E pilepsia

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Murilo Lopes Lourenção Medicina Famema – 4ª série Ambulatório de Neurologia

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E pilepsia. Murilo Lopes Lourenção Medicina Famema – 4ª série Ambulatório de Neurologia. Considerações Iniciais. “A crise epilética é resultante de uma disfunção fisiológica temporária do cérebro causada por uma descarga elétrica anormal e autolimitada ne neurônios corticais” - PowerPoint PPT Presentation

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Murilo Lopes Lourenção

Medicina Famema – 4ª série

Ambulatório de Neurologia

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“A crise epilética é resultante de uma disfunção fisiológica temporária do cérebro causada por uma descarga elétrica anormal e autolimitada ne neurônios corticais”

Obs.: Uma convulsão é um evento epilético transitório. Embora seja a manifestação principal da epilepsia, nem todas as convulsões indicam epilepsia.

Considerações Iniciais

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ILEA ( International League Against Epilepsy):1. Crises Parciais (focais) – Início limitado a uma parte de um hemisfério cerebral.

2.Crises Generalizadas – Envolvem difusamente o cérebro desde o início.

Obs.: As convulsões são dinâmicas e em evolução.

Classificação das Convulsões

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São subdivididas em:

1.1. Parciais Simples – Não há perda de consciência. Podem evoluir para:

1.2. Parciais Complexas – Ocorre perda de consciência

1. Crises Parciais

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• Ocorrem quando a descarga crítica se origina a um “foco epileptogênico” do córtex.

• Podem caracterizar-se por: Auras (sensações subjetivas epigástricas, medo, irrealidade, distanciamento, dèja vu); Distúrbios motores elementares (Jacksoniana e adversativa) e Sensitivas.

1.1 Crises Parciais Simples

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• Alteração da consciência, caracterizada pela disseminação bilateral da descarga.

• Podem caracterizar-se por: Automatismos (estalar de lábios, deglutição repetida), confusão na tarefa em andamento e no estado pós-crítico.

• 70-80% originam-se no lobo temporal.(diferente das outras crises que originam-

se nos lobos frontal e occipital)

1.2 Crises Parciais Complexas

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2.1 Crises tônico-clônicas “grande mal” (perda abrupta de consciência, extensão tônica bilateral de tronco e membros (fase tônica), grito epilético e abalos musculares sincrônicos (fase clônica). •Período de insconsciência, letargia e sono no pós-crise.•Relatos de pródromos epilépticos (ansiedade, irritabilidade, cefaleia e sensações desconfortáveis)

2. Crises Generalizadas

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2.2 Crises de Ausência “pequeno mal” (lapsos momentâneos da vigilância, olhar fixo, parada da atividade em andamento)

•Começam e terminam abruptamente, sem pródromos nem pós-crise.

•Pode haver clônus de mm. palpebrais e faciais e perda de tônus muscular.

2. Crises Generalizadas

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2.3 Crises Monoclônicas (abalos musculares breves, uni ou bilaterais, sin ou assincrônicos.

•Variam de pequenos movimentos dos mm. da face, braço ou pernas a espasmos bilaterais maciços que afetam MM. Cabeça e Tronco.

2. Crises Generalizadas

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2.4 Crises Atônicas [ataques de queda, perda súbita de tônus, podendo ser fragmentária (ex. queda de cabeça) ou generalizada, (ocasionando a queda)]

•quando precedida de crise mioclônica ou espasmo tônico, a queda é mais violenta.

2. Crises Generalizadas

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• Leva em conta além do tipo de convulsão outros aspectos, tais quais:

1. História (lesão cerebral, hereditariedade)

2. Achados do exame físico neurológico

3. Resultados de EEG

4. Imagens Cerebrais

5. Estudos bioquímicos

Classificação das Epilepsias

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1. Pelo tipo : Parciais ou Generalizadas2. Pela causa : Idiopática, Sintomática ou

Criptogênica3. Pela Idade4. No caso das localizadas, pela anatomia.

Obs.: A classificação das epilepsias tem tido muito menos êxito do que a das convulsões, dada a subjetividade, o empirismo, e as interpretações do EEG. Muitas epilepsias são multifatoriais, ou ainda mudam de classificação de acordo com a evolução. Por isso, uma nova classificação tem sido discutida.

