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Céu e Inferno

Dedicatória

Esta obra é dedicada à todos aquelesque amam a Verdade.

A minha esposa Miriã e a pequenaRebecca, pelo amor e carinho.

Ao meus amigos e irmãos de luta; PauloCristiano da Silva, Pr. Joaquim

Andrade, Pr. Natanael Rinaldi, DaltonGerth, Eliezer Mello, José Carlos P. de

Azevedo e Pr. Marcio Biazi.

Proibida a reprodução totalou parcial desta obra.

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ÍndicePREFÁCIO ............................................................................. 05O CÉU ..................................................................................... 07- O Estado dos mortos ............................................................ 08- O que é a morte? .................................................................. 09- Sheol e Queber...................................................................... 12- O que é terceiro céu? .............................................................14O QUE É O ANIQUILACIONISMO ........................................ 16O INFERNO............................................................................. 20- Considerações a respeito do inferno ..................................... 21- O inferno segundo o Dr. Davis .............................................. 23PERGUNTAS E RESPOSTAS ............................................... 27- Existem espíritos que vagam? ............................................... 27- O que é tornar a Deus? ........................................................ 29- O que é juízo prévio? ............................................................ 31- Devemos orar pelos mortos? .................................. ..............32- O Purgatório realmente existe? ............................................. 33- O lago de fogo é real? ...........................................................36- Na transfiguração quem falou com Jesus? ..............................38- O Messias pode ser aniquilado? ............................................39- Os mortos podem ser cremados? .......................................... 40EXPLICANDO ALGUNS TEXTOS ......................................... 44- O Rico e o Lázaro ................................................................. 44- No sepulcro quem te dará louvor? ....................................... 46- Deixar o corpo .......................................................................47- E os que não alcançaram a promessa? ................................ 47- Não vão todos para o mesmo lugar? .................................... 47- O que sucede aos animais mortos? ............................ ...........48- O que é entrar no descanso? ................................................ 55- Hoje estarás comigo no paraíso .............................................55- “Pregar aos espíritos em prisão” ............................................56- Mas os mortos não sabem coisa nenhuma .............................59- A imortalidade só pertence a Deus? ........................................60- Questões que os aniquilacionistas precisam responder............61CONCLUSÃO ..........................................................................63BIBLIOGRAFIA ..................................................................... 66O QUE É O CACP ....................................................................67

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Céu e Inferno

1º Edição: 11/20062000 livros

Série Desvendando

Categoria1º - Apologético2º - Teológico

Editor:Centro Apologético Cristão de Pesquisas – CACP

Site oficial: www.cacp.org.br

O AUTORJoão Flávio Martinez, formado em teologia pela Escola deEducação Teológica das Assembléias de Deus – EETAD,Apologista e presidente do Centro Apologético Cristão dePesquisas – CACP, graduado e Pós Graduado em História.

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CÉU E INFERNOPREFÁCIO

Vários filósofos não cristãos têmcontestado veementemente a idéia de que ohomem tem alguma parte imaterial, comoalma e espírito. A atmosfera extremamenteracionalista do iluminismo levou a umacrítica da doutrina cristã a respeito da vidapós-morte, taxada como superstição primáriae totalmente destituída de qualquerfundamento concreto. O conceito de infernofoi particularmente criticado pelos agnósticosdo iluminismo. O filósofo Feuerbach alegavaque noções de céu e vida eterna eram simplesprojeção do desejo humano de imortalidade,completamente destituídas de qualquerfundamento objetivo.

Uma crítica mais abalizada dadoutrina da esperança cristã encontra-se nosescritos de Karl Marx. Ele defendia que areligião, de modo geral, procurava confortaraqueles que passavam por sofrimento nestemundo, ao persuadi-los da idéia de uma vidafeliz após a morte. Ao fazê-lo, a religião osdesviava da tarefa de transformar o mundo,de forma a eliminar o sofrimento existente,ou seja, e esperança celestial não passava deuma artimanha para envolver o proletariadoem um engodo. Neste contexto, Marx destilasua ira e afirma que – “A Religião é o ópio dasociedade”.

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Posteriormente, a perspectivailuminista tornou-se bastante desacreditadaem decorrência dos fatos, mas a sua sementeideológica ficou em nosso meio. Essaideologia, de maneira sorrateira, adentrou asportas da Igreja e hoje ocupa destaque nomeio cristão, principalmente entre algumasseitas.

Diante disso, nossa proposta é que oconteúdo deste livro possa esclarecer asdúvidas mais corriqueiras que permeiam amente humana: O que ocorre quando o homemmorre? O que disse Jesus Cristo sobre esse tema? Oque os apóstolos ensinaram sobre isso? Será que oscrentes na doutrina do sono da alma não estãocertos quanto à impossibilidade de vida após amorte? A Ciência também não atesta que o homemao morrer deixa de existir?Se o céu existe, quem éque vai pra lá? Existe purgatório? O homem podeir para o inferno antes de ser julgado? Se a pessoaao morrer fosse para o céu que necessidade haveriade Jesus voltar e nos ressuscitar?[...] Enfim,conjecturas como estas é que tentaremoselucidar.

“Ameaçai-me com o fogo que arde por ummomento, e de pressa se apaga, mas nada sabeis dapena futura, e do fogo eterno reservado aos ímpios”(Policarpo; 69 – 156 d.C.).

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O céu é real. Na era da fantasia, dosefeitos especiais, do misticismo e da apatiaespiritual, é fácil interpretar o céu de maneiraerrada. Mas a Bíblia é bem clara quanto àexistência e ao propósito do céu.

Deus é amor. Por isso Eleprovidenciou um caminho para escaparmosdas trevas do inferno. Para aqueles queaceitam Seu caminho de salvação, Elepreparou um lindo lugar chamado céu. Alireinam a alegria e o descanso supremos. Aliestão totalmente ausentes o pecado, osofrimento, o desapontamento e a solidão.Trata-se de um lugar de glória eterna, napresença do próprio Deus e de Jesus Cristo,ao invés da perdição e angústia eterna (vejaAp. 4:5; 21:4-27; 22:1-5). Você pode chegar aesse lugar confiando em Jesus Cristo comoseu Salvador e Redentor.

O homem tem tanto um corpo materialcomo um espírito imortal. Ao morrer, oespírito do homem retorna para Deus (Ec.12:7). Paulo disse que, quando ele morresse,estaria presente com o Senhor (IICo. 5:6-8; Fl.1:21-23).

Muitas pessoas ficam abstrusas com apalavra “morte”. Elas crêem que ela significa

O CÉU

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aniquilação (sono da alma) ou o fim daexistência. Contudo, a idéia básica na palavra“morte” é separação. A morte materialsignifica separação do corpo e do espírito. Amorte espiritual significa a separação dohomem e de Deus. Quando eu morro, eu nãodeixo de existir, mas de fato minha alma emeu corpo são separados.

Assim, aqui está o que a Bíblia dizsobre a situação dos mortos que exerceramsua fé em Deus: seus corpos retornam ao pó,aguardando a ressurreição. Seus espíritosestão no Céu (Paraíso) com Deus.

Não se enganem, o céu é um lugar real.Não é um estado de consciência ou deespírito. Nem uma invenção da imaginaçãohumana. Nem um conceito filosófico. Nemabstração religiosa. Nem um sonhoemocionante. Nem as fábulas medievais deum cientista do passado. Nem a superstiçãodesgastada de um teólogo liberal. É um lugarreal. Um local muito mais real do que ondevocê está agora. É um lugar real onde Deusvive. É o lugar real de onde Deus veio paraeste mundo. E é um lugar real para ondeCristo voltou na Sua ascensão – com toda acerteza!

O ESTADO DOS MORTOSA morte não é o fim de nossa

esperança. A Bíblia nos informa que até o diada ressurreição estaremos conscientes. Esse

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período, entre a morte e a ressurreição, édenominado de “Estado Intermediário”.

Então surge a pergunta: Por que, então,Jesus se referiu a Lázaro e à filha de Jairo comoestando dormindo, e por que se referiu à morte comosono? (cf. I Co. 15:6, 18, 20). Devido a isso,alguns têm desenvolvido a teoria do sono daalma. Com isso, querem dizer que a pessoacomo um todo morreu e deixou de existir atéser recriada na ressurreição. Moises e Elias,porém, no monte da Transfiguração, sabiamo que acontecia, e conversavam com Jesus arespeito da sua morte, a qual havia de se cumprir(Lc. 9:31). Veremos então que o sono só podeaplicar-se ao corpo.

O QUE É A MORTE?A Bíblia fala de 3 tipos de morte: Física,

espiritual e eterna.

a) Morte física. O seu significado é:dissolução vital do organismo.

O que acontece na morte física?Resposta: alma e espírito separam-se

do corpo.Mas para melhor entender o que é

alma, a Bíblia nos revela quatro designações,a saber:

Primeiro – alma como indivíduo, comocidadão; Rm.13:1.

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Segundo – alma no sentido biológico,isto é, o sangue; Lv. 17:11.

Terceiro – como sentimento dohomem; Mt. 26:38.

Quarto – alma como parte imortal dohomem. Jesus disse: Não temeis o que mata o corpoe não mata a alma (Mt. 10:28).

Quando a Bíblia fala do sono da morte,refere-se ao corpo físico. Jacó falou: Irei edormirei com os meus pais (Gn. 47:30).

No sentido espiritual e eterno, almanão dorme; Ap. 6:9.

b) Morte espiritual. É o estado dopecador separado de Deus. É a separação dacomunhão com Deus; Ef. 2:1. Existe soluçãopara a morte espiritual? Sim, desde que opecador aproxime-se de Deus com umcoração arrependido.

c) Morte eterna. É a eterna separaçãoda presença de Deus – a impossibilidade dearrependimento e perdão. Portanto não hásolução para esse tipo de morte. É chamadaa 2ª morte, porque a primeira é física. Éidentificada como punição do pecado; Rm.6:23. Os ímpios, depois de julgados,receberão a punição da rejeição que fizeremà graça de Deus e, serão lançados no Geena(Lago de Fogo); Ap. 20:14,15. Esse tipo demorte tem sido alvo de falsas teorias querejeitam o ensino real da Bíblia.

