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Gilmar Santos

O FUTURO DA

HUMANIDADE

2001

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@ Copyrignt - 2001 Fundação Gilmar Santos Condenação: Pr. Gilmar Santos Consultoria Editorial: Pr. Tácito da Gama Leite Filho Revisão: Pâmela Alves dos Santos Andrade Digitação e Capa: Wanderson Ribeiro A. Padilha Diagramação e Arte Final: Márcio José de Oliveira Veras Impressão Planográfica Fone: (62) 211-6185/211-6194 Realização: Fundação Gilmar Santos Faculdade de Teologia e Filosofía de Goiânia Av. C. 1, Qd. 468, N°. 887 - Jardim América CEP: 74.265-010 - Goiânia/GO Fone: 286-7234/5761722 www.fundacaogilmarsantos.org.com.br

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Sumário Introdução..................................................................05 1. A Diferença entre o Justo e o ímpio.........................07 2. A Última Morada dos Perdidos................................16 2.1. A Realidade do Inferno na Bíblia..........................17 2.2. A Realidade do Inferno na Consciência Humana..20 2.3. A Descrição do Inferno........................................ 23 2.4. O Escape do Inferno............................................ 26 2.5. A Esperança do Céu............................................ 27 3. A Única Solução para a Humanidade..................... 29 3.1. A Validade do Derramamento de Sangue no Antigo Testamento.....................................................30 3.2. O Poder e a Eficácia do Sangue de Jesus............ 35 Conclusão................................................................. 39 Contracapa................................................................40

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Introdução

Existe um quadro muito antigo intitulado "os dois

caminhos", que pode ser encontrado na casa de muitos cristãos, o quadro retrata o destino final das pessoas, um paradoxo de dois estilos de vida. De um lado, há o caminho largo, cheio de prazeres, festas, facilidades; do outro, há o caminho estreito, cheio de obstáculos, algumas dificuldades, um templo. No final de cada um desses caminhos está o destino daqueles que os trilham: o primeiro leva à perdição, ao inferno, ao fogo destinado aos ímpios; o segundo leva à salvação, ao céu, à paz junto ao trono do Cordeiro. O pintor preocupou-se com as pessoas que estavam caminhando por aqueles caminhos e tentou alertá-los quanto ao seu futuro.

No início deste milênio, proliferam idéias e grupos místicos, seitas, todos supersticiosos, enfatizando crenças em gnomos, anjos, poderes sobrenaturais, contatos com o invisível. Preocupam-se em buscar soluções para problemas cotidianos, vividos no âmbito pessoal ou social, na família, no trabalho, na comunidade e até mesmo na igreja. Demonstram que estão abertos à espiritualidade que, infelizmente, está mal direcionada.

Envolvemo-nos, também, em debates quanto à existência ou não do destino das pessoas. Em nível popular ou acadêmico e teológico, há discussões em torno de predestinação, livre arbítrio, destino traçado por Deus. Percebe-se que o materialismo positivista, ou seja, a busca pela posse de coisas materiais não tem satisfeito os desejos mais íntimos do ser humano e, por isso, as pessoas enveredam pelos caminhos do misticismo e do sobrenatural.

Como arautos de Deus, atalaias de Israel, servos de Jesus Cristo, precisamos proclamar a verdade do evangelho àqueles que estão sedentos por encontrar uma resposta adequada aos seus anseios e preocupações espirituais. É este o objetivo da presente obra: esclarecer quanto ao destino das pessoas, nem sempre visível neste mundo mas, com certeza, claro e evidente nas Escrituras Sagradas, a Bíblia, fonte de toda a verdade e sabedoria reveladas por Deus. Queremos deixar bem claro que existe diferença entre o justo e o ímpio, que há um castigo eterno para os ímpios e uma recompensa eterna para os justos. Neste sentido, o destino eterno das pessoas já está traçado por Deus; entretanto, cada pessoa pode mudar este destino, através de suas escolhas ao longo desta vida. Não acreditamos que Deus tenha traçado o destino para as pessoas, no sentido de serem justas ou ímpias;

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entendemos que cada um colhe aquilo que semeia: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna ".(Gl 6.7,8) O presente livro quer ajudar o povo de Deus a compreender

o futuro da humanidade. O que vai acontecer conosco depois da morte? Para tanto, é importante reconhecermos a diferença entre o justo e o ímpio; estes, dependendo de suas escolhas durante sua vida, alcançarão a salvação eterna ou a perdição eterna.

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A Diferença entre o Justo e o ímpio

"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não serve ".

(Ml 3.18) A profecia de Malaquias foi dada por Deus no tempo de

Esdras e Neemias, durante a volta do cativeiro babilônico, da reconstrução da cidade, da religião e do culto. Caracteriza-se o livro pelo seu estilo contestador, indagador. O profeta coloca-se no lugar de advogado de Deus, inquirido pelo povo acerca de diversas questões, mais precisamente sete perguntas atrevidas e incisivas:

Em que nos tens amado? (1.2) Em que desprezamos nós o teu nome? (1.6) Em que te havemos profanado? (1.7) Em que o enfadamos? (2.17) Em que havemos de tornar? (3.7) Em que te roubamos? (3.8) Que temos falado contra ti? (3.13) Este atrevimento se deveu ao fato da nação de Israel sentir-

se frustrada, por Deus não castigar a impiedade das nações vizinhas. Eles percebiam a diferença que havia entre eles e os povos politeístas, idólatras, adoradores de imagens de escultura e ídolos, povos cruéis, devassos. Diante deles, os israelitas pareciam santos, bons, honestos, fiéis. Por isso, entre murmúrios de indignação, censuravam-se por terem sido tão justos em sua maneira de viver: "É inútil servir a Deus. Vejam os povos das outras nações: fazem tudo o que querem, vivem folgadamente e Deus não os castiga". Continuavam com suas lamúrias: "O que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos, e andar de luto diante do Senhor dos Exércitos?". O povo estava ressentido com Deus. Em meio às conversas mais triviais, era impossível evitar comentários menos exasperados.

- Bem-aventurados são os soberbos, resmungavam, alguns, com azedume.

- Só os que cometem impiedade prosperam, coaxavam, outros, amargurados.

- ... até os que tentam ao Senhor escapam..., concluíam, enciumados, os escravizados pela concupiscência.

Deus, porém, não aceitou as palavras injuriosas do povo, e, através do profeta Malaquias, transmitiu-lhes o seu desagrado:

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"Eu ouvi tudo. As vossas palavras foram agressivas para mim". Deus também ouviu e atentou para as palavras daqueles

que O temiam e se lembravam do Seu nome. Mandou que fosse escrito um memorial a esse respeito em Sua presença. Acerca deles, declarou: "São minha possessão particular, naquele dia que preparei, diz o Senhor dos Exércitos; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve" (Ml 3.17). Voltando-se para os que o aborreceram, esclareceu decisivamente: "Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve " (Ml 3.18).

O salmista Asafe também tratou do problema da prosperidade dos maus ou ímpios. Sua atitude parece semelhante à dos israelitas, na volta do cativeiro, e assim se expressa:

"Com efeito, inutilmente conservei puro o

coração e lavei as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado. Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído

a geração de teus filhos. Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei

com o fim deles". (SI 73.13-17) Asafe contemplava a prosperidade dos infiéis e o fato de não

terem preocupações, terem saúde, serem violentos e nada sofrerem, falarem maliciosamente, serem altivos, blasfemarem, e mesmo assim viverem tranqüilos e aumentarem suas riquezas (SI 73.1-12). Muitos, ainda hoje, olham para a prosperidade do homem ímpio, para a sua vida de orgia e de prazeres e se deixam tentar, dizendo: "Não vale a pena servir a Deus. Eu procuro viver uma vida santificada para melhor servir a Deus, e não tenho essa prosperidade". Existem ainda outros que procuram justificar-se a si mesmos, dizendo: "Eu me abstenho das coisas más e não ando no pecado como esses ímpios ingratos, que fazem o que querem, não temem a Deus e não O servem. Por que eles têm tudo: prosperidade, saúde, educação, lazer...? Parece até que Deus não se importa com a maneira como eles vivem".

Querido leitor, todos os prazeres deste mundo são efêmeros e passageiros. A Bíblia afirma claramente: Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. "Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo " (Ec 5.15). Só há uma coisa que podemos levar deste mundo, sobre a qual o apóstolo Paulo falou nestes termos: "Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé" (2 Tm 4.7). Somente a fé nos acompanhará

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para a eternidade. O Senhor atentava para os justos e também ouvia as suas

palavras. Diz-nos a Bíblia que havia um memorial diante do Senhor (Ml 3.16). O Senhor falou através de Malaquias: "Outra vez vereis a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve". Sempre houve e sempre haverá diferença entre o justo e o ímpio. Deus não trata o justo e o ímpio da mesa forma.

Deus sabe fazer distinção entre o justo e o ímpio. Foi assim nos dias de Noé, quando os ímpios pereceram afogados nas águas do dilúvio. À medida que as águas subiam, cobrindo toda a superfície da terra, os seus corpos começaram a boiar. Deus, porém, lembrou-se de Noé, diz-nos a Bíblia. Deus jamais se esquece dos justos. Eles estão no seu coração e fazem parte dos Seus planos. "São de paz os planos que tenho para vós" - diz o Senhor, - "e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro " (Jr 29.11). Deus sabe tratar tanto com o justo quanto com o ímpio. Quem faz a diferença é Ele.

