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E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?Carlos Drumond de AndradeCarlos Drumond de Andrade

assadas as eleições e a grande expectativa de se saber quem lograria o sufrágio dos eleitores, tornando-se o nosso dirigente maior, evocamos as bênçãos do

G∴A∴D∴U∴ no sentido de orientá-lo (a) na condução de seu governo e no destino de nossa nação, pátria do Avatara da Era de Aquarius!

PPEstá em voga comentar que nossa Sacrossanta

Instituição anda, há muito, distante das decisões políticas do país. De fato, já há quase um século, desde o “Estado Novo”, que não percebemos a participação direta da Maçonaria no cenário sócio-político brasileiro. Refugiamo-nos em nossos Templos e passamos a assistir à “Nau Brasil” a navegar à sorte das ondas, por mares revoltos e infestados de tubarões.

Proibiu-se a discussão política e religiosa em nossos Templos. De benfeitores da humanidade, tornamo-nos omissos espectadores dos problemas de nosso povo. Perdemos o poder de interferir como instituição e nos reduzimos a protestos estéreis de alguns Irmãos que, vagamente, lembram-nos a fibra dos ilustres Maçons do passado.

Em verdade, quando da chegada da Maçonaria ao Brasil, por volta das primeiras décadas do século XIX, havia, apenas, dois movimentos: o monarquista e o antimonarquista, encabeçados por Bonifácio e Lêdo, embora ambos tivessem o mesmo ideal: a Independência do Brasil. Hoje, a realidade é bem outra. Temos um pluripartidarismo, com o absurdo de 27 partidos políticos. Bem mais agravante, nossa Ordem, banhada pela vaidade de seus dirigentes, encontra-se fragmentada em uma infinidade, cada vez maior, de “potências”, se é que a palavra, etimologicamente, pode definir assim. Cada “potência”, que nasce, dilacera e mata, um pouco mais, a nossa Ordem, contrariando o dito popular, “a união faz a força”.

Neste pleito, foram eleitos alguns Maçons, reeleitos outros, mas, ainda assim, não temos uma expressiva Bancada Maçônica. Assistimos, com tristeza, a cada eleição, dentro de uma mesma “potência”, a vários candidatos disputando o mesmo cargo, uma demonstração de individualismo, desorganização e descomprometimento com a coletividade. Se pudéssemos aviar uma receita para essa doença (vaidade), indicaríamos a leitura diária, pela manhã, do livro bíblico Eclesiastes (Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!).

De certo, recolhidos em nossos Templos, pelo menos, da ritualística, estamos cuidando direito! Ledo engano! O que vemos, em muitas Lojas, é uma total profanação, por falta de conhecimento e consciência do que seja uma Escola Iniciática, tornando-as “clubes de serviços”, para atender interesses pessoais de alguns.

Os cargos de VVig∴, que têm como principal função

ministrar as instruções, viraram trampolins para se chegar ao Veneralato. Não mais se aplicam, aos AAp∴ e CComp∴, as instruções, são, apenas, lidas, e, diga-se de passagem, mal-lidas, desrespeitando-se pontuação e prejudicando a compreensão do seu conteúdo. Mal se cobram os Trabalhos para ascender aos Graus. Chegando-se ao Mestrado, diz-se que se atingiu a plenitude dos direitos maçônicos e não mais é preciso estudar ou apresentar P∴ de Arq∴. Lamentavelmente, tais Mestres serão os guias de novos AAp∴ e CComp∴, cegos guiando cegos à beira de um precipício.

Em se falando de Mestre, mas, agora, de fato e de direito, prestamos nossa singela homenagem ao “Velho Mestre”, nosso querido Raimundo Rodrigues, articulista de nossa Revista, que nos deixou no dia 03 de outubro. O G∴A∴D∴U∴ o chamou, deixando-nos saudosos e carentes. Esses expoentes da cultura maçônica têm partido tristes, embora com a certeza do dever cumprido, por terem, muitas vezes, “jogado pérolas aos porcos”. Siga em paz sua vereda, “Velho Mestre”, pois, em vida, fez-se imortal, através de suas belas Obras.

Que esse Editorial sirva para refletirmos sobre o que responder quando nos perguntarem: “Que vimos fazer aqui?” Dentro desse escopo, como Matéria de Capa, apresentamos o texto “Resgatando o Saber das Antigas Escolas de Mistérios”, publicado no site da Sociedade Teosófica. Dentro do mesmo objetivo, destacamos a sinopse do trabalho “Os Doze Trabalhos de Hércules e a Evolução da Alma” (o texto completo está disponibilizado em nosso site, para download), de autoria de nosso Irmão Alfredo Roberto Netto, reforçando, com excelência, a importância de melhor entendermos nosso papel como Iniciados Maçons.

Conheçamos a história da Antiga Ordem dos Jardineiros Livres, matéria de autoria do Irmão Marcelo Del Debbio. Tal Ordem possuía incrível semelhança com a nossa em seus símbolos e paramentos.

Depois de sua chegada ao Brasil, em maio de 2009, no Rio Grande do Sul, será criada, neste mês de novembro, em Mato Grosso, mais uma Loja da Shriner Internacional, uma Ordem Filantrópica Paramaçônica. Portanto, para o deleite de nossos leitores, a coluna Ordens ParaMaçônicas, traz a matéria “A Ordem Shriner Internacional”, a Antiga Ordem Arábica de Nobres do Santuário Místico.

Certo de que estamos contribuindo, positivamente, através da informação séria e da conscientização de nossos diletos leitores, para que nossa Ordem volte ao patamar de comprometimento de outrora, com o objetivo, de fato, de fazer feliz a humanidade, continuaremos, denodadamente, imbuído de nossa altruística tarefa de levar a cultura maçônica ao seio das Lojas, estimulando o estudo e a pesquisa e valorizando o Quarto de Hora de Estudos.

Encontrar-nos-emos na próxima edição! ?a b

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CapaCapa – – Resgatando o Saber das Antigas Escolas de MistériosResgatando o Saber das Antigas Escolas de Mistérios....CapaCapaEditorialEditorial.....................................................................................2.....................................................................................2Matéria da Capa Matéria da Capa Resgatando o Saber das Antigas Escolas de MistériosResgatando o Saber das Antigas Escolas de Mistérios..................33DestaquesDestaques – Os Doze Trabalhos de Hércules – Os Doze Trabalhos de Hércules...................................................5.5Informe Cultural Informe Cultural – Bodes do Asfalto....................................7– Bodes do Asfalto....................................7Ordens Paramaçônicas - Ordens Paramaçônicas - A Ordem Shriner Internacional …..A Ordem Shriner Internacional …..88

Trabalhos Trabalhos A Antiga Ordem dos Jardineiros Livres............. A Antiga Ordem dos Jardineiros Livres............. ...................10...................10 Círculo Entre as Paralelas – Um Símbolo Maç. EsquecidoCírculo Entre as Paralelas – Um Símbolo Maç. Esquecido .....12.....12 Quem Foi Alberto Mackey?....................................................14 Quem Foi Alberto Mackey?....................................................14

LançamentosLançamentos Livros (Zélia Scorza / Reinaldo Pinto / Paulo Simon)........16 Livros (Zélia Scorza / Reinaldo Pinto / Paulo Simon)........16 Ficha Técnica.............................................................................16

Resgatando o Saber das Antigas Escolas de MistériosResgatando o Saber das Antigas Escolas de Mistérios

m dos maiores acervos do conhecimento humano era o transmitido na antiguidade por

intermédio das escolas de mistérios. Esses colégios da sabedoria antiga eram instituições onde se educavam as pessoas na ciência da vida, transmitindo-lhes um conhecimento essencial que as preparava para a gigantesca expansão de consciência, conhecida no Ocidente sob o nome de iniciação e, no Oriente, sob o nome de iluminação.

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Narra a Tradição que esse conhecimento provém de períodos anteriores à nossa civilização, havendo lembranças remotas desses processos em todas as regiões do mundo. Na cidade do México, os invasores astecas encontraram um imenso complexo, erigido por um povo desconhecido, onde eram feitas as cerimônias de iniciação na pirâmide do Sol. Os astecas denominaram-no de Tenoctiuakan, que significa “lugar onde os homens se tornam deuses”.

