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2 Especial - Pragas da videira E. Hickel Ao observar-se atentamente o tema manejo de pragas nos vinhedos, verifica- se que algumas situações de extrema importância para a sustentabilidade da vitivinicultura estão relacionadas com a ocorrência de insetos-praga ;\ cultura da videira ocupa uma área 1\de aproximadamente 69 mil ha no Brasil, sendo cultivada economicamente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Nesses estados, a cul- tura reveste-se de grande importância eco- nômica e social, seja pelo número de em- pregos gerados diretamente no cultivo ou, indiretamente, pelas indústrias de proces- samento e de turismo que se encontram associadas à atividade. Além disso, cabe res- saltar que a videira é cultivada por diferen- tes estratos de produtores, englobando sig- nificativa parcela de base familiar, sendo fundamental para a sua fixação no campo. Um dos aspectos peculiares à cultura da videira está relacionado à incidência de pragas e doenças. Se perguntarmos a um grupo de técnicos ou de produtores envol- vidos com a cultura a qual dos fatores lirni- tantes à produção deve ser dada maior aten- ção, certamente obteremos como resposta o manejo das doenças. Tal fato é compro- vado pelo número de pulverizações que são realizadas anualmente para o controle dos patógenos, bem como pela quantidade de fungicidas disponíveis para uso na cultura da videira. Entretanto, se a pergunta for referente à ocorrência de insetos-praga, a resposta será de que estes são de importân- cia secundária, o que resulta em um redu- zido número de tratamentos contra as pra- gas. Esse cenário, que é desejado por todos, tem sido a realidade nas diferentes regiões produtoras, porém, ao observar-se atenta- mente o tema manejo de pragas nos vinhe- dos, verifica-se que algumas situações de extrema importância para a sustentabilída- de da vitivinicultura estão relacionadas com a ocorrência de insetos-praga e têm acon- tecido sem que tenham chamado a aten- ção da maioria dos profissionais ligados ao setor. Dentre essas "novas" situações des- tacam-se: J) a ampliação do cultivo da videira para regiões onde algumas pragas assumem im- portância primária, podendo inclusive cau- sar a morte das plantas. Como exemplo dessa situação destacam-se a pérola-da-ter- ra, Eumizococcus brasiliensis (Herniptera: Margarodidae), e a forma raclicular da filo- xera, Daluulosphaira vitiJolme (Herniptera: Phylloxerídae); 2) a importação contínua de mudas de Vitis vinifera livres de vírus, sem o prévio conhecimento da reação dessas cultivares/ clones a pragas autóctones. Como exemplo destacam-se a ocorrência da forma galícola da filoxcra, que impede o desenvolvimento das plantas no período de formação, e a re- duzida longevidade dos vinhedos devido à presença de vírus, disseminados por insc- tos vetores, com destaque para cochonilhas da família Pseudococcidae; 3) a pressão mercadológíca pelo aurncn- toda qualidade do produto, tanto para mesa como para processamento, aumentando a exigência pela sanidade das uvas. Nesse caso, insetos que danificam as bagas, como a lagarta-das-fruteiras, Argyrotaenm sphale- ropa (Lepidoptcra: Tortricidac), a traça-dos- cachos, Cryptoblabes gnidielul (Lcpidoptc- ra: Pyralidae), o gorgulho-do-milho, Sito- philus zeamais (Coleoptera: Curculionidae) e as moscas-das-frutas, Anatrepha fratercu- lus e Ceratitis capitata (Diptcra: Tcphriti- dae), além de vespas e abelhas, passam a figurar entre as pragas primárias, por pro- vocarem lesões nos frutos que originam sí- tios de infecção para patógenos causadores de podridões, como Botrytis e Glomerella, ampliando as perdas nos parrcirais; 4) a elevada mortalidade de plantas causada por doenças raclicularcs, havendo a necessidade de se conhecer melhor a rela- ção entre insetos de solo, com destaque para a filoxera e a pérola-da-terra, como "pro- motores" de sítios de infecção fúngica aos patógenos dos gêneros Cylindrocarpon, Fu- sarium e Phaeocremonium, 5) as barreiras para a exportação da fru- ta in natura, devido à presença de espécies pragas quarentenárias, como é o caso de alguns tripcs, c/ou ao risco de contamina- ção com resíduos dc inseticidas não regis- trados para o cultivo da videira no Brasil e/ ou em fase de exclusão no mereado inter- nacional, quando presentes na uva in natu-

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2 • Especial - Pragas da videira

E. Hickel

Ao observar-seatentamente o

tema manejo depragas nos

vinhedos, verifica-se que algumas

situações deextrema

importância

para asustentabilidadeda vitivinicultura

estão relacionadascom a ocorrênciade insetos-praga

;\ cultura da videira ocupa uma área1\de aproximadamente 69 mil ha no

Brasil, sendo cultivada economicamentenos estados do Rio Grande do Sul, SantaCatarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais,Bahia e Pernambuco. Nesses estados, a cul-tura reveste-se de grande importância eco-nômica e social, seja pelo número de em-pregos gerados diretamente no cultivo ou,indiretamente, pelas indústrias de proces-samento e de turismo que se encontramassociadas à atividade. Além disso, cabe res-saltar que a videira é cultivada por diferen-tes estratos de produtores, englobando sig-nificativa parcela de base familiar, sendofundamental para a sua fixação no campo.

