EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADEDEENGENHAJUACnnL EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x Comportamental Gilberto Pimenta de Andrade Campinas 2002

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADEDEENGENHAJUACnnL

    EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x Comportamental

    Gilberto Pimenta de Andrade

    Campinas 2002

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CML

    EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x Comportamental

    Gilberto Pimenta de Andrade

    Orientador: ProP Dr a Regina Coeli Ruschel

    Disserta~o de Mestrado apresentada a Comissao de p6s-gradua~ da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas, como parte dos requisitos para obten~o do titulo de Mestre em Engenharia Civil, na area de concentrayao de Edific~es.

    Atesto que es~a e a versao definitive da disserta,.ac/tese. .'~ 11 N Z

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    Campinas, SF Prof. Dr._c::....._· -::·~1':..:1t(i.=.t_"v_,..~-,-----2002 Matrlcu!a: ;;; 41 [£C.f;1_ 1

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  • CF'i00i74311-0

    FICHA CATALOGRAFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA MEA DE ENGENHARlA - BAE - UNICAMP

    An24e Andrade, Gilberta Pimenta de

    EAD via Internet para CAD: aprendizagem colaborativa x comportamental I Gilberta Pimenta de Andrade.--Campinas, SP: [s.n.], 2002.

    Orientador: Regina Coeli Rusche! Disserta9ao (mestrado)- Universidade Estadual de

    Campinas, Faculdade de Engenharia Civil.

    1. Ensino a distancia. 2. AutoCAD (Programa de computador). 3. Software de aplicayao. 4. Ensino auxiliado por computador. 5. Projeto auxiliado por computador. I. Rusche!, Regina Coeli. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Civil. ill. Titulo.

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

    EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x Comportamental

    Gilberto Pimenta de Andrade

    Dissertayao de Mestrado aprovada pela Banca Examinadora, constituida por:

    ~or·~~~~ DAC-FEC - Unicamp

    Campinas, 26 de Fevereiro de 2002. iii

  • Dedicatoria

    IV

    Dedico este trabalho a

    a minha esposa Eloisa e nossa filha Ivy.

  • Agradecimentos

    Agrad~ a minba orientadora Prof a Dr a

    Regina Coeli Rusche! pelo apoio e amizade e a todos

    os profissionais participantes da pesquisa de campo.

    v

  • Sumario

    List a de Figuras......... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . viii Lista de Tabelas.... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ ... ...... .................. ...... .. ..... ........ ..... ........ ...... .. ..... .......... .. xi Resume .................................................................................................................................... xii 1. Introduyao........................................................................................................................... 1 2. Objetivo............................................................................................................................... 4 3. Revisao Bibliogridica........................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3.1 Problematica de Desenvolvimento de Treinamento de EAD..... .. .. . . . . . .. . .. ....................... 5 3.2 Hist6rico ................................................................................................................... 7 3.3 Situayao Atual.......................................................................................................... 10 3 .3 .1 Perspectivas de Crescirnento................... .. . . .. . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 1 0 3.3.2 Contextu~iio ............................................................................................................ 16 3.3.3 No Brasil ........................................................................................................................ 18 3 .4. Fundamentos de EAD. ....... ... .. ................... ............... ....................................................... 20 3.4 .1 Definiy()es........ . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .......... .. . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . ...................... 20 3 .4.2 Modelos de aprendizagem em EAD.. .. .. . ... . . . ............... ......... ......................................... 22 3.5 Avaliayao de EAD..................... ....................................................................................... 25 3.6 Ambientes de EAD para Internet..................................................................................... 27 3.6.1 OsoftwareWebCT ........................................................................................................ 28 3.7 AutoCAD .......................................................................................................................... 30 3.7.1 Hist6rico ......................................................................................................................... 30 3.7.2Modelagem3D .............................................................................................................. 31 4 Materiais e Metodos....... .. . .. ... ..... .... ..... .. ..... ......... ... ............................................................. 34 4.1 0 Website de divulgayao.................................................................................................. 34 4.2 0 PUblico alvo ................................................................................................................... 35 4.3 Recursos de EAD via WEB utilizados . .. .. ........ ......... ...................................................... 35 4.4 Metodos de ensino a distancia.......................................................................................... 36 4.5 Aruilise da experiencia................................... .. .. . . . .. . . ... ...... .. .. . . . . . .. . . .. . . .... ............... .. ... . . . . . 3 7 5 AexperienciadeEAD ......................................................................................................... 38 5.1 Adivulgayaodoscursos ................................................................................................... 38 5.2 A seleyiio dos candidatos. .. . . . .. . . .. . .. . ................................................. .............. ................... 41 5.3 0 ambiente WebCT .......................................................................................................... 44

    VI

  • 5.4 Testesdeavaliayao ........................................................................................................... 45 5.5 Curso-01 ............................................................................................................................ 50 5.6 Curso-02 ............................................................................................................................ 50 5. 7 Conteudo dos cursos... .. . . . . . .. . ... . ... ... . . ...... ... . .......... ... . . . . ... . .. ..... .. ............ ....... .. . . ...... ........... 51 5.7.1 MOduio-01 ..................................................................................................................... 51 5.7.2M6dulo 02 ...................................................................................................................... 52 5.7.3M6dulo03 ..................................................................................................................... 53 5.7.4M6dulo04 ..................................................................................................................... 54 5.8 Enquetes ........................................................................................................................... 55 6 An3.l.ise dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . .. . . . .. 57 6.1 CursoOl ............................................................................................................................ 57 6.1.1 Composi~odaturma .................................................................................................... 57 6.1.2Comunicayiio ................................................................................................................ 58 6 .1. 3 A valiayiio inicial............................................................. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . 60 6.1. 4 Nivel de utilizayao das paginas de conteudo................ ... ...... ... . ..... .. ..... ........... .. . . . . ....... 62 6.1.5 Conclusao das tarefas........... ........ ................................................................................. 63 6.1.6Avali~ofinal ............................................................................................................... 64 6.1. 7 Enquete-01 - Alunos que concluiram o curso.............................................................. 65 6.1.8 Enquete-02- Alunos que acessaram o curso e desistiram. .. . . . .. . .. . . ... . .. . . . ...... ...... ......... 68 6.2 Curso-02.. .. . .. ...... .................... ........ .. . ..... .... ........... ............................... ......... ........... ......... 68 6.2.1 Composi~o da turma........................... ........................................................................ 69 6.2.2 Definiyiio dos grupos..................................................................................................... 70 6.2.3 Comunicayiio................................................................................................................ 70 6.2.4 Avalia~o inicial........................ ... ................................................................................. 72 6.2.5 Nivel de utiliza~o das paginas de conteildo................................................................. 74 6.2.6 Conclusao das tarefas.................................................................................................... 75 6.2. 7 Avaliayiio final............................................................................................................... 75 6.2.8 Enquete 02- Alunos que acessaram o curso e desistiram............................................ 75 6.3 Enquete 03 - Candidatos pn\-selecionados que niio confirmaram participayiio....... ... .. . . 76 7 Conclus5es.. .......... .. . . . .......................... ................... ..... ........................................................ 79 8. Trabalhosfuturos ................................................................................................................ 81 Anexos ..................................................................................................................................... 82 AnexoA ................................................................................................................................. 83 AnexoB ................................................................................................................................. 133 Referencias Bibliogrilficas...................................................................................................... 137 Abstract................................................................................................................................... 141 Glossa.rio.. .. . . . . .. . .. .. ... .......... ..................... .. ............... ................................... ......... ................... 142

