Ds 04 04 2016

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Eixo ferroviário de Mercadorias Sines-Évora-Badajo z debatido em Évora Pub. SUL FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA diário do PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS ) Rossio - Évora PERIODICIDADE DIÁRIA SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016 ANO: 47.º NÚMERO: 12.744 Pub. Pub. Aeronáutica “Évora está na liderança do desenvolvimento da indústria” Município contesta .... PÁG. 9 Ministro da Defesa visitou o Alentejo .... PÁG. 2 O ministro da Defesa Nacional, José Alberto A zeredo Lopes, esteve na passada sexta-feira, numa visita ao distrito de Évora para participar num conjunto de atividades. A manhã foi dedicada a uma visita à Embraer e da parte da tarde esteve na Direção de Formação do Exército, onde lhe foi apresentado o conceito e plano de formação e certificação deste ramo das forças armadas. Em declarações ao “Diário do Sul”, A zeredo Lopes destacou a importância de Évora ser o centro do cluster aeronáutico. «D.S.» com projecto inovador para levar notícias aos invisuais Media .... PÁG. 7 No próximo mês .... PÁG. 8 São Miguel de Machede acolhe festival de cante alentejano

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Edição Diário do SUL - dia 04Abril2016

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Eixo ferroviáriode MercadoriasSines-Évora-Badajozdebatido em Évora

Pub.

SULFUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA

diário doPUBLICAÇÕES

PERIÓDICAS

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

Rossio - Évora

PERIODICIDADE DIÁRIASEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016

ANO: 47.ºNÚMERO: 12.744

Pub.

Pub.

Aeronáutica“Évora está na liderançado desenvolvimentoda indústria”

Município contesta

.... PÁG. 9

Ministro da Defesa visitou o Alentejo

.... PÁG. 2

O ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, esteve na passada sexta-feira, numa visita ao distrito de Évora para participar num conjunto de atividades. A manhã foi dedicada a uma visita à Embraer e da parte da tarde esteve na Direção de Formação do Exército, onde lhe foi apresentado o conceito e plano de formação e certificação deste ramo das forças armadas. Em declarações ao “Diário do Sul”, Azeredo Lopes destacou a importância de Évora ser o centro do cluster aeronáutico.

«D.S.» com projectoinovador paralevar notíciasaos invisuais

Media

.... PÁG. 7

No próximo mês

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São Miguelde Machedeacolhe festivalde cante alentejano

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2 Tema de AberturaSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016 diário do SUL

DIRECTORMADEIRA PIÇARRA

NOTA DO DIANOTA DO DIA

Agora também na TV

Canal 502 e escolha Rádios Nacionais

As boas práticas de protecção e sustentabilidade das fl orestas devem ser apoiadas e enaltecidas porque a riqueza desse sector é da maior importância para o País.

O titular da pasta da Agricultura referia o tema afi rmando que Portugal perdeu mancha fl orestal e que é preciso inverter a situação recuperando 160 mil hectares de fl oresta, a que se perdeu nestes últi-mos 10 anos.

Como se sabe o sector fl orestal cria emprego e aumenta o valor das exportações contribuindo para o equilíbrio da balança do orçamento de Estado.

No Plano de Desenvolvimento Rural – 2020 há

uma parte das verbas que irão servir para apoiar a fl oresta.

Entretanto o Governo vai elaborar um cadastro das fl orestas do País, afi rmou o ministro Capoulas Santos. O interesse pelas árvores deve ser logo incu-tido desde a Escola nas crianças para que se crie uma ligação pela vida fora ao valor inestimável da fl oresta e para que se enraize em cada um o sentido de defesa desse bem que a natureza deu ao homem.

A Floresta pode ser um valioso meio para o desen-volvimento da área agrícola e o Alentejo deve atentar nessa valorização que é da maior importância ambiental e comercial.

(...)O interesse pelas árvores deve ser

logo incutido desde a Escola

nas crianças para que se crie

uma ligação pela vida fora ao

valor inestimável da fl oresta

(...)

n Maria Antónia Zacarias

Oministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, esteve na passada sexta-feira, numa visita ao distrito de Évora para participar num conjunto de atividades. A manhã foi dedicada a uma visita à Embraer e da parte da tarde esteve na Direção

de Formação do Exército, onde lhe foi apresentado o conceito e plano de formação e certifi cação deste ramo das forças armadas. Em declarações ao “Diário do Sul”, Azeredo Lopes destacou a importância de Évora ser o centro do cluster aeronáutico, tendo afi rmado que o Estado mantém o interesse na compra de aviões KC-390 da Embraer, mas não quis responder se essa questão foi abordada na visita à Embraer. O governante salientou ainda a importância da formação profi ssional como forma de constante atualização para uma melhor resposta militar.

O ministro da Defesa afi rmou, após a visita às duas fábricas de Évora da construtora aeronáutica brasileira Embraer, nas quais são produzidas peças para o avião KC-390, que “o Estado português mantém o interesse na compra dos aviões”, sublinhando que são importantes para substituírem os atuais C-130 da Força Aérea que têm uma vida útil até dez anos. “Uma vida útil que começa a aproximar-se do fi m, por muitas modernizações que sejam possíveis de fazer”, frisou.

Ministro da Defesa, Azeredo Lopes, visitou sexta-feira o Alentejo

“Évora está na liderança do desenvolvimentoda indústria aeronáutica”

O governante lembrou que Portugal assinou uma carta de intenção de compra do KC-390 que, de acordo com a Embraer, é um avião que poderá ser usado para o transporte e lançamento de cargas e tropas, bem como para reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios fl orestais.

Instado sobre se a aquisição destas aeronaves foi um dos assuntos da visita a estas fábricas em Évora, Azeredo Lopes esclareceu que “a Embraer teve a

grande delicadeza de não perguntar se o Estado português ia comprar o KC-390 e eu tive a grande delicadeza de não referir nada também”.

O ministro sublinhou que a visita à Embraer já havia sido prometida, mas agora foi concretizada, evidenciando que o projeto da construtora aeronáutica brasileira e o cluster aeronáutico construído em Évora

“não tem paralelo em Portugal. Évora está na liderança daquilo que é um projeto fundamental para os portugueses, que é o desenvolvimento da indústria aeronáutica”.

Formaçãoé “decisiva”para uma melhor resposta militar

A formação nas Forças Armadas foi outro dos motivos da visita do governante que, em seu entender, também aqui Évora tem um papel decisivo. “A estrutura aqui existente nesta cidade é de coordenação da formação que é útil, em primeiro lugar, em qualquer profissão devendo apostar-se na dimensão da qualificação,

da formação e atualização de conhecimentos”, esclareceu. E acrescentou: “Eu coloco como uma exigência, por isso, mesmo a formação na dimensão da profissionalização e um exemplo disso é a participação em forças de intervenção destacadas a nível internacional”.

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n Vasco Callixto

3OpiniãoSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

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o SU

L DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

PROPRIEDADE: PIÇARRA - DISTRIBUIÇÃO DE JORNAIS, LDA.

DIRECTORES ADJUNTOS:MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA

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ESTATUTO EDITORIAL:ver em www.diariodosul.com.pt

Impressão Rotativa: Grafi alentejo - ÉVORATIRAGEM: 4.500/EdiçãoN.º Registo: 100262 NIPC: 506 754 413 • ISSN: 1647-6816

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CAPITAL SOCIALManuel José Madeira ..................... 8,12%Manuel José S.M. Piçarra ............ 22,97%Paulo Jorge S. M. Piçarra ............ 22,97%Maria da Conceição Piçarra ......... 22,97%José Miguel S.M. Piçarra.............. 22,97%

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

(porta a porta)(porta a porta)

Há cerca de cinquenta anos, ao passar pelo Largo Alexandre Her-culano, junto à Igreja de Santiago, fui abordado por quatro turistas estrangeiros que me disseram ter feito uma visita turística de Évora, acrescentando que tinham pouco tempo para estar no carro turístico para regresso a Lisboa e formulan-do o pedido de lhes indicar o que poderiam ver ainda naquele pouco tempo.

Respondi de imediato não ser possível aceder ao pedido formulado, por virtude de Évora ser tão rica em motivos dignos de interesse.

Como solução de recurso tomei uma decisão e fiz o convite para irem no meu carro fazer uma rápida visita, limitada pelo tempo e pela falta de conhecimentos téc-nicos e científicos, convite que foi aceite. Sem paragens significativas, nem referências técnicas ou cien-tíficas, pretendi fazer uma rápida volta que lhes permitisse ficar com uma noção da cidade e criar neles o desejo de a divulgar e voItar para ver os monumentos e tudo o mais no seu interior, pois que iriam ver apenas o exterior.

De seguida e sem prévio estu-do, fiz o trajecto seguinte:

- Igreja de Santiago séc. XVI;- Paço do Almirante Vasco da

Gama - que em 1631 foi moradia dos inquisidores do Tribunal do Santo Ofício;

- Palácio da Inquisição, constru-ído no espaço das casas pintadas dos Gamas – 1631;

- Catedral da Sé, onde se po-dem apreciar elementos arcaicos do Românico, do Gótico, do Ma-nuelino, do Renascimento, e do Barroco;

- Edifício da Biblioteca Pública;- Biblioteca Pública.Templo de Diana - assim bati-

zado admitindo-se a fundação do edifício ao caudilho dos Lusitanos, Sertório, crente da deusa da caça, assassinado por Perpena, no ano 72 antes de Cristo;

- Convento dos Loios – 1491 (hoje transformado em Pousada dos Loios e Igreja dos Loios);

- Palácio dos Duques de Ca-daval - (Torre da Cinco Quinas) - Buraco dos Colegiais, vendo-se do seu lado esquerdo o edifício do Seminário - 1657 e do lado oposto parte do Palácio dos Condes de Basto (antigo Solar dos Condes de Basto;

- Igreja do Espírito Santo - Uni-versidade de Évora (Antigo Colégio do Espírito Santo) – 1559.

- Largo das Portas de Moura e nele a sua Bela Fonte, de Diogo de Torralva. Paços dos Duques de Bragança, a Igreja do Carmo, a bela Varanda Manuelina da Casa de Garcia de Resende, o Mirante

da Casa Cordovil, e dando a volta ao chafariz ficando de costas para a Casa Cordovil, lançando um olhar em frente abrangendo a Fonte, a Janela Manuelina e por fim os fantásticos torreões e zimbório da Catedral da Sé, dando-nos uma vi-são tão deslumbrante que nos tira a respiração.

Seguindo a corrida, deparamos com o Rossio de S. Brás passando pelos Arcos de D. Isabel de S. Francisco e a sua antiga Igreja ou Mosteiro de S. Francisco – 1580 e Fonte do Chafariz do Rossio de S. Brás Sec. XVI;

- Seguindo-se a Praça 28 de Maio, onde temos a belísima Igreja de S. Francisco (hoje maravilhosa-mente restaurada) ou Mosteiro de S. Francisco – 1500, com a Capela dos Ossos, macabro espectáculo da morte, muito procurada e visitada por portugueses e estrangeiros.

- Digno de realce vê-se o Palácio de D. Manuel (ou Palácio Real);

- Seguiu-se e lgreja (ou Con-vento) da Graça, com os seus ma-jestosos Meninos da Graça, obra atribuída a Art. Arruda.

Continuando a visita somos surpreendidos pela imagem MA-RAVILHOSA PRAÇA DO GIRALDO, formada por um harmonioso con-junto de edifícios, com as suas ar-cadas, tendo ao fundo do tabuleiro central a bela Fonte do Giraldo (Henriquina) e a lgreja Paroquial de Santo Antão, conjunto com tal beleza e harmonia que, ao fim de 79 anos de vida, ainda me faz ficar parado, estarrecido, encantado, fora de tudo e de todos.

Descendo a Rua Serpa Pinto temos o Convento de Santa Clara e, saindo da cidade, virando à direita podemos desfrutar da vista das históricas e belas muralhas, medievais, bem como dos impo-nentes e lindos Arcos do Aqueduto da Água de Prata; obra inaugurada em Março de 1537, da autoria de Arqtº Arruda, que ligava a Graça do Divor à Rua Nova, bem no centro da cidade, passando pelo Conven-to de S. Bento de Castris;

- Entrando na cidade pela Porta da Lagoa seguiu-se uma breve pas-sagem pela Rua do Cano, estreita, sinuosa, bela e característica, com pedaços da continuação do Aqueduto que liga o Convento da Cartuxa com o Centro da cidade, sendo de realçar os seus belos arcos;

- dali seguimos para a Rua Pedro Simões, «Porta Nova», hoje Praça Luís de Camões, passando pela Praça do Município, Praça do Sertório, chegando ao nosso ponto de partida - a Igreja de Santiago.