Um dos aspectos peculiares à culturada videira está relacionado à incidência depragas e doenças. Se perguntarmos a umgrupo de técnicos ou de produtores envol-vidos com a cultura a qual dos fatores lirni-tantes à produção deve ser dada maior aten-ção, certamente obteremos como respostao manejo das doenças. Tal fato é compro-vado pelo número de pulverizações que sãorealizadas anualmente para o controle dospatógenos, bem como pela quantidade defungicidas disponíveis para uso na culturada videira. Entretanto, se a pergunta forreferente à ocorrência de insetos-praga, aresposta será de que estes são de importân-cia secundária, o que resulta em um redu-zido número de tratamentos contra as pra-

gas. Esse cenário, que é desejado por todos,tem sido a realidade nas diferentes regiõesprodutoras, porém, ao observar-se atenta-mente o tema manejo de pragas nos vinhe-dos, verifica-se que algumas situações deextrema importância para a sustentabilída-de da vitivinicultura estão relacionadas coma ocorrência de insetos-praga e têm acon-tecido sem que tenham chamado a aten-ção da maioria dos profissionais ligados aosetor. Dentre essas "novas" situações des-tacam-se:

J ) a ampliação do cultivo da videira pararegiões onde algumas pragas assumem im-portância primária, podendo inclusive cau-sar a morte das plantas. Como exemplodessa situação destacam-se a pérola-da-ter-ra, Eumizococcus brasiliensis (Herniptera:Margarodidae), e a forma raclicular da filo-xera, Daluulosphaira vitiJolme (Herniptera:Phylloxerídae);

2) a importação contínua de mudas deVitis vinifera livres de vírus, sem o prévioconhecimento da reação dessas cultivares/clones a pragas autóctones. Como exemplodestacam-se a ocorrência da forma galícolada filoxcra, que impede o desenvolvimentodas plantas no período de formação, e a re-duzida longevidade dos vinhedos devido àpresença de vírus, disseminados por insc-tos vetores, com destaque para cochonilhasda família Pseudococcidae;

3) a pressão mercadológíca pelo aurncn-

toda qualidade do produto, tanto para mesacomo para processamento, aumentando aexigência pela sanidade das uvas. Nessecaso, insetos que danificam as bagas, comoa lagarta-das-fruteiras, Argyrotaenm sphale-ropa (Lepidoptcra: Tortricidac), a traça-dos-cachos, Cryptoblabes gnidielul (Lcpidoptc-ra: Pyralidae), o gorgulho-do-milho, Sito-philus zeamais (Coleoptera: Curculionidae)e as moscas-das-frutas, Anatrepha fratercu-lus e Ceratitis capitata (Diptcra: Tcphriti-dae), além de vespas e abelhas, passam afigurar entre as pragas primárias, por pro-vocarem lesões nos frutos que originam sí-tios de infecção para patógenos causadoresde podridões, como Botrytis e Glomerella,ampliando as perdas nos parrcirais;

4) a elevada mortalidade de plantascausada por doenças raclicularcs, havendoa necessidade de se conhecer melhor a rela-ção entre insetos de solo, com destaque paraa filoxera e a pérola-da-terra, como "pro-motores" de sítios de infecção fúngica aospatógenos dos gêneros Cylindrocarpon, Fu-sarium e Phaeocremonium,

5) as barreiras para a exportação da fru-ta in natura, devido à presença de espéciespragas quarentenárias, como é o caso dealguns tripcs, c/ou ao risco de contamina-ção com resíduos dc inseticidas não regis-trados para o cultivo da videira no Brasil e/ou em fase de exclusão no mereado inter-nacional, quando presentes na uva in natu-

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Pragas da videira - Especial • 3

ra e produtos derivados (sucos e vinhos);6) o efeito colateral da incidência de

pragas no incremento de microtoxinas nosfrutos, como é o caso da ocratoxina A, cujaquantidade presente nos vinhos é motivode restrição para a comercialização em di-versos países importadores;

7) a abundância de espécies de cigarri-nhas das famílias Cercopídae e Cicadelli-dae nos vinhedos do Brasil, podendo facil-mente disseminar doenças de origem bac-teriana, como o Mal de Pierce da Videira,causada por Xile/Úl fastidiosa, e/ou fítoplas-mas, como a "flavescence dorée", impor-tantes patógenos associados à cultura nosEUA e na Europa, respectivamente.