Com o colapso da antiga civilização, orientada para a magia e detentora desses conhecimentos, seus sacerdotes plantaram, em todo o mundo antigo, diversos núcleos que deveriam mantê-los e transmiti-los à posteridade. Essa transmissão, entretanto, revestiu-se de um sigilo e de uma reserva absoluta, para evitar os desvios e o mau uso, causadores da extinção daquela antiga civilização. Essa reserva, que tinha a intenção de preservar a humanidade do uso indevido e prematuro desse saber, foi a causa das calúnias e da hostilidade, que o saber oculto

sempre recebeu por parte do poder dominante e do público em geral.Na antiga Grécia, esse saber teve quatro grandes expoentes. O

primeiro foi Orfeu, praticamente, o fundador do helenismo e do ideal grego de busca da perfeição racional, associada à perfeição física e à perfeição artística. No auge do helenismo, o grande nome foi Pitágoras, com sua escola em Crotona, na magna Grécia italiana. No final do helenismo, já no início do período cristão, os dois gigantes foram Plotino e Apolônio de Tiana, sendo que este último foi esquecido por não ter deixado nada escrito.

No antigo Egito, praticamente, toda a religião era estabelecida sobre os alicerces das instituições de mistérios. No Egito, os gregos iam buscar os fundamentos e a inspiração para os mistérios, ainda que os adaptassem a seu próprio modo de ser e de expressão mais livre, fluente, estética, democrática e cosmopolita. Os gregos tinham uma profunda admiração pelo saber egípcio, embora não apreciassem a maneira soturna, formal, ritualizada e supersticiosa com que os egípcios desenvolviam seu culto.

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Quando os exércitos de Alexandre, o Grande, chegaram ao Egito em 332 a.C., os macedônios foram saudados pela população como libertadores do Egito do jugo odioso dos persas. Havia uma afinidade básica entre gregos e egípcios, embora existissem divergências superficiais na forma de culto e de transmissão. Os gregos preferiam que a iniciação fosse menos profunda, mas beneficiasse um maior número de pessoas, com efeitos mais intensos na comunidade, ao passo que os egípcios preferiam uma iniciação absolutamente individualizada. Por outro lado, havia forte antagonismo entre os gregos, de um lado, e os persas e hebreus, de outro. Esse antagonismo decorria do fato de que os gregos buscavam a perfeição estética e a perfeição racional, ao contrário de persas e hebreus, que buscavam a perfeição moral.

Na Pérsia, existiam os mistérios de Mitra, do culto de Zaratustra, que posteriormente se propagaram por todo o império romano.

Entre os judeus, os mistérios foram difundidos secretamente nas comunidades rabínicas com o nome de Cabala.

Os druidas celtas tinham seu colégio estabelecido em Alésia, tendo ele sido destruído durante as campanhas de Júlio César, em 52 a.C. César sabia que, destruindo o colégio dos druidas, estaria encerrado o ciclo da cultura celta.

Entre os islâmicos, os mistérios foram introduzidos através dos sufis e dervixes; entre os

cristãos, nas mãos dos gnósticos e rosa-cruzes.Na Índia, China e Tibete, essa tradição tornou-se aberta e popular,

sendo incorporada à cultura e formando vários extratos dentro das religiões, de acordo com o grau de desenvolvimento almejado. Com exceção da China maoísta, nunca houve, nesses países, um poder dominante que combatesse a transmissão iniciatória. Por isso, ela sempre fluiu de forma livre e desimpedida entre os povos orientais, sem necessitar se ocultar, tal como ocorreu no Ocidente.

Coube à Instituição Maçônica manter vivos os ideais dos mistérios no Ocidente, durante esse período de cultura materialista, ainda que a maçonaria tenha perdido a capacidade de transmitir iniciações verdadeiras, passando a transmitir “iniciações simbólicas” como forma de recordar a possibilidade da verdadeira e genuína iniciação, mantendo viva, na consciência humana, a tradição dos mistérios.

A Teosofia moderna e a Rosa-Cruz, também, fazem parte desse esforço de conservação e disseminação da sabedoria antiga ao maior número possível de pessoas.

No Tibete, os mistérios eram celebrados nas criptas dos templos do Himalaia, até a invasão chinesa, em 1950. Após a queda do Tibete e do seu sistema de governo lamaísta, os monges se espalharam pelo mundo e passaram a difundir os preceitos da religião tibetana para toda a humanidade.

O mundo não comporta mais as iniciações fechadas e ultrasseletivas. Numa era de integração humana global, o conhecimento deve ser disponibilizado para servir de elemento de transformação da consciência humana. O Caos do mundo moderno demanda uma mudança radical da consciência humana, para garantir a sobrevivência do planeta e da humanidade como espécie.

Por isso, o conhecimento (ou parte dele), outrora fechado nas escolas de mistérios, está sendo aberto e disponibilizado para toda a humanidade.

Esse resgate das escolas de mistérios tem a finalidade de oferecer a todos os seres humanos a oportunidade de acesso a um saber de ordem superior, capaz de produzir a iluminação possível a cada um, dentro de seu “momento na eternidade”.*Matéria publicada no site http://www.sociedadeteosofica.org.br/ ?

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Os Doze Trabalhos de Hércules e a Evolução da Alma*Os Doze Trabalhos de Hércules e a Evolução da Alma* “Visão Transcendental”

Alfredo Roberto NettoÁries - O Carneiro – A captura das Éguas

Antropófagas.Início do trabalho: por evolução, começa-se a

aprender a controlar a mente, reagindo ao impulso do pensamento.

Na vida do aspirante ao discipulado, ele dá a conotação do período de reorientação e de renovado esforço autoconsciente, e a sua partida naquele estágio final do caminho evolutivo, que o levará para fora do reino humano e o capacitará para fazer a transição para o fim do ciclo das encarnações.

Esse signo é caracterizado por três energias ou impulsos: o de começar, o de criar, e o da ressurreição. O impulso de “começar” pode acontecer por dois caminhos, sendo, primeiro, envolver-se com a matéria, ou seja, simplesmente renascer na carne, ou, em sentido inverso, o da libertação da influência da mesma, da conquista da libertação de suas influências.

O segundo de “criar”, além do significado inicial de criar um corpo específico para si, representa o trabalho da alma aprisionada para se libertar dessa prisão.

O terceiro representa a criação do corpo espiritual para a necessária libertação.

Esse signo traz em si, portanto, o começo da vida física e o começo da espiritual, a criação física e a criação espiritual, a emergência física e a libertação espiritual. É o signo que governa a cabeça, consequentemente, o mesmo do pensamento; por essa razão, o cavalo representa os pensamentos.

Taurus - O Touro - A Captura do Touro de Creta.Segunda conquista é aprender a natureza do

desejo, transmutá-lo em aspiração, dominar o sexo e usá-lo corretamente; assim, capturar o Touro de Creta. Expressa a relação entre dois polos, o positivo e o

negativo, entre o “Eu” e o “Não-Eu”, entre o Espírito e a Matéria, entre o Macho e a Fêmea, e a estabilidade, ou equilíbrio, entre os mesmos. É a prova da sexualidade e da sensualidade.

A difícil tarefa do correto uso das forças sexuais, é representada nessa segunda tarefa. Para Hércules, o Touro representava o desejo animal.

Gemini - Gêmeos - Os Pomos de Ouro de Hespérides.

O progresso do candidato, até então subjetivo e caracterizado pelo pensamento e pelo desejo, consegue expressar-se no plano físico. Nesse signo, alcança o

conhecimento de si mesmo como um ser trino, e colhe as Maçãs do Conhecimento, subordinando à sua vontade os três corpos de seu “eu menor”, ou inferior: o Corpo Físico, o Corpo Astral (a natureza que sente o desejo) e o Corpo Mental (Mente).

Então, no Plano Físico, no campo do cérebro e em consciência vigil, o discípulo tem que registrar o contato com a Alma e reconhecer-lhe as qualidades. A grande lição resume-se no fato de que os candidatos não podem esquecer-se de que não basta mais ser um visionário místico, mas há que

somar à realização mística o conhecimento oculto da realidade.O conhecimento adquirido, que lhe permite

compreender melhor a Criação, um sincero desejo do Bem, o caráter refinado e uma pureza de intenções, sem o serviço ao próximo, com o esquecimento de si próprio, de nada valem no progresso espiritual do iniciado. Como todos que buscam com sinceridade, o Iniciado liberta-se do mundo da miragem psíquica, pseudo-espiritual e começa a servir.