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O que é Estado Intermediário?É um modo de existir entre a morte

física e a ressurreição final do corposepultado.

No Antigo Testamento, esse lugar éidentificado como sheol (hebraico), e noNovo Testamento como Hades (grego). Osdois termos dizem respeito ao reino da morte.

A) Os mortos justos. Todos os justos,de Adão até à ressurreição de Cristo, aomorrerem, suas almas (com possível exceçãode Enoque e Elias), desciam ao Paraíso, quenaquele tempo constituía um compartimentodo Sheol ; cf. Gn. 37.35. A parte do sheol emque estavam Abraão e Lázaro é chamado deparaíso (Lc. 16:19-31) de que Jesus falou aoLadrão crucificado ao seu lado (Lc. 23:43).Entretanto, quando Cristo “subiu às alturas”levou cativo o cativeiro, isto é, uma multidãode cativos, os quais eram almas dos justosque estavam em descanso no paraíso (Ef.4:8-10). Assim Jesus transferiu o paraíso para asregiões celestiais. Esse paraíso continuasendo o lugar para onde vão os espíritos dosjustos que ora morrem, só que agora não seacha mais no sheol e sim no terceiro céu (IICo. 12:1-4) ou debaixo do altar de Deus (Ap.6:9).

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Quando Jesus voltar, Ele trará consigoas almas dos que dormem (referindo-se aocorpo) no Senhor (I Ts. 4:14). Essas, unidasaos seus corpos ressuscitados, seguirão parao Tribunal de Cristo onde receberão seusgalardões. Participarão das bodas do cordeiroe depois reinarão com Cristo durante omilênio de paz.

B) Os mortos ímpios. Desde o tempode Adão até o julgamento do grande tronobranco, as almas dos ímpios seguem para omundo invisível, ou seja, o Sheol ou Hadesaguardando o julgamento final quando serãolançados no Lago de Fogo; cf. Nu.16:30,33.

Sheol e Queber - corrigindo um grave erroEmbora haja grande diferença de

sentido entre a palavra “queber” e a “sheol”,certas versões das escrituras têm feitoconfusão entre as mesmas. Por exemplo, Gn.37.35, Jacó expressou-se: “...na verdade comchoro hei de descer ao meu filho à sepultura”. (grifonosso). Este termo sepultura não é a cova,propriamente dito, que no original hebraicoé traduzido por queber, e sim o mundo invisíveldos mortos traduzido por Sheol. A Bíblia,Edição revista e Corrigida, traduz de maneiracorreta este termo em Jó 17.15,16: “Onde estaria

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então agora a minha esperança? Sim, a minhaesperança, quem a poderá ver? Ela descerá até aosferrolhos (portas) do Sheol”.

Observe agora o contraste entre aspalavras Sheol (mundo invisível) e Queber(sepultura, cova, túmulo) no AntigoTestamento.

A palavra Queber: a) usada no plural,b) existe muitas queberes, c) abriga ou recebecadáveres, d) localizada na superfície da terra,e) há uma para cada indivíduo, f) o homemcoloca corpos na queber.

A palavra sheol: a) usada na formasingular (Jó 17.15,16), b) existe apenas umSheol, c) jamais recebe cadáveres, d)localizado abaixo (no centro) da terra, e) lugaronde há muita gente, f) somente Deus enviao homem ao Sheol; Lc.16.22,23.

Concluímos, então, que o uso dapalavra queber prova que ela significasepultura, túmulo, que acolhe o cadáver,enquanto o Sheol acolhe o espírito do homem.

A mesma verdade acontece no NovoTestamento - Hades significa “lugar ou mundoinvisível”, já para a palavra Sepultura temos apalavra correspondente Mnema em grego.

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O Que é o Terceiro Céu?Na verdade, há somente um céu de

Deus. Tanto a Escritura como o uso hebraico,refere-se a três céus: o primeiro céu é o dasnuvens, o segundo é o do sol, da lua e dasestrelas e o terceiro é o único céu de Deus.

O céu das nuvens e da atmosfera. OSenhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para darchuva à tua terra no seu tempo (Dt. 28:12). “Quecobre de nuvens os céus, prepara a chuva para aterra” (Sl. 147:8).

O céu do sol, da lua e das estrelas. Gn.1:17 fala do sol e da lua: “E os colocou nofirmamento dos céus para alumiarem a terra”.

O céu de Deus. “Assim diz o Senhor: Océu é o meu trono” (Is. 66:1).

Não existe nenhuma indicação em todaa Bíblia de haver mais de um céu de Deus.Pelo contrário, considere isto: “E quando eufor, e vos preparar lugar [somente um], voltarei evos receberei para mim mesmo, para que onde euestou estejais vós também” (Jo. 14:3). Jesus falaaqui a todos os cristãos e assegura-lhes quevoltará para todos e que todos estarão com ele(e certamente que Jesus estará no “céu maisalto”, o único céu de Deus) em um lugar parasempre! “E ele enviará os anjos e reunirá os

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seus escolhidos dos quatro ventos, daextremidade da terra até à extremidade docéu” (Mc. 13:27). “Porquanto o Senhormesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvidaa voz do arcanjo, e ressoada a trombeta deDeus, descerá dos céus, e os mortos em Cristoressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos,os que ficarmos, seremos arrebatadosjuntamente com eles, entre nuvens para oencontro do Senhor nos ares, e assimestaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts.4:16,17). Há um único céu, e um único inferno, evamos para um ou para o outro, dependendode nossa atitude para com Jesus Cristo.

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O ANIQUILACIONISMO

Muitos grupos religiosos, como osAdventistas do Sétimo Dia e as Testemunhas-de-Jeová, acreditam que quando o homemmorre, ele fica inconsciente, não percebendoo que se passa ao seu redor. Para nósevangélicos, tirando algumas implicações,essa problemática doutrinária não é tãorelevante - sono da alma ou imortalidade.Agora, para os Adventistas e Testemunhas-de-Jeová, devido às suas doutrinas exóticas,isso é realmente uma problemática. Para osAdventistas seria a questão da doutrina doJuízo Investigativo*, sem sono da alma essadoutrina fica irreparavelmente quebrada.Para as Testemunhas-de-Jeová é a questão dadoutrina do paraíso na Terra**, afinal a ondeseria o paraíso? Porém, a Bíblia não ensina a doutrinado “Aniquilacionismo”, vulgarmente chama-da de “Sono da Alma”. O fato de que a almados cristãos vai imediatamente para a pre-sença de Deus (Fl. 1:23) mostra que a doutri-na do sono da alma está equivocada. Essadoutrina ensina que quando os cristãos mor-rem, eles entram em um estado de

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inexistência e que voltarão à consciência so-mente quando Cristo voltar e ressuscitá-lospara a vida eterna. As Escrituras quando falam da mortecomo “dormir”, trata-se apenas de umametáfora usada para indicar que a morte éapenas temporária para os cristãos, como étemporário o sono. Isso é visto claramente,por exemplo, quando Jesus fala a seusdiscípulos sobre a morte de Lázaro - “Nossoamigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” (Jo. 11:11). Devemos notar que Jesus nãodiz aqui que alma de Lázaro adormeceu, nemqualquer texto bíblico de fato afirma que aalma de alguém está dormindo ouinconsciente (declaração necessária paraprovar a doutrina do sono da alma). Em vezdisso Jesus diz apenas que Lázaro adormeceu.João prossegue, explicando: “Mas Jesus falarada sua morte; eles, porém, entenderam que falavado repouso do sono. Então Jesus lhes disseclaramente: Lázaro morreu” (Jo. 11.13, 14). Osoutros versículos que falam sobre dormirapós a morte são igualmente metáforas queensinam que a morte é temporária. Já os textos que indicam que os mortosnão louvam a Deus, ou que a atividadeconsciente cessa depois da morte, devem serentendidos da perspectiva da vida nessemundo. De nossa perspectiva, uma vez que

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a pessoa esteja morta, ela não se envolve maiscom atividades como essas. Mas o Salmo 115apresenta a perspectiva bíblica plena sobreessa posição. O texto diz: “Os mortos nãolouvam o Senhor(na congregação aqui na terra),nem os que descem à região do silêncio” (parêntesenosso). Prossegue, porém, no próximoversículo com um contraste indicando queaqueles que crêem em Deus bendirão oSenhor para sempre: “Nós, porém, bendiremoso Senhor, desde agora e para sempre.” (Sl. 115.17-18). A Bíblia mostra que as almas dos cristãosvão imediatamente à presença de Deus edesfrutam da comunhão com Ele ali (IICo 5:8;Fp 1:23 e Hb. 12:23). Jesus não disse: “Hoje jánão terás mais consciência de nada que estaacontecendo”, mas sim “Hoje estarás comigo noParaíso” (Lc. 23:43). Certamente o conceito deparaíso naquela época não era de existênciainconsciente, mas sim de existência de grandebênção e de regozijo na presença de Deus.Paulo não disse: “Tenho o desejo de partir e ficarinconsciente por muito tempo”, mas sim “tenho odesejo de partis e estar com Cristo” (Fp. 1:23) — esem dúvida ele sabia que Cristo não era umSalvador inconsciente, adormecido, mas simalguém que está vivo, ativo e reinando nocéu. Estar com Cristo era desfrutar a bênçãoda comunhão da sua presença, e é essa a

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razão por que partir e estar com ele eraincomparavelmente melhor. Foi por isso queele disse: “Preferindo deixar o corpo e habitar como Senhor” (II Co. 5.8). Apocalipse 6:9-11 e 7:9-10 tambémmostram claramente as almas dos mortos queforam para o céu orando e adorando a Deus:“Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando,ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas,nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobrea terra?”. E eles foram vistos “em pé, diante dotrono e diante do Cordeiro, vestidos de vestidurasbrancas, com palmas nas mãos; e clamavam emgrande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assentano trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação” (Ap7:9-10). Todos esses versículos negam adoutrina do “aniquilacionismo” ou “sono daalma”, pois deixam claro que a alma docristão experimenta comunhão conscientecom Deus no céu imediatamente após amorte.