Com base nessas situações verificadascomumente em vinhedos comerciais doBrasil, observa-se que a ocorrência de inse-tos-praga, além de afetar de forma negativaa produção, o homem e o ambiente, peloemprego de insumos de elevada toxicidadepara controle, podem também: a) compro-meter a sustentabilidade do sistema pro-dutivo, por inviabilizar determinada áreapara o cultivo da videira; b) devido à pre-sença de viroses, reduzir a vida útil dos vi-nhedos de forma a torná-los antieconômi-cos: c) após o dano pela alímentação/ovipo-sição nos frutos, reduzir a qualidade do pro-duto, facilitando a ocorrência de podridõesna pré-colheita: d) restringir as exportaçõesbrasileiras de uva e derivados, caso não se-jam obtidos no curto prazo produtos alter-nativos aos inseticidas fosforados para ocontrole de pragas. Esses fatores são aindamaís graves quando a videira é cultivada emsistemas de produção orgânica e/ou inte-grada, que preconizam a ausência de pro-dutos químicos ou a sua racionalização, res-pectivamente, limitando a disponibilidadede meios para o controle das pragas.

Sobre a videira, já foram relatadas apro-ximadamente 160 espécies de insetos quese alimentam da planta, porém poucas atin-gem níveis populacionaís que exijam a ado-ção de medidas de controle. Em determi-nadas regiões, dependendo da localização edo manejo do parreiral, insetos comuns emespécies anuais cultivadas próximo aos vi-nhedos, como o percevejo-da-soja, Nezaraviridula (Herniptera: Pentatomidae), e la-

Hokko do Brasil

Francisco Nemaura P. Haji

gartas e mariposas da família Noctuidae,podem-se alimentar de folhas e/ou frutosda videira, causando prejuízos e exigindoum manejo diferenciado e adequado à rea-lidade local. Além disso, dependendo da es-pécie cultivada, se Vitis vinifera ou V labrus-ca, e do destino da produção (mesa ou pro-cessamento), a suscetibilidade das plantase a exigência por qualidade são diferencia-das, fazendo com que a importância daspragas seja alterada.

esta primeira parte do caderno espe-cial sobre pragas da videira, são apresenta-dos os principais insetos-praga que danifi-cam os frutos da cultura, indicando-se asmedidas de controle que podem ser adota-das pelos produtores. Considerando a vari-abilidade dos agroecossistemas em que a vi-deira é cultivada no Brasil, essas informa-ções devem servir como orientação para ostécnicos e produtores manejarem as pra-gas, adaptando os conceitos gerais à experi-ência local.

Os danos causados por insetos-pragaque atacam os frutos resultam no extrava-samento do suco sobre o qual proliferambactérias causadoras da podridão ácida, re-

duzindo a qualidadedos vinhos, ou de-preciando os cachospara o comércio innatura. Em algumassituações, os produ-tores colhem as uvasantes de estas atin-girem o grau deseja-do. Isso amplia asperdas em termos dequalidade, tantopara vinificação (ne-cessidade de corre-ção com açúcar)como para o comér-cio in natura, em vis-ta da preferência dosconsumidores pelauva doce, com pou-

ca acidez.Outro fator a

ser considerado sãoos ferimentos causa-dos nas bagas, quefavorecem a prolife-ração de fungos (As-pergillus e Penici-llium) responsáveispela presença daocratoxina A nos vi-nhos, reduzindoqualidade destesbem como pondoem risco a saúde dosconsumidores.

Den tre os inse-tos-praga que po-

dem causar danos nos frutos destacam-se:

TRAÇA-DOS-CACHOS DA VIDEIRAA traça-dos-cachos, Cryptoblabes gni-

diella (Milliere, 1864) (Lepidoptera: Pyra-lidae), é um microlepidóptero cujas mari-posas têm aproximadamente 10 mm decomprimento e 22 mm de envergadura,com coloração predominantemente cinza.As lagartas têm coloração escura e, quandocompletamente desenvolvidas, atingem cer-ca de lO mm de comprimento. Possui há-bitos crepusculares e noturnos, mostran-do-se pouco ativa durante o dia. As fêmeascolocam em média 1lO ovos, sendo que aoviposição ocorre à noite, de forma isoladanos pecíolos das folhas e na superfície dosfrutos, com período de incubação de cercade quatro dias. O ciclo biológico (ovo-adul-to) do inseto tem duração média de 37 diasa 25°C, sendo as fases de ovo, lagarta e pupa,de quatro, 26 e sete dias, respectivamente.Os adultos vivem em média sete dias.

