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INTERNACIONAL Fotocatálise no ar! Ops, melhor dizendo, na água? No intuito de enriquecer o conhecimento dos alunos, o CEFET convidou o Dr. Julian Andrés Regifo-Herrera, docente da Universidade Nacional de La Plata (UNLP) - Argentina, o qual ministrou três palestras e ofereceu uma disciplina optativa durante uma semana. (Páginas 4 e 5) VERDÃO DIÁRIO E A B M Belo Horizonte, Cefet- MG 4ª edição - 2013/1 Hotel Estalagem Fazenda Lazer: um exemplo de sistema de gestão ambiental! Os alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do CEFET-MG fizeram uma visita ao hotel Estalagem Fazenda Lazer, localizado em Carandaí/MG. Os alunos foram recebidos pelo proprietário-gerente e Engenheiro Ambiental Vinícius Calais. (Páginas 10, 11 e 12) Tecnologia inovadora dentro da ótica sustentável Bacia Viva, empresa localizada em Nova Lima (MG), procura soluções sócio-ambientais em locais atingidos por passivo mineral. A empresa desenvolveu um processo sustentável de aproveitamento industrial do rejeito de mineração sedimentado, desassoreando e revitalizando bacias hidrográficas. (Página 3) MULTINACIONAL ALEMÃ INVESTE NO TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS GERADOS NO BRASIL Empresa filiada à multinacional Grupo Küttner, a Küttner do Brasil desenvolve atividades na implementação de tecnologias inovadoras projetadas para economizar energia, reduzir impactos sobre o meio ambiente e otimizar o ciclo dos materiais gerados pela urbanização. (Páginas 5 e 6) PROPAM, revitalização através da educação Visita à PROPAM, juntamente com a professora de Ecologia Andréa Rodrigues, acompanhada pelo coordenador do programa e Engenheiro Florestal Ednilson dos Santos, que orientou os alunos sobre a situação da bacia da Pampulha e o que está sendo executado em favor desta. (Página 8) Alunos com o proprietário-gerente e engenheiro Ambiental, Vinícius Calais. Fotografia: Andréa Rodrigues.

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INTERNACIONAL

Fotocatálise no ar! Ops, melhor

dizendo, na água? No intuito de enriquecer o conhecimento dos alunos, o

CEFET convidou o Dr. Julian Andrés Regifo-Herrera, docente

da Universidade Nacional de La Plata (UNLP) - Argentina, o

qual ministrou três palestras e ofereceu uma disciplina

optativa durante uma semana.

(Páginas 4 e 5)

VERDÃO DIÁRIO E A

B M

Belo Horizonte, Cefet- MG 4ª edição - 2013/1

Hotel Estalagem

Fazenda Lazer: um

exemplo de sistema de

gestão ambiental! Os alunos do curso de Engenharia

Ambiental e Sanitária do CEFET-MG

fizeram uma visita ao hotel Estalagem

Fazenda Lazer, localizado em

Carandaí/MG. Os alunos foram

recebidos pelo proprietário-gerente e

Engenheiro Ambiental Vinícius Calais.

(Páginas 10, 11 e 12)

Tecnologia inovadora

dentro da ótica

sustentável

Bacia Viva, empresa localizada em

Nova Lima (MG), procura soluções

sócio-ambientais em locais atingidos

por passivo mineral. A empresa

desenvolveu um processo sustentável de

aproveitamento industrial do rejeito de

mineração sedimentado, desassoreando

e revitalizando bacias hidrográficas.

(Página 3)

MULTINACIONAL ALEMÃ INVESTE NO TRATAMENTO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS GERADOS NO BRASIL Empresa filiada à multinacional Grupo Küttner, a Küttner do Brasil desenvolve atividades na implementação

de tecnologias inovadoras projetadas para economizar energia, reduzir impactos sobre o meio ambiente e

otimizar o ciclo dos materiais gerados pela urbanização.

(Páginas 5 e 6)

PROPAM, revitalização através

da educação

Visita à PROPAM, juntamente com a professora de Ecologia

Andréa Rodrigues, acompanhada pelo coordenador do

programa e Engenheiro Florestal Ednilson dos Santos, que

orientou os alunos sobre a situação da bacia da Pampulha e o

que está sendo executado em favor desta.

(Página 8)

Alunos com o proprietário-gerente e engenheiro Ambiental,

Vinícius Calais. Fotografia: Andréa Rodrigues.

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Pequenas ações, grandes resultados!

Do CEFET-MG para o mundo!

Desde sua criação em 2011, o jornal “Verdão” estampou

diversas reportagens ambientais de suma importância para a

sensibilização da população. E desta vez não será diferente.

Nesta edição de 2013, são apresentadas diversas reportagens a

respeito de empresas (públicas e privadas) que possuem projetos

relacionados ao meio ambiente.

As reportagens mostram que várias instituições

apresentam propostas que atenuam os impactos ambientais, algo

de grande relevância, uma vez que lidamos diariamente com

situações irregulares. Dentre essas reportagens, destaca-se a

recuperação da Bacia da Lagoa da Pampulha – Propam, no qual

visa medidas que contribuam para a solução dos problemas

existentes em um dos principais pontos turísticos da cidade.

Afinal, quem não gostaria de utilizar a Lagoa da Pampulha para

práticas esportivas e atividades recreativas?

Outra reportagem de grande destaque que poderá ser

analisada por você, caro leitor, refere-se à empresa Recóleo.

Trata-se de uma empresa de pequeno porte, porém com tamanho

interesse no âmbito da reutilização de óleos vegetais, que antes

eram simplesmente descartados nos corpos d‟àgua ou despejados

em aterros sanitários. A Recóleo promove uma conscientização

da população a partir de flyers e apresentação de trabalhos

inovadores em escolas desde o ensino fundamental até o

superior.

Por sua vez, destaca-se também a Kuttner – Projetos e

Engenharia, empresa Alemã que tem como objetivo a produção

de ferro e aço, fundição e beneficiamento de matéria-prima,

baseada na utilização de tecnologias de recuperação e

aproveitamento de energia. Além disso, dispõe de tecnologias

para o meio ambiente como, por exemplo, o tratamento

biológico de resíduos e a limpeza de gases gerados no processo,

o que mostra interesse em relação aos possíveis impactos

ambientais.

Portanto, diante dessa incansável busca por uma melhor

qualidade de vida, no que diz respeito a um desenvolvimento

sustentável, o jornal “Verdão” mostrará pontos que podem

transformar a visão daqueles que antes não imaginavam a grande

importância de pequenas atitudes que podem, até mesmo, ser

realizadas em casa, mas que, ao longo do tempo, geram

resultados satisfatórios em grande escala.