A beleza de quanto tinham visto, a velocidade a que o fizeram, a profusão de conhecimentos, o acumular das emoções sentidas, deixaram os meus convidados de tal forma impressionados e mesmo comovidos que não conseguiam controlaro que sentiam.

Depois dos mais rasgados elo-gios e agradecimentos por tudo quanto lhes tinha sido propor-cionado conhecer, pretenderam pagar-me pelo que fizera, ao que respondi já estar pago prin-cipescamente com as inúmeras exclamações da apreço e elogios que se sucediam à passagem de cada momento do passeio, o que me deixara ainda mais vaidoso e orgulhoso da terra onde tive a felicidade de nascer.

Foi, então que um deles disse estar, pronto para organizar a sua vida de molde a voltar a Portugal, mas por três meses, com o único propósito de estudar e conhecer Évora, ao que retorqui que era muita gentileza de sua parte, mas que havia ali um certo exagero, que agradecia.

Foi-me então esclarecido por um deles que isto, se justificava porque ele era Professor Catedrá-tico de Arqueologia numa Univer-sidade da Bélgica.

A felicidade e o orgulho então sentido pelo fanático eborense, que sempre fui, sou e continuarei a ser até ao fim dos meus dias é impossível de descrever.

Mais Feliz ficarei se com este simples texto, fizer nascer em algum leitor o interesse e desejo de, só ou em grupo, fazer este ou outro trajecto, mas a pé, e com tempo para apreciar não apenas o exterior mas também o interior de tudo quanto ÉVORA encerra, fican-do assim mais cultos e senhores da verdadeira riqueza – o culto do sa-ber e o acréscimo da sua cultura.

Por último e para cúmulo, tenho o maior orgulho em citar o que MIGUEL TORGA, depois de idêntica visita a Évora, escreveu:

«RENDO-ME. DIANTE DISTO RENDO-ME, E DIGO MAIS: QUE VALE A PENA, AFINAL, HAVER HISTÓRIA, HAVER ARQUITEC-TURA, E HAVER RESPEITO POR QUANTOS SOUBERAM SER AN-TES DE NÓS BICHOS E POETAS DO SEU CASULO. E POR ISTO: PORQUE ATÉ HOJE, EM PORTU-GAL, SÓ ESTA TERRA ME DEU A JUSTA MEDIDA E A JUSTA PROVA DA SÉRIA E HUMANA PEGADA QUE DEIXARAM NO SEU CAMI-NHO NOSSOS PAIS. PARA QUE ME SURJA VIVO E SAGRADO AOS OLHOS O QUE OS MEUS ANTE-PASSADOS FIZERAM, É PRECISO QUE ESTA LIÇÃO SEJA NÃO SÓ TESTEMUNHO MAS DESTINO. ORA, NENHUMA CIDADE NOSSA, SALVO ESTA, FOI CAPAZ DE ME DIZER COM PUREZA E BELEZA QUE EU SOU LATINO, QUE EU SOU ÁRABE, QUE EU SOU CRIS-TÃO, QUE EU SOU PENINSULAR, QUE EU SOU PORTUGUÊS - QUE EU SOU ESTA MISTURA DE SAN-GUE MÍSTICO E PAGÃO QUE FEZ DE MIM O HOMEM DESGRAÇA-DO QUE SOU. MIGUEL TORGA - DIÁRIO II».

ÉVORA MINHA TERRA - COMO TE AMOn Victor Jubilot Leão

(Conclusão)

Há 94 anos - entre março e junho de 1922 - foi efectuada a 1ª.Travessia Aérea do Atlântico Sul e todo o país vibrou com o feito notável das “Asas” de Por-tugal, que também fez vibrar o Brasil, especialmente nos locais de escala e, em apoteose final, no Rio de Janeiro. Faltam, por-tanto, apenas seis anos para o centenário da histórica viagem de Sacadura Cabral e Gago Cou-tinho, que Portugal tem o dever de comemorar condignamente em 2022.

Para o fim em vista, muito tem pugnado uma associação de entusiastas recentemente constituída, que no passado dia 29 de março apresentou em Lis-boa o “Projecto Lusitânia 100” no salão nobre da Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Os oradores, engºs. João Moura Ferreira e Jorge Lima Basto, deram a conhecer os pormenores do empreen-dimento, ousado, sem dúvida, mas bem merecedor de um bom acolhimento por parte de entidades oficiais e privadas. Re-corde-se que as épicas viagens aéreas efectuadas nos anos vinte e trinta do século pasado - para três continentes - só foram pos-síveis com o contributo da maio-ria dos portugueses de então, desde entidades às populações em geral. E no Brasil, uns tantos

O PRÓXIMO CENTENÁRIODA 1.ª TRAVESSIA AÉREA DO ATLÂNTICO SULDEVE SER COMEMORADO CONDIGNAMENTE

portugueses não tardaram em fazer erguer um monumento na cidade do Recife.

Um dos propósitos do “Pro-jecto Lusitânia 100” (assim cha-mado porque assim se chamou o primeiro avião utilizado) é voltar a voar de Portugal para o Brasil, numa réplica do hidroa-vião em que voaram Gago Couti-nho e Sacadura Cabral, visando, além do mais, a divulgação internacional do feito dos nau-tas portugueses do começo do século XX, que, infelizmente, na maior parte das vezes, é ignora-do pelos sectores aeronáuticos mundiais, como sucedeu, por exemplo, quando Hollywood produziu o filme “Homens com Asas” (“Men with Wings”),

um historial da aviação, sem a menor referência à 1ª. Travessia Aérea do Atlântico Sul.

Os aviadores portugueses, apesar de todas as contrarieda-des com que se depararam, leva-ram a bom termo uma cruzada aérea notabilíssima. Foram os primeiros pelos ares sul-atlânti-cos, como outros portugueses o foram pelos mares. A circunstân-cia de terem sido utilizados três aviões e de a viagem só se ter concluído ao fim de dois meses e meio, em nada diminui o méri-to da extraordinária proeza.

De desejar será que o “Pro-jecto Lusitânia 100” se concreti-ze e o país preste em 2022 uma merecida homenagem às “Asas” de Portugal, que há um século sobrevoaram o Atlântico Sul an-tes de quaisquer outras.

Monumento no Recife “Oferta dos Portuguesesde Pernambuco no ano de 1927”.

Liga dos CombatentesNúcleo de Portalegre

Cerimónia Comemorativa do “Dia do Combatente” e do 98.º Aniversário da Batalha de La Lys - (Substitui o Ofício N.º 55/16)

No próximo dia 9 de Abril comemora-se mais um dia do Combatente e acumulativamente o 98.º Aniversário da Batalha de La Lys, cerimónia que a Liga dos Combatentes/Núcleo de Portalegre compartilha com a sua população de forma a homenagear todos aqueles que em terras distantes (França e Ultramar), deram a sua vida com um único propósito: Honrar o nome de Portugal.

Da celebração constará:13h30 Romagem ao talhão dos antigos Combatentes14h00 Missa na Igreja do Calvário15h00 Cerimónia junto ao Monumento dos Combatentes da Grande Guerra16h30 Beberete na Sede do Núcleo de Portalegre

ÉVORAChocou

com veículos

Um condutor chocou com vários carros na Rua do Raimundo e Rua Romão Ramalho no Centro Histórico. Segundo a PSP acusava 2.8 g/l. álcool no sangue.

Vai a Tribunal.

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diário do SUL4 OpiniãoSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016

Apontamento Semanal

J. Ventura Trindade

Porquê apenas um Governador? E o outro?

1. - Vejamos: Porque não tam-bém Vitor Constâncio?

O jogo de conveniências político/pessoais da classe polí-tica que temos e que tem feito “carreira” nos 42 anos que se completarão no próximo dia 25 de Abril, tem personificado as mais variadas situações de ordem imoral, políticamente vergonhosas e, a todos os títulos, condenáveis.

2. - O que se tem vindo a passar com a actuação e permanência (ou não) do Governador do Banco de Portugal - Carlos Costa - nas suas funções é a melhor prova

do que acima refiro.3. - No meio da hecatombe por-

que tem passado o sistema bancá-rio nacional, desde o remoto caso do BBP até ao recente “desapa-recimento” do BANIF, tudo tem servido para alguns sátrapas da política portuguesa lançarem sobre o Governador do Banco de Portugal toda a bílis dos seus “fígados doentios”, esquecendo, por conveniência (vergonhosa), que os dois primeiros casos - BBP e BPN - aconteceram no tempo em que era Governador do Banco de Portugal o camarada socialista Vitor Constâncio.

Será que os que agora atacam o Governador Carlos Costa não se lembrarão desta verdade elemen-tar? Ou não lhes convém?

4. - Além de preocupante e triste este estado de coisas, o cida-dão comum assiste, expectante, preocupado e impressionado a tudo o que vai acontecendo, o que uns dizem, o que outros “exigem”, sem se perceber como

pode o País - além do mais cheio de problemas e dificuldades de vária ordem que governantes incompetentes criaram - ser capazmente governado no inte-rior e respeitado no exterior.

5. - Neste caso do Gover-nador do Banco de Portugal é óbvio que o actual titular do cargo confrontado, ele e os seus colegas responsáveis do Banco, com problemas tão graves e complicados poderão, humana e naturalmente, ter errado numa ou outra decisão tomada, face às vigarices ocultas de alguns ban-queiros que urdiram, no silêncio dos seus gabinetes tudo o que, depois, se descobriu.

O nome do Governador Vitor Constâncio é ocultado em todo o processo, por conveni-ência político-partidária, claro! Enquanto isto ataca-se apenas Carlos Costa (que não conheço de lado nenhum, esclareço!).

Tudo o mais, até agora, tem sido politiquice suja!!!

CRÓNICA DA SEMANAVisto do Alentejo N.º 1.195

Portugal de NovoDr. CARLOSZORRINHO

Durante a presidên-cia portuguesa da União Europeia, em 2000, foi lançada

uma Estratégia Europeia que tinha como objetivo que a introdução da moeda única e das medidas de consoli-dação macroeconómica que lhe estariam associadas, fossem acompanhadas por medidas de desenvolvimento económico, social e ambi-ental.

Essa Estratégia, fortemente associada à Presidência Portu-guesa da UE ficou conhecida como a Estratégia de Lisboa. António Guterres é ainda hoje reconhecido como o pai político dessa Estratégia e Maria João Rodrigues como a sua grande mentora e con-cretizadora.

Válida para o período 2000/2010 a Estratégia de Lisboa foi sendo implemen-tada com mais ou menos empenho em toda a Europa. A multiplicidade de objetivos e focos conduziram a alguma dispersão e abriram alçapões de fuga para os menos em-penhados na concretização. Ciente disto, aproveitando a avaliação intermédia de 2005 a Comissão Europeia, então sob a liderança de Durão Bar-roso, focou a Estratégia em objetivos mais concretos de Crescimento e Emprego e so-licitou a cada Estado Membro

a elaboração de uma estratégia nacional compatível e a nomea-ção de um coordenador. Coube-me a mim ser o coordenador da Estratégia de Lisboa em Lisboa, articulando uma equipa de pon-tos focais dos Ministérios e da sociedade civil. Desenvolvemos então o Plano Nacional de Ação para o Crescimento e Emprego (PNACE). Embora respondesse literalmente ao solicitado a sigla não era auspiciosa. Por isso de-cidimos dar ao PNACE um nome mais apelativo. A escolha recaiu em “Portugal de Novo / Portugal a New).

A ideia deste programa era mobilizar as portuguesas e os portugueses para um novo im-pulso. O Portugal de Novo mel-horou entre 2005 e 2010 muitos indicadores. Nele se enquadrou a agenda do Plano Tecnológico e as suas múltiplas medidas-bandeira como o E-escolas, o Empresa na Hora, o Simplex, o Cartão do Cidadão, o Portal do Cidadão ou o Novas Oportuni-dades para apenas citar meia dúzia das setenta e oito medidas que lhe deram corpo.