A traça-dos-cachos é um inseto polífa-go, atacando, além da videira, o abacate, abanana, os citros e o sorgo em países comoEspanha, Israel e Portugal. No Brasil, o in-seto também é uma importante praga docafeeiro. Na videira, as lagartas alojam-seno interior dos cachos onde comem a cascado engaço e das bagas, causando o mur-chamento e a conseqüente queda das uvas.

O monitoramento da traça pode serrealizado utilizando-se armadilhas conten-do feromônio sexual sintético, para captu-rar os adultos no vinhedo. Em baixas infes-tações, o controle biológico natural da tra-ça-dos-cachos é intenso e impede o aumen-to das populações, principalmente pela açãodos microhimenópteros Brachymeria pseu-doavata, Elachertus sp. e Horismenus sp. Emaltas infestações, o controle biológico natu-ral não é suficiente, sendo necessário nes-tes casos suplementá-lo com a aplicação deinseticidas, procurando atingir o interior doscachos, onde as lagartas ficam abrigadas(Tabela 1).

Os danoscausados porinsetos-pragaque atacam osfrutosresultam noextravasamentodo suco sobre oqual proliferambactériascausadoras dapodridão ácida,

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4 • Especial - Pragas da videira

LAGARTA-DAS-FRUTEIRASA lagarta-das-fruteiras, Argyrotaenia

sphaleropa (Lepídoptera: Tortricidae), é uminseto polífago, sendo os adultos pequenasmariposas (I2 a 18 mm) que possuem há-

bito crepuscular e noturno. A oviposiçãoocorre à noite, com deposição de ovos emmassas irregulares e ligeiramente superpos-tos, sempre em superfícies lisas, principal-mente na face superior das folhas. Cada

TABELA 1Insetiódas registrados para o controle dos insetos praga que danificam os frutos da videira. (Agrofit, 2005)

Inseto Praga Dosagem (arência Oasse(mVIOO LI (dias) toxico-Iógica

Fenthion lebaycid 500 100 21 11Tra~a-dos-cachos (ryp/ob/obes gnióie//o e Fenitrothiom Sumithion 500 150 14 11lagarto-das-fruteiras Argyr%enio spno/eropo Parotiom metil Brovik 600 (E 100 15 I

Triclorfom Diplerex 500 300 7 11

Mosca-dos-frutos - Anostrepno fro/ercu/us e Fenthion leboycid 500 100 21 11(erotitis copitoto. 6orgu/no-rJo-mi/ho Sitophilus Fenitrothion Sumithion 500 150 14 11zeamoys

Tridorfom Dipterex 500 300 7 11

TABELA 2Métodos de monitoramento e níveis de controle para os prinópais pragas da videira

Nível de controleInseto Praga Método de Monitoramento

Traça-dos-camas (ryptoh/Obes gnidie//o Armadilhas delta contendo feromônio sexual sintéticoe lagarto-das-fruteiras Argyrotoenio spho/eropo

Mosca-das-frutosAnostrepho froteraHus

Armadilha McPhail + Proteína Hidrolizada o 5%Reposição do atrativo semanal

Masco-das-frutos(erotifis copitoto

Armadilha JacksanReposição do paraferomônio o rodo 45 dias

Gorgulha-do-milho Sitophi/us zeomoys Imersão de dez comas num balde com águo ealgumas gotas de detergente

Masco-bronco

Adultos: Observar o presença de adultos em uma folhalocalizado entre os posições a~icol e mediano do

ramo, sendo três ramos par ~anta, nos posições apica!,mediano e OOsol.

Ninfos: observar uma folha localizado no metade doramo, sendo três ramos par ~anta, nos posições apica!,

mediano e bosol. Poro auxiliar no visuolização dosninfos e delimitar o área o ser observado, utilizar uma

lupa de bolso com aumento de 10X.Observar o presença de ninfos de mosco-branco em

um cacho por ramo, sendo três ramos par planto, nosposições apico!, mediano e bosol. A amostragem deve

ser semanal

Vespas e abelhas Observação visual dos cornos

TripesFrankliniella occidentalis,

Heliothrips haemorrhoidalis,Refilhrips syriacus e

Selenotripes rubrocintus

Observar o presença de lripes em uma folha apical,uma folha mediano e uma falho basol par ramo,sendo três ramos por ~anta, nos posições apito!,

mediano e bcsolRealizar o botedura de uma inflorescência e/ou como

(mumbinhaJ par ~anta, utilizando um recipiente~ásfico de coloração bronca (30cm x 22cm x 1,Sem),

para efetuar o contagem dos lripes. A amostragemdeve ser semanal. No fose de florescimento o

amostragem deve ser realizado três vezes por semana.

A definir

0,5 Masco/armadilha/dia iscatóxico

1 Masco/armadilha/diapulverização em cobertura

0,5 Mosca/armadilha/dia isca tóxico

1 Masco/armadilha/diapulverização em cobertura

Início do infestação

>=60% de folhas infestadospor adultos;

>40% de folhas infestadospor ninfas;

>= 10% de camas infestadospor ninfas.