Matheus Campos

Diretor de Editoração

Informativo Semestral

VERDÃO DIÁRIO

Publicação do Curso de

Engenharia Ambiental e

Sanitária

CEFET-MG

Ricardo Junior

Diretor Chefe

Matheus Campos

Diretor de Editoração

Reportagem:

Camila Arantes

Gabriela Xavier

Karine Libanhia

Vanessa Pedrosa

Redação:

Gustavo Dutra

Henrique Figueiredo

Nicholas Philip

Pedro Henrique

Yu Ju Shen

Renan Ansaloni

Revisão:

Ana Luisa Sales

Gabriela Barroso

Lucas Vitor

Edição e Projeto

Gráfico:

Paula Ferreira

Priscila Costa

Raíssa Figueiredo

Thayrinne Borges

Fotografia:

Luis Gustavo

Nathalia Foureaux

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VERDÃO DIÁRIO

EDITORIAL

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VERDÃO DIÁRIO

Tecnologia inovadora dentro da ótica sustentável

Por Nicholas Phillip

A Bacia Viva é uma

empresa que busca soluções

sócio-ambientais em

desassoreamento e revitalização

de bacias hidrográficas, com o

objetivo da transformação do

passivo mineral, que causa

assoreamento, em ativo

ambiental. Ao assorear barragens,

lagoas e demais cursos d'água

como córregos, rios e ribeirões,

são alterados e impactados

significativamente as

comunidades do seu entorno.

Essa empresa se localiza em São

Sebastião das Águas Claras, Nova

Lima, Minas Gerais. Está próxima

da Microbacia Córrego da

Alegria, das Sub Bacias Ribeirão

dos Macacos e Córrego Fernão

Paes, e das Bacias Rio das Velhas

e Rio São Francisco.

A iniciativa surgiu da

necessidade de recuperar a vida

dos locais atingidos por passivos

ambientais da mineração. Mais

especificamente, esse projeto foi

incentivado pelo grande

rompimento da barragem de

rejeitos de mineração de ferro em

Nova Lima (MG) que causou,

devido ao assoreamento, a

completa degradação do Córrego

Alegria.

A Constituição

Brasileira determina em seu

artigo 225 - §-2° que: “Aquele

que explorar recursos minerais

fica obrigado a recuperar o

meio ambiente degradado, de

acordo com solução técnica

exigida pelo órgão competente

na forma da Lei”, mas

infelizmente não é isso o que

acontece na maioria das vezes

em nosso país.

Proprietário de um terreno na

região do Córrego Alegria, o

jornalista Flávio Mourão Passos,

sócio fundador da Bacia Viva,

realizou uma palestra no

Campus I do CEFET-MG, no

dia 21/09/2013, apresentando

para os alunos de Engenharia

Ambiental e Sanitária que

cursam a disciplina de Ecologia

Geral, como visualizou uma

solução para o ocorrido. Ele

desenvolveu um processo

sustentável de aproveitamento

industrial do rejeito de

mineração sedimentado.

Essa solução ambiental

de desassoreamento e

revitalização ocorreu por meio

do desenvolvimento de um

pavimento intertravado

ecológico, PaviEco. Os

pavimentos intertravados são

compostos por peças pré-

moldadas de concreto e

constituem uma brilhante e

eficaz solução para uso em ruas,

calçadas, calçadões e praças. O

nome PaviEco foi introduzido a

partir do momento em que os

sedimentos retirados nas

atividades de desassoreamento

do Córrego Alegria passaram a

ser transformados em artefatos

de cimento. Assim, esses blocos

de pavimentação ser tornaram

uma solução ecológica.

Essa macro solução

ambiental trouxe olhares de

grandes empreendedores, como

o Instituto Kairós, em Macacos,

e o supermercado Verde Mar,

que incluíram em seus

empreendimentos o PaviEco.

Podemos destacar a

inovação do PaviEco Peixe, um

novo formato do bloco inspirado

no peixe Pacu. “A ideia é

devolver o rio aos peixes”, diz

Flávio de acordo com Vanessa

Brito. Foram construídos

também, utilizando o pavimento

ecológico, 3,7 mil metros

quadrados da Rua Monte Vista,

no bairro Jardim Canadá.

Outra característica

interessante observada no

PaviEco é a sua alta capacidade

de drenagem, por ser um sistema

intertravado, e, com isso,

auxiliando muitas vezes na

revitalização de áreas

degradadas, por meio do

gerenciamento de águas pluviais.

Sócio fundador do Projeto Bacia

Viva, jornalista Flávio Mourão

Passos, em palestra no Cefet-mg.

Fotografia: Luis Gustavo.

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O benefício dessa inovação vai além da atitude

ecológica. O PaviEco também demonstrou uma

facilidade de manutenção, reutilização e reciclagem.

Além disso, a produção do pavimento não exige mão-de-

obra especializada nem equipamentos de grande porte.

Assim, a Bacia Viva trabalha até hoje auxiliando

na recuperação de cursos d‟água assoreados,

transformando o rejeito sedimentado em PaviEco, que

vem se consolidando como uma solução técnica

ambiental simples, viável e um rotor para o processo

sustentável.É por toda essa eficiência e sustentabilidade

que o jornalista Flávio Mourão demonstrou no final de

sua palestra os inúmeros prêmios e reconhecimentos pelo

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Para enriquecer o

conhecimento da comunidade

acadêmica do CEFET-MG, foi

convidado o Dr. Julian Andrés

Regifo-Herrera, docente da

Universidade Nacional de La

Plata (UNLP)-Argentina, na

qual ministrou uma disciplina

optativa com foco em processos

avançados de oxidação para

tratamento de água, durante uma

semana, para graduandos do

curso de Engenharia Sanitária e

Ambiental, e bacharelados em

Química Tecnológica do

CEFET-MG.

Ocorreram três palestras

oferecidas pelo professor Julian,

em que apresentou novas

tecnologias de tratamento de

água, especificamente

fotocatalíticas, dando maior

ênfase ao uso do dióxido de

titânio (TiO2).

O Dióxido de titânio

pode ser aplicado no tratamento

de água, na inativação de

bactérias, na limpeza de

superfícies e no tratamento da

poluição do ar.

Fotocatálise no ar! Ops, melhor dizendo, na água?

Por Yu Ju Shen

Recentemente, algumas

nano partículas de TiO2 são

usadas para desenvolver vidros

e espelhos anti-embaçantes,

vidros e tintas auto-limpantes e

pavimentos que neutralizam

poluentes do ar.

Em relação ao

tratamento de água residuária,

na Alemanha foram instalados

reatores fotocatalíticos que

estão sendo estudados para que

esse tratamento inovador seja

utilizado de forma adequada e

com segurança.

Ao final de uma de suas

palestras, entrevistou-se o

professor Julian para saber

sobre a estadia do mesmo em

solo brasileiro.

Camila: _ O que você

achou do Brasil e a recepção do

CEFET-MG?

Julian: _ Eu me sinto

em casa, sinto que o Brasil, e

especialmente o CEFET-MG,

sabe muito bem como receber

um estrangeiro.

4

projeto, sendo alguns deles o 3º lugar no 5º prêmio Furnas Ouro Azul, e o Prêmio Práticas Sustentáveis do

SEBRAE Minas Gerais 2011.

