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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela Associação “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos pontuais e inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 67 Ano VI - Junho 2013 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê A saúde x médicos cubanos Pág.: 03 Noites de Domingo Pág.: 04 Política e Cidadania Pág.: 05 Constitucionalmente iguais Pág.: 06 Contos e Papos Sérios Pág.: 07 Comunismo e Politicagem Pág.: 14 Violência “di menor” Pág.: 13 O Senhor Boato Pág.: 12 Sem medo de ser verdadeiro Pág.: 11 Os tablets chegaram Pág.: 10 E agora José? Pág.: 09 Série A Cerca Pág.: 08 Lusofonia - 10 de Junho Pág.: 16 Adolescentes e Jovens Pág.: 15 Datas importantes MAIO 01 - Dia da Imprensa 05 - Dia Internacional do Meio Ambiente 07 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas 1494 08 - Dia Mundial dos Oceanos 09 - Dia de Anchieta 10 - Dia de Camões e Dia de Portugal 11 - Dia da Marinha Brasileira 12 - Dia dos Namorados 13 - Criação do Estado Brasileiro do Maranhão 14 - Morte de Afonso Pena (14º.Pres. do Brasil) 15 - Dia do Professor de Educação Física 17 - Dia do Combate à Desertificação 18 - Dia do Químico 19 - Dia Nacional do Cinema 20 - Dia do Migrante Dia Mundial dos Refugiados 21 - Inicio do Inverno (Solstício de Inverno) Morte de Leonel Brizola 23 - Dia do Intelectual 24 - Dia de São João 25 - Dia da independência de Moçambique 26 - Fundação da ONU 28 - Nascimento de Itamar Franco em 1930 29 - Dia de São Pedro e de São Paulo 30 - Morte de Chico Xavier Agora a Gazeta Valeparaibana está online, trazendo diariamente todas as notícias relevantes nas áreas da Educação, Cultura, Meio Ambiente e Sustentabilidade Social Confira! www.gazetavaleparaibana.com 5 de junho foi a data escolhida para celebrar anualmente o Dia Mundial do Meio Ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambi- ente começou a ser comemorado em 1972 com o objetivo de promover atividades de proteção e preservação do meio ambi- ente e alertar o público mundial e governos de cada país para os perigos de negligenciarmos a tarefa de cuidar do meio am- biente. Foi em Estocolmo, no dia 5 de junho de 1972, que teve início a primeira das Conferências das Nações Unidas sobre o ambi- ente humano (durou até dia 16) e por esse motivo foi a data escolhida como Dia Mundial do Meio Ambiente. Todos os anos, as Nações Unidas dão um tema diferente ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Os temas para o Dia Mundial do Meio Ambiente são uma maneira de dar idéias para ativida- des de conscientização das populações e de proteção do meio ambiente. O tema para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2013 é: "Pense - Coma - Poupe" 01 DE JUNHO - DIA DA IMPRENSA Até o século XV não existia o que hoje chamamos de impren- sa. Um alemão, João Gutemberg, foi o inventor do processo de impressão com tipos móveis, e desse aperfeiçoamento nas- ceu a verdadeira imprensa, que tem sido sempre mais aperfei- çoada até os nossos dias. Foi D. João VI quem criou a imprensa no Brasil, quando, a 13 de maio de 1808, decretou a instalação da imprensa Régia no país. O primeiro jornal diário brasileiro, o "Diário do Rio de Janeiro", aparecido a 1° de de junho de 1821, foi fundado por Zeferino Vitor Meireles, que trabalhava na imprensa Régia e onde por concessão especial do Príncipe Regente, imprimiu os primei- ros números do seu jornal. A imprensa é um dos esteios da Ordem, da Democracia e do Progresso. Por seu intermédio, ou através dela se propagam as boas e generosas causas, se difundem conhecimentos e advogam e pregam princípios e idéias.

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Cidadania e

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela Associação “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos pontuais e inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 67 Ano VI - Junho 2013 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

A saúde x médicos cubanos Pág.: 03

Noites de Domingo Pág.: 04

Política e Cidadania Pág.: 05

Constitucionalmente iguais Pág.: 06

Contos e Papos Sérios Pág.: 07

Comunismo e Politicagem Pág.: 14

Violência “di menor” Pág.: 13

O Senhor Boato Pág.: 12

Sem medo de ser verdadeiro Pág.: 11

Os tablets chegaram Pág.: 10

E agora José? Pág.: 09

Série A Cerca Pág.: 08

Lusofonia - 10 de Junho Pág.: 16

Adolescentes e Jovens Pág.: 15

Datas importantes MAIO

01 - Dia da Imprensa 05 - Dia Internacional do Meio Ambiente 07 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas 1494 08 - Dia Mundial dos Oceanos 09 - Dia de Anchieta 10 - Dia de Camões e Dia de Portugal 11 - Dia da Marinha Brasileira 12 - Dia dos Namorados 13 - Criação do Estado Brasileiro do Maranhão 14 - Morte de Afonso Pena (14º.Pres. do Brasil) 15 - Dia do Professor de Educação Física 17 - Dia do Combate à Desertificação 18 - Dia do Químico 19 - Dia Nacional do Cinema 20 - Dia do Migrante Dia Mundial dos Refugiados 21 - Inicio do Inverno (Solstício de Inverno) Morte de Leonel Brizola 23 - Dia do Intelectual 24 - Dia de São João 25 - Dia da independência de Moçambique 26 - Fundação da ONU 28 - Nascimento de Itamar Franco em 1930 29 - Dia de São Pedro e de São Paulo 30 - Morte de Chico Xavier

Agora a Gazeta Valeparaibana está online, trazendo diariamente todas as

notícias relevantes nas áreas da Educação, Cultura, Meio Ambiente e

Sustentabilidade Social Confira!

www.gazetavaleparaibana.com

5 de junho foi a data escolhida para celebrar anualmente o Dia Mundial do Meio Ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambi-ente começou a ser comemorado em 1972 com o objetivo de promover atividades de proteção e preservação do meio ambi-ente e alertar o público mundial e governos de cada país para os perigos de negligenciarmos a tarefa de cuidar do meio am-biente. Foi em Estocolmo, no dia 5 de junho de 1972, que teve início a primeira das Conferências das Nações Unidas sobre o ambi-ente humano (durou até dia 16) e por esse motivo foi a data escolhida como Dia Mundial do Meio Ambiente. Todos os anos, as Nações Unidas dão um tema diferente ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Os temas para o Dia Mundial do Meio Ambiente são uma maneira de dar idéias para ativida-des de conscientização das populações e de proteção do meio ambiente.

O tema para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2013 é: "Pense - Coma - Poupe"

01 DE JUNHO - DIA DA IMPRENSA

Até o século XV não existia o que hoje chamamos de impren-sa. Um alemão, João Gutemberg, foi o inventor do processo de impressão com tipos móveis, e desse aperfeiçoamento nas-ceu a verdadeira imprensa, que tem sido sempre mais aperfei-çoada até os nossos dias. Foi D. João VI quem criou a imprensa no Brasil, quando, a 13 de maio de 1808, decretou a instalação da imprensa Régia no país. O primeiro jornal diário brasileiro, o "Diário do Rio de Janeiro", aparecido a 1° de de junho de 1821, foi fundado por Zeferino Vitor Meireles, que trabalhava na imprensa Régia e onde por concessão especial do Príncipe Regente, imprimiu os primei-ros números do seu jornal. A imprensa é um dos esteios da Ordem, da Democracia e do Progresso. Por seu intermédio, ou através dela se propagam as boas e generosas causas, se difundem conhecimentos e advogam e pregam princípios e idéias.

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 02

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e

visa a atender à Cidade de São Paulo e suas Regiões Metropolitanas.

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê e ABC Paulista. Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Revisão de textos

Veículo divulgador da Associação

“Formiguinhas do Vale”

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente

mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Editorial

Rádio web

CULTURAonline Brasil

NOVOS HORÁRIOS e NOVOS PROGRAMAS

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós ! A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Professor , Família e Sociedade. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, onde a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre. Mas com responsabilidade!

Acessível no links: www.culturaonlinebr.org

Crônica

Para quem já passou dos sessenta Que presente se poderia dar a uma geração que viveu tantos conflitos no último século?

Relembrar esses anos não deve ser uma recordação melancólica e sim uma experiência Libertadora.

No inicio do século acompanhamos e outros participaram de uma guerra que deixou marcas profundas na nossa geração. Ainda antes da meta-de do século passado, explodiu a Segunda Guerra Mundial que abalou e mudou o mundo, além de outros menores conflitos, mas, cuja tônica sempre foi a mesma: a ganância, o desejo de poder, a opressão, o or-gulho, a vaidade.

Assistimos a revoluções sociais, políticas, religiosas. Passamos por dita-duras, fomos oprimidos e muitos de nós perseguidos por acreditarmos que um mundo melhor seria possível. Presenciamos e outros foram pro-tagonistas de avanços e descobertas em todas as áreas, tecnológicas, ciência, etc..

Fomos e ainda estamos sendo sacudidos por abalos políticos, sociais, economicos e religiosos. Participamos, uns ativamente e outros como espectadores de diversos movimentos sociais no decorrer de nossas vidas tais como: Juventude transviada, Jovem Guarda, Caras Pintadas e por ai vai...

Sim, o mundo mudou da água para o vinho e com toda a certeza, a vida de cada um de nós. Somos hoje responsáveis por nossos atos e, com toda a certeza, não chegamos a esta idade por nada. Se por aqui ainda estamos é para propiciarmos uma nova revolução, uma revolução pela paz, pela felicidade e pelo bem estar social. A luta agora terá de ser par-ticular, cada um de nós se libertando das correntes e das amarras que nos escravizaram, retirando a armadura que nos enclausurou nos senti-mentos.

Chega de dor, chega de sofrimento, por nada e para nada. Agora, va-mos ter que aprender a ser adultos coerentes, idosos afetivos e velhi-nhos capazes. Temos que descobrir uma nova forma de viver e de ser útil à sociedade através da democratização do conhecimento, seja atra-vés de uma maior atuação em família seja através de ações de volunta-riado junto à sociedade.

Temos também que lutar pela nossa independência, pelas nossas con-vicções, pelos nossos princípios e valores, recusando-nos à manipula-ção. E é aqui que nos devemos perguntar:

Que velho eu quero ser?

Com qual idade eu quero partir?

Como eu quero a minha vida a partir de agora?

Particularmente, eu, quero viver muito e ser e fazer os outros felizes, trabalhar até ao ultimo dia de minha vida, não mais em prol de meus interesses pessoais e sim em prol da sociedade como um todo. Recom-pensar por tudo o que ela mesma me deu. Conhecimento, saúde e esta-bilidade. Quero partir e deixar saudade e não somente ser mais um na passagem.

Quero mais, quero morrer como as grandes árvores. De pé!

Filipe de Sousa FENAI 1142/09-J

AUSÊNCIA DE IDEIAS Já percebeu o vazio que se instala nas relações entre as pessoas quando entram em elevadores, táxis, filas, velórios e demais situações? Imagine escrever dentro desse quadro de ausência de ideias... Atualmente, as redes sociais têm contribuído muito para que isso aconteça. Levam as pessoas à brevidade e ao instantâneo, diminuindo, inconscientemente, a busca por coisas mais profundas e fundamentadas, levando ao desejo por tudo o que for conci-so. Se um “tuiteiro” escrever além de certo número de caracteres é capaz de “pirar” e, em circunstâncias que exigir dele um texto com vocabulário mais extenso, o cérebro pode sentir-se bloqueado. A falta de leitura gera esse interesse por informação e não por conhecimento o que faz aumentar, cada vez mais, o número de adeptos tornando, a ignorância, natural-mente democrática. Escrever sobre o que se conhece ou vivência, sai bem melhor quando se lê muito, observa-se tudo a volta, mesmo o que considerar mais banal. Muitas vezes,as melho-res crônicas saem dessas insistentes observações. Ter sempre uma boa frase, pensar sobre o que se vê e ouve, rever coisas já escritas para saber o que mudou em você ou no mundo pode ser uma boa técnica para apren-der, prender, marcar uma escrita,provocar emoções e reflexões. Os que se dedicam a escrever, geralmente estão ligados a uma formação, artes e técnicas. Nem sempre apenas a inspiração basta, pois jornalistas devem ter bom ní-vel de conhecimentos gerais, os cronistas precisam de atenção e cuidados para não sofrer preconceitos quando escrevem e os contistas relatam estórias mas que nem sempre têm a resposta do leitor e para isso, precisam usar de técnicas além da criati-vidade para conquistar seu público. Sem falar nos poetas que criam e colocam à tona sua alma e mesmo com belas pala-vras, não conseguem atingir aquele que lê pouco e, consequentemente, nem saberão interpretar. Essas leituras - crônicas, contos, postagens eletrônicas - “primos pobres” da literatura - adquiriram força pela velocidade e falta de tempo das pessoas,“dessa forma”, as pessoas leem apenas um pouco. Uma opção seria os jornais, escritores, as conversas, revistas, postagens terem ênfa-se e continuidade na parte literária, estórias com conteúdos interessantes e matérias que não tivessem que concorrer com a banalidade da internet e da televisão.Afinal, seria bem melhor, ser lido por todas as castas do que escrever somente para um de-terminado público ou tema. O escritor é cobrado pela coerência do que escreve e sua conduta e, mesmo com prazer, muitas vezes o faz em qualquer lugar, no meio das pessoas e quase sempre rápido como se estivesse numa redação o que não lhe permite estar sempre num lu-gar de inspiração. Anda sempre com anotações para o caso de não lembrar-se de alguma coisa e escreve mentalmente o que ajuda a montar sua obra mas, o principal, além de sua criatividade e inspiração, sempre será o conhecimento adquirido com muita leitura. Depois de escrever, escrever e escrever - feita sua obra - entrega ao mundo o que será uma amostra do que aprendeu, do que leu, de sua imaginação e de sua alma - retrato de sua vida, de seu caráter...

Genha Auga MTB: 15.320

IMPORTANTE

Todas as matérias, reportagens, fotos e

demais conteúdos são de inteira respon-

sabilidade dos colaboradores que

assinam as matérias, podendo seus

conteúdos não corresponderem à

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 03

Nossa saúde x Políticas Públicas

Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional.

São raros porque infelizmente não dão IBOPE e a mídia convencional busca imagem e IBOPE, pois so-

mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

EDUCAR Uma janela para o mundo

Nosso programa no ar todas as Quintas, das 20h às 22h e, o ou-vinte poderá interagir com suas

sugestões, críticas ou questionamentos.

CULTURAonline BRASIL Apresentado pelo

Prof. António Carlos Vieira CONHEÇA TODA A NOSSA

PROGRAMAÇÃO Acesse e ajude a Educação

no Brasil www.culturaonlinebr.org

Médicos cubanos no Brasil?

Por: Frei Betto, no sítio da Adital: O Conselho Federal de Medicina (CFM) está indignado frente ao anún-cio da presidente Dilma de que o go-verno trará 6.000 médicos de Cuba, e outros tantos de Portugal e Espanha, para atuarem em municípios carentes de profissionais da saúde.