    vn

  • Lista de Figuras

    Figura 5.1: Mapa do website www.professorcad.com.br... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. 39 Figura 5.2: website www. professorcad.com.br- tela principal............................................. 39 Figura 5.3: Tela principal do webct ................................................................... 44 Figura 5.4: Resultado final Tarefa-01 ............................................................... 52 Figura 5.5:- Exercicio 1-Tarefa-02 ................................................................ 53 Figura 5.6:-Exercicio 2- Tarefa-02 ................................................................ 53 Figura 5.7: Resultado final Tarefa-03 ................................................................ 54 Figura 5.8: Modelo reservat6rio- Tarefa-04 ...................................................... 54 Figura 5.9: Resultado final- Tarefa-04 ............................................................. 55 Figura 6.1: Respostas corretas teste inicial x teste final......................................................... 65 Figura 6.2: Porcentagens das respostas daEnquete 03 .......................................................... 77 Figura Al: Janela de aviso de versao mais recente........... ....... .............................................. 84 FiguraA2: U~o de templates ................................................................... 85 FiguraA3: JanelaDrawing setup ...................................................................... 85 FiguraA4:JanelaView ..................................................................................... 86 Figura AS: Eixos de referenda do AutoCAD .. . . . ... ... .. . . ... . .. .... ... ........ ........... .... .... ................. 86 Figura A6: Regra da mao direita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............. 87 Figura A7: Representaylio gnifica do UCS ........................................................ 87 Figura A8: leones de acesso ao UCS... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...... 88 Figura A9: Alteraylio do UCS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . .. ........ 89 Figura AI 0: Alteraylio do UCS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . .......... 89 Figura All: Alteraylio do UCS... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......... 90 Figura Al2: Alterayao da origem do UCS ......................................................... 90 Figura Al3: Tela de controle do UCS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... 91 FiguraA14: GrupodeiconesVIEW ................................................................. 92 FiguraA15:UsodocomandoORBIT .............................................................. 92 Figura Al6: Criaylio de Viewports... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......... 94 Figura Al7: Divisao da tela em Viewports............................................. .............. 94 Figura Al8: Modos devisnalizaylio ................................................................. 95

    VUl

  • Figura Al9: leones- modos de visualizayiio.................. ....................................................... 95 Figura A20: Criayiio de elementos de massa... .... ... .... . . ... ... ... ................... ....... .... .................. 96 Figura A21: Elementos de massa... . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... .... . ... ... 96 Figura A22: Criayiio de elementos de massa...... .................. ................................................. 97 FiguraA23: Resultadofinal Tarefa-01 .................................................................................. 97 FiguraA24: Add Mass Elements- Tarefa-01 ........................................................................ 98 FiguraA25: Tarefa-01.. ..................................................................................... 98 FiguraA26: Tarefa-01.. ..................................................................................... 99 FiguraA27: Tarefa-01.. ..................................................................................... 100 FiguraA28: Tarefa-01.. ..................................................................................... 101 Figura A29: Resultado final- Tarefa-01...... .......... .. . . . . . . . . . .. . . . . ... ... .. . .. . .. . ... .. . . .. ... 102 Figura A30: Upload Tarefa-0 1. . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. .. . .. . .. . . . . .. . . .. .. . .. . . .. . . . . . . . .. ... . .......... .. . l 02 FiguraA31: Upload Tarefa-01. ......................................................................... 103 FiguraA32: Submit assignment- Tarefa-01.. ..................................................... 103 Figura A33: Modify Mass Elements................................................................. 104 Figura A34: Modify Mass Elements... . . . . . . . .. . . . . . . .. . . .. . .. .. . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. .. .. 104 Figura A3 5: Mass Elements Arch... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105 Figura A36: Mass Elements Barrel V alt... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . .. .. . . .. . . . . . . . . . . . 1 OS FiguraA37: Mass Elements Cone ..................................................................... 105 Figura A38: Mass Elements Cilinder... . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . 106 FiguraA39: MassElementsDome ................................................................... 106 Figura A40: Mass Elements Doric Colunm... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 Figura A41: Mass Elements Gable.. .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . .. .. . .. . . .. .. . . . . .. ... . .. 107 Figura A42: Mass Elements Pyramid............................................................... 107 Figura A43: Mass Elements Is6sceles Triangle................................................... 107 Figura A44: Mass Elements Right Triangle... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I 08 Figura A45: Mass Elements Sphere................................................................ 108 Figura A46: Uso de grips em Mass Elements..................................................... 108 FiguraA47:Profiles ........................................................................................... 109 Figura A48: Add Mass Elements... . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . .. . .. . . .. . .. . .. ... . 109 Figura A49: Elemento de Massa por Extrusion... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Figura ASO: Elemento de Massa por Revolution... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Figura AS I: Criayiio de Profiles. . . . . . .. . . . . . . . . . . . .. .. . . .. .. . . . . . . . . . . .. . . . . . .. .. . . . . .. . .. .. . .. . . . . . . . . 111 Figura A52: Add Mass Elements... . . . .. . .. . .. . . .. .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . .. . . .. .. . ... . ... .. ... . 111 Figura A53: Perfil usando Revolutio............... ... . . . . . . . .. . .. . .. . . . . . . . .. . .. ... ... . . . ........... 112 Figura A54: Perfil usando Extrusion................................................................. 112 Figura ASS: Display resolution ......................................................................... 113 Figura A56: Perfil com nova resoluyiio... . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .. . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 113 FiguraA57: Uso do comandoRotate3D ........................................................... 114 FiguraA58: Uso do comandoRotate3D ........................................................... 115 Figura A59: Uso do comando Align................................................................. 115 Figura A60: Add Mass Elements... .. . .. . .. . .. . .. . . .. . . . .. . .. . .. . .. . .. . .. . . . . . . . . . . . .. .. . ..... ........ 116 Figura A61: Tela do WebCT para entrega de tarefas... .. . .. . .. . .. . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . . .. 117 Figura A62: Perfilliimpada- Tarefa-2......................................................... .... 117 FiguraA63: Lfunpada com shade- Tarefa-02 .................................................... 118

    IX

  • FiguraA64: Mass Groups .................................................................................. 119 FiguraA65: MarcadeumMassGroups ........................................................... 120 Figura A66: Elemento subtrativo de um Mass Groups... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 FiguraA67: Interse

  • Lista de Tabelas

    Tabela6.1: Perfildosalunos do Curso-01 ............................................................................. 58 Tabela 6.2: Utilizayao dos recursos do WebCT- Curso-01.. ................................................ 59 T abela 6.3 : Respostas teste inicial- todos alunos................. .. . . . . . .. . . . . . . .. . . ... .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Tabela 6.4: Resultados do teste inicial do Curso-0 1.............................................................. 62 Tabela 6.5: Visitas dos alunos as p3ginas de conteUdo.......................................................... 63 Tabe1a 6.6: Respostas Teste Inicial- alunos que entregararn o Teste Final.......................... 64 Tabela6.7: Respostas Teste Final .......................................................................................... 64 Tabela6.8: Respostas-Enquete-01 ....................................................................................... 66 Tabela 6.9: Respostas- Enquete-02. ..................................................................................... 68 Tabela 6.10: Perfil alunos Curso-02....... .... ............................................................................ 69 Tabela 6.11: Utilizayao dos recursos do WebCT- Curso-02................................................ 71 Tabela 6.12: Respostas do teste inicial- todos alunos.......................................................... 72 Tabela 6.13: Resultados teste inicial do Curso-02. .. ............. ........... .......................... ... ......... 73 Tabela 6.14: Visitas dos alunos as p8.ginas de Conteudo ....................................................... 74 Tabela6.15: Respostas-Enquete02 ..................................................................................... 75 Tabela6.16: Respostasquestoes 1 e3 -Enquete-03 ............................................................. 76 Tabela 6.17: Respostas questlio 2- Enquete 03..................................................................... 77 Tabela Al: Configurayao de Tab e Display........................................................................... 124

    X1

  • Resumo

    Andrade, Gilberte Pimenta de. EAD via Internet para CAD: Aprendizagem Colaborativa x

    Comportamental. Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Campinas,

    2002. 158 pag. Disserta98.o de Mestrado.

