E-Book Redes Sociais e Inovação Digital

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Redes Sociais e Inovação Digital Organizadores: Gaia Creative; CIC ESPM

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Redes Sociais e Inovação Digital“Não use velhos mapas para descobrir novas terras”

Um projetoGaia Creative + CIC ESPM

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Copyright © 2011 Gaia Criative – www.gaiacreative.com.br (fund. 2009) / São Paulo; 83 páginas

Título: Redes Socias e Inovação Digital

Expediente

Conselho Editorial:Cibele Silva, Gil Giardelli

Responsável:Gil Giardelli

Realização:Gaia Creative e CIC/ESPM

Edição e Revisão:Cibele Silva

Pr odução de gráfica Bruna Ramon

Diagramação:Camila Carrano

ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO

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A Gaia Creative é uma Empresa de Tendências, que visa à inovação na Gestão do Conhecimento, a Gestão da Inovação e é especializada em soluções tecnológicas para Relacionamento Digital, Redes Sociais, Campanhas de Email Marketing e Campanhas de Mobile Marketing.

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O Centro de Inovação e Criatividade (CIC) ESPM proporciona o ambiente adequado para pessoas interessadas em se tornarem profissionais atuantes em um cenário extremamente dinâmico onde inovação e criatividade caracterizam cada vez mais as atividades das marcas líderes. No CIC são realizados os cursos do professor Gil Giardelli, o #InovadoresESPM

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Atribuição – Uso não-comercial – Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Brasil. Para ver esta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/

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Inovadores

André NogueiraAndrezza LeiteBrunno FerreiraCaio C. O. RibeiroChristiane Vila Nova CamargoDiego E. MatteraEderaildo FontesEdna Gomes PereiraEduardo PonceElaine RodriguesFabio AntunesFabio GobboFatima de Oliveira CarvalhoFernanda QuintãoGisele AranaGloria PereiraIsrael RibeiroJuliano Akira KimuraJulio Cesar da CruzKarina BradleyKathia MoriniLigia Chemin Le TalludecMarcelo AbrantesMarcio Traguetta AlaminosMaria SanniniMariana AnselmoMariana NassifMarina NarcisoMonise dos Reis Martins da SilvaNatasha TorlayNayane MonteiroPaula Regina Subires GarciaRenata BonadiaRicardo KaramRosi BeniniSérgio PorcariSuzie Clavery CaldasThiago MouraVinícius Sacramento

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PREFÁCIOO Livro Colaborativo de Redes Sociais nasceu de uma idéia de juntar todas as opiniões dos meus alunos que passaram pelo Inovadores ESPM. Esses artigos são uma junção da gestão do conhecimento, inovação e mídias sociais.

Tenho orgulho de lançar esse livro colaborativo – volume I. É uma forma de humanizar e aproximar uma parte dos alunos que passaram em tantas e distintas turmas que tive a honra de lecionar e ampliar a visão do mundo digital.

Por mais paradoxal que possa parecer, para o estudioso do mundo digital, como eu, o fato da “digitalização” do mundo, o que, naturalmente, gera grandes dúvidas, para mim antes de abranger o surgimento delas, é importante entender por que elas existem.

Hoje, se alguém passar dez minutos na frente de um computador, será o suficiente para que apareça uma série de perguntas como “por que a Rainha da Inglaterra tem um perfil oficial no Twitter?”, “qual o motivo para as pessoas passarem 100 milhões de horas editando a Wikipédia?” ou “o que levou os usuários a ficarem mais de um trilhão de horas em redes sociais?”.

O porquê é complexo e encontrar raízes em relações sociais amplificadas pela internet. Para ele, questões como: engajar-se, sentir-se incluído, ver-se como socialmente útil e pôr em prática a alma empreendedora, são algumas das causas que levam a este novo comportamento virtual.

Tudo isso, no entanto, leva para um mesmo caminho, é o que chamo de “generosidade coletiva”. Em redes sociais, por exemplo, é possível enxergar exemplos desta afirmação, como quando pessoas recorrem ao Twitter para pedir socorro ou para saber informações de familiares e amigos envolvidos em uma tragédia, como foi o caso do último terremoto no Japão.

A criação colaborativa de conhecimento também pode ser vista em sites como o “Eu Lembro” – em que se pode acompanhar se as propostas de determinado candidato

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Gil Giardelli é especialista no Mundo.com, com 12 anos de experiência na era digital. Seu trabalho acadêmico é baseado na Sociedade Imediatista, Economia Criativa e na era da democracia das mídias sociais. Professor nos cursos de Pós-Graduação e MBA na ESPM e CEO da Gaia Creative, empresa em que implementa inteligência de mídias sociais, economia colaborativa e gestão do conhecimento para empresas como BMW, Fundação Roberto Marinho, Grupo CCR, SEBRAE, MINI, Grupo Cruzeiro do Sul, entre outras.No CIC (Centro de Inovação e Criatividade) da ESPM coordena quatro cursos:• Ações Inovadoras em Comunicação Digital• Redes Sociais e Inovação Digital• Startups, Economia Criativa e Empreendedorismo na Era Digital• CyberArte

Texto baseado na cobertura do portal Terra da palestra no TEDxPorto Alegre

eleito estão sendo cumpridas – , ou do “Just Made Love”, em que, por algum motivo estranho, pessoas compartilham com o mundo como foi sua última relação sexual.

Para além da impressão de que a internet é a solução para todos os problemas do mundo, o cenário vislumbrado pelo palestrante realmente impressiona. Neste contexto, geram-se novos valores sociais e novas responsabilidades, como o nascimento do”indivíduo coletivo”. No século XXI, as moedas que movimentam o planeta são a da reputação e a da credibilidade. Há um novo tipo de civilização mais engajada nascendo e a rede social se tornou o lugar da verdade. “Há uma nova música embalando a humanidade”.

Preciso humanizar a internet, gerar conteúdo de qualidade, socializar mais, utilizar a inteligência coletiva para criar soluções criativas para os problemas da humanidade. É preciso entender o significado de “o todo é maior que a soma das partes”. Isso é que ensino na sala de aula e por esses motivos é que reuni textos de meus alunos nesse livro para partilhar conhecimento. Agradeço a todos pela colaboração e dedicação.

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AGRADECIMENTOSA ideia do e-book nasceu em 2010, dentro do curso Redes Sociais e Inovação Digital e se estendeu para o curso de Ações Inovadoras e Comunicação Digital. Esses cursos realizados pelo Centro de Inovação e Criatividade/ESPM e ministrados pelo professor Gil Giardelli.

Os alunos abraçaram a ideia e encaminharam seus textos colaborativamente, mostrando que podemos colocar bom conteúdo na rede, com boas fontes e que o importante é partilhar o que acontece de bom.

Esse e-book é uma maneira de demonstrar o quanto os alunos são ricos em conteúdo e que tem a capacidade de produzirem conteúdo. Também contamos com textos de participantes do #Interminas 2010, realizado pelo Imasters.

É com muita alegria que agradeço primeiro a Deus, que me deu força para cultivar esse projeto, depois ao professor Gil Giardelli que me deu a honra de editar e cuidar de todos os detalhes do projeto e por último, e não menos importante, aos alunos que participaram colaborativamente com seus textos, suas ideias, sem vocês não estaríamos aqui. Aproveito para destacar a pro atividade da Camila Carrano ao diagramar o livro e fazê-lo com dedicação e amor, assim como todos os envolvidos no projeto.

Agradeço a todos os propagadores desta ideia e já antecipo, meu muito obrigado, aos próximos alunos do Gil Giardelli que participarão dos próximos e-books.

Abraços,Cibele SilvaAnalista de Mídias Sociais da Gaia Creative

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SUMÁRIO

Branding online e engajamento do consumidorRosi Benini

Redes Sociais dos anos 80 e o que elas não podem fazer pela sua empresa hoje!Eduardo Ponce

Inteligência Competitiva Aplicada às Micro e Pequenas EmpresasIsrael Ribeiro

A Lei da Selva 2.0: Entrar nas mídias sociais era opção: hoje é obrigação. Qual é a sua arroba?Vinícius Sacramento

Colaborativismo e a nova era da comunicaçãoThiago Moura

#Interminas 2010 - relacionamentos além das tecnologiasMariana Anselmo

As mídias sociais ‘estão dando onda’. Vamos surfar?Vinícius Sacramento

To infinity and beyondFernanda Quintão

Redes Sociais: Não complique, comunique-seElaine Rodrigues

O jogo como desafio do lúdico nas redes sociaisGloria Pereira

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RT por favor!Monise dos Reis Martins da Silva

A simplicidade da InovaçãoFabio Gobbo

Nós quânticosAndré Nogueira

Itinerário da InovaçãoAndrezza Leite

A inovação digital Brunno Ferreira

Uma boa conversaCaio C. O. Ribeiro

Um momento de inovação... E porque não, de reflexãoDiego E. Mattera

O espaço para inovarEderaildo Fontes

Redes Sociais e InovaçãoEdna Gomes Pereira

Inovação DigitalFabio Antunes

Redes Sociais: contatos imediatos de todos os grausFatima de Oliveira Carvalho

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A inovação e seus impactos na sociedade atual Gisele Arana

Tornado tangível uma rede socialJuliano Akira Kimura

O que é inovação na comunicação digital?Kathia Morini

Jogos e redes sociais, uma relação de mutualismoMarcelo Abrantes

Inovar é ViverMarcio Traguetta Alaminos

De geração em geraçãoMaria Sannini

As sensações da inovaçãoMariana Nassif

Inovando na Comunicação do EvangelhoMarina Narciso

O comportamento igualitário nas redes sociaisNatasha Torlay

Você já nasceu nas redes sociais?Paula Regina Subires Garcia

2.500 caracteres sobre inovaçãoRenata Bonadia

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O Boom do momento: as Redes SociaisRicardo Karam

A tecnologia a favor da humanidadeSérgio Porcari

Redes sociais virtuais: o meio do começo Suzie Clavery Caldas

Uma Nova Versão para a História das OrganizaçõesChristiane Vila Nova Camargo

Compartilhamento Social Julio Cesar Da Cruz

Melhor amigoKarina Bradley

Falando de novoLigia Chemin Le Talludec

Pensamentos sobre Redes SociaisNayane Monteiro

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Branding online e engajamento do consumidor

Rosi Benini

A construção de uma marca é mais abrangente do que a criação de uma identidade visual que a represente; construir uma marca é posicioná-la ideologicamente no mercado, criando valores com os quais os consumidores se identifiquem emocionalmente. A internet surge como um novo ambiente em que a marca deve se posicionar estrategicamente para alcançar seu público: é o branding online.

A comunicação online permite uma interação com o público inexistente em outras mídias. É possível analisar imediatamente os resultados de uma ação, identificar e modificar estratégias que não estão funcionando, enviar respostas em tempo real, além de compartilhar e expor materiais facilmente. Sites, comunidades, blogs e redes sociais em geral são canais de comunicação da marca com o consumidor (e vice-versa). Porém, é importante lembrar que não são canais exclusivos: uma informação publicada na web está sujeita a ser encontrada e replicada por qualquer pessoa, independente se positiva ou negativamente. O perfil do consumidor mudou e com ele acabou muito do misticismo que existia em torno da publicidade; a chance de pessoas acreditarem em opiniões de pessoas iguais a elas é muito maior do que acreditarem em representantes de marcas ávidos por vendas. O crescimento do acesso a esse tipo de serviço, onde pessoas podem publicar suas visões sobre qualquer assunto para qualquer um, demandou a necessidade de monitorar o que é falado sobre a marca online, além de criar artífices para um posicionamento que atenda aos consumidores desse ambiente específico. O branding entra, então, para planejar esse comportamento.

Primeiramente, o branding, em qualquer mídia, deve se preocupar com o valor sentimental transmitido pela marca. A qualidade do produto, a experiência proporcionada pelo uso e a sensação de pertencer a uma comunidade com os mesmos ideais é o que faz uma marca perdurar no gosto de um consumidor. Marcas que contam histórias e engajam pessoas em causas criam um vínculo emocional e extrapolam a relação compra e venda. Especificamente na comunicação online, essa relação cliente/marca foi infinitamente ampliada e intensificada devido aos recursos do meio. O canal de comunicação não é

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unilateral, permitindo que os próprios consumidores produzam conteúdo sobre a marca e divulguem para outros; o meio é democrático, portanto não há uma censura sobre opiniões sinceras divulgadas; o fluxo informacional é alto, o que exige respostas rápidas por parte das marcas. Tais particularidades explicam a demanda de um planejamento de posicionamento para a marca no meio digital, incluindo como lidar com um público que ganha voz e poder de decisão.

Apesar do foco no branding online, é importante frisar que a presença da marca não se limita a uma mídia; normalmente, planejamentos de gestão incluem ações em impresso, rádio e TV. O fato deve ser levado em conta no planejamento online: a comunicação deve ser integrada, ou seja, cada peça e posicionamento devem ser coerentes com o todo. Uma oportunidade de proporcionar experiências diferentes é criar histórias transmidiáticas: são criados conteúdos específicos para cada suporte, atendendo às suas particularidades de interação, e o objetivo é que o próprio consumidor busque e complemente esse conteúdo. Além de experiências de interação diferentes, essas “histórias” envolvem pessoas, que comentam com outras pessoas sobre a experiência, gerando um buzz espontâneo de interesse. A presença em várias mídias também garante um maior número de pontos de contato com o consumidor, o que demonstra interesse da marca em estar presente onde seus clientes (mesmo que nichos deles) estão – mas não se deve confundir “pontos de contatos” com “fazer spam” e sobrecarregá-los de informação.

O branding deve incluir também um planejamento de comunicação interna para aqueles que estão em contato direto com a marca. Todos os funcionários são agentes que representam e transmitem para o público os valores ou características de uma campanha; é uma experiência frustrante para o consumidor ter a intenção de participar de uma atividade promovida pela marca, porém não obter informações necessárias com os próprios envolvidos. Até mesmo a credibilidade das ações pode ser perdida se todos não estiverem cientes de qual proposta a marca representa.

Uma boa estratégia de “branding online” é resultado de uma estratégia pensada homogeneamente como “branding da marca”. É um conjunto que leva em conta os suportes midiáticos, planejadores, funcionários e, principalmente, consumidores. O uso da internet não deve ser feito por ser uma tendência, mas sim por permitir aproximação e cultivo de emoções da marca para com o consumidor. São os tais jardineiros alimentando e cuidando de seus jardins. ■

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Redes Sociais dos anos 80 e o que elas não podem fazer pela sua empresa hoje!

Eduardo Ponce

Que diferença existe entre uma rede social dos anos 80 e das atuais aplicações via Facebook e cia? Simples: a tecnologia.

Lá íamos brincar de comandos em ação, playmobil, falcon, andar de bicicross, fechar a rua para uma pelada em pleno anos 80, e como primeiro passo, convidávamos os melhores amigos da região para participar da empreitada. Um dos amigos sempre chamava o outro e a notícia se espalhava, o POKE era gerado!

