EAD-0658 - Desenvolvimento de Sistemas de Informação · 2000 - 2010. Dimensões do ... TR A B A L...

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EAD-0658 - Desenvolvimento de Sistemas de Informação FEA/USP Prof. Antonio Geraldo da Rocha Vidal [email protected] 2000 - 2010

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EAD-0658 - Desenvolvimento de Sistemas de Informação

FEA/USPProf. Antonio Geraldo da Rocha Vidal

[email protected]

2000 - 2010

Dimensões do Desenvolvimento de Sistemas de Informação

ANÁLISE

ORGANIZACIONAL

Revisão de Processos de

Negócio

Criação de Valor para a

Empresa

ANÁLISE DE

INFORMAÇÕES

Especificação de Requisitos

e

Necessidades de

Informações

REORGANIZAÇÃO DO

TRABALHO

Automação de Tarefas e

Satisfação do Usuário

PROJETO DO SISTEMA

Especificação de Modelos

Software, Hardware e Rede

INTERFACE

ANÁLISE

PROJETO

CIO

CN

ICO

Ciclo de Desenvolvimento de Sistemas de Informação

O Conceito de Sistema

Conjunto de elementos ligados entre si por cadeias de relações de modo a constituir um todo organizado.

Características de todos os sistemas:

Objetivo

Componentes

Estrutura

Comportamento

Ciclo de vida

O Conceito de Informação

Dados: idéias, fatos ou conhecimentos expressos através de letras, dígitos, imagens, sons ou outros símbolos.

Informação: dados que foram transformados (processados) e têm valor (utilidade) real ou aparente para a tomada de decisões.

Atributos da Informação

Relevância

Oportunidade

Objetividade

Clareza

Precisão

Custo

Sistema de Informação

Componente do sistema organizacional.

Constituído por uma rede espalhada pela empresa e utilizada por todos seus componentes.

Seu propósito é obter informações dentro e fora da empresa, armazená-las e torná-las disponíveis quando forem necessárias para a tomada de decisões necessárias aos processos de negócio.

Níveis de Decisão

OPERACIONAL

GERENCIAL

ESTRATÉGICO

Níveis de Decisão

Operacional Decisões pelas quais se consegue que atividades

específicas sejam executadas de modo eficaz.

Gerencial Decisões pelas quais se assegura que os recursos

são obtidos e usados de modo eficaz para atingir os objetivos dos processos da empresa.

Estratégico Decisões ligadas à definição ou mudança de

objetivos da empresa, identificação de recursos a

serem usados e políticas para sua aquisição.

Tipos de Decisão

Estruturadas (nível operacional) Rotineiras; as informações necessárias são

todas conhecidas e há critérios objetivos para avaliá-las.

Não Estruturadas (nível estratégico) Inéditas; as informações necessárias não

são conhecidas, não há processo definido para obtê-las ou avaliá-las.

Semi Estruturadas (nível gerencial) Possui características das duas anteriores.

Classificação de Sistemas de Informação

Sistemas de Apoio às Operações

Armazenamento de dados e controle de transações e operações dos processos de negócio.

Sistemas de Apoio à Gestão

Planejamento e controle dos processos de negócio.

Sistemas de Apoio à Decisão

Planejamento estratégico e tomada de decisão: revisão, definição e criação de processos de negócio.

Componentes de um Sistema de Informação

Hardware Equipamentos e infra-estrutura de comunicação.

Software Programas de computador utilizados pelo sistema.

Processo Procedimentos e métodos de trabalho utilizados para

executar as tarefas relacionadas ao negócio.

Dados Fatos, idéias e conhecimentos necessários para a geração de

informações produzidas pelo sistema.

Usuário Pessoas que realizam tarefas necessárias para o

funcionamento do sistema e pessoas que utilizam as informações por ele geradas.

People

ware

Processos de Negócio

As organizações de todos os tipos e tamanhos gastam seu tempo e recursos em processos de negócio complexos.

Um processo de negócio consiste em regras e na execução de muitas atividades no decorrer do tempo para atingir determinado objetivo.

