ali apresentadas eram as que seriam tidas em consideração para a avaliação final do
módulo, pese embora aquela que fosse a escolhida viesse a ser terminada ao longo das
restantes aulas do ano.
A docente, ainda que tenha ocupado parte do intervalo, o que propiciou alguma
desatenção por parte de alguns alunos, cumpriu o essencial do que estava planeado e os
alunos mostraram e criticaram as várias soluções propostas. Foram colocadas questões pela
docente e feitas sugestões no sentido de melhorar algumas funcionalidades das bases de
dados. Não foi possível realizar a avaliação do módulo. Contudo, o questionário foi distribuído
e os alunos foram alertados para que o deverão entregar na próxima aula.
Doravante, sempre que se verificar uma actividade desta natureza, a formanda procurará
requisitar uma sala de aula normal, de modo a evitar a desatenção por parte dos alunos que,
não tendo concluído atempadamente o trabalho proposto, o tentem fazer enquanto os
restantes colegas apresentam.
2.4. Uma experiência bem e mal sucedida
Durante a construção da base de dados para gestão da oficina “Dr. PC”, um aluno
aproveitou uma situação real por si vivenciada (há algum tempo tinha colocado o computador
a arranjar numa oficina semelhante), e aplicou a experiência para implementar a sua proposta
de solução. Foi positivo, no sentido que articulou o saber com a experiência e demonstrou
identificar-se com o projecto.
Poderá dizer-se que, o maior adversário da formanda enquanto docente, foi o livre acesso
à Internet bem como a existência de jogos que não necessitam de instalação, e que nada
tinham a ver com os conteúdos abordados nas aulas. Tanto mais que, alguns alunos não
cumpriam atempadamente as tarefas propostas, já que se distraiam na utilização dos mesmos.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
34 Vânia Ramos Janela
Domínios a Avaliar
Saber-Fazer
Saber-Estar
Saber-Ser
Em contexto de aula, é praticamente impossível controlar as acções de todos os alunos. A
solução tem que passar pela sensibilização dos mesmos, pelo envolvimento dos pais/E.E. e
pela utilização de práticas restritivas na utilização dos computadores e da Internet.
2.5. Relação pedagógica com os alunos
A professora aproximou-se dos alunos e estabeleceu relações francas e abertas, donde
advieram benefícios para o processo ensino-aprendizagem: os alunos sentiram à vontade para
questionar, duvidar, intervir de forma activa dando ideias próprias, criticar e debater. Adoptou
como estratégia o ensino individualizado, rodando pela sala de aula, questionando e apoiando
os alunos, tendo mostrado a sua presença para os ajudar e incentivar ao trabalho.
Desenvolveu estratégias diversificadas que permitiram que os alunos com maior
dificuldade ultrapassassem com relativa facilidade as suas limitações e conseguissem atingir os
objectivos mínimos pretendidos para cada actividade. Assim, de forma continuada, esteve
atenta às dificuldades, favorecendo a auto-estima recorrendo ao “reforço-positivo”, elogiando
e valorizando sempre que conveniente, respostas, acções e atitudes, principalmente nos
alunos mais inseguros, como forma de os motivar e encorajar.
Durante o projecto de criação da base de dados de gestão da oficina, notou que os alunos
trocavam ideias. Estavam motivados para o que estavam a fazer, contudo demonstraram falta
de hábitos de trabalho e dificuldade no cumprimento dos prazos estabelecidos. Foram
criativos e exploraram novas funcionalidades muito além do que lhes foi pedido, adquiriram
novos conhecimentos e construíram novas aprendizagens. O trabalho desenvolvido e as
relações estabelecidas foram positivos.
2.6. Avaliação
Segundo Perrenoud, a avaliação formativa é uma avaliação que ajuda o aluno a aprender
e o professor a ensinar. Avaliar competências passa também pela auto-avaliação das nossas
próprias competências pois, só assim, podemos ajudar o aluno no desenvolvimento de todo o
seu potencial.
