8/19/2019 Drenagem rodovias

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A drenagem do tipo subterrânea trata da eliminação da água contida no subsoloatravés de drenos profundos, espinha-de-peixe, etc. No projeto de drenagem deve ser

conhecido os valores máximos das descargas superficial e subterrânea. Isso se faz a partirde estudos hidrológicos e estudo da percolação da água no solo.

3.1. DRENAGEM SUPERFICIAL

3.1.1. Águas SuperficiaisAs águas superficiais são aquelas que restam de uma chuva após descontadas as

perdas por evaporação, transpiração e infiltração. Nas estradas, por exemplo, essas águas podem surgir descendo as encostas e taludes, ou escoando sobre o pavimento.

3.1.2. ObjetivoDrenar as águas precipitadas sobre o corpo estradal e provenientes de suas áreas

adjacentes, a fim de evitar os danos que possam causar à estrada construída.

3.1.3. Dispositivos de Drenagem Superficial

3.1.3.1. SarjetasSão canais executados nas bordas do pavimento ou do acostamento da estrada,

geralmente na forma triangular. São formados pela superfície do pavimento ou

acostamento e por uma banqueta. São geralmente empregadas na drenagem de estradasem zonas urbanas e para prevenir a erosão de aterros altos. Devem ser, sempre que possível, impermeáveis, profundas e com declividade longitudinal de acordo com ogreide e ter taludes suaves.

Numa rodovia, as sarjetas podem ser de dois tipos: sarjetas de corte e sarjetas deaterro. As sarjetas de corte são aquelas constituídas às margens dos acostamentos econduzem longitudinalmente à rodovia as águas precipitadas sobre o corpo estradal. As

de aterro são posicionadas na faixa da plataforma externa ao acostamento impedindoque as águas superficiais oriundas da plataforma da estrada escoem pelo talude de aterro.

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3.1.3.2. Valetas de Proteção ou de CoroamentoAs valetas de proteção são construídas no terreno natural, 2 a 3m a montante da

crista do corte ou pé do aterro e com seção transversal dimensionada para receber eescoar as águas pluviais dos terrenos a montante. A seção transversal pode ser retangularou trapezoidal e deve-se sempre verificar a erosão e a sedimentação; havendo possibilidade disso ocorrer, procede-se ao revestimento adequado, que pode ser a plantação de vegetais rasteiros, enroncamento, alvenaria de pedra argamassada econcreto.Sua função é interceptar as águas antes que atinjam a estrada.

3.1.3.3. Valetas de Condução de água (ou degraus) ou Valetas de Pé-de-CorteAs valetas de condução se localizam no talude dos cortes ou saias de aterro, para

remover a água que cai na plataforma estradal e nos taludes de corte, devem serrevestidas com calhas, alvenaria, concreto pobre ou gramíneas e podem ser de formatriangular, trapezoidal, retangular ou semicircular.

3.1.3.4. Valetas de Pé-de-AterroSão canais construídos próximos ao pé de aterro, para conduzir a água a um ponto de descarga antes que atinjam a estrada. É recomendável a construção de valetas de pé de corte sempre que os aterros tiverem altura igual ou superior a 0,5 m .

3.1.3.5. Valetas de DerivaçãoSão valetas que tem a finalidade de retificar, ampliar, aprofundar ou desviar

pequenos cursos d’água quando se faz necessária uma melhor solução técnica. Quandoeste tipo de valeta é construído em terra, devem ter seção trapezoidal, quando construídasem rocha devem ter seção retangular.

3.1.3.6. Bueiros de GreideSão estruturas destinadas a conduzir água dos arroios, bacias ou açudes cortados

pela estrada. São geralmente espaçados de 100 a 150m e construídos a meia encosta,

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destinando-se a permitir que a água atravesse a rodovia de um lado para outro. Os bueirosutilizados em rodovias são geralmente os seguintes: tubulares de concreto, tubulares

metálicos e Celulares de concreto. Na Figura 1 estes três tipos estão apresentados,respectivamente.

FIGURA 1. Bueiros.

3.1.3.7. Bacias de Amortização ou de amortecimentoAs bacias de amortecimento constam de pequenas plataformas posicionadas nos

pontos de descarga das águas dotadas de altas velocidades. Sua função é dissipar aenergia das águas na saída das calhas de descida ou dos bueiros, prevenindo assim aerosão.

