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É DO SENSO COMUM, desde o início do Século XX, que os veículos de comunicação determinam o comportamento das pessoas.
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Essa crença nasceu da “psicologia das multidões“, proposta pelo sociólogo italiano Scipio Sighele, em um livro publicado em 1891, com o título A multidão criminosa, e se consolidou como axioma quando o médico francês Gustave Le Bon escreveu Psicologia das Massas, em 1895.
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A idéia de manipulação está em Sighele que, na segunda edição de seu livro, de 1901, retrata os jornalistas como “agitadores” capazes de moldar seu público “como faz a mão com o gesso molhado”.
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Le Bon encontra uma base racial para “o caráter impulsivo, não-racional, dos povos inferiores” e, nas sociedades civilizadas, “das crianças e das mulheres”.
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A Psicologia das Massas inspirou Joseph Gobbels, Ministro da Propaganda de Hitler.
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Inspirou, também, na década de 1920, publicistas americanos, como Walter Lippman, que defendiam o uso da propaganda – explícita ou disfarçada como noticiário – para “fabricar o consentimento” do público.
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Desde então, anúncios, promoções e versões adicionadas ao relato dos fatos têm sido considerados instrumento regular de controle de opinião pública, necessário à manutenção da ordem social, do consumo, da poupança etc.
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Pelo menos um grupo importante de filósofos – a Escola de Frankfurt – sustentou e ainda sustenta que a mídia fabrica uma “falsa realidade” que oculta dos homens as suas reais condições de vida, em benefício do capital.
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A tese de que o homem é uma criatura racional (o homo sapiens), capaz de orientar-se para a verdade, foi defendida pelos filósofos iluministas no Século XVIII.
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No Século XX, seria substituída pela convicção de que a humanidade é constituída de seres que obedecem a símbolos – a ponto de se colocar em segundo plano, ou mesmo rejeitar, a existência de qualquer realidade circundante.
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NO ENTANTO
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(a) o consumo de drogas, cópia de discos e fitas, a compra de mercadoria contrabandeada (em regra, de Ciudad del Este) crescem no Brasil apesar de nenhuma propaganda ou da propaganda contrária;
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(b) fenômenos sociais, como o racismo nos Estados Unidos e na Europa, resistem à propaganda contrária e parecem responder diretamente a condições objetivas, tais como a disputa de empregos, ideologia do grupo envolvente etc.;
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(c) apesar da intensa propaganda do hedonismo, da liberação sexual etc., grandes contingentes da população acorrem, em todo o mundo, a confissões religiosas comprometidas com comportamentos conservadores;
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(d) eventos históricos de convencimento de populações ocorreram quando não existiam meios de comunicação desenvolvidos: a campanha romana contra Cartago (delenda Cartago), as cruzadas (o Santo Graal) etc.;
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(e) independentemente do discurso do mercado, formas artísticas e culturais preservam-se ou evoluem segundo lógica própria;
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(f) movimentos como o fascismo / nazismo não podem ser explicados unicamente pela propaganda, mas decorrem de condições históricas.
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(g) O consumo de informação não é um ato passivo
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A informação pode ser:
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a) transportada. Nos sistemas biológicos, o transporte se dá na forma de pulsos elétricos ao longo de fibras nervosas. Em computadores, por uma sucessão de sinais 1/0. Línguas naturais e artificiais transportam informação.
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b) armazenada. A memória é o lugar onde se guardam todas as informações relacionadas com a operação de um sistema. No caso do ser humano, reconhece-se uma memória de curto prazo, concentrada, e uma memória de longo prazo, difusa, além de dispositivos externos e algoritmos que permitem a memorização de séries complexas de imagens, nomes, proposições ou atos.
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c) traduzida. No caso do ser humano, a informação visual, sonora, tátil etc., isto é, analógica, pode ser transferida para a língua natural ou para qualquer língua artificial, que são dispositivos digitais.
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Todos os sistemas se comunicam. Isto significa que os elementos de um sistema reagem não apenas a estímulos diretos, mas também a estímulos que significam outra coisa: o pulso elétrico do nervo ótico um estímulo luminoso, a bandeira na popa a nacionalidade do navio etc.
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Signo é algo que significa outra coisa. Tudo pode ser signo.
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Animais são capazes de operar sistemas de comunicação complexos. As abelhas (Frisch) informam à colméia a direção e distância das fontes de pólen conforme a direção e o número de voltas de seus vôos.