“Estamos aqui para ganhar dinheiro, mas somos uma empresa do terceiro milênio, que faz tudo pela

sustentabilidade”, afirma Flávio de acordo com Vanessa Brito.

Alunos entretidos com as inovações da empresa Bacia

Viva. Fotografia: Luis Gustavo.

Alunos em entrevista com o Prof. Dr. Julian

Andrés. Fotografia: Professora Andréa

Rodrigues. Camila: _ Quais seriam as

principais diferenças do curso de

Engenharia Ambiental no seu país e

no Brasil?

Julian: _ Infelizmente não

tenho uma opinião formada a respeito

disso, pois estou no Brasil há poucos

dias, e não tive tempo de entender

profundamente o curso. Mas acredito

que todos giram em torno de uma

generalizada problemática ambiental,

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na qual estudamos estratégias para mitigá-la.

Camila: _ Qual seria a importância da

sua área de pesquisa a ponto de ser uma disciplina

optativa?

Julian: _ Acredito que para vocês,

estudantes de Engenharia Ambiental, seja um

estudo pertinente, pois retrata tecnologias

alternativas (fotocatálise), ampliando as variáveis

em estudo relacionadas principalmente à

desinfecção de águas.

Camila: _ Visa uma parceria entre o

CEFET-MG/Brasil com você e o seu país?

Julian: _ Esse foi um dos principais

motivos da minha vinda. Estou aqui para tentar

estabelecer relações entre o CEFET-MG com a

Universidade de La Plata (área de pesquisa).

Camila: _ Você teria algum conselho ou

dica para os futuros engenheiros ambientais do

CEFET-MG?

Julian: _ Estou aberto para qualquer

dúvida, sugestão, e volto a dizer: o motivo da

viagem está diretamente relacionado a estabelecer

relações, indiretamente, com a universidade em que

vocês estudam, e consequentemente, vocês serão

beneficiados...

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MULTINACIONAL ALEMÃ INVESTE NO TRATAMENTO

DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS GERADOS NO

BRASIL Empresa aplica tecnologia e é impulsionada pelo valor agregado ao lixo, que o

reaproveita e arrecada com subprodutos derivados de seu tratamento.

Por Gustavo Dutra

Devido ao acelerado crescimento

urbano e industrial associado ao aumento

da produção de bens de consumo,

intensificou-se a geração de resíduos que,

por muito tempo, foram descartados

indiscriminadamente no ambiente,

provocando danos muitas vezes

irreversíveis e de difícil remediação.

Acoplado a este fato, diversos tipos

de problemas surgem, necessitando de

resoluções rápidas, eficazes e sustentáveis.

Em virtude disso, empresas passaram a

atentar-se para essa problemática mundial,

como é o caso da Küttner do Brasil

O palestrante Carlo Vendrix, gerente da Küttner do Brasil, no

Cefet-mg. Fotografia: Luis Gustavo.

empresa filiada à multinacional Grupo Küttner, fundado em 1940, em Essen, Alemanha.

Desenvolvendo atividades na implementação de tecnologias inovadoras projetadas para economizar

energia, reduzir impactos sobre o meio ambiente e otimizar o ciclo dos materiais gerados pela urbanização, a

Küttner do Brasil atua no país desde 1974, no bairro Cinco em Contagem, região metropolitana de Belo

Horizonte, capital de Minas Gerais.

O CEFET-MG, visando apresentar aos alunos a empresa e seus projetos, recebeu no dia 31/07/2013, no

Campus I, o gerente Carlo Vendrix para uma palestra sobre de uma de suas atividades: o tratamento dos resíduos

sólidos urbanos. Na oportunidade, Carlo Vendrix apresentou de forma ampla o funcionamento do tratamento dos

resíduos, contemplando explicações aprofundadas dos processos mecânicos e biológicos e das tecnologias

envolvidas.

desinfecção

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Küttner do

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Os resíduos coletados e tratados pela

atividade são divididos em orgânicos, recicláveis,

combustíveis derivados dos resíduos e rejeitos. A

Küttner atua através do fornecimento de

tecnologias que englobam os processos iniciais de

recebimento, tratamento e separação do lixo até os

mais avançados relacionados ao reaproveitamento

do mesmo em forma de recicláveis, combustíveis e

biogás. O resíduo passa por três tipos de processos

ao longo de seu tratamento: o processamento

mecânico, biológico e a limpeza de gases do

tratamento térmico.

O processamento biológico atua de forma

indispensável na ideologia da atividade e da

empresa, pois ao mesmo tempo em que trata os

resíduos fornece produtos que são reinseridos na

sociedade, como gases que possuem potencial

energético e o húmus gerado através da

compostagem dos resíduos orgânicos, que atua no

recondicionamento e adubação de solos.

Entretanto, para a implantação dessa e

outras atividades, a Küttner enfrenta sérios

problemas burocráticos ligados à política do

município onde a empresa pretende atuar, pois

muitos prefeitos não estão dispostos a investir nesse

tipo de tecnologia, que necessita de um tempo para

ser instalada, excedendo algumas vezes o período

de seu mandato. Além disso, tratamento de resíduos

sólidos não é algo que traz tanta visibilidade

política, como por exemplo, construir pontes ou

consertar estradas.

Carlo Vendrix apresentando os

projetos da empresa Küttner do Brasil.

Fotografia: Luis Gustavo.

Material entregue aos alunos referente à história

da empresa e seus projetos. Fotografia: Luis

Gustavo.

ABASTECIDOS A ÓLEO Por Pedro Henrique Furbino

Com tecnologia genuinamente mineira, a Recóleo Coleta e Reciclagem de Óleo Vegetal, dos

empresários Nívea Freitas e Roberto Menicucci, inovou na coleta e processamento de óleo de cozinha

saturado, que, quando reciclado, fornece matéria-prima às indústrias de produtos de limpeza, ração animal e

biodiesel. Depois de quatro anos de pesquisa, auxiliados por técnicos e cientistas da Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG), os empresários montaram a empresa que hoje oferece franquia em várias localidades.

No dia 07/08/2013 os alunos da disciplina Ecologia Geral do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do

CEFET-MG visitaram a sede da empresa, atualmente localizada na Rua Flor da Paixão n° 35, bairro

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Jardim Alvorada em Belo Horizonte, MG. Recebidos pela

funcionária da empresa Sandra Lana, os alunos

conheceram a metodologia e um pouco da história desse

exemplo de gerenciamento sustentável.

A coleta do óleo em cada estabelecimento é

realizada por veículos de pequeno e médio porte que

facilitam o trânsito e estacionamento na cidade,

simplificando também o acesso ao compartimento de

cargas. Já o transporte do óleo processado é feito

pelos caminhões da empresa diretamente ao

consumidor final.

Todos os clientes recebem um vasilhame

(bombona plástica de 50 ou 30 litros) onde será

armazenado o óleo usado. O veículo da Recóleo

visita regularmente todos os clientes cadastrados,

através de uma rota pré-determinada, recolhendo as

bombonas cheias e deixando outras vazias,

previamente limpas.