Qual o melhor brinquedo, equipamento, acessório ou último lançamento? Sempre tinha aquele cara que sabia de todas as novidades e era o Master. Nada como seguir o mais “antenado” de todos (mera coincidência digital, não?)

O grupo era homogêneo! Moleques sem ter nada o que fazer em casa, iam para as ruas procurar as mais diversas formas de entretenimento, geralmente da mesma região, é a mesma COMUNIDADE.

Quando surgia algo novo e algum de nossos colegas aprovassem, era tiro certo! Dois dias depois tava todo mundo com um igual, LEAD POR INDICAÇÃO!

Impressionante como as redes sociais sempre existiram. Por que todo mundo fala isso como se fosse a última novidade? Algo de outro planeta e que nunca existiu? Claro que a tecnologia veio a incrementar a coisa elevada ao duodécimo. No último Interminas, Edney Souza lembrou bem que já na época das cavernas, vários homens se juntavam em bando e a métrica utilizada era quantos homens daquela tribo seriam alimentados através da caça abatida. Ataque planejado em grupo para sustentar um grupo ou comunidade com características semelhantes.

Três C´s da comunicação atual: Comunidade, Conversar e Compatilhar. Isso é novidade? Compartilhamento de brinquedos, de discos como The Cure, Sex Pistols, Cabeça

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Dinossauro ou uma conversa sobre as tendências da época, brincadeiras e os mais diversos assuntos sem nenhum compromisso e a união da galerinha da rua, sempre junta nas bagunças. Saudade dessa época!

Agora pare! Faça uma reflexão de quantas situações referentes a uma rede social você já esteve inserido antes da chegada de redes como Twitter, Orkut e Facebook?

Mudando de assunto! Dicas para reflexão.

O uso inteligente das redes sociais pode trazer resultados extraordinários para sua empresa, mas por si só, NÃO FAZ MILAGRE!

O que as Redes Sociais não podem fazer pela sua empresa:

- redes sociais como Facebook ou Orkut não podem fazer você vender produtos de qualidade inferior ou medíocres (aqui não há milagres, cuide da sua produção);- uma rede social não irá revitalizar sua empresa falida (saiba como ser um bom administrador e estrategista eficaz, tenha visão e faça rápidas implementações na sua empresa);- não irá melhorar seu site que tem uma péssima identidade visual;- não irá fazer com que pessoas parem de falar mal de seus serviços e produtos, pode até piorar a situação;- uma rede social inevitavelmente irá estender seu canal de atendimento ao cliente. Prepare-se para isso;- uma rede social não irá transformar uma péssima estratégia de marketing para uma eficiente;- ela não é sobre empurrar e sim sobre como puxar (você tem uma excelente oportunidade de conhecer seus clientes e prospects);- não irá trabalhar em seu lugar: mãos à obra e cuide da sua empresa e dos seus clientes;- não necessariamente irá reter seus clientes (tente deixar sua página da rede social com conteúdo relevante, seja inteligente, seja diferente).

Portanto faça bons produtos, foque no atendimento, personalize seus canais, conheça seus clientes, hábitos, atitudes. Foque no mundo real e depois vá para o mundo digital e aí quem sabe faça uma estratégia digital através de uma de suas ferramentas que é a rede social.

Misturando tudo! Reflexão e dicas, ta aí! ■

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Inteligência Competitiva Aplicada às Micro e Pequenas Empresas

Israel Ribeiro

“Saber aonde se quer chegar é que torna possível traçar caminhos e hipóteses” (Termo de Referência Inteligência Competitiva – SEBRAE, 2008).

A Incerteza na ambiência, a imprecisão e ambigüidade em relação a fatores externos, tanto no ambiente nacional e ambiente internacional e a necessidade de monitoramento ambiental, seja das mudanças culturais, demográficas, tecnológicas e político-institucionais, exigem das organizações e empresas, de qualquer porte e segmento da atividade, o uso de informações de maneira inteligente para a sobrevivência em uma economia capitalista altamente competitiva.

Diante disso, até mesmo empreendimentos de micro e pequeno porte se deparam com atual desafio de criar, utilizar, compartilhar informações e conhecimento baseada em tecnologias da informação e do conhecimento. Esse processo é denominado Inteligência Competitiva (IC).

A IC se caracteriza como um processo de aprendizagem definido pela competição, fundado sobre a informação, que permite a otimização da estratégia corporativa em curto e longo prazo, definindo-se assim como conhecimento adquirido sobre os competidores e o ambiente competitivo. Esse conhecimento permite as organizações habilidade em lidar com a complexidade e sinais da ambiência externa. Torna-se importante dar relevância à necessidade da IC incorporar um programa sistemático e ético de reunir e gerenciar informação externa que pode afetar os planos e decisões das organizações.

O pequeno negócio é considerado uma entidade específica, com problemas administrativos substancialmente distintos dos da grande empresa, com destaque para a estrutura administrativa centralizada, estratégias intuitivas e de curto prazo,

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baixa especialização, simplicidade e informalidade do sistema de informação e atuação em mercados locais.

Essa entidade especifica, diferentemente dos empreendimentos de médio e grande porte, tem dificuldades para acessar Informações sobre o ambiente competitivo, uma vez que o dispêndio de recursos necessários para obter tais informações concorrem com os recursos direcionados às outras atividades dentro dessas organizações. Além disso, em virtude da fragmentação das informações, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) nunca terão perfeito conhecimento de todas as variáveis ambientais que podem influenciar determinada decisão.

Nas MPE os indicadores do dia-a-dia prevalecem sobre os de longo prazo, logo essas organizações tendem a olhar para os impactos na hora de tomar uma decisão. Também não dispõem nos seus quadros de profissionais que tenham condições de analisar alternativas possíveis na hora de tomada de decisões importantes e estratégicas. Assim, a grande maioria as MPE não conseguem organizar e sistematizar informações sobre as influências das variáveis ambientais que afetam os segmentos nos quais estão inseridas.

As MPE precisam da IC para auxiliá-las a diagnosticar sua posição competitiva, identificar as necessidades de informação para oferecer suporte aos processos decisórios e dar suporte ao planejamento estratégico, de forma a mantê-las sempre atualizadas acerca das mudanças ambientais, da posição competitiva e de qualquer mudança que afete os seus fatores críticos de sucesso.

Instituído constitucionalmente para dar suporte às MPE, o Sistema SEBRAE também apoiará esse segmento na implantação da IC. Essa forma de apoio está contida nos planos de ações estabelecidos no Direcionamento Estratégico da instituição para o período 2009-2015.

O SEBRAE tem um projeto especifico para implantação de Sistemas de Inteligência Competitiva Setoriais (SICS) para grupos estruturados, organizados e assistidos por Carteiras de Projetos. Para atendimentos individualizados espontâneos, cabe ao Sistema SEBRAE capacitar empresários para fazer interpretações de dados e informações, visto que um produto de inteligência competitiva se caracteriza por valores agregados de contextualização, associação e interpretação que vão além dos produtos informativos convencionais. Além disso, diversos estudos setoriais e pesquisas de mercado, bem como informações tecnológicas e mercadológicas, estão disponibilizados no site do SEBRAE, facilitando o seu acesso pelas MPE.

Com o advento da Internet numerosas fontes de informações são colocadas à disposição dos usuários, facilitando pesquisa e disseminação de informações e alterando transações financeiras. A Internet trouxe benefício para IC para aquisição

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de informações e intercâmbio de informações entre organizações no tocante ao ambiente externo e sua estrutura.

Nesse contexto de troca de informações entre as organizações, as redes sociais podem contribuir de forma efetiva para a compreensão e elaboração de melhores estratégias para o processo de inteligência competitiva. Isso implica em compartilhamento, socialização e transferência de conhecimento, bem como em criação de ambientes para transferência desse conhecimento. Isso também se caracteriza como uma grande oportunidade para as organizações inserirem a IC no espaço das redes, visando a interatividade com os fatores internos e externos.

O planejamento das relações na rede é um recurso expressivo para a inteligência competitiva, uma vez que é capaz de direcionar ou redirecionar o fluxo da informação para que determinadas informações alcancem destinatários que delas precisam para adequarem os processos empresariais e competirem com maior propriedade no mercado que pretendem atingir. Consideradas como complementares do processo de inteligência competitiva, as redes sociais podem ser utilizadas como estratégia para planejar ligações que permitam o rápido acesso à informação.

Há uma crença que pessoas que têm maior predisposição para participar de redes caracterizam-se por assumir uma atitude de confiança e otimismo visto terem consciência de que pertencem a algo maior e que suas ações repercutem em outras pessoas e podem influenciá-las e até transformá-las.

As redes possibilitam a identificação de especialistas de diferentes áreas e de experiências inovadoras bem sucedidas. Acrescenta-se a essa possibilidade o uso e aplicação das ferramentas da web 2.0 para os processos de IC. O Twitter é uma ferramenta poderosa de troca de informações e formação de redes que permite inclusive a formação grupos de usuários, chamados Twibes. Profissionais de IC podem formar Twibes dentro de suas empresas para montar uma rede de especialistas internos e externos usando de pequenos textos para trocar informações relevantes sobre o negócio da empresa. Em combinação com outras fontes de informação primária e secundária, o Linkedin pode contribuir para a localização e comunicação com profissionais de empresas que têm os conhecimentos e competências para atender às necessidades das empresas relacionadas à inteligência competitiva. Analistas de inteligência podem usar wikis para criar e manter colaboração com outros profissionais da empresa para definir os requisitos de inteligência, partes de informações, e testes e hipóteses de análise e, finalmente debater as conclusões. Ou seja, realiza o ciclo completo de IC. ■

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A Lei da Selva 2.0Entrar nas mídias sociais era opção:

hoje é obrigação. Qual é a sua arroba?

Vinícius Sacramento

Talvez em 2006 você nunca tenha ouvido falar em mídias sociais, ou social media. Dificilmente nunca tenha ouvido falar em uma hoje. Em três anos, o mundo evoluiu muito mais do que nos últimos 300: falamos em tempo real com amigos no Japão, consultamos o mapa daquela viagem - inclusive com o transporte coletivo a ser usado para chegar lá - pagamos contas, compramos comida pela internet e até o seu próximo emprego pode estar a um clique. Com a difusão da informática e da internet, quem hoje não tem um perfil no Orkut? Ou ainda que não tenha repassado um e-mail com aquelas correntes que supostamente dariam alguns centavos a alguma criança malaia com disfunção cardíaca congênita psicológica? Atire o primeiro emoticon quem nunca entrou no MSN!

Pois é, a lei da selva chegou aos mouses sem fio e monitores de LCD de nossas casas. Ou lan houses. O crescimento exponencial dos estabelecimentos que alugam computadores em troca de quantias módicas assusta, não só pela voracidade em que acontece, mas pela quantidade de serviços oferecidos. Você, com certeza, conhece mais lan houses do que hospitais, escolas, museus... E nesses tempos em que o consumidor está em qualquer lugar, a qualquer hora, procurando as suas ideias, ignorar as reclamações dele é quase como dizer: “vai e compra no meu concorrente ali da esquina”.

Não dá mais pra não entrar nas mídias sociais. Entre agências de sapos, leões e abelhas, algumas se especializaram no chamado marketing de guerrilha, tão agressivo e invasivo quanto o próprio nome diz. Hoje em dia, uma das frases que mais se ouve entre os aficionados por redes sociais é “qual é a sua arroba?” A explicação é simples: os usuários do Twitter são identificados pelo apelido precedido do sinal gráfico. Ou seja: você pode ser simplesmente @fulanodetal. Ou, se tiver um tempinho disponível, pode bancar @OCriador e brincar um pouco de ser Deus. Mas e a sua empresa? Alguns cases só comprovam a decadência de certas marcas: a Lojas Cem é a única das grandes redes do varejo brasileiro que nem perfil no microblog do passarinho azul tem. A empresa

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tem lojas no Rio, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, mas ignora o resto do mundo ao não oferecer comércio pela internet, nem um telefone como SAC.

Vale lembrar que a americana Dell faturou entre 2007 e 2009 mais de US$ 2 milhões (mais de R$ 3,5 milhões) só com o Twitter. Tudo bem, o que é 1 milhão de dólares por ano para a gigante dos computadores? Pouco. Mas a sua empresa pode faturar ótimas quantias estabelecendo as estratégias certas de cativar um consumidor cada vez mais exigente. Basta um fio de cabelo mal penteado no seu comercial para que 2 mil geeks digam que a sua empresa deu um “#fail”. E aquele barraco que você armou na porta da casa do seu ex-namorado pode ser um dos vídeos mais acessados no mundo em poucas horas. E aí? Como você interage com o seu cliente? Será que o valoriza da forma certa? Manda-me um toque no @vinnysacramento. E não se esqueça: em 140 caracteres, tudo pode mudar. ■

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Colaborativismo e a nova era da comunicação

Thiago Moura

Vamos falar de colaborativismo, palavra que não encontramos em dicionários impressos, mas que representa bem o espírito da comunicação nessa nova era. Na teoria, temos um conceito de fácil compreensão: é o ato de colaborar, ajudar a construir algum tipo de conteúdo.

Na prática, contudo, essa palavrinha simples tem provocado um verdadeiro tsunami. O colaborativismo veio para ficar. Num mundo em que tudo e todos se conectam e onde as mídias são construídas coletivamente, colaborar é mais do que um ato de solidariedade. Consiste no processo de criação de inteligência coletiva com o objetivo de transformar uma massa de informações em conteúdos significativos para as pessoas.

Estamos vivenciando uma revolução sem precedentes. Se a revolução industrial abriu caminhos para a produção em massa, essa revolução na comunicação possibilita a disseminação de pensamentos e idéias em larga escala. É um avanço e tanto. A forma pela qual nos comunicávamos cerca de quatro anos atrás não é a mesma de hoje, e com certeza, será diferente nos próximos seis meses. O próprio e-mail, símbolo de inovação há pouco tempo, agora já está ultrapassado.

Nesse exato momento diversas pessoas rompem barreiras geográficas, culturais e políticas, produzindo conteúdos e interagindo por meio de mídias sociais como o Orkut, Twitter, Facebook, MySpace, dentre muitas outras.

Estima-se que, no próximo ano, a chamada geração Y, geração da internet que surge a partir da década de 80 até meados da década de 90, representará a maior fatia na composição populacional mundial. Adicionalmente, cerca de 96% dessa geração utiliza alguma mídia social. Outro dado que demonstra a grandeza desse raciocínio é que se o Facebook – site de relacionamentos social - fosse um país, ele seria o quarto maior do mundo.