Sendo certo que, os conteúdos não se situaram só no domínio dos
conhecimentos, mas respeitaram a domínios do “saber-fazer”
(desenvolvimento de capacidades/competências) e do “saber-ser” e
“saber-estar” (promoção de valores e atitudes), a avaliação
contemplou estes três domínios.
Assim, a avaliação baseou-se na observação directa na aula e no preenchimento de uma
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
35 Vânia Ramos Janela
grelha de observação e registo do desempenho dos alunos (vide anexo 17). Mais, no decurso
das aulas, a professora durante o acompanhamento individual que fez aos alunos inteirou-se
semanalmente do trabalho desenvolvido no projecto, e apercebendo-se das dificuldades e dos
sucessos obtidos. Deste modo, a avaliação foi contínua permitindo o registo da evolução do
aluno aula a aula e, em tempo útil, actuou na recuperação de qualquer dificuldade.
Se à data de redacção deste documento, a docente ainda não possui as avaliações finais
no módulo (isto porque os alunos ainda irão construir um manual de utilizador da base de
dados escolhida para a gestão da oficina), certo é que pode adiantar que o sucesso do módulo
é de 100%.
Não convém escamotear que os alunos irão vivenciar no final do ano lectivo, uma
formação em contexto de trabalho em que, e segundo os planos de estágio estabelecidos nos
anos anteriores, o factor relevante que pesa na solicitação por parte das entidades que
potenciam o estágio é a criação/manutenção de bases de dados.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
36 Vânia Ramos Janela
3. Projecto Educativo de Escola
“O mínimo que se exige de um educador é
que seja capaz de sentir os desafios do tempo presente,
de pensar a sua acção nas continuidades e mudanças do seu trabalho
pedagógico, de participar criticamente na construção de uma escola
mais atenta às realidades dos diversos grupos sociais.”
António Nóvoa
O “Projecto Educativo” da Escola Secundária de Sampaio intitula-se “Por uma Escola
inclusiva de qualidade”. Segundo este, a concepção actual da Escola caracteriza-se pelos
princípios de “aprender a ser”, “aprender a aprender” e de “educação permanente”, e visa,
através de estratégias diversificadas, promover o sucesso escolar e educativo de todos os
alunos. Para tal, é peremptório que pais e alunos alarguem o anterior estatuto de meros
utilizadores e beneficiários dos serviços da escola ao de membros e clientes. E isto com o
intuito de poderem definir, em parceria com professores e funcionários, a natureza e o
conteúdo das actividades escolares. Ora, esta possibilidade exige um novo paradigma de
escola: uma organização educativa com autonomia para estabelecer os seus próprios
objectivos e estratégias.
Assim sendo, a autonomia assume um papel de relevo não só porque a escola é dirigida
pelos seus membros e pela comunidade, mas também porque constitui o instrumento para a
adaptação estrutural e tecnológica aos alunos, aos seus contextos e às suas contingências.
O projecto da oficina “Dr. PC” procurou intervir em quatro dos cinco princípios
orientadores do Projecto Educativo de Escola:
flexibilizar o processo ensino-aprendizagem, promovendo o desenvolvimento e
realização das capacidades globais dos alunos;
diversificar as ofertas formativas no ensino secundário, visando o acesso ao
ensino superior e a formação de técnicos de nível intermédio;
valorizar o papel da escola com actividades diversificadas de carácter cultural,
desportivo e lúdico; e
criar condições que permitam a existência, entre a comunidade educativa, de um
elevado clima de participação, convivência e bem-estar, procurando transformar
“uma escola na comunidade” em “uma escola da comunidade”.