POR “ÓLEO” ABAIXO

Alunos na entrada da empresa Recóleo Coleta e

Reciclagem, no bairro Castelo. Fotografia: Nathalia

Foureaux.

O alto poder de poluição do óleo de cozinha é

atestado por pesquisas de órgãos e entidades

ambientais.

Partindo dessa problemática urbana e

ambiental, a empresa Recóleo tomou a iniciativa de

captar o óleo proveniente de residências, restaurantes

e afins, com o intuito de reduzir esse poluente, que em

âmbito residencial, representa um dos agentes mais

nocivos ao ambiente.

A coleta do óleo em cada estabelecimento é

realizada por veículos de pequeno e médio porte que

facilitam o trânsito e estacionamento na cidade,

simplificando também o acesso ao compartimento de

cargas. Já o transporte do óleo processado é feito

pelos caminhões da empresa diretamente ao

consumidor final.

O volume do óleo coletado é permutado por produtos de limpeza (vassouras, rodo, pano de chão, pano

de prato, pá de lixo metálica, etc.), uma medida necessária para incentivar o armazenamento pelos responsáveis

dos estabelecimentos conveniados. Em caso de grandes volumes de óleo (acima de 1000 litros), outras medidas

de permuta são estudadas caso a caso.

A permuta do óleo usado por produtos de limpeza acontece no mesmo momento da coleta do óleo

armazenado. Em seguida, será anotado o volume do óleo coletado, em impresso próprio, especificando todos os

dados necessários para um futuro acerto da compra com o cliente. Todo o óleo coletado é encaminhado para a

empresa, onde será tratado. Cada bombona é identificada segundo o código do cliente fornecedor.

Recentemente, a Recóleo vem desenvolvendo um projeto de instalação de tubulações em domicílios para captar

o óleo utilizado sem o consumidor precisar sequer sair de casa.

Depois de transportado para a Recóleo, o óleo é peneirado, aquecido, e colocado nas caixas de

decantação, onde permanecerá por 24-48 horas. Após esta etapa, o óleo passa por um sistema de filtragem

Veículo por onde são feitas as coletas do óleo em cada

estabelecimento. Fotografia: Nathalia Foureaux.

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Lagoa da Pampulha, lar de um dos cartões postais mais importantes de Belo Horizonte, há tempos vem

sendo degradada, devido ao despejo de esgoto sem controle das regiões próximas desta e principalmente dos

córregos que desembocam nela. Com o intuito de preservá-la e revitalizá-la,a prefeitura de Belo Horizonte fundou

o Programa de Recuperação de Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha, PROPAM.

Concebido e construído pela secretaria municipal de Belo Horizonte, com a parceria da URBEL

(Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte) e da SUDECAP (Superintendência de

Desenvolvimento da Capital), além dos consórcios com a SLU, COPASA, Fundação Zoo Botânica, prefeitura de

Contagem, entre outros, a PROPAM vem atuando na recuperação da bacia da Pampulha através de análises sobre

as condições ambientais da lagoa relacionadas à quantidade de esgoto e lixo despejados.

No dia 07/08/2013, a turma de Engenharia Ambiental, juntamente com a professora de Ecologia Andréa,

do CEFET-MG, visitou a PROPAM, localizado no bairro Castelo,com intuito de aprender como funciona o

programa, quais atividades eles já colocaram em prática, quais as melhorias foram constatadas e os projetos em

andamento. No local, fomos recebidos pelo coordenador do programa e Engenheiro Florestal Ednilson dos Santos,

que nos orientou e explicou detalhadamente sobre a situação da bacia e o que está sendo executado em favor

desta.

“Se vocês acham que a lagoa está ruim hoje, se não existisse a PROPAM, a lagoa poderia estar muito

pior...”, palavras de Ednilson que deram início à visita. Com o crescimento de Belo Horizonte e Contagem e a

falta de planejamento de urbanização, grandes partes dos resíduos sólidos e dos esgotos acabam sendo despejados

em locais indevidos e sem nenhum tratamento prévio. No caso da bacia da Pampulha, a alta demanda de lixo e

esgoto gerados pela população no entorno, a qual a cada dia aumenta, acabam sendo remanejados para a lagoa ou

córregos que desembocam nesta, e consequentemente o ambiente aos poucos vai sendo destruído.

(desenvolvido na própria empresa), com retenção de partículas sólidas superiores ou igual a cem microns (100

μm). Todos os resíduos sólidos (farinhas, resto de alimentos) são separados, secos e destinados a empresas de

compostagem.

O óleo já tratado é bombeado, a seguir, para os tanques de estocagem. Os vasilhames (bombonas) serão

lavados com detergente neutro e água quente, ficando prontos para nova coleta. Todo o esgoto gerado no lavador

(esgotos não domésticos, END) é tratado segundo o programa PRECEND da COPASA.

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DESTINO FINAL

O óleo de cozinha pode ser reaproveitado de

várias maneiras. Existe uma série de aplicações

industriais para o óleo de cozinha usado. Dentre elas,

podemos mencionar seu uso na fabricação de massa de

vidro, como aditivo no preparo de pré-moldados de

concreto, como solvente de tintas, como matéria-prima

usada na indústria de óleos lubrificantes automotores,

como insumo para cosméticos, como combustível para

caldeiras e, principalmente, para a produção de biodiesel.

Você sabia que: um litro

de óleo jogado na rede de

esgoto irá degradar um

milhão de litros de água?

PROPAM, revitalização através da educação

Por Henrique Figueiredo

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Em resposta à degradação da lagoa e com o propósito de recuperação da mesma, a PROPAM vem

atuando na recuperação da bacia da Pampulha desde 1997 e, como proposta de trabalho, ela criou três

repartições, que dirigem as atividades de revitalização agindo nos vetores de sua degradação, que são: a de

recuperação da lagoa, saneamento ambiental e planejamento e gestão ambiental.

A repartição que atua na recuperação da lagoa prevê atuação direta nos impactos ambientais, de forma a

recuperar tais condições ambientais e seu entorno. Contempla a dragagem da parte assoreada, buscando a

manutenção do seu espelho d‟água e da sua função de amortecimento de cheias; a revitalização da orla; a

implantação do parque ecológico da ilha e da enseada do Zoológico e o tratamento das águas dos córregos

Ressaca e Sarandi.

No saneamento ambiental, atua basicamente na melhoria da infraestrutura urbana, com prioridade para

as obras de contenção das erosões e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Dentre suas ações estão as

intervenções nos sistemas viários e de drenagem, com urbanização de vilas e favelas e na revitalização e

preservação das áreas verdes. Além disso, prevê a solução para o esgotamento sanitário através da implantação

de interceptores de rede de coleta de esgotos nas áreas ainda não atendidas. Atua também na área de resíduos

sólidos com a ampliação da coleta e disposição final adequada para os resíduos.