A ILAE separa as epilepsias de acordo com:

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I. Epilepsia Idiopática (focal ou generalizada)

a) Convulsões neonatais benignas

b) Epilepsia benigna da infância

c) Epilepsia com ausência na infância/juventude

d) Epilepsia mioclônica juvenil

e) Epilepsia idiopática de outra forma não especificada

II. Epilepsia Sintomática (focal ou generalizada)

a) Síndrome de West

b) Síndrome de Lennox-Gastaut

c) Encefalopatia mioclônica precoce

d) Epilepsia parcial contínua

e) Afasia epilética adquirida

f) Epilepsia do Lobo Temporal

g) Epilepsia do Lobo Frontal

h) Epilepsia Pós-Traumática

i) Outras epilepsias sintomáticas focais ou generalizadas não especificadas

Classificação ILAE modificada

III. Outras síndromes epiléticas de classificação incerta ou mistaa) Convulsões neonataisb)Convulsões febrisc)Epilepsia reflexad)Outras não especificadas

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Nos Estados Unidos:

A.6,5/1.000 Habitantes são afetadas por convulsões não provocadas recorrentes (epilepsia ativa)

B.Incidência anual de 31 a 57 por 100.000 habitantes

C.Incidência maior em crianças pequenas e idosos

D.Incidência maior em homens 1,1 a 1,5x

Epidemiologia

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A. As parciais complexas são as mais diagnosticadas, variando de acordo com idade.

B. Há indicativos de hereditariedade, por maior concordância em gêmeos monozigóticos do que em dizigóticos. Além de filhos apresentarem o mal de pais.

C. Há um número elevados de pessoas (4% das que vivem até os 74 anos) que sofrem uma convulsão durante a vida, mas não sofrem de epilepsia. (9% para quem vive mais).

D. Dos epiléticos, 60 a 70% obtêm remissão das crises após farmacoterapia.

Epidemiologia

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• História e exame (características da crise, evolução, fatores principiantes, fatores de risco, resposta a tratamentos anteriores, características da pós-crise, idade de início)

• EEG (estabelece e diferencia)• Imagens Cerebrais (RM, Tc não

contrastada para calcificações)• Exames laboratoriais (eletrólitos,

glicose, função hepática e renal, hemograma completo)

Avaliação Diagnóstica

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• Medicamentoso

• Cirúrgico (em casos extremos)

Tratamento

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Matheus Luis Castelan Trilico

Medicina Famema – 4ª série

Ambulatório de Neurologia

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A)Moduladores voltagem-dependente dos canais de Sódio e Cálcio;

B)Inibidores GABAérgicosC)Moduladores dos Receptores de

GlutamatoD)Moduladores da Neurotransmissão via

mecanismos pré-sinápticos (*Glutamato)

Quatro Categorias Segundo o Mecanismo de Ação

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• Responsáveis pela excitação das fibras nervosas;

• Dois tipos: canais T e canais L;

• Acredita-se que o bloqueio ocorra, principalmente, nos canais T;

• É um agente primário no tratamento das crises de ausência, mas pode exacerbar outras formas de crises.

CANAIS DE CÁLCIO

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• Responsáveis pela excitação das fibras nervosas;

• Carreiam a corrente de entrada necessária para geração de um potencial de ação;

• Podem estar em estado de repouso, aberto ou inativado;

• Os fármacos anticonvulsivantes ligam-se a eles principalmente no estado inativado, impedindo-os de retornarem ao estado de repouso e, assim, reduzindo o número de canais funcionantes disponíveis para gerarem potencial de ação

CANAIS DE SÓDIO

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• Mais importante neurotransmissor inibitório das vias supra-espinhais do SNC;

• A matéria prima para sua produção é o glutamato, que quando descarboxilado pela enzima Glutamato-descarboxilase gera o GABA;

• Dois tipos de receptores: GABA-a e GABA-b

• O receptor GABA-a possui Iocalização pós-sináptica e medeia inibição pós-sináptica rápida através do aumento da permeabilidade ao íon cloreto, hiperpolarizando a célula, reduzindo assim a sua excitabilidade;

• O receptor GABA-b possui Iocalizações pré e pós-sinápticas e exerce seu e efeito ao inibir os canais de Ca Voltagem-dependentes.