Corpo, Alma e Espírito, Inteligência, Amor e Vontade, visualizados e contatados pelo aspirante desprendido por meio do Serviço ao próximo, a verdadeira Fraternidade.

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Câncer – Caranguejo - A Captura do Cervo Dourado.

A faculdade superior da Intuição é desenvolvida, simbolizada pela captura da corça, sentido sensível e difícil de conquistar. Em ciclos de vidas anteriores, o candidato transmutou o Instinto em Intelecto; agora, deve transmutar o Intelecto em Intuição. As correspondências superiores a todos os poderes inferiores têm de ser desenvolvidas e utilizadas.

Intuição, uma extensão da consciência, um sentido de percepção altamente desenvolvido, que dá ao candidato a visão de novos campos de contato espiritual e lhe desvela um novo mundo de ser.

Leo – Leão - A Morte do Leão de Nemeia. O Leão de Neméia representa, essencialmente, a

personalidade coordenada, dominante, pois todo aspirante tem de ser um indivíduo altamente desenvolvido, com os tríplices aspectos do “eu inferior” fundidos, portanto, potentes além da média. Tem uma mente ativa e dela faz uso. Suas emoções, fundidas às suas reações mentais, apresentam-se excepcionalmente poderosas. Portanto, tem de matar o leão de sua personalidade, matar aquilo que ele mesmo criou; o egoísmo, o instinto de autopreservação têm de dar lugar ao altruísmo, que é, literalmente, a subordinação do ego ao todo.

Bloquear as emoções pessoais e, com isso, a recusa em continuar a levar uma vida pessoal e egoísta. Em Leão, vemos a mente cósmica expressando-se no indivíduo como a mente racional inferior, e é esse aspecto inferior que tem de ser sacrificado; é a pequena mente do Homem subordinada à mente universal. O desafio do Aspirante: o domínio do “Eu Inferior” e a conquista da sua autoafirmação individual perante a Eternidade.

Esse quinto trabalho tem um significado especial, uma vez que o número cinco, esotericamente, é o número do Homem. É um filho de Deus, somado ao quaternário, que consiste na sua natureza quádrupla inferior: o Corpo Mental, o Corpo Emocional, o Corpo Etérico e o Corpo Físico. Nos quatro trabalhos e signos anteriores, esses quatro corpos foram trazidos a um relacionamento maior com a Alma.

As cinco primeiras tarefas – Áries, Touro, Gêmeos, Câncer e Leão - são consideradas como o período do Caminho Probatório de todo candidato à libertação espiritual.

Virgo - A Virgem - A Tomada do Cinturão de Hipólita.

É o primeiro trabalho como candidato já aceito para futura Iniciação. Vale lembrar que, assim como em Áries, o primeiro trabalho no “Caminho do Discipulado” é realizado de forma imperfeita, com falhas.

É o grande alerta, pois todo candidato, mesmo os mais

avançados, sempre está sujeito a erros e enganos que podem afastá-lo da conquista almejada, razão pela qual nunca deve baixar sua guarda. Novas oportunidades surgirão, porém precioso tempo pode ser perdido. Mas o dia da restauração, a inevitável restauração de seu rumo, chegará.

Em Virgem, ocorre a 1a Grande Iniciação, o nascimento do Cristo Cósmico no coração, acontecimento, que ocorrerá tanto no Plano Físico como no Transcendental.

Libra – a Balança - A Captura do Javali de Erimanto. É a prova da 2a Grande Iniciação; diz respeito ao Corpo

Emocional, do Desejo. Os pares opostos são equilibrados (Físico e Emocional) e demonstram estar preparados para as provas maiores do signo seguinte.

Scorpio – o Escorpião - A Destruição de Hidra de Lerna.

É o teste supremo. É a libertação da Grande Ilusão da vida material, a libertação da percepção dos nevoeiros e

miasmas, miragens e aparências, atrás dos quais a Realidade Espiritual se esconde. Controlou-se e demonstrou-se capaz de superar o Desejo; tem postura e é equilibrado em seu ponto de vista; agora, como não é mais dominado pelas aparências e pode caminhar na Luz, o Peregrino da Espiritualidade se

torna um “Construtor Social”.Sagitarius - o Arqueiro - A

Morte dos Pássaros de Estinfalo.É a consumação da tarefa

iniciada em Áries, que ratifica o uso e o controle do pensamento. Agora, já como um Mago, com seus poderes espirituais

ativados, acaba com todas as tendências de usar seu pensamento destrutivamente. É a

grande encruzilhada de todos os Iniciados: a opção de se tornar um Mago Branco ou Negro.

Capricórnio - o Bode - A Morte de Cérbero, o Guardião de Hades.

Como um Iniciado, aparece diante do mundo como um “Salvador”, um liberado Filho de Deus, capaz de trabalhar em qualquer plano, no “Inferno”, na “Terra” e no “Céu”.

Cérbero, o cão de três cabeças, retrata a elevação da Personalidade, o aspecto tríplice da Matéria, até o Plano Maior da Vida, o Plano Espiritual.

O Iniciado demonstra ter sofrido o necessário desenvolvimento e experimentado as provas fortalecedoras, que o capacitaram a enfrentar, com êxito, a experiência da 3a

Iniciação, a da Transfiguração.Os dois signos seguintes apresentam o Iniciado liberado

do trabalho de “Construtor Social” ou “Salvador do Mundo”. Suas provas não são mais pessoais, mas universais em sua aplicação. Demonstram a inclusividade da consciência e a vastidão dos métodos empregados pelo discípulo, que subiu a montanha em Capricórnio e não tem mais quaisquer problemas pessoais.

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Aquário - o Carregador de Água - A Limpeza dos Estábulos de Augias.

O Iniciado derrama as “águas limpadoras” da espiritualidade para a limpeza das sujeiras humanas. Este é o grande significado desse trabalho.

Torna-se um veículo das verdades espirituais entre os homens.

Características do Iniciado: Serviço Impessoal, Trabalho Grupal e Auto-Sacrifício.

Em Aquário, o discípulo se torna um Mestre Servidor.

Pisces - os Peixes - A Captura do Gado Vermelho de Gerião.

O Iniciado é um Missionário, ou um “Salvador Mundial”, com tarefa de elevar a humanidade como um todo. É a tarefa que o liberta do Ciclo das Encarnações. ?

*Esta matéria é, apenas, uma sinopse do trabalho original. Para a melhor compreensão do tema, acessem e baixem o trabalho, na íntegra, (84 páginas), clicando no link abaixo:http://www.entreirmaos.net/wp-content/uploads/2010/10/Os-Doze-Trabalhos-de-Hercules.pdf

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Bodes do AsfaltoBodes do Asfalto“Maior Moto Clube do Brasil”

Luiz Maçaneiro empresa RankBrasil, responsável pelos Recordes Brasileiros, homologou, após comprovação, o título de Maior Moto Clube do Brasil,

considerando o número de 4.274 integrantes. Contudo, na noite da entrega do troféu, o MCBDA já possuía 4.443 integrantes no Brasil, mais Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Guiana Francesa, EUA, Bélgica, França e Japão. A solenidade realizou-se em Curitiba, no dia 24 de setembro de 2010, e contou com a presença de inúmeros motociclistas, além do Irmão Edson Sobrinho – fundador e Presidente do MCBDA - e do Irmão Operito de Poços de Caldas, MG, local que sediará o 3º Encontro Nacional, em novembro/2010.

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O MCBDA foi fundado virtualmente, em 1º de agosto de 2003, em Feira de Santana, BA, e seu crescimento foi favorecido pelas comunicações via internet (www.bodesdoasf

a lto.org.br).São

realizados encontros locais, regionais e estaduais em todo

o Brasil, fortalecendo os laços de amizade entre os irmãos das três Potências Reconhecidas. Em 2007, realizou-se o 1º EBAN – Encontro dos Bodes do Asfalto Nacional em Curitiba - reuniu 570 pessoas de vários Estados do Brasil. Em 2009, aconteceu o 2º EBAN, em Florianópolis, 1.208 pessoas.