Por que aqui a grita se restringe aos médicos cubanos? Detalhe: 40% dos médicos do Reino Unido são estrangeiros.

Também em Portugal e Espanha há, como em qualquer país, médicos de nível técnico sofrível. A Espanha dis-põe do 7º melhor sistema de saúde do mundo, e Portugal, o 12º. Em terras lusitanas, 10% dos médicos são es-trangeiros, inclusive cubanos, importa-dos desde 2009. Submetidos a exa-mes, a maioria obteve aprovação, o que levou o governo português a re-novar a parceria em 2012.

Ninguém é contra o CFM submeter médicos cubanos a exames (Revalida), como deve ocorrer com os brasileiros, muitos formados por facul-dades particulares que funcionam co-mo verdadeiras máquinas de caça-níqueis.

O CFM reclama da suposta validação automática dos diplomas dos médicos cubanos. Em nenhum momento isso foi defendido pelo governo. O ministro Padilha, da Saúde, deixou claro que pretende seguir critérios de qualidade e responsabilidade profissionais.

A opinião do CFM importa menos que a dos habitantes do interior e das peri-ferias de nosso país que tanto neces-sitam de cuidados médicos. Estudos do próprio CFM, em parceria com o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, sobre a "demografia médi-ca no Brasil”, demonstram que, em 2011, o Brasil dispunha de 1,8 médico para cada 1.000 habitantes.

Temos de esperar até 2021 para que o índice chegue a 2,5/1.000. Segundo projeções, só em 2050 teremos 4,3/1.000. Hoje, Cuba dispõe de 6,4 médicos por cada 1.000 habitantes. Em 2005, a Argentina contava com mais de 3/1.000, índice que o Brasil só alcançará em 2031.

Dos 372 mil médicos registrados no Brasil em 2011, 209 mil se concentra-vam nas regiões Sul e Sudeste, e pouco mais de 15 mil na região Norte.

O governo federal se empenha em melhorar essa distribuição de profis-sionais da saúde através do Provab (Programa de Valorização do Profis-

sional de Atenção Básica), oferecendo salário inicial de R$ 8 mil e pontos de progressão na carreira, para incentivá-los a prestar serviços de atenção pri-mária à população de 1.407 municí-pios brasileiros. Mais de 4 mil médicos já aderiram.

O senador Cristovam Buarque propõe que médicos formados em universida-des públicas, pagas com o seu, o meu, o nosso dinheiro, trabalhem dois anos em áreas carentes para que seus registros profissionais sejam re-conhecidos.

Se a medicina cubana é de má quali-dade, como se explica a saúde daque-la população apresentar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), índices bem melhores que os do Brasil e comparáveis aos dos EUA?

O Brasil, antes de reclamar de medi-das que beneficiam a população mais pobre, deveria se olhar no espelho. No ranking da OMS (dados de 2011), o melhor sistema de saúde do mundo é o da França. Os EUA ocupam o 37º lugar. Cuba, o 39º. O Brasil, o 125º lugar.

Se não chegam médicos cubanos, o que dizer à população desassistida de nossas periferias e do interior? Que suporte as dores? Que morra de enfermidades facilmen-te tratáveis? Que peça a Deus o milagre da cura?

Cuba, especialista em medicina pre-ventiva, exporta médicos para 70 paí-ses. Graças a essa solidariedade, a população do Haiti teve amenizado o sofrimento causado pelo terremoto de

2010. Enquanto o Brasil enviou tro-pas, Cuba remeteu médicos treinados para atuar em condições precárias e situações de emergência.

Médico cubano não virá para o Brasil para emitir laudos de ressonância magnética ou atuar em medicina nu-clear. Virá tratar de verminose e malá-ria, diarréia e desidratação, reduzindo as mortalidades infantil e materna, aplicando vacinas, ensinando medidas preventivas, como cuidados de higie-ne.

O prestigioso New England Journal of Medicine, na edição de 24 de janeiro deste ano, elogiou a medicina cubana, que alcança as maiores taxas de vaci-nação do mundo, "porque o sistema não foi projetado para a escolha do consumidor ou iniciativas individuais”. Em outras palavras, não é o mercado que manda, é o direito do cidadão.

Por que o CFM nunca reclamou do excelente serviço prestado no Brasil pela Pastoral da Criança, embora ela disponha de poucos recursos e impro-vise a formação de mães que aten-dem à infância? A resposta é simples: é bom para uma medicina cada vez mais mercantilizada, voltada mais ao lucro que à saúde, contar com o traba-lho altruísta da Pastoral da Criança. O temor é encarar a competência de médicos estrangeiros.

Quem dera que, um dia, o Brasil pos-sa expor em suas cidades este outdo-or que vi nas ruas de Havana: "A ca-da ano, 80 mil crianças do mundo morrem de doenças facilmente tra-táveis. Nenhuma delas é cubana”.

CULTURAonline BRASIL

"OS MÉDICOS ACUSAM A NATUREZA, OS

ENFERMOS AOS MÉDICOS."

(MARQUÊS DE MARICÁ)

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 04

SEM MEDO DE SER VERDADEIRO II

Os conceitos sociais, o estagnar de civiliza-ções e o medo de contestar normas e religi-ões convencionais: Uma Educação mal dirigida tanto no Ensino Fundamental, como no seio da própria família, no encaminhar dos primeiros pensamentos, tem invertido valores, reprimindo e valorizando con-ceitos, tais como a autovalorização em prol de uma aparente fraternidade que ilude e transfere para um todo as responsabilidades individuais de cada um. Refiro-me ao conceito de “Viver em Sociedade” e, suas normas elementares do bem viver e do bom convívio, entre humanos, segundo o esta-belecido pelas filosofias religiosas convencio-nais. Fomos educados que é “feio pensarmos em nós mesmos e bonito tudo fazer em prol de nosso próximo”, levando-nos a crer que a forma corre-ta de vida em sociedade é tudo pelos outros e nada por nós, ou perto disso. Uma forma bem convincente e cômoda de chamar a piedade pa-ra nós e, assim, como vítimas atrairmos as bem aventuranças da preguiça e do Lazer, bem mais fáceis de levar, que o trabalho e a perseverança de chegarmos a uma realização social plena, ou por falta de oportunidades fáceis ou por falta de vontade ou ambição. Politicamente é mais correto concordar do que discordar e muito difícil arregimentar valores pa-ra uma causa, abraçando o seguimento filosófi-co mais simpático, não contradizendo nem con-testando valores desde há muito arraigados no conceito humano. Mas, mantendo a indepen-dência filosófica e política que são a minha prá-tica, me sinto suficientemente à vontade de con-testar afirmações com as quais não concordo por as mesmas já se terem mostrado obsoletas e sem valores, na construção da nossa socieda-de. Por isso a necessidade de irmos buscar no-vos motivos e formas, além de novos conceitos, para recomeçar. O ser bonito o conceito “antes de nós primeiro os outros”, na realidade ele só existiu na forma de conceito dado que em sociedade ele não é utilizado. Esse conceito é muito usado como for-ma de autocorreção em discursos oportunistas de falsos profetas sociais, pois a grande maiori-a, nem mesmo eles o praticam. Como principio e sendo avaliado como uma po-ética desenvoltura filosófica é um princípio mui-to bonito de se apresentarem intenções mas, contestável como forma de progresso do indivi-duo no seu seio familiar ou até mesmo na sua vida social, como fator ativo e indispensável na construção de um país.

Na sociedade que hora se nos apresenta o que se vê à a dificuldade dia a dia maior do cidadão, em resolver os seus próprios problemas. Em contrapartida e, paradoxalmente é muito apa-rente a preocupação em solucionar e resolver o problema dos outros, complicando-se ainda mais o problema, em virtude de perderem muito tempo com preocupações que visam o proble-ma dos outros, se esquecendo dos seus. Como insistentemente falo em meu programa Dominical “Noites de Domingo” nós fomos re-primidos desde que nos conhecemos por gente e, entupidos com conceitos e preconceitos que hoje nos direcionam. Reparemos que o que “não devemos fazer” sempre nos foi apresentado em maior numero de situações que o que “devemos fazer”. Disseram-nos que era bom sempre colocarmos o outro em primeiro lugar. Mas, o que ninguém fez questão de nos ensinar e muito menos de nos dizer insistentemente é que ao nos desvalo-rizarmos e ao nos passarmos para segundo pla-no de importância societária, não teríamos co-mo nos prover de tempo para nos intelectuali-zarmos, nos educarmos ou nos provirmos de meios que nos dessem condições de ajudar al-guém ou de sermos úteis de verdade a socieda-de e, assim, e também por consequência ao nosso País. Desta forma, no final de nossa vidas, ao anali-sarmos a nossa passagem por aqui, a grande maioria das pessoas se revolta, ao pensar e constatar que levou a maior parte dos seus dias se dedicando-se aos outros e, agora, velho, ca-rente e desfalcado de valores financeiros sufici-entes para se prover e se bastar a si mesmo, ver e comprovar que a realidade é bem diferen-te e, que agora, essa mesma sociedade lhe ne-ga um pouco do muito que sempre lhe deu. Posso afirmar então que a recíproca “antes de nós primeiro os outros” não se apresentará ver-dadeira e concreta nessa altura do campeonato. Ai, a cobrança transforma o relacionamento em tortura. Claro que a essa altura do campeonato estaremos conscientes de que fizemos das nos-sa vidas uma total doação e, agora, que esta-mos necessitados de um pouco de recíproca, nos deparamos desamparados e sozinhos. Acredito que a vida nos foi dada para ser vivida feliz, no nosso espaço de tempo e, que cada um é dono da sua vida e de seu espaço, usando-a para crescimento pessoal pleno, pois somente assim poderá se ajudar e ajudar os outros. Pensemos nisso!

Filipe de Sousa

FENAI 1142/09-J

Noites de Domingo

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Utilidade Pública

NOVO PROCON

"PROCON é coisa do passado. A Revista Exame traz uma reportagem so-bre um site chamado "Reclame Aqui". A ideia é que seja um mural (ESPÉCIE DE MURO DAS LAMENTAÇÕES) onde as pes-soas expõem suas queixas sobre serviços ou produtos, visível a todos que acessarem o site. O interessante é que, sem burocraci-a, os problemas são solucionados com mais rapidez. Quando um consumidor reclama de um produto de alguma empresa, essa empresa recebe um e-mail dessa queixa.

E como a empresa preza por sua imagem, ela tende a ser eficiente na solução, que será aberta ao público.

O que tem dado muito certo, já que 70% dos casos são resolvidos! E o tempo médio é de menos de uma semana, diferente do PROCON que tem a média em 120 dias.

Acesse: www.reclameaqui.com.br

Note

As convicções são

inimigas mais

perigosas da verdade

do que as mentiras

Friedrich Nietzsche

E o que dizer sobre pessoas que cultivam flores de plástico? Por: Marcela Melo As flores de plástico não morrem. Sim, elas não morrem, não exalam perfu-me algum, não teem cor própria, não teem vida. Só e tão somente por este fato, parece que a grande parte dos seres viventes ainda nesse mundo decaído, preferem as flores de plástico â cultivarem uma flor de verda-de, sentir seu perfume, cuidar, preservar, não deixar morrer, nem murchar. O homem teme a si mesmo... E vemos dia-riamente pessoas fugindo de si mesmas, de tudo o que sentem, de tudo o que é pro-fundo, intenso, verdadeiro e essencial. Todos se conformam com tudo o que é co-mum, não inventam nada, não são felizes em momento algum a não ser no momen-to do próprio engano. Pessoas são iguais o tempo todo. .. E cor-rem sem rumo e sem direção. E me pergunto: - Será que isso vale a pe-na? Será que existe uma grande vantagem em não sentir, em não se entregar, em não amar e viver isolado dentro de sonhos, fan-tasias, ou de mentiras que inventamos e aceitamos o tempo todo para preencher nosso vazio interior? Eu tenho minha resposta, e você? Todos dormem, acordam e continuam cul-tivando suas flores de plástico. Pense nisso! Email: [email protected]

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 05

Cidadania

Diga não ao consumismo

A violência, não é o remédio contra a violência

Armas lembram morte, são para matar, basta es-tar ao alcance das mãos para de repente em um mo-mento de desatino, puxarmos o gatilho e tirarmos a vida da alguém. Em uma fração de segundos decidi-mos quem vive e quem morre. “Através de uma por-taria, no início do governo da presidenta Dilma, o Bra-

sil passou a restringir o uso de armas de fogo pela polícia.” Estatísticas poli-ciais indicam que mais de 20% dos 35 mil homicídios ocorridos anualmente no Brasil derivam de confrontos de bandidos com a polícia, ou de balas perdi-das resultantes dessas ações. As autoridades estimam que mais da metade das mortes poderiam ser evitadas com emprego de armas não letais e ado-ção de condutas operacionais voltadas para preservar a vida e minimizar da-nos à integridade das pessoas.” (Agência Estado em 04/01/2011).

Todos os dias assistimos incrédulos casos de pessoas que são mortas acidentalmente, ou mortas em outras circunstâncias, por cidadãos civis ou pelo Estado. Ora, é sabido que o Estado deve proteger o cidadão e seus di-reitos fundamentais, cimentado no artigo 5º da Constituição Federal em seu caput. Também o artigo 6º do Estatuto do Desarmamento diz que é “proibido o porte de arma de fogo em todo território Nacional, salvo exceções”. Esse assunto despertou meu interesse ao ler sobre casos em que inocentes são mortos por agentes policiais, acidentalmente, ou por engano ( pensando ser o cidadão um bandido), e outros motivos.

Sou absolutamente contra o uso de armas, elas matam com uma facilida-de assustadora. Quem vive e quem morre não somos nós que decidimos. Tem que haver coerência entre o que se prega e as atitudes tomadas. Isso deve valer para todos, claro que lidar com bandidos não é tarefa fácil, alguns devem até imaginar que bandido bom é bandido morto. Não posso acreditar que a morte do bandido seja a única solução para os crimes. Assim como não posso crer que o Estado não cumpra o seu papel de nos proteger e ga-rantir nossos direitos fundamentais. Uma coisa é um cidadão comum cometer um crime e outra bem diferente é esse crime ser cometido pelo Estado. Isso contraria todas as normas, e principalmente o Estado de Direito consagrado no art.1º da Constituição Federal. Um dos deveres do Estado é nos proteger.

Na República Federativa do Brasil não se permite a pena de morte como punição, (inciso XLVII do art. 5º, da constituição federal), mas assistimos qua-se que impassíveis a crimes serem cometidos todos os dias por aqueles que deveriam nos defender: Os policiais que tem “carta branca” para agirem legiti-

mados pelo Estado. E onde vemos esse tipo de ação acontecer? Nas comu-nidades carentes, pobres, onde pessoas e famílias inteiras são desrespeita-das no seu direito mais importante e fundamental: O direito à vida. Primeiro agem sobre qualquer pessoa que considerem uma ameaça ou que achem ser suspeita de algo, depois vão confirmar se era exatamente o que pensa-vam. Então as milhares de mortes provocadas pela policia, que ocorrem todo ano, não são apenas acidentais. Mas muitas vêm carregadas de arbitrarieda-des, de ilegalidades e irresponsabilidade.