Neste sentido, desenvolveram-se as actividades que a seguir se descrevem.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
37 Vânia Ramos Janela
Fig. 18. Os vários logótipos a concurso
Fig. 19. Os alunos vencedores a exibirem os respectivos prémios
3.1. Concurso para o logótipo da oficina
O concurso para o logótipo da oficina “Dr. PC” destinava-se a todos os alunos da Escola. O
objectivo desta actividade era obter um símbolo ou
marca que identifique, represente e permita assinalar
facilmente todo o equipamento que exista ao cuidado
das pessoas envolvidas no projecto. O concurso,
passou também por envolver os alunos em
actividades internas da Escola e promover a
criatividade. Nesse sentido, foi feito o cartaz de
divulgação por um professor do departamento de
artes e tecnologias (vide anexo 17), o qual foi afixado
na Escola.
As propostas dos alunos foram apresentadas em suporte papel, entregues no Centro de
Recursos, dentro de um envelope fechado. A generalidade dos alunos que participaram nesta
iniciativa, solicitaram o apoio dos professores, da área de artes, em sala de aula.
O júri foi composto pelos professores do Departamento de Artes e Tecnologias, tendo sido
feita uma pré-selecção. Contudo, a convite da docente, um elemento do Conselho Executivo e
o delegado da turma do 11.º PI, juntaram-se aos elementos do júri. Dos vários logótipos a
concurso, pré-seleccionaram-se seis, tendo-se privilegiado:
a criatividade e a imaginação;
a capacidade comunicativa da proposta e a sua legibilidade em diferentes
formatos e suportes;
a qualidade e a originalidade do grafismo utilizado.
A formanda em conjunto com a turma CEF, do 8.º ano, no âmbito da disciplina das TIC,
elaboraram um boletim de voto (vide anexo 18), tendo sido entregue um exemplar a cada
elemento do júri. Após a votação, a formanda contabilizou os votos e os resultados foram
afixados.
Numa cerimónia simples, que decorreu no
Conselho Executivo, e em que estiveram presentes os
participantes, os professores dinamizadores da
iniciativa e os elementos do órgão de gestão, foram
entregues os prémios aos três primeiros lugares. Esta
iniciativa visou reconhecer publicamente a
participação dos alunos concorrentes, assim como
servir de exemplo e de motivação para outros
participarem nas actividades internas da Escola. A
cerimónia foi registada e será, posteriormente,
noticiada no jornal escolar ainda que já tenha sido afixada uma fotografia dos alunos
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
38 Vânia Ramos Janela
Fig. 22. A tela da turma do 11.º PI
vencedores com os respectivos prémios.
Pretende-se que, futuramente, o logótipo vencedor
esteja presente na porta do laboratório, em batas de trabalho
e num selo a criar (estas actividades já estão a ser pensadas
para a continuidade do projecto no próximo ano lectivo).
3.2. Decoração do laboratório
A decoração do laboratório envolvia duas actividades concretas, a saber:
pintura de telas decorativas a partir de fotografias dos alunos do curso
profissional de informática; e,
decoração de uma cortina para a janela.
Esta actividade foi levada a cabo com a colaboração da turma do 12.º ano de Oficina de
Artes, com o objectivo de os alunos adquirirem/consolidarem conhecimentos da formação
específica do seu curso bem como tornar pessoal e
amigável o ambiente do laboratório.
Para a pintura das telas, os alunos recorreram à
técnica mista. As telas criadas pelos alunos foram
inauguradas no “2.º Dia das Tecnologias” e tiveram
um enorme sucesso. Grande foi a adesão por parte
dos professores e alunos para visualizarem o que foi
feito. E foi muito gratificante ver que os alunos se
conseguiam identificar nas telas assim como aos
colegas e os professores. Todos os visitantes elogiaram o
trabalho desenvolvido. A formanda dialogou
com alguns dos autores do trabalho e estes
referiram que tinham adorado fazer o trabalho,
mas que tinha sido bastante complicado pois
tinha-lhes sido exigido trabalho extra (muitas
vezes tiveram que, nos intervalos, observar os
alunos que estavam a retratar, de forma a
perceberem traços que não estavam bem
definidos nas fotografias); e também tinham
ocorrido alguns imprevistos, como o caso de um aluno
do 7.º ano que se lembrou de desenhar uns óculos num dos rostos dos trabalhos que se
encontravam guardados sob o armário da sala, levando a que todo o trabalho desenvolvido
tivesse que ser recomeçado.