No final do seu ciclo, a Es-tratégia de Lisboa 2000/2010 foi substituída pela Estratégia Europa 2020. Tal como a sua antecessora esta Estratégia im-plicava a aplicação simultânea de um programa para a con-solidação macroeconómica (Os Programas de Estabilidade e Crescimento – PECs) e de um

programa para o Cresci-mento e o Emprego (os Programas Nacionais de Reformas – PNRs). Coube ai-nda à minha equipa realizar o primeiro Programa Nacio-nal de Reformas. Mais uma vez a sigla tinha conotações pouco auspiciosas. Chamá-mos-lhe por isso Programa Portugal 2020. Este pro-grama foi aprovado em Con-selho de Ministros em 12 de Novembro de 2010, validado pela Comissão Europeia no final desse mês, e suspenso pelo Governo Passos/Portas/Troika desde a sua entrada em funções, obcecado pela dimensão financeira e sem sensibilidade para o impacto das medidas na sociedade e na economia real.

O atual Governo decidiu relançar a dinâmica do Pro-grama Nacional de Reformas. Vem aí de novo um impulso reformista que saúdo com muita alegria.

Há quem diga que com as atuais condições inscritas nos Tratados não há dife-rença entre ser progressista ou ser conservador na UE. O governo português em funções, em convergência estratégica com a Presidência da República têm vindo a desmentir este pressuposto de não diferenciação todos os dias. Temos, felizmente, Portugal de Novo.

Numa perspectiva eurotec-nocrata, o Semestre Europeu é um mecanismo que sincroniza a calendarização dos relatórios e avaliação das políticas eco-nómica e fiscal ao nível da UE, que introduz de forma prévia a coordenação das políticas económicas nacionais, durante um período de seis meses em cada ano.

Dos relatórios que integram este mecanismo, são de particu-lar relevância oRelatório Prelimi-nar Conjunto sobre o Emprego e oRelatório específico relativo a Portugal.

O primeiro aponta alguns números dramáticos que ilus-tram a realidade portuguesa e as consequências das políticas da UE para o país: o desemprego jovem (15-24 anos) é superior a 32%; o desemprego de longa duração é superior a 8%; no

O Semestre Europeu e o Emprego Iperíodo 2012-2014, a remunera-ção real caiu 0,5%, o inverso da produtividade que aumentou-cerca de 0,6%; nos últimos anos verificou-se o aumento carga fiscal sobre o trabalho em 4% para o rendimento médio – não se referindo que esse aumento decorreu sobre os rendimentos dos trabalhadores; a taxa de risco de pobreza e exclusão socialaumentou para 27,5%da população.Portugal é um dos países com maiores desigualda-des da UE, que se agravaram nos últimos anos, onde o rendimen-to disponível dos 20% mais ricos é 6 vezes o rendimento dispo-nível dos 20% mais pobres. Ao mesmo tempo que se traça este cenário, valorizam-se propostas como o aumento da idade da reforma, a subsidiação do traba-lho, nomeadamente por via de estágios, desresponsabilizando as empresas na criação de pos-tos de trabalho, fomentando o trabalho de vínculo temporário e precário.

O relatório relativo a Portu-gal1, publicado pela Comissão em Fevereiro, complementa e detalha a análise desta realida-de. Reconhece a relação entre o risco de pobreza e os baixos salários. Refere o significativo

aumento do número de traba-lhadores abrangidos pelo salá-rio mínimo nacional (SMN), em que com o último aumento para 530 euros, se estima cerca de 25% da população abrangidos por aquele rendimento, quando em 2006 se restringia a menos de 5%. Significa isto que em 10 anos, o número de trabalhado-res a receber o SMN, quintupli-cou, o que diz bem, só por si, da não progressão dos salários nos restantes escalões e da elevada concentração de baixos salários – em 2014, 41,6% dos trabalha-dores tinham um salário inferior a 600€. Não obstante esta dura realidade, o relatório sugere o caminho da redução de salários, e tece ainda inaceitáveis consi-derações críticas ao aumento e perspectivas futuras de progres-são do SMN.

No fundo, assumem que ape-sar das consequências nefastas das políticas da União Europeia, o caminho do empobrecimento e asfixia dos Povos é para con-tinuar...

* Deputado do PCP ao Parlamento Europeu

(Footnotes)1http://ec.europa.eu/europe2020/

pdf/csr2016/cr2016_portugal_pt.pdf

n João Pimenta Lopes*

Estamos prestes a festejar o 25 de Abril de 1974, data da Revolução dos Cravos e em que foi derrubado o regime da ditadura que teve a duração de quase meio século. Grande parte da população portuguesa de hoje não viveu esse período extremamente conturbado, embora num único dia, quase sem derramamento de sangue, conseguiu-se derrubar o gover-no altamente fragilizado de Mar-celo Caetano. O pior foi o que veio a seguir, devido a ambições de alguns, a inabilidade política de outros e muitos, muitos ou-tros motivos. A verdade é que a confusão instalou-se no país que esteve mesmo à beirinha duma guerra civil. Assim, con-vido as novas gerações a lerem a história autêntica do nosso país desde o 25 de Abril até aos dias de hoje. Aqueles que ainda o não fizeram, devem fazê-lo, pois ficarão altamente surpre-endidos com muitos aconte-cimentos que Portugal viveu e que em nada enriquecem a sua história contemporânea, já que, por exemplo, a indisciplina que se verificou nas nossas Forças Armadas serviu de chacota para muitos países, não só do nosso Continente, mas de quase todas as partes do mundo civilizado.

E, de certo modo, a situação que se viveu tem muitas seme-lhanças com o que se passou no período de 5 de Outubro

PASSO CERTO...de 1910 (data do derrube da monarquia e implantação da República) até 28 de Maio de 1926 (data em que terminou os 16 anos de liberdade, ou liber-tinagem e se instalou o regime ditatorial no país).

Senão vejamos. Nos tais 16 anos acabados de referir, os governos sucedeream-se a um ritmo vertiginoso. Alguns permaneciam no exercício das suas funções durante uns dias, breves semanas ou breves meses. Pois devo lembrar às gerações que já viviam em 25 de Abril de há 42 anos e às que lhe sucederam que o 16º governo constitucional, após a data da Revolução, só foi formado dois anos depois, ou seja no dia 23 de Julho de 1976 e até 1983 (seis anos decorridos), formou-se o 2º em 23/1/78, o 3º em 28/8/78, o 4º em 21/11/78, o 5º em 31/7/79, o 6º em 3/1/80, o 7º em 9/1/81, o 8º em 4/9/81, o qual se manteve até 9/6/83 e... por aqui me fico! Parece-me ser o suficiente para os prezados leitores lembrarem ou ficarem a saber a balbúrdia em que o país andou envolvido. Em cinco anos apenas, tivemos nada mais nada menos que oito governos constitucionais, pois já não falo naqueles que foram provisórios, de 1974 a 1976.

E é interessante reler um pro-tocolo do Movimento das Forças Armadas que, sem ser assinado,

foi publicado! Segundo o mes-mo, “o MFA não colaboraria na instauração de uma ditadura militar no pais, lutando sim pela implantação de uma democracia política e, durante os próximos doze meses não seria resolvido o intrincado problema do Ultra-mar, já que era um problema po-lítico e, como tal, a resolver pelo governo da Nação”. Dizia ainda tal protocolo que todos os ofi-ciais que desejassem enveredar pela carreira política deveriam requerer a passagem à situação de licença ilimitada. Enfim, nesse protocolo podem ler-se tantas, tantas medidas que jamais foram cumpridas, face à barafunda que se seguiu. E atualmente como estamos? Enquanto uns enten-didos vão dizendo umas coisas ao seu jeito, outros vão dizendo outras de cariz completamente diferente (ao seu jeito também, claro está).

Recentemente, na cadeira de Belém, sentou-se um homem bastante conhecido de todos os portugueses e ao qual o nosso querido “Zé Povinho” já lhe chama o Presidente do Povo. Tal designação agrada, não há dúvida nenhuma, mas tudo leva a crer que o novo Chefe do Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas tem pela frente uma missão assaz espi-nhosa. Por conseguinte, quando tiver que tomar decisões que agradam a gregos, mas não a troianos (ou vice-versa) terá de utilizar devidamente a sua supe-rior inteligência para explicar ao “povo amigo” as razões que o levaram a decidir. Oxalá o con-siga para bem do país que quer “marchar em frente”, de cabeça bem erguida e com o passo cer-to, muito certo.

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Vale do Pereiro:as horas calmas da planície

O alentejo adotando...

SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016 5domQuixotediário do SUL

dom QuixoteSuplemento de Artes e Letras

Este Suplemento é parte integrante do jornal «Diário do Sul» e não pode ser vendido separadamente

LIVRO

Antologia Solar de Poetas

Bernardina Pinto

LIVRO

Alentejo em florNos campos verdejantes, matizadosVejo passar a Primavera e a vida.suave e delicada, revestidade zéfirosw, de flores e namorados.

Às fontes oiço cantos delicadosQue ambalam a planície já florida.onde a brisa bailando entontecidaDeixa cair suspiros perfumados.

E a Primavera passa docementeDeixando do regaço cair flores,Borboletas e aves multicolores...

Que cantam em redor canções de amor...E quando os ventos sopram brandamneteO Alentejo ri... abrindo em flor!

Leolinda Trindade

TONS E SONS DE PRIMAVERA(S)Novo livro de José Rodrigues Dias agora publicado com edição

Forinfor.Destaque-se aqui, o poema “Da luz, a gente...”.

Que bem adotado, o alentejo adotando, absorvendo, sugando de-vagarinho fui ficando, dor suavizan-do memórias e o latejar da saudade sumindo-se nos dias com novas raí-zes, por vezes frios, alguns teimosos, por vezes quentes, por vezes assim-assim no gostar gostando, nas noites longas escaldando vozesno cante de um luar para amar, amandoos dias com madrugadas agitando existên-ciasprofundas na planície florida

- Debruço-me, debruçando-me na imensidão da planície.

de giestas amarelas, muito amarelas, mais amarelas que o sol,curvando-me a desejo sobre papoilastrémulas ajeito-mena terra anoitecendo, contar estrelas, conste-lações, luas, enrolando-me nos afe-tos dos trevos, trevos com carinhos, atrevidos no meu voltar a crescer,no meu gostar dos sobreiros, das olivei-ras. Azinheiras alimentando brasas, amarelando searas salpicadas aqui e ali de flores selvagens com ternura-sinsistentemente coloridas, colorin-do o que o pintor não foi capaz de tingirnas regrasda cor perfeita para as coisas selvagens.

- Debruço-me, esticando-me no beiral de um monte esten-dido.

Um sobreiro só, espreguiçando cortiça, afiando machados, sombra, ora para um lado ora para o outro, desafiando o calor brincando com o sol, um monte enraizado no tempoem que as raízes abraçando barro quase encarnado, encarnado como lavareda num galho de azinho roubado ao céu, ao vizinho, à som-bra do borrego ardendo e o pastor sem choupana suando, suando um rafeiro adulto correndo umamatilha de rafeiros ganindo, inocentes, pro-curandopenumbra noutro galho, rodando de volta e meia no sentido do fresco que o sol não aquecia o que o sobreiro ia protegendo,ora para um lado ora para o outro, brincando como criança em redor de uma borboleta nas voltas que o sonho, vezes sem conta, nos vai envolvendo, encantando.

- Debruço-me, espreitando sonhos na chaminé.

Branca a chaminé riscada de azul que o anil deu cor e forma, aromas às cores, que bem adotado, o alentejo adotando, absorvendo temperos, sugando o respirar, amando devagarinho com sabor fui ficando, dor suavizando memórias, passados. Opalpitardos aromas pa-rindo apetites

- Debruço-me, devorando-me de apetites.

e o apetito suplicando açordas, engordurando rechinas,borrego ensopandoo pão que a seara co-zeu, sopas repousando beldroegas, assados assando batatinhas com borreguito, migas com carne de al-guidar que o porco deu banha para fritar ou migas de gata miando man-sinho no gosto, a boca enxugando

néctar de uvas num guardanapo de cacho. Dentadinhas atrevidas numa azeitona pisada, retalhada, curtida, como eu vou gostando, novamente dentadinhas mansinhas, e eu gos-tando, no queijinho que a ovelha pastou, azeite moendo centeio nos nacos de pão

- Debruço-me, semeando-me sonhos no infinito.

num trigal suplicando ceifa, oliveirasmurmurando pingos no lagar que chora azeite, petiscos rou-bando ervas carregadas decoentros, poejos, ribeiras parindo hortelão, pedacinhos de toucinho que o sal foiencruando, não do céu, do porco preto melhor,dentes de alho esma-gando bochechas gulosas ou

- Debruço-me, acariciando-me na aldeia que me adotou adotando.

ameixas melandosericaia, muitas lágrimas de melalagando sopa dourada dourando o sol com raios regalados, encharcada encharcando formas de se deixar adotar,adotandodesejos.