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Assim, a internet é hoje uma ferramenta de propagação da comunicação ‘boca a boca’, só que no ambiente virtual. Como sabemos, esse tipo de comunicação está entre os mais eficientes, uma vez que as opiniões das pessoas são compartilhadas e ajudam no processo de escolha de consumo. Pesquisas mostram que a decisão de compra de um consumidor não está na propaganda que ele assiste na TV ou lê nos jornais e revistas, mas sim na opinião que ele coleta entre amigos, familiares e conhecidos. As redes sociais não reinventam a antiga técnica da comunicação humana; elas a amplificam, dando voz a pessoas em diferentes pontos do planeta, com histórias de vida e contextos sociais divergentes. No ciberespaço a única barreira possível é a mente humana.

A conclusão que chegamos é que as pessoas nunca puderam falar e ser ouvidas como nos dias de hoje. Pessoas comuns, que nunca teriam a chance de ver seu rosto estampado na “grande mídia”, ocupam um lugar nas mídias sociais, mostrando as diferentes realidades coexistentes. Quem nunca ouviu falar da Stefhany do Cross Fox? Exemplo de uma iniciativa popular, feita de maneira amadora que, na contramão dos modelos tradicionais de produção e divulgação de conteúdo, ganhou repercussão nacional e espaço em emissoras do porte da Rede Globo.

Mídias sociais, portanto, não é um mero modismo. O Google é muito mais do que uma simples ferramenta de buscas. O Orkut não é uma bobagem de adolescentes. O Twitter não é um bicho de sete cabeças. O LinkedIn é a nova ferramenta de contratação no mundo corporativo. E talvez a ‘banda de garagem’ do seu vizinho seja a sensação do momento no MySpace. Mas se você nunca ouviu falar de tudo isso, é melhor correr pra web, e não correr dela. Lá sempre terá um wiki, um post, uma comunidade ou algum internauta engajado que ajudará você a compreender toda essa nossa conversa. ■

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#Interminas 2010 - relacionamentos além das tecnologias

Mariana Anselmo

O Interminas 2010 reuniu mais uma vez alguns dos mais influentes profissionais atuantes no Brasil, na área da internet e mídias digitais. As discussões foram diversas.

Em quase todas, porém, havia uma preocupação em dizer que o potencial das mídias digitais (e não virtuais, como afirmou @interney) está na promoção de relacionamentos. O que faz da internet o novo fenômeno de comunicação é justamente o fato de ela proporcionar uma comunicação de mão dupla, como disse Pablo Ibarrolaza. O que se sabe é que as interações devem ser o foco de todos os planejamentos e todas as ações definidas que façam uso de mídias digitais. As interações só acontecem verdadeiramente quando mensagens e informações fazem sentido para o grupo que dialoga. Aliás, o ponto auge da palestra do @renedepaula foi justamente a discussão de que não existe mágica. De acordo com ele, “quanto mais a tecnologia faz parte das pessoas, mais importante é entender as pessoas, e não a tecnologia”. Isso significa que pesquisas sociológicas e culturais se tornam fundamentais para um bom resultado.

Foi por aí também que caminhou a palestra de @kenfujioka. De acordo com ele, os planejadores digitais precisam ser jardineiros. Precisam estar atentos às relações que são formadas durante o processo da campanha e a tudo que acontece. Tendo os usuários o controle nas mãos, é imprescindível que exista um monitoramento constante e que as estratégias possam ser construídas e reconstruídas. Enquanto os palestrantes falavam sobre a força de entender os relacionamentos acima das tecnologias, as ideias acima das mensagens, o público presente confirmava as afirmações. O Twitter promovia muito além de perguntas aos palestrantes, como foi proposto pelos organizadores do evento.

A hashtag #Interminas conseguiu virar trendtopic brasileiro nas primeiras horas. Não por menos, através da ferramenta social, o público transmitia as palestras para aqueles que não estavam presentes, aumentavam seu networking, expressavam sentimentos que iam da veneração às apresentações ao “por favor, alguém aperta a tecla sap”. Eram pessoas, acima de tudo, produzindo e replicando conteúdo e, principalmente,

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conversando. Construíam relacionamentos, e como disse Matias Feldman, as plataformas interativas devem ser feitas para que as pessoas se relacionem e dialoguem. Agora é procurar colocar na prática tudo que foi discutido e aguardar por mais eventos, para que as ideias sejam compartilhadas e construídas. ■

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As mídias sociais ‘estão dando onda’. Vamos surfar?

Vinícius Sacramento

Desde que o mundo é mundo, novidades fazem sucesso. E grandes sucessos inspiram negócios maiores ainda. Há cerca de 5 anos, as empresas despertaram para o potencial das mídias sociais, que crescem a cada dia. Tanto em quantidade de redes, quanto em acessos. Em 2006, o Twitter tinha apenas 21 usuários, a maioria do seu próprio staff. Hoje, são mais de 100 milhões de usuários em todo o mundo, sendo a terceira maior rede social do planeta. A maior delas hoje é o Facebook, com mais de 400 milhões perfis. Se fosse um país, o Facebook seria o terceiro mais populoso do mundo, perdendo apenas para China e Índia. O site, que já passa de seis anos de atividade, é o segundo mais visitado do mundo - perde apenas para o Google.

Não raro, há empresas com suas próprias redes sociais, ou que criaram redes de nicho, direcionadas especialmente ao seu público. No Brasil, a companhia aérea Azul criou a “Viajamos”, onde os usuários trocam informações sobre destinos, dicas de viagem e concorrem a passagens aéreas, dependendo de sua participação. No esporte não é diferente: o Flamengo – time de maior torcida do país – possui duas redes para torcedores: a “Flagol” e a “Cidadão Rubro-negro” – esta última, oficial e gerida pelo marketing do clube.

A Coca-Cola recrutou a seguradora Allianz para fazer uma rede social dentro de outra: no aplicativo “Bola Social Soccer”, os jogadores podem construir seu estádio e gerir seu próprio clube de futebol, dentro do Facebook. A inspiração foi o brasileiríssimo “JogaCraque”, que roda no Orkut. E como não falar do “Farmville”? O jogo onde se cria uma fazenda inspirou vários outros, até nos concorrentes do Facebook. Já são mais de 90 milhões de usuários em menos de um ano.

E há quem use as redes sociais para o bem e para o mal. No Twitter, para ajudar usuários a escapar das blitzes da Lei Seca, foi criado o @LeiSecaRJ. Os criadores se definem como “um serviço de utilidade pública”, tendo auxiliado milhares de motoristas durante as enchentes que atingiram o Rio de Janeiro em abril de 2010. A polêmica se dá pelo

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fato de que informar localização de blitzes é crime, e o perfil já foi alvo de representação do Ministério Público.

Como diria Hélio Basso, diretor operacional da agência de mídias sociais Ideia S/A, “2010 é ‘O’ ano das redes sociais. Quem souber pegar essa onda, vai se dar bem, e quem não souber vai ficar para trás”. A frase não poderia estar mais correta: as novas redes criaram um mercado, e surgiu um novo profissional: o analista de mídias sociais, responsável por monitorar marcas nas redes e gerir os perfis das empresas. Saber se relacionar virtualmente com o cliente é importante e, em alguns casos, critério de escolha do consumidor. E é fundamental aprender a surfar para não ser engolido pelo “tubo” dessa onda. ■

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To infinity and beyond

Fernanda Quintão

Uma das coisas mais legais de um evento como o Interminas, é que a gente acaba se deparando com visões (de mundo, de negócios) diversas das nossas. E como não é possível – ainda – fechar os ouvidos, mesmo que você fique tuitando sobre o sapato do palestrante, ALGUMA coisa do que ele falou vai acabar entrando na sua cabeça. E então, depois de 7 ou 8h de palestras, o que ficou? Valeu à pena?

Pensando em tudo que eu vi/ouvi/percebi, tenho vontade de fazer algumas perguntas a cada um que esteve lá: “Por que você está nessa de internet? Por que você quer fazer diferença? É uma questão de ego ou você quer tornar o mundo um lugar mais gostoso?”.

Não é novidade nenhuma falar que qualidade vale mais que quantidade. Desde muito novinha eu escuto isso e acredito que não seja muito diferente com a maioria das pessoas. Só que em nosso cotidiano, só nos cobram números: na faculdade, você só se forma se tiver uma nota acima de X e pelo menos Y% de freqüência. No trabalho, você tem que cumprir 8h diárias. E o cliente quer saber quantas pessoas falaram dele no Twitter, quantas clicaram em tal link e por aí vai. Sabemos que não são esses números que vão medir a satisfação das pessoas. O que importa de verdade é O QUE elas dizem, mas parece que nem todo mundo percebeu isso. Temos que educar nossos clientes, mostrar que aquele monte de números não significa nada: “Falem mal, mas falem de mim” é uma coisa TÃO século XX.

Mas é tão fácil a gente se deixar levar pelo caminho mais curto, óbvio e superficial. O Homem-Aranha é muito mais divertido que a Princesa Leia – você realmente levou em consideração todos os aspectos de cada personagem que o Simon mostrou? Como já foi dito em outro evento, “Cuidado com o hype”! Não vai ser fácil apresentar esse novo mundo aos nossos clientes e mostrar a eles que o melhor caminho é também o mais difícil. Vamos precisar de profundidade, de ir além do que se vê.

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No segundo semestre nós vamos participar das movimentações das eleições. Muitos dos que estavam no Interminas vão estar ligados diretamente às campanhas e terão a faca e o queijo nas mãos, para colocar em prática o discurso da qualidade, mesmo sabendo que a eleição é um processo quantitativo. Por mais que a legislação brasileira esteja confusa e atrasada diante dos recursos tecnológicos, não é legal (sem trocadilho!) procurar brechas ou tirar vantagem da lentidão dos julgamentos e dos valores baixos, se comparados ao orçamento de uma campanha das multas previstas. É claro que é possível alcançar bons resultados agindo com ética e fazendo um trabalho que realmente valha à pena. Não é moralismo, é papo sério: Vamos deixar os barracos e o jogo sujo para o BBB.

Não é uma eleição que vai resolver todos os problemas dos Estados ou do país. Mas a mudança na forma de agir dos envolvidos pode se refletir, aos poucos, em cada pessoa. Nós somos animais e aprendemos pela imitação. Que tal mudarmos nossa atitude nas eleições, com os nossos clientes, e mesmo no nosso dia a dia, ao invés de ficarmos esperando os outros mudarem? Pode parecer utópico, mas se cada um que fizer isso estimular outras [nem que sejam seus seguidores no Twitter] a fazerem o mesmo, aos poucos tudo pode melhorar. Quem tem consciência desse poder tem a obrigação de tentar mudar as coisas. E isso não tem nada a ver com a internet. Como dizia o @dpadua, “Tecnologia é mato, o importante são as pessoas”. ■

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Redes Sociais: Não complique, comunique-se

Elaine Rodrigues

Com o boom da era digital e suas ferramentas como o Twitter, Facebook, Orkut, MySpace entre outras, a vida pessoal torna-se ainda mais exposta em toda a rede. Contudo, se as informações descritas lá forem bem gerenciadas isso pode até trazer benefícios, mas também pode gerar graves conseqüências, principalmente no ambiente profissional.

Alguns casos ganharam notoriedade pela falta de cuidados de profissionais ao emitir opiniões sobre as companhias em que trabalhavam. Um exemplo disso é o caso de um jornalista de uma revista, de um grande grupo editorial, que foi demitido ao escrever no Twitter o que pensava de modo hostil sobre uma outra revista do mesmo grupo.

Há também a do Diretor Comercial de uma empresa de internet, que foi demitido ao escrever no microblog ofensas aos torcedores de um time de futebol patrocinado pela organização.

Bom senso é a palavra de ordem. Porque é preciso ter mente que as informações disponibilizadas na internet estão em um espaço público e, que podem, sim, ser acessadas por qualquer pessoa, incluindo o seu superior.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Manpower, contou com a participação de quase mil empregadores, sendo que 55% das empresas brasileiras controlam o uso das mídias sociais e dentre elas, 32% diz que o motivo é a segurança da informação que visa proteger dados confidenciais da companhia e 19% que é preciso proteger a reputação.

Tudo isso trouxe à tona o questionamento sobre a relação existente entre as esferas pública e privada da vida de um cidadão. Seria correto que uma empresa dispensasse um funcionário apenas pelo fato de discordar de alguma de suas ações? Eu creio que não. Mas, desabafos em ambientes virtuais que digam respeito à organização, onde trabalha ou aos seus parceiros, denegrindo a imagem de ambos, podem gerar demissão por justa causa. Isso, inclusive, está de acordo com a lei brasileira, desde que o colaborador tenha infringido regras apresentadas anteriormente ou que a

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empresa comprove que determinada atitude tenha sido prejudicial.

Entretanto, a discussão aqui não deve ser sobre o que é certo ou errado quanto ao monitoramento realizado por parte das empresas. A questão é que mesmo sem a intenção da companhia de controlar o conteúdo, as informações geradas na internet são disseminadas e podem chegar aos ouvidos de um profissional que tenha o poder de decidir sobre sua permanência ou não no cargo que ocupa.

Por isso, a dica é pensar em maneiras de evitar situações prejudiciais, tanto para as empresas quanto para os profissionais. Alguns cuidados básicos que podem ser tomados para que isso não ocorra:

Para os gestores ou líderes

- Reconheça que a presença das mídias sociais na rotina da maioria dos funcionários é uma realidade. Por essa razão, busque elaborar um código de conduta explicativo quanto às informações que podem ser ou não divulgadas;

- Oriente sua equipe quanto aos cuidados que devem tomar, pois os colaboradores devem entender que carregam consigo a imagem corporativa;

- Esteja sempre aberto para dúvidas relacionadas a esse tema e não trate o assunto como algo que não pode ser discutido dentro da empresa.

Para os profissionais

- Avalie o peso da sua opinião e possíveis conseqüências que podem ocorrer principalmente se ocupa um cargo gerencial ou de confiança;

- Não esqueça que o mundo inteiro pode ter acesso ao que escreve e que sua imagem está em jogo;

- Cuidado com a divulgação de questões internas da empresa, mesmo que pareçam simples ao seu julgamento. Muitas vezes, estamos tão imersos em uma realidade que não damos conta de como um pequeno detalhe pode revelar muitas coisas;

- Evite falar mal de concorrentes! Essa é uma prática considerada antiética;

- Tenha uma conversa com seus superiores sobre o que pode ou não ser divulgado na internet. Nada melhor do que ter o aval da companhia para evitar possíveis problemas por falta de alinhamento. ■

Fontes pesquisadas: Manpower Recursos Humanos e Renato Grinberg – Diretor Comercial do Portal Trabalhando

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O jogo como desafio do lúdico nas redes sociais

Gloria Pereira

> Na sua essência, o jogo é social e interativo, e funciona em rede.

> Eu sabia “o quê” mas não sabia “o como” utilizar as redes sociais para negócios

> Uma ferramenta lúdica para disseminar a cultura de negócios e empreendedorismo.