“O Homem é uma alma que faz uso de umcorpo. A alma se mantém em atividade eultrapassa o corpo”. (Santo Agostinho).

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O INFERNO

Há sete termos nas línguas originaistraduzidos por “inferno” e “sepultura”, nasBíblias de língua portuguesa, resultando emgrande confusão entre os estudantes daBíblia, principalmente aqueles menospreparados. Estes sete termos são: Sheol,Hades, Abussos, Abadon, Tártarus, Geena eTrofete. Desses sete referidos, vamos destacaro sheol (hebraico) e hades (grego).

O significado da palavra hades, deacordo com todo o contexto do NovoTestamento é: “lugar ou mundo invisível” (Lc.16:23). Nesse lugar terrível de sofrimento aspessoas são atormentadas dia e noite sendoqueimadas por chamas que nunca se apagam– “...onde o verme não morre, e o fogo não se apaga”(Mc. 9:48). Em um futuro próximo o própriohades será jogado no lago de fogo (Ap. 20:14)e então o juízo de Deus estará concluído.

Pelos textos explicitados no NovoTestamento, fica claro que:

- No inferno há um tormento eterno (Lc.16:23 e Ap. 14:11)

- No inferno há fogo do juízo em formade labaredas (Lc. 16:24).

- No inferno o homem tem consciênciado que está acontecendo (Lc. 16:23).

- No inferno há memória (Lc. 16:25 e 28).

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- No inferno não se perde a razão (Lc.16:27-30).

- No inferno é lugar de justiça (Lc. 16:25).

Considerações a respeito do Inferno:a) - A Doutrina sobre a existência do Infernoé teologicamente visível em toda a Bíblia,mostrando assim que esta doutrina nunca foicontra a Bíblia, mas corroborada por ela.Leiamos: Dt. 32:22; Am. 9:2; II Pe. 2:4; Pv.27:20; II Tes. 1:7-9; Ap. 14:9-11; Mc.9:47-48;Mt.23:33; Lc.16:22-23; Mt. 25:46... Éimpossível duvidarmos do ensino dasescrituras e da seriedade com que JesusCristo falava acerca do Inferno. O tom doensino de Cristo indica fortemente que oinferno é um lugar literal.

b) - Sobre o inferno ser irracional:A Bíblia diz: “Ora, o homem natural não

aceita as coisas do Espírito de Deus, porque paraele é loucura; e não pode entendê-las, porque elas sediscernem espiritualmente” (ICo. 2:14). Adoutrina do inferno só é irracional para ohomem natural, não convertido. Então,podemos concluir que o fato de certaspessoas acharem o ensino sobre o infernoirracional, mostra que elas nunca tiveramuma experiência espiritual com Deus.

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Somente os nascidos de novo entendem aPalavra de Deus e não recusam nenhumaverdade por mais dura que seja.

c) - A doutrina do inferno não é contrária aoamor de Deus:

Todos os que arvoram dessa maneiradeixam de reconhecer a santidade de Deus ea necessidade do pecado ser punido porcausa dessa santidade. Lembremos que Deusé amor e o amor é Deus. Deus amou o mundointeiro e quer que todos se salvem (ITm. 2:4).Apesar de Deus querer salvar todos oshomens, Ele não age contra a vontadehumana. O homem é, por vontade edeterminação de Deus, um ser livre paraescolher, só depende dele. O inferno nemtinha sido projetado para o homem, sim parao Diabo e seus anjos (Mt. 25:41), mas com adesobediência, o homem acabou recebendoo mesmo destino (Mt. 25:46). O inferno é aconfirmação do amor de Deus contra opecado e impiedade. Deus é amor, mas nuncadeixará de ser justiça.

d) - A doutrina do inferno e do lago de fogonão é repugnante à justiça:

Se a justiça nos fosse feita, cada um denós receberia a condenação que merece (Jo.3:18). Merecemos a justiça, mas Deus nosconcede a misericórdia pela sua graça, por

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causa do seu Filho Jesus (Rm. 3:26). Todosdevem ser salvos da mesma maneira, atravésdos méritos de Cristo (Ef. 2:8-9). Deus é justoe justificador daquele que tem fé em Jesus.O Inferno é uma dura realidade que, nacosmovisão humana, até gostaríamos deignorá-lo. Mas, como não somos réprobos,nós nos curvamos diante da soberania deDeus.

INFERNO, SHEOL e HADES

(Segundo o Dr. J. Davis)1) - Lugar dos mortos. É uma das

traduções da palavra hebraica Sheol e dagrega Hades, Sl. 16:10; At 2:27. A versãorevista da Bíblia inglesa do AntigoTestamento, tanto no texto como a margem,usa a palavra Sheol; nos livros proféticos,emprega-se a palavra Sheol nas margens e apalavra inferno no texto, e em Dt 32:22; Sl.55:15; 86:13 emprega Sheol nas margens eabismo no texto. No Novo Testamento usa apalavra Hades, no texto. Ambos os vocábulostambém se traduzem por sepultura, Gn.37:35; Is. 38:10,18; Os. 13:14. A versão revistainglesa traduz Sheol por morte em ICo. 15:55.Sheol tem o sentido de insaciável em Pv 27:20e 30:15,16. Hades pronunciado sem aspiração,significa invisível. Tanto um como outro termodenotam lugar dos mortos. Os antigos hebreus,

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semelhantes a outras raças semíticas,imaginavam o Sheol embaixo da terra, Nm.16:30, 33; Ez. 31:17; Am. 9:2. Pintavam-nocomo tendo portas, Is. 38:10 região tenebrosae melancólica, onde se passa uma existênciaconsciente, porém triste e inativa, II Sm 22:6;Sl. 6:6; Ec. 9:10. Imaginavam o Sheol comosendo o lugar para onde vão as almas detodos os homens, sem distinção alguma, Gn.37: 35; Sl. 31:17; Is. 38:10, onde os ímpiossofriam e os justos gozavam. Esta doutrinainclui a grande bênção de Deus para com oseu povo depois da morte, gozando da suapresença e de seu constante amor, e, aomesmo tempo, a miséria dos ímpios. Doislugares de habitação para os mortos: um paraos justos com Deus, e outro para os ímpios,banidos para sempre da sua presença.

A doutrina a respeito da glória futurae da ressurreição do corpo, já eraconfortadora aos crentes do AntigoTestamento, Jó 19:25-27; Sl. 16:8-10; 17:15;49:14, 15; 73:24; Dn. 12:2, 3. Uma base paraesta doutrina encontra-se no exemplo deEnoque e de Elias que foram arrebatados, etambém na crença dos egípcios com que serelacionaram, durante séculos, os hebreus.Havia entre ambos os povos, idéias paralelas

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a respeito da vida futura e da relação demoralidade da vida presente com o bem estarfuturo, além da sepultura. Porém, só JesusCristo poderia derramar luz plena sobre aimortalidade revelando as bênçãos para asalmas salvas, habitando na presença de Deus,depois da morte, livres de todos os males dapresente vida, Lc. 23:43; Jo. 14:1-3; IICo. 5:6-8;Fp. 1:23.

2) - Lugar de tormentos e miséria.Neste sentido é que se traduz a palavra gregaGeena, em Mt. 5:22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15,33; Mc. 9:47; Lc. 12:5; e Tg. 3:6. É a forma gregado hebraico Gehinnom, vale de Hinom, ondequeimavam crianças vivas em honra deMoloque. Por causa destes horríveis pecadosque se cometiam ali, por causa das suasimundícias, e talvez por servir de depósitoao lixo da cidade, veio a servir de emblemado pecado e da miséria, e o nome passou adesignar o lugar do castigo eterno, Mt. 18:8,9; Mc. 9:43. Das cenas que se observam ali, aimaginação tirou as cores para pintar a Geenados perdidos, Mt. 5:22; comp. 13:42; Mc. 9:48.

3) - Na IIPe 2:4, onde se lê: ....“precipitando-os no inferno”, é a tradução doverbo tartaroô, significando — lançar no

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Tártaro. O Tártaro dos romanos, o Tártarosdos gregos, era o lugar por eles imaginado,para onde iam as almas, situado abaixo doHades. Ainda que a etimologia seja diferente,Geena e Tártaro incluem essencialmente amesma idéia — lugar de punição para os perdidos.

4) - Ainda J. Davis diz o seguinte sobreo Paraíso: No Novo Testamento a palavraparaíso, quer dizer céu em dois lugaresdistintos, IICo. 12:2, 4; Ap. 2:7; 22:2. E por issoé tomada na mesma acepção em Lc. 23:43.

5) - E sobre alma ele afirma: “Nosentido ordinário da palavra, a alma é umaentidade espiritual, incorpórea, que podeexistir dentro de um corpo ou fora dele”.

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PERGUNTAS E RESPOSTASSOBRE O ALÉM

Existem espíritos que vagam?O espiritismo ensina que médiuns

conseguem comunicar-se com os mortos, eque os espíritos dos mortos permanecemperto da terra. Isso contraria a garantia de que,na morte, o crente está “presente com oSenhor”. Também é corriqueiro ouvirmospessoas dizerem: - “Quando a minha vó morreuseu espírito veio falar para minha mãe lhe perdoar,pois elas haviam brigado”; ou - “Meu pai morreusem falar comigo, mas eu fui ao Centro do ChicoXavier e ele incorporou o meu pai e nósconversamos”.