- Debruço-me, ajeitando-me no silêncio das portas das casas caiadas.

Vozes do cante percorrendo a imensidão, assoprando a dor, abafando o vento com ternuras no silêncio das casas brancas de cal, novamente anil contornando o limite das casas, limite, sempre céu, sempre azul, acalmando cansaços,açucarando o vinagre da vida, com vidabraços abertos agar-rando melodias contidas, sentidas neste meu sentindo ficando

- Debruço-me, cingindo-me às memórias, adotado ajeito-me.

com veias passeando por mim, as mesmas de sempre, sem sangue, nunca tiveram sangue, apenas lava, lava vulcânicaarrefecendo com a transfusão, sangue não, grãos de ce-vada, de trigo, de centeio, centenas de miminhos acalorando tudo que o alentejo sabe dar, e eu deixando a transfusão adotar, adotado com humildade

- Debruço-me…por este alentejo que teimo

amar, amando gente, aprendendo que a grandeza humana aqui é bem maior que a imensidão das coisas, dinheiro, viver com muito do pouco que temos no pouco do muito que nos faz felizes - Gostar gostando, amar amando temperos que nos fazem viver vivendo.

Ao amigo Consciência, também compadre, vou deixando-lhe arre-matar este desabafo – Amigo Zé, vossemecê esquecendo o rissol do porquinho, preto gordinho, gordo toucinho engordando torresmos na mesa da minha horta de rábanos, dos campos floridos de rosas per-fumadas com espinhos que esma-gamos com a mão do nosso gostar, e a dor secando na seara do nosso sorrir,do nosso adotando.

José Eduardo de Vale Pereiro

DAQUI MAIS AO SUL

Passou PáscoaDe novo, passou Páscoa.Europa sofrendo outra vez dor.Arredados todos os ensinamentosDo que morreu, por nós por amor.

De novo, passou Páscoa.Alvos de mentes conturbadas,Foram imolados outros cordeiros.Vidas, que com ódio foram ceifadas.

Que momentos o mundo vai vivendo!Com o terror a levar a sua avante,Como senhor supremo tão terrível.

De novo passou Páscoa. Alguns rezaram,Pedindo em oração algum garante,Para que a paz volte a ser possível.

Maria José Murteira Silva Correia

ANGÚSTIAÉ desespero, moral padecimentoÉ grande ansiedade, é afliçãoÉ melancolia, é sofrimentoE ainda arrasta consigo a solidão.

É como um outono mui cinzentoÉ o sentir-se amarga desolaçãoÉ como que um imensurável lamentoProvocado por grande frustração.

Por vezes, sinto que sou fogo, sou paixãoSou ânsia de viver, sou emoçãoMas quando sinto situação amargurada

Eu sou angústia, sou grito de razãoSou várias dimensões sem dimensãoE levo-me a pensar que... não sou nada!

Velez Correia

Busca de PazSó um mundo, só um sol a iluminar,Mas... tanta luz, tanta guerra e tanta fome.Toneladas de bombas e gás de matar.O infindável ódio do homem, p’lo homem.

Planícies repletas de corpos em decomposição.Casas destruídas, gastos sem proveito.Milhentas crianças, sem tecto e sem pão.Tanto trabalho, tanto sonho desfeito...

Choram viúvas, com raiva e dôr.Mães desesperadas, enlouquecidas buscam os filhos,sob os escombros em agonizante estertor.

Êxodos. Gente que foge da guerra,deambulam, distâncias por estradas e trilhos,procuram a PAZ que não há na Terra.

José António Banha

Trovador algo inspiradoUm “Trovador” algo inspiradoMostrava da escrita a nudez.(Corajoso entusiasmado)Embrulhava versos nos sonhosRefazendo o que o céptico desfez.

Por querer ver p’ra lá do olharFazia apêlo à emoção.Sem da verdade a palavra afastarEm gesto educadamente mudoSó sua prosa dizia que não.

E nem o vento suão desgastavaO fulgor da sua poesia.Com a voz quente rasgavaVestes de linha ancestralA quanta “Musa” doentia.

Júlio Amaral

Da luz, a gente...A luz que irradiarompe toda a terrade toda a trevacom uma força que só vistae a semente faz-se palavra nova,depois uma flor de Primaverae fruto que amadurece.

A luz faz a gentecom uma força que só vistaque o tempo esclareceem sabedoriatão infinitaquanto indefinidaque o ser novo enobrece!

PRECISA-SE DE PAZ!Escutei a voz melódica do vento,ouvi que era preciso mais pazeram desabafos e sentimentoque a alma das pessoas traz.

Não procures a paz distanteela está dentro no teu coraçãotem luz e é um belo diamanteque te dá forças e emoção.

Vai espalhando paz na tua vidaem cada sorriso, palavra e acçãocaminha com fé e destemidatens Deus que te dá atenção.

Reza, perdoa e agradeceé urgente mais paz haverporque o mundo padecede muito amor, podes crer!

Page 6: Ds 04 04 2016

diário do SUL6 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016

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A associação ambientalista Quercus manifestou-se contra a abertura de um poço explo-ratório de petróleo na costa alentejana, alertando que um eventual acidente terá “conse-quências avassaladoras” ao nível socioeconómico e ambiental.

“A Quercus relembra que a ocorrência de um eventual acidente numa exploração deste género, mesmo que pontual, terá consequências avassaladoras”, realça a associação ambienta-lista.

Essas alegadas consequên-cias, em caso de acidente, continuou, vão fazer-se sentir “tanto do ponto de vista socio-económico, como ambiental, afetando irreversivelmente ecossistemas únicos e frágeis, bem como diversas espécies, incluindo aves marinhas, baleias e golfinhos”.

O comunicado da Quercus surge depois de, no dia 15 deste mês, o administrador da Galp Energia Thore Kristiansen ter anunciado que a abertura do primeiro poço exploratório de petróleo na costa alentejana vai avançar no verão.

O responsável pela área de produção e exploração na Galp Energia afirmou que este poço exploratório, um investimento superior a 100 milhões de dóla-

Quercus está contra poço de petróleona costa alentejana e alerta para riscos

res, vai ser aberto a cerca de 80 quilómetros de Sines.

A italiana Eni detém uma participação maioritária de 70% na parceria com a Galp (30%) para a prospeção de petróleo na costa alentejana, onde detém três concessões, denominadas Lavagante, Santola e Gamba, que abrangem uma área total de aproximadamente 9.100 quiló-metros quadrados.

A Quercus, perante “o pre-ocupante teor” desta notícia, “manifesta a sua posição contra a abertura” deste poço de petróleo na costa alentejana, pode ler-se no comunicado divulgado hoje.

“O poço será, numa fase inicial, de caráter exploratório e já foi adiantado que, em caso de descoberta de petróleo, serão abertos mais poços para estimar o tamanho e a extensão da jazida”, alertou a associação.

No mesmo comunicado, a associação ambientalista diz também concordar com a posi-ção da Associação de Municípios do Algarve (AMAL), que decidiu “avançar com a interposição de um processo judicial, com o objetivo de travar o contrato de concessão de duas explorações de petróleo em terra”, naquela região, “atribuídas em setembro do ano passado à Portfuel”.

“Pretendendo discutir a

legalidade destes contratos, os autarcas defendem que este tipo de exploração não é compatível com a atividade turística e que acarreta riscos brutais” para o Algarve, pelo que “a Quercus vem manifestar a sua concordância com a posição da AMAL”.

Segundo a associação ambien-talista, estes projetos de prospe-ção de petróleo estão a gerar “forte contestação, não só no Algarve, mas também em outras regiões do país, por cidadãos e entidades representativas de vários setores com enorme importância económica, como o turismo, o imobiliário, a agricul-tura e as pescas”.

O que, defendeu, constitui “razão suficiente para o Governo português suspender todos os projetos de prospeção a decor-rer em Portugal e proceder aos estudos de impacte ambiental essenciais a uma consulta pública até hoje inexistente”.

Para a associação, Portugal deve apostar em “investimentos mais sólidos em energias renová-veis compatíveis com a conserva-ção da natureza” e em projetos de “eficiência energética”, ao invés da “exploração de hidrocarbo-netos, que entra em contradição com os compromissos assumidos pelo Estado Português na cimeira COP21”.

A vereadora Vitória Branco recebeu esta quarta-feira 30, o prémio Gente Viajera de Destino Português, atribuído à cidade de Elvas no âmbito da primeira edição dos Prémios Gente Viajera al Turismo Extre-meño, atribuídos pela estação de rádio Onda Cero Extrema-dura, numa cerimónia que teve lugar no Complexo Cultural San Francisco de Cáceres.

A vereadora, em represen-tação da Câmara Municipal de Elvas, recebeu o galardão que consagra Elvas como Destino Português, na primeira edição destes prémios, pela sua estreita ligação à Estremadura espanho-la, desde há muitos anos, tendo aproveitado para agradecer “a distinção” feita à cidade Patri-mónio Mundial.

Na entrega dos prémios estiveram, entre outros, o presi-dente da Junta de Extremadura, Guillermo Fernández Vara, a di-retora nacional do programa de Onda Cero Gente Viajera, Esther Eiros e responsáveis do setor tu-rístico desta região espanhola.

Nesta primeira edição foram

Elvas distinguida com o Prémio GenteViajera de Destino Português

distinguidos com o Prémio Gente Viajera para Promoção, o povo de Malpartida de Cáce-res pelo seu trabalho e esforço contante em promover esta localidade e os seus valores; Pré-mio Gente Viajera para Estância Turística para a localidade de Olivença por se traduzir num espaço único que mantém as suas influências ibéricas; Prémio Gente Viajera para Empresa Tu-rística aos Apartamentos A Fala de Trevejo e ao gerente, Ignacio Lozano, pelo seu labor incansá-

vel na promoção dos recursos da Estremadura.

Além destes, foram ainda atri-buídos o Prémio Gente Viajera para a Inovação Turística para o Serviço de Turismo à Diputaci-ón de Cáceres pelo seu trabalho constante na área do turismo e das empresas turísticas; Prémio Gente Viajera na Gastronomía para Mérida Capital Iberoame-ricana da Cultura Gastronó-mica pela sua importância no reconhecimento da excelência gastronómica.

O BNI (Business Network International) Futuro assinalou esta quarta-feira 30, o seu quar-to aniversário no Forte da Gra-ça, com uma visita guiada a este monumento nacional, seguido de um jantar volante, com a pre-sença de cerca de uma centena de participantes, entre os quais o presidente da Câmara Munici-pal de Elvas, Nuno Mocinha, e o alcaide de Badajoz, Francisco Fragoso Martinez.

A iniciativa contemplou uma reunião estruturada, que decor-reu no monumento nacional, classificado em 2012 como Património Mundial, tendo-se

BNI Futuro comemorou 4.º aniversáriono Forte da Graça

seguido o jantar que serviu para comemorar o quarto aniversário do grupo de empresários.

O BNI, cuja organização “assenta na construção de rela-ções de confiança em ambiente

estruturado e profissional, pro-movendo a criação de negócios entre todos os seus membros”, está presente em mais de 56 paí-ses e conta com mais de 160 mil empresários.

Os Percursos pelo Património estão de regresso a Elvas com o primeiro a acontecer já este mês de abril, tendo como mote “Do espiritual ao militar e museoló-gico: diferentes perspetivas do Complexo Conventual de São Domingos”.

A iniciativa está agendada para 23 de abril, entre as 10 e as 13 horas, tendo como guias o Dr.

Nuno Cruz Grancho e o Tenente-coronel José Ribeiro, tendo início no Posto de Turismo, da Praça da República, às 10 horas, seguindo depois para a Igreja de São Domingos, onde decorre uma visita a todo o complexo, nomea-damente aos claustros, portaria e antiga botica.

Posteriormente decorre uma exposição cronológica, coinci-

dente com o período pós extinção das Ordens Religiosas, ocupação do edifício pelo Ministério de Guerra e, já no século XXI, aber-tura do Museu Militar.

Esta quarta edição dos Percur-sos pelo Património é uma orga-nização da Câmara Municipal de Elvas, em parceria com a AIAR – Associação de Desenvolvimento pela Cultura.