Existe um pensamento dominante na nossa sociedade, de que a violência é o remédio contra a violência. É sabido que esse tipo de pensamento gera mais violência, mais desrespeito aos direitos humanos. Não estou defenden-do bandido, mas simplesmente constatando que a instituição que deveria nos proteger acaba por nos deixar inseguros e a mercê de pessoas que tem o respaldo da lei para agir mas que acabam gerando o medo na população. É claro que existem bons policiais, não vamos desmerecer o trabalho da polí-cia, mas acho que a lei deveria ser mais severa com policiais que acham que a farda os isenta de tudo. Assim aqueles que devem nos proteger, a princí-pio, não deveriam nos causar medo e indignação. Mas a violência com que muitas vezes agem, é um desrespeito a dignidade da pessoa humana.

Entenda-se que violência não é só física, é também moral, é a omissão, a discriminação, a opressão e tudo que desrespeita os Direitos Humanos e nos faz retroceder na luta pela construção de uma cidadania mais digna, livre de opressões de qualquer natureza, sejam elas provenientes do Estado, de pes-soas ou instituições. Onde houver tentativa de dominação e injustiças contra as classes menos favorecidas e mais fragilizadas, não haverá o exercício da cidadania plena. Temos que nos conscientizar que somos sujeitos de direitos e deveres.

Como diz Dalmo Dallari: “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.”( Direitos Humanos e Cidadania,1988, p.14)

Se essa realidade que se apresenta é uma realidade triste, que nos assusta e desencoraja, está na hora de agirmos, exercendo nossos direitos e côns-cios de que podemos mudar os rumos da nossa sociedade, não esquecendo que temos também deveres, e que não estamos sozinhos, mas somos uma coletividade, e que todos temos o mesmo objetivo: O bem comum, que é também a finalidade do Estado.

Mariene Hildebrando de Freitas Professora e especialista em Direitos Humanos

Email: [email protected]

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PRESTE ATENÇÃO

Somente com a legítima liberdade de expressão, pluralidade de

informação, respeito a cidadania, e permanente vigilância contra as tentativas de cercear o Estado democrático de direito, é que

poderemos pensar em transformar Regimes de Força, em Regimes de

Direito.

Paulo Miranda

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 06

Educação Constitucionalmente iguais e educação!!!! Pela constituição brasileira, a educação é um direito de todos e um dever do Estado. Um estado para se manter como nação precisa educar seus cidadãos sobre as leis, direitos e deveres de cada um. Observando-se a constituição, encontramos nas leis a garantia que todos são iguais perante a lei. Tendo essas observações co-mo verdadeiras, por que os cidadãos são educados de maneiras, com escolas e ensino de qualidades diferen-tes?

No Brasil existem as várias redes de Ensino Público (municipal, estadual e federal) e o chamado Ensino Particular ou Escola Particular. Nas Escolas da Rede Pública de Ensino, geralmente, estudam os filhos das classes menos afortunadas finan-ceiramente e essas escolas, a grande maioria, ficam localizadas na periferias das grande cidades e nas pe-quenas cidades (as vezes a única opção) onde não e-xistem uma classe social mais abastarda para justifica-rem financeiramente a existência das chamadas Esco-las Particulares. As Escolas Particulares, geralmente, se localizam, nas grandes cidades, nos chamados bairros nobres, onde existe uma clientela com capacidade financeira para bancar os estudos dos filhos nesta ditas escolas. Mesmo dentro dessas duas modalidades de Escolas existem classificações de diferentes tipos de escolas para a educação e formação da população. Essa classi-ficação pode ser feita sob diversas óticas, mas geral-mente podemos observar os seguintes itens: tipos de cursos e tipos de escolas. Podemos encontrar em uma mesma escola, tanto parti-cular como da Rede Pública, vários tipos de cursos: Ensino Regular, Supletivo, Profissionalizante, Educação para Jovens e Adultos (EJA), etc. Mesmo, levando-se em conta o poder aquisitivo da cli-entela, dentro das Redes de Ensino, Particular e Rede Pública, podemos encontrar uma classificação de tipos de escolas diferentes. Na Rede particular de ensino, a qualidade e a oferta do ensino são feitas de acordo com o poder aquisitivo da

população e existem Escolas Particulares para os mais ricos, com mensalidades de valores altíssimas, e esco-las com mensalidades amenas para as chamadas clas-ses com menor poder aquisitivo. Na Rede Pública também existem uma classificação para as escolas desta rede, embora a oferta e ocupa-ção das vagas não são feitas de acordo com o poder aquisitivo da população. Mas, estranhamente o Estado oferece escolas com chamadas qualidade de ensinos diferentes, são as chamadas Escolas de Tempo Inte-gral e escolas com o chamado ensino regular, diversos tipos de supletivos, etc. Essas classificações e existência de diversos tipos de cursos e diversos tipos de escolas vão de encontro o que preceitua a nossa constituição. Se for dever do Es-tado educar as pessoas para o exercício da cidadania e todos são iguais perante a lei, com oportunidades i-guais para todas essas classificações mostram que os cidadãos estão sendo educados de maneiras diferentes e serão inseridos na sociedade com capacidades e o-portunidades diferentes de exercer a cidadania, onde uns estarão mais preparados que outros e, portanto, os mais preparados terão maiores chances de aproveita-rem as oportunidades. Desta maneira, quando o Estado autoriza a criação de escola com diferentes níveis de educação, ele torna legal que as pessoas tenham oportunidades diferentes de acordo com o tipo de educação que tenha, ou seja, a reprodução das classes sociais é garantida por lei e é constitucional! Claro, os que têm acesso a Rede Pública de Ensino, não são os mesmo que administram essas escolas e também não são essas pessoas que tem oportunidade de criar leis que garantam o direito de igualdade de es-cola e educação de qualidade para todos.

Antônio Carlos Vieira Licenciatura Plena – Geografia

e-mail: [email protected]

CULTURAonline BRASIL Links de acesso: www.culturaonlinebr.org /// www.formiguinhasdovale.org

Se você tem filhos, conheça aqui um pouco mais sobre

como lidar com isto

Educação tem de vir do berço e cabe à família responsabilizar-se por isso! Se cada família praticasse esta máxima: Educar os filhos dentro de princípios morais e boas maneiras, com certeza não teríamos Professores frustrados e exauridos devido a falta de educação de muitas crianças e jovens.

Todos os dias em milhares de salas de aula espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, crianças e jovens chegam ao ápice da mal criação destilando todo tipo de impropérios nas dependências da Escola e fora dela, comunicando-se uns com os outros aos berros de forma rude e irônica, tratando mal os cole-gas, Professores e demais Funcioná-rios da Escola.

É de conhecimento da grande maioria das pessoas que, devido ao fato da criança ou jovem chegar na escola sem o mínimo de educação familiar, ocorrem uma série de problemas que desencadeiam a indisciplina e tumultu-am o andamento das atividades na sala de aula, e que por esta razão, muitas vezes, inviabiliza que o aprendi-zado ocorra de maneira satisfatória.

Sob este ponto de vista seria apropria-do dizer que, neste caso, os pais são responsáveis pela indisciplina e falta de educação dos filhos e portanto, de-vem ser responsabilizados por isso.

Reflita comigo, se as crianças e jovens chegassem com um mínimo de educa-ção de casa, dada pelos pais, boa par-te dos problemas de indisciplina dentro da sala de aula estariam resolvidos. Esse mínimo de educação envolveria que o aluno soubesse seis questões básicas:

Princípios básicos de boas maneiras que todos devem trazer de casa: 1) Pedir “Por Favor” , diga “Obrigado”, “Com licença “ e manter sempre o con-trole emocional; 2) Falar educadamente, sem usar gí-rias, palavrões, ou expressões de bai-xo calão; 3) Tratar com respeito todos a sua vol-ta e jamais falar de alguém pelas cos-tas; 4) Jamais usar de intimidação verbal ou física (bullyng) para conseguir o que deseja; 5) Ser íntegro: sustentar o que se diz e faz e sempre enfrentar as consequên-cias de seus erros; 6) Jamais usar de mentiras, engana-ção e falsas acusações; Ahhh... Uma última dica: nunca super-proteja os seus filhos e não acoberte os seus erros ou mentiras... Eles, co-mo qualquer outro, são sujeito a falhas e erros e precisam arcar com as con-sequências disto...

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 07

Contos e papos sérios! DESTINO

Por: Genha Auga Sempre que posso vou e gosto de visitá-la, sempre me recebe com o sorriso mais bonito que já vi e, sem falar no semblante de surpresa e ale-gria que a cada encontro nosso, faz parecer que há tempos não nos vía-mos, mesmo que me tenha visto um dia antes.

Joga beijinhos que se espalham pelo ar, me abraça com carinho e observa logo se estou alegre, se engordei, se meu cabelo está com brilho e admira cada detalhe do que visto.

Que magia é essa que me conquis-tou desde o primeiro momento? ...cordial, trejeitos elegantes, uma voz que nunca ouvi mudar o tom, u-ma alegria contagiante que, alguém jamais suspeitaria da sua lida para sobreviver, que certamente, marcou o coração, mas, não com rugas na feição.

Tanto a admiro que me foi inspiração para escrever um poema e um conto. No poema exaltei sua luta e a força que teve para sair vencedora em su-as jornadas. No conto, narrei as “peças que a vida lhe pregou” e que sem esmorecer, bravamente venceu.

Escrevo agora esse conto, provável e infelizmente, sobre a última etapa de sua vida como testemunha da força que ainda tem. Dificilmente resistirá a tanto sofrimento.

Sorrateiro e silencioso, “ele” se insta-lou, tomando conta de sua vida e nos seus oitenta e sete anos a derrubou num golpe certeiro e a jogou no leito do hospital, lhe impondo momentos de dor, de lágrimas, atormentando sua cabeça e seus momentos ora de lucidez, ora de fantasias e quando muito, também delírios.

Quantas vezes a morte esteve a lhe rondar com o intuito de enfraquecê-la e a assustar. Mediam forças, vida e morte que por sua vez, ia embora sem conseguir competir com ela que, faceira ria, nos sorria, cantava e nin-guém acreditava que o corpo agoni-zante na UTI voltaria para o quarto como se estivesse voltando para ca-sa.

Destino, porque tanto dissabor? Deixá-la passar por dores que a tiram do mundo angelical e fantasioso, pa-ra viver esse inferno que se mistura com demência e lhe tira a aura do anjo e a faz blasfemar e mudar o tom daquela voz que nunca ousou ter?

Pura e fiel a todos os bons modos que aprendeu e ensinou, vem “ele” lhe tirar a paz, expõe seu corpo, des-nuda lhe o pudor obrigando-a se en-tregar aos piores ditames e quesitos.

Frente a esse embate com os infortú-nios que a vida lhe reservara aliada ao opositor, um “senhor” misterioso e temido pela sua fama de invencível, que leva tudo de quem ele escolhe, mas não sem antes e por muito tem-

po, incomodar, tirar o chão e a digni-dade da pessoa e somente quando esgotar as energias de quem ele in-vadiu na vida é que dará trégua e ficará de longe a sorrir, ironicamente, para o corpo de sua presa já sem reação e confusa que perde aos pou-cos suas funções vitais e só irá se retirar quando tiver certeza que nada mais a trará de volta.

Deixa sua vítima com o olhar de quem se despede, sem saber a hora de ir e vê seus entes queridos e in-cansáveis ao lado dela, dia e noite, ouvindo sem entender ou entenden-do sem conseguir responder e nem se expressar.

Conheci a maldade desse “senhor”!

Lembro-me dos dias em que ela es-tranhamente me olhava com rancor, maldizia minha presença a seu lado e me enxotava do seu quarto com blasfêmias que proferia e ia embora triste por não entender aquela figura transtornada que quase eu já não reconhecia. Vinha então a vontade de não vê-la, sentia que a provocava de alguma forma e não queria ser causadora desse mal que se instala-va parecendo tomar sua alma. Mas, era “ele” quem a provocava e a fazia assim...

Esgotada as forças dela e de todos que ali lhe estavam dando acalento e a mim que por pouco não desisti, i-nesperadamente, voltou a me olhar novamente com doçura e sua energi-a me transmitiu algo que nunca sabe-rei.

Apesar desse mal que se instalou no seu cérebro debilitando seu corpo, eu a sinto pelos olhos, pelo beijo ainda

quente, pelo sorriso que mantém na boca desdentada no rosto emagreci-do e, quase agonizante, esse mesmo rosto que com a idade e a doença já tão avançada, continua bonito, quan-do me abençoa, os olhos brilham e o sorriso me contagia. Mantém-se acordada o dia todo, não perde nenhum movimento que se passa a sua volta, espera suas visi-tas e embora já não saia mais da ca-ma e sem movimentos, o olhar é de quem tem Deus acima de tudo, que lhe permite momentos junto aos seus, recarregando com sua energia que a detém por um fio nesta vida, o sofrimento dos que a amam.

Quando vou embora, saio com leve-za e mais forte, tudo que ela me transmite, me faz refletir. O que estará reservado para cada um de nós?

Sigo em frente e a tenho em minhas orações, deixo-a na calada da noite sob a mira da morte.

Boa noite minha querida! Um dia es-se mistério será desvendado e, quan-do isso acontecer, a morte não mais o acompanhará, “senhor” Alzhei-mer...

Sei que estarão rondando o sono de-la, mas também sei que há anjos ve-lando por ela e mesmo que não te-nha vencido, sua alma estará onde não sentirá dor, chegará à paz. Com seu sorriso lindo, ao olhar para trás, nos verá agradecidos por ter estado entre nós, que ficaremos com suas lembranças e eterna saudade.

A morte, é o destino da vida!

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Histórias de amor reais que parecem ter sido tiradas de

um filme

Por: Giulia Parca

Quem já assistiu Diário de Uma Pai-xão deve se lembrar da parte em que Allie Hamilton, internada em uma clí-nica geriátrica, ouve todos os dias a mesma história de amor, sem saber que aquela era um relato de sua vi-da, e do seu romance com Noah Ca-

lhoum. O enredo até lembra um pou-co o filme “Como Se Fosse a Primei-ra Vez”, em que Henry faz uma fita de vídeo para sua esposa, Lucy, con-tando como eles se conheceram e tudo que aconteceu entre eles até então, já que Lucy sofre de falta de memória de curto prazo. Mas, esse tipo de história não se limi-ta apenas aos cinemas. Jack Potter, um inglês de 91 anos, visita todos os dias a sua esposa, Phyllis, em uma casa de repouso em Rochester, In-glaterra. Lá ele conta, todos os dias, um pedaço da história de amor que mantém eles unidos por 70 anos. Para isso, Jack usa um diário, que guarda desde o dia em que conhe-ceu sua esposa, em outubro de 1941. Essa foi a forma que ele en-controu de manter a história dos dois

“viva” para sua esposa, já que ela sofre de uma doença que afeta sua memória. Já o caso de Sue Johsnton lembra muito o de Holly Kennedy no filme “P.S. Eu Te Amo”. Nele, Holly perde o marido, Gerry, que, pouco antes de morrer, deixa várias cartas para sua esposa. Como já esperava o que ia acontecer, Gerry tenta ajudá-la a se-guir em frente com sua vida, depois de sua morte. A história da americana Sue, de 68 anos, lembra um pouco a do filme, mas chega a ser ainda mais bonita. Durante 46 anos de casamento, John mandava flores para sua esposa to-dos os Dias dos Namorados, com um bilhete: “Meu amor por você cresce”. Dez meses depois de sua morte, Sue

voltou a receber o presente na mes-ma data. Ao ligar para o florista para comentar o engano, ela descobriu que, antes de morrer, John fez questão de ga-rantir que ela continuasse recebendo um buquê por muitos anos.