Cada vez mais os processos de negócio empresariais dependem de sistemas de informação baseados em recursos da Tecnologia da Informação (TI).

Processos de Negócio

Podem ser vistos como uma coleção de regras (milhares) que definem como o negócio é conduzido ao longo do tempo.

Pensar nos processos em termos de regras permite automatizar as partes mecânicas do negócio.

Exemplo de regras de negócios:

Todas regras da legislação fiscal (impostos)

Todas as regras da contabilidade

Todas as regras para cálculo de salários

Todas as regras para a fabricação de produtos

Melhoria de Processos de Negócio

Na busca pela melhoria contínua de um processo de negócio, cada atividade, cada intervenção e cada decisão deve ser analisada: As atividades de decisão, análise ou aprovação

podem ser automatizados?

As regras de negócio podem ser colocadas num programa de computador para serem executadas automaticamente?

As atividades ou tarefas necessárias para a execução do processo podem ser realizadas de outra maneira mais eficiente?

Melhoria de Processos de Negócio

O objetivo não é conseguir automação total dos processos, mas eliminar a intervenção humana (custo) desnecessária (tarefas, análises, decisões, aprovações etc.).

Os sistemas de informação fazem a sua parte, deixando para as pessoas as decisões e tarefas que realmente se beneficiam com as intervenções humanas.

Esse objetivo torna fundamental o papel da tecnologia da informação como agente dos processos de negócio.

Cenário Atual

Pressão da globalização e da competitividade

Agilidade e flexibilidade para mudanças

Ação/decisão rápida Vantagem competitiva e excelência nos negócios

GERÊNCIA DE PROCESSOS

Conhecimento dos processos de trabalho

Utilização de inovações tecnológicas

Objetivo

Agilizar e qualificar execução dos processos.

Por meio de

ANÁLISE DE

PROCESSOSValorizando

Atendimento ao

cliente (interno e

externo).

Inovação e

aprimoramento das

soluções.

Compromisso com

resultados.

Gerenciamento de Processos

Uma organização pode ser vista como um grande processo que recebe insumos, informações e recursos do ambiente, os processa e os devolve ao ambiente na forma de produtos e serviços.

Uma organização também pode ser vista como um conjunto de processos operacionais e gerenciais, que se desdobram em etapas, e que por sua vez se subdividem em atividades e estas em tarefas que são executadas ao longo do tempo.

Revisão de Processos vs. Reengenharia

Melhoria Contínua Reengenharia

Mudanças suaves,

graduais e

contínuas.

Mudanças drásticas,

fundamentais e

descontínuas.

•Qualidade Total•Racionalização e Produtividade•Desenvolvimento de Processos

Baixo Risco Alto Risco

Não informatize,

destrua (Hammer).

Evolua lenta e

gradualmente (Kaizen).

Melhoria, Programas, Projetos Redesenho, Reprojeto

Princípios da Melhoria de Processos

Os problemas da organização estão nos processos;

É preferível avaliar processos do que avaliar pessoas, pois a avaliação de processos reforça o caráter sistêmico e complementar do conjunto de pessoas;

O desempenho dos processos deve ser avaliado sistematicamente;

As melhorias precisam ser quantificadas e para isso é necessário comparar padrões desejados de desempenho e avaliar indicadores de desempenho.

Princípios da Melhoria de Processos

Sempre é possível melhorar processos;

É preciso capacitar as pessoas a executarem corretamente o seu trabalho;

Os processos devem estar definidos de modo a atender os objetivos da organização;

Os processos da organização devem estar voltados ao atendimento de clientes – internos e/ou externos;

A todo instante, todos devem saber como seu trabalho se insere no processo global da organização;

Benefícios da Melhoria de Processos

Melhorar a qualidade/satisfação do cliente.

Melhorar a produtividade e reduzir custos.

Reduzir o tempo do ciclo do processo.

Estabelecer um sistema integrado de medição do desempenho dos processos.

Melhorar a comunicação interna (entre equipes ou áreas da empresa).

Melhorar a comunicação externa (com os clientes, fornecedores e parceiros).