O jogo é um instrumento milenar de diversão, que pode envolver estratégia, informação, desenvolvimento de habilidades de raciocínio, inteligência espacial, memória, coordenação motora, entre outras competências. Povos de culturas antigas, por exemplo, como africanos, indianos e judeus também têm utilizado os jogos na transmissão de conhecimentos de uma geração à outra.

O Xadrez é um jogo de estratégia entre dois territórios em disputa, importante para desenvolver o raciocínio, porém o objetivo é o “cheque mate”, ou seja, apenas um Rei fica com o tabuleiro todo. Este jogo é milenar e expressa que riqueza é coisa de rei e que para ser ampliada tem que disputar o território do outro rei. O resultado é que há lugar apenas para um rei, o outro cai fora. O War, como o próprio nome diz, guerra é guerra. A finalidade de qualquer guerra é a disputa por territórios e riquezas. O vencedor da guerra mata os adversários ou os transforma em súditos/ escravos, ficando com todas suas riquezas. Pela sua natureza, é uma relação ganha-perde. O Monopoly ou no Brasil - Banco Imobiliário - é um jogo criado em 1934 pelo americano Charles Darow, em plena crise da Grande Depressão Econômica dos Estados Unidos que afetou o mundo todo. Este jogo expressa bem a

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cultura americana do “to make money” com imóveis. Fica mais rico aquele que consegue comprar mais imóveis e cobrar aluguéis dos outros jogadores, enquanto os endividados pelas perdas dos seus bens e sem ter como pagar vão saindo do jogo. O Monopoly®, o mais famoso jogo do mundo, ao completar 70 anos em 2005, já tinha vendido mais de 250 milhões de tabuleiros, segundo Philip E. Orbanes, Da Capo Press. Não há nada de errado com estes maravilhosos jogos. Apenas foram criados em outro momento histórico, antes do século 21.

Jogos são poderosos instrumentos de cultura. O epicentro da falência do sistema financeiro do século 20 teve início nos Estados Unidos a partir do subprime no setor imobiliário. Exatamente como em um grande jogo, a partir de setembro de 2008 foram caindo todos os jogadores do sistema econômico: os compradores de imóveis deixaram de pagar as prestações de suas casas, os bancos perderam liquidez e não puderam honrar seus compromissos, os investidores do sistema não puderam receber seus lucros, o governo precisou aportar bilhões de dólares, bancos e instituições financeiras foram a falência, entre eles, o famoso Leman Brothers. Todas as corporações e instituições do século 20 tiveram que se reinventar com novos conceitos de sustentabilidade. E as que não conseguiram, faliram. O motivo é simples: as regras do jogo mudaram. As regras do século 20 não funcionam mais no século 21.

A essência da mudança: agora, riqueza se faz com inclusão, e não exclusão; para ganhar não tem que ter perdedores; a multiplicação da riqueza se faz com negócios; não interessa mais territórios ou pessoas pobres porque não têm dinheiro para realizar negócios. O Planeta Terra é uma só casa para todos nós, 7 bilhões de pessoas, e estamos todos conectados pela web online. Nosso cérebro não tem registros de como viver e criar riqueza dessa nova forma, o avesso do Xadrez, do War e do Monopoly. É neste contexto que nasce o Jogo Negócio Sustentável®. Negócio é negar o ócio, tornar-se ativo nas relações humanas. Como jogo, mostra que qualquer pessoa pode se divertir realizando negócios lucrativos, simultaneamente, para si mesmo, para todos os envolvidos (amigos, clientes, parceiros, investidores) e para o Planeta Terra. Ninguém precisa sair do jogo !

Quando vi o diagrama de Baran, explicado por Augusto de Franco, compreendi melhor toda essa mudança, ou seja, os pontos ou nodos nos três desenhos estão nas mesmas posições, o que muda são as ligações entre eles. Se imaginarmos pessoas em cada um dos pontos, a mudança de ligações exige novas estruturas de comportamentos sociais.

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O próprio desenvolvimento do ser humano em sociedade veio de uma base centralizada, na pessoa do “rei” ou “o pai de todos” ou o “guru”, depois, experimentou a descentralização, com vários núcleos de poder, decisão e influência em todos os campos, quer seja na política, na economia, na ciência, nas organizações; e agora, num processo sem volta, estamos aprendendo a funcionar em rede, com inteligência e poder não em um ponto, mas distribuído em toda a malha.

Mudou tudo: o marketing não é mais de guerra, o planejamento não é mais de longo prazo, a informação atinge toda a rede na velocidade do clique, chegando por texto, imagem e som, sem hierarquia e, praticamente, sem limites de qualquer natureza, física, geo-espacial, política ou econômica. Todos aprendem juntos, em rede: pais e filhos, professores e alunos, fornecedores e seus clientes, patrões e empregados, seguidos e seguidores, com a possibilidade iminente do “unfollow”, ou seja, deixar de seguir a qualquer momento. As relações humanas se dão por interesses e afinidades do momento. A inteligência está na rede e não mais no centro de um nó.

As diferenças entre as gerações ficam cada vez mais evidentes: os nativos da

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tecnologia web conhecem somente o mundo das suas relações e interesses em rede, são naturalmente multi-tarefas, difícil para eles aceitar as velhas hierarquias pré-estabelecidas; os imigrantes da tecnologia são de dois tipos, os que se esforçam para aprender e viver em rede, acompanhar as mudanças tecnológicas e os que apresentam bloqueios à nova realidade, sofrem e têm dificuldade de se adaptar à nova realidade.

Como imigrante do tipo que está sempre se atualizando e aprendendo com imenso prazer, estou vivendo um momento histórico desafiador: tornar conhecido nas redes sociais um instrumento de mudança de modelo mental, através de um jogo de tabuleiro, o Jogo Negócio Sustentável, para dois públicos:

> Mundo corporativo: empresários de corporações e empreendedores de pequenas e médias empresas

> Jovens a partir de 15 anos, nível universitário e médio.

Os games são cada vez mais utilizados pelas empresas em suas estratégias de marketing e comunicação, como parte de produtos e serviços, porque o lúdico dispara hormônios do prazer na corrente sanguínea, as endorfinas, e por tabela, a marca ou produto passa a fazer parte integrante deste “momento de felicidade”.

Cada vez mais o virtual e o “real” estão se aproximando, outras vezes se complementando ou até competindo entre si. Para o cérebro tudo é real. Amplia-se a possibilidade do marketing associado a jogos, com anunciantes de verdade!!!

“O Banco Imobiliário ganhou uma nova versão, chamada Super Banco Imobiliário. O brinquedo traz anunciantes de verdade como as empresas Mastercard, Vivo, Itaú, Ipiranga, entre outras, informa o Correio do Povo.”

A educação cada vez mais se dá em rede, ao invés da antiga hierarquia. Tenho recebido muitos alunos de pós graduação nas oficinas com jogos de sustentabilidade, indicando a experiência para seus mestres, orientadores e catedráticos. É uma relação nova, você é mestre em tal tema e aluno em outro, sem problemas. Um instituto americano estudou e aferiu o índice de aprendizagem por diferentes métodos, veja que, discussão em grupo é muito mais eficiente que demonstrações, leituras ou palestras, e que jogos alcançaram 75% de eficiência. Fico imaginando quanto pode ainda ser potencializado quando em redes sociais, quer sejam físicas ou virtuais.

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O Jogo Negócio Sustentável é uma ferramenta que serve para múltiplos usos e diferentes públicos. Além disso, o jogo é instrutivo, divertido e inovador:

Uma nova forma de pensar, agir e gerar riqueza através de negócios sustentáveis

Uma experiência inesquecível... um jogo que rompe com os paradigmas tradicionais e estimula os participantes à riqueza dos negócios sustentáveis. Abre o espaço para reflexão, integração e desenvolvimento de habilidades em negócios, através da gestão dos 5 recursos básicos que funcionam como 5 moedas: Pessoas, Conhecimento, Tecnologia, Finanças e Meio-ambiente. ■

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RT por favor!

Monise dos Reis Martins da Silva

Somos seres humanos. E como humanos somos curiosos por natureza. E como curiosos gostamos de descobrir coisas novas. Há tempos que me questionava o que em si significa inovação em sua essência. Desde então decidi procurar no dicionário qual o seu real significado e se eu encontraria a resposta que procurava. Deparei-me com uma informação intrigante, de que “os velhos desconfiam das inovações” e que inovação significa também renovar.

Não encontrei a resposta que esperava. Não tem problema. Compartilharei assim mesmo.

Hoje por coincidência, abri a última página de uma revista que tinha um artigo muito interessante sobre o Prêmio Jabuti, criado pela CBL (Câmara Brasileira do Livro). Para situar os que não conhecem essa premiação, ela é considerada a mais abrangente em relação a outras, por destacar todas as áreas envolvidas na criação e produção de um livro.

Com relação ao artigo, me chamou muita atenção o fato das novas obras invadirem o mundo digital, proporcionando a muitos leitores, possibilidades de ter uma biblioteca extremamente rica com apenas um clique. Além da disponibilização das obras, o Jabuti fornece ao grande público, a oportunidade de participação através do voto popular e de disseminar as obras do autor nacional através das mídias sociais.

Caros amigos, o que quero dizer simplesmente, é que por vezes falamos em inovação, e sequer nos damos conta de que ações simples podem mudar a vida de muitas pessoas. Renovem- se. Não pensem como velhos. Acredite em novas ideias. ■

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A simplicidade da Inovação

Fabio Gobbo

Acredito que a vida é feita de pequenas coisas, de simplicidade, de momentos inesquecíveis. A inovação é a essência. Um sorriso despretensioso, o raio de sol, o jeito de ser. Sem a inovação estaríamos andando de cavalos em estradas de terra, sem a inovação eu não começaria essa dissertação aqui, em meu computador.

Hoje a inovação só parte de determinadas necessidades: suprir um problema, ultrapassar um concorrente, alcançar um objetivo. Porém, isso deveria mudar, porque não inovar quando estamos no auge? A inovação digital para mim não começa no digital e sim na maneira como nos relacionamos com as pessoas, na sinceridade, na atenção, na humanização. Isso gera o envolvimento e o engajamento em uma grande ideia.

A inovação está sendo gerada por pessoas comuns, por pessoas desconhecidas, pelo amador. Nós, empreendedores, percebemos isso há tempos e por isso lutamos pela inovação, a mesmice é fácil demais. A internet nos ofereceu isso porque não precisamos subir em cima de um palco e falar para milhões de pessoas, postamos como anônimos e inovamos como intelectuais.

Vamos compartilhar, vamos falar o que todos querem falar mas não tem coragem, vamos inovar! ■

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Nós quânticos

André Nogueira

- Impulsos transgressores! Rebeldes anarquistas! O que pensam que são? Onde pensam que vão? Por que pensam? Vocês não podem ir por aqui! Nem por ali! E se quiserem vir para cá tem que ser assim, autorizado assim, carimbado assim. Tudo já tem um jeito, o meu jeito. Ouçam bem, é a lei.

O impulso que era surdo e não deu bolas para o que não ouvia. Descobriu que havia outros tantos @iguais, @diferentes, @diversos, @anônimos buscando, cavando trincheiras. Um clique e são muitos, milhares, bilhões. A @norma ficou sozinha sem o quê para normatizar. Pequenos desiguais de estrutura caótica. Fractais categorizados por sua falta de categoria. Nuvem, teia, rede, nós. Nós somos nós? A referência morreu de velha e a verdade absoluta relativou-se desfilando em carros abertos, sem blindagens. O acesso é absoluto. O ruído virou mensagem e as portas se foram pela janela.

- Isso me soa agressivo!

O conforto é agressivo, a guerra é agressiva e a fome é agressiva. E você, o que compartilha? O acesso é transgressor, é ousado. Anarquistas, comunistas, berram outros do alto de suas pernas. Liberdade, fraternidade e desigualdade, corrigem os pseudo-cultos. Sofrem todos com a revolução. Não sabia que era impossível e fez. Nunca fomos tão nós. Nem tivemos tanta força para produzir mudanças. Não grite tanto, bata para entrar, licença, por favor e agradeça. O tempo é o senhor da @reputação. Beba uma taça de vinho. Envelheça! Veja, somos nós na rede! ■

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Itinerário da Inovação

Andrezza Leite

Terça-feira. O texto ainda não foi entregue. Feriado, compromissos, trabalho, tudo isso impediu. Confesso que ontem, segunda-feira, existiu tempo, mas preferi escrever hoje, para saber exatamente a sensação de não ter mais as aulas com os inovadores.

Terças e quintas-feiras intensas, com três ou quatro palestrantes, correndo contra o tempo, driblando o trânsito, o clima, os equipamentos para a apresentação, passando informações sobre o mundo digital, apresentando cases e novos aplicativos e, principalmente, contando suas experiências profissionais e até pessoais. Ufa! Uma intensidade ótima.

Do outro lado os ouvintes, que no final serão a mesma rede, com muitas ideias fervilhantes ao final de cada palestra, uma mistura de transtorno e alegria, uma confusão saudável. Trocas de e-mails com diversos assuntos, discussões, colaboração, dúvidas como: o que fazer com tantas ideias, como aplicar de forma diferente, inovadora.

Ah! Querida palavra inovadora. Citada a todo o momento, a estrela da noite. Uma palavra que significa a novidade, a renovação, mas ultrapassa isso com as experiências trocadas, os relacionamentos, os sentimentos. E observando com atenção, vivemos esses momentos o tempo todo, que nada mais é do que o princípio de muitas ações inovadoras.

E agora vem o vazio. O vazio do término, de não estar junto fisicamente, da conversa olho no olho. Que esse sentimento seja minimizado pela rede e que possa se tornar uma inspiração do recomeço de uma próxima etapa.Da necessidade, do vazio, do micro tédio que a inovação chega, como disseram. Até breve inovadores! ■

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A inovação digital

Brunno Ferreira

Em nosso dia a dia buscamos objetos, ferramentas ou coisas que facilitem nossas vidas dos mais diversos modos, seja no trabalho, em casa, na vida pessoal ou profissional etc.

Foram criados mecanismos que facilitam a vida das pessoas e, hoje, a tecnologia está bem avançada, tanto que a cada mês, semanas, dias, horas e minutos surgem inovações digitais, que têm um papel importante na vida de cada uma de nós. Por vezes reclamamos de que não temos ferramentas para fazer isso ou aquilo, entretanto a tecnologia nos ajuda bastante em determinadas situações, otimizando tempo e até dinheiro.

Existem vários tipos de ações inovadoras disponíveis e que passam a fazer parte de nossas rotinas, dos processos no trabalho, das famílias, entre outros. Por esses e outros motivos, aumenta a necessidade de mais inovação, do novo, do diferente, aquilo que ainda não foi inventado e implementado, que poderá melhorar e facilitar as tarefas.

Algo inovador não é somente falar ao celular, mas também poder fazer um pedido online e receber em sua casa dentro de poucos instantes, ou mesmo fazer transações bancárias ou falar e ver uma pessoa que está do outro lado do mundo. Essa é outra vantagem da inovação digital, permitindo uma alta interação entre as pessoas e empresas.