Uma das interrogações mais desafiadoras e questionadoras que o homem já fez aos ouvidos de Deus foi feita por Abraão: "Senhor, destruirás também o justo com o injusto?" (Gn 18.23). O Senhor estava disposto a destruir Sodoma e Gomorra, mas antes de fazê-lo comunicou a Abraão, cumprindo-se o que está escrito na Palavra: "Fará o Senhor alguma coisa sem comunicar isso aos seus servos, os profetas?" (Am 3.7) A Palavra ainda acrescenta: "Os segredos do Senhor são para aqueles que o temem ".

- Vou destruir Sodoma e Gomorra, disse o Senhor a Abraão, pois a abominação praticada nessas duas cidades chegou até a minha presença.

- Senhor, intercedeu Abraão, destruirás também o justo com o injusto?

- Não, Abraão, respondeu o Senhor. - Se houver ali cinqüenta justos, ainda assim matarás a

todos? Intercedia aflito o patriarca. - Não, Abraão. Se houver ali cinqüenta justos eu

pouparei as cidades, por amor dos cinqüenta. - E se houver quarenta? Insistia inseguro o patriarca. - Não, Abraão. Se houver ali quarenta justos eu pouparei

as cidades, por amor dos quarenta. Em toda a Bíblia distinguimos a tremenda diferença entre o

justo e o ímpio. Vejamos: a) Os ímpios são chamados de: árvore corrupta, arbustos no

deserto, cães, cabritos, cegos, cereal queimados, cera derretida, cinzas sob os pés, escorpiões, espinhos e abrolhos, estrelas errantes, feras, filhos da desobediência, filhos da ira, filhos da maldição, filhos do diabo, filhos do inferno, filhos do maligno,

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filhos da perdição, fumaça, geração perversa, inimigos da cruz, inimigos de Deus, insensatos edificado sob a areia, joio, lobos, leões cobiçosos de presas, nuvens sem água, ondas espumantes do mar, orvalho que logo desaparece, prata reprovada, ramos abomináveis, moinha que o vento espalha, redemoinho que passa, sepulcros caiados, terreno pedregoso, transgressores, vasos de ira, vestes corroídas pela traça, víbora surda, etc. É a Bíblia que os descreve assim.

b) Os justos são chamados de: o sol, as estrelas, monte Sião, embaixadores, homens de Deus, o Líbano, tesouro, jóia, ouro, vaso de ouro e de prata, pedras de uma coroa, pedras vivas, criancinhas, escolhidos, filhos obedientes, filhos da luz, filhos amados, herdeiros, instrumentos para honra, luzes, membros do corpo de Cristo, lutadores, servos bons, peregrinos rumo aos céus, ovelhas de Deus, cordeiro, água, orvalho e chuva, jardim regado, ramo de oliveira, romãs, lírio, árvore plantada junto ao ribeiro, cedro do Líbano, palmeira, oliveira nova, árvore frutífera, cereal, trigo, soldado de Cristo, sal da terra, embaixadores do Rei, cidadãos do céu, remidos do Senhor, vasos de misericórdia.

"Outra vez vereis a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve ". Vale a pena ser crente. Aleluia! Essa diferença refere-se não apenas a esta vida, mas também a vida futura, à eternidade. A Bíblia afirma claramente que o ímpio está destinado à condenação eterna. Essa condenação não é um castigo de Deus ao ímpio, mas uma conseqüência das escolhas feitas por ele aqui, em vida. A Bíblia descreve ainda de várias maneiras o estado de sofrimento e de perdição do ímpio: fogo eterno, trevas exteriores, tormento, castigo eterno, ira de Deus, segunda morte, eterna destruição, banidos da face de Deus, pecado eterno, inferno. Tudo isto é a descrição do estado eterno de sofrimento e de perdição do ímpio.

Os ímpios, segundo a Palavra de Deus, sofrerão o juízo divino durante a grande tribulação. Eis uma descrição do que acontecerá nesse dia:

"Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os

poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos

rochedos: Caí sobre nós, escondei-nos o rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro. Pois é vindo o grande dia da ira deles,

e quem poderá subsistir? " .(Ap 6.15-17) Para os ímpios está determinada a grande tribulação. As

estrelas do firmamento cairão, a lua escurecerá, as águas do mar

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tornar-se-ão em sangue e haverá pestilência na terra. Naquele dia, os horrores serão tão grandes, os sofrimentos tão terríveis, que os homens chegarão diante dos montes, das rochas, dos rochedos, e dirão assim: "Abafai-nos! Matai-nos agora! E melhor morrer do que sofrer toda essa aflição". Mas não morrerão.

A Bíblia diz que os agentes de Satanás, gafanhotos, ferirão os homens. São gafanhotos de uma espécie diferente, dotados da mesma peçonha dos escorpiões.

"Foi-lhes dito que não causassem dano à erva verde

da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm na testa o selo de Deus. Foi-lhes permitido que não os

matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao

tormento do escorpião, quando fere o homem. Naqueles dias os homens buscarão a morte mas não

a acharão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles" .(Ap 9.3-6)

Ah! Que dia terrível será aquele! Diz-nos a Palavra do Senhor

que os ímpios estão destinados à eterna perdição e ao julgamento do trono branco.

"Então vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele. Da presença dele fugiram a

terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, e abriram-se os livros. Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E todo aquele que não foi

achado inscrito no livro da vida , foi lançado no lago de fogo" .(Ap 20.11-12,14-15)

Preste atenção ao que diz a Palavra: a) "Eu vi... (os) grandes e pequenos... ". Esta expressão,

grandes e pequenos não se refere à estatura física e sim à posição social de cada indivíduo aqui na terra. Naquele dia estarão ali, diante do trono branco, governados e governantes, pobres e ricos, pretos e brancos, sábios e ignorantes. Todos os homens, sem exceção alguma, estarão ali diante do Senhor para serem julgados.

Naquele dia estarão ali as grandes estrelas de Hollywood, os grandes astros do rock que em suas canções amaldiçoam a Jesus Cristo e exaltam a Satanás. Naquele dia estarão ali aqueles

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considerados "ídolos", os quais desprezam a Deus e querem a glória para si mesmos. Naquele dia estarão ali grandes e pequenos, e todos eles tremerão diante do Senhor.

b) "... e abriram-se os livros...". Eu creio que um dos livros a serem abertos ali, naquele dia, é o livro da consciência. Deus fará com que a mente humana, semelhante a uma fita de vídeo, reproduza toda a existência de cada uma das pessoas. Deus não acusará a pessoa alguma. Será a própria mente humana que acusará o homem diante de Deus, mostrando-lhe todos os seus atos praticados em vida aqui na terra.

Naquele dia, diante do trono do Senhor, mulheres lembrar-se-ão do momento em que o fórceps extraiu-lhes do útero um indefeso embrião, usurpando-lhe o direito à vida. Naquele dia todas as coisas estarão transparentes, cristalinas e reveladas diante do Senhor.

Naquele dia o joio vai deixar de perturbar o trigo. Naquele dia as máscaras de religiosidade cairão por terra e todos hão de ver "outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve". (Está chegando esse dia). Depois que todos forem julgados, o Senhor também julgará o "príncipe deste mundo".

Naquele dia, o Senhor Jesus Cristo será exaltado e enaltecido acima de todos os seres e poderes; todos os joelhos se dobrarão diante dele e exaltarão o seu nome.

"... Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de

Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz- Pelo que

Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome, para que ao nome de Jesus

se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Cristo

Jesus é o Senhor para a glória de Deus Pai". (Fp2. 6-11)

Naquele dia, os husselitas (Testemunhas de Jeová), que

afirmam que Jesus não é Deus, mas apenas um profeta semelhante aos demais, virão e se ajoelharão diante de Jesus, declarando: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"

Naquele dia, Joseph Smith, pai do mormonismo, virá e terá que se ajoelhar diante de Jesus e declarar para a glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"

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Naquele dia, Allan Kardec, sistematizador do espiritismo moderno, virá e terá que se ajoelhar diante de Jesus e declarar para a glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"

Naquele dia, as "mães e pais de santos" e todas as pessoas que entregaram suas mentes ao diabo e às suas mentiras, terão que se ajoelhar diante de Jesus e declarar para a glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"

Será assim com todos: Buda, Maomé, Confúcio, César, Nero, Pilatos, Herodes, Karl Max, Hitler, entre tantos outros que negaram a Jesus e perseguiram os seus seguidores, curvar-se-ão, reverentemente, diante de Jesus e clamarão para a glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor!"

Finalmente, também virá Lúcifer, a estrela errante, a antiga serpente, o tentador das nações, o pai do anticristo, da besta e do falso profeta, e, ajoelhado, humildemente, reconhecerá para a glória de Deus Pai: "Jesus, tu és Deus! Jesus, tu és Senhor! Jesus, tu vencestes!"

A Igreja já glorificada, reunida em torno do Senhor Jesus Cristo, bradará em uníssono, apontando na direção do príncipe dos demônios: "Senhor Jesus, eis o acusador dos santos. Ele perseguiu e derramou o sangue de nossos irmãos. Ele arrastou para a lama a muitos da sua Igreja".