O GABA (ÁC. GAMA-AMINOBUTÍRICO)

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1. Ativação do GABA-a: benzodiazepínicos (clonazepam), barbitúricos (fenobarbital) e topiramato

2. Aumento da liberação de GABA: gabapentina

3. Diminuição do metabolismo de GABA: valproato e vigabatrina

4. Inibição do transportador de GABA (GAT – 1) e diminuição da captação neuronal de GABA: tiagabina

Mecanismos de Ação dos Fármacos no GABA

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• Mais importante neurotransmissor excitatório do SNC;

• Seus receptores NMDA e AMPA modulam um canal de cálcio específico;

• Sua atividade excessiva associa-se a convulsões

O GLUTAMATO

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Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Epilepsia (PCDT 2010)

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Revisão de Literatura via Medline / PubMed

Metanálises e Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) Controlados publicados até 31/01/2010

67 artigos selecionados dentre 236

Discrepância Significativa entre Guidelines:•Academia Americana de Neurologia (AAN)•National Institute for Clinical Excellence (NICE)• Scottish Intercollegiate Guidelines Network(SIGN) • International League Against Epilepsy (ILAE) and the International Bureau for Epilepsy (IBE) Guidelines

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

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• Adultos: carbamazepina, fenitoína e ácido valproico

• Crianças: carbamazepina

• Idosos: lamotrigina e gabapentina

• Adultos e crianças com crises TCG, crianças com crises de ausência, epilepsia rolândica e epilepsia mioclônica juvenil: nenhuma evidência alcançou níveis A ou B.

Epilepsia Focal*

* Esquema segundo recomendações da ILAE, baseadas apenas em evidências de eficácia e efetividade

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• Oxcarbazepina X Fenitoína

• Resultados foram controversos.

• Apenas dois ECRs comparando a oxcarbazepina com a fenitoína, estudando 480 pacientes com crises parciais.

• Oxcarbazepina: ganha em “tempo para suspensão do tratamento e tempo para incidência de uma primeira crise”.

• Para “remissão de crises, de 6 a 12 meses” não houve diferença entre os medicamentos.

Oxcarbazepina X Carbamazepina: dois ECRs comparando 961 pacientes demonstraram igualdade de eficácia para ambos.

Crises Parciais

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• Primeira escolha: ácido Valpróico melhor eficácia, menor efeito adverso, tolerabilidade individual e facilidade de administração

• Segunda escolha: etossuximida em ECR apresentou mesma eficácia que o Ác. Valpróico

• Terceira escolha: lamotrigina

Crises Generalizadas

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• Os resultados mostraram eficácia semelhante para o ácido valproico e a etossuximida e inferior para a lamotrigina.

Epilepsia Tipo Ausência

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• Em caso de falha do primeiro fármaco, deve-se tentar sempre fazer a substituição gradual por outro, de primeira escolha, mantendo a monoterapia.

• Em caso de falha na segunda tentativa de tratamento em monoterapia, pode-se tentar a combinação de dois fármacos anticonvulsivantes.

Esquema Terapêutico

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1.1) Mecanismo de ação: inibe os disparos neuronais corticais repetitivos, sustentados e de alta frequência através do bloqueio dos canais de sódio voltagem-dependente. Também possui uma discreta ação anticolinérgica.

1.2) Indicações: •Monoterapia ou terapia adjuvante de crises focais, com ou sem generalização secundária.•Crises TCG em pacientes com mais de 1 ano de idade.

1. CARBAMAZEPINA

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1.3) Administração:

Dose inicial:- Adultos: 200 mg/dia-Crianças de 6-12 anos: 100 mg/dia-Crianças abaixo de 6 anos: 5-10 mg/kg/dia

Dose máxima:- Adultos: 1.800 mg/dia-Crianças de 6 a 12 anos: 600-1.000 mg/dia-Crianças < 6 anos: 35 mg/kg/dia

Intervalo de dose: 2 a 3 administrações/dia

1. CARBAMAZEPINA

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1.4) Efeitos Adversos: sonolência, estupor, coma, depressão respiratória, ataxia, vertigem, visão turva, náuseas, vômitos, anemia aplásica, agranulocitose, retenção hídrica, hipersensibilidade;

1.5) Interações:

Eleva a biotransformação de contraceptivos orais e fenitoína. Induz CYP2C e CYP3A

Fenobarbital, fenitoína e valproato: metabolismo

da carbamazepina.