Então, acredito que a inovação digital é e será sempre importante, haverá sempre algo novo a fim de melhor e gerar facilidade aos outros, economizando tempo e dinheiro; possibilitando, enfim, as melhores opções de escolhas. Porém, penso que é necessário agir com cautela para que as inovações não isolem os indivíduos do mundo, pois desde os nossos primórdios, temos o costume de nos relacionarmos com os outros indivíduos, e não há tecnologia que consiga superar esse tipo de situação. Não há nada melhor do que conversar com as pessoas observando suas expressões, vendo seus sentimentos e reações. A inovação digital auxilia muito as nossas vidas, contudo, não se pode ser totalmente dependente dela. ■

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Uma boa conversa

Caio C. O. Ribeiro

Uma boa conversa. Ou diversas excelentes conversas. Em um mundo de relacionamentos rápidos e ritmo frenético, nada melhor do que uma boa prosa com amigos antigos ou colegas recentes, que nos trazem boas novas e aprendizados.

Com esse espírito, mesmo que em 140 caracteres, é que eu encaro atualmente as famosas redes sociais.

Em um artigo recente, o jornalista Nicholas Carr questiona os efeitos nocivos da comunicação superficial e multitarefa que as redes sociais e a Internet criam. Em minha opinião, e como já dizia minha avó, tudo em excesso prejudica. Prefiro realmente olhar o copo meio cheio e me entusiasmar com as possibilidades que a Rede nos traz, aproximando entes queridos, amigos distantes e pessoas desconhecidas que antes nunca se encontrariam.

Na linha dos manuais de uso consciente do crédito, da água e tudo mais, acho que um guia de boas maneiras para as novas mídias seria de extrema valia, em especial para as novas gerações. Como um iceberg, posicionaria as mídias sociais em seu topo, visíveis e alertas, sinalizando que algo muito maior está abaixo. Encarando como o início e não o fim. Acredito que esses novos canais de comunicação nos apresentam muitas oportunidades de criação e inovação, funcionando ainda como ferramenta de inclusão intelectual e digital.

Se pelo lado do usuário um novo mar de conhecimento e alcance se abre, pelo lado das empresas, toda uma gama de ferramentas e ações de marketing e relacionamento com seu cliente se apresentam. Essa oportunidade só tem um elemento mágico para funcionar de forma eficiente: a transparência e autenticidade de suas mensagens e interlocutores. ■

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Não há mais espaço para mensagens vazias e relacionamentos superficiais. Seja em qual mídia ou canal for exibida, a estratégia vencedora será aquela que trouxer ao indivíduo uma proposta verdadeira e relevante para sua audiência e comunidade.

O mais bacana disso tudo será a vitória mais uma vez do Darwinismo: em um mundo onde não existe mais on e off, a seleção natural fará seu papel, reservando-nos em um futuro próximo melhores empresas, indivíduos e o mais importante: a velha e boa conversa.

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Um momento de inovação... E porque não, de reflexão

Diego E. Mattera

Estamos vivenciando um momento de renovação, talvez essa frase seja um clichê em todos os momentos que a sociedade passa, porém acredito que desta vez a revolução se concentre na forma pela qual podemos adquirir informações, e mais que isso, a porta que se abre é: a maneira como transmitimos informação.

Os canais digitais quebram fronteiras sólidas de cultura, como gosto musical, habilidades profissionais, moda e muito mais. Afirmo isso, pois hoje não é mais possível encaixar uma pessoa em uma determinada faixa etária, classe social, país de origem, esperando que isso resulte em um perfil exato de consumo. No meu caso, por exemplo, sou uma pessoa do sexo masculino, entre 20 e 25 anos, residente em São Paulo, de classe B. Musicalmente sou fã de maracatu pernambucano, Bethoven e Claude Debussy, Cartola, Nelson Sargento; isso faz algum sentido para você?

Mas inserido num contexto digital tive acesso a todos esses músicos de forma que pude optar. O conteúdo que você quiser passa a existir no seu quarto, no seu trabalho, no ônibus, no aeroporto ou até mesmo no seu bolso, é só se conectar. O que quero dizer é que cada vez mais precisamos tratar os consumidores como indivíduos e não como massa. Mas, “como fazer isso?” Talvez seja nosso maior desafio. Comunidades Sociais me parecem uma boa ferramenta, pois através de uma comunidade, um aplicativo, uma banda preferida, você pode encontrar seu público.

Entramos em uma nova forma de atingi-los, agora não aceitam com naturalidade uma invasão de sua marca num contexto qualquer. É preciso conquistá-los, é preciso dar algo ao futuro consumidor. Ele quer conteúdo? Damos conteúdo e o impactamos através disso. Ele quer interagir? Jogar? Divulgar sua banda?

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Fazemos isso, e em troca desse serviço ele aceita ser impactado, como fez a Operadora de celular de Londres, que não cobrava mensalidade no celular em troca de ter acesso livre, para enviar publicidade aos seus usuários.

Uma forma de ação que me atrai muito e acredito que ganhará força cada vez mais, são as ações de “crossmedia”. O impulso de fazer seu consumidor explorar diversos equipamentos já é algo genial, pois por cada canal que ele passar, ele estará divulgando sua marca. E nessa ação, o cliente se envolve produzindo e enviando conteúdo, participando ativamente, dedicando parte do seu dia a sua campanha. Mas lógico, o impulso não surge do nada, é preciso seduzi-lo a participar, mais uma vez precisamos motivá-lo, dando algo em troca.

Quem sabe até a TV Digital não entrará em campanhas de mídia cruzada? É uma alternativa, pois com ferramentas de interatividade no controle remoto e a TV sendo conectada à rede, podemos interagir nosso celular com a TV? Ou nosso Twitter? Bom, o futuro da TV ainda é um grande mistério, uns dizem que ela vai se unificar de vez ao computador e vão se tornar um aparelho doméstico único, outros falam que cada um terá seu espaço. Eu não sei o que vai acontecer, mas acredito que uma nova revolução vem por aí, a revolução do e-commerce.

Você consegue imaginar assistir a um programa ou filme e poder comprar qualquer coisa que aparece em sua tela? Por exemplo, assistindo um jogo de futebol, você decide adquirir a nova camisa do seu time, e com o controle remoto em poucos dias ela está na sua casa. Bom, como será um e-commerce na maior mídia de massa do país? A meu ver, trará excelentes resultados, ainda mais contando com o impulso do controle remoto. Porém acredito que toda publicidade televisiva terá de ser repensada, será que os vídeos de 30 segundos serão tão importantes como são hoje? Será que informar mais sobre seu produto não aumentaria as vendas por controle remoto? Já que a TV passa a ser um PDV, você tem que convencer o “cara” de comprar ali, no ato. Bom tenho medo que essa entrada do e-commerce na TV piore ainda mais a qualidade de seu conteúdo, tenho medo que a TV vire um grande “Saldão de Ofertas”. E, como um recém graduado em Rádio e TV, quero participar disso e lutar para que o e-commerce entre de maneira natural no meio da programação, sem comprometer seu conteúdo.

De qualquer forma, todo dia surge uma nova plataforma para nossos consumidores se conectarem, são equipamentos que tornam a comunicação mais prática e viável em qualquer lugar e momento do seu dia. Com o

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lançamento do iPad, temos mais uma revolução, a capacidade de adquirir uma música, um vídeo, um livro, uma revista ou até mesmo um jornal a qualquer momento, sem precisar se locomover. No meu modo de ver, transformar o conteúdo dos meios impressos em digital ira torná-los mais frágeis, com maior visibilidade inicial, porém com pouco aprofundamento. Você se interessa por um título, adquire com grande facilidade e em minha opinião, o descartará com a mesma facilidade, salvo exceções. Conteúdo impresso é feito para ser consumido impresso, não pela mídia, mas pela forma de consumir.

São muitas as inovações, e a tendência é que elas não parem de acelerar seu surgimento. Acredito que, para a chegada de tudo isso, vários pontos de vista estão e serão que ser repensados, como os direitos autorais. Mas uma dessas mudanças me agrada e me empolga muito como ser humano, como participante de uma sociedade.

Hoje começamos a produzir nosso próprio conteúdo, temos capacidade total de sozinhos sem depender de uma empresa ou meio, produzir e divulgar a grande maioria das coisas que temos vontade. O conteúdo está sendo feito por cada um de nós, basta querer, basta compartilhar. É muito bom perceber que a humanidade descobriu uma forma de adquirir informação um a um, não um a um bilhão como ainda é feito por alguns meios de comunicação. Hoje você não depende do Jornal Nacional ou do Datena para se informar, dependendo do caso, a notícia vem mais rápida de uma pessoa que presenciou o fato e o postou no youtube, sem nenhum interesse financeiro, sindical, partidário...

Mas se, por outro lado, você tiver esse tipo de interesse determinado, pode correr atrás dele: entre no site de seu partido, por exemplo, consuma aquilo, mas você sabe como e onde encontrar isso tudo... Basta usar o que está no seu bolso, basta usar uma ferramenta para disseminar o que está na sua cabeça. ■

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O espaço para inovar

Ederaildo Fontes

Com toda essa velocidade em que vivemos com o consumo de informação, seja ela apresentada em vários formatos e meios, talvez uma pergunta que possa surgir é: ainda temos espaço para inovar?

Analisando as coisas novas que surgem em todo momento, talvez a pergunta seja diferente, deveríamos nos questionar se há espaço para a inovação com qualidade. A resposta é sim. Sempre que o ser humano é estimulado e o desejo por novas sensações desponta, a inovação renasce. Portanto, podemos dizer que o estímulo, a provocação e a incitação são insumos para inovar.

Para a comunicação digital e consequentemente para a tecnologia não poderia ser diferente. Objetos e conceitos novos podem surgir a todo instante, podem surgir em sequências, sem parada, porém nem tudo que é novo pode ser considerado inovador. Podem ser releituras ou melhoramentos do mesmo ou de uma inovação maior deixada para trás.

Podemos dizer ainda que a inovação, em qualquer área, é algo maior que gera grandes ondas de novos processos, novas visões e sempre mais do mesmo, tudo isso girando em uma ideia inovadora maior. Pensando dessa maneira a inovação só é necessária quando a própria necessidade humana assim o determina, o momento correto.

Portando, penso que o espaço para a inovação sempre existirá, sempre que o ser humano se sentir no ápice da parábola ou houver a necessidade de novas sensações, a inovação virá, planejada ou não. A inovação com qualidade dependerá sempre da qualidade do estímulo aplicado e, às vezes, textos como esse que tentam explicar o processo de inovação ficam um tanto quanto obscuros e quando são compreendidos e desenrolados então é aí que a inovação surge. ■

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Redes Sociais e Inovação

Edna Gomes Pereira

No período do curso do InovadoresESPM, formamos um grupo de pessoas – “Rede” nos mais diversos segmentos, opiniões, formação acadêmica, personagens, enfim, define um outro conceito de “Rede Social”. Porém fomos tomadores de teorias.

O nosso papel na “Rede Social” é interagir, compartilhar, monitorar, inovar e empreender.

As redes sociais não são as ferramentas de relacionamento ou assemelhados, que permitem interatividade e compartilhamento de conteúdos no mundo virtual de pessoas com pessoas por meios digitais. Rede Social é o valor da diversidade entre pessoas, ou seja, é uma conexão entre pessoas no mundo virtual, e a “Marca” é mais uma pessoa que se insere no mundo virtual.

O assunto mais tratado hoje nas redes sociais é o uso do Twitter, como as pessoas criam notícias vinculam a estes sites e conseguem, assim, milhares de seguidores. A mídia, na verdade, se tornou escrava destes conteúdos e não de seus consumidores como eram antigamente.

Para se fazer uso destes mecanismos é preciso autenticidade, originalidade, opinião e posicionamento. Ou seja, é preciso defender seu conteúdo, independente de suas fontes ou da veracidade da informação.

Hoje, as notícias em tempo real, em sites Frees como são chamadas, veio para ficar e agregar o maior número de seguidores com suas variadas idéias. Independente do conteúdo é uma forma do consumidor interagir e se antenar com o resto do mundo. ■

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Inovação Digital

Fabio Antunes

É interessante pensar em Inovação Digital, pois num primeiro momento, o universo digital nos parece algo que está constantemente sendo inovado, ou pelo menos, é setor da qual sempre temos notícias de novidades e muitas que ainda estão por vir.Quando penso em Inovação Digital, já não penso em web ou qualquer outro aplicativo ou aparelho ultramoderno, creio que estamos vivendo uma era de “pensamento digital”, onde a inovação está inserida como uma necessidade de sobrevivência e de destaque. É mais competente quem inova mais.

Mas, o mais importante, é que esse “pensamento digital” gerou uma necessidade de inovar, na medida em que precisamos se destacar num mundo onde temos a impressão de que tudo está criado. Mas essa inovação transcendeu o próprio universo digital, retornou para o dia a dia, para as necessidades cotidianas de um mundo carente de soluções.

Sinto que ainda é tímido, perto de toda a demanda inovadora a respeito da tecnologia, mas o fundamental é o pensamento, a forma inovadora como o homem está buscando soluções. Uma forma diferente de pensar. E só se inova quando mudamos a forma de pensar.

Essa é a grande inovação: o pensamento. Já não existem fórmulas, regras, religiões para aqueles que buscam um lugar ao sol, ao invés de dividir a sombra com milhões de pessoas que se acomodam com medo de arriscar.

Na era digital, as inovações tomam conta do planeta em questão de minutos e se, na idade média supunha-se que uma pessoa estava pensando a mesma ideia do outro lado do mundo, hoje isso é fato.

O inconsciente coletivo passou a ser consciente, atualizado a cada segundo. Mas o grande desafio é determinar pra onde vai essa consciência mundial. Já não basta só

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inovar, precisamos responder a uma nova consciência. A humanidade já percorreu uma história recheada de fatos e consequências que nos dá uma responsabilidade pelo futuro.