O testemunho geral das Escrituras éque os mortos, devido ao estado em que seencontram, não têm parte em nada do que sefaz e acontece na terra. Veja, por exemplo, oque disseram grandes figuras da Bíblia:

1) – Salomão: -”Porque os vivos sabem que hãode morrer, mas os mortos... Não têm eles parte emcousa alguma do que se faz debaixo do sol”. (Ec.9:5,6).

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2) – Davi: -”Mostrarás tu maravilhas aos mortos?Ou levantam-se os mortos para te louvar?” (Sl.88:10-12).

3) – Ezequias: “Pois não pode louvar-te o Sheol,nem a morte cantar-te os louvores; os que descempara a cova não podem esperar na tua verdade. Ovivente, o vivente é que te louva, como eu hoje faço;o pai aos filhos faz notória a tua verdade” (Is. 38:18-19).

4) Jó: “Tal como a nuvem se desfaz e some, aqueleque desce à sepultura nunca tornará a subir. Nuncamais tornará à sua casa, nem o seu lugar oconhecerá mais (Jó 7:9-10).

5) Jesus na história do rico e Lázaro:“Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguémdentre os mortos for ter com eles, hão de searrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvema Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, aindaque ressuscite alguém dentre os mortos” (Lc. 16:30-31). A história do rico e do Lázaro mostra aimpossibilidade de se sair do lugar dosmortos, pois o rico, que fora ímpio em vida,queria alertar os seus parentes vivos paraque não praticassem as mesmas ações delee, por conseqüência, acabassem no inferno,mas foi a ele negado essa possibilidade.

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Então, podemos concluir que a Bíbliaé determinante nesta questão: “Quem morrenão volta”.

Esses espíritos que dizem ser “fulano”ou “beltrano” na verdade são espíritos dedemônios, os quais tentam de todas asmaneiras enganar os seres humanos. Analiseos evangelhos e verás o quanto esses espíritosde demônios procuram engodar as pessoasmais simples. (Para compreender melhor oassunto, leia o livro: “A Febre dos Anjos” domesmo autor).

“Porque a nossa luta não é contra o sanguee a carne, e sim, contra os principados e potestades,contra os dominadores deste mundo tenebroso,contra as forças espirituais do mal, nas regiõescelestes”. (Ef. 6:12)

O que é tornar a Deus?“E o pó volte a terra, como o era, e o espírito

volte a Deus, que o deu”. (Ec.12:7)Quero que você se atine para um fato:

“Todos, tanto o que é salvo como o que não é, aomorrer torna a Deus”.

Analise os versículos: “... Apartai–vosde mim, malditos, para o fogo eterno, preparadopara o diabo e seus anjos”. (Mt. 25:41) “... Nomais profundo do abismo, lá está também”.(Sl.139:8)

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Quando alguém morre, essa pessoatorna a Deus, pois esse retorno a Deus envolveo recolhimento desse espírito. Quando ocristão morre, Deus recolhe seu servo aoparaíso (terceiro céu ou céu - Lc. 16:22) e láele começa a desfrutar imediatamente dapresença gloriosa do Senhor Jesus.

É fácil entender que essa pessoa quemorreu e foi ao paraíso tornou a Deus. Agora,como entender que o indivíduo que foi aoinferno também tornou a Deus?

Bem, quando os anjos se rebelaram,Deus preparou o inferno para os tais:“Preparado para o diabo e seus anjos”. O infernonão havia sido preparado para o homem, massim para o diabo e seus demônios. Aconteceque o homem também se rebelou contra Deustendo o mesmo destino de condenação dosdemônios. A Bíblia declara que a presençade Deus se encontra até mesmo no inferno (apresença de Deus no inferno é no sentido dasua justiça e juízo). Então, mesmo o pecadorquando morre torna a Deus, sendo guardadono inferno (Hades) até o dia do grandejulgamento.

Este homem que vai para o inferno é ooposto de quem vai para o paraíso, pois elejá começa a sofrer e a experimentar o que seráa eternidade no lago de fogo (que é a Segundamorte ou morte eterna).

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Meu querido leitor, eu desejo muitoque você torne a Deus, mas no melhor lugar– no Céu.

O que é juízo prévio?“quem nele crê não é julgado: o que não crê já estájulgado, porquanto não crê no unigênito filho deDeus”. (Jo. 3:18). “quem me rejeita e não recebe asminhas palavras tem quem o julgue; a própriapalavra que tenho proferido, essa a julgará no últimodia”. (Jo. 12:48)

Geralmente, ao ministrar este estudo,as pessoas me perguntam: “Como pode Deus,sendo justiça, mandar alguém para o inferno semantes julgá-lo?” A resposta é clara na palavrado Senhor, pois ao morrer todos já têm umjuízo prévio da parte de Deus. O axioma bíblicoé bem relevante aqui – “Nenhum homem seráindesculpável diante de Deus”. É impossível ohomem morrer sem conhecer a Deus e semsaber o que é certo ou errado (cf. Rm. 1:20).

A Bíblia declara: “O que não crê já estájulgado”. Não diz que será julgado, mas queestá julgado. Todo homem ao morrer sabe esente o seu julgamento. Deus, ao dar essejuízo prévio, de maneira nenhuma está sendoinjusto, mas sim, está confirmando a suajustiça. Todos os homens tiveram uma chance

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de escolher a Deus e evitar o inferno. Aonegar as chances que Deus lhe deu, essehomem se condenou.

Devemos orar pelos mortos?O fato de que a alma dos crentes vai

imediatamente para a presença de Deussignifica que nós não devemos orar pelosmortos. Embora a oração pelos mortos sejaensinada no livro apócrifo de II Macabeus12:42-45, em lugar algum da Escritura isso éensinado. Além disso, não há indicaçãoalguma de que essa tenha sido a prática doscristãos no tempo do Novo Testamento, nemdeveria ter sido. Uma vez que os crentesmorrem, entram na presença de Deus e ficamno estado de alegria perfeita com Ele. Arecompensa celeste final será baseada em atospraticados nesta vida, como a Escriturarepetidamente testifica ( ICo. 3:12-15; 2Co 5:10;etc.). Ademais, a alma dos descrentes quemorrem vai para o lugar de punição e deeterna separação da presença de Deus. Nãoseria bom orar por eles também, visto que odestino final deles é estabelecido por seuspecados e por sua rebelião contra Deus nestavida. Em outros dois usos do NovoTestamento, a palavra paraíso significa “céu”- em IICo. 12:4 é o lugar ao qual Paulo foi

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arrebatado em sua revelação do céu, e em Ap.2:7 é o lugar onde encontramos a árvore davida. Orar pelos mortos, portanto, ésimplesmente orar por algo que Deus nosdisse que já foi decidido. Além disso, ensinarque devemos orar pelos mortos ou incentivaroutros a fazer isso seria encorajar a falsaesperança de que o destino das pessoas podeser mudado após a morte delas, algo que aEscritura não nos orienta a fazer em lugaralgum.

O Purgatório realmente existe?Segundo o “Catecismo da Igreja

Católica (1993), § 1030”, o purgatório é umacondição na qual se encontram aquelaspessoas que “morrem na graça e na amizade deDeus, mas não estão completamente purificadas,embora tenham garantida a sua salvação eterna”.Assim, essas pessoas precisam passar poruma purificação “a fim de obterem a santidadenecessária para que entrem na alegria do céu”. Essapurificação, no entanto, não deve serconfundida com o castigo dos condenados aoinferno. Foi, sobretudo, nos Concílios deFlorença (1442) e de Trento (1546) que a IgrejaCatólica formulou a doutrina do “fogopurificador”, baseando-se em textos comoMateus 12:31, onde Jesus declara que a

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blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecadoque não será perdoado nem neste mundonem no vindouro. Dessa afirmação, a IgrejaRomana deduz que “certas faltas podem serperdoadas no século presente, ao passo que outras,no século futuro” (idem, § 1031). Outrapassagem citada é ICo. 3:15, que diz: “Se aobra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; maso tal será salvo, todavia como que pelo fogo”.

Os católicos dizem que essapassagem alude à purificação temporal. Olivro de II Macabeus 12:46 também é citadoem apoio à doutrina do purgatório, uma vezque esta passagem sustenta a prática daoração em favor dos mortos. Para garantir avisão beatífica aos exilados no purgatório, aIgreja Católica recomenda as esmolas, asindulgências, as obras de penitência e asmissas oferecidas em favor das almas.

Afirmamos, porém, que não é o “fogo”do purgatório que nos purifica no além, mascomo disse o apóstolo João, é “o sangue deJesus Cristo que nos purifica de todo pecado” (IJo1.7). O melhor de tudo é que não precisamosesperar o além para sermos purificados. Joãoainda diz: “Se confessarmos os nossos pecados,ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nospurificar de toda injustiça” (1.9).

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A suficiência de Cristo descarta todoe qualquer outro meio de nos purificar e nosconduzir ao céu. Declarou o apóstolo Paulo:“Ele se deu a si mesmo por nós para nos remir detoda iniqüidade, e purificar para si um povo todoseu, zeloso de boas obras” (Tt. 1:14). Aos Efésios,Paulo diz que por meio de Cristo temos “aredenção pelo seu sangue, a remissão dos nossosdelitos, segundo as riquezas de sua graça” (1.7).Como, então, explicar as passagens citadaspelo catolicismo?