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 8

Histórias reais que o mundo conta (A Cerca) 1ª. Parte A Cerca

De: Wilhelm Paul von Grumbkow Prólogo Na antiga colônia Neerlandesa, havia como autoridade máxima um Governador Geral, e praticamente tudo era importado da Pátria Mãe, quando não, de outros países. Por ser muito rica em minerais, a região já recebia o nome de "Cinturão de Esmeraldas".

Na época, a discriminação era, não tão forte quanto na África, mas estabelecia uma divisão marcante entre os vulgos europeus e os nativos: os indonésios.

Esta separação era feita já no ato do registro de nascença ou no registro de migração, dependen-do assim de cada caso.

Apesar de os indo-europeus serem também regis-trados como europeus estes eram reconhecidos apenas no papel, todavia, a educação obtida na-quela época era de altíssimo nível, graças à inicia-tiva da União dos Indo-europeus.

Durante a ocupação japonesa houve uma divisão ideológica entre os indonésios: de um lado, os que tinham laços consangüíneos com os europeus e indo-europeus, e de outro lado, os que estavam descontentes com o regime político-econômico imposto pelos holandeses.

Aqueles que se colocaram no lado dos insatisfei-tos, atribuíram aos japoneses uma imagem de li-bertadores, visto seu descontentamento com o jugo Neerlandês.

Durante as hostilidades, a situação começou a ficar muito difícil para nós, devido à traição da po-pulação, tendendo a estender-se durante o perío-do da ocupação.

Alguns, numerosos simpatizantes indonésios, também sofreram vitimados pelos japoneses. Apesar de tudo, não tenho ressentimentos, haja vista que no meu circulo de amizades, muitos são japoneses, ironicamente, foram soldados japone-ses que salvaram a vida de minha família de uma morte certa pelos indonésios, em novembro de 1945.

Todavia, em respeito aos três anos de aprisiona-mento, o governo japonês deveria prestar contas a todos os que sofreram no campo de concentra-ção, assim como outros países já o fizeram. Existe na Holanda, uma organização denominada Fundo de Dívidas de Honra Japonesa, que se o-cupa em conseguir esta indenização junto ao go-verno japonês.

Somos entre oitenta e noventa mil reclamantes aguardando em vão.

Esta é uma narração sobre fatos ocorridos duran-te o episódio de setembro de 1942 a setembro de

1945.

A CERCA era formada por postes de bam-bu fincados na terra, estes ficavam aproximada-mente uns dois metros de distância entre si, eram ligados por tiras de arame farpado, também entre-laçado no sentido vertical.

Era uma cerca dupla; a interna tinha uns dois me-tros de altura, e a externa, uns três metros. A externa era fechada com placas feitas com tiras de bambu entrelaçadas, tornando-as totalmente fechadas; estas eram utilizadas em praticamente todos os campos de concentração, e era o que iria nos separar definitivamente da liberdade. Era durante a II Guerra Mundial e eu me encontra-va num campo de concentração. Meu nome em português é Guilherme, sou holandês e era prisio-neiro de guerra.

Os fatos a seguir desenrolaram-se na cidade de Bandung na ilha de Java, considerada uma das ilhas mais importantes da antiga colônia Neerlan-desa.

A guerra ao Japão pela Holanda como aliada dos EUA foi declarada em 08 de dezembro de 1941, levando por conseqüência, a entrada de suas co-lônias também em guerra.

Nesta época eu tinha completos 17 anos e não estava servindo o exército, tendo que me apresen-tar ao alistamento em 12 de março do ano seguin-te. Fui desta forma, junto a outros jovens nesta mes-ma situação, recrutado pelas autoridades para servir numa corporação que tinha como tarefa aju-dar a população durante os bombardeios.

As nossas forças armadas não possuíam muitas coisas para deter a supremacia japonesa, e o go-verno holandês nas colônias capitulou em oito de março de 1942. Começou para nós uma situação muito difícil, re-cebíamos ordens para manter a calma, evitar a-glomerações, mas era muito mais prudente ficar em casa diante das brutalidades que já haviam começado.

Tínhamos que entregar armas, rádios de longo alcance, etc. O fornecimento de energia foi reduzido a 50 watts por residência.

Todos os holandeses, civis, foram despedidos e os que os japoneses achavam importantes em suas funções foram readmitidos. Os demais teri-am que arrumar um novo emprego, pois, estavam sujeitos a serem presos.

Eu havia arrumado um serviço de mudanças com colegas, mas, mesmo assim, tive que me apre-sentar com meu irmão num campo de concentra-ção, isto em junho de 1942.

Ao passar em frente a um japonês, éramos obri-gados a fazer continência e depois tínhamos que nos curvar fazendo um ato de reverencia, de-monstrando desse modo um ato de respeito.

Muitos não sabiam desta obrigação ou esqueciam e tinham que pagar caro por esta falha.

Um homem, também convocado, passou em fren-te a uma sentinela sem fazer a continência, foi co-vardemente castigado com socos no rosto e chu-tes no corpo até desmaiar. Isto serviu também como intimidação para todos ali presentes.

Eu e meu irmão não fomos presos, e recebemos um papel onde estava escrito em japonês que os portadores ainda podiam andar em liberdade du-rante três meses. A maioria que compareceu na-quele campo já ficara detida.

Efetivamente, no inicio de setembro de 1942 fo-mos chamados, de novo, para nos apresentarmos num campo de concentração.

O local era uma escola dirigida por freiras e desta vez estávamos em quatro com o mesmo sobreno-me, meu pai, meu tio, meu irmão e eu. A escola transformada em campo chamava-se Maria Stella Mares.

Estávamos num gramado ao lado da escola a-guardando os acontecimentos. Havia muitos ho-mens todos com malas, sacolas e um colchão; os portões foram abertos e nós tivemos que entrar. Fomos vistoriados e tivemos que entregar vários objetos dentre os quais facas, canivetes, tesouras, garfos, etc.; entretanto giletes, tesoura para cortar unhas, eram permitidas, mas os que portavam di-nheiro, este era simplesmente confiscado.

Dentro do campo tínhamos que procurar um lugar onde pudéssemos nos instalar com o colchão. Era evidente que nós quatro procurávamos ficar juntos e a nossa escolha recaiu sobre um abrigo de bici-cletas, transformado em barracão.

Logo após nos acomodarmos, tivemos permissão para fazer um levantamento da situação. O abrigo não era muito grande, mas tínhamos que lá ficar com mais cinqüenta e duas pessoas, sen-do que este local fora dividido em duas fileiras de vinte e seis pessoas de cada lado. O lado do abri-go por onde entravam as bicicletas era fechado por um tapume de ponta a ponta. Este tapume era feito de tiras de bambu trançados como as placas da cerca externa.

Nesta “parede” havia espaços que podiam ser a-bertos ou fechados com abas no sentido vertical.

Cada um podia dispor de uma largura de sessenta centímetros de chão. O espaço dava para formar duas fileiras; entre as fileiras, havia espaço sufici-ente apenas, para colocarmos nossas malas e nos movermos pelo barracão de ponta a ponta.

Todos estavam ocupados com os próprios pensa-mentos e cada um, limitava-se a observar o outro sentado sobre o colchão ainda enrolado dentro de uma esteira de palha, que depois de desenrolada, ficaria entre o cimento e o colchão.

Estávamos condenados a ficar presos atrás de uma cerca, sem termos cometido qualquer delito e nós nem tínhamos idéia, de quanto tempo iria du-rar este cativeiro.

Um sino soou e guardas vieram nos avisar de que deveríamos nos reunir à frente do prédio principal, onde se encontrava o comandante do campo.

Ele explicava que estávamos lá em benefício pró-prio; para ficarmos protegidos. Tomamos conhecimento das leis que doravante iriam reger as nossas vidas; qualquer tentativa de fuga teria como punição, a morte.

Uma vez por semana poderíamos receber visitas. Tínhamos que nomear um representante para re-ceber as ordens futuras do comandante do cam-po, escolheu um engenheiro de nome Dom.

Apresentávamo-nos todos os dias às sete da ma-nhã, à frente do barracão para contagem, ensina-ram-nos a contar em japonês e tivemos que apre-sentar um responsável pelo barracão. Foi o pri-meiro momento de descontração desde a entrada no campo.

A escolha recaiu sobre um homem muito simpáti-co e bem humorado, Boelhouwer era seu nome.

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 9

E agora José?

REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO, EDUCABILIDADE E

EDUCATIVIDADE

Para entendermos melhor o que quer dizer cada uma dessas pala-vras, temos que defini-las.

Educabilidade é a qualidade daquele que é educável. O ser huma-no possui educabilidade, ou seja, po-de ser educado. Lembrando que a “educação” vai muito além da educa-ção escolar, por isso são compreendi-das: a educação formal, informal e não formal.

Educatividade é basicamente

potencializar qualidades. A EDUCATI-VIDADE na educação formal refere-se a potencializar no aluno, qualida-des que ele porventura já tenha e que esteja disposto a melhorá-las. Pois, segundo Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia, é enfatizado que “nenhuma escola conseguirá fazer mais por um aluno do que a sua deci-são pessoal de se desenvolver, de crescer, de aprender, de adquirir co-nhecimentos”. Daí, que se um aluno (entendendo como qualquer ser hu-mano) não quiser aprender, não ha-verá mágica que o faça aprender.

Diante da apresentação des-

ses conceitos e somando-se ao artigo publicado no mês passado “Porque o professor precisa estudar?” (http://www.gazetavaleparaibana.com/066.pdf - p.9), tem que se propor um novo eixo, pois a maioria das práticas pe-dagógicas escolares ainda trabalha no sentido da mera transmissão de conhecimentos e desta forma, nada acrescentam no desenvolvimento do aluno enquanto ser humano. Esse novo eixo deve ser comportamental e direcionado não só ao campo profis-sional, mas também ao campo pesso-al. Eis que novamente chamamos a atenção para Zaballa (A prática edu-cativa: como ensinar), quando trata da prática pedagógica dentro da a-prendizagem de conteúdos Factuais, Conceituais, Procedimentais e Atitudi-nais. Compreendemos que a educa-ção escolar é uma via de mão dupla, ou seja, tem que haver um aluno para “aprender” e um professor para “ensinar”, para que o processo se complete, é necessário que o aluno apresente educabilidade, ou seja, se-ja maleável e permeável aos ensina-mentos e também possua educativi-dade, quer dizer, desejo de aprender novos conhecimentos, bem como o professor deverá ter clareza do seu

papel em sala de aula. Se assim não for, a escola, enquanto espaço de a-prendizagem, nada poderá fazer. Co-mo diriam os antigos, “é malhar em ferro frio”. Esse processo, assim coloca-do, nos faz lembrar de uma notícia que havíamos comentado em um dos nossos programas sobre uma nova designação para o professor que seri-a o “designer de currículo”, este pro-fissional não seria um mero transmis-sor de conhecimentos, mas seria uma espécie de tutor do aluno que então escolheria o que quer aprender. Isso vem de encontro ao que falamos de educatividade, ou seja, potencializar qualidades que promovam não só o lado técnico, mas também o humano. Aliada à educabilidade, a educativida-de faz todo sentido; é como dizemos na gíria popular “juntar a fome com vontade de comer”. Mas, claro nem tudo é um mar de rosas, e é evidente que não temos visto educabilidade e tampouco educatividade em nossos alunos, assim como também não é muito comum encontrar, grosso mo-do, o professor realmente consciente do seu trabalho. Ao contrário, o que vemos é uma total, ou quase total, indiferença em relação à escola e aos seus professores, e vice-versa. Por que essa apatia? O que diferencia essas gerações recentes de alunos das gerações passadas? Qual o pa-pel do professor nesse processo? Para tentarmos buscar algo que nos norteie, temos que necessari-amente fazer um passeio pelas ideias de Platão onde ele junta numa amál-gama, o filósofo, o educador e o políti-co. Para Platão, esses três não po-dendo ser separados devem ser exer-cidos pela mesma pessoa, isto é, o filósofo educador tem que fazer políti-ca. Daí a pergunta inevitável – Quem em sala de aula, enquanto professor desenvolve ideias filosóficas e com isso, transforma o aluno em um ser político e pensador? Assim como a pergunta foi inevitável a resposta tam-bém o é: quase ninguém. E por quê? Tentamos buscar resposta na filosofia liberal da educação em que a finalida-de última: são os ensinamentos pro-fissionalizantes e, desta forma, extin-guiram a figura do professor filósofo, pensador e consequentemente políti-co. As universidades por sua vez, ávidas em atender ao novo modelo educacional, nitidamente (neo) liberal, onde a produção é corroborada pelo capitalismo visceral, começam a pro-duzir professores que venham de en-contro aos interesses da sociedade, ou seja, se parou de pensar e fazer política em função do aumento de produção em que o país se viu inseri-do. Morre assim a figura do professor crítico, provocador, construtor, incenti-vador, transmissor de ideias e alta-mente político; consequentemente os novos professores passaram a produ-zir novos alunos que não criticam o sistema e tampouco fazem política. Estão assim dissociados aquilo que

para Platão seria indissociável, o edu-cador filósofo e político. Vamos tentar estabelecer um parâmetro entre educabilidade, edu-catividade e os conceitos de educa-ção redentora, educação reprodutora e educação transformadora, a fim de entendermos a nós mesmos enquan-to professores. Na corrente filosófica que en-tende a educação como redentora do ser humano tem-se o pensamento de que a educação pode e deve salvar o indivíduo e consequentemente a soci-edade. A educação redentora é assim por dizer uma instância exterior à so-ciedade, buscando inserir o indivíduo nela, ou seja, promovendo sua adap-tação ao modelo existente. Atua so-bre a sociedade corrigindo seus des-vios. Nesse modelo, a educação re-dentora, no máximo tenta “curar as mazelas da sociedade existente”, a-través da simples obediência aos mandamentos divinos. Não leva em conta a educatividade, pois o educan-do poderia não querer ser “salvo”. Considera as gerações mais novas (crianças) mais educáveis do que os adultos e nesse aspecto temos aí in-serido o conceito de educabilidade no tocante às crianças. A segunda corrente filosófica entende que a educação está inserida na sociedade, faz parte dela. Estaria assim condicionada a fatores econô-micos, sociais e políticos. A educação reprodutora é crítica e reproduz seus elementos condicionantes (LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação, p. 41). Essa teoria também é denominada por Demerval Saviane como “teoria crítico – reprodutivista”. Traz ainda em seu bojo o modelo marxista de infra estrutura e supra estrutura, con-forme Althuser. Desta maneira, silen-ciosamente a escola reproduz o ideo-logismo do Estado. O Estado usa a educação/escola para reproduzir os valores necessários para a própria sobrevivência da sociedade. Utiliza-se da Educabilidade dos mais novos e introduz para os adolescentes o ensi-no profissionalizante. Extinguindo dessa forma os dois cursos existen-tes, o Clássico e o Científico. Perde aí o jovem a possibilidade de escolher ou decidir o que gostaria de fazer. A Educatividade, de certa forma, é intro-duzida com os cursos profissionali-zantes, pois oferece aos jovens a o-portunidade de melhorar suas habili-dades ou então adquirir habilidades para o exercício de uma profissão. Na terceira corrente filosófica, (cf. LUCKESI) é a aquela em que a educação é vista como um agente transformador da sociedade, tendo como perspectiva a mediação de um projeto social. Nesta proposta a edu-cação não é um fim, mas um meio. Uma maneira de realizar um projeto de sociedade. Sendo assim, Ela irá se adaptar segundo o modelo de socie-dade vigente num determinado mo-mento. Para que seja transformadora é necessário que os educandos te-