Já na parte de gestão ambiental, há a atuação nas questões preventivas de manutenção e de controle dos

problemas decorrentes da poluição e da ocupação inadequada do solo.

Em trabalho conjunto com a PROPAM está o CEMAP (Centro de Educação e Mobilização Ambiental

da Pampulha), o qual tem como objetivo incentivar a Educação Ambiental junto aos moradores da Bacia da

Pampulha e atender aos usuários de todas as regionais de Belo Horizonte. Com o lema: “Pampulha, patrimônio

da cidade”, o CEMAP tem como uma de suas principais atividades educativas o Circuito Eco urbanístico de

Percepção Ambiental da Bacia da Pampulha, com enfoque arquitetônico ambiental e cultural, que, no ano de

2004, atendeu a 4800 alunos da rede municipal de Belo Horizonte e prestou formação a 300 educadores em

geral. Através de palestras, eventos ambientais, cantoria ecológica e parcerias, o CEMAP atendeu, em 2006,

14.800 pessoas aproximadamente.

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Maquete da Bacia Hidrográfica da Lagoa da Pampulha.

Fotografia: Nathalia Foureaux.

Palestra do coordenador do programa e Engenheiro Florestal

Ednilson dos Santos. Fotografia: Luis Gustavo.

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Hotel fazenda Estalagem Fazenda Lazer: um

exemplo de sistema de gestão ambiental!

Por Pedro Henrique Furbino

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No dia 28/08/2013 os alunos da disciplina Ecologia Geral do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária

do CEFET-MG fizeram uma visita ao hotel Estalagem Fazenda Lazer, localizado em Carandaí/MG (a 134 km

de Belo Horizonte). Os alunos foram recebidos pelo proprietário-gerente e Engenheiro Ambiental Vinícius

Calais, que nos proporcionou uma oportunidade prática do aprendizado teórico das aulas.

O diferencial da proposta de trabalho apresentada por Calais visa, além do conforto, uma associação de

fatores que refletem em um empreendimento altamente sustentável. Além da infraestrutura do hotel, a área

agrega uma infinidade de programas de recreação especializada, realização de eventos, convenções,

treinamentos e atividades eco pedagógicas. Os projetos eco pedagógicos visam à consciência ecológica e são

desenvolvidos em parceria com instituições de ensino de variados níveis acadêmicos.

Projeto Mata Atlântica

A criação de pastos e campos agropecuários foi o principal motivo de degradação da Mata Atlântica.

Hoje, o hotel está localizado em uma das poucas áreas restantes, mas a proposta do proprietário é restaurar a

mata nativa, criando um “cinturão” ao redor do hotel.

Os alunos fizeram uma caminhada

ecológica guiada por Calais, que foi

introduzindo conceitos referentes à fauna e

à flora do local. A proposta apresentada

pelo engenheiro ressalta a extrema

importância que cada ser desempenha no

bioma, por isso a necessidade de sua

conservação. Durante a trilha, foram

identificadas algumas espécies de plantas

utilizadas nas indústrias de medicina e

cosméticos, bem como a abordagem de

técnicas de plantio e manejo de espécies

nativas. Alunos aprendendo sobre a fauna e flora da Mata

Atlântica. Fotografia: Nathalia Foureaux.

Fotografia: Thayrinne Borges

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Parceiros da Água

Abordando outro tema da visita, esse projeto

visa compreender a disposição e o tratamento da água

no hotel. Por se tratar de uma fazenda, é evidente

ressaltar que o local não conta com sistema

convencional de tratamento de esgoto, como nas

áreas urbanas.

Os dejetos provenientes da cozinha e dos

banheiros são destinados e tratados em fossas

sépticas*. Os dejetos passam por um filtro triturador.

O esgoto é então retido no interior do tanque e as

partes sólidas sedimentam. Essa parte sólida é então

decomposta por bactérias anaeróbicas que provocam

a eliminação de gás metano, gás carbônico e outros

gases. O efluente escoa por uma tubulação na parte

superior do tanque com uma DBO menor, causando

menos impacto ao ser lançado nos corpos hídricos.

Após o tratamento, será adicionado cloro para

garantir a destruição de microrganismos patogênicos.

O proprietário aponta ainda que a fossa é

anualmente higienizada e que necessita de um

acompanhamento constante para garantir condições

favoráveis ao desenvolvimento das bactérias

anaeróbicas. *Fossas sépticas são unidades de

tratamento primário de esgoto doméstico nas quais

são feitas a separação e a transformação físico-

química da matéria sólida contida no esgoto. É uma

maneira simples e barata de disposição dos esgotos

indicada, sobretudo, para a zona rural ou residências

isoladas.

reduzindo custos operacionais e danos ambientais,

que destina os resíduos sólidos do empreendimento.

Vinícius Calais conta com um galpão em que ocorre

uma gestão de reaproveitamento e destinação de

resíduos sólidos do hotel. Inicialmente, o lixo será

quantificado, classificado e separado.

O esterco dos animais, o rejeito orgânico da

cozinha e algumas sobras de poda são encaminhados

para a Compostagem. Os materiais recicláveis são

destinados à Coleta Seletiva. Uma parte das sobras de

comida (lavagem) alimenta os porcos e as cascas de

ovos são trituradas e adicionadas à ração dos animais

para enriquecê-la (como fonte de cálcio). O óleo

descartado é combinado com soda cáustica para a

produção de sabão. Isso tudo reflete 90% de

eficiência de reaproveitamento de resíduos sólidos,

esses outros 10% são destinados a um aterro sanitário

(Casa Grande).

A compostagem* é realizada em um galpão

temático, que segundo Calais facilita e garante a

eficiência operacional dos funcionários, que separam

e rotacionam as pilhas de acordo com um tempo pré-

determinado. Os resíduos são cobertos por palha, o

que evita a proliferação de odor e alguns insetos

indesejados, e ainda garante a temperatura e a

umidade ideais para que a técnica (compostagem)

seja eficiente. *Compostagem é um processo

aeróbico controlado de decomposição da matéria

orgânica por microorganismos. Ela se divide em dois

momentos: a fase termofílica, onde acontece a

biodegradação ativa da matéria orgânica com reações

oxidativas predominantemente em altas temperaturas,

e a fase de maturação, onde é formado o húmus, que

é a forma estável da matéria orgânica.

Coleta Seletiva, Reciclagem e Associativismo

A partir dessas práticas, o Hotel Estalagem

Fazenda Lazer construiu um outro pilar sustentável,

Fossa séptica utilizada na fazenda. Fotografia:

Thayrinne Borges.

Área onde são armazenadas as composteiras.

Fotografia: Nathalia Foureaux.

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Alimento Orgânico

Diretamente relacionado ao processo de

compostagem, devido à produção e a destinação do

adubo (húmus), a horta é uma outra estrutura que

garante a eficiência sustentável do hotel. O alimento

orgânico tem vários objetivos, dentre eles, a

minimização da dependência de energias não

renováveis na produção, o respeito à integridade

cultural dos agricultores, e a preservação da saúde

ambiental e humana.