Nesse sentido, a inovação já não se valoriza pelo simples fato inovador, mas sim, pelo próprio valor que nela se insere, como um compromisso com a humanidade. Creio que isso é o maior legado desse movimento de Inovação Digital, transpor o digital e distribuir novos pensamentos em velhos departamentos. É olhar diferente. Buscar soluções não só em como se comunicar com o seu cliente, mas como se relacionar com ele e com tudo que está a sua volta, ou seja, o mundo todo trazendo um jeito novo de questionar para encontrar novas soluções. ■

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Redes Sociais: contatos imediatos de todos os graus

Fatima de Oliveira Carvalho

Em todas as épocas e em todos os tempos elas estão presentes. Todos sempre usavam sem perceber e sem grandes ferramentas tecnológicas. Quer ver? Na escola pertencíamos a uma rede de alunos da sala tal, na igreja pertencíamos à rede do grupo tal, no clube ao esporte x. E quando íamos para algum lugar diferente nas férias, sempre conhecíamos pessoas e nova rede se formava. Nas brincadeiras tinha a rede dos que jogavam bola, dos que soltavam pipas, dos que jogavam vôlei, dos que andavam de bicicleta, e a rede dos contra tudo isso. Mas, sempre tinha um que pertencia a todas elas e era o “bam-bam-bam”, o tal, o nó principal das redes. Crescemos um pouco e lá vem nova rede, a do matrimônio, que para aumentar ainda mais seus participantes vêm os sogros, as sogras, os cunhados. Ah, os cunhados, verdadeiros animadores de redes: não tem um assunto sobre o qual eles não palpitem. Logo chegam os filhos e novas redes formam-se, desta vez com noras, genros. Quer rede mais complexa e cheia de “nós” que a família? Enquanto está no virtual (cada um na sua) é lindo, mas quando se junta para uma rede presencial, sai de baixo. E isso tudo está dentro de uma rede ainda maior chamada sociedade, que contempla várias outras redes, que não vai dar para citar, porque este texto só pode ter 500 palavras. Agora me diz como classificar tudo isso em: descentralizada, centralizada e distribuída? Como explicar sua auto-organização sem ferramentas? Hum, vamos deixar esta parte para depois. E hoje, como está tudo isso? Bem, se eu quero saber onde estão meus amigos das redes mencionadas anteriormente vou ao Orkut, facebook, twitter, flickr, etc, etc e tal. Tudo como manda a tecnologia e o que se tem de mais moderno, conectado, interligado

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e rotulado, quer ver: baby bommers, geração X, geração Y, geração Z. Mas se redes são pessoas conectadas, o mais importante então são as pessoas. Ufa! Ainda bem, já imaginou alguém perguntar para uma criança: o que você quer ser quando crescer? E ela responder: “Não sei ainda, acho que quero ser web 4.0, porque a 3.0 já está ultrapassada”. Agora, vocês vão concordar comigo que, toda esta experiência que adquirimos ao longo de nossas vidas, mais a experiência de alguns especialistas em redes, mais a experiência de alguns em ferramentas colaborativas, mais benchmarking em mais sei lá o que, dá um samba, não dá? E este samba pode ainda fazer você ganhar dinheiro, fazer sua empresa crescer, ter visibilidade, fixar a marca, e por aí vai. Olha que lindo! Mas não pense que é fácil como uma receita de bolo de fubá não! Quem quer entrar neste mundo tem que ser criativo, inovador, antenado, ousado, receptivo, reativo, ter conteúdo, usar bem as ferramentas e um toque final que é a “sacada” particular de cada um. Por isso é que eu digo, está nervoso? “Se joga na rede!” ■

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A inovação e seus impactos na sociedade atual

Gisele Arana

O dicionário define inovação como novidade, situação rara ou ato de introduzir uma novidade. Mas, será que é só isso? O que, de fato, podemos considerar como inovação no mundo e na sociedade em que vivemos atualmente?

Pode-se observar, hoje, na Comunicação a quebra de velhos paradigmas e regras. Aposenta-se o padrão de “um fala e o outro escuta” e cria-se o “um fala, o outro escuta, responde e repassa”. Essa interação é a inovação que vivemos em termos de comunicação. Isso se deve ao surgimento de novas mídias e ferramentas que permitem às pessoas o acesso aos mais diferentes assuntos. Ao contato com as mais diversas pessoas e a criação de um relacionamento de igual para igual, independente de status social dos envolvidos. Ou seja, qualquer um pode falar diretamente com uma celebridade, um político ou uma pessoa totalmente desconhecida e saber o que esta pessoa faz, o que ela pensa sobre um determinado assunto e até mesmo questioná-la e discutir sobre um tópico qualquer. Apesar de não estarem ainda ao alcance de todos, esses novos meios de comunicação vem alterando toda uma cultura e a rotina de muitas pessoas. Sendo assim, em termos coorporativos, é nesse fato que as empresas devem prestar atenção. O consumidor de hoje tem um poder muito maior do que antigamente. Ele tem a capacidade de colocar uma marca no topo e, a partir de uma insatisfação, destruí-la no segundo seguinte.

Então, é importante que as empresas tratem bem esse consumidor e saibam usar todas as novas mídias para estar em contato com ele, saber suas insatisfações e necessidades, mostrar que ele é importante para a empresa e que esta se preocupa em bem atendê-lo e satisfazê-lo. Manter um relacionamento direto e saudável com o cliente resulta em uma publicidade gratuita da marca feita pelos próprios clientes através das mídias sociais, além da descoberta de oportunidades antes não possíveis de serem vistas.

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Dessa forma, inovação não se trata de criar algo totalmente novo ou de ter uma ideia nunca pensada por ninguém antes. A novidade não está em um insight raro de criatividade. Inovar significa enxergar oportunidades onde ninguém vê, valorizar o que os outros ignoram, mudar a rotina e os hábitos. É sair do óbvio. ■

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Tornado tangível uma rede social

Juliano Akira Kimura

O uso da internet é apenas o MEIO, não é o objeto. Orkut , facebook, twitter e Cia NÃO são redes sociais.

O ser humano tem a necessidade de se relacionar.

As três frases que marcaram meu aprendizado sobre redes sociais. Falando assim por falar parece um pouco simples demais, mas não é. A internet hoje é confundida com lugar ou espaço físico. O que explica as duas primeiras frases.

Redes sociais reais viram virtuais, mas como acontece o processo contrário? Existem infinitos cenários no trabalho com redes sociais. Em algumas ações podemos notar que são mais passivas e outras mais ativas com a comunidade. O método de como atuar nas redes quem define é a própria rede. Quem vai ditar o tempo, o ritmo das postagens, a abordagem, o tipo de conteúdo, a linguagem apropriada e todas as nuances que tanto estudamos e discutimos.

Pensamos tanto olhando para o computador que esquecemos que tem pessoas do outro lado. Mesmo com tanta interatividade não substitui o toque. Você olhar para a outra pessoa nos olhos, um aperto de mão ou um abraço. Quem sabe levar as pessoas para o próximo nível seja uma grande oportunidade em meio a tantas ações online. Convidar os seus iguais a saírem da frente do computador e participar de um encontro no espaço físico.

Trabalhando em 2004 na primeira empresa a trazer um jogo online no Brasil, eu tive algumas experiências interessantes. Naquela época ainda um gamemaster (uma espécie de juíz do jogo), participei da evolução do zero da gestão de uma comunidade online, que se juntava por causa de uma experiência diferenciada. O trabalho era tímido e pouco transparente como todo o começo, mas foi tomando forma. Era necessário cuidar com carinho dos jogadores que nem sempre tinham. Nesse contexto eu já defendia

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dois pontos: a necessidade de criar uma interação saudável entre os jogadores (que muitas vezes ofendiam gratuitamente ou enganavam outros usuários mais ingênuos) e o incentivo e o reconhecimento do que os fãs faziam com a marca.

Não era raro os jogadores editarem vídeos, imagens, escreverem estórias e criarem fansites sobre o jogo. Além de promoções e concursos envolvendo esse conteúdo, uma revista da empresa foi criada. Nela além de contar um pouco sobre as novidades e lançamentos, a comunidade era o foco. Entrevistas e muito conteúdo gerado pelo consumidor, gerando o reconhecimento tanto almejado pelos membros dessa rede social.

Já em um estágio mais avançado, criei um encontro que era realizado nas Lan houses. A proposta era simples, “desvirtualizar” as amizades e experiências que o jogo proporcionava. Tamanho foi o sucesso que passei a viajar pelo Brasil promovendo esse espaço. E finalmente cheguei onde queria chegar. Em todo esse ciclo, hoje, mais maduro e experiente, eu percebo que realmente fazia parte da rede social, que girava em torno do jogo. Sem saber, estava criando coisas que eu gostaria de usar e com isso eu satisfazia o desejo dos meus iguais. Os amigos que cultivei nesse caminho estão comigo até hoje. Não existe nada mais tangível que você fazer amigos reais por causa de interesse em comum. ■

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O que é inovação na comunicação digital?

Kathia Morini

Antes de começar a escrever, fiquei pensando no quanto a palavra “inovação” vem sendo usada atualmente, e também por qual motivo.

Penso que a crescente oferta de produtos e serviços gera uma grande a necessidade de diferenciação, e que o caminho para se destacar entre as marcas existentes está nas possibilidades que as novas tecnologias e principalmente a internet trouxeram. Elas abrem portas para produtos e serviços inovadores e, por consequência, diferenciadores. É por isso que a tecnologia tem sido, e será cada vez mais, uma ferramenta valiosa para o marketing. Como pudemos ver no curso, há inúmeras possibilidades de integração de on e offline em novas mídias, onde a diferenciação causa impacto, recall, contribui para a conexão emocional com as marcas que, por sua vez, gera compra e fidelização.

Porém, o que mais chama a atenção é a mudança do foco da mídia tradicional para as chamadas novas mídias, e nas diferentes formas de se relacionar com o consumidor. Apenas alguns anos atrás, as marcas e a mídia trabalhavam com mensagens de mão única, vendo o consumidor como um receptor. Havia uma hierarquia da comunicação onde grandes veículos e marcas determinavam o que dizer, como e quando. A internet causou uma reviravolta na comunicação. O consumidor/leitor é também produtor, escolhe quais mensagens consumir, é produtor, quer dialogar e não ser apenas um receptor passivo da comunicação.

Recentemente, a mídia social tem se tornado foco das discussões e a grande inovação na forma de se relacionar com o consumidor. As redes sociais chegaram para ampliar as possibilidades do relacionamento, possibilitando a segmentação das interações por grupos de interesse. Além disso, também começaram a ser percebidas como um novo canal de comunicação e relacionamento de marcas com seus consumidores.

Vivemos em tempos de transformação e de aprendizado. Para dialogar com este

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novo consumidor/leitor, cada marca ou veículo de comunicação terá que ser um observador atento do que se passa ao seu redor: as mudanças na cultura local e global, as diferentes linguagens e valores das tribos, as novas necessidades do consumidor, para criar suas próprias soluções inovadoras em comunicação. ■

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Jogos e redes sociais, uma relação de mutualismo

Marcelo Abrantes

Foi-se o tempo onde os jogos eram uma experiência solitária. O que antes isolava jogadores do mundo todo, agora os colocam em “novos ambientes” e estão expostos a contatos com pessoas, culturas e modo de viver diferente.

Muito antes de qualquer rede social aparecer, os games já inauguravam algo que seria um divisor de águas na indústria: Os jogos multiplayer online. Em 1998 surgiu o primeiro grande jogo totalmente online. O jogo, chamado Ultima Online, convidava o jogador a fazer parte de um mundo de fantasia que era escrito pelos próprios jogadores, onde a liberdade era regra, não exceção. Jogadores criaram clãs, guildas, jogavam em grupos com pessoas que não conheciam.

Havia interação, troca de informações, conhecimento e muito aprendizado. Hoje existem milhares de jogos semelhantes, conhecidos pela sigla MMORPGS (Massive Multiplayer Online Role Playing Game) e o fato principal de seu sucesso é a rede de jogadores que os compõe. Jogadores migram de jogo em jogo dependendo de seu sucesso, qualidade ou a que público é destinado, o que nos faz lembrar o que acontece com o Orkut e o Facebook no Brasil.

Muito antes do Foursquare se popularizar com as “badges”, como uma forma de prêmio por certa conquista, os jogos já tinham seus desafios particulares. Redes online como a PSN e a Live! Premiam jogadores com “Troféus” ou “Achievements” pelos seus feitos nos jogos.

Enfim, os jogos online vieram pra ficar. Invadiram as redes online tradicionais e são responsáveis pelo crescimento das mesmas. Desde o pai de família que passa horas no poker online, a dona de casa que cultiva sua fazenda e pede cabritos para seus amigos em seu perfil, até o garoto que joga por horas seu jogo favorito no videogame e compartilhar suas conquistas no facebook, o mundo dos jogos online está mesclado com as redes sociais e mudou, a forma como as pessoas interagem, geram conteúdo e se divirtam. ■

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Inovar é Viver

Marcio Traguetta Alaminos

Inovação, algo que nos remete a sempre estar na frente, sempre chegar primeiro, inventar aquilo que não foi inventado. Isso me deixa em colapso às vezes, fico pensando: será que existe algo no mundo com tantas cabeças pensantes que ainda não foi inventado? Que ainda ninguém tentou? Eu acho que não.

Mas o grande incentivo do mundo está diretamente nisso, o básico já foi criado. Precisamos adequar as coisas para funcionarem melhor, perceber as falhas, identificar os erros, e a partir do que já existia não se acomodar, fazer melhor. Inovar!

Aprendemos que devemos olhar sempre para frente, mas nunca esquecer os ensinamentos básicos de cada lição aprendida, voltar a analisar melhor e perceber que algo mais pode ser contato em um mesmo conceito. A relação do bicho homem com ele mesmo, já é uma grande lição de vida, basta parar e pensar.

Um produto ou serviço inovador pode ser criado pelo simples momento de reflexão de nós mesmos em querer saber, “eu sou bem atendido”? Eu preciso de tudo que tenho? Tenho certeza que novas ideias ou novas inovações vão surgir na mente. E se você conseguir captar tudo o que o seu cliente sente, algo inovador irá surgir.

Depois de tudo, eu acredito que inovar é viver! Mas viver no sentido mais amplo, de nunca estacionar, nunca se acomodar e sempre melhorar. Aprendendo com os erros, aceitando principalmente que errou. Viver, evoluir, aprender e inovar sempre. ■

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De geração em geração

Maria Sannini

Eu sou uma típica mulher da minha geração: independente, liberal e com muita atitude.

Exatamente por isso que decidi que eu pediria a mão do meu namorado em casamento.

O meu maior problema era que ele estava do outro lado do mundo, numa viagem a trabalho. E por que eu deveria esperar? Já que eu decidi tomar iniciativa, por que não inovar?

O exclui de todas as minhas redes sociais, pra dar mais emoção. Preparei um slide com fotos nossas, coloquei nossa música como trilha, fiz o pedido e espalhei pelo facebook e twitter.

Em poucos segundos, meu vídeo tinha 8 reetweets, 10 comentários e 6 dedos positivo de pessoas que curtiram isso. Esses 8 reetweets tiveram mais reetweets,mais comentários e mais pessoas curtiram. No dia seguinte, logo pela manha, tive minha resposta. Mais de 100 SIM, vindos de vários lugares, espalhados por diversas pessoas, preenchiam toda minha página.

Essa é somente uma ilustração – que poderia muito bem ser verdadeira – que como as mídias sociais funcionam.

As mídias sociais ainda são novidades, e como toda novidade, está em fase de teste. Ainda não se sabe a fórmula certa de melhor utilizar esse meio de comunicação que tem um alcance imensurável.