Início do infestação

>20% de inflorescência e/oucornos (mumbinhoJ com dois

ou mais tripes;>=20% dos falhos investadas por

fêmea oviposita entre 240 a 270 ovos, ten-do estes uma longevidade média de sete dias.Quando criadas em folhas de videira, o de-senvolvimento do inseto apresenta duraçãodo periodo ovo-adulto de aproximadamente31 dias na temperatura de 26°C, sendo seisdias como ovo, dezenove como lagarta e seiscomo pupa.

O inseto pode se alimentar de brotos,folhas, flores e frutos de um grande núme-ro de espécies de plantas, incluindo árvo-res, arbustos e ervas. As lagartas mostramforte tendência em permanecerem ocultasdurante todo o seu desenvolvimento, escon-dendo-se logo após a eclosão na face inferi-or das folhas de videira. Neste local, cons-troem um abrigo de fios de seda, em formade galeria. A medida que se desenvolvem,dobram a folha onde se encontram, alojan-do-se no seu interior; ou unem duas ou maisfolhas, permanecendo entre elas. Além dasfolhas, as lagartas se alimentam dos cachos,onde danificam o pedúnculo que sustentaa baga, perfurando-o. Lagartas de tamanhomaior se alojam entre as bagas, alimentan-do-se superficialmente das mesmas, sendosua presença evidenciada por filamentos se-dosos e excrementos entre as bagas.

O monitorarnento da lagarta-das-fru-teiras pode ser realizado com armadilhasiscadas com feromônio sexual sintético, paracapturar os adultos nos vinhedos. Até omomento não encontram-se inseticidasregistrados para o controle de A. sphaleropana cultura da videira, sendo que os produ-tores empregam os mesmos recomendadospara a traça-das-cachos.

MOSCAS-DAS-FRUTASA mosca-das-frutas-sul-americana,

Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata(Diptera: Tephritidae), ocorre nos vinhe-dos do Sul do Brasil, apresentando colora-ção amarela e cerca de 8 mm de compri-mento. Os adultos possuem duas manchassombreadas nas asas, uma em forma de S,que vai da base à extremidade da asa, e ou-tra na forma de V invertido, no bordo pos-terior. A fêmea apresenta, no extremo doabdômen, a terebra, que funciona comoaparelho perfurador e ovipositor. Antes deiniciar a reprodução, as fêmeas necessitamamadurecer os ovários. Para isso, alimen-tam-se de substâncias à base de proteínas eaçúcares, encontradas em frutos de goiaba,pêssego, ameixa, uva, pêra, nectarina e ou-tros cultivados ou nativos. O número mé-dio de ovos colocados por fêmea é de 400,sendo depositados aproximadamente 30ovos por dia num período de até 65 dias.Após a ovíposíção, as larvas eclodem em trêsa quatro dias e alimentam-se das bagas dauva. As larvas passam por três instares atéatingirem a fase de pupa, que ocorre no soloe dura de dez a 15 dias, no verão, e de 30 a45 dias no inverno. O período larval, a 25°C,é de aproximadamente duas semanas, po-dendo se prolongar por até 77 dias, depen-dendo das condições ambientais. A cópulaé realizada no quarto ou quinto dia após aemergência do adulto. Após o acasalamen-to e o amadurecimento dos ovários, a fê-

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5Pragas da videira - Especial •

mea fecundada procura o fruto da plantahospedeira, na qual faz postura, continu-ando seu ciclo. O ciclo completo (ovo-adul-to) em condições ideais é de cerca de 30dias, podendo se prolongar por até trêsmeses ou mais. O ciclo biológico dependedo hospedeiro e do período do ano.

No pólo agrícola Petrolina (PE)(Juazei-ro (BA), na região do Submédio do Vale doSão Francisco, a espécie de mosca-das-fru-tas constatada em uva é a Ceratitis capitata,de ocorrência não generalizada.

O adulto de C. capitata mede de 4 a 5mm de comprimento, de 10 a 12 mm deenvergadura, apresenta coloração predomi-nante amarela, tórax preto na face superi-or, com desenhos simétricos e olhos casta-nhos-violáceos. O abdômen é amarelo, comduas listras transversais acinzentadas. Asasas são suavemente rosadas, transparen-tes, com listras amarelas sombreadas. O ovoé alongado, possui coloração branca, medeaproximadamente 1 mm de comprimento,assemelhando-se a uma banana. A posturaé feita nos frutos em estágio de maduraçãomais avançado ("de vez"), podendo umafêmea depositar dez ovos por oviposição ede 300 a mil ovos durante toda a sua vida.A larva é ápoda e, quando desenvolvida,mede aproximadamente 8 mm de compri-mento; possui coloração branca-amarelada,com a extremidade anterior afilada e a pos-terior truncada e arredondada. Quandoperturbada, tem a característica de saltar.Desenvolve-se dentro dos frutos e, quandoprestes a empupar, deixa-se cair no solo. Apupa tem coloração marrom-avermelhada,mede em tomo de 5 mm de comprimentoe tem a forma de um pequeno barril.