A diversidade de vegetais cultivados foi

apresentada aos alunos pelo empreendedor, que

aponta que o maior desafio dessa etapa está

diretamente relacionado à dificuldade em evitar a

proliferação de pragas sem a utilização de pesticidas.

Diante desse impasse, ele desenvolveu um pesticida

natural, à base de sumo de fumo combinado com

pimenta, que ao ser borrifado nas plantas, libera um

odor agressivo aos insetos, afastando-os.

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Os alunos levaram consigo lembranças inspiradoras da

fazenda. Fotografia: Nathalia Foureaux.

Caminhada em meio à Mata Atlântica, guiada por Calais.

Fotografia: Nathalia Foureaux.

Água da nascente no meio da floresta. Fotografia:

Nathalia Foureaux.

Alunos, na companhia da Professora Andréa Rodrigues e de

Calais, conhecendo a fazenda. Fotografia: Luis Gustavo.

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Acontece no Cefet...

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Nova “Chefa” no pedaço.

Por Ricardo Junior

O Departamento de Ciência e Tecnologia

Ambiental (DCTA) tem uma nova chefe. A partir de

uma votação interna, Beatriz Missagia (Bia) é a

nova Chefe do Departamento. Professora no

CEFET-MG há três anos, no qual leciona a

disciplina de Microbiologia Ambiental para os

cursos Técnico em Meio Ambiente e Graduação em

Engenharia Ambiental e Sanitária, Beatriz sempre

se mostra fascinada pelo mundo dos “pequenos” e

importantíssimos seres que compõem nosso tão

vasto planeta e que auxiliam, em muitos âmbitos, os

seres humanos.

Com extrema destreza e comprometimento,

Beatriz revela o mundo antes desconhecido dos

microrganismos para os graduandos. A partir de

muitos seminários e aulas expositivas, mostra que

aqueles são “peças” chaves em vários processos

biológicos importantes tanto no solo, na água e no ar

quanto dentro (e fora) dos próprios seres humanos,

dentre outros.

O curso de Engenharia Ambiental e Sanitária

passa por um momento decisivo, tendo como foco

principal toda uma reestruturação originada pela

futura visita do Ministério de Educação (MEC). No

último dia 22, houve, inclusive, uma reunião do

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE)

na qual ocorreu a aprovação da Grade Curricular do

Curso e o reconhecimento do mesmo dentro da

comunidade cefetiana.

Na visão da professora, o maior objetivo em

curto prazo é auxiliar o departamento na

tomada de decisões pelo significativo momento

pelo qual ele passa. “São muitos projetos e

layouts já aprovados. Agora, basta aguardar o

começo das obras”.

Quanto ao quesito professores, ressalta: “a

questão de contratação de professores não

depende do departamento e sim do

CEFET-MG, que vem negociando junto

ao MEC sobre essa demanda”, afirma

Beatriz. Com o intuito de fomentar a

formação de conhecimento, pretende

“continuar a trazer professores estrangeiros

para que os discentes tenham contato com o

que tem sido feito de novo no mundo”.

O programa Ciência Sem Fronteira

(CSF) tem aberto diversas portas para os

muitos alunos da instituição, sendo o curso de

Engenharia Ambiental e Sanitária um dos que

mais contribui para esta internacionalização

dos discentes: “deve-se continuar a incentivar

a participação dos alunos em programas do

Governo Federal como o CSF”, relata Bia

super motivada para fazer uma gestão de

qualidade dentro do DCTA.

Reportagem: Camila Arantes

Karine Libanhia

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Entrevista com Henrique e Renan sobre a

maratona de eficiência energética

No dia 26/08/2013 ocorreu em Interlagos

(São Paulo) a maratona de eficiência energética que

reuniu 500 universitários com 55 protótipos de 29

universidades de todo o país, a qual tem como

objetivo alcançar as melhores marcas de economia

com motores movidos a Gasolina, Etanol e

Eletricidade. Dentre as equipes, a representante da

nossa faculdade é a ECOFET.

A ECOFET foi fundada em 2007 e faz parte

do NEAC (Núcleo de Engenharia Aplicada a

Competições) do CEFET-MG (Centro Federal de

Educação Tecnológica de Minas Gerais).

Atualmente a equipe é composta por alunos

de graduação dos cursos de Engenharia Elétrica,

Mecânica, Ambiental, Materiais e P, contando ainda,

com a orientação e auxílio de professores da

instituição e de empresas patrocinadoras.

O trabalho realizado inicia-se com o estudo e

elaborações dos projetos posteriormente, adquirirmos

os materiais, efetuamos a montagem dos carros,

realizamos testes e colocamos o resultado à prova na

competição.

Trata-se de um trabalho contínuo de forma que a

cada competição, conseguimos aperfeiçoar nosso

trabalho e aplicar nossos conhecimentos nos carros a

fim de melhorar em qualidade e eficiência.

Nesse ano, a equipe liderada por Ian

Nishibayaski e Warlley Soares teve um desempenho

inédito na competição, alcançou o segundo lugar na

categoria carro elétrico, já a categoria etanol, cujo

titulo de campeão em 2012 era deles, não chegou

nem aos três primeiros do podium.

Após a chegada da equipe, nos tivemos o

privilégio de entrevistarmos dois integrantes da equipe que

fazem parte da eng. Ambiental, Henrique e Renan.

Camila: Essa é a primeira competição que vocês

participam?

Henrique e Renan: Sim, essa é a nossa primeira

participação.

Camila: Como foi o dia a dia de vocês na competição?

Henrique e Renan: O nosso dia a dia foi complicado, pois

sempre que achávamos que o carro estava pronto para a

corrida aparecia um problema para resolver.

No primeiro dia , quando chegamos em

interlagos, a equipe só teve tempo pra colocar as malas no

hotel e fomos direto para o kartódromo. No local,

começamos a fazer os teste no motor pra ver se ele ligava

e após a resposta positiva deste, começamos a regular o

modulo de injeção do motor, detalhe é que a regulagem

durou o dia inteiro e só saímos da oficina por volta de 4 da

manhã.

No segundo dia, ainda sem ter regulado o modulo

100%, em um dos teste com o motor, um rolamento que

estava fixado no eixo dele quebrou e nos tivemos que

correr atrás para comprar. Com muita dificuldade

conseguimos e seguimos o teste em frente e quando foi

umas 2 da manhã, finalmente, testamos o carro no chão, o

resultado, o motor não conseguiu empurra o carro,

frustrante. Seguimos a noite trocando o motor que estava

no carro por um reserva.

Equipe Ecofet em Interlagos. Fotografia: Henrique Figueiredo

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Henrique e Renan: A competição, embora seja acirrada,

tem um clima de grande amizade entre a maioria das

equipes e a cordialidade entre elas foi fundamental para

realizar trabalhos, visto que muitas vezes nos faltavam

ferramentas que foram emprestadas por outras equipes.