Utilizar eficazmente novas tecnologias.

Aumentar competitividade da empresa.

Mudança Organizacional

Do foco nas funções...(Sistemas Isolados)

Mudança Organizacional

...ao foco nos Processos (Sistemas Integrados)

Organização Centrada em Processos

Sistemas de trabalho específicos: Novas habilidades

Maior autonomia e responsabilidade

Trabalhar para o cliente e não para o chefe

Sistema gerencial descentralizado: Proprietário do processo e time auto-gerenciado.

Sistema de medição de desempenho.

Foco em atividades que agregam valor: Eliminar tarefas que não agregam valor.

Reduzir interfaces.

Medir o valor ao cliente.

Avaliar custos por atividade.

Visão de Processos no Negócio

• Decisões: necessidades dos clientes.

• Áreas não concorrentes mas complementares.

• Necessidades do processo: alocação de recursos.

• Visão do todo.

• Estímulo à cooperação e comunicação direta.

• Foco nos resultados esperados pelos clientes.

Fornecedores Clientes

PROCESSO

ProcessosFornecedores X Clientes

A relação fornecedor X cliente é identificada de forma que cada atividade, tarefa ou processo como um todo possui um par fornecedor e cliente, anterior ou posterior:

Fornecedor: interno ou externo à organização.

Cliente: interno ou externo à organização.

Um Processo pode também ser entendido como uma cadeia de relacionamentos e atividades entre Clientes e Fornecedores.

Processos vs. Produtos/Serviços

A qualidade do produto/serviço da empresa

é resultado da qualidade do processo.

Qualidade

do

Processo

Qualidade

do

Produto/Serviço

ProcessoÉ um conjunto de atividades estruturadas, seqüenciais e

medidas que transforma um mais tipos de entrada e cria

um produto ou serviço que tem valor para determinados

clientes (ou mercados).

Entradas

Requisitos

Produtos/

Serviços

Fornecedores Clientes

PROCESSO

Características dos Processos

Processos eficientes e eficazes possuem as seguintes características:

Repetibilidade

Estabilidade

Previsibilidade

Mensurabilidade

Documentação

Elementos de um Processo

Nome

Escopo e Limites

Clientes (internos e/ou externos)

Fornecedores (internos e/ou externos)

Requisitos de Entrada e Saída

Atividades e Participantes

Diagrama do Processo (modelo BPMN)

Indicadores e Medidas (tempo, custo etc.)

Documentação (como executar)

Estrutura de um Processo

Fornecedor Processo Cliente

Atividades

com

Valor

Agregado

TransformaçãoEntradas

• Informações

• Insumos

• Instruções

• Materiais

• Tecnologia

Saídas

• Produtos

• Serviços

• Informações(Informação é serviço)

Etapas da Revisão de Processos

Etapa 1

Entendimento

do Negócio

Etapa 2

Análise do

Processo

Etapa 3

Projeto do

Processo

Etapa 4

Implementação

do Processo

Etapa 5

Gerenciamento

do Processo

Redesenho do Modelo do Processo

Redefinição de Planos de Ação

Sistema de Gerenciamento e

Medição de Desempenho

Etapa 1Entendimento do Negócio

Hoje Inovação

“Habilidade de

considerar uma

variedade de

paradigmas

de uma forma nunca

antes combinada”

Amanhã

• Cultura

• Processos

• Negócio

• Clientes

• Produtos

• Fornecedores

•Tecnologia

Etapa 1Entendimento do Negócio

Visão do Negócio

Objetivos

Produtos/Serviços

Necessidades em relação aos produtos

Fatores Críticos de Sucesso

Principais Processos

Participantes

Patrocinadores

“Dono” do processo

Colaboradores

Clientes

Fornecedores

Facilitadores

Resultados da Etapa

Etapa 2Análise do Processo

Estabelecer a seqüência de atividades que converte uma

entrada específica na saída necessária, identificando as

áreas/pessoas envolvidas, pontos de controle e

problemas do processo.