Percursos pelo Património visitam complexoconventual de S. Domingos

ESTREMOZ: Congresso Nacionalde Cientistas em Acção

Dias 14 a 16 de Abril realiza-se o 11.º Congresso Nacional de Cientistas em Acção que visa

desafiar jovens para a Ciêmcia.A ideia parte do Centro

Ciência Viva de estremoz que

apoia os jovens desde o Básico incitando-os a valorizar a Ciência.

Page 7: Ds 04 04 2016

7SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

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n Roberto Dores

Fotos Exclusivas

J á reparou que o “Diário do Sul” passou a ter uma edição para

invisuais? Trata-se de um projeto pioneiro na imprensa em Portugal, que, na prática, consta na leitura das principais notícias que diariamente preenchem as páginas do jornal de maior tiragem do sul do país, recorrendo a outras plataformas informativas do Grupo. O Magazine Diário do Sul, assim se designa, pode ser ouvido na Rádio Telefonia do Alentejo, mas também em podcast na edição online.

Segundo avançou o editor do “Diário do Sul”, Paulo Piçarra, o projeto inovador entre a imprensa portuguesa já mereceu os “aplausos” dos primeiros inquiridos, junto dos quais a empresa tentou fazer uma avaliação sobre o real impacto do magazine entre várias pessoas invisuais.

“Enviámos os podcats e ficámos muito satisfeitos com as reações, porque percebemos que as pessoas que inquirimos ficaram surpreendidas e admitiram que achavam o projeto muito interessante”, revela o mesmo responsável, acrescentando que tenciona continuar a ouvir opiniões à medida que as notícias forem sendo publicadas. Daí que tenha previsto avançar

mensalmente com três inquéritos para perceber com maior rigor o alcance desta iniciativa.

Paulo Piçarra diz que a prioridade do “Diário do Sul” é chegar a “todos” os leitores, pelo que o editoria encontrou nesta solução uma forma de “distribuir notícias” por todos os que gostam de andar informados. Sobre os facto e protagonistas da região alentejana e não só. “Foi um desafio que aceitámos. Quisemos desenvolver esta solução como projeto piloto. Sabemos que é até ousado, mas é um projeto que, no fundo, também tem a ver com muitas coisas que se têm vindo a fazer pelo mundo”, explica, aludindo à operacionalidade proporcionada quer por computadores, quer

pelas aplicações no telemóvel que facilitam o acesso à informação.

“Na prática isto não é mais do que um auxílio aos invisuais para utilização das edições em papel”, descreve o mesmo responsável, para quem o projeto Magazine Diário do Sul poderá ser uma ideia aproveitada por outros órgãos de comunicação social, reproduzindo este modelo pelo país.

Quanto ao grupo “Diário do Sul”, há condições para afirmar que o singular projeto já potenciou outros voos. Isto é, deverá em breve ser criada uma outra plataforma informativa dirigida a surdos, levando à transcrição das notícias da Rádio Telefonia do Alentejo para serem publicadas no papel do jornal.

Media

“Diário do Sul” lança projecto inovadorpara levar notícias aos invisuais

Page 8: Ds 04 04 2016

diário do SUL8 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016

n Marina Pardal

Fotos Exclusivas

“Ponto e Alto” realiza-se a 7 de Maio

São Miguel de Machede acolhe festival de cante alentejano

“Ponto e Alto”. É esse o mote para o 1.º Festival de Cante Alentejano de São Miguel de Machede, que vai ter lugar nesta vila do concelho de Évora a 7 de maio.

Esta iniciativa conjuga um encontro entre grupos de cante alentejano e um concurso para eleger a melhor moda original, bem como vários momentos de animação ao longo da tarde desse dia.

A organização do evento está a cargo do Grupo de Cantadeiras de São Miguel de Machede e do Grupo de Cantadores “Os Marchantes”, em colaboração com a Comissão de Festas.

Numa entrevista na Rádio Telefonia do Alentejo, alguns dos membros da organização deram a conhecer mais pormenores sobre o festival. Marcaram presença João Canha, Rosa Fanica, Felizberta Carriço, Hugo Rico, Joaquim Viana, Beatriz Pinto e Maria José Rosado.

De acordo com João Canha, “este projeto nasce da vontade de mostrar que em São Miguel de Machede se preza o cante

alentejano”, salientando que a ideia da sua realização começou a ser pensada “no final de janeiro deste ano”.

A escolha do dia 7 de maio não foi feita ao acaso, tal como refere o mesmo dinamizador do festival. “O Alentejo era profundamente marcado pelo Dia da Espiga, a Quinta-Feira de Ascensão, e este festival vai acontecer na tarde do sábado seguinte a esta data festiva (5 de maio)”, explicou, adiantando que “quisemos associar a todo o ritual que existia(e) em torno da

Quinta-Feira de Ascensão e lançámos um primeiro festival ligado a uma tradição também alentejana, o cante”.

Concurso vai eleger a melhor moda original

Segundo João Canha, “durante o festival contamos ter a presença de muitos grupos a cantar pelas ruas, mas depois em palco vamos ter oito grupos, pré-selecionados de todas as inscrições que nos chegarem”.

Acrescentou ainda que “nesta parte de concurso, os grupos só podem apresentar músicas originais de cante alentejano”, esclarecendo que “as inscrições decorrem até 14 de abril, podendo cada grupo concorrer apenas com uma moda”.

A este respeito, João Canha sublinhou que “o cante é Património da Humanidade, classificado pela UNESCO, mas o património só está vivo se for renovado e se houver novos contributos para a sua vitalidade”.

Salientou ainda que “existem grupos de cante alentejano espalhados um pouco por todo o país e até além-fronteiras, por isso esperamos vir a ter participantes oriundos de vários locais”.

Os organizadores da iniciativa asseguraram ainda que “este não é um festival com uma carga competitiva, mas sim de encontro”, adiantando que “vamos ter uma moda vencedora, mas também algumas menções honrosas”.

Destacaram também “o envolvimento da comunidade e a forma como as instituições da terra estão a colaborar”, exemplificando que “os prémios estão a ser elaborados por uma IPSS que trabalha na área da deficiência”.

Este evento envolve ainda várias personalidades ligadas ao cante e ao Alentejo. Assim sendo, José Carlos Malato é o padrinho oficial do evento e vai

Alguns dos membros da organização participaram numa entrevista na Rádio Telefoniado Alentejo para divulgar o festival “Ponto e Alto”, em São Miguel de Machede.

apresentar o festivalPor sua vez, o júri é composto

pelo cantor Vitorino Salomé; o presidente da MODA – Associação do Cante Alentejano, Francisco Lourenço; o músico e investigador Pedro Mestre; o realizador e mentor do projeto “A música portuguesa a gostar dela própria”, Tiago Pereira; e a diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira.

Em torno deste festival, estão a decorrer algumas iniciativas paralelas, como uma conferência realizada a 19 de março sobre “O Cante Alentejano no Feminino” e que teve como oradora Sónia Moreira Cabeça.

Já no dia 15 de abril, também na Suão, vai realizar-se outra conferência com Rosalina Costa, diretora do Departamento de Sociologia da Universidade de Évora, sobre “Os Rituais Associados à Quinta-Feira de Ascensão”.

Caminhada assinala mês da prevenção dos maus tratos na infância

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Elvas organiza, a 17 de abril, pelas 10 horas, uma caminhada no âmbito da comemoração do mês da prevenção dos maus tratos na infância.

A iniciativa, que se realiza pela segunda vez, tem um nível baixo de dificuldade, sendo que a partida acontece do Museu Militar de Elvas, na Avenida de São Domingos, devendo os participantes levar uma t’shirt azul.

No final da caminhada realiza-se uma aula de yoga, devendo por isso os inscritos levar esteira ou toalha para praticar os exercícios.

As inscrições para a 2ª

Caminhada da CPCJ - Elvas, gratuitas, decorrem até ao dia 11 de abril e devem ser feitas para o email: [email protected] ou pelos telefones 962 015 410 / 268 626 375, sendo obrigatório indicar o nome e a idade de cada participante.

Uma organização da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Elvas e Câmara Municipal de Elvas, que se associam assim às comemorações de abril mês da prevenção dos maus tratos na infância.

ELVAS

Almoço com o ChefMONTEMOR-O-NOVO

No âmbito da Agenda 21 Local, a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo elaborou o programa ao “Sabor das Estações”. Este programa com um conjunto diversificado de atividades tem como objetivo promover os produtos alimentares que são produzidos no concelho bem como o seu consumo, sensibilizar e fomentar uma alimentação mais saudável. Ao “Sabor das Estações” teve inicio em junho 2015, e alia a divulgação dos produtos e o seu consumo a uma componente didática e lúdica dirigida a todas as faixas etárias da população, programando um conjunto variado de ações, que vão desde atividades de culinária para as crianças e jovens, passeios, workshops, formação, showcooking, feiras etc. Para dinamizar e implementar o programa, contámos com a participação e colaboração de agentes económicos, instituições e entidades locais regionais e nacionais.

Neste âmbito a Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e a Experience Nature promovem no dia 9 de abril no Mercado Municipal a iniciativa “Almoço com o Chef ”.

Venha passar a manhã a cozinhar com produtos locais da época e provar o que cozinhou, na companhia do Chef António Alexandre, numa manhã de sábado descontraida.

Inscreva-se até ao dia 07/04/2016, limitado a 20 participantes.

BEJAObras

no parque de feiras e exposiçõesA Câmara Municipal de Beja anunciou que está a realizar obras de

manutenção e reparação no Parque de Feiras e Exposição da cidade.Segundo a autarquia, estão a ser efetuados trabalhos de recolocação

de revestimentos em tijolo refratário vermelho junto ao Pavilhão Multiusos e no Pavilhão dos Sabores.

As palas estão a ser reparadas, sendo substituídos os cantos em risco de queda. Os trabalhos preveem a aplicação de placas de pladur e a fixação das palas laterais que serão pintadas de branco no final da intervenção.

ALCÁCER DO SALCâmara promove

concurso Miss Alcácer 2016A Câmara de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, anunciou que

vai organizar o concurso Miss Alcácer do Sal 2016, em parceria com o Projeto Miss Portuguesa 2016.

Com esta iniciativa, cuja final está marcada para 10 de junho, no Auditório Municipal, a câmara pretende “proporcionar às jovens de Alcácer uma nova experiência, divulgar as potencialidades do município e ajudar o comércio local, que pode decidir como pretende participar no evento”.

Além disso, revelou o presidente da autarquia, Vítor Proença, o concurso “tem uma forte componente social”, pois, as jovens que concorram não pagam inscrição, fazendo antes “um donativo, que será divulgado mais tarde, para o Centro Social do Bairro de São João e Olival Queimado”.

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9RegionalSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

Fotos Exclusivas

n Maria Antónia Zacarias

O

Eixo Ferroviário de Mercadorias Sines-Évora-Badajoz é contestado

Município e população juntam forças contra“ferida no tecido urbano de Évora”

A sala foi pequena para o número de residentes da União de Freguesias de Bacelo e Senhora da Saúde que fez questão de marcar presença na sessão de esclarecimento sobre o Eixo Ferroviário de Mercadorias Sines-Évora-Badajoz que decorreu na passada quinta-feira, pelas 18h30m, no edifício da Junta da Senhora da Saúde. O evento, organizado pela Junta de Freguesia e pela Câmara Municipal de Évora, mostrou que a esmagadora maioria dos habitantes está contra este traçado das Infraestruturas de Portugal. Posição reiterada pela autarquia que entende que a cidade fica dividida ao meio, ferindo quer a localidade do ponto de vista ambiental, como em termos de qualidade de vida porque o projeto mostra que algumas casas ficariam apenas a dez metros de distância da linha ferroviária. Já nasceu um grupo de moradores que garantiu que ações de luta estão a ser projetadas, asseverando que tudo fará para que este traçado possa ser repensado.

presidente da Câmara Municipal de Évora apresentou este

assunto em reunião pública da Câmara, realizada no dia 24 de fevereiro, tendo reiterado que o município contestou o traçado que a empresa Infraestruturas de Portugal pretende impor a Évora na zona urbana (Sra. da Saúde) para o comboio de mercadorias Sines-Badajoz e avançou com pedido de audiência ao ministro da Tutela, proposta que mereceu aprovação unânime.

Carlos Pinto Sá considerou que este é “um troço que está errado, corta a cidade, causa problemas ambientais graves, reduz a qualidade de vida e, portanto, entendemos que há alternativas como por exemplo a utilização do ramal de Reguengos de Monsaraz numa primeira fase derivando depois para norte e aí há três possibilidades de rotas”. A seu ver, não há necessidade de estar a fazer

“esta ferida tremenda” na cidade e afetar a população desta forma drástica.