Camila: Quais as maiores dificuldades de participar de

uma competição desse nível?

Henrique e Renan: Os testes que são realizados para os

carros entrarem na pista e o próprio carro completar as

voltas estabelecidas no tempo certo são dificuldades

enormes, porque constantemente falhas ocorrem e os testes

não são completados.

Camila: Em fim, qual foi o maior aprendizado nessa

viagem?

Henrique e Renan: O aprendizado tirado nessa viagem

foi que o espirito de equipe é o maior bem já existente no

mundo, pois quando um grupo de pessoas está unido e

correndo atrás de um objetivo não a nada que os parem.

Após a competição, a equipe ECOFET vai entrar de férias

para poderem descansar um pouco e no final de setembro

eles irão retornar as atividades, com novas propostas para

o carro e muitas novidades para que no próximo ano mais

vitórias sejam alcançadas.

No terceiro dia, primeiro dias de vistoria e teste

valendo marca na pista, os carros não tiveram sucesso,

tanto o etanol quanto o elétrico, mas mesmo assim

seguimos em frente.

Já nos próximos dias, continuamos o trabalho

árduo sobre os carros até que no dia 30/08 a marca da

vitória foi imposta, 42,651 KJoules, a qual nos rendeu o 2

lugar na competição.

Camila: Com relação à competição, quantas categorias

são disputadas?

Henrique e Renan: São três categorias disputadas,

gasolina, etanol e elétrico.

Camila: Quais categorias vocês participaram?

Henrique e Renan: Participamos da categoria etanol e

elétrico.

Camila: Qual foi o aprendizado que vocês tiveram com

essa maratona?

Henrique e Renan: Aprendemos bastante sobre os carros

elétricos e etanol, mas também em como lidar com

problemas em equipe, estratégias sobre menor consumo de

combustível, e os resultados alcançados com o trabalho em

equipe fora gratificantes.

Camila: O que vocês acharam dessa competição?

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SAINDO DA ZONA DE CONFORTO...

Este semestre trouxe algumas revelações muito

positivas. Que seremos futuros Engenheiros

Ambientais e Sanitaristas que são, por excelência,

profissionais muito dinâmicos e que transitam por

diversas áreas do saber, isso já era claro. Mas que

também seríamos desafiados a montar, por exemplo,

um jornal de forma a compartilhar de vários

conhecimentos da área ambiental, isso sim foi uma

surpresa. Vamos aos fatos: Chegamos a algumas

disciplinas neste semestre com uma ideia e fomos

plenamente desafiados a mudar nossa postura diante

das múltiplas situações propostas. Desde maquete,

visitas técnicas, palestras em outro idioma (espanhol),

odores não muito agradáveis (dá-lhe ETE onça),

dentre outras.

Como em todo o semestre, os alunos de

Ecologia Geral são desafiados a buscarem e construir

um projeto científico (árduo trabalho). De início,

confusão a vista: o que fazer, como fazer, vai dar

tempo? Muito sufoco e muita correria. São

experimentos que dão errados, alguns que tiveram de

ser repetidos, outros que demandavam visita constante

à sala que funciona como Laboratório de Ecologia.

Perguntas muitas vezes sem respostas, indagações

internas, um certo “entendi” quanto a algumas

orientações que, na verdade, não se fazia ideia da

trilha a se seguir... São momentos esses que fazem

toda a diferença. Resiliência é algo aplicado em

materiais, mas que pode também ser inserido em

nosso contexto. Sem perseverança não rola. Sem

aceitar mudar concepções também não. Engolir seco,

não é bom, mas pode ser necessário. Algumas

lágrimas podem rolar. Mas faz parte né? Ninguém

disse que seria fácil... e nem seria tão gratificante se o

fosse. Olha que legal: sabia que solo tem solução? Em

minha

primitiva ideia solo era sólido e ponto! Sem muito

“frufru”. Mas tem, acredita? Sabia que protex( o

sabonete lá) nem é tão “protex” assim??? Até uma

Wetland tem ação semelhante! Wetland? O que é

isso? É galera, muitas informações... sorção,

dessorção, absorção, adsorção... termos semelhantes

mas que tem significados correlacionados mas que

não são a mesma “coisa”.

Ah, mas nem só de sufoco vivemos.

Tivemos aulas e dizeres bem engraçados da

professora de microbiologia (salve chefe!),assim

como caras e bocas da mesma. Tudo super

dinâmico, mas uma ralação quanto a vários

trabalhos, seminários, visita técnica.

Quase no fim fizeram uma viagem para uma

Estalagem (eu não fui, raiva interna do trânsito).

Fiquei sabendo, por terceiros, que foi uma

experiência ímpar na qual vivenciaram um projeto

superinteressante dentro de uma ótica sustentável,

aliando lazer ao uso daquele local para atividades de

conservação ambiental, compostagem, tratamento

de esgoto.... Foram muitos carrapatos que curtiram,

e muito, o sangue da galera. Até competição para

ver quem tinha mais carrapatos fizeram, pode? Mas

ao que tudo indica foi um momento ímpar de

d„estresse no qual a diversão gerou muito

conhecimento e o fez criar raízes bem sólidas.Já

estava, antes mesmo de ir, imaginando o quanto

comeria e disseram-me que a comida era muito boa

mesmo e os funcionários da estalagem muito

receptivas para com os visitantes. Um dia de muita

paz, caminhadas, observações quanto à

grandiosidade da natureza... sensações que com

certeza ficaram no ideário dos alunos por muito

tempo. Então tá né! Acho que falei por demais. Mas

é tanto para contar que se não parar vão mandar-me

voltar para zona de conforto e para lá não voltarei

tão cedo!