Fotografia do Processo

Análise do Processo

Fornecedor- Insumos- Informações- Instruções- Materiais- Tecnologia

Entradas

RequisitosCliente

Produtos- Serviços- Informações

Saídas

Requisitos

RecursosInstalações Pontos de Controle

Padrões deDesempenho

AtividadesConhecimentosHabilidades

MétodosProcedimentosRegras

PROCESSO

Problemas no Processo

São representados pela a diferença entre a situação desejada e a situação atual.

Se existem problemas na execução dos processos, eles podem estar relacionados com falhas na definição de atividades, inadequação do serviço ou fatores que conduzam à ocorrência de erros.

Em todos os casos, problemas são sinônimos de desperdícios, ou seja, custo:

Eliminar um problema: significa eliminar suas causas básicas ou primárias.

Administrar um problema: significa agir sobre suas causas secundárias.

Problemas no Processo

Identificar um problema significa comparar uma situação real com uma situação desejada e, para que essa comparação seja possível, são necessários no mínimo:

Padrão para desempenho do processo;

Indicador do desempenho da situação real.

Solucionar um problema (eliminar suas causas básicas) significa comparar a situação atual do processo onde ele ocorre com a situação desejada ou projetada e eliminar a diferença existente entre elas.

Metodologia para Análise do Processo

1. Identificação de Produtos/Serviços: A partir do entendimento dos negócios da organização.

2. Matriz Produto/Serviço X Fornecedor X Cliente: Define os produtos finais e intermediários de um processo

Define fornecedores e clientes (internos e externos)

Define as responsabilidades envolvidas

3. Diagrama do Processo (BPMN): Fluxo de atividades: identificando as unidades

organizacionais, tarefas, tempos, pessoas e interfaces envolvidas em cada atividade.

Fluxo de informações: identificando as informações utilizadas no processo, detalhando seu recebimento, processamento, envio, registro e interfaces envolvidas.

Símbolos para Modelagem

Elemento de Início

Elemento de Fim

Elemento de Decisão

Tarefa

Sub-Processo

Diagrama do Processo

Etapa 2: Análise do ProcessoResultados da Etapa

Diagrama do processo atual.

Pontos com problemas identificados.

Análises das causas.

Pontos de Controle.

Participantes:

“Dono” do processo

Colaboradores

Facilitadores

Etapa 3:Projeto do Processo

Estabelecer metas

Elaborar o diagrama do novo processo

Avaliar o novo processo: Metas gerais e intermediárias

Problemas (antigos e novos)

Estabelecer sistema de medição

Desenvolver sistema de informação

Validar o novo processo

Projeto do Processo Revisado

Nova Matriz Cliente/Fornecedor/Produto

Novo Diagrama do Processo Novo Fluxo de Atividades

Novo Fluxo de Informações

Matriz de Controle do Processo: Recursos e métodos para manter o processo

sob condição controlada

Parâmetros de controle

Faixas estabelecidas para os parâmetros

Responsabilidades pelas ações de controle

Sistema de Informaçãopara o ProcessoProcesso Qual é o processo?

Quem fará sua “mensuração”?

Elemento Quais elementos do processo serão medidos?

Por que cada elemento foi selecionado?

Coleta Como e com que freqüência serão coletados dados?

Quem será o responsável pela coleta?

Apresentação Quais informações serão apresentadas?Como serão apresentadas as informações?Quem será responsável pela apresentação?

Divulgação Quem precisará ser informado?

Como e com que freqüência?

Utilização Como deverão ser utilizados os resultados (informações) ?