Querido leitor, está chegando a hora em que todos hão de ver a "diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não o serve".

O justo receberá a vida eterna. A Bíblia afirma em João 5.24: "Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve as minhas palavras t crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida eterna ".

Os justos serão arrebatados.

"Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressurgirão

primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e assim estaremos

para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). É o próprio Senhor Jesus Cristo quem virá nos buscar. Se a

Igreja está desejosa de encontrar-se com Cristo, maior é o seu desejo de encontrar-se com Sua Igreja, pois está escrito: "Ele nos amou primeiro" (1 Jo4.10).

O salmista Asafe contemplou a diferença entre o justo e o

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ímpio quando entrou no santuário de Deus. Ali ele pôde reconhecer que o Senhor coloca os ímpios em lugares escorregadios; eles ficam assolados, repentinamente. Asafe, ao contrário, sentia segurança nas mãos de Deus, era guiado pelo conselho divino, seria recebido em glória. Tudo pela fé. Afirmou, com convicção:

"Ainda que a minha carne e o meu coração

desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre. Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis

para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para

proclamar todos os seus feitos ".(Sl 73.26-28) É esta fé e certeza de Asafe que nos faz contemplar o Dia do

Senhor e proclamar os seus feitos; um desses feitos será sua volta: rodeado de seus anjos, dando suas ordens, como Rei e Senhor do Universo.

Arcanjo, é chegada a hora! Diz Jesus, levantando-se do trono e dirigindo-se a um ser celestial vestido de vestes resplandecentes. O arcanjo ouve reverentemente o que Jesus lhe diz. Em seguida, levando ambas as mãos, em forma de cone, à boca, faz ressoar por toda a abóbada celeste seu brado de júbilo: "É chegada a hora!"

- Miríades, querubins, serafins, clama o arcanjo, é chegada a hora!

Os anjos virão à frente de Jesus para opor-se às hostes infernais que estão alojadas no espaço (Ef 6.12). Essas hostes demoníacas tentarão impedir a subida da Igreja até os ares. Mas os anjos, com suas espadas inflamantes desembainhadas expulsarão dali as legiões demoníacas. E Jesus, descendo até as alturas dirá à Igreja: "Levanta-te, amada minha, povo meu, e vem!"

Esse momento está chegando. A Bíblia nos exorta a estar preparados para esse dia: "Estejam cingidos os vossos lombos e acesas as vossas candeias " (Lc 12.15). Jesus está chegando. A hora é esta para reascender as nossas lâmpadas espirituais e reabastercer-nos com o óleo da unção do Espírito Santo.

Está chegando a hora em que todos, grandes e pequenos, saberão a diferença que há entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus e o que não O serve. Não há mais tempo para brincadeiras espirituais. Quem for santo, santifique-se mais; quem for imundo, continue na sua imundície, porque não há mais tempo para ser uma coisa ou outra, ou santo ou profano, ou justo ou ímpio.

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"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio,

entre o que serve a Deus e o que não serve". Com certeza, existe diferença entre o justo e o ímpio.

Somente o destino de cada um comprovará essa verdade: salvação, paz, presença do Senhor, para os justos; perdição, tormento, afastamento do Senhor, para os ímpios. Esse é o assunto do próximo capítulo. Leia-o com atenção e tire suas conclusões. Que o Senhor fale ao seu coração e transforme o mais íntimo do seu ser!

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A Última Morada dos Perdidos Jesus contou uma parábola muito interessante, com a qual

deixou lições preciosas para todos nós. São lições sobre a vida além morte; sobre recompensa e castigo; sobre impossibilidade de comunicação entre o mundo dos vivos e dos mortos. Leia-a.

"Ora, havia certo homem rico que se vestia

de púrpura e de Unho finíssimo, e vivia todos os dias, regalada e esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de

chagas à porta daquele, e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico. Os próprios

cães vinham lamber-lhe as chagas. Morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de

Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, ergueu os olhos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. Então clamou: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e

manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou

atormentado nesta chama. Mas Abraão respondeu: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em

tua vida, ao passo que Lázaro somente males, mas agora ele é consolado e tu atormentado. Além disso,

está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá. Respondeu ele: Rogo-te, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. Que ele

lhes dê testemunho, afim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe

Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. " (Lc 16.19-29).

Nesse texto, Jesus fala, através de uma parábola, sobre a

realidade do inferno, de uma forma clara, objetiva e direta. E um assunto pouco apreciado e discutido. No entanto, trata-se de uma doutrina bíblica de fundamental importância para o ser humano, genericamente, e o cristão, especificamente.

Nos dias atuais vivemos em meio a muitas igrejas, pastores e pregadores adeptos do "modernismo" teológico. Neste contexto, escrever sobre o inferno é discorrer sobre um assunto considerado

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ultrapassado. Todavia, hoje, mais do que nunca, a pessoa, dentro da igreja ou fora dela, precisa ser relembrada da realidade da existência do inferno. Existem tantos pastores, pregadores, igrejas e movimentos religiosos, que dizem servir Jesus Cristo e que, se lhes fosse possível, tirariam o inferno do relato bíblico. Mas ainda que se pudesse omitir o inferno do cenário bíblico, nem mesmo assim o inferno deixaria de existir.

Em nossos dias, existem muitas igrejas e muitos crentes que professam o nome de Jesus, mas vivem de qualquer maneira como se a pessoa pudesse entrar no céu, incondicionalmente. Saiba de uma coisa: existe o inferno. Quem não quiser ir para o inferno deve andar nos passos de Jesus. O salmista Asafe, muitos anos antes de Jesus, já tinha esta certeza, como vimos no capítulo anterior: "Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo" (SI 73.27). O fato de perecerem os que se afastam de Deus, os infiéis, não significa simplesmente morrer; significa passar a eternidade longe de Deus. O inferno é uma realidade e isto está na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.

2.1 - A Realidade do Inferno na Bíblia Na jornada desta vida, rumo à eternidade, só existem dois

destinos para o homem: céu ou inferno. A via de acesso ao céu é o arrebatamento; a via de acesso ao inferno é a própria morte. Mesmo que a única certeza que se tem na vida seja a morte, segundo um provérbio popular, um grande número de pessoas não crê na existência do inferno. Há duas coisas, cuja existência Satanás tem grande interesse em negar: o inferno e ele próprio. Saibam que ele tudo fará para iludir, anuviar e obscurecer a mente da pessoa, para que acredite nessas mentiras, a Bíblia afirma que Satanás é o pai da mentira. Na verdade, o seu magnífico desempenho na arte de mentir é comprovado pelo grande número de pessoas, sobretudo entre as mais bem dotadas intelectualmente, que têm dado crédito às suas falácias. "O inferno é aqui mesmo", dizem umas. "Inferno, é miséria, pobreza e sofrimento", afirmam outras. "Inferno', confirmam os adeptos do ateísmo materialista, "são as frustrações da impossibilidade, as dores e o sofrimento de uma enfermidade crônica e terminal, as angústias desfalecedoras da vida".

Satanás tem alcançado excelentes resultados em disseminar suas engenhosas fraudes. Da mesma forma, em relação ao inferno, um grande número de pessoas, sobretudo entre aquelas formadoras de opinião, corroboram para esse embuste. "Satanás é mais uma invenção humana", gritam bem alto os intelectuais

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agnósticos. "Satanás é um delírio da Bíblia", atacam os filósofos ateístas.

Todos esses defensores da não-existência do inferno e de Satanás tentam convencer-se a si mesmos de que, negando a existência deles, automaticamente, eles deixam de existir. Isto não é ignorância: é pura insensatez. Mas ainda que se pudesse excluir o inferno e a maléfica pessoa de Satanás das doutrinas bíblicas, nem mesmo assim eles deixariam de existir. Voltaremos a este assunto, no próximo capítulo.

Certa vez, um irmão chegou para o seu pastor e lhe disse, de forma áspera:

- Pastor, eu vou lhe dizer uma coisa: Eu não creio na existência do inferno. Eu creio, sim, na existência do céu.

- Irmão, por que você crê apenas na existência do céu? Perguntou-lhe com simplicidade o pastor.

- É porque Jesus falou apenas sobre o céu, arrematou com ingenuidade.

- Meu filho! Assim como Jesus falou acerca do céu, também falou acerca do inferno.

- Falou? Exclamou de olhos esbugalhados. - Sim, filho, falou. - Pastor, no Evangelho de João, Jesus fala sobre as

moradas que estava preparando no céu para nós. Depois disso voltaria para levar-nos para lá. Jesus só falou do céu, concluiu categórico o irmão, com ares de quem havia descoberto uma indiscutível verdade.

- Meu filho! Disse o pastor, colocando bondosamente a mão sobre o ombro daquele irmão. O mesmo Cristo Jesus que falou da existência do céu, também falou da realidade da existência do inferno. Examine melhor os Evangelhos e encontrará neles referências ao inferno, feitas por Jesus. Então você saberá que o inferno existe.