1. CARBAMAZEPINA

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Clonazepam, clobazam, clorazepato, diazepam, lorazepam.

2.1) Mecanismo de Ação: no receptor pós-sináptico do GABA, o principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ao ligar-se aos receptores GABAa, os benzodiazepínicos aumentam a frequência de aberturas destes receptores, elevando, assim, o índice de correntes inibitórias no cérebro.

2.2) Indicações: • Terapia adjuvante para crises parciais e generalizadas refratárias• Terapia intermitente (por exemplo, crises catameniais)

2. BENZODIAZEPÍNICOS

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2.3) Administração*:

Dose inicial: 5-10 mg/dia

Escalonamento: 5 mg/dia/semana

Dose máxima: 40 mg/dia

Intervalo de dose: 1 administração/dia (à noite)

2.4) Efeitos Adversos: sonolência, letargia, agressão, irritabilidade, hiperatividade e dificuldade de concentração.

2. BENZODIAZEPÍNICOS

* Administração baseada no fármaco Clobazam como representante dos benzodiazepínicos

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3.1) Mecanismo de Ação: Seu principal mecanismo de ação é o bloqueio dos canais de cálcio, com consequente inibição do circuito tálamo-cortical, que está intimamente relacionado à geração das crises de ausência.

3.2) Indicações: •Tratamento de crises de ausência em pacientes com ou mais de 3 anos de idade.•Tratamento adjuvante de mioclonias negativas, crises astáticas e certos tipos de epilepsias mioclônicas

3. ETOSSUXIMIDA

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3.3) Administração:

Dose inicial: 250 mg/dia

Escalonamento: 250 mg/dia/semana

Dose máxima: 1.500 mg/dia

Intervalo de dose: 2-3 administrações/dia

3.4) Efeitos Adversos: náuseas, vômitos, sonolência, lertagia, euforia, tontura, cefaléia, inquietude, agitação, ansiedade. Síndrome de Stevens-Johnson, eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, anemia aplásica.

3. ETOSSUXIMIDA

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Fenitoína, Etotoína e Fosfenitoína

4.1) Mecanismo de Ação: bloqueio dos canais de sódio voltagem-dependentes, o que lhe confere grande eficácia contra crises epilépticas de início focal.

4.2) Indicações: •Tratamento de crises TCG, focais complexas, ou combinação de ambas, em crianças, adolescentes e adultos.•Prevenção e tratamento de crises epilépticas durante ou após procedimento neurocirúrgico

4. HIDANTOÍNAS

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4.3) Administração:

Dose inicial: 100 mg/dia

Escalonamento: 100 mg/dia/semana

Dose máxima: 500 mg/dia

Intervalo de dose: 1-2 administrações/dia

4.4) Efeitos Adversos: não provoca sedação,vertigem, hiperplasia gengival, hirsutismo, anemia megaloblástica, agranulocitose, trombocitopenia leve, hipocalcemia, osteomalácia, potenciais efeitos teratogênicos, reações de hipersensibilidade (Síndrome de Stevens-Johnson)

4. HIDANTOÍNAS

* Administração baseada no fármaco Fenitoína como representante das Hindatoínas

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Fenobarbital e Mafobarbital

5.1) Mecanismo de Ação: prolongamento da abertura dos canais de cloro, dos receptores GABAA e consequente hiperpolarização da membrana póssináptica. O fenobarbital também pode bloquear os canais de sódio e potássio, reduzir o influxo de cálcio pré-sináptico e, provavelmente, reduzir as correntes mediadas pelo glutamato.

5.2) Indicações: • Tratamento de crises focais e generalizadas de pacientes de qualquer idade.