Etapa 3: Projeto do ProcessoResultados da Etapa

Diagrama do novo processo

Projeto do Sistema de Informação do novo processo

Plano de implementação

Recursos

Responsáveis

Cronograma

Participantes:

Patrocinadores

“Dono” do processo

Colaboradores

Clientes

Fornecedores

Facilitadores

Etapa 4Implementação do Processo

Executar planos de ação

Estabelecer um plano de implementação piloto do novo processo

Implantar o Sistema de Informação

Executar o plano de implementação piloto

Ajustar e refinar o novo processo

Etapa 4:Implementação do Processo

Planos de ação executados

Sistema de Informação implantado

Processo piloto implantado

Início efetivo do novo processo

Participantes:

Patrocinadores

“Dono” do processo

Colaboradores

Responsáveis pelos planos

Envolvidos no processo

Resultados da Etapa

Etapa 5Gerenciamento do Processo

Analisar os resultados

Obter feedback

Acompanhar o andamento do processo

Avaliar as mudanças

Avaliar as habilidades

Sistema de Informação Gerencial

Participantes: “Dono” do processo

Instrumentos para o Gerenciamento

Planejar e implementar mudanças

Orientar as pessoas envolvidas

Utilizar novas tecnologias

Avaliar alternativas estratégicas

Acompanhar, avaliar e monitorar o processo

Implementar melhorias no processo

PROCESSO

Benefícios para os Sistemas de Informação (TI)

Identificação clara do que deverá ser informatizado

Aponta a priorização das atividades a serem automatizadas

Visão do todo com responsabilidades bem definidas

Garantia de informatização de um processo já racionalizado e preparado para usar a TI

Necessidades de suporte de sistemas de informação já identificadas (dados, políticas, normas, regras do negócio, procedimentos, recursos, capacitação etc.)

Redução do tempo para obtenção da visão global e desenvolvimento de sistemas de informação integrados.

Etapas do Desenvolvimento de Sistemas de Informação

ANÁLISE

DE

INFORMAÇÕES

PROJETO

DO

SISTEMA

(Físico)

IMPLANTAÇÃO

Teste

Ajuste

Treinamento

CONSTRUÇÃO

Implementação

(Desenvolvimento)1 2 3 ...

Interativo e Incremental

ITERAÇÕES:•Análise•Projeto•Implementação•Teste•Implantação

RISCOS:•Requisitos•Tecnologia•Pessoal Habilitado•Fatores Humanos

ANÁLISE

DE

PROCESSOS

Projeto de Sistema de Informação

Baseado nos conceitos da Análise Estruturada e da Engenharia da Informação.

Preconiza o estudo dos processos de negócio na sua totalidade e desenvolvimento de sistemas de informação integrados.

O ambiente de informática que vai suportar o processo de negócio deve ser definido através de três arquiteturas: arquitetura de informações, arquitetura de sistemas e arquitetura técnica.

Arquitetura de Informações

Domínio do Problema (Conceitual): é composta pelo modelo de processos e pelo modelo de dados:

Modelo de Processos: descreve as atividades que devem ser desempenhadas para o alcance dos objetivos do negócio; a partir das informações necessárias para a execução dessas atividades, é possível conceber um modelo de dados.

Modelo de Dados: representa as entidades e/ou eventos sobre os quais é necessário armazenar e produzir informações.

Arquitetura de Sistemas

Domínio da Solução (Lógico): especifica os sistemas de informação que devem desenvolvidos e implantados para apoiar os processos de negócios da organização.

Arquitetura Técnica

Domínio da Solução (Físico): especifica a estrutura física (hardware, software, comunicação e organização) sobre a qual os sistemas de informação serão implantados.

Domínio do Problema:Relação de Requisitos do Sistema

Detalhando:

Processos/regras de negócio

Dados a serem processados.

Informações a serem fornecidas.

Recursos especiais necessários.

Envolvendo o usuário:

Grupo para especificação do sistema.

Produzindo:

Plano básico para o desenvolvimento e implantação do sistema.

Etapas do Projeto de Sistemas

1. Análise de Processos: construção do Modelo de Processos de Negócio (BPM –Business Process Model)

2. Análise de Informações: construção do Modelo Relacional de Dados (RDM –Relational Data Model)

3. Análise de Regras: construção de Modelos de Regras de Negócio

4. Definição do Sistema: definição e especificação dos Módulos do Sistema

Modelo de Processos de Negócio - BPM

Diagrama gráfico padronizado que utiliza uma linguagem denominada BPMN - Business Process Modeling Notation.

Permite descrever o fluxo lógico de atividades de um processo de negócio.