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Percepção Acadêmica

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Por Ricardo Junior

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OPINIÃO

A consciência ambiental e o desenvolvimento sustentável na

construção do Engenheiro Ambiental

„Um aprendizado específico foi que para se fazer um

bom artigo é preciso ter um bom referencial teórico,

caso contrário a análise dos resultados se torna uma

tarefa bem difícil. De modo geral, a disciplina

acrescentou muito conhecimento, visto que ecologia

engloba temas amplos, que são de grande utilidade no

contexto do Engenheiro Ambiental.‟

Ana Luisa Sales

„O semestre de ecologia foi bastante proveitoso. Essa

matéria dá uma direção para o curso depois de passar

pelo ciclo básico, e nos da a primeira percepção real

do curso. As visitas técnicas foram muito boas para o

aprendizado de alternativas sustentáveis e aplicações

da área. Os projetos foram apesar de trabalhosos

bastante educativos no quesito de montar algo que

pode realmente se efetivar na área gerando um

avanço no campo de pesquisa e soluções tecnológicas

sustentáveis.‟

Camila Arantes

„A disciplina de ecologia geral é bastante prática,

possibilitando a aplicação dos conhecimentos

adquiridos até então no curso. É uma disciplina que

exige esforço e dedicação , diria que uma iniciação

científica em 4 meses, ou quem sabe o início do

caminho para a elaboração do TCC.‟

Gabriela Barroso

„A disciplina de ecologia foi extremamente importante

para nosso desenvolvimento acadêmico, pois embora

trate de uma temática específica nos mostrou a

vivência dos trabalhos práticos de uma forma

abrangente. Exigiu trabalho em grupo, pesquisas,

comprometimento e dedicação na elaboração do

nosso projeto que com certeza será o primeiro de

muitos. Deixou lições valiosas com os conhecimentos

transmitidos pelas palestras.‟

Gabriela Xavier e Vanessa Pedrosa

„Disciplina muito proveitosa. Pudemos ter contato

direto com tudo aquilo estudado em sala de aula,

mostrando na prática realidades e soluções

sustentáveis que todo bom engenheiro ambiental deve

saber. Além, também, de vivenciar de maneira mais

intensa o que é CRIAR um trabalho científico, e em

grupo! A disciplina, da maneira que nos foi

apresentada e lecionada, foi importantíssima para o

desenvolvimento acadêmico do aluno.‟

Gustavo Dutra

„As palestras e visitas técnicas proporcionadas pela

matéria de ecologia geral foram muito interessantes e

de grande aprendizagem, pois, tivemos o privilegio

de conhecer os projetos ambientais aplicados em

Belo Horizonte e, ainda por cima, nos informamos

mais a respeito da atuação do engenheiro Ambiental

no mercado de trabalho. Já a elaboração do artigo

cientifico, essa etapa foi incrível, nos permitiu viver a

vida de um pesquisador, passando por todos os

processos de uma pesquisa, desde a elaboração do

referencial teórico ate a formulação do artigo.

Contudo, essas experiências foram de grande valor

para a construção de nossos caminhos como futuros

engenheiros.‟

Henrique Figueiredo

„As visitas técnicas agregaram novos conhecimentos

e experiências aos alunos, nos permitindo maior

compreensão das áreas de atuação do Engenheiro

Ambiental.‟

Karine Libanhia

„Com a disciplina ecologia geral unimos o

aprendizado à pratica, com isso nos aproximando

mais da nossa realidade. As diferentes palestras,

visitas técnicas e principalmente o projeto nos

possibilitou sair um pouco do ambiente de sala de

aula para poder, como falam, botar a mão na massa,

e assim descobrirmos experiências novas, que com

toda certeza nos ajudarão em um futuro próximo.‟

Luis Gustavo Cadavid

„A disciplina de ecologia nos permitiu ter um contato

maior e mais proveitoso com o curso, nos

direcionando mais para a realidade prática do

mesmo, que em minha opinião, é de extrema

importância! A experiência de visitas, palestras,

projetos de pesquisa complementaram o que

aprendemos em sala de aula, tornando tangível o

conhecimento adquirido. ‟

Nathalia Foureaux

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„O que a disciplina de Ecologia Geral nos

disponibilizou neste semestre, por meio de palestras,

projeto e visitas, foi um conteúdo riquíssimo que nos

educou como melhores preservadores do meio

ambiente, nos formou para sermos futuros

educadores, estimulou nossa inserção no campo de

tecnologias sustentáveis e, consequentemente, por

meio de tudo isso, ampliou nossa visão e nos fez mais

sonhadores com relação ao nosso curso de

Engenharia Ambiental.‟

Nicholas Phillip

„A disciplina de Ecologia Geral acrescentou novos

conhecimentos e aprendizados, através de visitas

técnicas, palestras e da elaboração dos projetos.

Com isso foi possível aplicar e ver na prática o

conteúdo que aprendemos dentro da sala de aula.‟

Paula Ferreira

„A experiencia e o conhecimento adquirido nas aulas

de Ecologia Geral durante este semestre foi notável.

Tivemos a oportunidade de visualizar em campo, o

conteúdo abordado nas aulas; assistimos

profissionais qualificados; produzimos o nosso

primeiro projeto acadêmico. Foi uma disciplina

produtiva em todos os aspectos.‟

Pedro Henrique Furbino

„Estar apenas em sala de aula, muitas vezes, não nos dá

a percepção real de tudo o que aprendemos. Visitas

técnicas e situações reais como as que nos foram

proporcionadas nos mostram o quão importante é o

nosso papel no mundo, como pessoas e como

profissionais.‟

Priscila Costa

„O aprendizado com a disciplina ecologia geral foi

fabuloso porque cada dia dedicado ao projeto era uma

forma de ver como podemos aprender sobre trabalhar

em grupo, pesquisar, descobrir e conhecer novas

coisas. Os dias em sala de aula não eram simplesmente

conteúdos repetitivos e já vistos mas aplicações no dia-

a-dia com palestras,seminários e trabalhos sobre a

matéria e conteúdos dela aplicados a engenharia. Os

esforços foram compensados com o jornal e todos

levam um conhecimento fundamental para a matéria de

ecologia de comunidades e todo o curso.‟

Renan Ansaloni

„Foi uma disciplina produtiva, pois tivemos a

oportunidade de ter uma visão mais ampla sobre a

nossa futura profissão e enriquecemos com conteúdos

além do que foi ensinado na sala: as palestras, visitas

técnicas e também o projeto que desenvolvemos.‟

Yu Ju Shen

Para refletir...

O futuro do planeta depende da educação e da consciência de cada um de nós, a

mudança necessária está nas pequenas ações diárias.

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Fique por

dentro!

Conheça alguns termos utilizado durante as reportagens!

HORIZONTAL

1 Um processo aeróbico controlado de decomposição da matéria orgânica por microorganismos, realizado no hotel

fazenda visitado pelos alunos, em Carandaí.

2 Sigla correspondente à quantidade de oxigênio consumido na degradação da matéria orgânica no meio aquático

por processos biológicos.

3 As bactérias __________ podem viver na ausência de oxigênio e, em uma fossa séptica, decompõem a parte

sólida provocando a eliminação de gás metano, gás carbônico e outros gases.

4 Muito além de conhecer o nosso meio ambiente, precisamos zelar por ele. E não se zela por alguma coisa,

somente conhecendo ou refletindo sobre. É preciso por „as mãos na massa‟. E o que se espera de cada um de nós, é

isso: Consciência Ambiental!

VERTICAL

1 É uma reação química causada pela absorção de fótons de luz, refere-se ao aumento da velocidade de uma

fotoreação pela ação de um catalisador, que foi muito abordado por um palestrante internacional.

2 É uma unidade de tratamento primário de esgoto doméstico de forma simples e barata utilizada, também, na

fazenda de Vinícius Calais.

3 É uma substância química que pode ser aplicado no tratamento de água, na inativação de bactérias, na limpeza

de superfícies e no tratamento da poluição do ar, foi brilhantemente abordada pelo Dr. Julian Andrés.

4 É a forma estável da matéria orgânica, formado por um processo a altas temperaturas, na fase de maturação.

Por Priscila Costa