No início de 2010, aconteceu o 1º Encontro Internacional – EBAI - em Assunción, PY, onde existe uma Facção com sete integrantes. Na mesma noite, foi lançado o livro do MCBDA, contando histórias de vários de seus integrantes.

Em novembro de 2010, são esperadas 2.000 pessoas em Poços de Caldas, MG, para o 3º EBAN. Segundo o Irmão Presidente, Edson Sobrinho, o crescimento do MCBDA é contínuo e está preparado para chegar aos 10.000 associados.

Alguns Irmãos, membros do Moto Clube Bodes do Asfalto, em alguns estados do Brasil, decidiram criar Lojas Maçônicas, compostas por integrantes MCBDA. Hoje, já existem algumas em funcionamento. Acessem o blog “Filhos de Hiran” (http://filhosdehiran.blogspot.com/2010/10/lojas-maconicas-

fundadas-por.html ) e confiram (N. Editor). ?

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A Ordem Shriner International A Ordem Shriner International Francisco Feitosa

eu nome original é Imperial Council of the Nobles of the Mystic Shriner, mais conhecida por Shriner, do inglês shrine, "santuário". A Ordem Shriner International é uma entidade filantrópica paramaçônica,

fundada em 1872, possuindo, atualmente, cerca de 450.000 membros (Mestres Maçons). Sua doutrina baseia-se no companheirismo, amor fraternal, auxílio mútuo e nos princípios maçônicos, com o objetivo de apoiar crianças e adolescentes menores de 18 anos de idade, proporcionando atendimento pediátrico gratuito, de confiança e qualidade, em um dos 22 hospitais dos Shriners do Planeta.

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No ano de 1870, começaram a se reunir, no restaurante Knickerbocker, o Dr. Walter M. Fleming, o Ator William J. Florence, William S. Paterson e Charles T. McClenachan. Influenciados pelas viagens dos dois primeiros ao Oriente Médio, organizaram o que, mais tarde, seria a Ordem Shriner. Com 13 membros, elegeram a primeira Diretoria.

Atualmente, suas convenções anuais reúnem milhares de Irmãos, que comparecem com bandas de música e carros alegóricos, realizando uma cerimônia pública, constituída num verdadeiro "show". Os Shriners (templários) são conhecidos como a parte divertida da Maçonaria, e as grandes cidades americanas disputam a primazia de abrigá-los.

O Shriners Internacional apoia os Shriners Hospitals for Children (Hospitais Shriners para Crianças), sistema internacional com 22 hospitais, dedicados aos cuidados de saúde das crianças, proporcionando atendimento pediátrico, investigação inovadora e excelentes programas de ensino.

O Shriners Hospitals for Children foi fundado em 1922 e dedica-se, inteiramente, ao tratamento de crianças atingidas por doenças deformantes. Mantém 22 hospitais infantis, sendo 19 para doenças deformantes em geral e três para recuperação de queimaduras. Entretanto, as contribuições do Shriners Internacional destinam-se, também, a diversas obras sociais e à manutenção de um circo, que percorre o território estadunidense, revertendo toda a renda para suas obras.

Desde sua fundação, os "Shriners" já dispenderam mais de um bilhão de dólares aos seus hospitais, onde os doentes são tratados, exclusivamente, sem custo. Em 1922, foi fundado o primeiro Hospital Shriner para crianças, em Shreveport, com regras singelas: assistência séria e gratuita, dirigida a menores de 14 anos, a fim de proporcionar mudanças reais nas condições de vida dos menores assistidos.

Proporcionam ampla gama de serviços médicos, diagnósticos, cirurgias, próteses, radiografias e serviços de reabilitação, incluindo atividades de lazer e apoio ao ensino dos menores. Desde 1922, os Hospitais Shriners têm melhorado, consideravelmente, a qualidade de vida de mais de 865.000 crianças com problemas ortopédicos e lesionadas por queimaduras.

Os hospitais estão à disposição de todas as crianças sem distinção de raça, gênero, nacionalidade e religião. Não há custos para o paciente e seus familiares pelos serviços e tratamentos médicos prestados nesses hospitais. Os custos são subsidiados pela Fraternidade Shriner, por meio da contribuição de seus membros, doações em geral e eventos organizados para esse fim. Outras

contribuições para os Hospitais Shriners são as doações de propriedades, os seguros de vida e disposições testamentárias.

Os Hospitais Shriners contam com um Centro de Tratamento Familiar diferenciado que acompanha o processo de recuperação do paciente. Prestam especial atenção ao ambiente em que se desenvolve o tratamento da criança. Essa política diferencia os hospitais Shriners de outras instituições hospitalares.

Escoliose (curvatura da espinha), Osteogênese imperfeita (enfermidades da fragilidade óssea), Problemas Ortopédicos em crianças com paralisia cerebral, Deficiências das extremidades e problemas em seu crescimento, Problemas Ortopédicos com Espinha Bífida e mielodisplasia (paralisia dos membros devido à falha congênita do desenvolvimento da espinha e os nervos da mesma), Diferenças de longitude nos membros inferiores, Problemas Ortopédicos resultantes de desordens neuromusculares, Raquitismo, Reumatismo Artrítico Juvenil, Complicações Ortopédicas e deformações produzidas por graves queimaduras, dentre outros problemas.

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O atual Presidente do Conselho de Administração Shriners Internacional e Shriners Hospitais é o Irmão Jack H. Jones, filiado à Loja Hillsborough nº 25, na cidade de Tampa, na Flórida, RitoYork; Membro Nacional da Cruz Vermelha de Constantino; Membro da Ordem de Quetzalcoatl e Sojourners National; Grau 33º do Rito Escocês Antigo e Aceito; Inspetor Geral Honorário Legião de honra dos DeMolays; Membro Emérito do Supremo Conselho DeMolay Internacional; receptor da Grand Cross DeMolay. Em 2006, foi agraciado com o Prêmio do Potentado Imperial do Mérito, a mais alta honra na Fraternidade Shriners. Eleito Grão-Mestre Honorário da Ordem DeMolay, em 2009.

A Ordem possui, em fileiras, 450.000 Mestres Maçons. Sua direção suprema é o Potentado Imperial, localizado em Tampa, Flórida, EUA. Possui 191 Templos, espalhados pelos EUA, Canadá, México e Panamá, e vários Clubes por 46 países.

Dada a grandeza de suas obras, o Shriner é reconhecido e avaliado pela ONU como a Entidade do gênero mais importante do Planeta.

O Memorial Nacional Maçônico a George Washington, em Alexandria, Virgínia, EUA, possui três salas no andar térreo, ocupadas numa exposição do Imperial Council of the Nobles of the Mystic Shriner, que retrata muitas das atividades do Reino do Templo (Shrinedom). A sala do Conselho possui uma galeria com fotos dos Oficiais do Conselho Imperial e dos Past-Potentados Imperiais. Um grande mural, assinado pelo Irmão Allyn Cox, ocupando toda uma parede da sala, mostra a "Peregrinação a Meca".

No memorial, são vistos retratos de muitos líderes patrióticos, atuais e do passado, que usaram a vestimenta vermelha dos Nobres do Reino. O trabalho caridoso e assistencial dos Shriners dá grande crédito da população à Maçonaria, pois é desenvolvido sem discriminação de raça ou religião.

No ano de 1992, a Grande Loja do Estado de São Paulo foi obsequiada pelo Nobre Potentado dos Shriners de Los Angeles, Califórnia, EUA, representada pelo Irmão John M. Cunningham, que doou à Biblioteca quatro livros e selos comemorativos maçônicos. De acordo com a informação, prestada pelo, então, Grande Secretário de Relações Exteriores da GLESP, Irmão João Zimermann

Filho, os livros, no original inglês, serão um deleite aos Irmãos que conhecem a língua.

Em fevereiro de 2009, houve mais um contato com a Diretoria do Shriners International, em Los Angeles, feito pelo Grande Secretário de Relações Exteriores da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul (GLMERGS), Marcos Hans. Os responsáveis pela expansão internacional, o Nobre Douglas Maxwell (Imperial Potentate) e o Nobre Alan Madsen, imediatamente, deram apoio à formação do Shriner, no Brasil.