nham atingido uma determinada auto-nomia intelectual. Para que esse nível seja atingido é necessário que o alu-no seja respeitado na sua educativi-dade (consideramos que ele tenha a educabilidade necessária), ou seja, para que o aluno seja um agente transformador é necessário que ele, de posse de suas habilidades, queira aprimorá-las criando nele a autonomi-a requerida no processo transforma-dor. Nesse sentido, entendemos que o professor também o deve ser, pois não dá para ensinar o que não se sa-be. Não da para querer transformar um aluno e o “eu” não for transforma-do primeiro. A educação, qualquer que seja a corrente filosófica, nada conseguirá se não houver o real interesse em a-prender. A educabilidade advém, se-gundo nossa opinião, dos ensinamen-tos recebidos em casa, da docilidade do lar e dos pais. A educatividade terá que ser estimulada a partir de um de-terminado momento em que se perce-ba as habilidades natas do aluno e de seu interesse em desenvolvê-las. Pa-ra tal é necessário que o professor esteja apto a descobri-las e a escola seja condizente com uma determina-da escolha. É necessário libertar o aluno do jugo desnecessário de infor-mações cristalizadas pelo tempo. Pro-porcionar projetos em que ele se sinta útil, incutir neles a ideia de que po-dem se quiserem, fazer a diferença. Projetos que contemplem o respeito, a cidadania, o conhecimen-to, a socialização. Desta maneira, afir-mamos nosso compromisso com a corrente transformadora da socieda-de, pois é possível transformar o indi-víduo e consequentemente a socieda-de. Pois como dizia Florestan Fernan-des “feita a revolução nas escolas, o povo a fará nas ruas”.

Omar de Camargo

[email protected]

- Técnico Químico

- Professor em Química.

- Pós Graduado em Química.

Ivan Claudio Guedes

[email protected]

- Geógrafo e Pedagogo. Especialista

em Gestão Ambiental, Mestre em Geoci-

ências e doutorando em Geologia.

- Articulista e palestrante.

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - patrocí[email protected]

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 10

Educar

EDUCAR - CULTURAonline BRASIL — todas as Quintas-Feiras — 20 horas

OS TABLETS CHEGARAM NAS ESCOLAS!!! Tornou-se comum ouvirmos que na educação, sem-pre tenho essa informação, deve ser valorizada (que até hoje se espera pela valorização) para o bem e futuro de nosso país. O argumento é que um país, para se desenvolver, precisa valorizar e inves-tir em educação. É claro que em toda essa argumentação nunca in-formam que a mesma pode ser utilizada para mu-dar a situação social e econômica de um país ou manterem conservadas as Estruturas Sociais exis-tentes. Mas, para a se colocar uma educação de qualidade é necessário que tenhamos uma estrutura prepara-da, com professores igualmente preparados e atua-lizados ao momento em que a sociedade se encon-tra. Recentemente a Secretaria Estadual de Educação do Estado de Sergipe, juntamente com o MEC (Ministério da Educação e Cultura) disponibilizou 2.796 Tablets. Esse equipamento irá proporcionar aos professores acesso a internet criando condi-ções para se atualizarem com a as novas tecnologi-as, já que poderá fazer pesquisas e terá acesso a grande quantidade de informações no mundo da Internet. Por ocasião da entrega deste equipamento (Tablets), alguns problemas foram detectados: Questionando a embalagem Quando da entrega dos Tablets, aos professores, foi questionado por que eles não estavam embala-dos (no caso individualmente). Só que os tablets chegaram embalados com dez unidades em cada caixa e as caixas estavam ali na presença de todos! A alegação é que violamos a embalagem! Quando eu perguntei a esses mesmos professores se era possível entregar esse equipamento individualmen-te sem violar as embalagens que vinham com dez unidades em cada caixa! Falta de conhecimento de informática básica Constatamos que a deficiência e falta de conheci-mento, dos professores, em relação as TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) , uma grande parte expressiva, não tem conhecimento do que seja a Rede de Acesso a Internet, que pode ser

rede sem fio (Wi-fi) ou com fio (por intermédio de cabos). Os tablets, que estão sendo distribuídos pela SEED-SE, se comunicam com a Internet por intermédio de uma Rede sem fio (Wi-FI) e as rede sem fio tem alcance limitado. Quando a pessoa sai do alcance de uma rede e vai para outro local, ele terá de se conectar a outra rede sem fio no local onde esteja. Para piorar a situação, nem sempre conseguíamos conectar com a Rede da Secretaria por ocasião da entrega. As dificuldades não foram nem se conectar com a rede sem fio, foi explicar para alguns profes-sores por que não estava se conectando a internet e tentar fazer entender o que era a rede sem fio! Alguns professores retornaram a secretaria alegan-do que o tablet estava com defeito e não funciona-va. Por que quando chegava no colégio onde lecio-nava ou em casa ele simplesmente não funciona-va.. Em vista disso, alguns alegaram que tínhamos adulterado e outros que tínhamos violado o equipa-mento!!! Esqueceram de dizer o motivo que tínha-mos para adulterar esses milhares de tablets? O Termo de Cessão de Uso Para receber o Tablet era obrigatório que o profes-sor assinasse o TERMO DE CESSÃO DE USO, onde o colégio, no qual o professor esteja lotado, se denomina CEDENTE e o professor(a) é denomina-do de CESSIONÁRIO(A). O colégio é chamado de CEDENTE pelo Motivo que os Tablets são de responsabilidade e cedidos ao colégio. O colégio é quem foi beneficiado em receber os tablets, os professores recebem os ta-blets como se fossem o colégio emprestando. Hou-ve muitos questionamentos por que os mesmos não foram cedidos diretamente ao professor! Muitos professores questionaram algumas cláusu-las do Termo de Cessão de Uso e alguns viram, nestas cláusulas, motivos suficientes para não rece-berem os Tablets (alguns não receberam). Entre as cláusulas onde houve protestos, por parte de al-guns professores, na qual podemos citar: CLÁUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAÇÕES DA CES-SIONÁRIA

2.6 Participar dos cursos de formação pedagógica oferecidos pelos /SEED/CODIN/DITE e colocar em prática as metodologias e conhecimentos construí-dos / adquiridos. A alegação referente essa cláusulas é que se senti-am pressionados a usarem os tablets para uso pe-dagógico! Estranhei a alegação, já que a distribui-ção, deste equipamento, é uma tentativa de melho-rar a qualidade de ensino proporcionando acesso a internet aos profissionais da educação (professores e pedagogos) e as exigências existente na cláusula em questão está de acordo objetivo da compra e distribuição do equipamento! CLÁUSULA QUINTA - DO PRAZO

O prazo da presente cessão é o período em que o professor estiver lotado na referida escola e fre-qüentando normalmente.

Muitos ficaram chateados pelo motivo que se mu-dassem de estabelecimento, seriam obrigados a devolverem o referido equipamento para a escola. Se observarem a parte sobre o Termo de Uso e Cessão, os tablets são cedidos aos colégios e não ao professor e se removido para outros estabeleci-mento, por remoção ou motivo de exoneração, ele é obrigado a devolver pra a escola, já que é ela que tem responsabilidade sobre o equipamento. Parágrafo Único - A freqüência será averiguada pela Unidade de Ensino e pela Secretaria de Esta-do da Educação. O controle de frequência se o professor está (comparecendo) lecionando ou deixou de lecionar par efeito de empréstimo do equipamento, é de total responsabilidade dos colégios que receberam os referidos tablets. O problema é que a Coordenadoria de Informática (CODIN) resolveu colocar, para teste, um programa chamado Diário Digital e isso foi motivo de críticas ácidas e alguns professores não receberam os ta-blets por esse motivo. Alegaram que isso é uma tentativa de controlar os professores! Só que o Diá-rio Digital está em fase de teste é não existe a obri-gação, até o momento, da aceitação por parte do professor. Estranhamente, a alegação de que a secretaria es-tava querendo controlar os professores!. Eu pergun-tei aos professores, que se utilizaram deste argu-mento, se a freqüência dos colégios onde eles esta-vam lotadas não tinha nenhum controle? Ficaram chateados com a pergunta! Afinal de con-tas a freqüência se os professores estão dando au-las tem de ser controlada e é obrigação da adminis-tração de cada colégio (diretor, secretário e coorde-nadores) com ou sem Diário Eletrônico. O interessante é que o Diário Digital sendo utilizado corretamente, os trabalhos de soma e contagem das aulas dadas e também a soma e cálculo das médias dos alunos desaparecem, e isso proporcio-na um ganho de tempo razoável. Para quem já utili-za deste sistema, em escolas particulares, já sabe destas vantagens! CLÁUSULA SEXTA - DA DEVOLUÇÃO

Findo o prazo da cessão de direito de uso o CES-SIONÁRIO deverá devolver o equipamento, descri-to na cláusula segunda deste termo. Embora o Termo de Cessão de Uso não diga expli-citamente quando o equipamento deverá ser devol-vido, criou-se polêmica em relação à questão de ter que devolver. Particularmente não acredito que o MEC irá solicitar devolução do equipamento, salvo a ocorrência de remoção ou exoneração do profes-sor. A questão é que os professores achavam que os equipamentos deveriam ser doados, aos profes-sores, em vez de cedidos para uso!

Antônio Carlos Vieira Licenciatura Plena- Geografia

e-mail: [email protected]

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 11

Sociedade

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SEM MEDO DE SER VERDADEIRO I

Toda a sociedade precisa de Leis mas, muitos mais que regras de ocasião, leis que se cumpram. Leis imparciais, rígidas e claras o suficiente de forma a que possam ser facilmente entendidas e respeitadas por toda a sociedade, afim de que se conviva em uma sociedade harmônica e feliz. No que tange à responsabilidade social dos Líderes, nas disputas por espaço no processo democráti-co, suas promessas teem que ser cumpridas e seu comportamento exemplar, pois somente as-sim o respeito às normas será absorvido pela so-ciedade.

Somente assim teremos uma sociedade capaz e livre onde seus cidadãos incentivados a exercer a cidadania, o façam sem hesitação.

Os Líderes políticos ou sociais teem acima de mo-tivações pessoais de ter em conta o papel de e-xemplo que o são para essa sociedade, sua res-ponsabilidade como formadores de opinião e de comportamento e, assim, a Lei, os não colocar acima da mesma Lei que rege a sua sociedade.

Somente assim, essa sociedade, livre e igualitária em direitos e deveres, iguais para todos, poderá ser uma sociedade de paz, respeitadora o sufici-ente para que o País possa se desenvolver de u-ma forma sustentável e harmônica. E essa harmo-nia contagiará seus visinhos e por analogia o Mundo. O tal efeito dominó.

Líderes mundiais não saíram de Marte e muito menos da Lua, vieram de comunidades, se so-bressaíram no Estado e mudaram o mundo.

De Nero a Getúlio umas bem, outras não tão bem intencionadas consciências, manipularam setores importantes da sociedade desta maravilhosa bola azul que recebeu o nome de Terra. No entanto, infelizmente este nosso querido Planeta não evo-luiu tanto quanto poderia, porque as mal intencio-nadas consciências sempre anulam o construído pelas bem intencionadas, só não as aniquilando porque as bem intencionadas são mais sustentá-veis e absolutamente desprovidas do modus ope-randi da destruição.

Não existe maior crime que o crime de manipular consciências, seja com lavagens cerebrais através da religião ou da política que, com a velocidade da comunicação nos dias de hoje se propagam pelo mundo de uma forma rápida e horizontal.

Todo o ser humano é verdadeiramente apaixona-do pelo novo. Se apaixona ou se vai apaixonando por uma ideia e, os mais comunicativos e carica-tos de alguma forma conseguem se sobressair na sociedade em que vivem e até no Mundo. Nada

contra mas, a história nos fala sobre diversas mentes privilegiadas que grande legado deixaram para a sociedade. Mas, também nos mostra inú-meras que usaram essas suas faculdades de uma forma oportunista e manipuladora, que somente colaboraram para o desmanche de valores e para o evoluir da violência, física e psíquica.

Todo o ser humano é verdadeiramente apaixona-do pela ideia de poder criar algo novo e que sua criação seja reconhecida aos olhos da sociedade, assim como também o fascina a crítica e em mui-tos casos também, infelizmente, a destruição.

Ama a tese, a antítese e a síntese. No entanto a-qui, acho que o maior enfoque deveria ser dado à criatividade e a meu ver a critica deveria sempre ser credenciada pelo conhecimento, pois somente assim, a critica poderia servir como uma mola pro-pulsora da prosperidade individual, social e conse-quentemente do país e porque não, do Mundo.

Seria muito bom para a humanidade, que essas mentes privilegiadas, que esses líderes, sempre se fizessem acompanhar do bom senso, conscien-tes de sua responsabilidade como veículos de in-terseção no capital social.

Vaidades exacerbadas, finalidades obscurantistas deveriam ser males que essas mesmas mentes privilegiadas deveriam abominar. Hoje o mundo clama por valores, por honestidade.

O mundo necessita sim evoluir e só evolui graças à interferência dessas mentes, necessitando delas para regular o seu crescimento. Necessitando de-las para sobreviver.

Os recursos naturais de nossa bolinha azul se tor-nam dia após dia mais escassos em virtude da interferência do homo sapiens. Assim, precisa o homem cada vez mais dessas mentes privilegia-das mas, conscientes, para que através da tecno-logia e da mudança de paradigmas se faça operar uma mudança significativa de coexistência mais harmoniosa do homem com a bolinha azul.

Recentemente a ONU lançou dois relatórios; um sobre a fome no mundo e outro aconselhando a ingestão de insetos como fonte altamente protéi-ca.

Contraditoriamente também, recentemente, apre-sentou um relatório onde afirma que o mundo pro-duz o suficiente para alimentar 17 bilhões de al-mas. Lembro que somos apenas 7 bilhões, segun-do os últimos dados disponíveis, sejam eles credí-veis ou não. É a essas mentes que me refiro pois é mais apa-rente que o problema não está na produção e sim na distribuição.

Façamos então com que nossas palavras, nossos atos sejam avalizados por verdades e que as pa-lavras sejam as impulsionadoras de nossos atos,

numa direção firme rumo à construção de um mundo igual parta todos. A utopia existe precisa-mente para incentivar a realização.