Fig. 20. O logótipo vencedor
Fig. 21. O trabalho em aula
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
39 Vânia Ramos Janela
Contudo, e dado que estiveram envolvidos
noutros projectos, não conseguiram realizar a
decoração das cortinas. Sendo certo que, se podia
equacionar realizar esta última actividade com
outra turma, não era correcto para com os
alunos, já que foi a eles que foi proposto o
desafio.
Assim, e não tendo sido possível realizar este
ano, a formanda já falou com a professora que
orientou o trabalho e convidou-a a concluí-lo no
próximo ano com os alunos do mesmo curso, que
entretanto transitarem para o 12.º ano. O convite
foi prontamente aceite. Até porque, este tipo de
projecto é importante para solidificar os laços
entre a comunidade escolar.
3.5. Folheto e cartaz publicitário
A criação de um folheto e de um cartaz consistiam em actividades que estavam
programadas realizar com os alunos do Curso Profissional de Marketing/Publicidade, já que
para a sua elaboração existem técnicas específicas e era uma forma de relacionar conteúdos.
Contudo, tendo sido dispendido tempo com a elaboração dos logótipos para o concurso,
já não foi possível contar com a participação dos referidos alunos nesta actividade.
Colocou-se então a questão: quem irá realizar a tarefa? Sendo certo que, a oficina é para
ser utilizada na formação dos jovens do ensino profissional de informática, então, porque não
responsabilizá-los pela divulgação do seu próprio projecto?
Assim, pediu-se aos alunos do 10.º e 11.º anos que elaborassem propostas de cartaz para
divulgação da oficina. No final, após ponderação com os alunos da turma do 11.º ano (afinal
são eles que no presente ano estão à frente da oficina) foram seleccionados dois cartazes com
as características do pretendido (vide anexo 19). Para a escolha do cartaz, fez-se a projecção
das propostas e os alunos votaram.
Mas o que se acabou de descrever apenas foi a concepção e escolha do cartaz publicitário.
Faltava o folheto. Uma turma que a docente lecciona, o 8.º CEF, do Curso de Educação e
Formação de Práticas Administrativas, tem alguns alunos pouco motivados e empenhados em
sala de aula. Uma estratégia para lhes incutir o gosto pela disciplina, passou por envolvê-los
num projecto real, atribuindo-lhes responsabilidade e fazê-los perceber que têm um papel
Fig. 23. As telas desenhadas para a turma 10.º PI
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
40 Vânia Ramos Janela
importante no seio da comunidade em que estão inseridos, e que o seu trabalho pode ajudar a
construir algo de relevo.
Assim, além da elaboração do boletim de voto para a escolha do logótipo e que já foi
referido anteriormente, propôs aos alunos a elaboração do folheto (vide anexo 20), tendo a
formanda verificado que todos, mesmo os que não trabalhavam, gostaram da actividade
proposta, já que comentavam entre si que o seu trabalho ia andar de mão em mão, ser
conhecido. Os alunos motivaram-se e questionaram a docente sobre a oficina, o trabalho que
lá se realizava, e, algumas aulas depois pediam se podiam trazer uma máquina para os colegas
arranjarem.
Além do que se acabou de referir, a iniciativa permitiu consolidar conhecimentos
adquiridos na unidade de processamento de texto.
3.3. Parceria com a Equipa TIC
A parceria da turma com a Equipa TIC foi conseguida através das actividades que a seguir
se descrevem e que foram dinamizadas no “2.º Dia das Tecnologias”.
Workshop e oficina de curta duração
Os alunos aproveitaram um vídeo de como montar
um computador e que tinha sido realizado para a
disciplina de Arquitectura de Computadores e
dinamizaram uma pequena workshop sobre o tema,
demonstrando que tinham consolidado os
conhecimentos teóricos adquiridos, assim como
mostraram destreza na execução prática. De seguida, os
participantes puderam experimentar a montagem de dois
computadores.