Talvez também seja esta a mentalidade de muitos por aí. No Salmo 9.17, está escrito assim: "Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus". Os ímpios, pecadores não arrependidos, serão lançados no inferno juntamente com todas as nações que se esquecem de Deus. Em Daniel 12.2, também está registrado: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressurgirão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e o desprezo eterno". Não é um tratado de Teologia que está afirmando isto, mas sim a palavra profética através dos lábios de Daniel.

Dissemos, no início, que a humanidade tem dois destinos diferentes na eternidade: o céu ou o inferno. Uns viverão eternamente no céu, com Deus; outros viverão eternamente no

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inferno. Ali, onde o fogo jamais se apaga, haverá gritos, ranger de dentes e sofrimento. A Bíblia indica claramente quem irá para o céu ou para o inferno: "E irão estes (os ímpios) para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.46). O inferno é um lugar de tormento eterno. Qual é a melhor opção: morar eternamente no céu ou no inferno?

Jesus advertiu seus discípulos, quando mandou que fossem pregar, sobre as dificuldades que teriam; não deveriam ter medo daqueles que apenas poderiam matar o seu corpo. O único temor razoável seria diante daquele que pode fazer perecer no inferno, tanto a alma como o corpo (Mt 10.28; Lc 12.5). Quando estamos no serviço do Senhor não precisamos ter medo; apenas quando estamos longe dos seus caminhos. Aí sim precisamos temer, pois "há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte " (Pv 14.12). Por isso mesmo, Jesus alertou sobre os tropeços que alguns poderiam colocar diante dos outros, dizendo que seria melhor entrar na vida sem um dos membros do corpo, do que ficar com os dois e ir para o inferno:

"E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é

melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo

inextinguível [...] e, se teu pé te faz tropeçar, corta- o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno". (Mc 9.43-45)

Jesus falou diversas vezes sobre o inferno, relacionando-o a

diferentes situações da vida. Deixou bem claro que os fariseus e escribas, hipócritas, raça de víboras, não escapariam da condenação do inferno (Mt 23.33). De outra feita, Ele ampliou o significado da Lei mosaica quando afirmou que, se alguém chamar o outro de tolo, estaria sujeito ao inferno de fogo (Mt 5.22). Ao falar da igreja, construída sobre a pedra angular, ele mesmo, Jesus Cristo, animou os discípulos dizendo que as portas do inferno não prevaleceriam contra sua igreja (Mt 16.18).

Em Mateus 25.46, também está determinado: "E irão estes (os ímpios) para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna ". Tiago, ao falar do perigo do mau uso da nossa língua, deixou claro que ela pode colocar em chamas toda a carreira da existência humana até ser consumida em chamas pelo inferno (Tg 3.6). Por último, Apocalipse 20.15 revela claramente: "E todo aquele que não for achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo ".

Nos textos acima você pôde contemplar a evidência bíblica da existência do inferno. A própria vivência nossa também atesta à existência do inferno, como você pode verificar logo a seguir.

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2.2 - A Realidade do Inferno na Consciência Humana Além da Bíblia, que já é suficiente para nos convencer, a

nossa própria razão nos diz que o inferno existe. Sabe como? Existe em nossa consciência uma lei moral, fruto de revelação natural de Deus (Rm 1.18-32), que confirma a existência do inferno. Como você reage quando toma conhecimento de que um ato de brutal selvageria foi praticado contra uma criança indefesa, maculando a sua pureza, enlameando a sua inocência, violentando a sua integridade física e emocional? Como você reage diante de crimes hediondos praticados com requintes de barbaridade contra pessoas inocentes, que tiveram a infelicidade de cruzar com uma criatura abjeta, bestial e perversa? Em muitos lugares, a população indignada com o ato de selvageria praticado por esses bandidos desalmados, tem procurado fazer justiça com as próprias mãos, invadindo as prisões e linchando esses facínoras sem piedades. Entendam-me bem. Não estou fazendo apologia da vingança ou retaliação com as próprias mãos, mesmo porque não temos o direito de tirar a vida de alguém, ainda que esse indivíduo seja o pior dos marginais, criminosos.

Você sabe por que as pessoas expressam sua revolta exigindo justiça ou, elas mesmas, procuram justiçar esses criminosos, invadindo, depredando e incendiando cadeias? É porque dentro da pessoa há uma lei moral de julgamento que diz assim: "Errou, tem que ser punido". É por isso que, em meio à comoção popular, ouvem-se toda sorte de xingamentos e insultos à pessoa do criminoso: "Assassino!", "Bandido!", "Monstro!", "Prisão perpétua para esse miserável!", "Ele tem que morrer!" e outros mais.

Dentro de cada pessoa existe esta lei: a lei moral, a lei da punição. O indivíduo tem que pagar pelo erro cometido. Analise comigo esta questão: se o homem que é falho, imperfeito e injusto exige justiça e punição para os erros cometidos por ele mesmo, como ficaria esse mesmo homem nas mãos de um Deus justo, perfeito e santo? "Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo” (I Pe l.l5).

Dentro de cada ser humano existe um sentimento de que a punição a quem infringe a lei é justa e lógica. Se na lei dos homens é assim, na lei de Deus, cujos preceitos são justos, perfeitos e santos, também não é diferente. Você pode chamar de maniqueísmo o confronto dualístico entre o bem e o mal ou gnosticísmo, mas a realidade é que são conceitos humanos e racionais, à luz da palavra aprendemos que a pessoa tem sede de justiça. Veja o que a Bíblia declara sobre este assunto:

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"Pois se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas, havendo-os

lançado no inferno, os entregou à cadeias da escuridão, ficando reservados para o

juízo; se não poupou o mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregoeiro da justiça, com mais

sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios; se condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra,

reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente; e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta

daqueles perversos (pois este justo habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa com as

injustas obras deles)" .(2 Pd 2.4-8) Esteja atento ao testemunho bíblico: Se Deus não poupou os

anjos que pecaram, acompanhando o rebelde Lúcifer (muitos deles estão presos em cadeias de escuridão no mais profundo do inferno); se Deus não poupou os contemporâneos de Noé; se Deus não poupou as cidades de Sodoma e Gomorra; por que, então, no último dia, Ele pouparia o pecador de qualquer espécie, ladrão, assassino, prostituta, adúltero, homossexual, lésbica, idolatra ou outro, abrindo-lhe a porta do céu? Não! Não! Não! O céu é um lugar de pureza, de santidade, de verdade e de justiça.

A última revelação acerca do inferno e do ímpio está em Apocalipse 20.15: "E todo aquele que não for achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo". Deus não tem prazer em lançar o homem no lago de fogo. Quando o homem se apresentar diante do tribunal divino para ser julgado, Deus não o empurrará para o inferno, pois ir para o céu ou o inferno é apenas o resultado da opção feita pelo homem, em vida, aqui na terra. Ninguém irá para o inferno por ter feita esta decisão, e sim por não ter crido no sacrifício expiatório de Cristo na cruz do Calvário. Logo, para alguém escapar do inferno, a solução é esta: crer no Senhor Jesus Cristo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E o julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram antes as trevas que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz. t não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, afim de que seja manifesto que as suas obras são feitas em Deus. " (João 3.16-21)

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Aqueles que combatem a doutrina bíblica da existência do inferno e de Satanás advogam em causa própria e criam suas próprias teses. "Se o inferno existisse, seria o lugar mais solitário do mundo. Um Deus amoroso, clemente e justo jamais mandará seus filhos para o inferno", argumentam os defensores da complacência divina.

Billy Graham, o grande evangelista, disse certa vez: "Se Deus não julgar esta geração, Ele terá que pedir desculpas a Sodoma e Gomorra". Esta é uma grande verdade: a humanidade, em nossos dias, está mais desobediente, depravada, imunda e corrompida do que nos dias de Sodoma e Gomorra. Se os moradores dessas duas cidades vivessem hoje e assistissem aos programas de televisão, certamente perguntariam: "Senhor, o que fizemos de tão ruim que estes não tenham feito pior ainda?"

Se os moradores de Sodoma e Gomorra tomassem conhecimento do projeto de legalização da união cível entre lésbicas e homossexuais, defendido pela ex-deputada e atual prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, certamente falariam, perplexos: "Meu Deus! O que nós fizemos em oculto, as nações estão legalizando em suas casas legislativas e tribunais". Com certeza, Deus poupará o justo, mas julgará o ímpio, porque Deus é santo.

Você sabe o que está reservado para o ímpio? O apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu assim:

"O Senhor sabe livrar da tentação os piedosos, e

reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados. Deus castigará especialmente aqueles

que segundo a carne andam em imundas concupiscências, e desprezam as autoridades.

Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das autoridades superiores [...]".2 Pe 2.9,10)

Deus castigará aqueles que andam em imundas

concupiscências, diz o apóstolo Pedro. Eles receberão o pagamento pela injustiça praticada.

Em seguida, o apóstolo pormenoriza essas injustiças:

"Tais homens têm prazer na luxúria à luz do dia. São nódoas e máculas, deleitando-se em suas mistificações[...] Têm os olhos cheios de adultério, e

são insaciáveis no pecado; engodam as almas inconstantes; têm um coração exercitado na

ganância, são filhos da maldição! "(2 Pe 2.12-14)

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São filhos da maldição! Esclarece definitivamente o Espírito Santo, por intermédio de Pedro. Assim como os anjos caídos, como os contemporâneos de Noé, como as cidades de Sodoma e Gomorra, afirma o Espírito de Deus, serão lançados no inferno.