Não adiantam novas armas, mais prisões de se-gurança máxima, assistencialismos e outros afins se não tivermos a forte determinação de encarar de frente nossos erros e eliminarmos na raiz o fo-co de sua doença. Medidas paliativas não curam a doença. Não se cura o câncer com aspirina. Temos que encarar os males que afetam o mundo de uma forma radi-cal, sem medo de sermos verdadeiros. Só extir-pando o mal pela raiz poderemos eliminá-lo. Enquanto nos fixarmos na retórica somente esta-remos adiando a solução. E, com esse adiamento estaremos ceifando vidas e aumentando o mal estar social.

De Hitler a Getúlio Vargas muitas convicções se desvairam e a verdade de hoje não é mais a ver-dade de ontem. Milhares de consciência e vidas foram ceifadas ou perdidas por convicções hoje abomináveis.

Façamos então com que nossos discursos sejam reais e possíveis e, acima de tudo deixemos os valores sociais se sobreporem aos individuais e isto no que tange a cidadãos ou a núcleos de ci-dadãos.

Sejamos suficientemente honestos para que nos-sos discursos não sejam descartados em curtos espaços de tempo.

Que líderes e veículos de comunicação se empe-nhem com a verdade e neste mês que se come-mora o dia da Imprensa, nos lembremos de seu papel como formadores de opinião.

Ideal seria que nossos mídias adentrassem na casa de cada cidadão lhes levando conhecimento, educação e valores chamando a atenção de cada cidadão para a sua responsabilidade com o todo.

“ Meu problema é o medo de ficar louco. Tenho

que me controlar. Existem leis que regem a comu-

nicação. A impessoalidade é uma condição. A se-

paratividade e a ignorância são o pecado num

sentido geral. E a loucura é a tentação de ser to-

talmente o poder.” Clarisse Lispector

De Nero a Dilma Rousseff, umas bem, outras não tão bem intencionadas consciências, manipularam e manipulam setores importantes da sociedade.

Filipe de Sousa FENAI 1142/09-J

Numa sociedade movida à dinheiro e hipocrisia, encontramos pessoas propensas aos mais diversos rumos incluindo incluindo-se a devassidão. Cuidado com quem andas, pois tua companhia sumariza quem és. Não tenha medo de lutar pelo que acredita,

apenas seja você, mesmo nos mais divergentes momentos que possam surgir. Fazendo isto, certamente afetará os que estão à tua volta que não gostam do que veem. Saberão fazer a triagem do joio e do trigo. Só tome cuidado com o lado com que ficará, pois

uma escolha errada pode te afetar drasticamente. Pense no seu futuro. Sua escolha hoje, será o seu futuro amanhã.

Seja feliz, haja com honestidade sempre. Mas acima de tudo, cuidado com o que te tornarás!

Filipe de Sousa Programa: Noites de Domingo - Todos os Domingos ás 20 horas

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 12

Socializando O Senhor Boato Todo o mundo sabe que mentira tem perna curta mas, o boato não... Tem pernas e longas.

Mas a mentira, mesmo portadora dessa deficiência aniquiladora, é incrível como pode fazer extraor-dinários malabarismos e ainda se dê bem no atraente mundo das aparências.

Analisando bem, parece que o di-tado popular, no que se refere à mentira, não faz mais sentido nos dias de hoje.

Hoje quase não existe mais dife-rença entre a verdade e a mentira. Todas são velozes e eficientes, se dirigidas por indivíduos ardilosos.

A grande verdade, a minha verda-de, é que estamos rodeados de enormes mentiras. As mentiras proliferam de tal forma que já não são mais uma desonra mas, sim-plesmente argumentos que po-dem ser defendidos com novas mentiras. E, com isso, assumem imagem de exatidão e autenticida-

de, dependendo de caras e bo-cas, dos gestos solenes, dos ter-nos caros, do ar e autoridade, do cabelo bem tratado e penteado, da sobrancelha direita bem ergui-da, da retórica empolada, da res-posta que sempre começa com um “veja bem”.

Devemos admitir caros leitores, que só é ingênuo quem quer. Com toda a certeza você sempre sabe quando o outro está mentin-do. Mas, então, de onde vem a-quela predisposição que nos leva a nos deixar enganar? Porque te-mos a tendência de fingir que a-creditamos? Pior... Acabamos por acreditar mesmo, passado algum tempo, depois de ver proliferá-la tantas vezes. E, como sou um perguntador atrevido, insisto: quem é que está mentindo mais, você com seu fingimento, ou a mentira?

Calma... Não precisa parar de ler meu artigos. Fique, por favor... Me dê uma chance de explicar.

É que já vivi o suficiente para per-ceber que somos vítimas da ne-

cessidade de acreditar. E é disso que se valem os charlatões de plantão e os propagadores de bo-ato. O boato, essa forma de mentira coletiva, corre rápido como vento. E o boato tem uma característica interessante.

Ninguém o consegue passar para a frente sem dar uma contribuição pessoal , sem aumentar um pouco a história ou a dramatização.. Sei que é um meio de participar do acontecimento, de gerar notícia, de quebrar rotinas, de engendrar uma grande e estimulante fofoca. O problema está em que geral-mente um boato nunca se espalha de um jeito inofensivo.

Na maioria das vezes mostra-se destrutivo, pois usa ingredientes de crueldade, ou de medo, para que produza uma vibração inconti-da, uma comoção que cresça e abrace a todos.

Sim, acredito que em todo o boa-to há um que de verdade. Tam-bém conheço o ditado de que on-de há fumaça há fogo. Mas, a-

contece que o Senhor Boato tem o poder de transformar um mero fundo de verdade em uma autenti-ca mentira, assim como induz u-ma simples nuvem de fumaça a assumir as proporções de uma explosão de refinaria de petróleo.

O Senhor Boato é tão persuasivo que tem o poder de poder deixar você de mal com um familiar, com um grande amigo (a) ou com um vizinho. Pode fazer com que você fique trancado em casa por conta de uma bomba prestes a explodir. O Senhor Boato pode parar uma cidade, um estado, um País.

O Senhor Boato se propaga co-mo vírus de computador que nin-guém sabe de onde veio nem on-de irá parar mas, no entanto cau-sa muitos estragos e temores.

Por isso os Senhores Boatos con-ferem tanto poder a quem os es-palha.

Filipe de Sousa FENAI: 1142/09-J

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divul-gação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, orga-nização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de au-las, tais como: educação, cultura, tradições, his-tória, meio ambiente e sustentabilidade, respon-sabilidade social e ambiental, além da transmis-são de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conheci-mento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas res-ponsabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudi-quem seus nomes. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato. [email protected]

E SE O BOATO FOSSE VERDADEIRO?

Realmente, um boato que se es-palha somente entre a população interessada que não tem acesso à

internet mas que possui celular…parece mesmo que surgiu entre eles mesmo.

Terá nascido da preocupação e da insegurança diante da evidente inflação?

Pois os que recebem Bolsa-Família não sobrevivem apenas dela, tem que completá-la nos su-permercados. Esta é a verdadeira central de bo-atos que a ministra quis imputar à oposição!

Aventa-se que uma informação da CEF de um possível atraso nos

depósitos para um dos bolsistas pode ter se espalhado qual rasti-lho de pólvora e deu no que deu. Agora, eu penso o seguinte: e se , diante da inflação que não cede , do pibinho que não faz o milagre de criar empregos, da retração da indústria, da insegurança do in-vestidor externo e até da incle-mência climática… se acabarmos chegando a uma situação em que estas benesses forem impossíveis de serem repassadas aos benefi-ciários…eles colocarão o Brasil de pernas para o ar destruindo tudo?

Esta foi apenas uma amostra do que pode acontecer se…e parece que nos tornamos reféns de uma enorme camada da população que recebe um benefício que de-pois de uma década já deveria tê-los tirado da miséria porque tem-porário, mas que se tornou per-manente, porque não veio acom-panhado de educação , saúde, profissionalização.

Isso é o PT obrando.

Por: Mara Montezuma Assaf

Rádio web CULTURAonline Brasil Prestigie, divulgue, acesse,

junte-se a nós. A Rádio web

CULTURAonline BRASIL, prio-riza a Educação, a boa Música Nacional e programas de inte-resse geral sobre sustentabili-

dade social, cidadania nas temáticas: Educação, Escola, Saúde,

Cidadania, Professor e Famí-lia.Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a E-ducação e o Brasil se discute num debate aberto, crítico e

livre, com conhecimento e responsabili-

dade!

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 13

Nossas crianças A violência na vida dos adolescentes e jovens

A violência na adolescência constitui ma-téria de reflexão de diversas áreas do saber. Quando dizemos que hoje em dia muito se fala sobre o assunto, isto não significa que só recentemente a violência passou a fazer parte de nosso cotidiano. É inegável que ao longo da História o fenômeno sempre esteve presente. Po-rém, dependendo das circunstâncias, os atos de violência podiam ser justificados em nome de uma causa maior ou consi-derados uma transgressão a ser punida. Atualmente, a violência está de tal forma disseminada, assumindo as mais varia-das formas, que se tornou quase impos-sível precisar suas causas e propor me-didas eficazes para sua extinção. Esta questão se torna ainda mais complexa quando as agressões dirigem-se à popu-lação infanto-juvenil. A ação violenta en-volvendo crianças, adolescentes e jo-vens - em fase de crescimento e desen-volvimento - pode deixar seqüelas que os acompanham em sua vida adulta, im-pedindo o sujeito de estabelecer para si próprio critérios que lhe facultem o exer-cício de sua liberdade e o respeito pela liberdade alheia.

A violência contra crianças e adolescen-tes é bastante abrangente. Pode-se a-pontar um quadro de situações desfavo-ráveis como o abandono; o extermínio; os maus tratos; os abusos físico, sexual e psicológico; a exploração do trabalho infanto-juvenil; entre outros. Mas afinal por que nos dias de hoje violência e ado-lescência apresentam um vínculo tão forte? É a questão que este capítulo procura analisar.

A violência nas relações humanas O homem possui capacidades que o dis-tinguem de todas as outras espécies, entre elas a de discernimento, que o per-mite julgar, apreciar, optar, tornando-o sujeito do processo histórico-social e do-tado de um valor essencial: a liberdade. A grande questão é como entender o exercício dessa liberdade, levando em conta a liberdade de seu semelhante? E, nesta perspectiva, como avaliar uma a-ção violenta sob o prisma de uma quebra de um contrato entre duas partes? A história dos povos e da sociedade tem sido permeada por violações dos direitos humanos, porque nela se observa, se-gundo Veronese (1998), “...uma tendên-cia de se reprimir as necessidades das pessoas, dos agrupamentos humanos ou mesmo de povos inteiros”. Na medida em que o homem é impedido de se de-senvolver plenamente, dá-se início a um processo de violência, que se pode ma-nifestar nas mais variadas formas, ser-vindo-se de diferentes meios. A violência atinge a integridade da pessoa, a sua moral e o seu corpo, em outras palavras, atinge a estrutura psíquica mais profunda do ser humano. O termo violência refere-se à vida de relação do ser humano: relação com o mundo, com os outros e consigo próprio. Provém do latim vis, que comporta a idéi-a de ‘força’, ‘vigor’, ‘potência’, podendo também designar o ‘emprego da força’. De acordo com Dadoun (1998, pg. 10), “vis serve para marcar o ‘caráter essencial’, a ‘essência’ de um ser”. Nesta última acepção, é possível dizer que a violência é algo inerente ao ser humano, ou seja, faz parte da natureza humana, o

que leva o referido autor a defender a idéia de um homo violens. Em contrapartida, também se fala da violência como algo externo ao homem, algo que lhe é impingido, sendo que toda resposta, mesmo que violenta, passa a ser vista como uma reação ou forma de defesa, por parte do homem, às tentati-vas de cerceamento de sua liberdade. Assim, por um lado fala-se do homem como agressor nato e, de outro, como vítima. O problema que ambas posições apre-sentam decorre do fato de se atribuir à violência uma essencialidade, em lugar de vê-la como um fenômeno que implica uma relação. Não se trata de considerar uma relação simples com papéis bem definidos - o violentador e o violentado - mas de pensar o que não funciona na relação entre dois sujeitos, ou mesmo do sujeito consigo próprio quando emerge uma situação de confronto, sem emitir, de modo apressado, juízos de valor. Po-rém, quando se situa a violência em um ou em outro pólo, a única preocupação parece ser a de “conter”, ‘educar’ ou mesmo ‘reprovar’, sem se efetuar uma reflexão maior sobre o que, num primeiro olhar, se presentifica com uma força ou um vigor que pareça injustificado. Por um lado, fatores políticos, econômi-cos, sociais e culturais criam situações em que a violência é perpetrada aos se-res humanos, mas não se pode negar que o ser humano age com impulsivida-de em determinadas situações. Ou seja, não é tão simples precisar a origem e os motivos da violência. Nessa perspectiva, este fenômeno re-quer uma avaliação cuidadosa antes que se rotule um comportamento ou uma si-

tuação como violentas. Por que, na soci-edade contemporânea, violência e ado-lescência mantêm um vínculo tão forte? A violência contra adolescentes e jovens é mais visível hoje devido aos meios de comunicação, que são velozes em apre-sentar os fatos violentos, potencializando este fenômeno de forma tão negativa. Todavia, como observa Veronese (1998), a violência tem sido de tal modo banali-zada, que a população acaba deixando-se levar, cada vez mais, pela ação vio-lenta. A violência que deveria assombrar, con-duzindo a ações positivas, abrindo um espaço de resistência para estimular ati-tudes construtivas e não punitivas, acaba por tornar omisso o ser humano. E as-sim, a indignação inicial dá lugar à passi-vidade, ao descaso ou, no outro extremo, pode conduzir a uma atitude sombria, de revolta contra tudo e contra todos. Com tantos sofrimentos e mortes de ado-lescentes e jovens, o futuro do nosso país parece envolto em um imaginário de violência que revela um modelo social perverso. Situações antes consideradas excepcionais passam a ser vistas como corriqueiras: “coisas do cotidiano”. Esta constatação pode nos levar aos seguintes questionamentos: Que mundo queremos? Que juventude estamos formando? Que tipo de impacto a violência vem causan-do nos corpos e nas mentes daqueles que serão os adultos do Brasil do ama-nhã ? Por: Zilah Meirelles e Regina Herzog

PRINCIPAIS CAUSAS DETEMINANTES DO AUMENTO DA VIOLÊNCIA E DA CRIMINALIDADE DE MENORES E O

PAPEL DO POLÍCIAL-MILITAR.

A falta de infra-estrutura das famílias e de apoio de programas que possam aju-dar o menor, já nos primeiros dias de sua vida, é a carência básica de seu mais elementar direito, a alimentação. Isto já determina naturalmente o que será a criança em termos de funcionamento intelectual, vez que a subalimentação, a desnutrição na infância, comprovada-mente, já o condena para o resto de sua vida a uma situação de inferioridade inte-lectual, que o levará fatalmente, a en-frentar dificuldades, que as crianças ori-undas de famílias mais abastadas não enfrentarão.

