É menina... (Síntese do debate sobre os Direitos das Mulheres inserido no tema Igualdade )
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É menina...
(Síntese do debate sobre os Direitos das Mulheres inserido no tema “Igualdade”)
Quando um bebé nasce (e desde que lhe ponham uma fralda, claro) não há diferenças entre rapazes e
raparigas.
Mas à medida que o tempo vai passando as
diferenças começam a notar-se. Se o bebé
estiver vestido de cor de rosa ou com rendas,
podem ter a certeza que é uma rapariga. Se
estiver vestido de azul ou se a roupa tiver o
desenho de um barco, um avião ou um urso,
então é certamente um rapaz.
Questão: Se os rapazes não podem usar rendas, de que sexo era o Luís XIV de França?
Descubra as diferenças
É verdade que homens e mulheres são diferentes.
É verdade que uns e outros têm determinadas
características que lhes são específicas, mas isso
é uma prova de que a espécie humana se
complementariza e não de que um sexo é inferior
ao outro.
A História ajuda-nos a descobrir alguns dados importantes:
• Na Pré-História a mulher tinha um papel importantíssimo já que era a única (pensavam eles) que gerava vida e preservava a continuação da espécie.(Vénus de Willendorf e pintura rupestre)
•Os homens só se vão tornando os senhores do mundo com o surgimento da necessidade de defesa das
comunidades no Neolítico.
• As mulheres vão sendo, aos poucos, forçadas a ocupar um lugar secundário em sociedades cada vez mais bélicas.
Limitam-lhes o acesso à cultura (salvo honrosas excepções), cortam-lhes o poder de decisão sobre as suas vidas (a mulher está subjugada primeiro ao pai, depois ao marido e depois aos filhos), vedam-lhes a hipótese de ter uma profissão, negam-lhes todos os direitos civis.
• Durante séculos a mulher passou a ser o “Anjo do Lar” e ponto final!!!!!!
Mas a partir da Revolução Francesa as
coisas começam a mudar...
De “A Declaração dos Direitos das Mulheres” de Olímpia de Gouge publicado em 1791:
“Queremos ter direito a votar!Possuir bens!Divorciarmo-nos!Desempenhar cargos públicos de responsabilidade!”
De “Defesa dos Direitos das Mulheres” de Mary Wollstonecraft publicado em 1792:
“As mulheres não são inferiores aos homens, por natureza. Foram os homens que nos fizeram assim, negando-nos a informação e mantendo-nos fechadas em casa. Não existem qualidades especificamente femininas e masculinas, existem sim qualidades humanas. Estou certa que, em igualdade de oportunidades, as mulheres são tão capazes de serem bem sucedidas como os homens.”
A partir do século XIX aparece na Inglaterra um grupo pequeno de mulheres resolutas que inicia uma luta sistemática pelo direito ao voto feminino.
Foi uma longa e dura caminhada. As sufragistas foram humilhadas, presas, ridicularizadas. Não desistiram nunca. A sua luta começa a dar frutos. Os seus ideais espalham-se pelo mundo.
A Primeira Guerra Mundial dá um novo impulso à causa: As mulheres asseguraram o funcionamento das indústrias e dos campos durante a guerra. Quando esta acaba os homens já não podem dizer que o reino feminino deve ser a casa.
O voto feminino vai sendo sucessivamente conquistado.
A igualdade foi assim conseguida?
Era bom, mas NÃO! Mudar mentalidades é sempre o mais difícil.
As mulheres continuam ainda a sua caminhada pela igualdade de direitos e ainda há muito que fazer…
Mas muito, muito já foi feito. O mundo da cultura, da arte, das empresas e da política já não é exclusivamente masculino.
Não sabemos como será o futuro, mas temos esperança que, pelo menos no tempo das nossas netas, o mundo caminhe a passos largos para a igualdade de direitos de todos os seres humanos sem distinção de raça, religião ou sexo.
E que não haja qualquer constrangimento quando na ecografia se descobrir que “É MENINA…”