Mostra a seqüência das atividades dos processos e as mensagens que fluem entre os participantes das diferentes atividades.

O BPMÉ um diagrama projetado para representar graficamente a seqüência de todas as atividades que ocorrem durante um processo, baseado na tradicional técnica do “fluxograma”, incluindo toda a informação adicional que se considerar necessária para a análise.

O BPM

É um diagrama concebido para ser usado pelos analistas de processos de negócio, aqueles que desenham, controlam e gerenciam os processos.

Dentro de um Diagrama de Processos de Negócio (BPD) se utiliza um conjunto de elementos gráficos, que se encontram agrupados em categorias.

O BPM

Símbolos para o BPM

Elemento de Início

Elemento de Fim

Elemento de Decisão

Tarefa

Sub-Processo

BPM - SubProcessos

BPM - SubProcesso deVerificação de Crédito

BPM - SubProcesso de Verificação de Crédito

BPMQualificação das Atividades

AtividadeAutomática

BPMDecisões Inclusivas

BPMQualificação de Atividades

Atividadecom uso de Sistema deInformação Atividade

totalmentemanual

Atividadeautomatizadapor Sistema

BPMEventos

BPMEventos

BPM - Objetos de Dados

Objetos de Fluxo

Evento: é algo que acontece durante o curso de um processo de negócio, afeta o fluxo do processo e usualmente possui uma causa e um resultado.

Atividade: representa o trabalho que é executado dentro de um processo de negócio.

Decisão: são elementos do modelo que são utilizados para controlar a divergência e a convergência do fluxo.

Objetos de Conexão

Canais: são elementos utilizados para organizar as atividades do fluxo em diferentes categorias visuais que representam áreas funcionais, papéis ou responsabilidades: Raias e Faixas.

Artefatos: são usados para prover informação adicional sobre o processo. Existem 3 tipos: Objetos de Dados, Grupos e Anotações.

Modelo de Dados - RDMAnálise de Entidades e Relacionamentos

Tipos de Entidades de Interesse:

Recursos: existem durante um determinado tempo (produtos, clientes, fornecedores, materiais etc.).

Eventos: ocorrem num determinado momento (vendas, compras, cobranças, pagamentos, produções, aplicações etc.)

Cada entidade deve ser representada por uma tabela (conjunto) de dados.

Análise de Entidades e Relacionamentos

Cada objeto de dados definido no BPM armazena seus dados em tabelas que descrevem entidades sobre as quais são necessárias informações.

Normalmente, cada entidade está relacionada a outras entidades: Um CLIENTE a várias VENDAS

Uma VENDA a vários PRODUTOS

Um PRODUTO a vários MATERIAIS

Etc.

Análise de Entidades e Relacionamentos

As entidades de um sistema estão relacionadas.

Através desses relacionamentos são geradas informações.

É, portanto, essencial definir todas as entidades e seus relacionamentos para projetar o sistema de informação a ser desenvolvido.

Modelo Relacional de DadosRDM (Relational Data Model)

Identifica todas as entidades que formarão a Base de Dados do sistema.

Define todos os relacionamentos entre elas.

Descreve o tipo de cada relacionamento e seus dados chave.

RDMTipos de Relacionamentos

Um-para-um [1,1] ou (1:1)

Um-para-muitos [1,∞] ou (1:N)

Muitos-para-muitos [∞, ∞] ou (N:N)

RDMVárias Representações

Entidade

Representada por um retângulo com o nome (no singular) que a identifica.

Relacionamento

Representado por uma linha com um nome ligando duas entidades relacionadas.

O tipo de relacionamento é representado por um símbolo específico em cada extremidade desta linha.

0

Relacionamento com nenhuma ocorrência da entidade.

1

Relacionamento com uma única ocorrência da entidade.

Relacionamento com mais de uma ocorrência entidade.

RDMTipos de Relacionamento

RDMExemplo de Relacionamento

Relacionamento (1:N ou 1, ∞):

RDMExemplo de Relacionamento

Relacionamento (1:N ou 1,∞):

RDMExemplo de Relacionamento

Relacionamento (N:N ou ∞,∞):

RDMDados Chave

Chave Primária (PK)

Conjunto de dados que distingue cada ocorrência de uma entidade de forma inequívoca das demais. É sublinhado no RDM.