2.3 - A Descrição do Inferno Você poderá perguntar: Que tipo de lugar é o inferno? À luz da Bíblia, querido amigo, o inferno é um lugar de

separação, sofrimento e dor. A pior dor que alguém pode sofrer é a dor da separação. Ali Deus voltará as costas definitivamente para o ímpio. O inferno é um lugar de separação entre o ímpio e Deus, entre o ímpio e o justo. Você é capaz de imaginar o que é viver eternamente separado de Deus?. Você quer saber que tipo de lugar é o inferno? É um lugar de um sofrimento e de dores mais intensas do que a dor de uma enfermidade física, de uma afronta ou injustiça, de difamações ou calúnias imerecidas, de um trauma ou de uma perda irreparável, de uma rejeição e de outros sofrimentos morais.

Querido amigo, para a maioria dessas dores e sofrimentos, ainda pode existir esperança: a doença pode ser curada, a honra restaurada, a alma ferida sarada. Mas quanto à separação de Deus, ela é irremediável: a esperança não visita o inferno. Você é responsável pelo seu destino eterno. Só você pode evitar o inferno. Jesus disse:

"Porque Deus amou ao mundo de tal

maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida

eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao inundo, não para que condenasse o mundo, mas para Que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não e condenado, mas quem não crê já está condenado,

porque não crê no nome do unigênito filho de Deus".(Jo 3.16-18) A morte também não visita o inferno, e muitos dos que lá

estão gostariam que ela os visitasse. Hoje. a morte é um pavor para muitos. Ninguém quer saber da morte. Mas os que estiverem no inferno serão capazes de saudá-la, dizendo: "Vem, morte! Seja bem-vinda! Vem colocar um ponto final neste tormento!" O anjo da morte não entra no inferno. O sofrimento no inferno é eterno. Então, o inferno é um lugar de separação, sofrimento e dor, para toda a eternidade. Além disso, existem certas características do inferno que você precisa conhecer.

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• O inferno é um lugar de más companhias Que tipo de lugar é o inferno? É um lugar repugnante e assombroso, dominado por uma

extrema miséria e habitado pela escória deste mundo. Você quer saber mais? Então veja o que diz o texto sagrado:

"Quanto aos medrosos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idolatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a

segunda morte".(Ap 21.8) O inferno é um lugar de péssima e abominável convivência.

Os que para lá vão têm como acompanhantes eternos: ladrões, assassinos, feiticeiros, vilões, homossexuais, lésbicas, a pior escória entre os que rastejam no charco da imundície e das impurezas deste mundo.

O inferno não está destinado apenas às pessoas más e desprezíveis. Existem pessoas boas, honestas, educadas e bem intencionadas que também irão para o inferno. Sabe por quê? Ninguém vai para o inferno por causa de uma postura social incorreta, uma conduta moral condenável ou de uma prática religiosa complacente. Lembre-se do ministério terreno de Jesus Cristo. Ele não rejeitou os criminosos, os ladrões, os cobradores desonestos de impostos, as prostitutas, os adúlteros, os endemoninhados, antes conduziu-os aos reinos dos céus. Aos que o censuravam por aceitar a companhia desses pecadores, disse-lhes: "Não necessitam de médico os são, e, sim, os enfermos. Eu não vim chamar os justos, e, sim, os pecadores ao arrependimento" (Mt. 9.10-12; Mc 2.15-17; Lc 5.29-32). Em seus últimos momentos, na cruz, disse ao ladrão arrependido: "Hoje estarás comigo no paraíso " (Lc. 23.43). A única maneira para alguém escapar do inferno é arrepender-se dos seus pecados e ser lavado no sangue do Senhor Jesus Cristo.

• O inferno é um lugar de colheita Que tipo de lugar é o inferno? O inferno é um lugar de colheita. Senão, veja a tremenda

revelação que o apóstolo Paulo nos faz:

"Não vos enganeis: Deus não se deixa escarnecer. Tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O que semeia na sua carne, da carne ceifará'; corrupção; o que semeia no Espírito, do Espírito

ceifará a vida eterna ".(Gálatas 6.7,8)

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Ninguém pode zombar de Deus impunemente. Por mais

esperto que você seja, escondendo sua vida dupla, isto é, um santo na igreja e um profano no mundo, servindo a Deus apenas na aparência, não ficará assim por muito tempo. Por trás dessa fachada muito bem construída, exala um mau cheiro do testemunho que sobe até os céus. Sodoma e Gomorra despertam algum temor em sua consciência cauterizada?

Não se engane, atente para a advertência deste humilde profeta. Ninguém pode zombar de Deus impunemente! Por mais que você seja esperto para criar mil e um subterfúgios para esconder seus adultérios, suas fornicações, suas impurezas, suas orgias e bebedices, suas negociatas e tramas desonestas, deixe-me esclarecer sua mente anuviada pela concupiscência: Ninguém pode zombar de Deus impunemente! Vai chegar o dia da colheita, o dia da prestação de contas. "para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, i toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai." (Fp 2.10-11).

• O inferno é um lugar de lembranças dolorosas e amargas Você quer saber que tipo de lugar é o inferno1? A luz da

Palavra de Deus, o inferno é um lugar de terríveis e dolorosas lembranças. Na parábola, Jesus diz que o rico, no inferno, abriu os olhos e viu a Abraão e a Lázaro.

- Quem é aquele? Indaga o rico à sua própria consciência.

- É Lázaro, a resposta flui clara e precisa dos labirintos de sua memória.

- Pai Abraão! Grita angustiado, das masmorras do inferno, o rico infeliz e miserável. Eu tenho cinco irmãos...

- Ó Pai Abraão, entre gemidos de aflição e terror grita, em desespero, o pobre homem rico. Eu te rogo que mandes Lázaro à casa de meu pai para testemunhar a todos os meus parentes, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

O inferno será um lugar de lembranças amargas para aqueles que abandonaram a fé, profanaram o sangue da Aliança e ultrajaram o Espírito da graça.

- Ai! Meu Deus! Nunca mais! Nunca mais! É o refrão desconsolado de alguém lembrando-se das reuniões na igreja, das orações nas casas dos irmãos, dos encontros, das vigílias... Por que, meu Deus, eu vacilei e desobedeci?

• O inferno é um lugar de acusação Ali, um filho há de apontar para o pai, dizendo: "Foi ele

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quem me deu o primeiro gole de cerveja. Foi ele quem fez de mim um bêbado, um assaltante, um viciado, ao dar-me aquele primeiro copo de cerveja". Outro filho há de lembrar-se do primeiro cigarro que fumou, e também dirá: "Foi você, meu pai, que me deu o primeiro cigarro". Em uníssono, dos calabouços do abismo, outras vozes se levantarão, clamando:

Foi você, meu pai, quem me deu o primeiro baseado para fumar. Agora eu estou aqui neste lugar de tormento.

Foi você, meu pai, quem me deu a primeira revista pornográfica para olhar. Por isso, eu estou aqui sendo atormentado.

Foi você quem me deu dinheiro para ir a um motel, dizendo que eu tinha que ser homem...

No inferno, filhas olharão para suas mães e dirão assim: "Foi você, minha mãe, quem me deu um mau exemplo de adultério e de prostituição". Outras, cuja memória não cessa seu latejar contínuo e corrosivo, também confrontarão suas mães, dizendo: "Foi você, minha mãe, quem me obrigou a abortar o filho que eu gerei em pecado".

Foi você quem me trouxe para este lugar de tormento, minha mãe, é o lamento angustiado que retumba do covil infernal.

2.4 - O escape do inferno Como escapar do inferno? Eu não quero ir para lá! Tenho boas notícias para você, meu querido, na Palavra:

"Quem nele crê não é condenado..." (Jo 3.18). Existe uma saída. Sim, existe uma rota de escape: JESUS.

Em primeiro lugar você precisa crer nEle, arrepender-se de seus pecados e confessá-lo como seu Senhor e Salvador pessoal. A Bíblia diz: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados..." (At 3.19).

"Se com a tua boca confessares a Jesus

como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Pois com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz

confissão para a salvação ". (Rm 10.9,10)

"Em nenhum outro há salvação, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos

ser salvos".(At 4.12) Através da cruz de Cristo, Deus construiu uma via de acesso

aos céus. A cruz foi colocada sob o abismo. Ela é a única

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passagem para os céus. Quem não vier através da cruz, cairá no abismo profundo que faz separação entre o homem e Deus. A cruz de Cristo bloqueia o caminho de acesso ao inferno. Ao lado dela, Jesus está acenando para as multidões, dizendo: "O caminho é este. Venham por aqui". Ele está chamando: "Venham para o céu". Nós estávamos caminhando para o inferno. Mas Jesus veio, morreu na cruz do calvário, ressuscitou e nos fez assentar nas regiões celestiais.

2.5 - A esperança do céu Ora, se o inferno existe, logo o céu existe também. A Bíblia

afirma que existem três céus: o céu inferior ou céu atmosférico, das nuvens, dos pássaros, dos aviões; o céu intermediário ou céu planetário, das estrelas, das constelações, dos planetas, das galáxias; o terceiro céu, também chamado de Paraíso, a morada do Deus Altíssimo, é para lá que nós os que cremos em Jesus Cristo vamos.