As moscas-das-frutas são considera-das as principais pragas da fruticulturabrasileira, contudo, para a videira, a im-portância desses insetos está intimamenterelacionada à cultivar plantada e ao des-tino da produção. Em vinhedos de culti-vares americanas para vinho comum ouconsumo in natura, tipo Niágaras, Isabele Bordô, as moscas-das-frutas normal-mente não são consideradas pragas. Nosvinhedos de cultivares viníferas para vi-nhos finos, também não há muita preo-cupação dos produtores quanto à incidên-cia de mosca-das-frutas, embora os pre-juízos causados ainda necessitem ser maisbem quantificados. Sabe-se que o dano émaior nas cultivares tardias, podendo re-sultar na queda prematura de bagas.

E nos vinhedos de cultivares vinífcraspara consumo in natura, tipo Itália e suasvariantes, que a incidência de mosca-das-frutas toma-se problemática. Nessas culti-vares, os adultos das moscas efetuam a pos-tura nas bagas, e o posterior desenvolvimen-to das larvas acarreta o apodrecimento dasmesmas. Outro agravante do ataque demosca-das-frutas é a depreciação comerci-al dos cachos, pela presença de bagascom galerias produzidas pelas larvas napolpa, as quais são visíveis através dapelícula. As moscas-das-frutas tambémsão pragas quarentenárias que limitama exportação de frutos.

O monitoramento dos adultos de A.fraterculus é realizado com armadilhasMcPhail que contenham como atrativo ali-mentar proteína hidrolisada a 5%. As ins-peções e a substituição do atrativo devemser semanais. Como essa praga normalmen-te vem de fora do parreiral, recomendam-se instalar as armadilhas na periferia do vi-nhedo, em número de quatro por ha. Ou-tro atrativo que pode ser empregado é a le-vedura torula, utilizando-se quatro pasti-lhas por litro deágua.

Para o monito-ramento de C. Ca-pitata, utilizam-searmadilhas do tipoJackson e, comoatrativo, o parafero-mônio trimedlure.As inspeções sãoquinzenais, e asubstituição do tri-medlure, a cada 45dias.

Para o controledas moscas-das-frutas, utiliza-secomo nível de con-trole ou de ação oíndice MAD = M/(A x D), onde M = Número de moscascapturadas, A = Número de armadilhas eD = Número de dias de exposição das ar-madilhas.

A partir daconstatação do MAD = 0,5,deve-se fazer aplicação de isca tóxica em25% da área do parreiral e repeti-Ia, sema-nalmente, ou logo após uma chuva. A iscatóxica é formulada com proteína hídrolísa-da a 5%, ou melaço a 7%, adicionando-seum inseticida fosforado na dose comercial.Quando a população atingir o MAD = 1,realizar pulverizações com inseticidas emcobertura total (Tabela 1).

Além do controle quimico, são usadasoutras medidas culturais, como: podas deraleio ou aeração, eliminação de hospedei-ros alternativos, colheita e eliminação dosfrutos maduros - principalmente os tem-porões-, catação e enterrio dos frutos caí-dos no solo; medidas legislativas com ado-ção do certificado fitossanitário de origem(CFO), barreirasfitossanitárias e tratamen-to a frio em pós-colheita.

lhas. As abelhas acabam afugentando asvespas da baga rompida, levando-as a rom-per outra baga em seguida, até secar todo ocacho. As principais vespas e abelhas queatacam a videira são Synoeca syanea, Polis-tes spp., Polybia spp., Apis mellifera e Trigo-na spinipes.

O ataque de vespas e abelhas aos ca-chos de uva deve-se à falta de alimento (flo-radas) no período de maturação da uva.Esses insetos preferem néctar a qualquer

E. Hickel

Mosca-das-frutas, com destaquepara o ovopositor na fêmea

exudato adocicado, sendo flores e não fru-tos a sua principal fonte de alimento. A fal-ta de floradas está associada à ausência dematas nativas próximas aos parreirais, queforneceriam flores durante o período dematuração da videira. Outra situação co-mum é a falta de planejamento dos apicul-tores, que muitas vezes superpovoam asáreas próximas aos vinhedos com abelhas.

Assim, o plantio, em áreas marginaisaos vinhedos, de plantas que florescem nomesmo período de maturação da videirapode contribuir para atenuar o problema.