    A necessidade de treinamento continuo em ferramentas computacionais e evidente, tanto na Engenharia Civil quanto na Arquitetura e Urbanismo, principalmente quando se faz uso de projeto

    assistido por computador (CAD - Computed Aided Design). Uma resposta para esta necessidade

    pode ser encontrada por meio da educa98.o a distancia (EAD), atualmente revalorizado com a

    utiliza~ da World Wide Web (WWV{). Desta forma, o objetivo deste trabalho e avaliar as condiy()es de execu~o de urn curso a distancia, via Internet, para profissionais de engenharia civil

    desejando-se verificar qual a abordagem de aprendizagem mais apropriada: Comportamental ou

    Colaborativa. F oram oferecidos e avaliados do is cursos de conteiido identicos, entretanto

    ministrados de forma diferenciada, segundo abordagens em estudo. 0 tema dos cursos foi a

    modelagem de s61idos da ferramenta computacional AutoCAD Architectural Desktop. Utilizou-se

    o ambiente de EAD WebCT- www.webct.com.br. A abordagem Comportamental apresentou

    melhores resultados de aprendizagem para treinamentos de sistemas grilficos do tipo CAD, via

    Internet.

    Palavras Chave: CAD; Ensino a distancia; Modelagem de S6lidos; AutoCAD Architectural

    Desktop.

  • 1 Introdu~iio

    Por definiyao, em Ensino a Distancia (EAD) aprendizes e instrutores estao separados pelo

    espa~ e em alguns casos pelo tempo. Esse modelo de aprendizagem nao e recente, hil. tempos que

    o homem se utiliza da escrita e dos meios de comunicayao, como radio e TV como forma de

    transmissao do conhecimento. Porem a intera¢o dinilmica e eficiente entre as partes, fundamental

    no processo, so foi possivel com o surgimento de tecnologias mais atuais, como a Internet. Com a

    popularizayao do uso de computadores e grandes investimentos no setor de comunica{:Oes, a

    Internet chega para revalorizar o uso da EAD, principalmente no Brasil, onde muitas vezes foi visto

    de modo pejorativo. A nova Lei de Diretrizes e Bases, Lei n.• 9.394 anode 1996, contempla, pela

    primeira vez, a EAD na hist6ria brasileira, com isso varias iniciativas estao sendo implementadas

    nas areas de p6s-graduayao e ate mesmo graduayao, onde na maioria dos casos conta com o apoio

    da iniciativa privada.

    Mas, o verdadeiro nicho de mercado da EAD esti no ensino continuado, ou seja aquele onde o

    aluno busca o conhecimento para se atualizar e acompanhar a evoluyiio tecnol6gica. Na Engenharia

    Civil e Arquitetura e Urbanismo a necessidade de treinamento continuo em informatica e evidente

    quando se faz uso de ferramentas de projeto assistido por computador (CAD - Computed Aided

    Design). Urn exemplo eo CAD AUTOCAD da empresa AutoDesk, que disponibiliza uma nova

    versao do seu sistema a aproximadamente 1.75 anos. Alem do mais, nos Ultimos anos os sistemas

    de CAD deixaram de ser exclusividade das grandes corporayiies, para se tomarem uma ferramenta

    indispensavel para empresas de medio e pequeno porte e tambem para profissionais liberais na

    elaborayao de seus projetos. Entretanto, apesar da sua crescente popularizayao, os softwares de

  • CAD estao muito Ionge de serem considerados amigaveis, principalmente quando se usa a terceira

    dimensao.

    Na EAD pode-se empregar diferentes abordagens de ensino, entre estas se pode citar:

    aprendizagem colaborativa e comportamental. Na aprendizagem colaborativa os problemas sao

    apresentados juntamente com as fontes de informayao. 0 tutor incentiva a discussao e

    principalmente a troca de experiencias entre os alunos; tarefa essa que passa a ser fundamental para

    o ganho de conhecimento. Ao tomar conhecimento do problema, os alunos buscam no material

    fomecido, informav5es que os auxiliani na forma~ao dos conceitos e no debate com os demais

    companheiros que convergem em conjunto para a aquisiyao do conhecimento. Na aprendizagem

    comportamental o aprendizado acontece "passo a passo", sempre tendo urn modelo como exemplo,

    e todos recebem e realizam as tarefas ao mesmo tempo. A inter~ao maior acontece como instrutor

    e em honirios prb-estabelecidos. A aprendizagem colaborativa apesar de ser mais utilizada em areas

    como ciencias biol6gicas e humanas, pode ser aplicada nas exatas, como por exemplo em uma

    disciplina de 16gica de programayao, onde o instrutor propoe o problema, fomece a sintaxe da

    linguagem, e a 16gica, objeto do aprendizado, o aluno assimila atraves da interayao como professor

    e de experiencias de outros participantes que sao compartilhadas e discutidas. Porem o mais

    comurn para casos como esse, e a utilizal;:ao da aprendizagem comportamental onde a 16gica e

    compreendida pela obse~ao de urn exemplo similar.

    A problematica em estudo, entao e, qual a abordagem de aprendizagem mais apropriada e/ou

    eficiente na EAD na area de ciencias exatas, mais especificamente no ensino de CAD. Foram

    desenvolvidos, aplicados e comparados dois cursos na modalidade de EAD com o mesmo tema e

    em turmas diferentes porem homogeneas em perfil de aluno, sendo que em cada curso aplicou-se

    uma abordagem de aprendizagem diferenciada, isto e, a colaborativa e a comportamental. 0 tema

    escolhido para treinamento foi o processo de modelagem de s6lidos da ferramenta de CAD

    AutoDesk Architectural Desktop, especifica para engenheiros civis e arquitetos, pois e essencial

    para a modelagem em 3D de situa~s mais complexas.

    2

  • Nos capitulos que seguem especifica-se primeiramente no Capitulo 2 o objetivo do trabalho. No

    Capitulo 3 apresenta-se a revisiio bibliografica, onde os temas abordados sao: Problematica de

    desenvolvimento de treinamento de EAD, Hist6rico, Situayiio Atual, Fundamentos de EAD,

    Avaliaviio de EAD, Ambientes de EAD para Internet e Sistemas CAD. No Capitulo 4 apresenta-se

    a metodologia e materiais que foram empregados. No Capitulo 5 apresenta-se a Experiencia de

    EAD atraves da divulgaviio dos cursos, da seleqiio dos candidates, do ambiente de EAD utilizado,

    do conteudo e das formas de avaliaqiio dos cursos . No capitulo 6 e feita uma aruilise dos dados

    obtidos na experiencia. No Capitulo 7 siio apresentadas as conclusoes deste trabalho. No capitulo 8

    sugere-se trabalhos futuros.