3.1.3.8. Bacias CentraisAs bacias centrais são áreas de depressão rasa localizadas no meio do canteiro

central. São utilizadas para drenar esta parte da estrada.

3.1.3.9. Bacias de CaptaçãoSão áreas de depressão rasa, construídas a montante dos bueiros com a finalidade

de facilitar a entrada da água nos mesmos (Figura 2). Devem ser executadas com seustaludes bem suaves e em forma de leque. O material proveniente da escavação deve sertransportado para um lugar afastado de forma a impedir seu retorno à bacia.

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FIGURA 2. Bacia de captação.

3.1.3.10. RápidosSão canais abertos ou fechados, fortemente inclinados, usados em taludes de corte

ou aterro. Nos taludes de corte devem-se usar preferencialmente rápidos ou cascatas (emdegraus) que permitem a água chegar a valetas de pé de corte em baixa velocidade. Nostaludes longos devem-se usar os rápidos longos (tubos) para evitar que a água, a altavelocidade, salte do canal e provoque a sua erosão e destruição.

Na figura 3 alguns desses dispositivos são ilustrados.

3.2. DRENAGEM SUBTERRÂNEA

3.2.1. Águas subterrâneasSão aquelas encontradas no subsolo; podem existir na forma de um lençol freático ouartesiano, de um fluxo canalizado de solo transportado pela água que filtra através dele,ou podem estar acumuladas em fendas de rochas.

3.2.2. ObjetivoDestina-se a interceptar as águas que possam atingir o subleito da estrada, como tambéma rebaixar o lençol d’água por ventura existente sob a sua área. Busca manter, destaforma, uma unidade das camadas superiores do pavimento que possibilite boas condiçõesde tráfego, de desempenho estrutural e de estabilidade do maciço.

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FIGURA 3. Alguns Dispositivos de drenagem superficial.

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3.2.3. Dispositivos de Drenagem Subterrânea

3.2.3.1. Drenos ProfundosSão valas preenchidas com material drenante, ou drenante e filtrante, providas ou

não de tubos perfurados. Estes dispositivos são dispostos abaixo do greide deterraplenagem de forma longitudinal ou transversal ao eixo da estrada.

3.2.3.2. Drenos em espinha de peixeFormação de um conjunto de drenos a pequenas profundidades, geralmente sem

tubos, no formato de uma espinha de peixe. Sua utilização deve ser voltada para adrenagem de grandes áreas pavimentadas, parques de estacionamento, praças de pedágio,etc. Na figura 4 apresenta-se uma forma esquemática destes drenos.

FIGURA 4. Esquema de drenos espinha de peixe

3.2.3.3. Colchão ou Camada Drenante

Com o mesmo objetivo que os drenos anteriores, situa-se à pequena profundidadeno leito e constitui-se de uma ou mais camadas de material permeável que devem sercolocados em toda a largura a ser drenada. São adotados quando o volume a ser drenadofor muito grande, não sendo possível o uso de espinha-de-peixe.Deverão ser executadasnos cortes em rochas, nos cortes onde o lençol freático estiver muito próximo ou acimado greide de terraplenagem, em aterros construídos sobre camadas impermeáveis, etc., e

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aterros, redução da resistência do solo devido à saturação, erosões e deslizamentos detaludes de corte e aterro, insegurança ao tráfego, etc.

Embora o foco de interesse deste texto seja a drenagem de estradas, não podedeixar de ser feito nessas considerações finais um breve comentário do papel dadrenagem na área urbana. Assim, um bom sistema nesta área proporciona umdesenvolvimento de forma ordenada, a salvo de inundações e de prejuízos ao tráfego de pedestres e veículos, além de representar um importante papel na saúde e na redução degastos com a construção e manutenção das vias.

Deste modo percebe-se então a importância da drenagem no desenvolvimento e

bem estar geral de uma região.

EXERCÍCIOS1. Discorra com suas próprias palavras sobre a importância da drenagem.2. Utilizando suas próprias palavras defina drenagem.3. O que é drenagem superficial? Cite e explique 3 dispositivos que você comumente vê

nas rodovias.4. O que é drenagem subterrânea? Cite e explique seus dispositivos.5. Relate detalhadamente um problema por você observado referente à drenageminsuficiente nas rodovias.