Chave Estrangeira (FK)

Conjunto de dados comum a duas entidades que serve como elo de relacionamento entre elas.

Não é um dado da entidade relacionada, mas a chave-primária da entidade com a qual esta se relaciona. É marcado no RDM

Relacionamentos e suas Chaves

Relacionamento um-para-um e suas chaves:

Relacionamentos e suas Chaves

Relacionamento um-para-um e suas chaves:

O relacionamento será sempre 1:1?

Em que arquivos deverá ser incluída a chave-estrangeira?

Relacionamentos e suas Chaves

Relacionamento um-para-muitos e suas chaves:

Relacionamentos e suas Chaves

Relacionamento um-para-muitos e suas chaves:

Relacionamentos e suas Chaves

Relacionamento muitos-para-muitos resolvido (entidade associativa):

Conjuntos de Relacionamentos

Modelagem dos Dados

Define o conteúdo exato de cada arquivo de dados.

São detalhadas as características de todos os dados que serão armazenados em cada tabela definida no RDM.

Deve ser realizado um levantamento detalhado para definir cada dado.

Modelagem de Dados

Obter o menor número possível de dados em cada tabela.

Esses dados devem ser suficientes para capturar todas as entradas.

Também devem ser suficientes para derivar todas as saídas (informações necessárias).

Modelagem de Dados

Deve ser feita uma visita ao local onde as entidade e seus dados são “utilizados”.

O usuário deve ser envolvido e deve ficar comprometido com estas definições.

Deve ser definido o domínio e a regra de validação para cada dado.

Modelagem de DadosPara cada dado de cada arquivo devem ser definidos: Nomes do dado

Descrição do dado

Tipo do dado

Qualificador do tipo de dado (p.ex: comprimento)

Formato do dado

Domínio

Regras de validação

Origem do dado

Responsabilidade pelo dado

Modelagem de Dados

Para os dados de cada tabela devem ser definidos:

Chave-primária

Chaves-estrangeiras

Chaves-secundárias

Modelagem de DadosPara o RDM como um todo devem ser analisados:

Nomes lógicos

Nomes físicos (nomes código)

Descrição do Dado

Sinônimos

Homônimos

Tipos de Dado e Qualificador

Formato do Dado

Domínio do Dado (dados válidos)

Regras de Validação (a nível de dados, tabelas e relacionamentos)

Origem

Responsabilidade

Modelagem de DadosNome do Dado

Descrição do Dado

Tipo de Dado

Qualificador do Tipo

Formato do Dado

Domínio de Dados

Regra Validação

Origem do Dado

Respon-sabilidade

PESSOA

CPF da Pessoa

Número do CPF da pessoa

Texto 11 posições 99.999.999-99

Dígitos 0 a 9

Regra digito verificador

RH Gerente de RH

Nome Nome da pessoa

Texto 50 posições Não nulo Não nulo

RH Gerente de RH

Sexo Sexo da pessoa

Lógico 1 posição 0 ou 1 RH Gerente de RH

Data Nascimento

Data de nascimento

Data 99/99/9999

Datas válidas

Maior que 1/1/1900

RH Gerente de RH

Salário Valor do Salário em R$

Monetá-rio

6,2 99.999,99 Maior que zero

> 0 e < 999999,99

RH Gerente de RH

Modelagem das Regras de Negócio

Definição das regras de negócio que devem ser utilizadas nos processos.

Modeladas através de:

Lógica Estruturada

Tabelas de Decisão

Árvores de Decisão

Diagramas de Transição de Estado

Tabelas de Transição de Estado

Lógica Estruturada

Modela a lógica das regras de negócio utilizando construtos da programação estruturada: SE...ENTÃO

CASO1...CASO2...CASO3...OU ENTÃO

ENQUANTO...

ATÉ QUE...

DE 1 A N

Modela e descreve a execução de ações e define procedimentos de cálculo e de decisão.