Em Mateus 12:31, Jesus simplesmenteenfatiza a gravidade do pecado contra oEspírito Santo, dizendo que o perdão éimpossível, não importando o tempo e oespaço. O assunto de ICo. 3:15 gira em tornodos cristãos que hão de comparecer aoTribunal de Cristo (Bema - palavra grega quesignifica pódio). Não para sermos julgados,mas, sim, galardoados. Nesse Tribunal, aspessoas receberão suas recompensas deacordo com as obras que realizaram (Ver IICo.5.10). Quanto ao texto de II Macabeus, nós,os evangélicos, não o aceitamos comoescritura inspirada por Deus, não servindo,portanto, como prova escriturística. Ele serveapenas para revelar o costume pagão dealguns judeus. E não deve, evidentemente,ser tomado como norma para o povo de Deus.

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As testemunhas-de-Jeová afirmam que oLago de fogo não é real, mas abstrato, porrepresentar uma condição, e não um lugar, ereceber coisas abstratas, como, por exemplo,a morte, o inferno, a iniqüidade e o diabo,um espírito. Isso é verdade?

Vejamos o que afirmam asTestemunhas-de-Jeová em uma de suasobras: “A qualidade simbólica do Lago de fogo ficamais evidente também do contexto de referências aele no livro de Revelação. Diz-se que a morte élançada nesse Lago de fogo. (Re. 19:20; 20:14) Amorte, obviamente, não pode ser literalmentequeimada. Ademais, o diabo, uma invisível criaturaespiritual, é lançado nesse lago. Sendo espírito, elenão pode ser prejudicado por fogo literal” (“Estudoperspicaz das Escrituras”, p. 639; tópico Lagode fogo – versão CD-ROM).

Procurando amparo na lógicahumana, os jeovistas encontramquestionamentos aparentemente irrefutáveis.Julgam que algo abstrato sendo lançado emdeterminado lugar torna aquele lugartambém abstrato; um espírito não poderia serqueimado por fogo literal, conseqüentementeaquele lugar é simbólico; e ainda defendemque um pai amoroso jamais queimaria umfilho por causa de uma transgressão. Tudoparece coerente, mas só parece. Vejamos.

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O Senhor Jesus esclarece a primeirarazão da existência do Lago de fogo: “Então,o rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda:Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno,preparado para o diabo e seus anjos”. Portanto, éimpossível aceitar a argumentação jeovistaque afirma que o diabo não poderia seratormentado pelo Lago de fogo, preparadoexatamente para esse objetivo!

Por que coisas abstratas são lançadasno Lago de fogo? Devemos entender aspropriedades desse lago. É um lugar deeterna condenação e eterna separação deDeus (IITs 1:9). Satanás teve temporariamenteacesso diante do trono de Deus, mas, agora,finalmente, será lançado no Lago de fogo.Semelhantemente, a morte, a iniqüidade e oinferno poderão ser lançados lá, nãonecessariamente com o objetivo de seremqueimados, pois são abstratos, mas paraserem excluídos definitivamente de todas ascoisas que Deus criou e são boas.

Poderia um pai amoroso queimar seufilho por causa de uma transgressão? Aresposta é não! Ninguém faria isso, nemmesmo Deus! Deus não queima seus filhos,estes já estão justificados pela fé (Rm 8:1).Mas existem aqueles que não são filhos deDeus (Jo. 8:44). A perspectiva que Deus tem

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em relação ao pecado não é uma visãoisolada. Deus trata com o pecado e suasimplicações. Logo, toda a humanidade foicondenada em Adão, ainda que inicialmenteum só homem pecasse. O pecado, do roubobanal ao homicídio, é condenado junto comtodas as implicações que não vemos. Todavia,maior que a punição eterna foi à obra dasalvação. A graça superou a pena!

Na transfiguração, Elias e Moisés falaramrealmente com Jesus?

Sim! Elias e Moisés realmenteapareceram e falaram com Jesus. E (Jesus)transfigurou-se diante deles; e o seu rostoresplandeceu como o sol, e as suas vestes setornaram brancas como a luz. E eis que lhesapareceram Moisés e Elias, falando com ele (Mt17.2-3). Foi uma experiência de origem divina,uma revelação dada aos apóstolos sobre aglória do reino futuro que terá Jesus comoseu Rei. Provavelmente, Moisés representavaa autoridade da Lei, e Elias, os profetas.

A transfiguração não tem semelhançaalguma com as sessões espíritas. Uma sessãoespírita é caracterizada pelos seguintesfatores: 1) - três pessoas estão envolvidas: oconsultante, o médium e o suposto espírito

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do morto; 2) - o médium é intermediário entreos vivos e os mortos; 3) - alguma mensagemé transmitida aos vivos.

A transfiguração teve um processocompletamente diferente: 1) - não houveconsulta, da parte dos apóstolos, aos mortos;2) - Jesus foi transfigurado e estava em glória,isso implica sua manifestação divina. ComoDeus, ele pode falar com seus servos, umavez que para ele não estão mortos, mas vivem(Lc 20.38); 3) - Jesus não foi nenhum médiumentre os vivos e os mortos, pois não houvenenhuma mensagem entregue aos apóstolospor parte de Moisés ou Elias; 4) - Moisés estápara a Lei e Elias está para os profetas.

O Messias poderia ser aniquilado?Morrer não significa ser aniquilado,

como insistem em explicar aqueles queensinam o aniquilamento como um estadofinal para os mortos. Em Daniel 9:26, lemos orelato profético a respeito da morte doMessias. Se a palavra usada para indicar asua morte é a mesma no Sl. 37:9,34, entãoteríamos de entender que o Messias foraaniquilado quando morreu. Sabemos,portanto, que Cristo não foi aniquilado e nemficou em um estado de sono da alma, pois

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Ele ressuscitou no terceiro dia e vive para todoo sempre. A morte física é apenas temporal;isto é, aqueles que são exterminados desta vidaainda terão de prestar contas diante dotribunal Divino. Os aniquilacionistasafirmam que todos os ímpios serãoaniquilados; ou seja, eles deixarão de existir,e isso para sempre. Não encontramos esseensino do aniquilacionismo nas Escrituras.Todos serão ressuscitados do Hades (ondeestão conscientes) e prestarão contas diantede Deus: E, como aos homens está ordenadomorrerem uma vez, vindo depois disso o juízo (Hb9:27). E valeria ainda citar Apocalipse 20:11-15.

Os Mortos podem ser cremados?Embora adotada desde a antiguidade,

a cremação ainda é tema polêmico nasociedade ocidental, defendida por muitos ecombatida pela opinião mais conservadora.Cremação é a incineração de um cadáver atéreduzi-lo a cinzas. Faz-se no forno crematório,onde o cadáver, submetido a calor intensodurante uma ou duas horas, transforma-seem um pequeno monte de cinzaesbranquiçada. Em seguida, as cinzas sãoespalhadas em um jardim ou outro lugarqualquer, ou colocadas em uma urna, quefica em poder da família ou é guardada em

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um nicho, no cemitério. Caso não hajanenhuma determinação legal em contrário, prevalece o desejo manifestado em vida pelomorto, ou da família, em falta deste, quantoà opção pela cremação e o destino a ser dadoàs cinzas.

Na antiguidade, a prática da cremaçãoprovinha de duas razões diferentes: anecessidade de trazer de volta os soldadosmortos, para receberem sepultura em suapátria, como ocorria entre os gregos; ou deconvicções religiosas, como entre osescandinavos, que acreditavam assim libertaro espírito de seu invólucro carnal e evitar queo morto pudesse causar algum mal aos vivos.Em Roma, talvez devido ao ritual adotadopara queimar os soldados mortos, a cremaçãovirou símbolo de prestígio social, de talforma que a construção de columbários -edifício com nichos para as urnas funerárias- tornou-se negócio lucrativo. Nos temposmodernos, a discussão sobre a cremaçãoiniciou-se, no Ocidente, no século XIX, coma publicação de um livro do médico Sir HenryThompson. Nos Estados Unidos, o primeiroforno crematório foi construído em 1876, elogo surgiram sociedades de apoio àcremação. Na Alemanha e Dinamarca, nofinal do século XX, o número de cremações

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excedia o de enterros comuns, tal como noJapão, onde foi admitida legalmente em 1875.A aceitação ampliou-se graças à derrubadadas objeções, como a de que impediria ainvestigação criminal, contraditada peloaperfeiçoamento dos equipamentos policiaise pelo desgaste dos preconceitossupersticiosos.

Era prática judaica enterrar os mortosna terra ou em túmulos de pedra (Gn. 15:15).Nunca foi do costume judeu cremar os corpose contemplavam essa prática com horror (Am.2:1). A cremação só era prescrita como castigo(Js. 7:15).

Os cristãos seguiram o exemplojudaico no que concerne ao respeito aosmortos. Aceitavam o ensino de que o corpodo Cristão é o Templo do Espírito Santo e,como tal, deveria ser respeitosamenteenterrado (I Co. 3:16 e 6:19). Esses cristãosprimitivos procuravam sepultar seus mortosnum mesmo lugar, dando a esse lugar o títulode cemitério, cujo significado édormitório (Mt. 27:52). (2)

Bem, cremado ou enterrado, nadadisso poderá impedir o arrebatamento docristão (I Co. 15; I Ts. 4:16-17), pois todas ascinzas voltarão à vida (Ap. 20:13). Entretanto,seria respeitoso o ofício fúnebre nos moldes

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cristãos, isso por que nos primórdios docristianismo o paganismo se utilizou dessaprática para se contrapor a idéia cristã daressurreição do corpo. Acredito que não seriaviável para nós tal prática pelo que ela noslembra!

“Não vos admireis disso, porque vem a horaem que todos os que estão nos sepulcros ouvirão asua voz e sairão” (Jo. 5:28).