Assim, em maio de 2009, trazido dos EUA pelo Ir∴Marcos Hans, com a ajuda e orientação do Shriner Uruguay (Clube de Almas do Uruguai), nas pessoas dos Nobres Victor Valverde e Hector Massioti, foram iniciados, em Montevidéu, nove brasileiros, dentre eles, os Irmãos Gilberto Moreira Mussi, Grão-Mestre da GLMERGS e João Otávio César Lessa, Grão-Mestre Adjunto da GLMERGS.

Em 21 novembro de 2009, em cooperação com Shriners Almas de Washington, DC, USA, e com Shriners Uruguay e Shriner Rio Grande do Sul, os Irmãos Genilto Nogueira, Antonio Kato, Jadson Barros de Oliveira e João Aparecido Porto, representaram a Maçonaria Matogrossense como fundadores do Shriner dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

A Ordem chegou a Mato Grosso através do Ir∴ Rubens Carlos de Oliveira, Grande Secretário do Exterior da GLEMT, que recebeu do Ir∴Marcos Hans da GLMGS e, simultaneamente, pelo Ir∴Genilto Nogueira da ARLS Henrique José de Souza nº 49, Or∴de Cuiabá, jurisdicionada à GLEMT, que recebeu o Ir∴ Claudio Volpe da ARLS Estrela do Norte II, Or∴de Mandaguari, PR, GOB.

Foram iniciados com a gratificante missão de organizar o Shriner em todo o território nacional, torná-lo dinâmico e cumprir a tarefa, a que os Shriners se propõem há mais de um século: auxiliar as crianças necessitadas.

O requisito básico para a iniciação é ser Mestre Maçom regular. A perda da condição de mestre maçom ativo do quadro de uma Loja Simbólica, pertencente a uma das três potências regulares do Estado de Mato Grosso, é motivo para a automática exclusão, como sócio ativo do Shriner Brasil Central.

Por decisão da organização em Mato Grosso, os Aprendizes e Companheiros poderão participar, sem iniciar, até a sua exaltação.

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Está marcada para o dia 20 de novembro de 2010, a solenidade de iniciação de mais de 100 Mestres Maçons ao Shriner Brasil Central, Clube com sede no Oriente de Cuiabá, Mato Grosso. Filiar-se-ão, também, mais de 30 médicos com residência em Mato Grosso, além de outras filiações do estado de Tocantins.

O Eminente Grão-Mestre Júlio Tardim, GOB-MT, representará as potências reconhecidas pela CMI - Confederação Maçônica Interamericana. Na oportunidade, será recebida uma caravana do Potentado Americano Almas Shriners de Washinghton, DC, com os Nobres Shriner Sir Paul Friedlander, a primeira dama Teresa Friedlander e o Embaixador para a América do Sul, Kröger Ricardo Rodriguez. Também, confirmaram presenças uma comitiva do Uruguai, capitaneada pelo Nobre Shriner Pablo Fontaina, além de autoridades Shriners do Canadá e do México.

A Comissão Provisória do Shrine Brasil Central, formada pelo membro vitalício, Nobre Shriner, Embaixador e Presidente Genilto Nogueira, pelos Membros João Aparecido Porto, Antônio Kato, Marcelo Sandrin, Jadson Oliveira Barros e Luiz Antônio de Carvalho, coordenou a eleição da primeira Diretoria

definitiva do Shriner Brasil Central, em 14 de Agosto de 2010, ficando como Embaixador Internacional o Nobre Shriner Ir∴ Marcelo Sandrin; como Embaixador Nacional, o Nobre Shriner Ir∴ Willian Douglas. O Conselho de Administração ficou assim constituido: Presidente - Genilto Nogueira; 1º Vice-Presidente - João Apararecido Porto; 2º Vice-Presidente - Antônio Carlúcio; 3° Vice-Presidente - César Vidotto; 4º Vice-Presidente - Antônio Kato; Secretário

Geral - André Luiz Teixeira; Secretário Adjunto - Luiz Antônio de Carvalho; Tesoureiro - Jadson Oliveira Barros; Tesoureiro Adjunto - Ronaldo de Carvalho.

A Ordem chega ao Brasil com objetivo de fazer mais um trabalho de benemerência digno de nossa sociedade. O objetivo da fundação do Clube é estar habilitado para encaminhar, gratuitamente, aos hospitais dos

Estados Unidos, pacientes de 0 a 18 anos, para serem tratados de problemas graves, relacionados à ortopedia, queimaduras, lábio leporino e espinha bífida, dentre outras especialidades médicas, sem custos de hospital, visando, ainda, a construção de um Hospital no Brasil para integrar a rede Internacional Shriner.

Maiores informações através do e-mail [email protected]. ?

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Antiga Ordem dos Jardineiros LivresAntiga Ordem dos Jardineiros Livres Marcelo Del Debbio

ecentemente, o Irmão Bob Cooper, curador do Museu e Biblioteca da Grande Loja da Escócia, publicou um excelente livro sobre a Antiga

Ordem dos Jardineiros Livres.RR

Ele dá uma noção de uma Fraternidade cujos emblemas e diplomas são semelhantes aos da Maçonaria, embora não tão antiga como a nossa Maçonaria, já existia há trezentos anos, antes de entrar em um declínio dramático no início do século XX.

As insígnias da Ordem são muito semelhantes aos emblemas da nossa Ordem. Nesse caso, o esquadro e compasso estão em forma regular, mas, em vez da letra “G”, os emblemas dos Jardineiros têm uma faca de poda em aberto.

A Loja Hawthorn foi fundada em Bothwell, em 1796, e é uma das mais antigas de Livres Jardineiros; em

Uddingston, a Loja Bluebell foi formada em 1874, dois anos antes da Loja St. Bryde, em Baillieston; a Loja Adelphi foi fundada em 1863, uma Loja independente (não filiada à Grande Loja dos Jardineiros); a Loja Livingstone Thistle foi fundada em Blantyre, em 1877, e a Loja Daisy, em Bellshill, em 1876.

É certo que a antiga Loja Hawthorn, existente em Bothwell, em

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1796, foi criada pelo grande número de jardineiros “operativos”, que trabalhavam nas fazendas de Bothwell Castle. Mas essa Ordem, cujas as origens, quase certamente, fincaram-se na Escócia, muitos anos antes da Inglaterra e da Irlanda, como uma organização fraterna, é como a nossa própria Ordem, que, em tempos antigos, teve um início “operativo”.

Os primeiros indícios da existência da mesma são encontrados em um livro de atas, datado de 16 de agosto 1676, o qual começa com a “Criação da Fraternidade dos Jardineiros de East Lothian”, constituída por quinze regulamentos.

Em um registro de 1º de Maio 1677, 66 membros assinam uma “obrigação”, comprometendo-se a manter a boa ordem e a melhorar o orgulho e a honra dos Jardineiros Livre locais. Na Escócia, o século XVII foi marcado por uma agitação social considerável, devido às guerras dos Covenanters, após a assinatura do Pacto Nacional, em 1638, um protesto contra Charles I pelas inovações eclesiásticas. Após a restauração da monarquia Stuart, em 1660, o Episcopado foi reintroduzido na Escócia, em 1662, e os sucessores dos signatários do Pacto Nacional marcaram a segunda fase das guerras, que se mantiveram até, aproximadamente, 1689. A fazenda do Duque de Lauderdale (1616-1681) era a Thirlstane Castle (aproximadamente, 17 milhas de Haddington). Como Comissário para o Parlamento Escocês e Secretário de Estado, ele foi Governador Virtual na Escócia. Sua influência foi particularmente forte em Haddington, onde tinha parte de uma fazenda Abadia.

Em 1672, cinquenta de seus “dependentes” (seus servos, retentores e cocheiros) foram feitos Burgueses da cidade por sua insistência, e, novamente, em 1678, ainda mais, seus apoiantes foram feitos Burgueses.

Durante o ano de 1679, a cidade estava em tumulto. O Duque de York, que se tornou Rei James VII (Tiago II da Inglaterra), em 1685, veio para a Escócia como Comissário Real. Lauderdale foi responsável por recebê-lo em East Lothian e ordenou que um banquete para 2000 pessoas fosse fornecido pelo município de Haddington, como parte dessa recepção. Em 1688, mesmo com as guerras dos Covenanters chegando ao fim, nesse ano, as tropas de John Graham, de Claverhouse (1648-1689), foram esquartejadas em praça pública, a fim de reprimir as tendências Covenanters da população. O período de 1670-99, também, foi marcado de fome intermitente, podendo ajudar a explicar a ausência total de atas durante esse período.