Esta actividade foi bastante positiva no sentido que o número de participantes foi
significativo. A generalidade dos alunos aceita de bom grado tudo o que sejam iniciativas deste
tipo e nem se aperceberam que, simultaneamente à diversão, estavam a aprender.
Operação Open Source
No âmbito do projecto “Dr. PC”, os alunos em conjunto com o professor da disciplina de
Sistemas Operativos, prepararam máquinas com distribuições Linux no sentido de divulgar o
Open Source. Das máquinas onde foi instalado o sistema operativo, as que tiveram uma maior
Fig. 24. Oficina de hardware
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
41 Vânia Ramos Janela
aceitação e notoriedade por parte dos visitantes do “2.º
Dia das Tecnologias”, foram as máquinas mooding. Tal,
evidencia que o trabalho na oficina foi gratificante, não só
mas também, porque esta iniciativa teve bastante
aceitação por parte dos visitantes, que experimentaram o
sistema operativo motivados pelo equipamento montado.
Foi notório o reconhecimento por parte de todos do
excelente trabalho desempenhado.
Fig. 25. Uma máquina mooding montada pela turma 11.º PI
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
42 Vânia Ramos Janela
Reflexão Crítica sobre a Implementação
“O professor pode pensar no que aconteceu, no que observou, no
significado que lhe deu e na eventual adopção de outros sentidos.
Reflectir sobre a reflexão-na-acção é uma acção, uma observação e uma
descrição, que exige o uso de palavras.”
Donald A. Schön
O “Projecto de Formação e Acção Pedagógica” visa promover no docente em formação
um papel mais activo na escola, capacitando-o para responder às necessidades decorrentes
das mudanças ocorridas na sociedade actual. Cada vez mais, se exigem novas competências
pedagógicas ao nível da organização das aprendizagens e dos apoios aos alunos, o que significa
uma atenção especial para aceitar a diversidade adoptando estratégias de inclusão escolar. A
ser assim, como é, o balanço do projecto implementado é bastante positivo.
A formanda considera que foi deveras importante parar e reflectir o que se fez, porque se
fez, se correu bem ou mal e porquê, pensar alternativas para o que ficou aquém das
expectativas ou que não se fez. E isto porque “Neste processo estou a descobrir-me e a
conhecer-me a mim próprio como professor e a conhecer as condições em que exerço a minha
profissão para poder assumir-me como profissional do ensino. Mas também neste processo
estou a tomar consciência das semelhanças e das diferenças entre o meu processo reflexivo de
formação e aquele que proponho aos meus alunos.”10.
Sendo certo que, o PFAP deve coordenar três dimensões deveras importantes na
actividade de qualquer professor - o Projecto Educativo de Escola, a Direcção de Turma e a
Actividade Lectiva – tal aconteceu, apesar de haver uma discrepância entre o plano inicial e a
acção. Isto deveu-se a que, em termos temporais existiu dificuldade por parte da formanda em
gerir de forma correcta o tempo. Esta é, pois, uma das lacunas que terá que aprender a
colmatar. Outra diz respeito a algumas das actividades que não foram possíveis de
implementar. A título de exemplo, os contactos que envolviam entidades exteriores não se
mostraram proveitosos na medida em que as mesmas não estavam receptivas às iniciativas
propostas. Doravante, a formanda deverá ter o cuidado de seleccionar e estruturar antes da
fase de planeamento dos projectos, as acções a implementar, aferindo a disponibilidade das
partes.