5. BARBITÚRICOS

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5.3) Administração*:

Dose inicial: 50 mg/dia

Escalonamento: 50 mg/dia/semana

Dose máxima: 300 mg/dia

Intervalo de dose: dose única diária

5.4) Efeitos Adversos: sedação (com o tempo tem tolerância), irritabilidade, ataxia, exantema escarlatiniforme, anemia megaloblástica (responde ao folato), osteomalácia, risco de teratogênese;

5.5) Interações: aumenta o metabolismo dos contraceptivos orais (CYP3A) e do ácido valpróico ( 40% o fenobarbital).

5. BARBITÚRICOS

* Administração baseada no fármaco Fenobarbital como representante dos Barbitúricos

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6.1) Mecanismo de Ação: Seu sítio de ligação é a proteína alfa2-gama, uma subunidade dos canais de cálcio voltagem-dependentes, embora ainda não haja uma compreensão completa do exato mecanismo anticonvulsivante deste fármaco.

6.2) Indicações: • Terapia adjunta para crises focais com ou sem generalização secundária em pacientes com mais de 3 anos de idade.

6. GABAPENTINA

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6.3) Administração:

Dose inicial: 15 mg/kg/dia ou máximo de 300 mg/dia

Escalonamento: 300 mg/dia (15 mg/kg/dia)

Dose máxima: 3.600 mg/dia (50-100 mg/kg/dia)

Intervalo de dose: 3 administrações/dia

6. GABAPENTINA

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7.1) Mecanismo de Ação: seu efeito clínico pode ser atribuído à biotransformação hepática de suas moléculas em fenobarbital.

7.2) Indicações: • Tratamento de crises focais e generalizadas em pacientes refratários ou intolerantes aos fármacos de primeira linha.

7. PRIMIDONA

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7.3) Administração:

Dose inicial: 100 mg/dia

Escalonamento: 100 mg/dia/semana

Dose máxima: 750 mg/dia

Intervalo de dose: 3 administrações/dia

7. PRIMIDONA

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8.1) Mecanismo de Ação: bloqueio dos canais de sódio dependentes de voltagem, modulação negativa dos canais de cálcio tipo-L, ativação da condutância do potássio, potencialização da ação inibitória GABAérgica, além de antagonismo a receptores glutamatérgicos e inibição da anidrase carbônica

8.2) Indicações: • Monoterapia para crises focais ou primariamente TCGs em

pacientes mais de 10 anos de idade com intolerância ou refratariedade a outros medicamentos de primeira linha.• Terapia adjuvante para crises focais, primariamente

generalizadas ou crises associadas com a síndrome de Lennox-Gastaut em pacientes com + de 2 anos de idade.

8. TOPIRAMATO

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8.3) Administração:

Adultos:

Dose inicial: 25 mg/dia

Escalonamento: 25-50 mg/semana

Dose máxima: 400 mg/dia

Intervalo de dose: 2 administrações/dia

Crianças de 2-6 anos:

Dose inicial: 0,5-1 mg/kg/dia

Escalonamento: 1-3 mg/kg/semana

Dose máxima: 9 mg/kg/dia

Intervalo de dose: 2 administrações/dia

8. TOPIRAMATOCrianças de 6-16 anos:

Dose inicial: 1-3 mg/kg/dia

Escalonamento: 1-3 mg/kg/semana

Dose máxima: 9 mg/kg/dia

Intervalo de dose: 2 administrações/dia

Obs.: Pacientes com insuficiência renal, recomenda-se utilizar a metade da dose.

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9.1) Mecanismo de Ação: parece envolver a inibição dos canais de sódio voltagem-dependentes, resultando em inibição dos potenciais elétricos pós-sinápticos. Não parece ter efeito GABAérgico e não tem semelhança química com os anticonvulsivantes indutores enzimáticos (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina)

9.2) Indicações:

• Monoterapia para crises focais com ou sem generalização secundária em pacientes com mais de 12 anos de idade em situações de intolerância ou refratariedade a medicamentos de primeira linha;

• Monoterapia para crises primariamente generalizadas em pacientes com mais de 12 anos de idade em situações de intolerância ou refratariedade a medicamentos de primeira linha;

• Terapia adjuvante para crises focais em pacientes mais de 2 anos de idade;

• Terapia adjuvante para crises generalizadas da síndrome de Lennox-Gastaut em pacientes com mais de 2 anos de idade.