A fome severa de 1674 e 1675 poderia ter levado à decisão inicial de formalizar a, então, associação de

jardineiros existentes na área. Durante o século XVII, os jardins formais da Coroa e da nobreza começaram a ser copiados pela menor nobreza. A formação da Ordem dos Jardineiros coincide com o crescimento do interesse e da aplicação da arquitetura renascentista por latifundiários, havendo, pois, necessidade de um grande número de jardineiros no trabalho. A adoção de jardinagem clássica como um realce de edifícios é, provavelmente, mais bem conhecida na Escócia a partir do trabalho de John Reid (1655-1723). Seus pensamentos sobre os “jardins de recreio” são registrados em seu livro “Os Jardins Escoceses” e repetem os modelos formais da época.

As evidências disponíveis revelam que uma Loja, em Haddington, existia no final do século XVII; no início do século XVIII, uma em Dunfermline. Três outras vieram a existir no

final do século XVII, em Bothwell, Cambusnethan e Arbroath. Em 6 de Novembro de 1849, foi realizada uma reunião na Lasswade, Midlothian, para a qual

todas as Lojas conhecidas foram convidadas para formar uma Grande Loja. Após a reunião, muitas Lojas, até então, desconhecidas para as outras, entraram

em contato. Através da diligência da primeira “Grand Lodge Office Bearers”, outras foram identificadas em toda a Escócia e dadas a conhecer umas as outras.

Em meados do século XIX, há registros de uma explosão de novas Lojas. Em 1859, a necessidade de uma melhor organização tornou-se aparente e uma reunião de Lojas foi convocada para ser realizada em Edimburgo, onde “mais de cem Lojas estiveram representadas”. O tema principal do debate foi a forma que a Grande Loja deveria tomar. O debate se concentrou em a Grande Loja ser ou não um único corpo permanente, ter uma estrutura Provincial, ou ser uma Grande Loja nômade como os Jardineiros Livres tinham na Inglaterra. Os detalhes não são claros, mas um compromisso parece ter sido alcançado com a formação de uma Grande Loja do Oriente e uma Grande Loja do Ocidente. A Loja de Dunfermline recebeu um convite para participar da Grande Loja, o qual foi recusado. Sabia-se que existiam vinte Lojas de Jardineiros anteriores a 1849 – antes de qualquer organização central. Após a formação da primeira Grande Loja, em 1849-69, diversas foram formadas, incluindo três na América e uma em cada milícia local. As últimas, à medida que foram acontecendo as deliberações formaram-se em 1905.

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Também, é interessante notar que, como a Maçonaria, a Antiga Ordem dos Jardineiros admitiu membros não-jardineiros em uma fase inicial de seu desenvolvimento, com uma taxa mais elevada do que a de um jardineiro. Desde o início, então, a Ordem aceita a admissão de não-jardineiros como um prêmio. East Lothian era, e é, uma área de terra agrícola rica e tinha, e tem, muitas casas de campo grandes. Haddington é a cidade do condado, e ter uma Loja ali situada era bastante lógico, já que esse era o centro de atividade do país. Outros centros de população eram relativamente pequenos, então, para Haddington viriam os proprietários de terras, certamente, em dias de mercado, para realizar negócios e recrutamento de trabalhadores, incluindo os jardineiros.

A Loja teria sido o ponto central de contato. Em essência, os proprietários de terras não tinham nada a ver com o “ofício de jardineiro”, mas os benefícios mútuos de uma associação mais estreita entre os dois grupos sociais foram reconhecidos pela Grande Loja, como indicado na Constituição, e a admissão de “Nobres”, “Cavalheiros”, era claramente uma vantagem financeira para a Loja. Também, é provável que esteja envolvido um elemento de legitimação da Loja, especialmente, dada a inexistência de qualquer “status” oficial. É mais difícil estimar o que os não-jardineiros ganhavam decorrente da adesão. É possível que tenham satisfeito a sua curiosidade e/ou conselho solicitado. Um elemento de “voyeurismo” não pode ser descontado.

Uma ata da Loja mostra que era fornecida assistência prática aos proprietários de terra, especialmente, no fornecimento de produtos. Por exemplo, em 1693, um proprietário de terras de Athelstoune comprou duas dezenas de couves-flores, e um de Nunland, um quilo de sementes de alho-poró. Esse registro foi feito durante o último grande período de fome, que durou a partir desse ano até 1699. Por volta de 1704, a oferta e venda de plantas e sementes tinham terminado, ou, pelo menos, essas atividades não foram registradas em ata. Isso

pode indicar que a necessidade imediata de ter tal seguro, como uma base contra a escassez de alimentos, tinha diminuído. Outras disposições estão preocupadas com o controle do ofício da jardinagem. Por exemplo, nenhum irmão devia, “Induzir ou seduzir seu Irmão Aprendiz ou Servo, ou adquirir serviços para ele, a menos que sua liberdade fosse obtida ou dada primeiro”, e “Irmãos admitidos deverão dar o seu melhor conselho a seu irmão de nivelamento, de campanha, plantio e tratamento da terra”.

O Irmão Bill Perry, P∴M∴, Secretário da Robert Burns Lodge nº 440, gentilmente, emprestou um avental dos Jardineiros, pertencente a um membro de sua família. O Avental esteve em exibição no gabinete de exposição, no hall de entrada, como um complemento a esse artigo.

A última Loja dos Jardineiros Livres funcionou na Escócia, até os meados de 1950, mais de 250 anos após a primeira Loja de Jardineiros ser fundada, em Haddington.

A organização extinta deixou uma riqueza de instrumentos, privilégios reais, joias, livros de ata e outros itens de interesse, que, durante o escoar do tempo, começou a ser perdida.

Em 2002, um grupo de indivíduos, interessado na história dos Jardineiros Livres, resolve tentar restabelecer a Ordem na Escócia, inicialmente, com a criação de uma Sociedade de Preservação, cujo objetivo era angariar itens valiosos da Ordem, que estavam sendo perdidos.

Na África do Sul e Austrália, existiu Loja de Jardineiros Livres, e providências

foram tomadas para manter contato com os Jardineiros livres daqueles países, que estavam chegando à Escócia, de férias, para se reunirem e formarem uma Loja. Isso foi alcançado com êxito, e uma Loja foi fundada. Estamos, agora, na quarta Loja a ser criada na Escócia, e o interesse pela Ordem parece estar crescendo.

O livro de Bob Coopers pode ser obtido na Grande Secretaria, pelo preço de £10 (dez libras). Nossos agradecimentos a Bob por sua permissão para reproduzirmos as informações de seu livro. Fonte: http://www.stbryde.co.uk. ?

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Círculo Entre as ParalelasCírculo Entre as Paralelas“Símbolo Maçônico Esquecido”

David Melo“...Em toda Loja regular, bem formada e constituída, existe um ponto dentro de um círculo pelo qual um Maçom não pode errar; esse círculo é limitado entre o Norte e o Sul por duas grandes linhas paralelas, uma representando Moisés, outra, o Rei Salomão; na parte superior, fica o volume da Lei Sagrada, que suporta a Escada de Jacó, cujo alto alcança o céu."

(Instrução Maçônica Inglesa.)

sse importante Símbolo Maçônico, pouco difundido entre nós, é, na realidade, complexo, isto é, composto por vários outros. Analisaremos cada um dos símbolos componentes por si, e, depois, a compreensão que podemos ter do conjunto. O círculo, que, também, pode ser representado por uma serpente mordendo a própria cauda, o Oroborus,

é dos mais antigos, simbolizando a de eternidade – o universo sem começo ou fim, completo em si e totalmente sábio.EE

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O ponto no centro do círculo representa a unidade absoluta, o centro da Criação, o princípio gerador universal, o G∴A∴D∴U∴. O círculo com um ponto central remonta ao antigo Egito, onde era um símbolo da escrita hieroglífica egípcia, simbolizando os fonemas |rá| e |hru| e tendo por significado o Sol, dia, fonte de vida, símbolo de Deus no céu, Aton, meio-dia.