A questão social não é a única que mar-ginaliza essa camada da sociedade. Ao contrário outros fatores se fazem presen-tes, tais como a própria família da crian-ça, desemprego de seus pais, falta de moradia, mendicância, miserabilidade, na verdadeira acepção da palavra. Como colorário, quase sempre os pais entre-gam-se aos vícios, principalmente o álco-ol. Desenvolvem, a partir daí, verdadei-ras sessões de horror com seus filhos e para piorar, muitas vezes os violentam sexualmente.

A televisão tem exaustivamente mostra-do, em programas policiais, que inundam as tardes de todos os dias, que a violên-cia dos pais, contra seus filhos, é alar-

mante. Aliada a essa questão encontra-mos a prostituição infantil e adolescente, o uso de drogas, ingestão de cola, au-sência de escolaridade, famílias sem qualquer tipo de planejamento, incha-mento demográficos das grandes cida-des, dando origem às favelas, tão nos-sas conhecidas, e que, na maioria das vezes, estão distribuídas próximas dos bairros ricos formando um cinturão que vem mantendo praticamente, no clausu-ro, essa outra camada da sociedade, que brada, que grita por liberdade e seguran-ça.

A criminalidade envolvendo a criança e o adolescente não se restringe apenas às famílias que sobrevivem na miséria, mas sobretudo àquelas que não sofrem desse mal. Vemos, hoje, com pesar, que a per-missividade dos pais, que não impõe limites aos seus filhos, criam verdadeiros transgressores da lei e da ordem consti-tuída.

A despreocupação com o futuro de seus pupilos permitindo-lhes ‘tudo’, desde jo-gos, freqüência a boates, bares e lancho-netes até altas horas da noite, as cons-tantes crises conjugais, o ócio, o tédio, a violência, as drogas, as imagens de tele-visão banalizando de forma explícita o sexo em horários nobres, a igreja que perdeu ao longo dos anos o seu papel junto da família, pois que busca, muito mais, sua promoção política do que pro-moção da alma de seus fiéis, tudo isso, por certo choca a criança, choca o ado-lescente que não conseguindo por sua

imaturidade filtrar todas essas informa-ções, acaba por absorvê-las, consumin-do-as como se fossem o primado de nos-sa cultura.

Se é verdade que o grande contingente, para não dizer a maioria, de menores que cometem atos infracionais encon-tram-se entre os de baixa renda, ou de nenhuma, comprovando que são o carro chefe da origem do aumento da criminali-dade, pois que a sociedade hodierna não lhes reserva qualquer oportunidade, e mesmo que lhes desse chance a sua precária alimentação, ao longo dos anos, não lhes permite competir ‘em pé de’ igualdade com os que tiveram uma infân-cia saudável. É verdade, também que a classe social mais privilegiada enfrenta os mesmo problemas, só que aos contrá-rio, pois esta combalida estrutura familiar perdeu a autoridade para com os seus filhos que viraram vítimas de uma legião de miseráveis que estão à sua espreita e cada vez mais aperta-lhes o cinto do hor-ror.

As estatísticas comprovam que o proble-ma se agrava a cada dia que passa. Ex-tirpar as causas não está nas mãos da Polícia Militar, no entanto não quer dizer que deva ficar inerte. O seu envolvimen-to, não só repressivo, é medida, hoje, absolutamente necessária. Um claro e-xemplo disse é o PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência), Projeto Formando Cidadão, um sucesso em todas as cidades onde foi implantado, mas não basta. É preciso

organizar a sociedade e buscar mais so-luções. Deve envidar todos os esforços para desenraizar esse mal que ameaça destruir as crianças, jogando-as de vez, no poço da miséria humana. Isso é papel do oficial que com sua liderança pode organizar a sociedade.

As principais causas que determinam o aumento da criminalidade infantil e ado-lescente estão nos relatórios das polí-cias, nas manchetes dos jornais. Sem dúvida alguma, em que pese os altos níveis de pobreza e miséria, os progra-mas devem dirigir-se no sentido de reti-rar os menores das ruas encaminhando-os para os projetos já existentes, evitan-do-se, assim que fiquem mercê de crimi-nosos que os organizam formando com eles verdadeiras quadrilhas, aproveitan-do-se, destarte de sua inexperiência e às vezes inimputabilidade. Isso é papel que pode ser desempenhado pelo policial-militar (principalmente do soldado de rá-dio patrulha), que durante o seu turno de serviço deve fazê-lo, encaminhando-o para os programas existentes em seus municípios, a fim protegê-los daqueles que querem valer-se de sua miséria.

Acredito, sinceramente, ser esse o nobre papel do policial-militar no combate as causas da violência e da criminalidade envolvendo menores. Comando Geral http://www.policiamilitar.pr.gov.br

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 14

Política e Políticas Democracia e Socialismo "O Filósofo, um artista, um homem de gosto, participa de uma concep-ção de mundo, possui uma linha consciente de conduta moral, contri-bui assim para manter ou para modi-ficar uma concepção do mundo, isto é, para promover novas maneiras de pensar" Antonio Gramsci A palavra comunismo foi e ainda é para muitos motivo de medo. Devem de fato teme-lo os donos dos meios de produção, banqueiros especula-dores, empresários avarentos, lati-fundiários, fazendeiros do agronegó-cio, afinal de contas todos eles odei-am a democracia, e o comunismo é a radicalização total do processo de socialização, não só da propriedade, mas também da política.

Os trabalhadores, ao contrário, de-vem enxergá-lo como emancipação não só da classe operária, mas de toda a humanidade. Comunismo sig-nifica o fim da alienação, da explora-ção do homem pelo homem, das de-

sigualdades e da divisão social entre governantes e governados. Mas afinal qual o caminho a ser tri-lhado até esta sociedade? Quais os protagonistas desta luta? Quem são os seus inimigos? Em sua forma clássica pensada por Marx, o Comunismo seria a etapa final de um processo que sucederia o momento em que os operários ga-nhassem o poder estatal e aplicas-sem a “ditadura do proletariado”, ou seja, logo após um período socialista segundo o qual os trabalhadores a frente da nova ordem social gradati-vamente iriam eliminando os antago-nismos sociais a ponto de abolir o Estado e a propriedade priva-da. Marx escreveu sua obra na Europa do século XIX, e como qualquer outro escritor era homem de seu tempo, e o próprio tinha em mente de que no futuro as formas de organização do comunismo deveriam ser repensa-das. É fato que o comunismo não foi experimentado em nenhum país do mundo, na verdade, nem mesmo se chegou ao socialismo. As experiên-

cias do Leste da Europa despreza-ram a democracia política através da burocratização partidária do PCUS e seus satélites e desconsiderou os elementos consensuais como forma de estabilização do novo regime. O resultado foi a derrocada do mal cha-mado socialismo real e a construção de um mundo unipolar brutalmente hegemonizado pelo capitalismo. Não significa, contudo, que o comu-nismo desapareceu como ordem so-cial alternativa. Ele reaparece através de uma nova etapa de luta política centrada numa construção cultural que dê as bases de sustentação de um mundo sem antagonismos soci-ais, o que Gramsci chamou de “reforma intelectual e moral” da soci-edade. Esta reforma passa por uma batalha hegemônica dentro da socie-dade civil, na formação de um espíri-to solidário, fraterno e coletivo, con-trapondo o individualismo e o egoís-mo do modo de produção capitalista. É dentro das escolas, das igrejas, da mídia, dos partidos políticos, dos ór-gãos difusores de ideologia e de livre associação, que caracteriza a moder-

na sociedade civil é que vai se travar esta batalha. Os “aparelhos privados de hegemonia” (Gramsci) precisam ser hegemonizados pelos valores universais das classes subalternas, por isso a urgência de se concretizar reformas que golpeiem a ordem do capital e reverta a correlação de for-ças a favor das classes não proprie-tárias. Os inimigos continuam os mesmos, as classes subalternas se tornaram mais heterogêneas. São trabalhado-res, mas também negros, mulheres, homossexuais, índios, desemprega-dos, todos aqueles globalmente opri-midos pelo poder das corporações privadas da ordem capitalista. Se o mundo mudou, os comunistas também mudaram. Não pela utopia de um mundo mais humanizado, mas principalmente por sua estratégia que continua ainda nos dias de hoje inco-modando a todos que vivem sob a exploração do trabalho alheio.

CONTATOS: 055 12 9114.3431 - Emails: CONTATO: [email protected] - patrocí[email protected]

O que todos deveriam sa-ber sobre política e

“politicagem”

A maioria das pessoas não tem uma noção muito clara de o que é política, por isso sempre se ouve a frase “política não se discute”.

Para muitos a concepção de política é político corrupto, lavagem de di-nheiro, atos ilícitos, mas isso não é política e sim “politicagem”, que em síntese é servir-se de artifícios políti-cos egoístas para beneficiar somente uma pessoa ou um pequeno grupo de pessoas interligadas.

Política é um exercício de poder de um homem sobre outro homem, quando se busca utilizar do poder para defender os direitos de cidada-nia e do bem comum.

Quando o político é eleito ele tem o dever de fazer algo que vá beneficiar a população, honrar as pessoas que o escolheram, pois quando são elei-tos é como se recebessem uma pro-curação de representatividade e total liberdade para fazer escolhas em no-me do povo. Os cidadãos obtiveram o direito de votar, de escolher quem seriam os

representantes do povo. Com esse direito adquirido, todos devem ter consciência de que essas pessoas eleitas e escolhidas para representar a população, tanto na esfera federal, estadual como municipal, são obriga-das a agirem em primeiro lugar com respeito, porque o respeito que lhes é concedido deve ser recíproco.

“Politicagem” são atos inescrupulo-sos, que visam o benefício próprio e não a coletividade, são ações de poli-tiqueiros que querem se dar bem às custas do povo. Há situações de cor-rupção constantes acontecendo na esfera política que não condizem com a responsabilidade que é dada aos representantes do povo. Aconte-cem muitos escândalos envolvendo políticos corruptos, pois estes apro-veitam a oportunidade de estarem no poder e acham que podem fazer o que bem entendem como desviar di-nheiro público para suas contas ban-cárias, cometer crime de nepotismo, fazer esquemas de compras ou o-bras superfaturadas para ganhar mais que os seus respectivos subsí-dios. Tudo isso porque acham que são os donos da razão, esquecendo que eles estão ocupando essas ca-deiras porque foram escolhidos pela população que os julgaram aptos pa-ra exercer os mandatos para os quais foram escolhidos.

Política é algo sério, não apenas pa-ra ser lembrada em época de elei-ção, mas sim, a todo o momento, pois ela é a grande protagonista da história e veio para melhorar e bene-ficiar a população. São os políticos eleitos que cuidam dos bens públi-

cos, tanto recursos financeiros, bens materiais e serviços públicos. Política deve ser exercida por pessoas capa-zes, sábias e responsáveis, porque com a política conseguimos grandes benefícios para a nação, estado ou município.

O ato de se fazer uma coligação de partidos políticos diz respeito a uma boa política, tendo em vista que atra-vés dessas coligações partidárias os governantes podem trazer grandes benefícios à população, pois grandes ações são indispensáveis para alcan-çar a legitimidade e suporte gover-namental em busca de eficácia. Por trás de uma grande política deve haver uma boa governabilidade que significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios que dizem respeito às a-ções dos poder público. A governabi-lidade refere-se à competência do governo em diagnosticar problemas cruciais e estabelecer as políticas apropriadas ao seu enfrentamento. Diz respeito também à habilidade go-vernamental de viabilizar os meios e os recursos necessários ao cumpri-mento dessas políticas, destacando, além da tomada de decisão, os pro-blemas vinculados ao processo de implementação. Por fim, estreitar a vinculação da tomada de decisão com capacidade de liderar o Estado, sem tornar as decisões ineficazes.

A política é bem abrangente, pois em todos os lugares existe política até mesmo dentro de casa, quando se tem um chefe de família que adminis-tra a casa e alguém para ser admi-nistrado; a sociedade é constituída por várias políticas que são denomi-

nadas de política social, política de saúde, política de educação, política de economia, política de transportes entre outras. Política busca somente melhorias e bem estar para toda so-ciedade e não prejudicar. Deve-se ter a total clareza que corrupção não é polít ica e sim “polit icagem”. Este é um ano de eleição e todos os eleitores devem escolher bem em quem vão votar, analisar com bastan-te tranquilidade quem realmente quer ver o benefício da sociedade, quem vai trabalhar para ajudar o povo, lutar pelos direitos dos cidadãos. O cidadão tem todo o direito de voto livre, não é obrigado a votar em quem lhe faz promessas falsas, ou quem lhe trata bem somente no ano de eleição, tem que ter uma clareza de todo o trabalho desse político, o que ele faz pela sociedade. E mesmo quando este estiver candidatando-se pela primeira vez, ele pode ser anali-sado pelos seus atos cíveis durante sua vida, se realmente é uma pessoa de bem, ou se está querendo candi-datar-se com o propósito de achar que terá vida boa.

Portanto, há um grande abismo de d i f e renças ent re po l í t i ca e “politicagem”, pois ambas não dizem respeito aos mesmos atos, enquanto uma trata de algo que institua boa conduta, razão, responsabilidade e respeito para com quem a contempla como uma ciência da organização de direção e administração, a outra in-fringe os princípios legais da adminis-tração pública fazendo com que as pessoas não acreditem mais na ho-nestidade dos políticos. Autora: Emily Sabrina Machado

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JUNHO 2013 Gazeta Valeparaibana Página 15

Sociedade

Adolescentes e jovens:

entre perpetradores e vítimas

Falta de preparo, estrutura organizacio-nal deficitária, modelo econômico con-centrador e excludente, situação de po-breza; todos estes fatores têm uma im-portância fundamental na análise da situ-ação com que nos defrontamos nos dias de hoje. Acrescente-se a isso as trans-formações vertiginosas que vêm ocorren-do em todos os setores da sociedade: a questão da globalização, por exemplo, suscita, entre os profissionais de várias áreas, uma discussão acalorada sobre o futuro da sociedade e, mais especifica-mente, do adolescente.

Aqui cabe uma ressalva: apesar da perti-nência de considerações de caráter soci-al, econômico e político, que levam a uma intensificação da violência na ado-lescência, não podemos dizer que as sociedades mais “justas” se encontrem livres desta questão, ou mesmo, que te-nham a questão sob controle. Se olhar-mos para a nossa própria realidade, va-mos nos deparar com situações de vio-lência na população adolescente de clas-se média e alta.

Por exemplo, o caso do grupo de adoles-centes em Brasília que ateou fogo no índio Galdino, da tribo Pataxó. Casos como este nos obrigam não a relativizar os aspectos sócio-econômicos, mas in-dagar o que há para além deles, ou jun-tamente com eles, que possa nos ajudar a compreender melhor a questão da vio-lência na adolescência.

Por outro lado, o reconhecimento da ca-tegoria “adolescência” pela sociedade é recente. Até então, dividia-se o desenvol-vimento humano entre infância, maturi-dade e velhice, ficando o adolescente ora identificado com a criança, ora com o adulto. Neste sentido, só há pouco tem-po o adolescente passou a ter um lugar na sociedade e podemos dizer que, en-quanto a violência, na atualidade, se a-lastrou, perdendo uma determinada cir-cunscrição, em contrapartida o adoles-cente passou de direito a ocupar um lu-gar na sociedade. Cabe perguntar que lugar é esse.