As matas próximas aos parreirais de-vem ser reflorestadas com espécies comoeucalipto, angico, canela lageana e sassafrás,louro, pau-marfim, cambuim, maricá, fe-degoso, carne-de-vaca, palmeiras e butiás,ampliando a fonte de alimento para as ves-pas e abelhas. Também pode ser fornecidoalimento artificial às abelhas em comedou-ros coletivos.

Outra medida para evitar o ataque devespas e abelhas, viável apenas em peque-nos parreirais, consiste em ensacar os ca-chos de uva próximos à colheita. A destrui-ção dos ninhos de vespas e abelhas deve serencarada com muito critério, pois estes in-setos são valiosos auxiliares na predação depragas e polinização de culturas.

O emprego de repelentes para evitar oataque de vespas e abelhas na uva tem seconstituído numa nova opção de manejo.Extratos pirolenhosos, em associação ou não

Extratospirolenhosos, emassociação ounão comfungicidas à basede mancozeb,aplicados a cadacinco ou setedias nos cachos,têmproporcionadouma reduçãosignificativa donúmero de bagasdanificadas porvespas e abelhas

VESPAS E ABELHASVespas e abelhas são insetos benéficos

ao homem, porém, com a escassez de ali-mentos durante o verão, acabam indo bus-cá-los nos cachos de uva em maturação. Asvespas ou marimbondos possuem mandí-bulas bem desenvolvidas e rompem a pelí-cula das bagas para sugar o suco que, aoextravasar, atrai grande quantidade de abe-

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6 • Especial - Pragas da videira

Caderno Técnico:

Pragas da Videira

Foto de Capa:

Bob NicholsCircula encartado

na revista CultivarHortaliças e Frutas nº 34

Outubro/Novembro 2005

Reirnpressóes podem ser

solicitadas através do

telefone:(53) 3028.2066

W\\W.grupocultivar.com

com fungicidas à base de mancozeb, apli-cados a cada cinco ou sete dias nos cachos,têm proporcionado uma redução significa-tiva do número de bagas danificadas porvespas e abelhas.

GORGULHO-DO-MILHOO gorgulho-do-milho, Suophiius zea-

mays (Coleoptera: Curculionidae), é umapraga cosmopolita, característica de produ-tos armazenados, porém, tem sido relatadacom freqüência em ataques a fruteiras tem-peradas, com destaque para o pessegueiro,na região de Pelotas (RS), e a macieira, naregião de Fraiburgo (SC). a cultura davideira, foi observado na região da SerraGaúcha (RS) e no Alto Valedo Rio do Pei-xe, em Se. Viticultores paranaenses tam-bém relataram a presença do inseto em seusparreirais.

Os adultos sãogorgulhos de 2 a 3,5 mmde comprimento, de coloração castanho-escura, com manchas mais claras nos éli-tros (asas anteriores), visíveis logo após aemergência. Têm a cabeça projetada à fren-te, na forma de rostro curvado.

O gorgulho-do-miJho apresenta eleva-do potencial biótico, realizando a posturanos grãos armazenados, onde completa odesenvolvimento larval e a fasede pupa. Asfêmeas podem viver até 140 dias, sendo operíodo de oviposição de 104 dias, e o nú-mero médio de ovos/fêrnca, 282. O perío-do de incubação oscila entre três e seisdias,sendo que o ciclo biológico de ovo até aemergência de adultos é de 34 dias.

A grande multiplicação do gorgu-lho ocorre nos paióis existentes nas pro-priedades rurais que não recebem tra-tamento adequado à supressão do in-seto, principalmente no milho armaze-nado. A ocorrência do gorgulho-do-milho na uva é próxima à colheita, nafase de maturação dos frutos, quandosupostamente ocorre o deslocamentodas populações dos paióis para as lavou-ras de milho no campo. Em busca derefúgios, os gorgulhos adentram os ca-chos e neles passam a buscar alimentonas bagas. Normalmente as uvas tintasde cacho compacto tipo Cabernet Sau-vignon são mais atacadas.

Ao perfurarem as bagas, os gorgulhospropiciam pontos de início de podridãoácida, que deprecia a qualidade da uva edos vinhos, além de prejudicar os frutospara comércio in natura. Não existem in-seticidas registrados para o controle doinseto nos parreirais, embora alguns in-seticidas fosforados tenham efeito sobrea praga (Tabela 1). Entretanto, os maio-res esforços de manejo devem ser direcí-onados aos paióis de armazenagem domilho, principalmente aqueles localizadospróximos aos vinhedos.

TRIPESOs tripes, Frank1iniella occidentalis, He-

liothrips haemormoidalis, Retithrips syriacus,Selenothripes rubrocintus (Thysanoptera:Thripidae), são pequenos insetos, cujos in-divíduos adultos medem de 0,5 mm a 1,5mm de comprimento. Possuem corpo alon-gado, asas franjadas e aparelho bucal pica-dor sugador. Quase todos são fitófagos, su-gadores de seiva, mas podem atuar comopredadores, polinizadores dou fungívoros.