10
In “Ser Professor Reflexivo”, p. 182.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
43 Vânia Ramos Janela
Enquanto Directora de Turma, a formanda acompanhou, apoiou e coordenou os
processos de aprendizagem, de maturação, de orientação e de comunicação entre
professores, alunos e pais. Coube-lhe a árdua tarefa de estabelecer a ligação entre os
diferentes intervenientes implicados na relação educativa. Assim, a docente em formação
procurou ser amiga mas mostrou firmeza sempre que necessário, revelou maturidade e
paciência, tomou as decisões atempadamente agindo com ponderação, foi boa comunicadora
e eficaz na direcção das reuniões, contribuiu com o seu trabalho, ideias e opiniões para o
benefício comum. Mostrou disponibilidade para receber pais/E.E. e alunos, os quais
recorreram frequentemente à sua ajuda. Soube ouvir e agir em conformidade, muitas das
vezes extravasando a posição de Directora de Turma e entrando no cariz pessoal dos
indivíduos que solicitaram a ajuda, procurando sempre uma palavra amiga.
Na actividade lectiva, adequou as planificações às realidades da sua prática. Tal é
evidenciado pela relação estreita que se estabeleceu entre a disciplina de Programação e
Sistemas Informáticos e a de Tecnologias da Informação e Comunicação, em que se
relacionaram conteúdos e se procurou evitar a repetição dos mesmos, tornando as aulas mais
interessantes e proveitosas. Foi realizado no final do módulo supervisionado um projecto de
modo a que as competências adquiridas nas duas disciplinas (TIC e PRSI) fossem utilizadas e
relacionadas – a criação de uma base de dados. E se inicialmente se planeou que o mesmo
fosse realizado em grupo com o intuito de criar um ambiente de cooperação e entreajuda na
procura do problema apresentado, tal não logrou a efectivar-se. A docente exigiu que o
trabalho fosse individual porque pela experiência adquirida pela leccionação do módulo
anterior sabia que alguns elementos não se iriam esforçar minimamente. Assim, fomentou o
trabalho individual. O projecto realizado, estava relacionado com o “Dr. PC”, tratando uma
situação real vivenciada pelos alunos, o que foi bastante pertinente. Sempre que oportuno
promoveu o debate, a aceitação, o crescimento cívico, a criatividade e a responsabilidade,
colocando o aluno no centro do processo ensino-aprendizagem. Os conteúdos foram
trabalhados à medida que foram necessários para cada fase do projecto, passando a ser um
meio. A formanda pensa ter sido uma professora reflexiva já que deu aos alunos “como pessoa
que pensa, (…) o direito de construir o seu saber”11 .
O projecto “Dr. PC” conseguiu intervir nos quatro princípios orientadores do Projecto
Educativo de Escola a que se propôs.
Recorda-se o primeiro princípio – flexibilizar o processo ensino-aprendizagem,
promovendo o desenvolvimento e realização das capacidades globais dos alunos. Assim, o
projecto adequou-se na medida em que a flexibilização está bem patente em algumas
actividades desenvolvidas (o diagnóstico e a reparação dos equipamentos), na sua formação
como pessoas e cidadãos (o facto de disponibilizarem ajuda aos colegas de outra escola), na
consolidação de conteúdos (patentes em actividades como o concurso e a decoração do
laboratório).
11
In “Ser Professor Reflexivo”, p. 175.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
44 Vânia Ramos Janela
A realização da palestra no “2.º Dia das Tecnologias” e a visita de estudo à “Semana da
Ciência e Tecnologia” permitiram actuar sobre o segundo princípio orientador – diversificar as
ofertas formativas no ensino secundário, visando o acesso ao ensino superior e a formação de
técnicos de nível intermédio. Os alunos foram sensibilizados para o prosseguimento de
estudos na sua área de formação, tendo sido realçada a interacção escola/vida
activa/comunidade.
O projecto interveio no terceiro princípio orientador – valorizar o papel da escola com
actividades diversificadas de carácter cultural, desportivo e lúdico – na medida em que
incentivou a realização de actividades valorizadoras das capacidades e interesses dos alunos,
potenciando a sua autonomia. Tal é perceptível através de actividades como o concurso do
logótipo e a criação das telas decorativas.