    3

  • 2 Objetivo

    0 objetivo deste trabalho e estudar a viabilidade e as condi¢es de execuyao de urn curso a distfulcia, via Internet, para profissionais da area de Arquitetura, Engenharia e Construyao (AEC) e

    avaliar os resultados obtidos. Neste contexto, pretende-se avaliar qual o metodo mais eficiente para

    cursos de CAD via Internet: Comportamental ou Colaborativo para a aprendizagem de modelagem

    de s6Iidos.

  • 3 Revisiio Bibliognifica

    3.1 Problematica de Desenvolvimento de Treinamento de EAD

    Para MOORE e KEARSLEY (1996), urn projeto de produyao de cursos de ensino a

    distancia envolve muitos tipos de habilidades. Desde que a instruyao seja provida de meios de

    comunica.yiio e entregue atraves de tecnologia, os materiais precisam ser projetados por individuos

    com conhecimentos em didatica assim como em tecnologia. No entanto, mesmo havendo pessoas

    com ambas habilidades e importante que as responsabilidades sejam divididas. Produtores do

    material instrutivo devem trabalhar com os responsaveis pelo conteildo sempre em concordancia

    com os objetivos do curso, os exercicios, as atividades que os alunos desenvolveriio, o conteildo

    textual, auditivo e o de interayao por audio e video conferencia. Finalmente inspetores tern que

    avaliar os estudantes individualmente assim como a efetividade de todo o grupo. Por ser necessaria

    tantas habilidades diferentes, uma das caracteristicas fundamentais dos cursos de EAD bern

    sucedidos e que estes sao projetados por equipes nas quais va.rios especialistas trabalham juntos. Os

    autores relatam que em toda educayao lui a necessidade da comunicayao entre urn professor ou

    equipe pedag6gica e o estudante ou estudantes. No EAD esta comunicayao acontece por alguma

    forma de tecnologia. A tecnologia pode produzir material de comunicayao impresso (livros ou

    apostilas) programas de audio ou video cassete veiculados atraves de radios ou tvs, softwares de

    computador e redes de computadores. 0 uso dessa tecnologia mais recente, que pode levar a

    mensagem de professores e alunos para qualquer parte, com a possibilidade de interayao, e o que

    faz o EAD tiio atual para a maioria das pessoas.

  • EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    RASMUSSEN e RELAN (1997) diz que em Instru\)oes Baseadas na Web (Web Based Instruction-

    WBI), o instrutor tern que manter urna variedade de papeis para facilitar o processo de

    aprendizagem. A troca de paradigma muda o papel do instrutor de mero "distribuidor de

    informayao" para mentor e guia.

    "Com relavao a prepara¢o do material, hi! uma diferenya fundamental entre o ensino presencia! e a distiincia. Neste Ultimo caso, e importante que os materials sejam preparados por equipes

    multidisciplinares/transdisciplinares que incorporem nos instrumentos pedag6gicos escolhidos as

    tecnicas mais adaptadas para a auto-instruyao, tendo em vista que o processo de aprendizagem

    deverii se dar com uma pequena participayiio de apoios ex:temos. 0 centro do processo de ensino

    passa a ser o estudante" (GON

  • EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    " A lista de distribuiyao e uma forma de uso do correio eletronico onde e-mails sao distribuidos

    de forma simultanea para urn conjunto de pessoas, isto e, os seu subscritos. As listas de

    distribuic;ao geralmente sao utilizadas para divulgayao ampla de inforrnac;ao e discuss5es de

    temas.

    " As home pages sao a base da transferencia do conteudo da instruyao baseada na WEB. Elas

    podem conter material instrutivo e organizacional, alem de links para outros locais e sistemas

    de correio. 0 processo de criac;ao de home pages e bastante simples, ja que sua linguagem de

    prograrnac;ao a Hipertext Mark-up Language (IITML), e baseada em documentos de texto

    simples que podem ser criados por qualquer processador de textos. Estas paginas de texto sao

    forrnatadas utilizando-se tags para instruir os browsers como apresentar o texto.

    " Os BBS sao sistemas que perrnitem a postagem de e-mail. As mensagens nao circulam entre

    pessoas, sao enviadas para "um quadro de mensagens". Qualquer pessoa pode responder a uma

    mensagem postada. A estrutura da comunicac;ao e visiveL Geralmente e utilizada para

    postagem de duvidas e respostas de forma organizada de modo a facilitar a leitura e

    acompanhamento das questoes. Desse modo mesmo nao tendo participado da discussao, o

    aluno pode rever o assunto e se inteirar dos problemas.

    3.2 Historico

    No levantamento do hist6rico do EAD, alguns autores encontram sua origem na troca de

    mensagens feita pelos primeiros cristaos para difundir a palavra de Deus, especialmente nas varias

    "epistolas" escritas pelo ap6stolo Paulo (GON

  • EAD via Internet para CAD: Metoda de Ensino Colaborativo x Comportamental

    onde, "utilizando-se da duvida sistematica, procedendo por analises e sinteses, elucidava os termos

    das questoes em disputa, fazendo nascer a verdade como urn parto no qual ele ( o mestre) era apenas

    urn instigador, urn provocador e o disdpulo o verdadeiro descobridor e criador" (GADOTTI,

    1983).

    Do seculo V a. c. ate o seculo XV de nossa era, no entanto, os documentos escritos eram caros e

    raros, pois tinham de ser feitos (copiados manualmente) pelos escribas. A partir de 1450, como

    desenvolvimento da imprensa (inventada pelo alemao Johannes Gutenberg, em 1438), a chamada

    "explosiio tipografica", juntamente com a instal~ao dos correios, passam a constituir a infra-

    estrutura que faltava para o desenvolvimento do EAD (MCLUHAN, 1996).

    Na hist6ria do mundo ocidental, porem, urn pouco antes da "explosiio tipografica", obviamente em

    menor extensiio, a xilogravura ja cumpria a funyao de recuperar, armazenar e transmitir

    conhecimentos. No outro !ado do mundo, a impressiio - com caracteres tipograficos cunhados em

    madeira - era conhecida na China desde o seculo XI e milhares de c6pias de textos budistas foram

    feitas, atraves da tecni.ca xilografica, ja no seculo VIII.

    Quanto ao outro pilar de sustentayao da infra-estrutura blisica que propiciaria o inicio efetivo do

    trabalho de EAD, ainda no seculo XV foram implantados os correios modemos. "A criayiio dos

    grandes Estados modemos conferia maior seguranya e regularidade as comunicayees. Instalaram-se os primeiros serviyos postais de Estado: na Franya, sob Luis XI, em 1464 e na Inglaterra, sob

    Eduardo IV, em 1478" (ALBERT e TERROU, 1990).

    Desde entao quase tres seculos se passaram ate que se espalhassem pelo mundo as iniciativas

    concretas de utilizayiio desta estrutura para fins educacionais. RODRIGUES (1998) indica urn

    animcio da Gazeta de Boston, de 1728, que oferecia material para ensino e tutoria por

    correspondencia, assim como urn curso de contabilidade, na Suecia, em 1833. Em 1840, ainda

    dentro do levantamento de Rodrigues, o barateamento dos serviyos de correio na Inglaterra deu

    8

  • 6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental .......,..

    novo impulso ao estudo em casa, tomando-o interativo, pois os alunos puderam passar a

    corresponder com seus instrutores ao custo de 01 penny por carta, independente da distancia: foi a

    cria~;tao do chamado Penny Post.