Nas transformações vertiginosas que caracterizam os tempos atuais, a socie-dade parece ter perdido referências fun-damentais para o convívio social, que lhe permitiam legislar e estabelecer modelos de justiça, igualdade e fraternidade.

A sensação de desterritorialização, de uma ausência de certezas sobre si pró-prio e sobre o mundo, de falta de pers-pectivas futuras,é tão intensa que o ser humano tem dificuldade de sustentar seus valores e passar para as novas ge-rações um sentido para a vida. De certo modo este quadro acaba estabelecendo um solo fértil para o agravamento da si-tuação de violência.

Numa definição, bem simples, a adoles-cência se caracteriza por um período de grandes transformações biopsicossoci-ais. O que marca este processo é uma busca de identidade que, paradoxalmen-te, se pretende distinta, diferente de tudo que esteja instituído. Talvez seja mais apropriado dizer que se trata, para o a-

dolescente, de uma busca de singulari-dade, busca que comporta uma ambigüi-dade. Estamos habituados a considerar o adolescente como um transgressor em virtude de sua recusa em aceitar normas e limites. Parafraseando uma velha can-ção, diz-se que o adolescente é “um re-belde sem causa”. Estas designações não são destituídas de sentido se enten-demos este processo como uma busca de singularidade. Contudo, tornam-se problemáticas quando o sentido dado tem um caráter negativo.

O adolescente não se fixa em nenhum modelo, acompanhando com aparente facilidade as mudanças que ocorrem no mundo. É esta aparente labilidade emo-cional que faz com que o adolescente seja percebido pela sociedade como al-guém sem um papel definido, em última análise, como um irresponsável de quem muito se exige e, para quem, pouco se concede. Mesmo que não seja precon-ceituosa, esta designação deixa implícita a necessidade de medidas educativas que, na maior parte das vezes, não le-vam em conta a labilidade emocional como constituinte do próprio processo em que se encontra inserido o adoles-cente, além de ser de fundamental im-portância em sua busca de identidade.

As medidas educativas têm como objeti-vo maior adaptar o adolescente à reali-dade, tornando-o responsável e propici-ando a inserção no universo adulto. Dois aspectos merecem consideração: em primeiro lugar, a grande contradição é que o que se denomina como realidade comporta um elevado grau de violência social. Na prática, é como se alguém ordenasse ao adolescente que aprenda a conviver em sociedade segundo deter-minadas regras, sendo-lhe oferecido co-mo modelo uma sociedade onde o que impera é uma ausência de referências.

Em segundo lugar, a tarefa de educar, formar um adolescente, exige que se tenha presente não só sua capacidade de aprender mas, fundamentalmente, seu potencial afetivo, principal condição para que o adolescente estabeleça laços que possibilitem, no futuro, uma inserção mais criativa na sociedade.

Uma saída seria conscientizar a popula-ção adulta a ocupar, com mais proprie-dade, este lugar de modelo com o qual o adolescente deveria identificar-se. Trata-se de uma proposta pertinente, mas a desigualdade que se acentua cada vez mais dificulta a viabilização de tal projeto. Apesar disso, não devemos desistir da empreitada.

A questão da violência é de tal complexi-dade que leva aqueles que se dedicam ao tema a distinguir suas variadas for-mas de apresentação a partir dos aspec-tos que conformam determinadas situa-ções. Assim, por exemplo, podemos falar de violência urbana para mostrar como um crescimento desordenado das cida-des propicia a violência; ou de violência intradomiciliar, procurando circunscrever, no convívio familiar, as causas da violên-cia.

Ações sociais e políticas nas áreas do trabalho, da saúde e da educação certa-mente reduzem os conflitos existentes. Devemos ter presente que normas, pre-ceitos e leis não são instituídos de modo independente da própria sociedade. Quando o que se denomina violência se caracteriza por um excesso ou um desvi-

o daquilo que é a norma, corre-se o risco de forçar a obediência a leis que, muitas vezes, estão a serviço de uns poucos.

Com relação à necessidade de escutar as reivindicações afetivas do adolescen-te, podemos detectar nas situações de violência (urbana, intradomiciliar, social e outras) a ausência deste aspecto. Con-forme assinalamos acima, violência sig-nifica ‘força’, ‘potência’, ‘vigor’, palavras que certamente servem para definir a adolescência. Isto porque, se podemos detectar no adolescente uma labilidade emocional, não podemos esquecer que ela expressa, antes de tudo, sua potên-cia para investir sua emoção, mesmo que momentaneamente, em tudo o que faz e em todos com quem lida. A liberda-de, para o adolescente, diz respeito à possibilidade de deixar fluir seu afeto. Longe de ser negativo, o que se chama de irresponsabilidade tem muito mais a ver com o fato de que esta força afetiva ainda não encontrou onde se fixar.

Neste quadro todas as normas, precei-tos, limites impostos são vivenciados pelo adolescente como impeditivos da expressão de seus anseios e desejos. Na medida em que esses anseios e de-sejos são difusos, a busca se torna de-sordenada, visando tão somente a uma satisfação imediata. Em sua relação com o mundo, com os outros e consigo pró-prio, nenhum critério de avaliação é leva-do em conta. Para ele, pensar, ponderar, aguardar uma ocasião mais propícia são palavras vazias e toda ação precede a avaliação, fazendo com que a satisfação momentânea de seus desejos acabe por acarretar um conflito.

Em outras palavras, o impulso para a realização de um desejo é de tal intensi-dade que torna difícil, para o adolescen-te, levar em conta a realidade. Por este motivo, toda análise sobre a questão da violência, em suas várias modalidades - urbana, social, intradomiciliar, institucio-nal -, e que envolve a adolescência, deve dar relevo ao aspecto afetivo constituinte de sua formação.

Conforme sublinhamos acima, o proces-so de busca de uma identidade comporta uma ambigüidade, pois se nos referimos à necessidade de o adolescente se dis-tinguir entre os demais, verificamos, em contrapartida, que uma das característi-cas mais marcantes é sua identificação com grupos de sua faixa etária ou, se-gundo seus próprios termos, o pertenci-mento a sua “tribo”. Nesta identificação ocorre um apagamento das diferenças e uma idealização sem crítica daquele ou daqueles que dentro das “tribos” são os “mais bem sucedidos”, segundo a pers-pectiva do adolescente.

Se por um lado esta situação correspon-de a um processo normal de desenvolvi-mento, também pode derivar de dificul-dades emocionais no espaço familiar.

Quando a falta de habilidade da família em lidar com o adolescente e as próprias dificuldades de ordem econômica des-pertam nos pais um comportamento a-gressivo, o conflito de gerações dificulta o adolescente a enxergar em casa um modelo com o qual possa se identificar. Aí ele se volta para sua “tribo”.

O que se depreende da fala dos adoles-centes é uma carência afetiva que aca-bará por comprometer seu desenvolvi-mento. Além disso, uma situação como esta também pode gerar, da parte do

adolescente, atitudes violentas na medi-da em que se sente respaldado por seu próprio grupo.

Esta situação é paradigmática do que se caracteriza como violência social. O ser humano está inserido num universo onde a relação entre os pares é vital. Ou seja, é fundamental que no processo de de-senvolvimento o adolescente estabeleça laços sociais que lhe permitam fazer par-te de um grupo. Se ele não encontra um espaço no seio da família, certamente irá procurar em outros lugares.

Na atualidade, o modelo com o qual o adolescente irá se identificar está tão destituído de referências seguras, tão banalizado em termos de quaisquer valo-res, que se torna difícil forjar sua própria identidade. Além do mais, o social impli-ca, por definição, uma renúncia de satis-fação imediata na medida em que é pre-ciso levar em conta o outro. Se não é fácil para o ser humano, de uma forma geral, concordar em abrir mão da satisfa-ção imediata, para o adolescente, que se vê e se sente como ‘dono do mundo’, esta tarefa é muito mais árdua. Nesta dimensão, as exigências da vida em so-ciedade são percebidas, pelo adolescen-te, como uma violência.

A formação do adolescente precisa con-siderar que a própria construção da iden-tidade pressupõe que um outro - os pais, os educadores, a sociedade - funcione ao mesmo tempo como agente propicia-dor (modelo) e como aquele que impõe limites. Exercer este duplo papel requer, antes de tudo, sensibilidade. Por outro lado, sabemos que aquele que serve de modelo também tem uma expectativa em relação ao adolescente. E esta expectati-va pode estar comprometida com os pró-prios ideais do adulto, sonhos irrealiza-dos, desejos frustrados, impedindo, mui-tas vezes, o adolescente de dar voz a seus anseios.

Se esta atitude não é devidamente di-mensionada, certamente podemos estar diante de uma relação que se configura como violenta. Deste modo, se por um lado é bastante difícil para o adulto exer-cer este duplo papel, por outro o trabalho do adolescente também não é simples. O vigor que o adolescente imprime, em sua busca de identidade, vai exigir que este processo de identificação com o outro não implique uma destruição de si.

A violência se caracteriza por uma rela-ção onde se verifica uma quebra de con-trato entre duas partes. Na questão da adolescência, outro fator se soma a isso: trata-se do aspecto afetivo que permeia suas relações e que, no processo de busca de identidade, precisa ser levado em consideração.

Por: Zilah Meirelles e Regina Herzog

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JUNHO - Festas Juninas - Nossas Tradições - Vamos curtir...

Edição nº. 67 Ano VI - 2013

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável - Cidadania

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebrado a 10 de junho, é o dia em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, e também um feriado nacional de Portugal. Este feriado foi a-daptado pela Igreja Católica no país como Dia do Santo Anjo da Guarda de Portugal.

Durante o regime ditatori-al do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, era celebrado como o Dia da Raça.

Na sequência dos trabalhos legis-lativos após a Proclamação da Re-pública Portuguesa de 5 de Outu-bro de 1910, foi publicado um decreto em 12 de Outu-bro estipulando os feriados nacio-nais. Alguns feriados foram elimi-nados, particularmente os religio-sos, de modo a diminuir a influên-cia social da igreja católi-ca e laicizar o Estado.

Neste decreto ficaram consignados os feriados de 1 de Janeiro, Dia da Fraternidade Universal; 31 de Ja-neiro, que evocava a revolução fa-lhada do Porto, e portanto foi con-sagrado aos mártires da Repúbli-ca; 5 de Outubro, Dia dos heróis da República; 1 de Dezembro, o Dia da Autonomia (Restauração da Independência) e o Dia da Bandei-ra; e 25 de Dezembro, que passou a ser considerado o Dia da Famí-lia, laicizando a festa religio-sa do Natal.

O decreto de 12 de Junho dava a inda a poss ib i l idade de os municípios e concelhos (Municípios) escolherem um dia do ano

que representasse as suas festas tradicionais e municipais.

O 10 de Junho começou a ser par-t icu larmente exa l tado com o Estado Novo, o regime instituído em Portugal em 1933 sob a direc-ção de António de Oliveira Salazar. Foi a partir desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional. A generalização dessas comemorações deveu-se bastante à cobertura dos meios de comunicação social.1

Durante o Estado Novo, o 10 de Junho continuou sendo o Dia de Camões. O regime apropriou-se de determinados heróis da república, não no sentido laico que os repu-blicanos pretendiam, mas num sentido nacionalista e de comemo-ração coletiva histórica e propa-gandística.

Até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Ra-ça, este último epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944. A partir de 1963, o 10 de Junho tor-nou-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas, numa exaltação da guerra e do po-der colonial.

Com uma filosofia diferente, a Terceira República converteu-o no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portugue-sas em 1978. Desde o ano 2013 a c o m u n i d a d e a u t ô n o m a da Extremadura espanhola festeja também este dia.

O 10 de Junho

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Nesta data, assinala-se a morte do poeta Luís de Camões e enaltecem-se os feitos passados do povo portu-guês. E recorda-se o enorme Ray Charles, que morreu a 10 de junho de 2004.

A data da morte de Luís Vaz de Camões, em 1580, deu origem ao Dia de Portugal, de Camões e das

Comunidades Portuguesas. Até ao 25 de abril de 1974, celebra-se a 10 de junho o Dia de Camões, de Portugal e da Raça. A partir da Re-volução dos Cravos, a comemora-ção ganhou uma nova dimensão.

A origem do Dia de Portugal en-contra-se nos trabalhos legislativos após a Proclamação da República, a 5 de outubro de 1910. Um decre-to que definia os feriados nacionais é publicado, sendo que alguns feri-ados religiosos são eliminados, pa-ra reduzir a influência social da I-greja Católica e na criação de um Estado laico.

Luís de Camões assumia-se como um génio da Pátria, sendo que os republicanos atribuíam enorme im-portância ao 10 de junho, dia da morte do poeta. Curiosamente, a celebração da República tinha um cariz mais municipal. Este dia aca-bou por representar um modo de invocar as glórias camonianas.

O 10 de junho começa por ser par-ticularmente exaltado com o Esta-do Novo e o Dia de Camões pas-sou a ser festejado a nível nacio-nal. No entanto, ao contrário dos republicanos, que pretendiam um Estado laico, Salazar quis que Ca-mões fosse símbolo nacionalista e propagandístico.

Antes da Revolução dos Cravos, 10 de Junho era o ‘Dia de Camões, de Portugal e da Raça’ (este último epíteto criado por Salazar na inau-guração do Estádio Nacional,em 1944). A partir de 1963, esta data tornou-se também numa forma de homenagear as Forças Armadas. A Terceira República converte a celebração, em 1978, para ‘Dia de Portugal, de Camões e das Comu-nidades Portuguesas’.

A viagem pela história do 10 de junho começa em 1776, nos EUA. O Congresso de Filadélfia aprova a Declaração de Independência dos estados da união, neste dia. Em Inglaterra, realiza-se neste dia, em 1829, a primeira regata entre Ox-ford e Cambridge.

Já em 1924, Giacomo Matteotti, deputado e secretário-geral do Partido Socialista Italiano, é por um grupo fascista. Destaque ainda pa-ra uma perda irreparável, nas Ar-tes, com a morte de Ray Charles, em 2004.

A NATO anuncia a 10 de junho de 1999 o fim dos bombardeios aé-reos contra a Jugoslávia, após 79 dias de ataques. A ONU autoriza o movimento da força internacional para o Kosovo e a criação de uma administração interina para o terri-tório.

Nasceram neste dia Jacques Mar-quette, missionário jesuíta e explo-rador francês (1637), Gustave Courbet, pintor francês (1819), Theodor Philipsen, pintor dinamar-quês (1840), Pierre Duhem, físico francês (1861), Frederick Cook, explorador polar e psiquiatra norte-americano (1865) e Judy Garland, cantora e atriz norte-americano (1922).

Morreram neste dia ‘Alexandre, o Grande’ (323 aC), Luís Vaz de Ca-mões, poeta português (1580), An-dré Marie Ampère, físico e mate-mático francês (1836), Antoni Gau-dí, arquiteto espanhol (1926), Spencer Tracy, ator norte-americano (1967), George Wells Beadle, cientista norte-americano, Nobel da Medicina (1989) e Ray Charles, cantor e pianista norte-americano (2004).

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