O mesmo responsável explicou que trata-se de um traçado que, caso se viesse a concretizar, “traria significativos prejuízos para a cidade e para a qualidade de vida dos seus habitantes. Em causa está, principalmente, o elevado número de comboios a atravessar a zona urbana, tanto no período diurno como noturno, o isolamento de bairros, a afetação da tomada de vistas sobre a cidade e o comprometimento do crescimento da cidade para nascente”.

Técnicos da autarquiajá têm soluçãocompatívelcom a cidade

Deste modo, o presidente da Câmara de Évora asseverou que o executivo pretende encontrar uma solução que seja compatível com a cidade e a qualidade de vida dos seus habitantes, tendo já uma equipa de técnicos camarários que estão a trabalhar na conceção de alternativas ao traçado atual a propor à empresa Infraestruturas de Portugal.

O autarca considerou que a mobilização da população para esta sessão mostrou o seu

interesse, tendo que as entidades organizadoras sido obrigadas a fazer duas sessões para prestar todos os esclarecimentos. “Há, portanto, uma grande preocupação relativamente a isso e penso que houve quase uma unanimidade contra a proposta que é feita e transmitir ao ministro da tutela, com ainda mais conforto, mostrando qual é a posição da população de Évora sobre esta matéria”, sustentou o mesmo responsável.

Moradores estãoa organizar-separa lutar contraeste projeto

“Uma ferida no tecido urbano da cidade”, levando ao isolamento

das populações foi a principal ideia que saiu desta reunião, tendo argumentos como “o corte dos principais eixos de ligação rodoviária com os Bairros da Comenda, St. Luzia, Santo António e outras zonas residenciais, bem como a dificuldade ou mesmo corte dos acessos atuais de transportes públicos que servem aquelas zonas”. Opiniões reiteradas por José Santos, representante de um grupo de moradores que começou a reunir-se e que decidiu ter uma posição conjunta, “não abdicando de ter uma voz forte contra um projeto que não é aceitável”.

O mesmo representante salientou que estão a procurar que este grupo seja representativo

das várias zonas da cidade que são afetadas e outras que se queiram solidarizar. “Queremos definir algumas formas de intervenção e de luta, daí estarmos já a consultar juristas em Direito Ambiental e Urbano para que nos ajudem porque não é uma questão pacífica”, frisou.

Também a presidente da União de Freguesias de Bacelo e Senhora da Saúde, Gertrudes Pastor, evidenciou “a perda de qualidade de vida e a instalação de linhas de eletricidade apenas a dez metros das habitações”. E acrescentou: “A previsão de passagens superiores irão afetar também o acesso e a qualidade de vida de muitos que, por opção, vieram para esta cidade, nomeadamente para os bairros mais jovens”.

Fotos Exclusivas

Teve início a 1 de abril, acampanha solidária “É tempo de Ajudar!” promovida pela Associação Coração Delta da Delta Cafés - GrupoNabeiro e que conta com a parceria do Município de Viana do Alentejo e do Intermarché local.

Presente no arranque da cam-panha que vai decorrer durante este mês estiveram o presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Bengalinha Pinto, o proprietário do Intermarché, Lionel Greffoz, responsáveis da Associação Delta e um grupo de voluntários.

A campanha destina-se a recolher produtos de higiene pessoal – creme gordo, gel de banho, champô, sabonete, pasta de dentes, escova de dentes, lâ-mina de barbear e desodorizan-

Campanha solidária “É tempo de ajudar!” no Concelho de Viana do Alentejo

te, entre outros – para os idosos mais desfavorecidos que serão sinalizados pelas entidades do concelho.

Todos os interessados em participar nesta ação como vo-luntários, podem inscrever-se

no Banco Local de Voluntaria-do do concelho de Viana do Alentejo através do telefone 266 930 010 ou pelo correio eletró[email protected].

O Município de Reguengos de Monsaraz e a Associação Coração Delta vão angariar produtos de higiene para a população idosa do concelho. A campanha solidária “É tempo de ajudar” vai decorrer no Intermarché de Reguengos de Monsaraz durante o mês de abril e tem como objetivo sensibilizar os cidadãos que se deslocarem ao espaço comercial a oferecerem produtos de higiene como cremes hidratantes, gel de banho, shampoos, sabonetes, desodorizantes, pastas de dentes, escovas de dentes, soro fisiológico, fraldas, pensos de incontinência, toalhitas e fixadores de próteses dentárias.

A iniciativa começa amanhã, dia 2 de abril, e terá a participação de funcionários da autarquia, de grupos de voluntariado e dos munícipes que queiram ajudar esta causa. A ação solidária vai decorrer durante este mês às sextas-feiras das 14h30 às 20h30, aos sábados entre as 8h30 e as 20h30, e aos

domingos das 8h30 às 18h30.Para fazer parte da equipa de voluntariado,

os interessados deverão inscrever-se no Serviço de Ação Social da autarquia. Coração Delta é uma associação de solidariedade social do Grupo Nabeiro que tem como objetivo desenvolver projetos de voluntariado e de

Campanha solidária da autarquia e da Associação Coração Delta vai decorrer no Intermarché

Munícipes e funcionários da Câmara Municipalde Reguengos de Monsaraz vão angariar produtos

de higiene para os idosos do concelho

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diário do SUL10 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016

Aljustrel quer atrair empresas agrícolas

A 9 de Abril, em Mourão

Apresentação de livrodestaca Cante Alentejano

o próximo dia 9 de abril irá ter lugar na

Mercearia Ilegal, em Mourão, a apresentação da 2ª edição do livro “O Cante Alentejano – No Cancioneiro do Padre Marvão – O Encantamento Feminino na Voz do Cantador” da autoria de Clara Santana Rita.

Com a organização da Associação Alentar, que tem como objetivo a promoção e

N desenvolvimento da região do Alentejo, este evento, de entrada livre garante, ser uma celebração dos costumes e tradições enraizadas na cultura alentejana.

Tito Laneiro, presidente da Alentar refere que «uma das principais motivações da nossa associação é a preservação da identidade da região, a par da sua dinamização de forma

transversal, ativando as sinergias entre as dimensões culturais, económicas e sociais, que a permeiam. Esta iniciativa é uma oportunidade de promover o intercâmbio entre diferentes áreas geográficas do Alentejo Interior, que partilham uma identidade cultural comum, mas também uma forma de atrair atenções para um território muito rico mas com pouca visibilidade».

O livro em apresentação baseia-se num trabalho universitário levado a cabo pela autora, que descortina a obra “Cancioneiro Alentejano: Corais majestosos, coreográficos e religiosos do Baixo-Alentejo”, publicada em 1955 pelo Padre António Alfaiate Marvão.

O cancioneiro em questão é uma compilação de líricas e pautas musicais de mais de duas centenas de modas, de cariz religioso e profano, recolhidas ao longo de mais de 30 anos, pelo Padre Marvão, junto de indivíduos seus contemporâneos, oriundos da região alentejana.

Ao longo da publicação, Clara Santana Rita, apresenta um estudo biográfi co do Padre,

Com acções em várias freguesias

ASTE sensibiliza acerca dosmaus tratos contra idosos

m conjunto de ações de sensibilização para o problema da violência contra os

idosos tem lugar no concelho de Évora, entre Abril e Junho do corrente ano, visando chamar a atenção da comunidade para esta questão social e de saúde pública.

Este trabalho é da

responsabilidade da ASTE - Aliança Social e Terapêutica, um projeto de ação social que integra a Rede de Saúde de Évora. A ASTE é também parceira no Conselho Local de Ação Social de Évora (CLASE).

A população pode assistir a estas sessões nos seguintes dias e locais: Casa do Povo dos Canaviais (dia 7 de Abril, pelas 15 horas);

Junta de Freguesia de Bacelo (5 Maio, pelas 15 horas); e Junta de Freguesia de Sª Saúde (2 junho, pelas 15 horas).

Estão ainda previstas ações no Jardim de Infância/Escola Básica do 1º Ciclo de Valverde (dia 28 de Abril, pelas 14.30 horas); na EB1 de Bacelo (dia 5 de Maio, pelas 15 horas); e no JI/ EB1 de Canaviais (dia 19 de Maio, pelas 15 horas).

U

A agricultura está a ganhar força na economia do concelho de Aljustrel. A chegada da água de Alqueva àquele território ajudou a quebrar a hegemonia da indústria mineira, e o sector agrícola começa

a fi rmar posição. Prova disso é a parceria estabelecida entre o município e a Associação de Benefi ciários do Roxo para expansão da área empresarial em torno da Barragem em cerca de 14

hectares. O presidente da Câmara diz que quer a autarquia quer a Associação estão fortemente empenhadas em criar novas áreas empresariais no concelho. A parceria deverá resultar num

espaço agroindustrial e de investigação em torno do regadio e que pode servir de incubadora para novas iniciativas de transformação, tratamento e aproveitamento das culturas da região.

ao qual se juntam leituras interpretativas e analíticas das modas presentes neste Cancioneiro, numa perspetiva inovadora relativa ao papel da mulher no Cante Alentejano.

O perfi l da mulher alentejana, as suas implicações sociais e o

seu lugar cativo no núcleo temático de várias vivências populares e socioculturais da região, em especial nesta manifestação cultural, são conteúdos abordados nesta obra pela autora.

Assim, esta publicação visa principalmente divulgar, de forma geral, esta prática tradicional, já considerado Património Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

O evento, com início às 16h16, irá contar também com a atuação do Grupo Coral da Sociedade Recreativa Amarelejense. Francisco Álvares, um dos fundadores do Grupo Coral vê esta iniciativa com «bons olhos» já que «tudo o que ajuda a promover o Cante é de mérito».

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11 PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

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diário do SUL12 PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016

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13SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

NECROLOGIAANTONINA DOS ANJOS MARTINS TRINDADE

Faleceu dia 01/04/2016, em Évora a senhora D. Antonina dos Anjos Martins Trindade de 86 anos de idade, natural de Nossa Senhora de Machede, viúva do senhor José Brás Calado e que residia em Évora.

Dia 02/04/2016 na Capela do Hospital foi celebrada encomendação de corpo presente às 10:30 horas, seguindo o seu funeral para o cemitério do Espinheiro em Évora.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais sentidas condolências.

Num local priveligiado na cidade de Évora, com quartos duplos e individuais, com wc privativo, am-

plas salas, espaços circundantes ajardinados, máxima higiene e ambiente familiar. Visite-nos, estamos na

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O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, anunciou, em Braga, que o Governo vai obrigar à rotulagem da carne de porco para que os consumidores por-tugueses saibam se é importada ou nacional.

“Vamos obrigar a rotular com a origem do produto, para que os consumidores, quando vão comprar carne de porco, saibam se é porco importado ou nacio-nal”, referiu.

Capoulas Santos acrescentou que também já apelou à indústria de lacticínios para que, nos paco-tes de leite, queijo e manteiga, “seja claramente posta a identi-ficação nacional”, eventualmente até a bandeira nacional.

Ministro da Agricultura anuncia rotulagemobrigatória da carne de porco

“Na carne do porco, [a rotu-lagem] será obrigatória, temos base legal para essa imposição. Nos produtos láteos, a regula-mentação comunitária não nos permite uma determinação com

essa clareza, mas nada impede à indústria de o fazer”, referiu.

Em relação às importações, disse que vai ser apertada a fiscalização, para que os pro-dutos entrem em Portugal “em respeito” pelas regras da União Europeia.

Capoulas Santos que falava durante um seminário sobre “Produção de Leite no Entre Douro e Minho: Questões da Atualidade”, promovido pela Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Por-tugal, anunciou ainda que o licenciamento das explorações agrícolas vai poder ser feito “sem penalizações” até ao final de 2016.

O prazo tinha terminado em dezembro de 2015, mas cerca de 30 por cento dos agricultores não efetuou o licenciamento das suas explorações, pelo que passavam a estar sujeitos a penalizações.

O ministro reafirmou também que vai ser atribuído aos agricul-tores um prémio por cada vaca, estimando que poderá haver para esse efeito uma verba superior a 8 milhões de euros.

Capoulas Santos adiantou que o Governo está a trabalhar numa linha de crédito de “pelo menos” 20 milhões de euros para acudir aos problemas de tesouraria e endividamento dos empresários dos setores do leite e da suinicultura.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse que o Governo deve ter cuidado com os números do desemprego, que são reflexo da precariedade das políticas anteriormente seguidas.