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As teorias de informação & comunicação distribuem-se em quatro grupos:
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a) TEORIAS DO PROCESSO – trata-se do enfoque segundo o qual uma mensagem trafega entre dois entes que ocupam os lugares de transmissor e receptor. É o caso de estudos que se fundam ou partem de ciências da natureza:
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• modelos de comunicação
• teoria da informação (Shannon & Weaver)
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b) TEORIAS DO CÓDIGO – centradas na mensagem, consideram-na algo que o emissor codifica e o receptor decodifica, restabelecendo o significado original.
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Essa a abordagem das correntes fundadas em métodos lingüísticos: • semiótica (C.S. Peirce) • semiológica (Saussure, Barthes)
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c) TEORIAS DA INFERÊNCIA – consideram a responsabilidade ativa do receptor, a quem cabe inferir o sentido, a partir dos dados codificados da mensagem, do contexto e de informação de seu acervo de memória.
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É o caso das linhas de estudo fundadas na Lógica e na Teoria da Cognição, como as • teorias da conversação (Paul Grice, Gordon Pask) • teoria dos modelos (Phillip Johnson-Laird) • teoria da relevância (Dan Sperber & Deirdre Wilson)
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d) TEORIAS DOS EFEITOS – consideram os resultados da atuação do fluxo de mensagens sobre grupos humanos. Fundam-se nas ciências sociais:
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• pesquisa de efeitos (Lazarsfeld, Merton) • Escola de Frankfurt (Adorno, Benjamim, Habermas) • linha authusseriana (Althusser) • linha gramsciana (Gramsci) • alguns tipos de análise do discurso.• aldeia global (MacLuhan) • agenda setting • newsmaking (Tucher) • espiral do silêncio (Noelle Newman).
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Numa abordagem processualística, a mensagem é o conteúdo da comunicação. Resulta de uma intenção (evidente ou não, consciente ou não) do emissor, que arregimenta e combina signos conforme um código consensual para levar a mensagem até o receptor.
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Chama-se a isso codificar a mensagem. O receptor traduz a mensagem – isto é, a decodifica.
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Numa abordagem semiológica ou semiótica, a mensagem é “uma construção significante que, através da interação emissor/receptor, produz significados”.
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A intenção do emissor perde importância. O que passa a ser relevante é a mensagem, constituída de signos, e sua compreensão pelo receptor.
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A negociação é entre o emissor, o receptor e a mensagem. A mensagem, portanto, não é algo que A envia a B, mas um elemento de uma relação estruturada. Os signos são vistos de perspectivas sintáticas e semânticas.
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A forma damensagem
é osignificante.O conteúdo
é osignificado
mensagem
texto
significados
produtoremissor referente
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Numa abordagem baseada na inferência, o que se destaca é a função ativa do receptor, a quem cabe, a partir do código, mas considerando o contexto e o estoque próprio de memória, inferir o sentido da mensagem – algo que vai além do significado explícito.
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A compreensão é essencialmente pragmática, isto é, pressupõe a aferição pelo receptor de intenções e objetivos do emissor.
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Nas abordagens relacionadas com os efeitos da comunicação, são consideradas as respostas dos receptores, sejam grupos sociais limitados ou amplos.
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A tese inicial é a da agulha de injeção (Laswell), segundo a qual os meios de comunicação injetam nas pessoas algo contra o que elas não têm defesa.
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Os estudos conduzidos por Lazarsfed e Merton, entre outros, com o uso de técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa de opinião, desmentem esse resultado.
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No entanto, ele é de certa forma retomado na tese do agenda setting, segundo a qual a mídia estipula os temas com que as pessoas se preocupam ou pelos quais se interessam.
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Essa hipótese foi sempre admitida pela influente Escola de Frankfurt, corrente que reúne filósofos como Adorno, Horkheimer, Benjamin, Marcuse e Habermas; nessa linha de pensamento, a comunicação para públicos amplos é definida como indústria cultural.
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Althusser, com sua teoria dos aparelhos ideológicos de Estado, inclui elementos de psicanálise, que são ampliados em algumas variedades de análise de discurso, particularmente as da linha francesa.
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Gramsci prefere o conceito de hegemonia ao de dominação burguesa, admitindo que os meios de comunicação permitem algum diálogo no seio da instituição social.
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Na contramão dessas tendências, surge a visão relativamente otimista de Marshall McLuhan, que anuncia a era da informação.
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Eu creio navida mansa!!
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