    Outro momento importante, tambem citado por Rodrigues, foi o reconhecimento formal dos cursos

    por correspondencia: "o estado de Nova Iorque autorizou o Chatauqua Institute, em 1883, a

    conferir diplomas atraves deste metodo".

    Em rela(iiio aos cursos de nlvel superior, a partir do relato feito por varios autores, Rodrigues indica

    o pioneirismo da Sociedade de Linguas Modemas, de Bedim, que teria iniciado em 1856 a oferta

    de cursos de frances por correspondencia. Ao mesmo tempo, considerando a ado(iiio do EAD em

    seu carater mais amplo (implanta((ao de varios cursos), a referencia hist6rica e a lllinois Wesleyan

    University, a primeira Universidade Aberta no mundo, que teria iniciado as atividades nesta

    modalidade de ensino em 1874.

    Tomando como criterios de avalia(iiio a tradi(iiio no uso integrado de tecnologias, o vulto e sucesso

    no empreendimento, destaca-se a Open University da Inglaterra, criada em 1969: "e a mais

    tradicional e a maior institui(iiio de EAD do Ocidente. Em 1971, os primeiros 24.000 estudantes

    ingressaram em diversos cursos. Em 1997, 160.000 alunos estavam registrados ... " (BOLZAN,

    1998). 0 sucesso da Open University se deve a novidade do uso integrado de material impresso, radio e televisao, implementada atraves de urn acordo com a BBC (British Broadcasting

    Comission), a possibilidade de contato pessoal, atraves de centros de atendimento espalhados no pals, ao fato dos alunos nao necessitarem apresentar certificado de forma(iiio escolar anterior (a

    idade minima de 21 anos era o pre-requisito para ingresso na universidade) e ao alto nlvel dos

    cursos (RODRIGUES, 1998).

    0 primeiro encontro intemacional realizado como objetivo de debater o EAD aconteceu em 1938,

    na cidade de Vit6ria, no Canada e foi chamado de "Primeira Conferencia Intemacional sobre

    9

  • EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Com porta mental

    Educa~o por Correspondencia". E, a partir da decada de 40, mais e mais paises foram adotando

    oficialmente o EAD: "Africa do Sul e Canada, em 1946; Japao, em 1951; Belgica, em 1959; India,

    em 1962; Fran~a, em 1963; Espanha, em 1968; Inglaterra, em 1969, Venezuela e Costa Rica, em

    1977" (RODRIGUES, 1998).

    HOBSBA WN (1996) afirma que "o mundo no final do nosso seculo esta repleto de urna tecnologia

    revolucionaria, baseada em triunfos da ciencia natural previsiveis em 1914 mas que na epoca mal

    haviam comeyado, e cuja consequencia politica mais impressionante talvez fosse a revolu~ao nos

    transportes e nas comunicac;Qes, que praticamente anulou o tempo e a distancia. Urn mundo que

    pode levar a cada residencia, todos os dias, a quaiquer hora, mais informa~o e diversao do que

    dispunham os imperadores em 1914. Ele da condic;Oes as pessoas de se falarem entre si cruzando

    oceanos e continentes ao toque de alguns botoes e, para quase todas as questoes praticas, aboliu as

    vantagens culturais da cidade sobre o campo."

    3.3 Situa~lio Atual

    3.3.1 Perspectivas de Crescimento

    Na decada de 90, o EAD atinge outro nivel de expressao quantitativa e qualitativa. Dentro

    de urn processo de amplo crescimento e diversifica~o da oferta de programas de EAD, podem ser

    observados quatro movimentos distintos:

    a) urn movimento no sentido da prolifera~lio, ou descen~, isto e, a partir das

    possibilidades reais ( e das promessas e rnitos) multiplicam-se iniciativas de EAD por todo o

    mundo;

    10

  • 6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental .......,.

    b) urn movimento de centraliza~ao on concentra~ao nas grandes instituiyees e empresas, que

    passam a oferece seus servi90s de EAD a muitas outras regi5es, paises e ate continentes;

    c) urn movimento em dir~ao a melhoria da qnalidade, posto que a tecno!ogia digital e de compressao de dados viabiliza tecnicamente o acesso a informayi)es e a cbamada "aprendizagem cooperativa" a distancia; e

    d) urn movimento ou tendencia de "virtnaliza~o" geral, que val minando as fronteiras entre a

    educa9iio presencia! eo EAD.

    Embora distintos e aparentemente contradit6rios, estes movimentos sao interdependentes e

    convergentes, impulsionando o crescimento do EAD, como apresentado a seguir.

    No movimento de prolifera~o de iniciativas de EAD, verifica-se por todo o mundo, que surgem

    experiencias pontuais (que tratam de urn tema especifico, mas pretendem atingir o publico em

    geral) ou localiZildas (que tratam de diversos ternas, mas sao dirigidas ao atendimento dos

    interesses de um publico especifico) de EAD. Novas alternativas tecnol6gicas viio se incorporando

    e se ajustando as anteriores, viabiliZilndo 0 desenvolvimento dos programas educativos niio so por parte de grandes instituiyees publicas e privadas, mas tambem de empresas de medio e pequeno

    porte e de organizayi)es niio-governamentais. NAVES (1998) apresenta dados de urn levantamento

    realizado no Canad8. por Roberts em 1994, onde 54% das universidades canadenses, 68% dos

    colegios comunitarios e 36% das grandes e medias empresas reportaram o uso de ensino a

    distancia. Oficialmente, hoje, "mais de oitenta paises, nos cinco continentes, adotam o ensino a

    distancia em todos os niveis de ensino, em sistemas formals e niio formals, atendendo a milhoes de

    estudantes" (NAVES, 1998).

    0 movimento de centraliza~o de oferecimento de servi90s de EAD ocorre nos grandes centros,

    que passam a constituir as chamadas "mega-universidades", entretanto, ao mesmo tempo surgem

    iniciativas de pequeno e medio alcance. De acordo com o International Center for Distance

    Learning (ICDL) da Open University da Grii-bretanha, urna "mega-universidade" e aquela

    institui9iio que recebe urn niunero de matriculas anuais superior a 100.000." Em 1995, por ocasiiio

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  • EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    do encontro dos diretores executives destas institui~oes, o ICDL apontou as dez maiores mega-

    universidades do mundo" (NAVES, 1998).

    Entre elas estil, por exemplo, a propria Open University, da Gra-bretanha, com uma media de

    150.000 matriculas anuais nos cursos de gradua~ao e p6s-gradua~o, oferecidos em diversos paises

    que usam a lingua inglesa, principalmente na Europa. Os cursos podem ser feitos por qualquer

    pessoa com mais de 18 anos, independente da forma~o escolar anterior. "Os materiais impressos

    sao complementados por transmiss5es de radio e televisao, fitas de audio e video, slides, kits de

    experiencias, Internet, acesso a bancos de dados, viagens de estudo, cursos de verao e encontros nos

    fins de semana ou dias de escola" (RODRIGUES, 1998).

    Para isso, a UK Open University mantem 18 centros de atendimento distribuidos em 12 cidades na

    Inglaterra. Pesquisa da universidade informa que 54% dos alunos escolhem a UK Open University

    pela liberdade de Iugar, tempo e ritmo de estudo, sendo que 68% dos alunos tern emprego fixo,

    desejam desenvolver sua capacidade intelectual ( 49"/o) e melhorar as chances na carreira

    profissional (40%) (BOLZAN, 1998).