Por ocupar um lugar central no círculo, o ponto fica equidistante de todos os pontos da circunferência, demonstrando a relação equânime do G∴A∴D∴U∴ com toda a sua Criação, seu amor igualitário por todos os seus filhos. Como tudo que está em cima é como o que está embaixo, o círculo com um ponto central, também, simboliza o homem (círculo), o qual traz dentro de si a semente divina, o Eu Sou, a qual espera o momento propício para germinar (ponto).

As duas linhas paralelas que ladeiam o círculo representam São João Batista e São João Evangelista, padroeiros da Maçonaria Operativa ou Cristã, simbolizando, também, os solstícios de verão e inverno (21 de junho e 22 de dezembro), que coincidem com os aniversários desses Santos no calendário da Igreja. Para os cabalistas, que muito influenciaram a Ordem no início da Maçonaria Especulativa, as linhas paralelas simbolizam Moisés e o Rei Salomão.

Sobre o Rei Salomão, o Zoar (Livro do Esplendor) assim se refere quando Ele penetrou no âmago do Jardim das Nozes, conforme está escrito: "Desceu ao Jardim das Nozes, apanhou uma casca de noz e começou a estudá-Ia. Observou, então, que existia uma analogia entre as camadas da casca de noz e os espíritos que geram os desejos sensuais nos homens, como está escrito, e as delícias dos filhos dos homens provêm dos demônios masculinos e femininos" (Ecles. 2, 8).

O Sagrado sentiu que, para assegurar a permanência, era necessário pôr todas essas coisas no mundo, metaforicamente falando, sob a forma de um cérebro, rodeado por numerosas membranas. Do núcleo místico primitivo à mais exterior de todas as camadas, esse princípio orienta a organização tanto do mundo superior como do inferior. Tudo serve como invólucro: cérebro dentro de cérebro, espírito dentro de espírito,

concha dentro de concha. (Zoar - Gênese - O Começo.) O Rei Salomão, portanto, conforme essa descrição

cabalística, representa, além da sabedoria, o arguto espírito científico, a observação minuciosa das coisas da natureza, a comparação inteligente entre a natureza e o ser humano, que deve guiar todo Iniciado.

Sobre Moisés, fala o Zoar: "Prevendo o aparecimento de três gerações de pecadores - a de Enoque, a do Dilúvio e a da Torre de Babel - Deus retirou sua alegria da luz. Depois, deu-a à mãe de Moisés, quando ela, ainda, mantinha-o escondido, durante os três meses subsequentes ao seu nascimento. Quando, mais tarde, Moisés foi levado à presença do Faraó, Deus retirou-lhe a luz e só a devolveu quando ele subiu ao Monte Sinai para receber a Torah”.

Moisés conservou-a, então, até o fim de sua vida e, por essa razão, os israelitas não podiam dele se aproximar, sem que ele cobrisse o rosto com um véu (Êxodo, 34,33; Zoar – O Começo - A Primeira Luz). Moisés é, segundo o Zoar, um portador da Verdadeira Luz, um ser espiritualizado, pois viu a Deus, isto é, era detentor da verdadeira Gnose, do autoconhecimento, depois de uma vida sofrida e cheia de atribulações.

Guiando-se pelas paralelas (Rei Salomão - Estudo, Sabedoria e Conhecimento Científico / Moisés - Elevação Espiritual, Autoconhecimento, Abnegação por Amor a Deus), o Maçom não pode errar, nenhum ser humano

pode errar, pois estará germinada a semente no centro do círculo.

Podemos, ainda, interpretar esse símbolo da seguinte maneira: as paralelas representam as Colunas B∴ e J∴, que dão entrada aos nossos Templos, o círculo representa a própria Loja, ou seja, o universo que ela encerra; o ponto central é o próprio G∴A∴D∴U∴, presidindo nossos trabalhos, distribuindo o Verdadeiro Amor a todos os OObr∴.

Só assim nos podemos tornar, verdadeiramente, justos e perfeitos. Portanto, felizes os justos nesse mundo e no que há de vir, pois, sobre eles, fundamentam-se seres superiores e inferiores. Tanto que está escrito: "O justo é a base do mundo" (Prov. 10,25 / Zoar - Gênese - Um selo em teu coração). ?*O autor pertence à Loja Estrela do Planalto - Oriente de Curitibanos – SC.

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Quem Foi Albert Mackey?Quem Foi Albert Mackey?Sebastião Branco Rodrigues

lguns autores e obras são citados constantemente na maioria dos livros pela sua importância cronológica e, mais ainda, pela contribuição

imprescindível, que deram na organização de nossa Instituição. Poderíamos mencionar os trabalhos eternos de Joseph Paul Oswald Wirth, Robert Freke Gould, George Kloss, William Hutchinson, René Guénon, Wilhelm Begemann, Eliphas Levy, Alec Mellor e tantos outros não menos importantes. Trataremos, aqui, de maneira breve, da obra de Albert Gallatin Mackey, possivelmente, o mais citado de todos os autores, fato que se deve, especificamente, a um de seus legados.

AA

O americano Albert Gallatin Mackey, talvez, tenha sido o mais importante historiador e jurista maçônico que aquela nação já produziu. Segundo seus próprios compatriotas, até hoje, não se avaliou, adequadamente, as consequências que seus trabalhos tiveram sobre a Maçonaria, não só americana, mas também de todo o mundo.

Dos Irmãos Americanos, que conquistaram fama internacional no mundo maçônico, vários foram escritores, cujos trabalhos ajudaram na formação e na extensão da luz maçônica; dentre eles, nenhum escreveu tão volumosamente como o fez Mackey.

Nascido em 12 de março de 1807, na cidade de Charleston, no estado americano da Carolina do Sul, Albert Mackey graduou-se com honras na faculdade de medicina daquela cidade, em 1834. Praticou sua profissão por vinte anos, após o que dedicou, quase que completamente, sua vida à obra maçônica. Recebeu o grau 33, o último grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, e tornou-se membro do Supremo Conselho, onde serviu como Secretário-Geral durante anos. Foi nessa época que manteve uma estreita associação com outro famoso maçom americano, Albert Pike.

Participou como membro ativo de muitas lojas, inclusive a legendária “Solomon's Lodge nº 1” (http://www.solomonslodge.org/main.htm), fundada em 1734, ainda hoje, a mais famosa e mais antiga, operando continuamente na América do Norte. Ocupou inúmeros cargos de destaque nos mais altos postos da hierarquia

maçônica de seu país. Pessoalmente, o Dr. Mackey foi considerado

encantador por um círculo grande de amigos íntimos. Seu comportamento representava bem o que, entre os americanos, é chamado de cortesia sulista. Sempre que se interessava por um assunto era muito animado em sua discussão, até mesmo eloquente. Generoso, honesto, leal, sincero, mereceu bem os elogios e qualificações que recebeu de inúmeros maçons de destaque.

Um revisor da obra de Mackey disse que, como autor de literatura e ciência maçônica, ele trabalhou mais que

qualquer outro na América ou na Europa. Em 1845, ele publicou seu primeiro trabalho, intitulado “Um Léxico de Maçonaria”; depois disso, seguiram-se: “The True Mystic Tie”, 1851; “The Ahiman Rezon of South Carolina”, 1852; “Principles of Masonic Law”, 1856; “Book of the Chapter, 1858”; “Text-Book of Masonic Jurisprudence”, 1859; “History of Freemasonry in South Carolina”, 1861; “Manuel of the Lodge”, 1862; “Cryptic Masonry”, 1867; “Symbolism of Freemasonry and Masonic Ritual”, 1869; “Encyclopedia of Freemasonry”, 1874; “Masonic Parliamentary Law”, em 1875.

Mackey esteve até o fim da vida envolvido com a produção de conhecimento maçônico. Além dos livros citados, contribuiu com

frequência para diversos periódicos e, também, foi editor de alguns. Por fim, publicou uma monumental “History of Freemasonry”, que possui sete volumes. Um testemunho da importância e popularidade, que os livros escritos por Mackey têm, é o fato de que muitos deles são editados até hoje e estão à venda em livrarias, inclusive pela Internet. No Brasil, por exemplo, é possível encontrar, pelo preço aproximado de R$54,00, um exemplar de “History of Freemasonry” (http://www.sodiler.com.br/index.cfm). No site da livraria Amazon (www.amazom.com), tida como a maior da Internet, é possível adquirir 26 edições diferentes, quando se procuram livros, usando como referência as palavras Albert Mackey. Para quem tem habilidade de leitura em inglês, é possível ler um livro inteiro de Mackey disponível na Internet. O título "Symbolism of Freemasonry” ou o Simbolismo na Maçonaria, de 364 páginas, que poderá

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ser baixado gratuitamente: Clique Aqui Dos muitos trabalhos, que o Dr. Mackey legou à

posteridade, um julgamento quase universal identifica a “Encyclopedia of Freemasonry” como a obra de maior importância. Anteriormente à publicação desse livro, não havia nenhum de igual teor e extensão em qualquer parte do mundo. Essa obra teve muitas edições e foi revisada várias vezes por outros autores maçônicos.