Foi o apóstolo Paulo que deixou registrado o seu arrebatamento ao terceiro céu:

"Conheço um homem em Cristo que há quatorze anos foi

arrebatado até o terceiro céu. Se no corpo não sei, se fora do corpo não sei, Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no corpo não sei, se

fora do corpo não sei, Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir" (2

Coríntios 12.2-4) Neemias também fez referência aos três céus:

"Só tu és Senhor. Fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo o que nela há, os mares e tudo o que neles há. Tu os conservas com vida, a todos, e o exército do céu te adora

".(Ne 9.6) Ele caracterizou os céus assim: céu, céu intermediário; céu

dos céus, a morada do Deus Altíssimo; a terra, o céu atmosférico. O apóstolo João, na Ilha de Patmos, teve uma gloriosa visão

do céu:

"E vi um novo céu e uma nova terra, pois já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já

não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, ataviada

como uma noiva para o seu noivo. E ouvi uma

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grande voz vinda do trono, que dizia: Agora o tabernáculo de Deus está com os homens. Deus habitará com eles, e eles serão o seu povo, e o

próprio Deus estará com eles, e será o seu Deus. Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. Não

haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, pois já as primeiras coisas são passadas. E o

que estava assentado sobre o trono disse: Faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, pois estas palavras são verdadeiras e fiéis. Disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe

darei da fonte da água da vida. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. [...] E o muro da

cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Aquele que falava comigo tinha uma

cana de ouro para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro. A cidade era

quadrangular, o seu comprimento era igual à sua largura. Mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais. Ele mediu o seu muro, de cento e

quarenta e quatro cavados, segundo a medida de homem, que o anjo estava usando. O muro era construído de

jaspe, e a cidade era de ouro puro, semelhante a vidro límpido".(Ap 21.1-7, 14-18)

Spurgeon, considerado o príncipe dos pregadores do século

XIX, referindo-se à cidade celestial, disse assim: "É mais fácil alguém atravessar o oceano Atlântico num barco de papel, do que atingir os céus pelas suas boas obras". Só entrará no céu quem estiver lavado e justificado no sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. O céu é lindo, o céu é eterno, o céu é perfeito, o céu é um lugar santo, o céu nos pertence. Jesus Cristo é nosso. Venha comigo para o céu.

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A Única Solução para a Humanidade Enquanto as pessoas estão neste mundo podem escolher

quanto ao destino eterno de suas almas: ou crêem em Cristo, obedecem a Deus, trilham em seu caminho e obtém a vida eterna, ou não crêem em Cristo, desobedecem a Deus, trilham por seus próprios caminhos e alcançam seu castigo eterno. Uma coisa é certa, segundo as Escrituras: só há uma solução para a humanidade, o sangue de Jesus Cristo.

"Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue, e sem derramamento de sangue não há remissão". (Hb 9.22) O poder que há no sangue de Jesus Cristo, ainda hoje, para

a Igreja, é um dos maiores e mais profundos mistérios de toda a sabedoria divina. Por mais capacidade que tivéssemos para discorrer sobre o poder que há no sangue de Jesus Cristo, ainda assim, não alcançaríamos a plenitude da revelação divina sobre a eficácia desse precioso sangue. Todavia, cremos que a Palavra de Deus há de trazer uma iluminação divina, às nossas mentes, sobre o poder do sangue do Cordeiro.

O que você faria, querido leitor, se lhe ocorresse, repentinamente e em caráter de urgência, um incidente cuja solução exigisse de você uma determinada quantia além de suas possibilidades? Imagine-se vivendo esta situação: Você recorreu aos parentes e amigos, mas não obteve socorro algum. Procurou os bancos, mas estes lhe negaram um empréstimo em virtude das informações cadastrais fornecidas por você terem sido insuficientes. Você não possui nenhum bem móvel ou imóvel, cuja venda lhe proporcione os recursos suficientes para cobrir aquela despesa emergencial. Restam-lhe, apenas, algumas jóias antigas, heranças da família de sua esposa, que não podem ser vendidas.

A única saída, nessa situação, é procurar uma agência de penhores da Caixa, por exemplo, onde poderá obter um empréstimo imediato, sem as exigências e burocracia do sistema bancário. "Finalmente, você respira aliviado, o meu problema foi solucionado". Agora, você dispõe de um prazo menos rígido para pagar o empréstimo e resgatar as jóias penhoradas. De um lado, você está tranqüilo por ter deixado as jóias da família sob a custódia de uma instituição idônea. De outro lado, a Caixa também tem a mesma tranqüilidade quanto ao retorno da quantia emprestada aos cofres dela. Que garantia é essa? As jóias que

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você deu em penhor. Querido, o sangue de Jesus é a garantia de nossa esperança

de perdão. O sangue do Cordeiro de Deus é o penhor do nosso perdão. Ninguém jamais obterá o perdão de seus pecados, se não confiar no poder do sangue de Jesus Cristo como um penhor.

3.1 - A Validade do Derramamento de Sangue no Antigo

Testamento

"Pois a vida da carne está no sangue, pelo que vo-lo tenho dado para fazer expiação pelas vossas vidas

sobre o altar; é o sangue que faz expiação pela vida".(Lv 17.11)

A primeira referência bíblica a um sacrifício expiatório,

derramamento de sangue para perdão, está subentendida nesta frase: "Fez o Senhor vestimenta de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu " (Gn 3.21). Dizem os eruditos que estudam o Antigo Testamento que, nesse contexto, um cordeiro foi imolado em sacrifício expiatório pelo pecado de Adão e Eva. Em seguida, a pele desse cordeiro foi arrancada e transformada em vestidos para cobrir a nudez de nossos primeiros pais, evidenciada pelo pecado. Assim, um ser inocente foi sacrificado em lugar de outro inteiramente culpado.

O sangue é a própria vida de uma criatura. A vida de um cordeiro puro e inocente, através do seu sangue derramado, foi dada em penhor da vida de Adão e Eva. O pecado, que também expôs a nudez espiritual de Adão e Eva, exigia dos transgressores um alto preço, além de suas possibilidades, o sangue (um penhor) de uma vítima inocente e pura, para remissão da culpa. Foi assim que, pela morte de uma criatura, pura e inocente, outras criaturas transgressoras permaneceram vivas.

Imediatamente, após o pecado cometido, nossos primeiros pais descobriram que estavam nus, coseram, com folhas de figueira, umas vestes grotescas, e cingiram-se. O pecado causou-lhes um corrosivo sentimento de culpa e um desconforto moral constrangedor. Instintivamente trataram de escondê-lo. Então, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia, esconderam-se, entre as árvores (Gênesis 3).

- Adão! Adão! Chamou Deus. Onde estás? - (Silêncio). - Adão! Adão! Chamou Deus, novamente. Onde estás? - Ouvi a tua voz no jardim Adão balbuciou timidamente

de seu esconderijo entre as árvores, e tive medo, porque estava nu, e escondi-me.

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O medo foi o primeiro sentimento hostil a penetrar no coração do homem após sua queda e fracasso. É por isso que o homem passou a temer a presença de Deus. O homem tem medo de ser confrontado com seus pecados; tem medo de encarar o juízo de Deus; tem medo de encarar, inclusive, a realidade da própria morte.

- Quem te mostrou que estavas nu? Inquiriu Deus mansamente. Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Averiguou o Senhor.

- Foi a mulher que me deste por companheira, disse Adão, jogando a culpa sobre Eva, e insinuando que Deus não lhe havia dado a mulher perfeita e ideal. Ela é a culpada! disparou fulminante. Ela me deu o fruto da árvore, e eu o comi, concluiu com ares de ingenuidade.

- O que fizeste? Perguntou o Senhor a Eva. - A serpente me enganou, respondeu cabisbaixa a

mulher, retorcendo nervosamente as mãos, eeu comi. Adão e Eva descobriram instintivamente, naquela ocasião,

alguns mecanismos de defesa e imediatamente os puseram em prática. Um deles foi o da transferência da culpa. Em outras palavras, significa dizer: "Eu pequei, mas a iniciativa não foi minha. A mulher que me deste por companheira me induziu a pecar. Logo, é dela a culpa e não minha". Em contrapartida, Eva soube explorar o gancho deixado por Adão: "Se não fosse a serpente, eu não teria comido nada. A culpada é a serpente que mentiu para mim. Também, quem mandou criar um bicho desses, tão sagaz e falante?".

Essa tendência de transferir a culpa para outras pessoas perdura até hoje. Mas isso não ajuda em nada. 0 indivíduo que transfere a sua culpa para os outros está querendo enganar-se a si mesmo: nem a sua própria consciência crê na inocência dele. Tanto Deus como as demais pessoas que o cercam sabem que ele é responsável pelos atos praticados.

Outro mecanismo de defesa utilizado pelos nossos primeiros pais foi o da ocultação do pecado. (Esta é a primeira reação do homem ao cometer um pecado.) Eles improvisaram uma vestimenta grotesca, cosida com cipós e folhas de figueira, numa tentativa vã de esconder de Deus a sua nudez. Que pensamento mais ingênuo. Eles não imaginaram que as folhas, desmembradas do caule, logo murchariam com o calor e incidência do sol sobre elas.