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EXPLICANDO ALGUNS TEXTOS

O Texto de Lucas 16: 19-31“Ora, havia um homem rico, e vestia-se de

púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os diasregalada e esplendidamente. Havia também um certomendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagasà porta daquele; E desejava alimentar-se com asmigalhas que caíam da mesa do rico; e os próprioscães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu queo mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para oseio de Abraão; e morreu também o rico, e foisepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estandoem tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro noseu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, temmisericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhena água a ponta do seu dedo e me refresque alíngua, porque estou atormentado nesta chama.Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de querecebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somentemales; e agora este é consolado e tu atormentado.E, além disso, está posto um grande abismo entrenós e vós, de sorte que os que quisessem passar daquipara vós não poderiam, nem tampouco os de lápassar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, queo mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos;para que lhes dê testemunho, a fim de que nãovenham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.

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E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentreos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés eaos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algumdos mortos ressuscite”.

Alguns argumentam que essapassagem é apenas uma Parábola e como talnão pode ser interpretada como um fato.

Neste caso, temos que ter em menteuma ocorrência bastante importante – Jesus,em suas parábolas, nunca mencionou nomespróprios. Mas, aqui, citou o nome de Lázaro.Com isso, quis ensinar, fundamentalmente,a respeito da imediata situação que ocorreapós a morte. Parábola e fábula são coisasdiferentes, e Jesus nunca contou fábulas. Setivermos dificuldade para entender o ensinode Jesus sobre o sofrimento daqueles que vãopara o inferno, onde permanecerão em estadoconsciente e inteligente, devemos lembrarque Abraão, ao ser informado por Deus dafutura destruição de Sodoma e Gomorra,questionou o Senhor: “Não fará justiça o juizde toda a terra?” (Gn. 18:25).

Em lugar de negar o que a Bíblia dizsobre o que se segue após a morte,arranjando sofismas e ensinando que oinferno vai contra a bondade divina, oscrentes na doutrina do sono da alma, deviamconsiderar a bondade e a severidade de Deus(Rm. 2:7-11). O ensino de Jesus, sobre o

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inferno, foi claro (Lc.12:4,5; 13:27,28; Mt.13.41,42,49,50; 22:13; 24:50,51; 25:30,41, 46;26:24; Mc. 9:45, 47,48). A palavra grega aionios,que aparece no contexto bíblico, designa aeternidade de Deus (Ap. 4:9; Rm. 16:26), afelicidade do povo de Deus (Mt. 25:46; Jo.10:28), a glória eterna (IITm 2:10; IICo. 4:17;5:14,18; Hb. 9:15) e a futura punição dosímpios (Mt. 25:46; IITs. 1:9).

“Pois, na morte, não há recordação de ti; nosepulcro, quem te dará louvor?” (Sl. 6:5 RA).“Os mortos não louvam o SENHOR, nem osque descem à região do silêncio”. (Sl. 115:17RA).

A Bíblia ensina que essas palavras dosalmista só se referem ao louvor a Deusdiante dos homens; são sempre usadas comrelação à adoração pública na casa de Deus,no meio da congregação do povo de Israel.Davi lamenta que, se Deus não o livrasse dadepressão pela destruição dos seus inimigos(vv.3, 10), ele morreria. Uma vez no Sheol, elenão poderia louvá-lo, dar graças (yadah) aoSenhor. A palavra yadah em suas váriasformas é encontrada 103 vezes no AntigoTestamento. Sem qualquer exceção, é umapalavra sempre usada para a adoraçãopública congregacional. O salmista estáafirmando que, uma vez morto, não haveriaoportunidade para fazer testemunho públicono meio da congregação.

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“... e desejamos antes deixar este corpo, parahabitar com o Senhor” (II Cor. 5.6-8).

Paulo ensina que, quando o cristãomorre, sua alma deixa o corpo e vai estar comCristo em estado consciente e inteligente.Tem ciência do que acontece em torno de si,mas nada sabe do que ocorre na terra, debaixodo sol. ... e desejamos antes deixar este corpo,para habitar com o Senhor. (IICo. 5:6-8; Fp.1:21-23).

“E todos estes, embora tendo recebido bomtestemunho pela fé, contudo não alcançarama promessa; visto que Deus provera algumacoisa melhor a nosso respeito, para que eles,sem nós, não fossem aperfeiçoados”. (Hb.13:39;40).

Todos os Santos do Antigo Testamentomorreram sem receber todas as bênçãos epromessas de Deus. Mas com a morte eressurreição de Cristo, Ele obteve a salvaçãopara eles (que morreram na esperança domessias), os quais receberão sua herançaintegral conosco no novo céu e na nova terra(Ap.20-22)

“Ainda que aquele vivesse duas vezes milanos, mas não gozasse o bem. Porventura,não vão todos para o mesmo lugar?” (Ec.6:6 RA).

Os corpos de animais e homens nãosão diferentes na morte, mas nada há que diga

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que o homem se torna inconsciente depoisda morte. Salomão está afirmando que oscorpos de ambos vão para o mesmo lugar.Todos vão para um lugar; todos foram feitosdo pó, e todos voltarão ao pó (Ec 3.20). Oversículo 21 menciona a parte do homem quesobrevive à morte – o espírito do homem –que após a morte do corpo sobe para Deus.Isso é reiterado em 12:7 - ... e o espírito volte aDeus, que o deu. Declara-se, assim, que oespírito deixa o corpo por ocasião da morte.O Novo Testamento afirma a mesmaverdade: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito(Lc. 23:46). E apedrejaram a Estêvão que eminvocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meuespírito (At. 7:59).

“Porque o que sucede aos filhos dos homenssucede aos animais; o mesmo lhes sucede:como morre um, assim morre o outro, todostêm o mesmo fôlego de vida, e nenhumavantagem tem o homem sobre os animais;porque tudo é vaidade. Todos vão para omesmo lugar; todos procedem do pó e ao pótornarão”. (Ec. 3:19-20 RA).

Eclesiastes ensina, porventura, que osanimais têm espírito, da mesma forma queos seres humanos?

Eclesiastes 3.21 diz: Quem sabe se o fôlegode vida dos filhos dos homens se dirige para cima eo dos animais para baixo, para a terra? Visto quese entende usualmente ser o espírito do

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homem o ponto focal da imagem divina nele,que o habilita a raciocinar e reagir peranteDeus (Hb.12:9,23), segundo a religião ressoaum tanto espantosa a declaração de que o“espírito” de um animal vai para baixo,enquanto seu corpo (como o do ser humano)torna-se pó, na sepultura (v. 20). NASB (àsemelhança de ARA) soluciona o problematraduzindo o termo hebraico para espíritocomo sendo fôlego. Todavia, a questão básicapermanece, visto que a palavra hebraica rûah(fôlego, espírito) é empregada tanto para osseres humanos como para os animais. Isso éverdade quer entendamos o v. 21 como sendouma pergunta, implicando que existe umadúvida real quanto ao destino do espíritohumano e ao do animal, após a morte, ouentendamos que existe aqui umainterrogação que implica o seguinte: quantaspessoas realmente sabem esse fato, que ofôlego dos seres humanos sobe, e o dosanimais desce, quando morrem? (Eu,pessoalmente, inclino-me mais para essaúltima interpretação, mas é possível que oautor tenha formulado essa pergunta demodo cético).

Neste emprego de rûah, defrontamo-nos com um fenômeno familiar na história dodesenvolvimento dos termostranscendentais, em quase todas as línguas.Ao observarmos que um ser humano ou um

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animal vivo respira, ao inspirar e expirar,enquanto está vivo, é natural que uma palavracomo fôlego ou respiração apareça e sejasímbolo da vida. Assim é que na narrativado Dilúvio a frase rûah hayyîmn (o fôlego davida) é atribuída aos animaistanto aos quese afogaram nas águas, (Gn. 6:17; 7:22) comoos que foram preservados na arca (Gn. 7:15).Em Gn. 7:22 esse termo é combinado comnismat rûan hayyîm (folego de vida - nesamah épalavra usada quase que exclusivamente paraa respiração literal e nada mais).

Temos então aqui o uso genérico derûah aplicado a animais em plena posse davida. Não estou ciente de alguma outrapassagem em que rûah é empregado paraanimais. À parte as cem vezes em que rûahse aplica a vento ou ventos, as demais 275ocorrências se referem a seres humanos, anjos(que são essencialmente rûah sem um corporeal, físico), espíritos demoníacos (os quaiseram anjos de Deus, antes de Satanás serexpulso do Céu), ou o próprio Deus: aTerceira Pessoa da Trindade é conhecidacomo rûah ‘elõhîm (“o Espírito de Deus”) ourûah Yahweh (“o Espírito de Iavé [ou, quandoé mal pronunciado, Jeová]”).

Como acontece tão freqüentementecom os termos que inicialmente tinham umsentido primitivo, genérico, esse se tornariamais tarde especializado, e assumiria um

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sentido técnico, figurado, em nívelmetafísico. A observação de que as criaturasrespiram levou o uso de “fôlego” ou“respiração” como termo para princípio vital.A partir desse ponto, torna-se uma questãode uso: vamos usar rûah, nesãmãh, ou algumaoutra palavra que se refira ao ar emmovimento, como símbolo do elementoespiritual no ser humano — aquilo que otorna distintivamente humano, em oposiçãoaos animais que também dispõem depulmões e respiram. Portanto, não é porcausa do significado de alguma raiz inerente,mas devido ao uso estabelecido, que apalavra rûah tornou-se o termo técnico paraa imagem de Deus no homem, essacapacidade de pensar em Deus, de reagir aoseu chamado, a condição de entender adiferença existente entre o certo e o errado,de tomar decisões morais, a possibilidade depensar e raciocinar de maneira generalizadae filosófica, que distingue o ser humano dosanimais. O termo correspondente naSeptuaginta e no Novo Testamento em gregoé pneuma. Então, segundo o uso bíblico,pneuma tomou-se o equivalente de rûah. Ebastante apropriado que pneuma também sejapalavra derivada do verbo pneó (soprar).