E eu acredito que a proposta das mídias sociais não seja dar forma ou limitar. Pelo contrário.

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Elas fazem parte da web 2.0, que é um ambiente onde pessoas interagem de inúmeras linguagens, modos e motivações.

O que as empresas precisam saber é que os usuários das redes sociais anseiam por novidades, querem participar de coisas inovadoras, criativas. Isso gera a mídia espontânea, que é a resposta à sua proposta. Além de criar fidelidade, admiração, contato direto e imediato com aqueles que possivelmente são ou serão seus consumidores e parceiros, já que a tendência da web 2.0 é a colaboração vinda de todos os lados.

Enfim, esperar pra ver aonde a coisa vai dar. Dar tempo e espaço entre os concorrentes. Dê o seu ponta pé inicial. ■

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As sensações da inovação

Mariana Nassif

Inovação, segundo o dicionário, é o ato ou efeito de inovar, provocar mudanças. Mudança, por definição, é tudo aquilo que gera movimento, que transforma, tira do lugar. Como um leve sopro de conhecimento ou um tufão de informação, quando algo é deslocado existe um momento de lacuna. Mesmo que exista tão somente por um milésimo de segundo, a lacuna é um espaço aberto, pronto para receber o novo. E o novo, como quase todas as pessoas devem saber, paira entre o soturno e o desejado, e as infinitas nuances entre estes opostos.

Por aqui, o novo provoca. Medo, angústia, necessidade, curiosidade e expectativa, algumas dicotomias da vida moderna. E mesmo que a soma destas sensações e os temores que elas podem trazer sejam secretos, mesmo que se fuja dele com afinco, levando a vida tal e qual uma planejada planilha de afazeres, o novo sempre acontece. Em toda e qualquer área da vida de toda e qualquer pessoa, o novo sempre acontece. Um novo filho, por exemplo, transporta para um mundo com rotinas e afazeres diferentes – que seja o terceiro, quarto filho, não necessariamente o primeiro, o fator “novidade” movimenta. Obriga a adaptar. Obrigação é palavra chata por definição, é aquela coisa de lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia, saudar desconhecidos com palavras de gentileza no elevador. Regras. Quando vem o novo, entretanto, as regras são obrigatoriamente modificadas, e a própria palavra obrigação abre um sorriso e se transforma imediatamente, mesmo sem saber o que esperar. Por isso há de se fazer esta espera pelo novo sempre de maneira prazerosa, com o peito aberto e a cabeça com espaço suficiente para o que virá.

Há de estar cercado de segurança interna, pelo menos, pois transformações que acontecem pontuais geram consequências a tanto prazo que nem a mais perfeita calculadora consegue determinar. Há de ser flexível como um iogue, a fim de moldar

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o corpo, porque a inovação mexe nas nuvens do cérebro, mas especialmente na maneira como se interage com o vasto exterior que, diga-se, quase nunca está pronto para receber esta ferramenta chamada mudança. Há de continuar sólido para não perder o que se construiu no caminho - cada qual sabe o que lhe cabe, mas jogar fora a experiência pode levar à dor da repetição do erro. Sobretudo, acerca das observações que a inovação quer deixar, é mais sábio, correto e não costuma falhar: não se apegue no conhecimento pleno, absoluto e lógico – e já que tudo o que é sólido desmancha no ar, porque não, levanto a bola enquanto brinco de rima, ao benefício da dúvida se entregar? ■

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Inovando na Comunicação do Evangelho

Marina Narciso

A sociedade pós-moderna passou por diversas transformações econômicas, tecnológicas e científicas. Atualmente, não existem mais barreiras físicas ou geográficas. O mundo está cada vez mais próximo e os indivíduos cada vez mais individualizados. Apesar dos reflexos da pós-modernidade, o indivíduo continua com a necessidade primária de pertencer a algum lugar, grupo ou comunidade. Afinal, as identidades culturais estão mais descentradas, fragmentas e plurais.

Neste contexto, a experiência religiosa torna-se mais complexa na vida dos indivíduos. Entretanto, a instituição Igreja está em decadência. A comunicação e o uso de ferramentas tecnológicas podem ser fatores decisivos para a criação de comunidades participativas que transformarão a igreja em associações que dialogam, criam laços e se preocupam com o próximo. Afinal, não é fazer as coisas de forma diferente, mas fazer coisas diferentes.

Atualmente, muitos líderes religiosos são usuários de smartphones, possuem perfil no Facebook, fazem “twittam” com suas “ovelhas” e realizam ligações via Skype. O uso de tecnologia e novas mídias para a divulgação do Evangelho apresentam dois cenários distintos: O primeiro é que o mundo utiliza a tecnologia para se comunicar, portanto se a igreja continuar com meios ultrapassados criará uma barreira para a mensagem ser transmitida. Do outro lado, a comunicação do Evangelho não depende da tecnologia e dos meios. Ela é sempre a obra de Deus no coração das pessoas. Usando tanto a tecnologia de vanguarda quanto a passada. O risco de utilizar a tecnologia de comunicação no contexto de igreja é transformar a tecnologia em mensagem.

Se a igreja não estiver na Internet, ela ficará de fora da história e recusando, assim, sua missão de comunicar o evangelho e estar em comunhão universal. É relevante ressaltar que as tecnologias eletrônicas de comunicação quebraram as barreiras geográficas, políticas e físicas criando uma “aldeia global” onde cada indivíduo é

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convidado a deixar seu país permanecendo em sua terra. As mensagens transmitidas por essas tecnologias ultrapassam as fronteiras do mundo. Precisamos enfrentar o desafio deste novo contexto cultural e utilizar os novos meios de comunicação como um campo de trocas de ideias e fé. A Igreja no cenário contemporâneo precisa assumir a identidade de Igreja Eletrônica para continuar dialogando com o próximo.

A internet tem sido a ferramenta de comunicação do futuro. A Web 2.0 proporciona ao internauta gerar o próprio conteúdo no site, interagir com outros usuários por meio das mídias sociais e estar em constante conectividade com a rede. Com a igreja conectada virtualmente aos fiéis, a comunicação será mais rápida e assertiva.

A comunicação pode ser um fator decisivo para a criação de comunidades participativas que transformarão a igreja em associações que dialogam, criam laços e se preocupam com o próximo. Assim, não é a mensagem que está fora de forma e sim a modo de comunicá-la. Primeiro é preciso definir o foco e o público que se quer alcançar. Um profissional da área de comunicação poderá ajudar no planejamento de ações para tornar a igreja mais próxima do público virtual. A internet exige atualizações constantes, tanto de informações quanto de tecnologias, por isso é importante o auxilio de um profissional. Devemos utilizar os novos meios para comunicar o evangelho, mas também integrar o evangelho na nova cultura contemporânea colocando-se a serviço das grandes carências da sociedade. ■

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O comportamento igualitário nas redes sociais

Natasha Torlay

Ao mesmo tempo em que somos conectados a muitos amigos, familiares, conhecidos, simpatizantes que gostaríamos (ou não) de encontrar e as redes realizam esse nosso desejo. Até que ponto podemos chamar esse encontro de aproximação? Até que ponto esse encontro virtual é real? Digo isso porque no meu aniversário recebi um monte de posts de pessoas relativamente próximas e algumas que falo periodicamente. Mas uma das pessoas que é próxima, não me ligou, apenas deixou um recado no facebook.De repente percebi que fiquei chateada, porque se somos tão próximas, não deveria ter me ligado ou passado na minha casa?Será que teria ficado mais chateada se ela tivesse esquecido ou se lembrado, deixando um recado lá?Nesse instante a amizade balançou, porque achei falta de consideração, escrever apenas rapidinho uma frase apressada. Em paralelo vejo que as pessoas conseguem expressar sentimentos que normalmente não fariam, mas se é virtual, elas conseguem. Surgem sentimentos de coragem para se declararem. O ser humano acaba mostrando o seu melhor e o seu pior na internet e nas redes sociais, onde também vale o livre arbítrio. Mas ainda estamos conhecendo o território de “etiqueta virtual”, respeito e relacionamento. A dosagem exata para sabermos até onde podemos nos dar mal e nos dar bem, ainda está indefinida. Enfim, sou muito fã das redes sociais, adoro estar conectada com o mundo, com as novidades. Mas também adoro uma conversa olho no olho e um abraço forte no meu aniversário. ■

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Você já nasceu nas redes sociais?

Paula Regina Subires Garcia

O mais novo fenômeno da web são as famosas redes sociais, quem não faz parte delas pelo menos já ouviu falar, mesmo que seja por outros canais.

Mas o que realmente são as redes sociais? Redes sociais não são mídias sociais. Associamos redes com o Orkut, Twitter e Facebook, na verdade estas são as mídias, são as ferramentas para possibilitar as redes. As redes sociais são feitas por pessoas e não por ferramentas.

E isso significa que qualquer pessoa, indiferente de geração, cultura, classe social pode pertencer às mídias sociais, e não como é vista por muitas pessoas como uma ferramenta para adolescentes. As redes são de pessoas e não um difusor de gerações.

Então por que participar das mídias sociais? As mídias são democráticas, elas apontam negócios, amizades, reforça e estimula a caridade, trocam conhecimento, expandem educação, informam sobre políticas e muito mais. A web veio para conectar pessoas, documentos e computadores e tudo isso não foge do que todos nós somos. As redes somos nós e as mídias nos unem para realizarmos grandes mudanças.

Muitas pessoas dizem que nunca entrarão no Orkut, Twitter e outras ferramentas. Realmente é possível não fazer parte disso tudo, mas pode ser que você se sinta isolado de todas estas milhares de pessoas conectadas.

Todos já estamos nas redes sociais, agora vai querer nascer nas mídias sociais? Pode acreditar que você será bem-vindo e algo de importante na sua vida acontecerá. ■

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2.500 caracteres sobre inovação

Renata Bonádio

Na primeira aula de um curso sobre ações inovadoras, o professor Gil Giardelli nos colocou a atordoante afirmação: “não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras”. Em primeiro momento, não consegui refletir muito sobre a frase, passado algumas palestras marcadas pela presença de pessoas super inovadoras. A frase continua a me perseguir, mas agora como parte de meus conceitos e de projetos de vida.

Há inovações, como bem disse Gil, que nascem em um momento de crise. E o conteúdo comanda as diretrizes. Em uma sociedade onde as raridades são tempo, espaço e autonomia – é incrível como a inovação se tornou mais praticada no dia a dia. A riqueza está em quem sabe aproveitar os avanços tecnológicos para criar ou reinventar processos.

Cesar Pallares começou sua palestra com um pensamento que define de outra maneira a inovação, disse não ser o dono da verdade, que não veio trazer o fim e sim o começo, disse que iria colocar pimenta em nossos olhos para abrirmos nosso campo de visão ao inexplorado. Fez um exercício para nos instigar a pensar em inovação para os novos consumos de mídia, na rapidez do “quero para já”, na comodidade do querer ficar em casa, na segurança do querer o que confia, na individualidade de não ser o todo mundo e na simplicidade de não querer complicações. Sair do invisível.

Muito bem lembrado por Amyris Fernandez, para inovar não podemos esquecer o princípio básico da comunicação: “o meio é a mensagem”. Já a Valéria Brandini nos ensinou que não usamos internet, consumimos internet - que internet é comunicação. Disse uma frase fabulosa, não há inovação frente à “amplitude do oceano e a profundidade de um pires.”

Na aula que se sucedeu ao Webexpoforum, Gil nos trouxe três palestrantes muito especiais. Mostraram-nos que apesar de toda tecnologia e novas técnicas, não

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devemos esquecer o be-a-bá inicial, ou seja, não devemos usar velhos mapas para descobrir novas terras, porém não podemos esquecer que sem os velhos mapas não chegaríamos até aqui. As teorias antigas são importantes, algumas até fundamentais, e complica quando as esquecemos e começamos a criar um novo caminho sem elas. Pensando e exemplificando pela pequena empresa, quando o processo produtivo não é iniciado pelo Business Plan, a tendência é uma falência rápida. De nada serve a inovação em matéria-prima, maquinário, se a estrutura da empresa não tiver calçada.

Na incrível experiência que Algarra nos promoveu, descobrimos que as trocas de experiência provocam a inovação. É que, às vezes inovamos baseados em sentimentos de experiências do passado. Em um mês, uma avalanche de informação sobre inovação, entendi que ela é um processo iniciado por pesquisas ou atividades técnicas que geram conteúdo. A concepção de algo novo, seguido pelo desenvolvimento com colaboração das informações, as mesmas são gerenciadas em comunidades resultando na melhora em comercialização de novos produtos ou utilização de novos processos. Mudam uma visão de mundo, fazem ele girar diferentemente. ■

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O Boom do momento: as Redes Sociais

Ricardo Karam

As redes sociais existem desde os tempos mais remotos, começaram por vários motivos tendo sempre um objetivo comum, o relacionamento. Com a era da internet e globalização, as redes sociais foram se popularizando e se aperfeiçoando onde, hoje, redes como Orkut , Facebook, Twitter, entre tantas outras se tornaram um ponto de encontro comum entre amigos ou pessoas de mesmo interesse.

Após isso, o meio coorporativo descobriu que pessoas estavam se relacionando por diversos motivos e não só mais para encontrar velhos amigos. Perceberam então que poderiam usar essas ferramentas como meio de divulgação de produtos ou serviços.

Mas atuar em Redes Sociais é bem mais complexo do que acham muitos empresários, e não perceberam ainda a força de uma palavra chamada compartilhamento. Não basta apenas divulgar um produto ou serviço, disparar flyers eletrônicos, ou algum tipo de promoção, tem que existir um verdadeiro relacionamento ou compartilhamento entre ambas as pontas para que as campanhas realmente se tornem cases de sucesso. ■

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A tecnologia a favor da humanidade

Sérgio Porcari

É engraçado como determinadas coisas parecem acontecer do nada, você está em uma mesmice e de repente surge algo que te impressiona e te faz pensar se aquilo tudo é real. Outras vezes se criam expectativas em torno de algo que nunca chega a vingar, mas sempre existem em uma classe, pessoas que acreditam em algum projeto e que se unem para mobilizar recursos, criar estratégias, estudar oportunidades, etc.O futuro chegou, o que antes se via nos filmes e parecia uma realidade tão distante se faz cada vez mais presente.

Para os mais velhos chega a ser assustador e quase impossível de se compreender, porém ao mesmo tempo, todos se tornam reféns de algo que parece não ter como escapar.

Lembro-me de outro dia conversar com um senhor de sessenta anos sobre o que chamamos de mídias socais. O simples fato de postar uma foto no Orkut já o incomodava muito e fazia com que ele abominasse tal ferramenta, não entendia o porquê de tamanha exposição, porém esse mesmo senhor utilizou essa mesma ferramenta para localizar antigos colegas da época em que jogava bola.