As pessoas, ainda hoje, precisam parar de jogar sua culpa sobre as circunstâncias, o ambiente ou os outros que as cercam. Deus quer tratar com cada um, pessoal e diretamente. É mais sábio assumir a culpa, visto que todo homem é responsável pelos

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seus próprios atos, do que encontrar um "bode expiatório" que carregue a ultrajante e opressiva carga dos seus maus procedimentos. Também para nada serve travestir-se com as vestimentas de religiosidade, de boas obras, de misticismo, de falsa piedade. Quando o Sol da Justiça, Jesus Cristo, reluzir, essa camuflagem de folhas há de murchar perante o brilho de Sua gloriosa presença. Assim, todos estarão nus diante dEle. Não nos deixemos enganar: Deus conhece a cada um, individualmente; Ele sabe tudo a meu e a seu respeito; Ele conhece os nossos pensamentos, as nossas atitudes e reações. Não há lugar algum no mundo onde possamos nos esconder dEle. Tudo está desnudo e devassado diante dos olhos do Senhor.

Como solução para o pecado de Adão e Eva, Deus imolou um cordeiro indefeso, puro e inocente, e com a pele fez vestimentas para Adão e Eva. Deus cobriu, ao mesmo tempo, tanto a nudez como o pecado de nossos primeiros pais. Sobre o perdão de pecados, assim nos diz a Bíblia: "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto" (SI 32.1). Deus cobriu primeiro a nudez e o pecado de Adão e Eva e, em seguida, os tirou do jardim do Éden. Deus trabalha desta forma: primeiro, ele manifesta a Sua graça; depois, Ele manifesta o Seu juízo. A graça de Deus sempre antecede o juízo de Deus.

Dizem os judeus que a graça de Deus é semelhante a um anjo com duas asas voando velozmente ao encontro do pecador, e o juízo de Deus é semelhante a um anjo com uma asa só, que voa vagarosamente, mas um dia chega. Diante disso, querido leitor, abrace a graça salvadora de Deus antes que o juízo de Deus chegue até você.

A segunda referência bíblica a um sacrifício expiatório é o derramamento de sangue para perdão que está registrada neste episódio: "Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou " (Gn 4.4,5).

Tudo indica que Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, haviam tomado conhecimento daquele primeiro holocausto, quando um cordeiro foi oferecido em sacrifício pelo pecado dos pais. Não sabemos se, posteriormente, outros sacrifícios foram oferecidos com regularidade. O que sabemos é que, em conseqüência daquele sacrifício original, Caim e Abel também decidiram apresentar suas ofertas sacrificiais a Deus.

Caim, que era lavrador da terra, tomou das primícias da colheita e as ofereceu ao Senhor. Abel, que era pastor de ovelhas, ofereceu, dentre os primogênitos do seu rebanho, alguns cordeiros em sacrifício de louvor e adoração ao Senhor. Deus se agradou do sacrifício oferecido por Abel, um sacrifício de sangue. Quanto à

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oferta de Caim, frutos da terra, não houve aprovação diante de Deus. Por quê? Por faltar-lhe o princípio essencial à expiação do pecado, o derramamento de sangue.

Eu creio que Caim, tanto quanto Abel, tinha conhecimento da maneira como se apresentar a Deus para cultuá-lo e oferecer-lhe sacrifícios. No entanto, ele quis inovar, criando um método próprio para cultuar ao Senhor. Abel, o irmão mais moço, demonstrou reverência e temor diante de Deus, oferecendo-lhe um sacrifício de sangue pelos seus próprios pecados. Caim, entretanto, menosprezou o princípio da expiação da culpa, oferecendo simplesmente frutos da terra.

Existem, por aí, muitos seguidores de Caim, mostrando menosprezo ao plano único e eterno da salvação, o poder do sangue de Jesus Cristo. Inventam seus próprios métodos de salvação. Atualmente, existem mil e um movimentos religiosos pregando que "todos os caminhos conduzem ao céu". Para os adeptos desses movimentos, não é só o evangelho de Jesus Cristo que santifica o homem, não é só sangue de Jesus Cristo que perdoa pecados, não é somente a obra realizada por Jesus Cristo no Calvário que salva o pecador. A Bíblia, entretanto, mostra categoricamente: Não existe nenhum outro meio de o homem reatar a sua comunhão com Deus, a não ser através do sangue de Jesus Cristo.

Não adianta inventar o evangelho segundo Allan Kardec, não adianta inventar o evangelho segundo Joseph Smith, não adianta inventar outro evangelho. Somente o sangue de Jesus Cristo purifica a alma humana e perdoa a todos os seus pecados, somente Jesus Cristo é o Caminho. "Jesus respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim. " (João 14.6)

Acreditar que todos os caminhos levam para o céu é uma concepção que menospreza o sacrifício da cruz, onde Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, derramou o seu sangue para expiar os nossos pecados e nos resgatar da maldição e condenação do pecado.

A terceira referência bíblica ao derramamento de sangue, em sacrifício expiatório, está registrada em Êxodo 12.1-13:

"Disse o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito:

Este mesmo mês será para vós o primeiro mês, o primeiro mês do ano. Dizei a toda a

congregação de Israel: Aos dez deste mês, tome cada homem um cordeiro para a sua família, um

cordeiro para cada casa. Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das

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pessoas. Conforme o que cada um puder comer, fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou

cabrito, será sem defeito, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. Vós os guardareis até ao décimo quarto dia deste mês,

quando toda a congregação de Israel o matará ao crepúsculo. Tomarão do sangue e porão em ambas

as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. Naquela noite comerão a carne assada

no fogo, com pães asmos e ervas amargas. Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, Mas

sim assado ao fogo, a cabeça, as pernas e afressura. Nada dele deixareis até pela manhã; se algo ficar dele até pela manhã, queimareis ao fogo. Assim o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos

sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão. Comê-lo- eis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor.

Naquela noite passarei pela terra do Egito, e ferirei os primogênitos na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito

executarei juízo. Eu sou o Senhor. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo o

sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do

Egito ". O povo de Israel estava gemendo debaixo da tirania do

cativeiro egípcio. Os gemidos dos filhos de Israel chegaram aos céus. Deus resolveu libertá-los. Ordenou a Moisés que fosse até Faraó e lhe dissesse: "Deixa o meu povo ir ao deserto para me adorar". Faraó, no entanto, resistia à voz de Deus, e oprimia mais ainda o povo. Finalmente, após Deus operar maravilhas diante de Faraó através de Moisés, chegou o dia da libertação.

O Senhor chamou Moisés e lhe disse: "Hoje, cada família em Israel sacrificará um cordeiro macho de um ano, sem defeito algum. Com o sangue do cordeiro aspergirão as ombreiras e verga das portas. Em seguida, assarão o cordeiro e o comerão. Esta noite, continuou o Senhor, dizendo: eu passarei sobre o Egito e ferirei a todos os seus primogênitos. Mas na casa onde houver a marca do sangue do cordeiro sacrificado, ninguém morrerá".

Enfim, chegou a hora de Deus agir em favor do Seu povo.

"À meia-noite o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o

primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono,

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até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. Levantou-se

Faraó de noite, ele e todos os seus oficiais, e todos os egípcios, e houve grande clamor no Egito, pois

não havia uma casa em que não houvesse um morto". (Ex 12.29)

Aquela noite, no Egito, foi uma noite de grande clamor. Em

todas as casas egípcias, até mesmo no palácio de Faraó, havia um morto sendo velado. A dor, o sofrimento e o desespero eram indizíveis em todos os lares. Ah! Que desespero terrível!. Via-se apenas a presença da morte por toda parte. Ouviam-se, de todos os lados, os gritos e gemidos de dor e de aflição. O Egito chorava os seus mortos.

Enquanto isso, os filhos de Israel, em suas casas comiam o cordeiro pascal, celebrando o grande dia da visitação de Deus, quando o jugo do cativeiro foi finalmente sacudido de seus ombros. O sangue do cordeiro pascal, aspergido nas ombreiras e vergas de suas portas, foi uma garantia dada pelo próprio Deus, de que nenhum dos filhos de Israel pereceria naquela noite. O sangue do cordeiro pascal, como um penhor, livrou-os da morte.

Que diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não O servem! Enquanto, entre os egípcios havia choro, pranto e gemidos de dor, no meio do povo de Israel havia gozo, regozijo e alegria; enquanto os egípcios sofriam a terrível e agonizante dor pela perda de seus filhos, os israelitas cantavam e dançavam ao lado de seus filhos, cuja vida fora preservada; enquanto os egípcios contemplavam, pasmados e perplexos, o espectro da morte, os israelitas, transbordando em gozo, contemplavam o sinal da presença de Deus: o sangue do cordeiro que lhes dera vida e proteção! Aleluia!

3.2 - O Poder e a Eficácia do Sangue de Jesus Existem muitas pessoas com medo do diabo. Ouvem todos

os tipos de ameaças e de mentiras. Dizem-lhes que o destino delas já estava traçado pelos seus guias: uns, devem desenvolver sua mediunidade; outros devem "fazer cabeça" e se tornarem "pai" ou "mãe-de-santo"; ou "cavalos" para as pombas-giras, para os exus, para os caboclos, para os pretos-velhos e tantas outras entidades demoníacas. Se não atenderem às orientações dessas entidades, podem sofrer graves acidentes, problemas de saúde, conjugais e financeiros, seus parentes e até eles mesmos podem morrer.