Um termo intimamente relacionado,que designa o elemento espiritual no homem

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é nepes (alma). Essa palavra também sederivou de uma raiz que indica respirar. Masveio a especializar-se e adquiriu o sentido deidentidade individual de qualquer ser vivo,ou criatura que respire, seja homem ouanimal (é que tanto nepes como psychë, seusequivalentes gregos, são usados livrementepara animais e seres humanos). Nepes é ocentro consciente das emoções, dos desejose apetites, ou das inclinações e humores.Trata-se do fulcro da personalidade, o pontode referência de sua autoconsciência.Definimos nepes como derivado de rûah eexistindo continuamente por seu intermédio(mas esse conceito não poderia aplicar-se aanimais); reside indívidualmente no ego (eu)humano. E interessante observar que nepescom o pronome possessivo apropriado é omodo mais freqüente de expressar o reflexivode maneira específica. Dessa maneira, “ele sesalvou” seria expresso assim: “ele salvou suanepes ou alma .

Deve-se, portanto, notar que existe umadistinção entre “espírito” (rûah) e “alma”(nepes) no Velho Testamento, assim como háentre pneuma e psychë, no Novo Testamento.Esses termos, por sua vez, são diferenciadosdo vocábulo que significa “corpo” (bãsãr), oqual, quando usado em sentido figurado,tem um significado psicológico, e tambémenvolve a idéia de um corpo literal, feito de

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carne e osso. O corpo é a sede de todas assensações, dos dados fornecidos pelos cincosentidos: mas é usado também no Sl. 84 emum paralelismo com nepes como o veículo deum anseio espiritual pelo Deus vivo, omesmo é verdade a respeito de Sl. 63:1: “... Aminha alma [nepes] tem sede de ti; meu corpo[bãsãr] te almeja [lit., ‘desmaia por ti’], comoterra árida, exausta, sem água”. Ainda em Sl.16.9 encontra-mos um paralelismo com apalavra coração e espírito: “Alegra-se, pois,o meu coração, e o meu espírito exulta; até omeu corpo repousará seguro” (grifo doautor). Assim, o “corpo” é capaz de sentirsatisfação em um estado de segurança napresença amorosa de Deus.

A estrutura triúna do homem ésalientada mais claramente ainda no NovoTestamento. Em ITs. 5:23 Paulo externa essaoração em prol de seus leitores: “O mesmoDeus da paz vos santifique em tudo; e ovos-so espírito [pneuma = [rûah], alma [psychê]= [nepes] e corpo [soma] = [bãsãr] sejamconservados íntegros e irrepreensíveis navinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Fica bemclaro então que há uma diferenciação entreespírito e alma, como elementos distintos dapsique humana, sendo o homem apresentadocomo possuindo uma natureza triúna. Eexatamente o que esperaríamos, pelo fato de

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o ser humano ter sido criado à imagem doDeus trino e uno (Gn. 1:26,27).

Fica implícita, inquestionavelmente, adistinção entre pneuma e psychë em ICo. 2:14,15,que define a diferença entre um crente que édominado pelo pneuma (o pneumatikos, o“homem espiritual”) e o homem “natural”, oque nasceu apenas uma vez (dominado peloseu egoístico psychë): “Ora, o homem natural(psychikos) não aceita as cousas do Espírito deDeus porque lhe são loucura, e não podeentendê-las porque elas se discernemespiritualmente (pneumatikós). Porém ohomem espiritual julga todas as cousas, masele mesmo não é julgado por ninguém”.

Semelhantemente, em ICo. 15:44,46, amesma distinção se mantém com referênciaà transformação do corpo meramente físico(antes da morte e ressurreição) e o espiritual(i.e., um corpo especial, adaptado àsnecessidades e desejos do espíritoglorificado do crente redimido): “Semeia-secorpo natural [psychikon],ressuscita corpoespiritual [pneumatikon]. Se há corpo natural,há também corpo espiritual”. No v. 46 lemos:“Mas não é primeiro o espiritual, e sim onatural; depois, o espiritual”. Fica bem claro,portanto, que o espírito é algo distinto docorpo, porque do contrário estes versículosrepresentariam um contrasenso teutológico.Concluímos, pois, que o homem não é

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dicotômico (para usarmos um termoteológico), mas tricotômico.

“Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim;pois descansarás e, ao fim dos dias, televantarás para receber a tua herança”. (Dn.12:13 RA).

Literalmente o texto significa: entrarásno descanso, ou seja, Daniel haveria demorrer, mas se levantaria na ressurreição.Entretanto, o texto nada contradiz o fato davida após a morte.

“Hoje estarás comigo no Paraíso”(Lc. 23:43) Analisando as palavras de Jesus, éimpossível admitir, com base nessapassagem, que o malfeitor arrependido estádeitado em sono inconsciente. Ambosmorreram naquele dia, Jesus desceu às partesmais baixas da terra (Ef 4.8-10) e proclamouaos espíritos em prisão (1 Pe 3.18-20),enquanto o malfeitor arrependido foi aoParaíso. O mesmo lugar para onde Jesus foie levou cativo o cativeiro (Ef 4.8). A vírguladepois da palavra hoje é um antigo artifíciousado por todos os hereges da antiguidadeque procuraram negar a sobrevivência daalma, para advogar a crença do sono da alma.Na verdade essa passagem ensina que ateoria do sono da alma é uma teoria falsa.Essa passagem ensina que a salvação é pela

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fé, o grande baluarte da doutrina de Paulo(Rm 1:17; Ef 2:8-9; Tt 3:5). A promessa de Jesusfoi que naquele mesmo dia o malfeitorarrependido estaria com Ele na glória. Docontrário, a palavra hoje ali seria mais do quesupérflua.

“No qual também foi e pregou aos espíritosem prisão...” (I Pe. 3:19)

Qual é o sentido de IPe. 3.19, que serefere à pregação de Cristo aos espíritos emprisão no Hades? Pregou Cristo a eles, dando-lhes a oportunidade de salvar-se, após teremmorrido? Se examinarmos essa sentençacuidadosamente, em seu escopo total,descobriremos que a passagem não ensina talcoisa — pois contrariaria Hb. 9:27 - “... aoshomens está ordenado morrerem uma só vez,vindo, depois disto, o juízo”.

Na versão NASB, IPe. 3:18-20 foitraduzido assim: Porque Cristo morreu pelospecados, de uma vez por todas, o justo pelos injustos,para conduzir-nos a Deus, tendo sido sentenciadoà morte na carne, mas vivificado no espírito; noqual ele foi também e fez proclamação aos espíritosagora na prisão, que outrora foram desobedientes,quando a paciência de Deus esperou nos dias deNoé, durante a construção da arca, pela qual unspoucos, isto é, oito pessoas, se salvaram das águas.Observamos, pela tradução acima, que overbo que se traduz por pregou em King

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James Version não equivale ao gregoeuangelizomai (“pregar ou levar boas-novas”),que certamente significaria que depois de suacrucificação Cristo realmente levou umamensagem de salvação às almas perdidas noHades; antes, o verbo é ekëryxen, derivado dekërysso (“proclamar uma mensagem”, daparte de um rei ou potentado). O que o v. 19diz na verdade é que Cristo fez umaproclamação às almas que estavamaprisionadas no Sheol ou Hades.

Há duas possibilidades para oconteúdo dessa proclamação: 1º) aproclamação feita pelo Cristo crucificado noHades a todas as almas dos mortos pode tersido essa: o preço do pecado havia sido pago,e todos os que haviam morrido na fédeveriam aprontar-se para subir ao céu, o queocorreria logo, no domingo da ressurreição.2º) a proclamação poderia dizer respeitoàquela urgente advertência que Noé haviafeito à sua própria geração, no sentido quese refugiassem na arca, antes que o grandedilúvio destruísse toda a raça humana.

Dessas duas opções, a primeira dizrespeito a uma ocorrência real (cf. Ef. 4:8); essaproclamação teria sido feita a todos oshabitantes do Hades, em geral, ou então sóaos redimidos, em particular. Mas a segunda,significa que Cristo, mediante o Espírito

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Santo solenemente advertiu oscontemporâneos de Noé, por meio dopróprio Noé (conforme descrição em IIPe. 2:5)como pregador ou arauto da justiça.

Portanto, parece-nos muito evidenteque a passagem discutida nos assegura queaté mesmo naqueles tempos antigos, nos diasde Noé, quando o Senhor estava em estadode pré-encarnação, o Verbo estavainteressado na salvação dos pecadores. Assimé que o ato pelo qual a família de Noé sesalvou mediante a arca foi um eventoprofético, apontando para a provisãograciosa de Deus pela expiação substitutivanuma cruz de madeira — à semelhança doinstrumento de livramento, a arca, que salvouNoé do julgamento divino sobre ahumanidade culpada. Em ambos os casosapenas os que pela fé se refugiam no meiode salvação proposto por Deus podem livrar-se da destruição.

Esse relacionamento entre tipo/antítipo é equacionado com clareza em IPe.3:21 - “a qual, figurando [ARA traduz assimantitypon] o batismo, agora também vos salva,não sendo a remoção da imundícia da carne,mas a indagação [epërótëma] de uma boaconsciência para com Deus, por meio daressurreição de Jesus Cristo”. Em outraspalavras, o arrependimento do pecado e aconfiança só em Cristo, para a salvação com

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base em sua expiação e ressurreição, são oselementos que suprem o livramento dopecador culpado e tornam possível que esseobtenha “uma boa consciência”, com base naconvicção de que todos os seus pecadosforam pagos completamente pelo sangue deJesus.

Diante das conjecturas podemospressupor que: 1º) Jesus desceu ao Hades eproclamou a sua vitória ou 2º) Podemosconcluir também que a proclamação a que serefere o v. 19 ocorreu, não quando Cristodesceu ao Hades, após sua morte no Calvário,mas em Espírito, o qual falou pela boca deNoé, durante aqueles anos em que a arca eraconstruída (v. 20). Portanto, uma coisa é certa,o v. 19 nenhuma esperança oferece de uma“segunda oportunidade” para aqueles querejeitaram Cristo durante sua vida aqui naTerra.