A formação para pais/E.E. aliada ao facto de os potenciais clientes da oficina serem toda a
comunidade escolar, permitem actuar sobre o quarto princípio orientador – criar condições
que permitam a existência, entre a comunidade educativa, de um elevado clima de
participação, convivência e bem-estar, procurando transformar “uma escola na comunidade”
em “uma escola da comunidade”. E isto porque se estabeleceram relações interpessoais de
cordialidade, respeito mútuo, tolerância e solidariedade, propiciando um ambiente de bem-
estar e de amizade, desenvolvendo a colaboração escola-família, incrementando o
envolvimento e a responsabilidade dos pais/E.E. no processo educativo.
Os pontos fortes do projecto implementado foram o relacionamento entre a comunidade
escolar e o meio envolvente, o empenho e interesse de todos. E principalmente dos alunos
que adoptaram uma postura de grande cariz profissional comportando-se com uma base e
estrutura sólidas de funcionamento, o que per si evidencia que o projecto funcionou também
como um estágio, preparando os alunos para a sua futura actividade profissional em que a
concorrência é feroz e lhes é exigido um grau de conhecimentos elevados.
Em jeito de síntese do que se referiu dir-se-á que a formanda considera que:
contextualizou a sua actividade profissional, mostrando capacidade de
particularizar o seu modo de trabalho, dos seus alunos e das potencialidades da
Escola e do meio envolvente;
fundamentou as suas críticas e identificou situações problemáticas no processo
ensino-aprendizagem;
planificou uma actuação coerente no que concerne à interdisciplinaridade;
explorou o papel formativo da disciplina TIC no conjunto do curriculum;
dinamizou as actividades principais do PFAP inicialmente proposto com
dinamismo; e
integrou os dados recolhidos na avaliação do projecto.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
45 Vânia Ramos Janela
Mas o que mais impacto teve foi que, independentemente de a formanda permanecer ou
não na Escola, sabe que é um projecto que terá continuidade dado ser interessante, útil e estar
bem organizado. E se dúvidas houvesse, dissipar-se-iam já que o projecto “Dr. PC” vai estar em
exposição, como um projecto de apoio à Equipa TIC na manutenção de equipamentos
informáticos da Escola, no “Seminário arTICular", em Setúbal12.
Atendendo a tudo o que foi dito, após a reflexão do trabalho realizado e tendo a
consciência de que os principais objectivos propostos no PFAP foram atingidos, a formanda
propõe que a sua avaliação, de acordo com o documento orientador da profissionalização em
serviço, se insira no nível II (14-16) com classificação de dezasseis valores.
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Trata-se de uma actividade para todas as Equipas TIC que são acompanhadas pelo Centro de Competência CRIE
da ESE de Setúbal. Mais informação disponível em http://nonio.ese.ips.pt/articular
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
46 Vânia Ramos Janela
Conclusão
O projecto “Dr. PC” não foi da formanda ou da turma mas sim de toda a comunidade
educativa. A formanda mais não foi do que a coordenadora e orientadora de um trabalho
espectacular realizado de forma lúdica. Todos os elementos envolvidos dentro da comunidade
escolar mostraram disponibilidade, interesse, empenho e alegria na execução dos desafios
lançados pela formanda. Aliás, mesmo no que concerne aos alunos, estes nunca perderam o
sentido de responsabilidade e alguns houve que a aperfeiçoaram. Todas as actividades
promovidas visaram dinamizar e promover o ensino-aprendizagem, factor que pode ser
constatado pelo relato da factualidade descrita ao longo deste relatório.
A ajuda de todos os intervenientes no projecto foi um factor importante para alcançar os
objectivos pretendidos. A formanda gostaria de fazer um agradecimento em especial:
ao professor Herculano Rodrigues, que apoiou de forma incansável o trabalho
realizado na oficina;
ao professor Roque Oliveira, pela ajuda na divulgação do projecto e na criação do
logótipo para o mesmo;
à professora Isabel Gouveia, pelo tempo e paciência dispendidos no desenho das
telas decorativas que fazem jus aos alunos do curso e que contribuem para
evidenciar a sua passagem pela Escola e o contributo que deram à comunidade;
e,
ao professor Luís Varela, pela orientação que deu e pelas criticas que teceu que
em muito contribuíram para o aperfeiçoamento desta iniciativa.