9. LAMOTRIGINA

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9.3) Administração:

Monoterapia:

Dose inicial: 25 mg/dia por 2 semanas; 50 mg/dia por mais 2 semanas

Escalonamento: 50-100 mg a cada 1-2 semanas

Dose máxima: 500 mg/dia (1-5 mg/kg/dia)

Intervalo de dose: 1 a 2 administrações/dia

Terapia adjuvante com ácido valpróico:

Dose inicial: 25 mg a cada 2 dias por 2 semanas (0,15 mg/kg/dia); 25 mg/dia por

mais 2 semanas (0,3 mg/kg/dia)

Escalonamento: 25-50 mg a cada 1-2 semanas (0,3 mg/kg)

Dose máxima: 500 mg/dia (1-5 mg/kg/dia)

Intervalo de dose: 1 a 2 administrações/dia

9. LAMOTRIGINA

Terapia adjuvante com fármacos

anticonvulsivantes indutores

enzimáticos

Dose inicial: 50 mg/dia por 2

semanas (0,6 mg/kg/dia); 100

mg/dia por mais 2

semanas (1,2 mg/kg/dia)

Escalonamento: 100 mg a cada 1-

2 semanas (1,2 mg/kg)

Dose máxima: 700 mg/dia (5-15

mg/dia)

Intervalo de dose: 2

administrações/dia

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10.1) Mecanismo de Ação: A vigabatrina é um análogo estrutural do GABA que inibe irreversivelmente a GABA-transaminase (GABA-T), aumentando os níveis sinápticos de GABA no cérebro.

10.2) Indicações: •Monoterapia no tratamento de espasmos infantis. •Terapia adjunta para crises focais com ou sem generalização secundária em pacientes de qualquer idade.

10. VIGABATRINA

Page 54: E pilepsia

10.3) Administração:

Dose inicial: 500 mg/dia

Escalonamento: 500 mg/semana

Dose máxima: 3.000 mg/dia (150-200 mg/kg/dia)

Intervalo de dose: 1 a 2 administrações/dia

10. VIGABATRINA

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11.1) Mecanismo de Ação: pode envolver redução na frequência de disparos dos canais de sódio, ativação da condutância do potássio e, possivelmente, ação direta sobre outros canais iônicos. É sabido que o ácido valproico tem um efeito GABAérgico através da elevação do GABA cerebral por diversos mecanismos: inibição da GABA-transaminase, aumento das enzimas sintetizadoras do GABA, aumento da liberação e inibição da recaptação do GABA.

11.2) Indicações: •Monoterapia e terapia adjunta de pacientes com mais de 10 anos de idade e com qualquer forma de epilepsia.

11. ÁCIDO VALPRÓICO / VALPROATO DE SÓDIO

Page 56: E pilepsia

11.3) Administração:

Dose inicial: 250 mg/dia

Escalonamento: 250 mg/dia a cada 3 dias

Dose máxima: 3.000 mg/dia

Intervalo de dose: 2 administrações/dia

11.4) Efeitos Adversos: náuseas, vômitos, sedação,

alopecia, aumento do apetite, raramente hepatite

fulminante, pode produzir efeitos teratogênicos

11. ÁCIDO VALPRÓICO / VALPROATO DE SÓDIO

Page 57: E pilepsia

Sites:Mechanisms of Action of Antiepileptic Drugs (http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9780470975039.ch9/summary)

http://emedicine.medscape.com/article/1187334-overview#showall

http://works.bepress.com/cgi/viewcontent.cgi?article=1049&context=michael_rogawski&sei-redir=1&referer=http%3A%2F%2Fscholar.google.com.br%2Fscholar%3Fhl%3Dpt-BR%26q%3Danticonvulsants%2Bmechanism%2Bof%2Baction%26lr%3D%26as_ylo%3D2010%26as_vis%3D1#search=%22anticonvulsants%20mechanism%20action%22

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_epilepsia_.pdf

http://www.uptodate.com/contents/pharmacology-of-antiepileptic-drugs