“Pois os vivos sabem que morrerão, mas osmortos não sabem coisa nenhuma, nemtampouco têm eles daí em dianterecompensa; porque a sua memória ficouentregue ao esquecimento”. (Ec. 9:5 – 6)

Conforme explicitado em todo o nossoescopo teológico, a Bíblia ensina que a almasobrevive à morte em um estado decompreensão consciente. As passagens quedizem não haver conhecimento ou recordaçãoapós a morte estão se referindo a não termemória neste mundo, e não deste mundo.

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Salomão claramente especificou o seucomentário dizendo que era na sepultura (Ec.9:10) que não haveria nem ciência nemsabedoria alguma. Ele também afirma que osmortos não sabem o que está acontecendodebaixo do sol. Os mortos não sabem nadado que diz respeito ao que se passa nomundo. Mas enquanto eles não sabem nadao que está se passando na terra, certamenteconhecem o que está se passando no céu (Ap.6:9). Esses textos referem-se a seres humanosem relação à vida na terra. Eles não dizemnada a respeito da vida imediatamenteposterior a esta.

“... aquele que possui, ele só, a imortalidade,e habita em luz inacessível...” (ITm. 6:16).

Numa discussão da doutrina daimortalidade, deve-se ter em mente que otermo “imortalidade” nem sempre éempregado no mesmo sentido. Sãoindispensáveis certas distinções para evitarconfusão. No caso de texto de ITm. 6:16, apalavra tem o sentido mais absoluto, só seatribui a Deus. Isto não significa quenenhuma de Suas criaturas seja imortalnalgum sentido da palavra. Entendidanaquele sentido irrestrito, esta palavra dePaulo ensinaria também que os anjos não sãoimortais, e certamente não é esta a intençãodo apóstolo. O sentido evidente da suaafirmação é que Deus é o único ser que possui

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imortalidade “como uma qualidade original,eterna e necessária”. Seja qual for aimortalidade que se possa atribuir aquaisquer criaturas suas, é dependente davontade divina, é-lhes conferida, e, portanto,teve um começo. Deus, por outro lado, énecessariamente livre de todas as limitaçõestemporais. A imortalidade, no sentido deuma existência continuada ou sem fim,também é atribuída a todos os espíritos. Umadas mais fidedignas doutrina cristã é que,quando o corpo é dissolvido, a alma nãocomparte a sua dissolução, mas retém a suaidentidade como um ser individual – estaidéia está em perfeita harmonia com a Bíblia.

Algumas questões que os aniquilacionistasprecisam responder:

01 - Se o homem morre e sua alma ficainconsciente, com quem Jesus conversou nomonte da transfiguração, visto que Moisés jáhavia morrido? Leia: Dt. 34:7 – Mt. 17:3.

02 - Se a alma entra em um estado desono quando o corpo morre, que almas eramaquelas que gritavam debaixo do altar deDeus? Leia: Ap. 6:9-10.

03 - Se quando o homem morre tudoacaba o que é que volta a Deus? Leia: Ec. 12:7

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04 - Se o inferno não existe o que é queJesus disse que foi preparado para o diabo eseus anjos? Leia: Mt. 25:41

05 - Se o inferno não existe o que é “fogoeterno”? Leia: Mt. 25:41

06 - Se o inferno não existe onde é olugar que o verme nunca morre e o fogo nãoextingue? Leia: Mc. 9:48; Lc. 3:17.

07 - Por que Jonas, estando no ventredo grande peixe e passando por grandeangustia e sofrimento, diz estar no inferno?Será que Jonas não quis mostrar que o infernoé um lugar onde se fica vivo e em grandesofrimento? Será que o sofrimento de Jonasnão é parecido com o rico da passagem deLucas? Leia: Jn. 2:2 — Lc. 16:23.

08 - Os aniquilacionistas afirmam quea palavra “Hades” significa “sepultura”, maspor que no texto de Lucas é dado o sentidode sofrimento? Leia: Lc. 16:23. E ainda: porque a palavra sepultura tem nome própriono grego (mnemeion)?

09 - Por que em varias enciclopédiasBíblicas a palavra “Inferno” significa: “Lugardestinado ao suplício das almas”? Leia: Lc16:23.

10 - O que significa um tormento eterno?E por que tormento eterno está em contrastecom vida eterna? Leia: Mt. 25:46.

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Conclusão

Talvez você tenha chegado ao fimdesta obra, sem ainda saber qual o seudestino eterno. Se este for o caso, esta é aquestão mais importante para você, e nós oincentivamos a pensar a respeitocuidadosamente.

Nós gostaríamos que você soubesse,sem sombra de dúvidas que pode ter a vidaeterna por meio de Jesus Cristo. NoApocalipse, João faz um último apelo: “OEspírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve,diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quemquiser receba de graça a água da vida” (Ap. 22:17).O que significa esse convite?

A imagem é de um casamento. O noivofez um convite à noiva. O noivo está disposto,mas a noiva também está? Da mesma forma,Deus preparou tudo – sem custo nenhumpara você, mas a um alto preço para Ele –para que você possa entrar numrelacionamento com Ele, que lhe dará vidaeterna. Mais especificamente, o convite é feitopara quem ouve e está com sede. “Sede”representa uma necessidade. Essanecessidade é o perdão do pecado. Portanto,você deve reconhecer que é um pecador aos

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olhos de Deus: “Pois todos pecaram e carecemda glória de Deus” (Rm. 3:23). Deus é santo e,por isso, não pode ignorar o pecado deninguém. Ele deve julgá-lo. Mas Deus, naSua misericórdia, preparou um caminho peloqual homens e mulheres pecadores podemreceber Seu perdão.

O perdão foi comprado por JesusCristo por alto preço. Quando Ele veio à terra,há 2000 anos atrás, viveu uma vida perfeita,morreu na cruz em nosso lugar para pagarpelo nosso pecado e ressuscitou: “Porque osalário do pecado é a morte, mas o dom gratuito deDeus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor”(Rm. 6:23). A Bíblia também diz: “Antes detudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristomorreu pelos nossos pecados, segundo asEscrituras, e que foi sepultado e ressuscitou aoterceiro dia, segundo as Escrituras” (ICo. 15:3-4).

Para obter a salvação e a vida eternaque Jesus Cristo oferece, devemosindividualmente confiar que o pagamento deCristo por meio da Sua morte na cruz e daSua ressurreição é a única maneira derecebermos o perdão dos nossos pecados, orestabelecimento de um relacionamento comDeus e a vida eterna. “Porque pela graça soissalvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é domde Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”(Ef. 2:8,9). É por isso que João convida quemtem sede a vir e começar um relacionamentocom Deus por meio de Cristo.

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Por favor, pense a respeito do queacabou de ler e escolha o caminho para o céu.Jesus disse: “Eu sou o caminho...” (Jo. 14:6) ePaulo escreveu: “...eis, agora, o dia da salvação”(IICo. 6:2). Se aceitou Jesus como seuSalvador, você fez a escolha certa e está acaminho do céu. Caso tenha mais perguntas,entre em contato conosco! Gostaríamos deajudá-lo a encontrar o Salvador.

Apêndice 01

*Juízo Investigativo (Adventismo):Julgamento que Jesus estaria efetuando nosegundo compartimento do Santuário doTemplo celestial (desde sua ascensão ao céuem 1844), que consiste em investigar a vidadas pessoas que morreram e estão no sonoda alma, para ver quem será salvo ou não.

**Paraíso (Jeovismo): As Testemunhas-de-Jeová ensinam que um dia essa terra tornar-se-á em um lugar paradisíaco, um paraíso.Por isso, negam que ao morrer o cristão vaiao paraíso.

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BibliografiaDicionário Bíblico, J. Davis, Ed. Juerp;

Teologia, A. Mcgranth, Shedd Publicações;Bíblia Apologética, Ed. ICP;

Manual Popular de Dúvidas..., Ed. Mundo Cristão;O Plano Divino Através dos Séculos, Olson, Ed. CPAD;

Teologia Sistemática, Berkhof, Ed. Cultura Cristã;Teologia Sistemática, Gruden, Ed. Vida;

Teologia Sistemática, Horton, Ed. CPAD,Bíblia Pentecostal, Ed. CPAD;

Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, Ed. Vida;Resposta às Seitas, Geisler & Rhodes, Ed. CPAD;

Manual Bíblico, Halley, Ed. Vida Nova;Perguntas e Respostas, Gary Fisher, 1996;

Apostila de Escatologia, José Marcílio da Silva;Revista “Defesa da Fé” ;

Site: www.chamada.com.brAnotações Particulares do autor

O EDITORCentro Apologético Cristão de Pesquisa

www.cacp.org.br

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O QUE É O CACP

Quem somos:O CACP é um centro de pesquisas que

fornece pesquisas e informações religiosasvoltadas para a área apologética. É deconfissão evangélica, de caráter nãodenominacional, composta por pastores eobreiros de várias denominações, visandoalcançar os perdidos das seitas e ao mesmotempo alertar o povo evangélico sobre asedução das mesmas, incentivando-os epreparando-os para “batalhar pela fé que umavez por todas foi entregue aos santos” (Judas3).

Nossos objetivos são:·Alcançar - os perdidos nas seitas através doevangelismo;·Alertar - a Igreja sobre as seitas e heresiasde ontem e de hoje;·Equipar - os cristãos com material apropriadoà evangelização das seitas;·Ministrar - palestras e seminários nas Igrejas;·Publicar - literaturas, fitas, folhetos específicose revistas na área apologética;·Programas de rádio dentro da áreaapologética.

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Sobre a manutenção do CACP:O CACP é mantido por contribuições

voluntárias de irmãos e igrejas quereconhecem que os serviços prestados sãoimportantes e necessários.

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