Tabelas de Decisão

1 2 3 4 5 6

Tipo de Funcionário

Horas Trabalhadas

Pague salário base

Pague horas extras

Condições / Cursos de Ação Regras

Tabelas de Decisão

1. Identifique as condições e os valores que cada uma pode assumir;

2. Identifique todas as possíveis ações que podem ocorrer para cada condição;

3. Relacione todas as possíveis regras que podem ser aplicadas;

4. Defina as ações para cada regra;

5. Simplifique a tabela de decisão construída.

Árvores de Decisão

1

2

Ação A

Ação B

Ação C

Ação D

Sim

Não

=1

=2

=3

Permitem melhor comunicação do que tabelas de decisão

Simplificadas (sem considerar probabilidades)

Diagramas de Transição de Estado

Ordem Aberta Validando Ordem Calculando Ordem

ErroAtualizando

Dados

Gravando OrdemFechando Ordem

Aguardando

AçãoAçãoAção

Ação

Ação

Ação Ação Ação

Ação

Ação

Ação

Ação

Ação

Ação

Diagramas de Transição de Estado1. Identifique os possíveis estados ou o estado inicial;

2. Desenhe retângulos representando cada estado;

3. Conecte os estados com setas identificando as transições;

4. Cada estado deve levar a outro ou a vários outros estados;

5. Identifique as setas de transição com nomes que descrevem seus eventos;

6. Relacione as ações apropriadas sob cada retângulo de estado;

7. Considere reações a eventos inesperados;

8. Analise o diagrama para determinar se ele deve ser decomposto;

9. Discuta o diagrama com a equipe do projeto para assegurar consistência e precisão.

Reconstruçãodo BPM e do RDM

Reconstrução do BPM Novos arquivos, fluxos e processos e

regras podem aparecer no decorrer do projeto, como resultado de etapas posteriores.

Reconstrução do RDM Novas tabelas, dados, relacionamentos e

regras podem aparecer no decorrer do projeto, como resultado de etapas posteriores.

Definição dos Módulos do Sistema

Um módulo sempre é invocado como uma unidade.

Constitui um procedimento completo que o sistema deve executar.

Deve ser uma operação que possa ser vista pelos usuários do sistema como uma unidade.

Definição dos Módulos do Sistema

A divisão de um sistema em módulos deve ser natural.

Determinados procedimentos que guardem entre si uma mesma relação de contexto ou função devem ser agrupados em um módulo.

Processos do BPM e entidades do RDM podem ser agrupados ou categorizados para definir os módulos.

Diagrama Hierárquico do Sistema

Diagrama semelhante à um organograma.

Identifica cada um dos módulos e a hierarquia existente entre eles.

Normalmente, determina a estrutura de menus de operação do sistema.

Cadastros Compras Vendas Relatórios

Menu

Especificação dos Módulos do Sistema

Varia de acordo com o tipo de implementação:

Uma pessoa

Várias pessoas

Varia de acordo com a tecnologia utilizada:

Arquitetura tradicional

Arquitetura Cliente/Servidor

Plataforma Internet

Especificação dos Módulos do Sistema

Nome

Descrição

Características temporais e geográficas do processamento

Trecho (explodido) do BPM

Trecho do RDM

Especificação dos Módulos do Sistema

Apresentação dos dados (protótipos):

Formato de telas (formulários ou páginas)

Formato de relatórios (ou páginas)

Detalhes do Processamento:

Eventos

Transações/Regras

Diálogo Sistema x Usuário

Estrutura de Navegação

Toda informação supérflua deve ser eliminada

BibliografiaOrganização e Métodos

Faria, A. Nogueira de - LTC, 1982, Rio de Janeiro

Reengenharia

Hammer, Michael - Campus, 1994, São Paulo

Manual de Reengenharia

Chiavenato, Idalberto - Makron Books, 1995, São Paulo

Business Process Engineering

Scheer, A.W. - Springer-Verlag, 1994, Germany

Modern Systems Analysis and Design

Hoffer, George & Valacich - Benjamin/Cummings Publishing, 1996