    No ano de 1997 a Indira Gandhi National Open University (IGNOU) contou com 394.388

    estudantes em seus prograrnas educativos, utilizando uma infra-estrutura bitsica que inclui, alem

    das midias tradicionais (impressos, radio, TV): computadores, conexao Internet, e-mail/fax,

    biblioteca eletronica, tele-conselhos e provisao de recursos multimidia (BLATTMANN e DUTRA,

    1999).

    Mas a maior institui~o universititria, em termos de niunero de alunos, sem duvida, e a China

    Central TV and Broadcasting University (CCRTVU) que, em 1994, contou com 530.000

    matriculas nos 350 cursos bitsicos e especializa~s oferecidas. 0 sistema RTVU (Radio and

    Television University) envolve estados, municipios e bairros/distritos. 0 material de interesse

    nacional - impresses e programas de radio e televisao - e produzido pela Central Radio and

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  • 6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental .........

    Television University, que tambem treina professores, tecnicos e faz pesquisas sobre EAD. Os

    nucleos estaduais produzem os materials de interesse local ou regional, desenvolvem, agendam e

    supervisionam exames. Este nucleo tambem faz a matricula dos alunos, mantem os arquivos e

    emitem diplomas e certificados (RODRIGUES, 1998).

    Alem destas, segundo NAVES (1998), completando o quadro das dez maiores mega-universidades,

    estiio: a da Africa do Sul (University of South Africa- UNISA), ada Coreia (Korea National Open

    University - KNOU), a da Espanha (Universidad Nacional de Educaci6n a Distancia- UNED), a

    da Franya (Centre National d'Enseignement a Distance - CNED), ada Indonesia (Universitas Terbuka- UT), ada Tailandia (Sukhothai Thammathirat Open University- STOU) e ada Turquia

    (Anadolu University).

    No movimento em dir~o a melboria da qualidade verifica-se uma mudanya qualitativa nos processos de aprendizagem possibilitada pelas novas tecnologias. Na decada de 90, a criayao da

    WorldWide Web (em 1991), do browser (em 1993), dacompressiio etransmissao de dados em alta

    velocidade1, assim como os avanyos na area de te1ecomunic:ayOes2 e na produyiio de hardware e software colocaram a interatividade no centro das atenyoes, promovendo o questionamento dos

    modelos pedag6gicos baseados na simples transmissiio de conhecimentos do professor para o

    aluno.

    1 "Na decada de 70, a ARPANET estava usando links de 56 mil bits por segundo. Em 1987, aslinbasdaredetr.msmitiam l,SmilhiSes de bits por segundo. Em 1992, a NSFNET, a rede principal atras da Imternet, operava a velocidades de transmissiio de45 milhOes de bits por segundo: capacidade suficiente para enviar 5 mil pOginas por segundo. Em 1995, a tecnologia de transmissiio usando gigabits estava no estagio de prot6tipo, com capacidade equivalente a transmissao de toda a Biblioteca do Congresso Norte-americano em mn minute• (CASTEILS, 1999).

    2 Segundo Dertouzos, o uso da libra 6tica nas telecomuni""9oes, alterando a velocidade dos sinais nas 1inbas detr.msmissiio de dados beneficiou de fonna crucial a oomputll\;i!o: "Uma libra 6tica fina como mn lio de cabelo tem mna capacidade smpreendente de transportar inf~ rapidamente, por milhares de quilometros, na fonna de pulsos luminosos que piscam I 0 bilb6es de vezes por segundo. Um filme de doas horas pode ser 1ransmitido por libra 6tica em segundos, mas exigiria mn mes pom transmissiio por linha teleJDnica comum • (DERTOUZOS, 1997).

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    Muda tambem o papel dos bibliotecitrios e dos serviyos oferecidos pelas bibliotecas: "De um !ado,

    observa-se o envolvimento do biblioteciuio como formador (num papel de pedagogo), ou seja,

    participante do processo de ensino/aprendizagem. Onde desenvolve atividades pr6-ativas,

    auxiliando os usuarios a aprenderem a pesquisar, seja na elaborayiio da estrutura ou na localizavii.o

    de fontes para suas pesquisas. Por outro !ado, observa-se tambem que o profissional encontra-se no

    processo de auto-aprendizagem no uso das tecnologias da informayiio e adequando-se ao trabalho

    cooperative entre os pares e entre as organizay(ies" (BLATTMANN e DUTRA, 1999).

    Contudo, para LEVY (1999) e ainda polemico indicar o que conduzini o EAD da condiyiio de "estepe" a condivlio de "ponta de lan9a" do ensino. DERTOUZOS (1997) argumenta que "ascender a chama da vontade de aprender no coravlio dos estudantes, dar o exemplo e criar vinculos entre

    professores e alunos sao fatores essenciais para o sucesso do aprendizado. Estas necessidades

    b:isi.cas nlio podem ser satisfeitas pela tecnologia da info111Ultica". Na mesma linba, CASTELLS

    (1999) enfatiza: " ... a qualidade da educayiio ainda esta, e estara porum Iongo tempo, associada a intensidade da interayiio pessoal. Por conseguinte, as experiencias em larga escala de

    'universidades a distancia', independentemente de sua qualidade (rna na Espanha, boa na Grli-

    Bretanba), parecem posiciona-las como uma segunda op9lio em formas de educayao ... ".

    Articulado aos tres movimentos abordados anteriormente, o crescimento do EAD ganba forya

    tambem a partir da propenslio em acelerar a substituiyiio do presencia! pelo virtual,

    (VI11ualizayiio3) registrada nos anos 90. "Por que construir universidades em concreto em vez de

    encorajar o desenvolvimento de tele-universidades e de sistemas de aprendizagem interativos e

    cooperatives acessiveis de qualquer ponto do territ6rio?", pergunta LEVY (1999), argumentando

    'A palavra "virb,alim>!Io" e utiljzada segundo o conceito de virtual definido por Levy; ou seja, nao no sentido de oposiy!Io ao real, mas ao atual, pois "o virtual existe sem estar presente. ( ... )A infOJ::IDay!Io digital (traduzida pam 0 e I )tambem pode serqualificada de virtual na medida em que e inacess:ivel enquanto tal ao ser humano. S6 podemos tomar conhecimento direto de sua atualimfilo por meio de aJgwna forma de exibiyao. Os cOdigos de computador, ilegiveis pam n6s, a1J1alimm-se em alguns lugares, agora ou mais tarde, em textos legiveis, imagens visiveis sobre tela ou papel, sous audiveis na atmosfera" (LEVY, 1999).

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  • EAD via Internet para CAD: Metoda de Ensino Colaborativo x Comportamental

    favoravelmente, embora com algumas (poucas) ressalvas. "Por que se matricular na escola, centro

    de treinamento ou universidade locais, se o estudante pode freqiientar uma escola mais distante,

    porem melhor e mais adequada a seus interesses especificos?", pergunta DERTOUZOS (1997).