“O aumento da taxa de desemprego agora revelado pelo INE não deixa de revelar sinais de preocupação. O partido que está hoje no Governo e os que o apoiam no Parlamento foram bastante críticos à forma como se esgrimiam os números do desemprego nos últimos anos. Agora é tempo de alterar o rumo e exige-se que as políticas venham ao encontro da estabili-dade do emprego, pois em 2014 e 2015 tivemos um investimento

de quase 800 milhões de euros em políticas ativas de emprego que resultaram, em 80%, de trabalhadores colocados em precariedade”, disse.

Carlos Silva, que falava à Lusa durante uma visita à empresa Simoldes, defendeu que o apro-veitamento do financiamento do Portugal 2020 para capitalizar empresas, que o Governo ten-ciona fazer, deve ter uma com-pensação na criação de postos de trabalho efetivos.

“Colocamos uma condição: que essa capitalização tenha uma compensação imediata, monitorizada pelos parceiros sociais, de criação líquida de emprego digno, com contrata-

ção coletiva e com condições, a exemplo desta empresa, que tem 4.000 trabalhadores, condi-ções de trabalho de excelência e com uma grande força sindical. É exemplo que temos de repli-car em todo o país e em todas as áreas”, comentou.

O secretário-geral da UGT sublinhou que esse é também o sentido do parecer que aquela central sindical apresentou na quinta-feira ao Plano Nacional de Reformas.

“Em relação ao Plano Nacional de Reformas, um dos pilares é o combate à precariedade, mas não pode ser apenas na administra-ção pública, porque é preciso penalizar quem utiliza a excessiva

rotatividade de trabalhadores.É preciso criar emprego fixo,

com contratos sem termo e dar condições às pessoas para se fixarem”, disse.

Carlos Silva salientou que “continua a haver muitos milhares de trabalhadores desempregados de longa duração”, considerando ser “um aspeto dramático porque já começa a ser um desemprego estrutural” e “um número ele-vadíssimo de jovens que estão desempregados e que não con-seguem colocação”.

“Não é certamente através da emigração que resolvemos o problema e começamos a baixar os números. Não pode ser por aí”, concluiu.

UGT recomenda ao Governo cuidado com desempregoe compromisso das empresas

O condutor e o proprietário da carrinha cujos 12 passageiros portugueses morreram numa colisão no centro de França foram acusados de homicídio e de ferimentos involuntários agravados, indicou hoje fonte judicial francesa.

Citado pela agência France Presse, Pierre Gagnoud, pro-curador de Moulins, localidade próxima do local do acidente, indicou que o condutor, de 19

anos, e o tio, proprietário da carrinha, estão detidos provi-soriamente até domingo, depois de terem pedido um adiamento para que possam preparar a sua defesa.

“A detenção provisória não altera em nada uma decisão” posterior sobre se se mantêm presos, acrescentou Pierre Gag-noud, salientando que o caso vai necessitar de investigações no estrangeiro.

“(O condutor da carrinha) respondeu com sinceridade aos investigadores, mas não conseguiu explicar, para já, as circunstâncias do acidente. Está com um dificuldades em lembrar-se do que aconteceu, Apenas se recorda dos socorristas”, indicou o advogado do jovem motorista, Antoine Jauvat.

Segundo os advogados, os dois homens estão “pro-fundamente marcados”, pois

também têm familiares entre as vítimas.

“Foi por essa razão que eles afirmaram desejar pôr fim às suas vidas, razão pela qual foram imediatamente levados para a ala de psiquiatria”, acrescentou o advogado do proprietário da carrinha, William Hillairaud.

As 12 vítimas, que viviam na Suíça, deslocavam-se a Portugal para passar a Páscoa numa car-rinha de seis lugares.

Condutor e proprietário da carrinha acusados de homicídio involuntário no acidente ocorrido em França

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diário do SUL14 EmpresarialSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016

07:00 Zig Zag11:05 Castelos e Palácios da Europa12:00 Terras Extremas13:00 O Alto13:30 Termas no Centro de Si14:00 Sociedade Civil15:05 A Fé Dos Homens15:39 Euronews16:00 Zig Zag20:30 Cougar Town21:00 Jornal 221:47 Página 221:55 Hora Da Sorte22:00 Uma Aldeia Francesa22:50 Visita Guiada23:30 Camille Claudel00:30 Portugal 3.001:30 Esec-Tv02:00 Sociedade Civil03:00 Euronews06:32 Repórter África

06:00 Edição Da Manhã08:45 A Vida Nas Cartas: O Dilema10:00 Queridas Manhãs13:00 Primeiro Jornal14:30 Dancin’ Days15:45 Grande Tarde19:00 I Love Paraisópolis20:00 Jornal Da Noite21:30 Coração D’Ouro22:30 Poderosas23:30 A Regra Do Jogo00:30 Mentes Criminosas01:30 Investigação Criminal02:30 Podia Acabar O Mundo03:15 Televendas

06:00 Manchetes 306:30 Bom Dia Portugal10:00 A Praça13:00 Jornal da Tarde14:15 Os Nossos Dias15:00 Bem-vindos a Beirais16:00 Agora Nós18:00 Portugal em Direto19:00 O Preço Certo20:00 Telejornal21:00 The Big Picture22:00 Prós e Contras23:45 5 Para a Meia-Noite01:00 Arrow01:45 Os Números do Dinheiro02:45 Os Nossos Dias04:15 Televendas05:00 Decisão Nacional05:30 Hora dos Portugueses (Diário)05:45 Online 3

diário do sulTVPROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 RTP 2 SIC TVI

DISTRITO DE ÉVORAALANDROAL – AlandroalenseARRAIOLOS – VieiraBORBA – CentralESTREMOZ – Carapeta IrmãoÉVORA - BrancoMONTEMOR-O-NOVO – MisericórdiaMORA – Falcão, CentralMOURÃO – CentralPORTEL – Misericórdia REDONDO – Holon RedondoREGUENGOS MONSARAZ – ModernaVENDAS NOVAS – NovaVIANA DO ALENTEJO – VianaVILA VIÇOSA – Monte

DISTRITO DE BEJAALJUSTREL – DiasALMODÔVAR – AureaALVITO – Nobre SobrinhoBARRANCOS – BarranquenseBEJA – SantosCASTRO VERDE – AlentejanaCUBA – MisericórdiaFERREIRA DO ALENTEJO – Salgado MOURA – FariaSERPA – Central VIDIGUEIRA – Costa

DISTRITO DE PORTALEGREALTER DO CHÃO – Alter; PortugalARRONCHES – Esperança; BatistaAVIS – Nova de Aviz

CAMPO MAIOR – CentralCASTELO DE VIDE – FreixedasCRATO – Misericórdia; MatosELVAS – CostaFRONTEIRA – Costa CoelhoGAVIÃO – Mendes; Pimentel MONFORTE – JardimNISA – Seabra; Moderna PONTE DE SÔR – Varela Dias PORTALEGRE – ChambelSOUSEL – Mendes Dordio; Andrade

LITORAL ALENTEJANOALCÁCER DO SAL – MisericórdiaGRÂNDOLA – Pablo; Silva ÂngeloSANTIAGO DO CACÉM – Corte RealSINES – Central

Farmácia de Serviço Tempo

ÉvoraSol Máx.: 18º C Min.: 4º C

Segunda-feira, 4

BejaSol Máx.: 18º C Min.: 3º C

PortalegreSol Máx.: 15º C Min.: 5º C

Évora - PSP- 266760450- GNR - 266748400- Protecção Civil- 266777150- Bombeiros Voluntários- 266702122- Hospital Espírito Santo - 266740100- Taxis- 266735735- Estação Caminhos Ferro - 707210220- SEF- 266 788 190 / 808 202 653- Universidade de Évora- 266740 800- Acção Social U.E.- 266 745 610- Piscinas Municipais- 266 777 186

Elvas- Bombeiros Voluntários- 268636320- PSP - 268639470- GNR - 268637730- Hospital Santa Luzia - 268 637600- Centro Saúde - 268622719- EDP - LTE - 800505505- Serviço de Águas - 268622267- Câmara Municipal Elvas - 268639740- Táxis - 268622287- Estação Caminhos Ferro - 707210220- Rodoviária do Alentejo - 268622875- Tribunal Judicial Elvas - 268639156

Telefones de Urgência- Repartição Finanças - 268622527

Beja- PSP - 284313150- GNR - 284311670- Protecção Civil - 284313050- Bombeiros Voluntátios - 284311660- Hospital de Beja- 284310200; 284310215 (horário nocturno)- Câmara Municipal - 284311800- Serv. Protecção Civil - 284311814- Posto de Turismo - 284311913- EMAS - 284313450 / 284313455- EDP - 284005000 / 800506506- Táxis de Beja - 284 322 474- Gare Rodoviária - 284313620- Caminhos de Ferro CP - 707210220

Portalegre- PSP- 245300620- GNR -245330888- Protecção Civil- 245201203- Bombeiros Voluntários - 245300120

06:30 Diário Da Manhã

10:10 Você Na TV!

13:00 Jornal Da Uma

14:45 Mundo Meu

16:00 A Tarde É Sua

19:00 The Money Drop

20:00 Jornal Das 8

21:42 A Única Mulher

22:50 Santa Bárbara

23:45 A Casa É Minha

00:15 Selvagens

03:15 O Escritório

04:15 Queridas Feras

05:00 TV Shop

meo 643891meo 7000

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Medidas para um futuro energeticamente sustentável em Évora

ÉVORA ENTRE OS FINALISTAS DOS “ÓSCARES” DO IMOBILIÁRIOHabitação, Turismo, Escritóriose Equipamentos Coletivossão as áreas destes prémios

Magazine Imobiliário revela os 17 empreendimentos

finalistas ao Prémio Nacional do Imobiliário, mais conhecido como os “Óscares” do setor, que distinguem edifícios de referência em Habitação, Turismo, Escritórios e Equipamentos Coletivos.

O Prémio Nacional do Imobi-liário tem como Patrocinador

Principal a consultora Aguirre Newman, e conta também com os patrocínios da Portugal Sotheby’s International Realty, a Renascimóvel, às quais se juntam outras empresas do setor. Os vencedores serão conhecidos na grande Gala dos “Óscares” do Imobiliário que terá lugar no Palacete do Hotel Tivoli, em Lis-

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Conheça os finalistas:

Categoria Habitação: Ópera LX Village Moments

Categoria Turismo: Casa do Mezio Aromatic & Nature Hotel Centro de Ciência do Café ClubeHouse – Espiche Golfe Hotel Santiago de Alfama Hotel Vila Galé Évora Jupiter Lisboa Hotel Palácio do Governador Pestana Pousada de Lisboa Villas da Fonte Leasure & Nature Hotel Apartamento

Categoria Escritórios: EDP – Edifício Administrativo (Leiria) Edifícios Centrais do Parque Tecnológico de Óbidos

Categoria Equipamentos Coletivos: Centro de Alto Rendimento de Remo do Pocinho Residência de Estudantes Doorm Museu Nacional dos Coches Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões

O Hotel Vila Galé Évora procurou promover a valoriza-ção do espaço e contribuir para a requalificação da oferta hote-

leira da cidade de Évora. Situ-ado junto às muralhas da cidade e apenas a dois minutos do centro histórico, conta com

amplos e modernos quartos e suites, dois restaurantes, um bar, uma piscina exterior lade-ada por oliveiras e um spa Satsanga com piscina interior, sauna, banho turco e salas de massagem. Para o segmento de negócios apostou num moderno centro de conven-ções constituído por quatro

salas totalmente equipadas e adaptadas a todo o tipo de eventos. Neste projecto optou-se por implantar o corpo principal do hotel paralelo à Avenida Túlio Espanca com poucas vistas para a frente, escolhendo-se para os pisos dos quartos vãos com vidro fosco, iluminando com luz

natural os corredores. Desta forma, o hotel desenvolveu-se em dois corpos perpendicula-res ao corpo principal, o que originou uma solução arquitec-tónica da implantação em forma de ‘Pente’ virada a Sul. As origens e as tradições locais estão bem patentes na decora-ção de interiores onde domi-

nam as influências árabes, bem como a arte equestre e ainda o cante alentejano recente-mente elevado a Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

Promotor: Vila Galé SA Construtor: Gabriel Couto Arquitecto: Luís Carlos Antu-nes António

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15RegionalSEGUNDA-FEIRA , 4 DE ABRIL DE 2016diário do SUL

n Marina PardalFotos Exclusivas

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Iniciativa organizada pela Associação Bandeira Azul da Europa

Jovens Repórteres para o Ambientevisitaram Grupo Diário do Sul

Grupo Diário do Sul (DS) recebeu na passada quinta-feira a

visita dos Jovens Repórteres para o Ambiente ( JRA), uma iniciativa organizada pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE).