Há uma boa notícia para você: o diabo é mentiroso. Coloque-se agora mesmo debaixo da proteção do sangue de Jesus Cristo.

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Tenha a proteção do sangue do Cordeiro. Uma abnegada serva de Deus, por toda a vida, foi muito

dedicada e obediente ao Senhor. Nunca se recolhia ao leito para dormir, sem antes passar bons momentos em oração e comunhão com o Pai. Certo dia, porém, estava tão exausta que apenas ergueu a mão para os céus e disse: "Ó Senhor, cobre-me com o teu precioso sangue", e logo adormeceu. Naquela noite, um assaltante forçou a porta principal da casa da casa dessa irmã e entrou. O salteador foi pegando tudo o que era valioso; quando chegou ao aposento onde essa serva de Deus dormia, parou, tomado de um grande pavor. De repente, ele correu em direção à rua, gritando: "Não fui eu! Repetia em desespero, não fui eu!".

Toda a vizinhança acordou com aqueles gritos desesperados. Alguns vizinhos saíram no encalço do ladrão e logo o encontraram. Ele estava sentado numa calçada, gritando num grande desespero, apertando a cabeça com as mãos: "Não fui eu, gente! Não fui eu!" Quando lhe perguntaram o que havia ocorrido, respondeu: "Quando entrei no quarto da mulher, procurando algo para roubar, vi o corpo dela todo coberto de sangue. Aí, saí correndo. Acreditem em mim, não fui eu quem matou aquela mulher! Eu sou ladrão, não um assassino", completou.

Numa coisa o ladrão havia-se equivocado: aquela irmãzinha não estava morta, apenas dormia. Ela estava toda coberta de sangue, nisto o assaltante tinha razão. Mas o sangue que ele vira não era o dela e sim o sangue protetor do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.

O sangue de Jesus Cristo tem a eficácia e o poder para nos reconciliar com Deus, nos purificar de nossos pecados, nos trazer a paz, garantir-nos a vitória espiritual. A Palavra de Deus confirma essa verdade. Observe.

O sangue de Jesus Cristo garante a reconciliação do pecador. O que é reconciliação? É um retorno ao relacionamento original com Deus, antes da queda do homem. "Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto" (Ef 2.13).

O sangue de Jesus Cristo nos traz purificação. Diz-nos a Bíblia: "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 Jo. 1.7).

O sangue de Jesus Cristo nos garante a paz. Afirma a Palavra: "... havendo ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus" (Cl 1.20). A paz para a alma, a paz para o espírito, não está nas drogas, nem nas bebidas alcoólicas, a paz está no poder do sangue de Jesus Cristo.

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O sangue de Jesus Cristo como instrumento de salvação tem uma abrangência universal. Eis o que declara a Palavra: "Digno és (Cordeiro) de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação" (Ap. 5.9).

O sangue do Cordeiro nos garante a vitória. Diz-nos a Bíblia: "Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro..." (Ap 12.11). O sangue de Jesus é poderoso para nos dar vitória sobre quaisquer problemas e circunstâncias.

Certa vez, o grande evangelista Finney havia acabado de pregar uma mensagem baseada no seguinte texto: "Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado" (1 Jo. 1.7). De repente, um homem mal-encarado aproximou-se e disse: "Senhor pregador, o senhor poderia ir à minha casa?" Finney, sem titubear, fitou o homem, e respondeu: "Sim! Eu posso ir à sua casa, amigo". De imediato, algumas pessoas se aproximaram do pregador e lhe disseram, reservadamente: "Pelo amor de Deus, não acompanhe aquele homem. Ele não tem uma boa fama. Dizem que já matou muita gente". Finney, porém, lhes respondeu: "Não temam! Eu irei com ele".

Finney seguiu o homem, em silêncio, através de ruas e vielas estreitas e mal-iluminadas. Após algum tempo, o homem parou diante de uma casa de má-aparência. Abriu a porta e convidou o pregador para entrar. Foram até a sala. O homem abriu a gaveta de um armário e retirou um revólver. Em seguida, voltou-se para o pregador e disse:

- Pastor Finney, com esta arma eu já tirei a vida de muitas pessoas. Ainda há esperança para mim?".

Finney, fitando-o com amor e bondade, olhando bem dentro dos olhos, respondeu:

- Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos purifica de todo pecado

O homem abriu outra gaveta, de onde retirou vários jogos de baralho.

- Pastor Finney, disse, manuseando as cartas de baralho: com estas cartas tenho trapaceado e roubado muitas pessoas. Ainda há esperança para mim?

Finney, mantendo firme olhar, repetiu: - Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos

purifica de todo pecado. Pastor Finney! Desesperou-se o homem, eu já destruí muitos

casamentos, disse quase soluçando. Eu já joguei muitas mulheres na lama. Eu não presto!

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Ainda há esperança para mim? Finney aproximou-se do homem, colocou a mão sobre o

ombro dele, e disse com toda mansidão: - Mas o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos

purifica de todo pecado. Nesse instante, o homem dobrou os joelhos e, em lágrimas,

suplicou: - Pastor, ore por mim. Eu quero ser perdoado.

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Conclusão

Diante das escolhas que temos na vida, uma delas tem a ver

com a eternidade. Vivemos neste mundo procurando cumprir nossas responsabilidades, viver honestamente, administrar nosso tempo e dinheiro, divertir-nos dentro de nossas possibilidades. Muitas vezes, não nos conformamos com os benefícios desfrutados por aqueles que são corruptos, ladrões, desonestos, mentirosos. Gostaríamos que a justiça de Deus fosse-lhes aplicada imediatamente. Entretanto, apenas podemos compreender o futuro da humanidade quando entramos na Casa do Senhor, na presença do Senhor. Ali recebemos a revelação, como Asafe a recebeu, de que cada pessoa há de ter um futuro e uma eternidade coerentes com as sementes plantadas em vida. Existem, sim, os justos e os ímpios e cada qual passará a eternidade perto ou longe de Deus, conforme suas escolhas nesta vida.

Embora alguns duvidem da existência do inferno, ela é confirmada pelas Escrituras Sagradas, a Bíblia, e pela própria consciência humana. É um lugar de sofrimento e dor, de acusações, de más companhias, de colheita. Lá não existe a morte, mas o sofrimento prolonga-se pela eternidade. Não há como escapar de lá depois que a alma para lá for. Entretanto, há esperança e certeza nesta vida de não ir para lá, através da fé no sangue de Jesus Cristo.

O céu é uma realidade a ser alcançada por aqueles que fazem sua opção ainda em vida. Não é questão de viver honestamente, fazer boas obras, sacrificar-se, pagar promessas, seguir religiões. O céu pode ser alcançado por aqueles que confiam em Jesus Cristo como seu único Salvador e Senhor. O céu é uma realidade para aqueles que procuram obedecer a Deus e aos seus mandamentos, conforme prescreve a Sua Palavra. O céu é daqueles que vivem e servem a Deus, por meio da graça salvadora de Jesus Cristo, que derramou o seu sangue precioso por todos. Esse sangue nos traz perdão, vitória, purificação, paz, reconciliação com Deus. Há poder no sangue de Jesus. Basta que cada um confie nele e se entregue incondicionalmente ao Senhor.

Receba agora mesmo, querido leitor, a proteção do sangue de Jesus Cristo sobre a sua vida. Há poder no sangue de Jesus!

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CONTRACAPA

FUNDAÇÃO GILMAR SANTOS Está habilitada para prestar os seguintes serviços à Comunidade Evangélica: > Curso Aberto à Distância (correspondência) de Bacharel em Teologia e Médio em Teologia. > Curso de Missiologia por correspondência ou Seriado, objetivando o despertamento para a obra missionária. > Bacharel e Médio em Teologia (seriado), através da Faculdade de Teologia e Filosofia de Goiânia. > Curso de Educação / Pedagogia Cristã (seriado). > Capelania/ Teologia Clínica (seriado). > Liderança e Recursos Humanos na Igreja (seriado). > Minha Vida Missionária - Discipulado (seriado) > Mestrado em Teologia (seriado) com especialização em Biblia, Educação Cristã e Ministério Pastoral. > Cruzadas Evangelísticas (Missão Cristo Para Todos) realizadas pelo Pr. Gilmar Santos. São Cruzadas dinâmicas que têm levado a palavra de Deus aos seguintes lugares: Brasil, Argentina, Bolívia, Uruguai, U.S.A., Portugal, França, Itália, África do Sul, Japão, Egito, Israel, Coréia, Cabo Verde, Chipre, Luanda, Moçambique, Grécia, Canadá, Bruxelas, Ilha do Sal, Suíça e outros Desejamos proporcionar aos vocacionados as condições para conhecer (mais clara e profundamente) ao Senhor e amadurecer na fé, para ministrar a palavra com autoridade e amor.

Maiores Informações Fundação Gilmar Santos Caixa Postal 12086 CEP 74.641-970 Goiânia GO Brasil

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