E1 Expansionismo Europeu XVI XVII - barcos

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EXPANSÃO MARÍTIMA EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA PORTUGUESA Construção naval Construção naval

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EXPANSÃO MARÍTIMA EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESAPORTUGUESA

Construção navalConstrução naval

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CARAVELA - 1440, desenvolvida depois do cabo Bojador• com velas triangulares para navegar com ventos contrários (bolinar)• tem 2 ou 3 mastros• tem 1 convés• casco pouco fundo, para navegar junto à costa e não encalhar nas rochas!• o porão tem capacidade para +/- 50 toneladas / tonéis (1 tonel = 1000 Kg)• tem de comprimento e altura entre 15 a 30 metros• velocidade máxima – 12 nós (1 nó = 1,852 Km / hora)

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BolinarBolinar

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1487 – viagem terrestre de Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde)

1488 – viagem marítima Cabo das Tormentas / da Boa Esperança dobrado por Bartolomeu Dias. Permite em 1498 a viagem de Vasco da Gama (a preto) na descoberta do caminho marítimo para a Índia.

ESTRATÉGIAS DE D. JOÃO II

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NAU - 1498, 1ª viagem para a Índia• com canhões, • velas quadrangulares e triangulares, • capacidade 500 a + 1000 toneladas; • comprimento +/- 50 metros; • tem 2 a 3 convés;• tem o Castelo de proa e/ou Castelo de popa.

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Estaleiro da Ribeira das Naus, LisboaConstrução de barcos

CalafetagemTapar o espaço entre as madeiras com estopa

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1º - Pinho 2º - TECA - Índia, Burma (Indochina) e Ilhas da IndonésiaCaracterísticas:- Durabilidade devido à oleosidade e sílica- Não incha muito com água, nem seca muito (coeficiente de retratibilidade baixo)

- Relativa leveza- Densidade 0,67

MADEIRA PARA CONSTRUÇÃO DE BARCOS

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NAU

Poparé

Proafrente

Terminologia náutica

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BombordoLado esquerdo onde estava a terra à vista, daí se chamar “bom bordo”!

EstibordoLado direito

Terminologia náutica

Convés

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Corte de perfil de um Galeão de 2 convés

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(1) Castelo da proa – onde dormem os marinheiros ou também no (2)(2) Coberta dos canhões, por baixo convés superior(3) Bailéu, guardar as balas dos canhões(4) Cabos das amarras (para segurar o navio ao cais) e da âncora(5) Que eram recolhidas por cabrestantes (10) e fixadas em abitas (4)(6) Lastro de pedra para dar estabilidade ao barco (pedras utilizadas para construir as fortalezas necessárias / no retorno o carregamento é de produtos)

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(7) Forno forrado de tijolo era onde se cozinhava(8) Bomba de extracção de água que entra no barco(9) Balas de canhão e panos de velas (11)(12) Porão, guardar barris de cerveja e água, biscoito, carnes salgadas, mel, frutos secos e velas e cabos

(13) Leme que era movido pela cana do leme (14) movida por uma alavanca o timão (15)

(16) Camarote do capitão e aposentos dos oficiais

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Disposição das peças de artilharia

CANHÕESBocas de fogo de Artilharia

O cartucho de pólvora foi uma ideia de Vicente Sodré, tio de Afonso de Albuquerque, que para aumentar a cadência da artilharia resolveu ensacar previamente a pólvora para ser colocada logo que a alma do canhão tivesse sido arrefecida e limpa de restos de pólvora com escovilhões adequados, em vez de a lançar a granel como se fazia então.” Dieter Dellinger na REVISTA DE MARINHA Nr. 53 de Março de 1989

“Então, os portugueses inventaram as portinholas de artilharia no costado e a própria disposição e amarração das peças.

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O calibre dos canhões era identificado pelo peso dos projécteis em libras (1 libra = 0,456 kg): 12 libras; 18 libras, 24 libras.

Os canhões eram fundidos em bronze ou em ferro.

Os projécteis eram em pedra, depois ferro ou chumbo.

Os canhões tinham o alcance de aproximadamente duas milhas e meia (1milha = 1,6 quilómetros)

CANHÕESBocas de fogo de Artilharia

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Estas bocas de fogo eram relativamente perigosas, já que, ao serem submetidas a grandes pressões internas, tendiam a explodir ferindo ou mesmo matando os seus serventes.