    Enquanto esta substitui~;ao radical ainda e apenas tendencia, a integral;iio da educal(iio presencia!

    com o EAD, no entanto, ja esta se tomando regra em boa parte das institui~;oes de ensino, o que

    deixa cada vez menos nitida a distinl;iio entre as duas modalidades. Esta integral;iio pode ser

    constatada em tres tipos de iniciativas:

    1) o uso da telecomunica~;ao e dos suportes multirnidia interativos nos programas educativos de

    carater presencia!;

    2) a transformal;iio de cursos, tradicionalmente oferecidos na forma mais classica de ensino, em

    "aprendizagem cooperativa assistida por computador" ou em outros fonnatos de EAD;

    3) a implantal;iio de cursos cuja grade de disciplinas e composta atraves de uma combinai;OO de

    materias que exigem a presen~;a fisica com outras realizadas atraves do EAD. Este eo caso, por

    exemplo, do Mestrado em Artes, oferecido pela Universidade do Arizona, onde, dos 36 creditos

    obrigat6rios, 24 podem ser realizados "virtualmente" (BLATTMANN e DUTRA, 1999).

    0 acesso as bibliotecas virtuais ou mesmo a constitui~;ao de uma biblioteca virtual particular ou para uso da "classe virtual" (no caso dos cursos de EAD), a partir do download de livros

    digitalizados e disponibilizados na Web, e outro exemplo da virtualizal;iio ja presente no dia a dia

    da sociedade. 0 nfunero de obras disponiveis (gratuitamente) se torna maior na medida em que

    avan~;a o trabalho de digitaliza~;ao em varios projetos concebidos e executados com esta finalidade.

    Por exemplo, o "Projeto Gutenberg", que tern como meta colocar "ate o ano 2001 cerca de 10.000

    titulos na forma texto eletronico" (BLATTMANN e DUTRA, 1999}.

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  • 6 EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Com porta mental ...........

    3.3.2 Contextualiza~io

    A sistematiza91io da ao:ilise da situa91io atual (aoos 90) do EAD, como urn fenomeno

    impulsionado pelos quatro movimentos acima citados, consegue dar urna no9Jio de "o que" esta

    acontecendo e de "como" o processo vern evoluindo. Uma compreensiio, por minima que seja, do

    "por que", no entaoto, requer a amplia91io do contexto de ao:ilise, taoto no tempo como no sentido

    da abraogencia de alguns dos complexos aspectos implicados. Ou seja, mesmo sem ter a pretensiio

    de apreender todas as dimenooes do que RAMONET (1998) chama de "reviravolta de civiliza9Jio",

    e preciso considerar que:

    Nos aoos 70, como resposta ao esgotamento do chamado padriio de produ9Jio e de

    desenvolvimento "fordista" , que teve como desdobramento a queda das taxas de acumul~ de

    capital e uma situa91io de forte instabilidade do proprio sistema capitalista, instaura-se urn novo

    paradigma produtivo, a partir do que se convencionou chamar de "reestrutura9Jio produtiva". Estas

    mudao9a5 no sistema produtivo caracterizam-se por:

    a) urn novo padriio tecnoi6gico, que tern como elementos-chave o computador e a telematica; e

    b) novos metodos organizacionais, que incluem a desverticaliza91io da produ91io, a utilizayiio dos

    sistemas just in time/kanban e a organiza9Jio da fabrica em celulas ou ilha de produ9Jio 4

    (NEUTZUNGeKREIN, 1997).

    A mundializa91io5 da economia e a prioridade absoluta dada ao mercado- como instrumento de

    regula9Jio - criam urn ambiente economico instavel e imprevisive~ provocaodo urn aumento da

    concorrencia intercapitalista;

    4 • A empresa detemrina o seu foco de a~o e transfere a outras empresas (terceirizadas) atividades na area de apoio, no fomecimento de C

  • EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    0 acirramento da concorrencia no mercado globalizado leva as empresas a busca desenfreada de competitividade, o que implica ter flexibilidade (possibilidade de mudar com facilidade a produ

  • EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    sociedade, seja maior do que nunca: "Agora, em diversos paises, e a maioria de uma faixa etaria que cursa algum tipo de ensino secundario. As universidades transbordam. Os dispositivos de

    forma

  • 6 EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ..........

    independem da epoca, do Iugar e mesmo do fonnato e conteudo escolhidos para sua produviio".

    Neste sentido, CRUZ e MORAES (1998) apud NUNES (1996), analisa os problemas que

    impediram o progresso do EAD no Brasil, indicando, como principais: "a criaviio de programas

    pouco vinculados as necessidades reais do pais, organizados sem qualquer vinculayao exata com

    prograrnas de govemo, geralmente projetos pilotos feitos para testar metodologias, aos quais

    faltaram continuidade, criterios de avaliayao, adequada preparaviio para seu seguimento e

    divulgayao sobre os resultados alcanyados" (CRUZe MORAES, 1998).

    Em relaviio a situa9iio atual, NlSKIER (1998) aponta urn problema que, no seu ponto de vista, e muito grave: "ainda nao dispomos de uma politica nacional de ensino a distancia, o que e bern

    sintomatico da desorienta9iio oficial". Segundo ele, estima-se que "em dez anos teremos cinco

    vezes mais alunos de ensino a distancia do que hoje - ou seja, cerca de 8 milhoes" (NISKIER,

    1998).

    0 Brasil nlio tern mega-universidades, nem mesmo urna Unica instituiyao de ensino superior

    inteiramente dedicada ao EAD, "o que acontece e que alguns setores de universidades presenciais

    modelam cursos a distancia para atender diversas clientelas" (RODRIGUES, 1998). Entre elas, a

    experiencia mais antiga (iniciada em 1970) e de maior alcance parece sera do Centro de Educayao

    Aberta e Continuada (CEAD) da Universidade de Brasilia, que foi criado em 1989 e hoje conta

    com cerca de dez mil alunos, "espalhados no Brasil afora e ate alem das nossas fronteiras"

    (NAVES, 1998).

    Algumas iniciativas desencadeadas na segunda metade da decada de 90, no entanto, tern dado urn

    novo impulse ao trabalho de EAD e promovido a sua proliferaviio por todo o pais. Este e o caso,

    por exemplo, da estruturayao do Laborat6rio de Ensino a Distancia, em 1995, na Universidade

    Federal de Santa Catarina, que passou a produzir cursos para "clientelas" de diversos setores e

    localidades do pais, como relata RODRIGUES (1998).

    Mas o primeiro curse de especializayao que utilizou a Web como midia interativa principal foi

    iniciado somente em maio de 1998. "Em parceria com o Senai, o curso Especializayao para

    19

  • EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    Gestores de Institui~es de Ensino Tecnico, onde 50 funcionarios em 31 cidades tern acesso ao site

    (htto://www.iaccess.com.brlled!senai) do curso, que conta com material impresso especialmente

    modelado, encontros presenciais, sessoes on-line com o professor e banco de dados com as duvidas

    dos alunos e respostas" (RODRIGUES, 1998).

    Neste final de decada, o crescimento da demanda de forma~o por parte de grandes contingentes

    populacionais esta levando a integrayii.o tambem de ONGs, como relata Bolzan: "estao sendo iniciados os projetos pelo Instituto Nacional de Educal(aO a Distilncia -!NED, em conjunto com o

    Instituto Brasileiro de Analises Socials e Economicas -ffiASE e com outras ONGs. ( ... ) Tambem

    ha dois anos, foi criada a Rede Brasileira de Educal(ao a Distfmcia - READ/BR, e a secretaria esta

    ao encargo da Associayii.o Brasileira de Tecnologia Educacional" (BOLZAN, 1998).