A contribuição de Mackey para o pensamento e leis maçônicas, produto de sua mente clara e precisa, é tida como de fundamental importância. Praticamente, toda a legislação maçônica fundamental é hoje interpretada com base em alguns de seus escritos. É verdade que algumas de suas obras contêm enganos, mas o conjunto é de extremo valor e, em particular, tem especial destaque no mundo todo. A compilação, feita por ele, dos marcos ou referenciais básicos da maçonaria é adotada como fundamento em vários ritos e obediências. Estamos falando aqui dos tão mencionados e conhecidos “Landmarks”.

A primeira vez em que se fez menção à palavra Landmark em Maçonaria foi nos Regulamentos Gerais, compilados em 1720 por George Payne, durante o seu segundo mandato como Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, e adotados em 1721, como lei orgânica e terceira parte integrante das Constituições dos Maçons Livres, a conhecida Constituição de Anderson, que, em sua prescrição 39, assim, estabelecia: "XXXIX - Cada Grande Loja anual tem inerente poder e autoridade para modificar esse Regulamento ou redigir um novo em benefício dessa Fraternidade, contanto que sejam mantidos invariáveis os antigos Landmarks..."

A tradução da palavra Landmark do inglês para o português resulta no substantivo "marco", que, caso consultemos o dicionário Aurélio, tem o seguinte significado: marco [De marca.] S. m. 1. Sinal de demarcação, ordinariamente de pedra ou de granito oblongo, que se põe nos limites territoriais. [Cf. baliza (1).] 2. Coluna, pirâmide, cilindro, etc., de granito ou mármore, para assinalar um local ou acontecimento: o marco da fundação da cidade. 3. Qualquer acidente natural que se aproveita para sinal de demarcação. 4. Fig. Fronteira, limite: os marcos do conhecimento.

Estas definições exemplificam bem o contexto no qual o termo Landmark é utilizado, além de fazer uma

referência quase explícita às origens operativas da maçonaria, quem já construiu algo em alvenaria sabe que a fixação dos marcos é um dos primeiros momentos da obra e um passo fundamental para a sua execução. Sem marcos bem estabelecidos fica muito difícil a obra ser bem executada.

Os Landmarks, que podem ser considerados uma "constituição maçônica não escrita", longe de serem uma questão pacífica, constituem-se numa das mais controvertidas demandas da Maçonaria, um problema de difícil solução para a Maçonaria Especulativa. Há grandes divergências entre os estudiosos e pesquisadores maçônicos acerca das definições e nomenclatura dos Landmarks. Existem várias e várias classificações de Landmarks, cada uma com um número variado deles, que vai de 3 até 54. Virgilio A. Lasca, em "Princípios Fundamentales de la Orden

e los Verdaderos Landmarks", menciona uma relação de quinze compilações.

As Potências Maçônicas latino-americanas, via de regra, adotam a classificação de vinte e cinco Landmarks, compilada por Albert Gallatin Mackey. Deve-se isso à frequência com que Mackey é mencionado, também, entre nós.

Segundo estudiosos do assunto, a compilação de Mackey teve sucesso porque conseguiu ir ao passado e trazer as tradições e costumes imemoriais à prática maçônica moderna. Esse trabalho estabeleceu a ordem em meio ao caos,

fornecendo um ponto de partida para os juristas e legisladores maçônicos que o seguiram.

Fato é que o grande trabalho de Mackey em jurisprudência, e mesmo o que se estende além dos Landmarks ou da jurisprudência, sobreviveu ao teste do tempo. Ainda hoje, é, frequentemente, citado como uma autoridade final. Suas contribuições tiveram, e ainda têm, um efeito profundo e permeiam grande parte do pensamento maçônico moderno. Ao criar sua obra, esse autor estava, na realidade, criando os marcos sobre os quais foi possível edificar grande parte do conhecimento maçônico, que se produziu posteriormente.

Albert Gallatin Mackey passou ao oriente eterno em Fortress Monroe, Virgínia, em 20 de junho de 1881, aos 74 anos. Foi enterrado em Washington, em 26 de junho, tendo recebido as mais altas honras por parte de diversos Ritos e Ordens. Hoje existe, nos Estados Unidos, uma condecoração, a “Albert Gallatin Mackey Medal”, a mais alta concedida a alguém que muito tenha contribuído para a causa maçônica. ?

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Page 16: E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu ... · destacamos a sinopse do trabalho “Os Doze Trabalhos de Hércules e a Evolução da Alma” (o texto completo está

O autor é Desembargador Titular da Quarta Câmara Cível do TJRJ, Professor de Direito e Conferencista em cursos especializados em Perícias Judiciais, Presidente da Banca de Monografia na Escola de Magistratura – RJ e Membro da Academia de Letras, Ciências e Artes Ana Amélia – ALCAN-RJ.“A Obra, em sua 2ª edição, como esclarece o próprio autor, está dividida em quatro partes, de forma a permitir abordagem abrangente, sistêmica, prática e detalhada sobre o tema. Por sua praticidade, clareza e objetividade, conjugadas ao seu ilustre

valor didático e jurídico, a obra não poderia ser mais oportuna. Com ela o seu ilustre autor preenche uma lacuna que existia no tema enfrentado, coloca nas mãos dos operadores do Direito um valioso instrumento profissional e presta mais um relevante serviço à Justiça”. ? Sérgio Cavalieri Filho - Desembargador do TJ/RJ

Trata-se de uma bela coletânea inédita, reunindo os principais trabalhos, nos mais variados temas, apresentados através de Palestras e de Peças de Arquiteturas, em Lojas e Academias Maçônicas nos últimos 2 anos. O autor, Irmão Paulo Simon, considera esta obra como o marco literário de sua ascensão ao Grau 33º, Grande Inspetor Geral. Antônio BenczVale muito a pena conferir! ?

A predestinada autora consegue abordar assuntos reservados, apenas, aos Iniciados em Escola de Mistérios, como Cosmogênese, Antropogênese, a Tradição Oculta, a Sabedoria Iniciática das Idades, etc., e apresentá-los de forma acessível a todos. Em seu último livro, oitavo de uma série, lançado neste mês de setembro, “QUANDO DEUS É FEITO HOMEM – Uma História Contada Pelos Bichos”, Zélia Scorza se utiliza de uma fábula para abordar a polêmica história do “Arcanjo Rebelde”, tão mal interpretada pelas religiões. ? Feitosa

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rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta como mais um canal de informação, integração e

incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, gratuitamente, via Internet, para 15.952 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores. Sentimo-nos muitíssimo honrados em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.

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Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisão Ortográfica: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ - 33º

Colaboradores nesta edição: Alfredo Netto – David Melo – Luiz Maçaneiro – Marcelo Del Debbio – Sebastião B. RodriguesEmpresas dos Irmãos Patrocinadores: Acquasolrio - Adalberto Domingues Advocacia - Arte Real Software – CFC Objetiva Auto Escola – CONCIV – Corrêa de Souza Advocacia - Decisão Gestão Empresarial – Gontijo Artigos Maçônicos - Igor Multimarcas – Livro Paulo Simon – Livro Reinaldo Pinto – LocaTherra - López y López Advogados – MMF Brindes - Olheiros.com – Ótica Santa Clara – Oxiferro - Pousada Mantega - Qualizan – Reinaldo Carbonieri Eventos – Restaurante Oca dos Tapuias - Santana Pneus – SivucaVig - Studio Allegro – Supply Marine.Contatos: MSN - [email protected] / E-mail – [email protected] / Skype – francisco.feitosa.da.fonseca / (35) 3331-1288 / 8806-7175

Temos um encontro marcado na próxima edição. Tenham todos uma boa leitura!a b