A formanda considera que atingiu os objectivos que se pretendiam com a
profissionalização em serviço: deu o primeiro passo num processo de desenvolvimento
profissional contínuo adquirindo bastante experiência profissional, ajudou a criar um projecto,
um espaço, momentos e actividades, que pela sua continuidade, contribuíram e contribuirão
para a melhoria da qualidade de ensino, para a construção de uma escola mais democrática e
para a promoção de uma educação para a cidadania.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
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Bibliografia
ALARCÃO, Maria Isabel (2005), “Formação Reflexiva de Professores”, Porto Editora,
Porto.
CORTESÃO, Luiza et al. (2002), “Trabalhar por Projectos em Educação”, Colecção Educação,
Porto Editora, Porto.
DOUGIAMAS, Martin (12/07/2007), “Sobre o Moodle”, disponível em
http://docs.moodle.org/pt/Sobre_o_Moodle.
DUARTE, José et al. (2006/2007), “Documento Orientador do 2.º ano da Profissionalização em
Serviço”.
MARQUES, Ramiro (2002), “O Director de Turma e a Relação Educativa”, Editorial Presença,
Lisboa.
MARTO, Maria Natália C. (2001), “O director de turma e os alunos”, 3.ª edição, CRIAP Asa,
Porto.
PINTO, Silva et al. (2005), “f@ntasTIC 10”, Edições ASA, Porto.
(06/2006), “Por uma Escola Inclusiva de Qualidade”, Projecto Educativo da Escola Secundária
de Sampaio, Sampaio.
ROLDÃO, Maria do Céu (1999), “Os professores e a gestão do currículo”, Colecção CIDINE,
Porto Editora, Porto.
Projecto de Formação e Acção Pedagógica
Avaliação e Reflexão Após a Implementação
48 Vânia Ramos Janela
Anexos
AAnneexxoo 11:: Síntese das actividades previstas e realizadas/não realizadas/em curso
AAnneexxoo 22:: Actas das eleições do delegado e subdelegado de turma
AAnneexxoo 33:: Grelha de assiduidade da turma nos 3 anos do curso profissional
AAnneexxoo 44:: Grelha de avaliação dos módulos com aproveitamento
AAnneexxoo 55:: Exemplo dos guiões de reunião do Conselho de Turma e com E.E.
AAnneexxoo 66:: Exposição ao Conselho Executivo no âmbito da direcção de turma
AAnneexxoo 77:: Convite para a oficina de formação destinada a pais e Encarregados de Educação
AAnneexxoo 88:: Visita de estudo à “Semana da Ciência e Tecnologia”
AAnneexxoo 99:: Contacto estabelecido com a empresa BeAdvance
AAnneexxoo 1100:: Contacto estabelecido com a empresa Autoeuropa
AAnneexxoo 1111:: Ficha de Assistência Técnica da oficina
AAnneexxoo 1122:: Folha de orçamento
AAnneexxoo 1133:: Plano das aulas assistidas um e dois
AAnneexxoo 1144:: Guião da actividade a desenvolver nas aulas assistidas um e dois
AAnneexxoo 1155:: Plano e guião da actividade das aulas assistidas três e quatro
AAnneexxoo 1166:: Plano e ficha de avaliação do módulo das aulas assistidas cinco e seis
AAnneexxoo 1177:: Cartaz afixado para promover o concurso para logótipo da oficina “Dr. PC”
AAnneexxoo 1188:: Boletim de voto
AAnneexxoo 1199:: Um dos cartazes publicitários para divulgação da oficina “Dr. PC”
AAnneexxoo 2200:: Folheto publicitário para divulgação da oficina “Dr. PC”