E poster ufrrj-crismarcelino_tassiane

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Título: A tessitura colaborativa de atos de currículo: recortes de uma pesquisa na disciplina informática na educação do curso semi-presencial de pedagogia da UERJ Nome do(s) autor(es): Cristiane Marcelino Sant´Anna, Tassiane Viana Nepomuceno. Nome da instituição: Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) __________________________________________________________________________________________ Palavras-chave: formação de professores, Educação on line, informática na educação RESUMO: O presente texto é um recorte das notas de campo da pesquisa intitulada “A Informática na Educação no ensino superior: do currículo em EAD para o currículo em educação on line. A empiria se deu no âmbito do curso semi-presencial de licenciatura em Pedagogia (UERJ) em um ambiente virtual de aprendizagem, mais especificamente na disciplina informática na educação. Em uma prática com pressupostos metodológicos da educação on line (SANTOS,2010), tutores, alunos e coordenação de forma descentralizada discutem temas e tecem colaborativamente o currículo da disciplina. Os rastros que possibilitam a construção dos atos de currículo (MACEDO, 2011) emergem das narrativas dos praticantes culturais Um dos atos que aqui destacamos foi a realização de uma oficina de vídeo por webconferência, buscando responder a uma questão discutida no curso: como utilizar de forma potente o digital suscitando autoria de professores e alunos frente ao problema da inclusão/exclusão digital? Pensando nisso, surge a proposta de utilização de recursos simples como um editor de slides que não depende necessariamente da internet. As vivências nessa etapa demonstraram o quanto a interatividade (SILVA, 2000) entre os tutores e alunos foi formativa e apontou algumas lacunas. Uma delas é a formação da equipe no processo práticateoriaprática. Como falar de autoria se não nos autorizamos pensando, criando e cocriando nossos próprios recursos e não somente saqueando conteúdos da internet? Como a disciplina informática na educação pode ajudar alunos e tutores se autorizarem enquanto autores e coautores? Na perspectiva da pesquisa-formação, nos interessa compreender como podemos instituir autorias colaborativas, onde todos os praticantes envolvidos possam efetivamente tecer conhecimento em rede e como a autoria e coautoria podem colaborar nesse processo . 1 - Considerações Iniciais Este trabalho pretende apresentar um recorte da pesquisa intitulada “A informática na educação no ensino superior : do currículo em EAD para o currículo em Educação on line. A empiria se deu no âmbito do curso semi-presencial de licenciatura em Pedagogia (UERJ) em um ambiente virtual de aprendizagem,mais especificamente na disciplina informática na educação. Busca-se investigar a transição de um currículo de educação a distância clássica , caracterizado por uma cultura massiva de transmissão e recepção de conteúdos, para um currículo construído colaborativamente entre os praticantes culturais envolvidos a partir de uma prática em Educação on line. 2 Metodologia Os pressupostos metodológicos utilizados na pesquisa apresentam estratégias onde os praticantes culturais envolvidos (tutores a distancia, alunos e coordenação) discutem temas e tecem colaborativamente o currículo da disciplina. Isso se dá em um ambiente virtual de aprendizagem, onde de forma descentralizada, todos contribuem mediando discussões, trazendo inquietações e apontando questões nos recursos comunicacionais disponíveis (chats, fóruns, sala de tutoria, email). Essa dinâmica é característica fundante da educação on line, que não é uma nova Educação à distancia, mas um fenômeno da Cibercultura (cultura mediada pelo digital em rede e em mobibilidade) (Santos, 2010). A possibilidade de escrita colaborativa do currículo, que acaba contribuindo significativamente para construção coletiva do conhecimento coletivo, é possível devido a liberação do pólo de emissão, isto é, não há mais a dicotomia comunicacional entre emissor e receptor, todos tornam-se autores em potencial. . Nessa perspectiva o melhor uso que podemos fazer do ciberespaço, favorecendo a autoria, é colocando em sinergia os saberes e as imaginações ( Lévy, 1999). Os rastros que possibilitam a construção dos atos de currículo (MACEDO, 2011) emergem das narrativas dos fóruns de discussão do ambiente virtual da disciplina. Um dos atos que aqui destacamos foi a realização de uma oficina de vídeo por webconferência, buscando responder a uma questão discutida no curso: como utilizar de forma potente o digital suscitando autoria de professores e alunos frente ao problema da inclusão/exclusão digital? As vivências nessa etapa demonstraram o quanto a interatividade (SILVA, 2010) entre os tutores e alunos foi formativa e apontou algumas lacunas. Uma delas é a formação da equipe no processo práticateoriaprática. Nossas práticas e oficinas ainda são pouco autorais em relação aos recursos utilizados. 3 Considerações Finais A webconferência nos mostrou o potencial que os softwares da Web 2.0 nos oferece para instigar a autoria e coautoria dos alunos e tutores, favorecendo processo de aprendizagem. E nos fez pensar como a disciplina informática na educação do curso de pedagogia a distância da UERJ pode contribuir para fazer dessas práticas mais frequentes ao longo do curso, tornando mais dinâmico e colaborativo. Agora, tendo em vista os pressupostos epistemológicos e metodológicos da pesquisa-formação, hoje nos interessa pensar atividades que proporcionem autorias colaborativas onde o conhecimento possa ser tecido em rede pelos praticantes envolvidos Referências: LÉVY, P. Cibercultura. SP: Editora 34, 1999. MACEDO, R.S. Atos de currículo formação em ato?: para compreender, entender e problematizar currículo e formação. Ilhéus: Editus, 2011. SANTOS, E. Educação on line para além da EAD: um fenômeno da cibercultura. In: Educação on line: cenário, formação e questões didático-metodológicos. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2010. SILVA, M.Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.