Estes jovens, oriundos de vários pontos do país e do estrangeiro, estiveram em missão no Alentejo, mais concretamente em Portel, para investigar e reportar aspetos relacionados com a sustentabilidade ambiental, económica e sociocultural deste território.

Os 15 alunos que faziam parte da comitiva, acompanhados pelos três monitores, visitaram as instalações do Grupo DS, ficando a conhecer em contexto real de trabalho a atividade que eles estão a desenvolver através deste projeto educativo.

Para além disso, a coordenadora do programa dos JRA, Margarida Gomes, e dois alunos foram entrevistados na Rádio Telefonia do Alentejo para o programa da Green Community, dinamizado

por Aires de Carvalho.Margarida Gomes, que é

também diretora pedagógica da ABAE, explicou que, “para além da atribuição da Bandeira Azul, a iniciativa mais conhecida da nossa associação, temos dois projetos ligados às escolas, o Eco-Escolas e o Jovens Repórteres para o Ambiente”.

Esclareceu que “o JRA é um programa que decorre ao longo do ano, no qual os jovens são incentivados a fazer trabalhos de investigação ambiental, com os seus professores, sobre temas que achem pertinentes na sua região e depois a comunicar essas informações sob o formato jornalístico”.

Margarida Gomes referiu que

“no âmbito desse projeto, lançamos algumas atividades ao longo do ano, como concursos, encontros e a missão, ou seja, esta atividade que realizámos no Alentejo, entre 28 de março e 2 de abril”.

De acordo com a coordenadora do programa, “o objetivo é levá-los para o terreno, onde podem contactar com as pessoas, as fontes e com temas relacionados com a sustentabilidade, produzindo depois em cada dia as respetivas notícias”.

Segundo a mesma responsável, “o projeto existe há 20 anos e é dirigido a jovens entre os 11 e os 21 anos, mas nestas missões junta essencialmente alunos a partir dos 15 anos”.

Neste caso, contou com a presença “de jovens de norte a sul do país, incluindo um de Portel, e também de duas alunas do Chipre, revelou.

Margarida Gomes especificou ainda que “ficámos durante esses seis dias em Portel, mais

concretamente no Hostel em Alqueva”, salientando que “contámos com o apoio do Município de Portel”.

Quanto às iniciativas desenvolvidas durante a missão, destacou que “fizemos várias atividades ligadas ao Alqueva e

também viemos a Évora, até porque é uma cidade Património Mundial”, frisando que “nesta visita ao Grupo DS, os jovens tiveram a oportunidade de conhecer ‘in loco’ o trabalho desenvolvido num meio de comunicação social”.

CICLO DE TEATRO ESPANHOLAté 9 de ABRIL no Teatro Garcia de Resende

Teatro Espanhol está de regresso ao palco do Teatro Garcia de Resende. Quatro

companhias do país vizinho apresentam as suas produções ao público português como forma de estreitar laços e reforçar as relações teatrais no espaço ibérico.

O CICLO DE TEATRO ESPANHOL acontece no âmbito do Circuito Ibérico de Artes Cénicas que envolve cinco companhias portuguesas e quatro espanholas em intercâmbio para que o trabalho destas companhias

circule cá e além fronteiras.

Dia 5 de Abril – Karlik Danza Teatro, “El Chef Chop Chop e el tik tac de Fidélia”, às 18h30

Dia 6 de Abril – Teatro La Fundición, “Un Recuerdo de Avignon”, às 21h30

Dia 8 de Abril – Sessão Pública O TEATRO EM TERRITÓRIOS VIZINHOS, às 18h30

Dia 9 de Abril – Tranvía Teatro, “El Hospital de los Podridos” ( y otros entremeses para el siglo XXI), às 21h30

Esta programação que

apresentamos agora no Teatro Garcia de Resende visa desenvolver as relações teatrais no espaço ibérico contribuindo, dessa forma, para aproximar estas duas realidades, através de um maior conhecimento da produção teatral do país vizinho e da circulação do nosso trabalho em Espanha, numa manifestação clara e inequívoca do interesse nestas relações transfronteiriças.

Para além dos espectáculos mencionados, no dia 8 de Abril, irá decorrer uma sessão pública no Salão Nobre do Teatro Garcia

de Resende, às 18h30, um espaço subordinado ao tema “O TEATRO EM TERRITÓRIOS VIZINHOS”.

Este projecto enquadra-se numa intervenção mais alargada que o Cendrev vem desenvolvendo com o universo espanhol, também na área das formações técnicas de teatro e no panorama das marionetas, nomeadamente através da participação dos Bonecos de Santo Aleixo em festivais do outo lado da fronteira e do envolvimento de diversas companhias espanholas nas várias edições da Bienal Internacional de Marionetas de Évora, BIME.

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Page 16: Ds 04 04 2016

Pub.

ANO: 47.º NÚMERO: 12.744 PVP: 0,75€ SEGUNDA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2016

Governo aprova nova Auto-Estradaentre Vendinha - Montoito

Dia 1 de Abril - Dia das Mentiras

Conforme foi publicado no passado dia 1 de Abril, a notícia com o título em epígrafe não corresponde à verdade, pois foi atribuída ao “Dia das Mentiras”.

Aos nossos leitores que possam ter ficado na expec-tativa por este melhoramento nestas vias, as nossas desculpas.

Os dadores de sangue e os bombeiros voltam a estar isentos do pagamento de taxas moderadoras nas urgências.

Com a entrada em vigor da lei do Orçamento do Estado para 2016, ficam isentos de pagar taxa moderadora também nas urgências e ainda em exames de diagnóstico os utentes que tenham sido referenciados

pelos cuidados de saúde pri-mários, pelo centro de atendi-mento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pelo INEM.

Ficam também dispensadas do pagamento de taxas mode-radoras as primeiras consultas hospitalares, desde que tenham sido referenciadas pelos cuida-dos de saúde primários, e ainda os exames completares

no âmbito de doenças neu-rológicas degenerativas, da infeção por VIH/sida, diabetes e seguimento e tratamento do cancro.

Segundo a lei do Orçamento do Estado, durante este ano, o Governo promove a redução do valor das taxas moderadoras até ao limite de 25% do seu valor total.

Dadores de sangue e bombeiros voltama estar isentos de taxas moderadoras

Os contribuintes são obrigados a mudar de browser (programa para navegar na Internet) para poderem enviar a sua declaração do IRS por via eletrónica, segundo informou a Autoridade Tributária (AT).

Num comunicado, publicado hoje no Correio da Manhã, a AT adverte que “a declaração eletró-nica do IRS não é possível caso se esteja a utilizar as versões mais recentes do Google Chrome ou do Microsoft Edge”.

Por isso, a AT aconselha o uso dos seguintes browsers gratuitos: “Internet Explorer, Firefox, Safari (para Mac Os X)”.

A AT explicou que, “em meados de 2015, alguns dos fabricantes de browsers anunciaram que iriam deixar de suportar a tecnologia

NPAPI e, em consequência disso, as versões do Google Chrome e do Microsoft Edge não suportam os aplicativos Java”.

No comunicado, a AT realça que “continua a trabalhar em soluções que permitem a utiliza-ção generalizada nos ‘browsers’, de modo a garantir uma maior universalidade de utilização”.

O prazo para reclamar os valo-res de despesas de IRS no Portal das Finanças termina hoje, sem que seja suspenso o período para liquidação do imposto, segundo informação do Ministério das Finanças.

Há quinze dias, o Ministério das Finanças disponibilizou uma nova página no Portal das Finanças dedicada à consulta das despesas para deduções à coleta

de IRS, permitindo também que os contribuintes reclamassem caso discordassem dos valores dos totais de despesas inscritos no ‘site’.

De acordo hoje com a rádio TSF, que cita dados do Minis-tério das Finanças, “até ao final de terça-feira passada, 8.388 contribuintes reclamaram dos montantes de deduções à coleta visíveis no site da AT, o que, entre 7,5 milhões, representa uma taxa de reclamação de 0,11%”.

Em declarações à TSF, o fisca-lista da associação de defesa do consumidor Deco Tito Rodrigues admitiu que o número de recla-mações dos valores disponíveis no site das finanças poderá crescer com o aproximar do final do prazo.

Contribuintes obrigados a mudarde programa na net para entrega de IRS

A taxa de desemprego aumentou 0,2 pontos per-centuais em fevereiro, face a janeiro, para os 12,3%, segundo a estimativa provi-sória divulgada pelo Insti-tuto Nacional de Estatística (INE).

“A estimativa provisória da

população desempregada para fevereiro de 2016 foi de 622,2 mil pessoas, o que representa um acréscimo de 0,9% face ao valor definitivo obtido para janeiro de 2016 (mais 5,5 mil pessoas)”, refere o INE.

A estimativa provisória da população empregada, por

sua vez, foi de 4.453,4 pessoas, tendo diminuído 0,3% em relação ao mês anterior (com menos 14,8 mil pessoas).

Nestas estimativas foi considerada a população dos 15 aos 74 anos e os valores foram previamente ajustados de sazonalidade.

Taxa de desemprego aumentoupara os 12,3% em Fevereiro

A ministra da Justiça, Fran-cisca Van Dunem, disse que o nível de alerta de ameaça terro-rista mantém-se inalterado em Portugal após a mensagem do grupo extremista Estado Islâ-mico, estando as autoridades a acompanhar a situação.

“Não há neste momento um nível diferente de alerta. Perante uma notícia dessas há sempre um conjunto de verifi-cações que são feitas e que tem a ver com informações dispo-níveis pelas polícias e que de alguma forma permite estabi-lizar a situação e controlar os eventuais riscos que possam

Ministra da Justiça diz que alerta mantém-seinalterado em Portugal após mensagem do Daesh

ocorrer”, disse aos jornalistas Francisca Van Dunem.

Questionado sobre a men-sagem divulgada pelo grupo

Estado Islâmico (Daesh) em que faz referências a Portu-gal e à Hungria, a ministra referiu que as autoridades policiais estão a acompanham a situação e “perceber se efe-tivamente existe algum risco eminente”.

Francisca Van Dunem recor-dou que este tipo de mensagem com referência a Portugal não é inédita, sendo encarada com preocupação, mas também com sernidade.

“Hoje Bruxelas e o aeroporto belga, amanhã talvez Portugal ou Hungria”, refere a mensagem do Daesh.

A obesidade afeta cerca de 641 milhões de adultos ou 13% da população mundial adulta e pode chegar até 20% em 2025 se o ritmo atual da epidemia continuar, segundo um estudo.

“Em 40 anos, passamos de um mundo onde as pessoas obesas são mais do que aquelas que estão com baixo peso”, disse o professor Majid Ezzati, do Imperial College de Londres, que coordenou o estudo divulgado na revista médica britânica The Lancet.

Segundo o estudo, um em cada oito adultos é obeso, um rácio que mais do que duplicou desde 1975 e que vai aumentar para um em cada cinco até 2025.

O estudo, considerado um dos mais abrangentes feito até ao momento, teve como base

Obesidade afecta cerca de 641 milhões de adultos em todo o mundo

dados de cerca de 19 milhões de pessoas com 18 anos ou mais, residentes em 186 países.

O coordenador do estudo alertou para a ameaça de uma crise de “obesidade severa” e de doenças provocadas pelo alto teor de gordura, de dietas ricas em açúcar, que provocam aumento da tensão arterial e do colesterol.

“Haverá consequências para a saúde de uma magnitude que não sabemos”, afirmou Majid Ezzati.

O estudo refere que nos homens a obesidade triplicou de 3,2% da população em 1975 para 10,8% em 2014 (cerca de 266 milhões de homens).

Nas mulheres, a obesidade cresceu de 6,4% em 1975 para 14,9% em 2014 (cerca de 375 milhões).

Em 2014, as pessoas mais gordas

do mundo viviam nos países da Polinésia e Micronésia, onde 38% dos homens e mais de metade das mulheres são obesos, refere o estudo.

Cerca de 118 milhões dos obesos do mundo vivem nos Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

No outro extremo, segundo o estudo, Timor-Leste, Etiópia e a Eritreia são os países onde vivem as pessoas com menos peso do