Para disparar uma boca de fogo, era necessário:1º enfiar pela sua boca uma haste com uma esponja húmida na ponta para apagar possíveis restos que ficassem do disparo anterior, 2º introduzir a pólvora comprimindo-a com um soquete,3º introduzir a bala, voltando a comprimir-se todo o conjunto. 4º na parte traseira da arma havia um orifício, conhecido por "ouvido", pelo qual se introduzia uma pequena quantidade de pólvora à qual se aplicava uma mecha que era incendiada para provocar a deflagração que originava o disparo da bala.

O retrocesso devido ao disparo, provocava o recuo da boca de fogo em vários metros, a seguir ao qual, os serventes deviam colocá-la de novo em posição.

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Nau S. Gabriel - Vasco da Gama, com o piloto Pêro de Alenquer, o escrivão Diogo Dias e o mestre Gonçalo Álvares; 120 tonéis, comprimento +/- 19 metros. Voltou!

Nau S. Rafael - Paulo da Gama, com o piloto João de Coimbra, o escrivão João de Sá e Álvaro Velho (possível autor do diário de bordo); 100 tonéis. Queimada em Moçambique por falta de marinheiros

Caravela redonda (Nau) S. Miguel / Bérrio - Nicolau Coelho, com o piloto Pêro Escobar, e o escrivão Álvaro Braga. Voltou!

Caravela - Gonçalo Nunes, com o piloto Afonso Gonçalves (comprada pelo rei ao mercador de Lisboa Aires Correia ); 200 tonéis, para mantimentos, queimada na costa da África do Sul

A “S. Gabriel” e a “S. Rafael” dispunham cada uma dez peças de artilharia de bronze por bordo, sendo 4 canhões na tolda, 3 bombardas na alcáçova e 3 sob o

castelo da proa.

A armada de Vasco da Gama era constituída por 4 navios e entre 150 a 170

homens

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A guarnição tradicional de uma nau contava entre as 120 e os 168 tripulantes:. 1 capitão, . 1 escrivão, . 2 pilotos, . mestre de manobra das velas, . contramestre, guardião, . carpinteiro, calafate e tanoeiro (reparam o barco), . barbeiro que servia de cirurgião, . meirinho, . cozinheiro, dispenseiro . soldados e bombardeiros, . marinheiros e grumetes.. Capelão e outros religiosos - na viagem de Cabral ao Brasil eram quinze entre freis, vigários e capelães.

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A armada de Pedro Álvares Cabral (piloto Nicolau Coelho) era composta por 13 navios e 1500

homens

Livro das Armadas é um códice anónimo, tem desenhadas as naus das armadas que fizeram a viagem para a Índia entre 1497 e 1566.

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A constituição das armadas vai variar bastante ao longo dos século XVI e XVII

Caravelas redondas e Naus – com grande capacidade de transporte de mercadorias

Barcas e caravelas – de suporte aos grandes navios

Naus e Galeões – de escolta, eram construídos especificamente como barcos de combate com várias peças de artilharia, pelo que não eram apropriados para viagens longas nem para o transporte de mercadorias.

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ALIMENTAÇÃO

Forno forrado de tijolo era onde se cozinhava

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A ração diária compreendia aproximadamente:- libra e meia de biscoitos por dia, - meia libra de carne ou peixe salgado, - algum arroz ou legumes secos, - um litro de água doce e - ¾ de vinho

Tudo muito bem registado pelo escrivão da Nau.

Biscoito –(do latim biscoctu, que significa

"cozido duas vezes") Pão duro, resiste a apodrecer, era consumido molhado em água ou vinho

Posteriormente estabeleceu-se como norma geral uns 600 a 700 kg de mantimentos por homem na Carreira da Índia.

Forma do biscoito

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O escorbuto era uma doença comum que tem como primeiros sintomas hemorragias nas gengivas, tumefação purulenta das gengivas (inchaço com pus), dores nas articulações, feridas que não cicatrizam, além de desestabilização dos dentes, que chegam a cair. É provocada pela carência grave de vitamina C na dieta.

Vasco da Gama, na viagem de descoberta da via marítima para a Índia, dos 148 homens

que integravam a armada, só 55 regressaram a Portugal.

Cerca de quatro quintos da tripulação de Fernão de Magalhães foi mortalmente vitimada pelo escorbuto.

DEFICIÊNCIAS ALIMENTARES

A introdução oficial de sumo de limão ou lima, na dieta dos

marinheiros só surgiu em 1795, na marinha

britânica.

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Na viagem de Vasco da Gama, a venda da

carga na Casa da Guiné e da Índia

cobriu 60 vezes as despesas feitas.

Português – tipo de moeda cunhada por D. Manuel para levaram para impressionar os comerciantes orientais

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Vasa, galeão sueco naufragado, as velas enfunadas, em plena baía de Estocolmo, minutos após deixar o estaleiro, em 10 de agosto de 1628.