A reprodução é geralmente sexuada,podendo ocorrer por partenogênese. Osmachos são, via de regra, menores do queas fêmeas. A postura dos tripes fitófagos éendofítíca. Dos ovos, eclodem ninfas (doisinstares ativos),que se transformam em dois(Terebrantia) ou três (Tubulifera) instarespupais relativamente inativos, de ondeemergirão os adultos.

Embora faltem estudos sistemáticosnas diferentes regiões produtoras, as espé-cies de tripes mais comuns na cultura davideira são Frankliniella occidentalis, Heli-othrips haemorrhoidalis, Retithrips syriacuse Selenotripes rubrocintus. Os tripes são su-gadores de seiva, atacando sempre as par-tes aéreas da planta (folhas, flores, frutos),além de realizarem as posturas dentro dostecidos vegetais.

O dano casusado pelos tripes é maisimportante em uvas de mesa, sendo signi-ficativo quando ocorre nas fases de flora-ção e grão chumbinho. Os insetos raspama epiderme das bagas em formação, acar-retando, posteriormente, cicatrizes do tipocortiça, que depreciam comercialmente oscachos. O dano causado pela oviposiçãonos frutos logo após a floração é conheci-do como mancha aureolada.

A amostragem de tripes na inflorescên-cia dou em cachos da videira é feíta baten-do-se as inflorescências dou cachos sobreuma superfície branca (papel ou bandejaplástica)para avaliaçãoda população. Comomedidas de controle recomendam-se elimí-nar plantas hospedeiras no interior do par-reiral e empregar o controle químico quan-do o nível de controle for atingido.

MOSCA-BRANCAOs adultos de Bemisia argentifollii

(Hemiptera: Aleyrodídae) são de corbranca, apresentam dois pares de asasmembranosas e alimentam-se sugando aseiva da planta. Medem, aproximada-mente I a 2 mm de comprimento, sendoas fêmeas maiores que os machos. Os ovossão colocados isoladamente na face infe-rior das folhas, possuindo coloração ama-rela e formato de pêra, sendo presos porum pedúnculo curto. As ninfas são trans-lúcidas e apresentam coloração amarelaa amarela-clara. o primeiro instar, apósa eclosão, as ninfas se locomovem sobre a

folha e depois se fixam, geralmente, naface inferior, onde permanecem até aemergência do adulto, sempre sugando aseiva. A emergência do adulto é precedi-da por uma fase chamada "pupáno" (exú-via do último instar da ninfa), que podeser ou não recoberta por uma substânciapulverulenta, que flui através de umaruptura em forma de T, na região ântero-dorsal do "pupáno".

os parreirais, a colonização da mos-ca-branca tem sido muito intensa nasplantas daninhas. Na videira, a substân-cia açucarada expelida por esses insetosdurante a alimentação favorece o desen-volvimento de um fungo de coloraçãoescura, denominado comumente fuma-gina, sobre folhas e frutos. A ocorrênciadesse fungo resulta em redução do pro-cesso fotossintético da planta, além dealterar a qualidade dos frutos.

Para o controle da mosca-branca, re-comendam-se eliminar os hospedeirosalternativos do inseto localizados próxi-mos ao parreira!. Dentro do parreiral, re-alizar, periodicamente, a roçada dasplantas silvestres ou espontâneas, de pre-ferência em fileiras alternadas, de modoque sempre haja plantas novas paramanter a praga, evitando que ela se des-loque para a videira.

O uso de detergente líquido, neutro,aplicado a 0,6%, com intervalo de quatroa cinco dias, tem apresentado um bomresultado para reduzir a infestação da pra-ga. Para o controle dessa praga na cultu-ra da uva, não há produtos regístrados.

CONSIDERAÇÕES FINAISDentre os métodos de controle dos

insetos que danificam os frutos da videi-ra, na prática, os controles cultural e quí-mico têm sido os mais empregados. Noúltimo caso, embora existam inseticidasregístrados no Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) parao controle de insetos na cultura da videi-ra, estes se restringem aos fosforados.

Para a implementação de um progra-ma de manejo integrado de pragas, den-tro da filosofia de sistemas sustentáveis deprodução, como o integrado e o orgânico,adequados às normas nacionais e interna-cionais, é fundamental que sejam dispo-nibílízadas novas ferramentas de contro-le, incluindo estratégias para a racionali-zação/substituição de insumos, tanto quí-micos, de menor toxicidade e sem impac-to ambiental, como biológicos e feromô-nios, que necessitam urgentemente ser re-gistrados para pragas da videira. ~

Marcos Botton,Embrapa Uva e VinhoFancisca N. Pedrosa Haji,Embrapa Semi-ÁridoEduardo Rodrigues Hickel,EpagriSaulo de Jesus Soria,Embrapa Uva e Vinho