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Título: A tessitura colaborativa de atos de currículo: recortes de uma pesquisa na disciplina informática na educação do

curso semi-presencial de pedagogia da UERJ

Nome do(s) autor(es): Cristiane Marcelino Sant´Anna, Tassiane Viana Nepomuceno.

Nome da instituição: Universidade Estadual do Rio de Janeiro

(UERJ)

__________________________________________________________________________________________

Palavras-chave: formação de professores, Educação on line, informática na educação

RESUMO: O presente texto é um recorte das notas de campo da pesquisa intitulada “A Informática na Educação no ensino superior: do currículo em EAD para o currículo em educação on line”. A empiria se deu no âmbito do curso semi-presencial de licenciatura em Pedagogia (UERJ) em um ambiente virtual de aprendizagem, mais especificamente na disciplina informática na educação. Em uma prática com pressupostos metodológicos da educação on line (SANTOS,2010), tutores, alunos e coordenação de forma descentralizada discutem temas e tecem colaborativamente o currículo da disciplina. Os rastros que possibilitam a construção dos atos de currículo (MACEDO, 2011) emergem das narrativas dos praticantes culturais Um dos atos que aqui destacamos foi a realização de uma oficina de vídeo por webconferência, buscando responder a uma questão discutida no curso: como utilizar de forma potente o digital suscitando autoria de professores e alunos frente ao problema da inclusão/exclusão digital? Pensando nisso, surge a proposta de utilização de recursos simples como um editor de slides que não depende necessariamente da internet. As vivências nessa etapa demonstraram o quanto a interatividade (SILVA, 2000) entre os tutores e alunos foi formativa e apontou algumas lacunas. Uma delas é a formação da equipe no processo práticateoriaprática. Como falar de autoria se não nos autorizamos pensando, criando e cocriando nossos próprios recursos e não somente saqueando conteúdos da internet? Como a disciplina informática na educação pode ajudar alunos e tutores se autorizarem enquanto autores e coautores? Na perspectiva da pesquisa-formação, nos interessa compreender como podemos instituir autorias colaborativas, onde todos os praticantes envolvidos possam efetivamente tecer conhecimento em rede e como a autoria e coautoria podem colaborar nesse processo .

1 - Considerações Iniciais Este trabalho pretende apresentar um recorte da pesquisa intitulada “A informática na educação no ensino superior : do currículo em EAD para o currículo em Educação on line. A empiria se deu no âmbito do curso semi-presencial de licenciatura em Pedagogia (UERJ) em um ambiente virtual de aprendizagem,mais especificamente na disciplina informática na educação. Busca-se investigar a transição de um currículo de educação a distância clássica , caracterizado por uma cultura massiva de transmissão e recepção de conteúdos, para um currículo construído colaborativamente entre os praticantes culturais envolvidos a partir de uma prática em Educação on line. 2 – Metodologia Os pressupostos metodológicos utilizados na pesquisa apresentam estratégias onde os praticantes culturais envolvidos (tutores a distancia, alunos e coordenação) discutem temas e tecem colaborativamente o currículo da disciplina. Isso se dá em um ambiente virtual de aprendizagem, onde de forma descentralizada, todos contribuem mediando discussões, trazendo inquietações e apontando questões nos recursos comunicacionais disponíveis (chats, fóruns, sala de tutoria, email). Essa dinâmica é característica fundante da educação on line, que não é uma nova Educação à distancia, mas um fenômeno da Cibercultura (cultura mediada pelo digital em rede e em mobibilidade) (Santos, 2010). A possibilidade de escrita colaborativa do currículo, que acaba contribuindo significativamente para construção coletiva do conhecimento coletivo, é possível devido a liberação do pólo de emissão, isto é, não há mais a dicotomia comunicacional entre emissor e receptor, todos tornam-se autores em potencial. . Nessa perspectiva o melhor uso que podemos fazer do ciberespaço, favorecendo a autoria, é colocando em sinergia os saberes e as imaginações ( Lévy, 1999). Os rastros que possibilitam a construção dos atos de currículo

(MACEDO, 2011) emergem das narrativas dos fóruns de discussão do ambiente virtual da disciplina. Um dos atos que aqui destacamos foi a realização de uma oficina de vídeo por webconferência, buscando responder a uma questão discutida no curso: como utilizar de forma potente o digital suscitando autoria de professores e alunos frente ao problema da inclusão/exclusão digital? As vivências nessa etapa demonstraram o quanto a interatividade (SILVA, 2010) entre os tutores e alunos foi formativa e apontou algumas lacunas. Uma delas é a formação da equipe no processo práticateoriaprática. Nossas práticas e oficinas ainda são pouco autorais em relação aos recursos utilizados. 3 – Considerações Finais A webconferência nos mostrou o potencial que os softwares da Web 2.0 nos oferece para instigar a autoria e coautoria dos alunos e tutores, favorecendo processo de aprendizagem. E nos fez pensar como a disciplina informática na educação do curso de pedagogia a distância da UERJ pode contribuir para fazer dessas práticas mais frequentes ao longo do curso, tornando mais dinâmico e colaborativo. Agora, tendo em vista os pressupostos epistemológicos e metodológicos da pesquisa-formação, hoje nos interessa pensar atividades que proporcionem autorias colaborativas onde o conhecimento possa ser tecido em rede pelos praticantes envolvidos

Referências: LÉVY, P. Cibercultura. SP: Editora 34, 1999. MACEDO, R.S. Atos de currículo formação em ato?: para compreender, entender e problematizar currículo e formação. Ilhéus: Editus, 2011. SANTOS, E. Educação on line para além da EAD: um fenômeno da cibercultura. In: Educação on line: cenário, formação e questões didático-metodológicos. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2010. SILVA, M.Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.