Parece complexo, ao mesmo tempo em que se critica o excesso de informação e a falta de privacidade, como os satélites que mapeiam as ruas e detalham até mesmo os nossos quintais, o uso de ferramentas modernas se mostra extremamente essencial.

É difícil acompanhar tamanha revolução na forma de se comunicar e de gerar conteúdos, mas cada dia que passa, fica mais claro que a tecnologia surgiu com o objetivo de se chegar naquilo que acreditam ser o mundo ideal.

Eu também sempre fui um defensor de que a tecnologia era necessária, mas que as mídias digitais estavam estragando o universo da internet. Via algumas coisas interessantes, mas não aceitava outras. Até o momento em que resolvi abrir minha

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cabeça e perceber que o que se parecia uma ameaça ao modo de se viver em sociedade, era sim a oportunidade de revolucioná-la.

Porque estou dizendo tudo isso?

Sempre entendi redes sociais como pessoas que se juntavam para defender um mesmo ideal, pessoas que gostavam de assuntos incomuns e se uniam em função daquilo. Pensava que a internet e suas ferramentas buscavam uma reclusão daqueles que não tinham facilidade para se relacionar e se “escondiam” por traz das telas.Sempre fui muito tímido, e confesso que a internet poderia ser uma grande aliada, porém ainda era um sonhador que acreditava no olho a olho.

Mas percebi que o mundo esta mudando e não apenas no modo de se comunicar, mas sim na busca por aquilo que acredito ser o ideal, estamos em uma era de criatividade e generosidade coletiva e que a tecnologia veio para somar, ajudar e principalmente para aproximar as pessoas.

Se seguirmos o caminho proposto por aquilo que chamamos de mídias sociais, estaremos apenas utilizando a tecnologia para nos ajudar a ser uma sociedade onde todos tenham o mesmo direito de se comunicar com outra em qualquer parte do mundo e ajudá-la a viver de maneira harmoniosa. Enxerguei nas mídias uma esperança de poder fazer algo útil para que um dia o mundo seja como sempre sonhei, onde todos tenham o mesmo direito à informação, a educação, a saúde e ao lazer.

Acredito que só quem teve acesso as informações que tive, pode entender porque criei toda essa esperança, mas tenho certeza que a mesmice que comentei no início do texto deu espaço aos projetos que podem não vingar, mas que com certeza vem para somar e nos mostrar a direção.

Essas são as palavras de uma pessoa que mudou completamente seu modo de pensar e que se tornou um apaixonado pelo universo das redes sociais e por tudo que inovação digital contribui para isso. ■

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Redes sociais virtuais: o meio do começo

Suzie Clavery Caldas

Não dá para dizer que redes sociais são uma tendência. Elas na verdade são uma realidade que sempre existiu. Redes sociais virtuais são o MEIO que permitem o COMEÇO. Ficou confuso? Eu explico.

Redes sociais nada mais são do que PESSOAS ligadas umas as outras, através do RELACIONAMENTO. A verdade é que nunca fomos só eu, só você, só ele, mas sempre fomos NÓS. A necessidade de se relacionar é o COMEÇO e a base da humanidade, porque o ser humano é um ser social por natureza. O que seria do Adão se Deus não tivesse criado a Eva? E de D. Quixote sem Sancho Pança?

Antigamente outros meios, que não os virtuais, eram usados para mantermos contato uns com os outros, transmitirmos informações e criarmos relacionamentos. Os desenhos nas cavernas, os sinais de fumaça, as cartas, o telefone, o fax, todos eram os meios pelos quais se transmitia a informação e permitiam que as pessoas com interesses em comum se conectassem e se relacionassem.

Hoje o meio pelo qual os relacionamentos se fortificam são as redes sociais virtuais, como o Orkut, o Twitter, o Facebook e todos os seus similares. Essas redes sociais virtuais nada mais são do que ferramentas tecnológicas que facilitam as conexões entre pessoas, ou seja, elas são os MEIOS que ligam você aos seus amigos, com grande vantagem em relação aos meios do passado, pois a tecnologia e a internet aproximaram as pessoas, quebrando barreiras de tempo e espaço e, com isso, modificam as relações humanas, ampliando os relacionamentos e possibilitando a criação de redes sociais ilimitadas.

A informação que antes demorava dias, semanas, meses para chegar através de uma carta, hoje chega em milésimos de segundos pelo Twitter e para um universo de milhares de pessoas. A saudade de um parente distante diminui ao ver uma foto ou um scrap no Orkut. Você pode compartilhar cada passo seu, cada lugar visitado

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com seus amigos e para o mundo pelo Foursquare. Com o Facebook você pode fazer amigos na Austrália, mesmo estando no Brasil, sem sair do seu quarto. As ferramentas facilitam a interação.

Essas ferramentas ou redes sociais virtuais, como prefiro chamar, são o MEIO para que cheguemos novamente ao COMEÇO de tudo: o RELACIONAMENTO.

E então, me add? ■

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Uma Nova Versão para a História das Organizações

Christiane Vila Nova Camargo

A presença nas mídias sociais deixou de ser uma questão de escolha para as Organizações. Através da opção voluntária da empresa ou da motivação dos usuários presentes nessas redes, uma busca simples em qualquer ferramenta poderá atestar a presença digital das marcas nas redes.

Na tentativa de desenhar esta nova realidade social, a Deloitte realizou no primeiro semestre deste ano a pesquisa “Mídias Sociais nas Empresas” com 302 empresas atuantes no Brasil. Os dados refletem que 70% da amostra utiliza ou monitora mídias sociais e quase 60% das empresas tem intenção de aumentar o valor investido na área no próximo ano.

Entre as empresas que utilizam, 57% tem negócios relacionados às áreas de serviços, varejo, tecnologia, mídias e telecomunicações. Justamente onde já observamos cases de sucesso transformados em referência na área. O setor de manufatura é o quarto maior em número de empresas que já utilizam ou monitoram mídias sociais, representando 7% na fatia do bolo. Neste setor as iniciativas ainda são tímidas, com a utilização das mídias sociais apenas como canal adicional no composto de divulgação do produto.

Pessoalmente acredito que a área de atuação da empresa define a gama de ações a serem realizadas nas mídias sociais, afinal de contas é muito mais fácil pensar em ações interativas e formas para engajar públicos quando a relação entre empresa e consumidor é direta.

Onde eu quero chegar com tudo isso? Muito simples: as mídias sociais precisam fazer parte do composto estratégico de comunicação das organizações. Mais do que nunca é dado à empresa a oportunidade de trabalhar em comunicação de mão dupla com uma série inimaginável de públicos. Por que tanto medo? Por que o único preço a ser pago é a transparência na atitude, adequação do discurso e adaptação do prazo

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de resposta, já que os usuários conectados esperam soluções rápidas.

Não é apenas a oportunidade de sustentar a reputação e identificar os advogados da marca (muitos já presentes nas mídias muito antes de qualquer empresa pensar em estar lá). É a oportunidade de inventar uma nova maneira de construir a história das Organizações, a 1 milhão (ou mais) de mãos, de forma intensa, colaborativa e certamente muito especial. ■

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Compartilhamento Social

Julio Cesar Da Cruz

Compartilhamento. Talvez essa seja a palavra que mais me atraiu no curso de Redes Sociais e Inovação Digital da ESPM.

Você tem uma idéia e uma opinião sobre um determinado tema. Porque não compartilhar com alguém?

Comece compartilhando com sua família, com seus amigos, colha opiniões e faça uma análise de como eles reagem mediante suas idéias. Depois as compartilhe com mais pessoas, desconhecidas ou não, jogue suas idéias num lugar onde as pessoas possam acessá-las. E, se de alguma maneira sua idéia ajudar a resolver algum problema de apenas uma pessoa que seja, você já pode se sentir uma pessoa melhor. Rede Social é isso. Você compartilhar ideias que para você é um hobby, mas para outras pessoas pode ser a informação que faltava para um projeto importante, ou uma decisão de compra, até mesmo uma decisão que de fato irá fazer diferença na vida de alguém.

Uma sociedade que está cada vez mais diversificada não dá pra viver condicionado a poucas opções. É essa transformação que o mundo vive hoje, com pessoas cada vez mais singulares, com opiniões ímpares, mas que gostam de encontrar seus similares em idéias. Formando assim uma rede social de assuntos específicos, gerando um desenvolvimento cada vez mais específico sobre o tema, em vários aspectos e várias maneiras. Gastam a cabeça ao máximo em conversas específicas de temas específicos. E a consequência é a exigência quase beirando a perfeição para um mundo melhor.

Pra mim, o conceito de Rede Social é o compartilhamento de ideias a fim de detalhar o específico, gerando conteúdos e descobertas que vão ajudar a sociedade. Algo singular e mágico. ■

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Melhor amigo

Karina Bradley

Ter alguém para compartilhar idéias, desabafar quando algo está apertando o peito, chorar as lágrimas que nem você entende direito, rir de algo inesperado, rir de algo muito esperado, acompanhar sua rotina, dar um “oi”sem pedir licença.

Você e seu amigo com certeza já passaram por muitas coisas juntos. Ter um grande amigo é muito bom, e necessário muitas vezes.

Há alguns anos, quando as pessoas mudavam de cidade, ou de país, e o grande amigo do peito ficava longe, a comunicação diária ia sendo substituída por cartas e telefonemas que a cada dia se reduziam até permanecerem num número onde cada um sabia o “básico” da vida do outro.

Até que você começa a frequentar uma Universidade, mais conhecida por “vida na web”, onde você começa a aprender diversos valores da vida que nunca tinham passado pela sua cabeça. Você aprende que pode ter grandes amigos sem nunca ter visto a cara deles; que você pode falar diretamente com aquele jornalista que tanto admira e criticar um artigo dele, e ele te responder o porquê de ter escrito daquela forma.

Você descobre que é preciso que as empresas tenham, acima de tudo, transparência, para permanecerem no mercado; que você pode se comunicar diretamente com a pessoa que você mais admira no mundo, e essa pessoa trocar uma ideia com você. Você aprende que mesmo estando sozinho em casa, você pode conversar com várias pessoas; e você percebe que aquele teu amigo que ficou pra trás na infância pode voltar a ser teu melhor amigo e participar de todos os momentos de sua vida.

Será que estamos cientes de que as distâncias geográficas se anularam? E que podemos ser ouvidos nos quatro cantos do mundo? Enfim, é chegada a real democracia, a tal esperada “liberdade de imprensa”.

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Agora, é cada um olhar pro seu umbigo e ter consciência daquilo que digita, pois qualquer frase escrita não é mais nossa, e sim do mundo, porém que paga o passagem dela somos nós!

E o melhor amigo? Está mais perto do que nunca! ■

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Falando de novo

Ligia Chemin Le Talludec

Vivemos em um momento de transição intensa. Um momento de explosão de informações, rapidez na troca e aquisição de novos conhecimentos. É tanta coisa que não sabemos ao certo ainda como lidar com tudo o que temos disponível num mundo de mudanças frenéticas. Obsoleto é o próximo adjetivo de novo, ultrapassado é a novidade de seis meses atrás.

Criam-se novas maneiras de comunicar, passamos nossa vida para o universo virtual. Buscamos amigos, nos unimos por afinidade, participamos, colaboramos. Voluntariamente nos expomos, e buscamos a exposição do outro, a fim de nos sentirmos mais próximos, preenchendo um vazio real que existe em nós. As redes facilitaram a busca, e de alguma maneira acalmou a sensação de nos sentirmos sozinhos e incompreendidos. Deu voz a quem antes não falava, superou (muitas vezes) preconceitos, democratizou a participação das pessoas no mundo, em tudo quanto é assunto que se possa imaginar.

Como seres sociais é necessário agirmos em conjunto com os novos adventos tecnológicos, sem esquecer, no entanto, nossa necessidade de contato, de calor, de toque, de troca real, de brainstorming, em momentos nos quais todo o nosso mundo é colocado à prova, falado, contestado, desconstruído, reconstruído, e aplicado.Verdades absolutas não mais! Vivemos a era de verdades mutáveis, adequadas a um determinado momento de uma situação específica.

O compartilhamento de conhecimento, de causas, de crenças é tamanho que já não podem mais ser ignorados ou simplesmente proibidos. É preciso encarar!Abraçar o novo, nos desvencilhar de velhos dogmas, interagir com o presente, projetar o futuro. O olhar certo nos leva ao caminho de lá. Lugar de ‘novos mapas e novos mundos’.

Recicla-se o velho, repagina-se, reestrutura-se, reinventa-se. Aceitar e abraçar as

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mudanças é ansiar e aceitar o que ainda vem por aí.

O desconhecido é alarrmante tanto quanto excitante. É hora de deixar velhos pensamentos em velhos mundos. Viva o novo. ■

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Pensamentos sobre Redes Sociais

Nayane Monteiro

Pessoas conectadas a fim de trocar e gerar conteúdo. Computadores, smartphones e o que mais surgir – não importa o meio, o que interessa é estar em rede. As pessoas, por si só, já participam de redes sociais desde seu nascimento. Sim, a família é a primeira rede social a qual você se conecta. A partir daí, as conexões só aumentam: vizinhança, escola, faculdade, trabalho são só alguns exemplos das redes as quais participamos sem percebermos.

E com a Internet, o que mudou? Bem, o conceito de redes obviamente ainda permanece o mesmo. As pessoas continuam buscando a conexão através das mais diversas afinidades. A maneira e a velocidade que isso ocorre é que modificaram. Vivemos numa sociedade imediatista, na era onde nada pode demorar mais que um segundo para demonstrar resultado. Constantemente somos alimentados por pílulas das mais diversas informações, às vezes não dando tempo de ingerir todas. É tudo muito rápido, quase instantâneo. Uma mensagem lançada em uma rede social precisa apenas de alguns minutos para tomar proporções mundiais.

Conteúdo colaborativo, compartilhamento de informação, manutenção de contatos, pesquisa profissional. Vivemos o processo de humanização da Internet, onde as fontes de conhecimento são cada usuário da rede. Atravessamos a era da sabedoria das multidões na qual as redes sociais têm vida própria. Temos que dar atenção ao conteúdo que é gerado, e não o meio que ele é transmitido. Nossa era é da valorização do: “o que”, “como”, “quem”, “quando” e “onde”. Para cada pergunta, encontramos pelo menos uma mídia social onde as pessoas podem respondê-las e mostrar suas respostas ao maior número possível de amigos (ou “amigos”) - seja através de textos, fotos ou vídeos.

Dicotomicamente, as conexões diminuem distâncias ao mesmo tempo em que podem criar abismos enormes entre pessoas. Não é raro você conversar com uma pessoa que está ao seu lado pela Internet ao invés de simplesmente virar-se e trocar

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ideias. As redes podem sim lhe auxiliar a propagar informações numa velocidade e em uma dimensão antes inimagináveis. Mas não deixe as oportunidades de contato humano passar. Lembre-se: as redes são feitas de pessoas. Seja um indivíduo ou uma marca, humanize-se. ■

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