    3.4. Fundamentos de EAD

    3.4.1 Defini~Oes

    0 decreto N" 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 que regulamenta o Art. 80 da LDB n°

    939/96, define no Art. 1° que "EAD e urna forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem,

    com a mediayii.o de recursos didaticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes

    suportes de informayii.o, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios

    de comunicayii.o." (BRASIL, 1998)

    MOORE e KEARSLEY (1996) descrevem em seu texto que o conceito de EAD e bern simples: ''Estudantes e professores estao separados pela distilncia e em alguns casos pelo tempo". Esse

    conceito oontrasta com o metodo tradicional em que professores e alunos encontram-se em urna

    hora e local pre.determinado, como numa universidade, em urn modelo de instruyii.o envolvendo

    20

  • 6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental _......

    uma sala de aula onde o professor fala a um grupo de alunos. Se professores e estudantes nao estiio

    juntos no mesmo Iugar ou na mesrna hora, eles estiio separados pela distilncia tornando-se entiio

    necessaria a introdu~o de um meio artificial de comunicayiio que ira disponibilizar a informayao e

    tambem prover um canal de intera~o entre eles. 0 uso de material impresso e tecnologias

    eletronicas como forma primaria de comunica~o e a primeira e mais evidente caracteristica que

    distingue EAD das demais formas tradicionais. 0 uso dessas tecnologias abre novas possibilidades

    na forma dos instrutores apresentarem a informa~o e conduzirem a intera9ao como aluno.

    MOORE e KEARSLEY (1996) descrevem que existe diferentes niveis de EAD e usa a tipologia

    desenvolvida por Michael Marek (1990) que a divide em quatro niveis:

    1. Prograrnas de ensino a distilncia: Essas sao atividades realizadas em um colegio ou universidade

    convencional de quem e a responsabilidade primaria incluindo salas de aulas tradicionais. Nos

    Ultimos anos muitas universidades tern optado por oferecer seus cursos fora do campus atraves de

    audio ou video conferencia simplesmente acrescentando essa tecnica de ensino a distilncia as aulas convencionais. Isso as vezes e tido como "engodo" de ensino a distilncia, visto que, geralmente

    consiste em um simples professor trabalhando sozinho contrastando com o trabalho em equipe dos

    sistemas de acesso sistematico. Os programas de ensino a distilncia normalmente nao tern sua

    propria faculdade ou serviyos administrativos.

    2. Unidade de ensino a distilncia: Uma unidade especial dentro de um colegio ou universidade

    convencional que se dedica a atividades de ensino a distilncia. Cada unidade tera normalmente sua

    equipe administrativa cuja Unica finalidade eo EAD. Pode tambem haver uma faculdade dedicada,

    apesar da maioria convidar o corpo docente da institui~o vinculada para prover a maior parte do

    ensino da unidade. As unidades de extensao da maioria das universidades sao um exemplo desse

    nivel de EAD.

    21

  • & EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Com porta mental .........

    3. Institui~ao de ensino a distancia: 0 Unico proposito da institui~o eo ensino a distancia. Todas as

    atividades sao desenvolvidas exclusivamente para esse fim. Tal instituicao tern uma faculdade e

    urna equipe administrativa do qual tern deveres diferentes dos colegios e universidades tradicionais.

    A British Open University e urn famoso exernplo rnundial de instituicao de EAD.

    4. Consorcio de ensino a distancia: Essa rnodalidade consiste normalmente de duas ou rnais

    instituiy(ies ou unidades de ensino a distancia que cornpartilham o projeto e/ou o envio dos

    prograrnas. A National University Teleconference Network (NUTN) e "Star Schools" sao

    exernplos dessa parceria.

    3.4.2 Modelos de aprendizagem em EAD

    De acordo com BOLZAN (1998) "0 EAD pressupoe um sistema de transmissao e

    estrategias pedag6gicas adequadas as diferentes tecnologias utilizadas". Bolzan no mesmo trabalho coloca que, de acordo com Brande, a estrategia didatica do EAD significa "a escolha dos metodos e

    meios instrucionais estruturados para produzir um aprendizado efetivo. Isto inclui nao apenas o

    conteudo do curso, mas tambem decisoes sobre o suporte ao aluno, acesso e escolha dos meios. 0

    modo como o tutor e o aluno se comunicam e interagem depende do esquema de aprendizado que e

    usado".

    • Aprendizagem Colaborativa

    Segundo GUNAWARDENA, LOWE e CARABAJAL (2000), a metafora da "colcha de

    retalhos" e a que melhor descreve a constru~o compartilhada do conhecimento que acontece em

    um ambiente de aprendizagem construtivista. Um bloco da "colcha" e construido pela aplicacao, um apos outro, de p~s pequenos de "pano", que quando unidos formam um padriio luminoso e

    22

  • ~ EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ..........

    colorido. Os peda

  • 6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ....,....

    incentivar a aprendizagem e o pensamento. 0 professor toma-se urn animador da inteligencia

    coletiva dos grupos que estao a seu encargo" (LEVY, 1999).

    Em sistemas de "instruc;:iio baseada na web" (WBI) os instrutores e outros estudantes diio urn

    feedback (retorno) aos demais estudantes atraves de discussoes compartilhadas. Como estudante

    ou o instrutor sendo o mecanisme desse retorno, a interatividade da classe passa ser promovida por

    essas discussoes. Ao contrirrio da sala de aula convencional, o feedback nem sempre e imediato e

    pessoal. Dependendo do numero de estudantes, nem sempre e possivel para o instrutor

    proporcionar respostas individuais para perguntas e problemas. Geralmente nesses casos o retorno e

    "geral" para a classe. De certa forma esse procedimento passe a ser eficiente pois, o esclarecimento

    de urna duvida de urn aluno pode servir aos demais com o mesmo problema (RASMUSSEN e

    RELAN, 1997).

    • Aprendizagem Comportamental (Behaviorism)

    Dentre os modelos de aprendizagem na educayao, o mais tradicional e o charnado de

    comportamental ou objetivista. Centrada no ensino do professor, esta forma de ensino e baseada

    numa aprendizagem reprodutiva (memorizayiio ), o aluno e entendido como urn sujeito passive, que

    recebe uma serie de informayaes prontas, trabalhando muito pouco sobre elas. 0 ensino segundo

    essa concepc;:iio e encarado apenas como transmissao de conhecimentos (BOLZAN, 1998).

    Na abordagem do "behaviorista" (ou comportamentalista) Burrhus Frederic Skinner o

    conhecimento e resultado direto da experiencia. Segundo Skinner, que criou o "ENSINO

    PROGRAMADO", as pessoas aprendem mais facilmente quando o conteildo e apresentado em

    "unidades discretas", isto e, pequenos modules e quando recebem urn feedback imediato, indicando

    se o aluno teve ou niio sucesso (RUTHSCHILLING, 2001).

    24

  • & EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental .......,.

    3.5 Avalia~ao de EAD

    Avalia

  • EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    fatores estes que incidem na satisfa~ao do estudante e uso subseqi.iente destes nas conferencias

    mediadas por computador (CMC) utilizadas na experiencia de EAD. Porem, ao ap!icar o metodo,

    os autores constatararn que urn dos principals problemas associados com anaJ.ises quantitativas, no

    contexte de CMC era o tarnanho da arnostra. Quando se ap!icou metodo estatistico para ava!iar os

    dados, aparecerarn discrepancias significantes devido ao nfunero pequeno de participantes, comurn

    emCMC.

    Quanto a questao de ava!ia~oes comparativas entre ensino a distancia com o presencia!, MOORE e KEARSLEY (1996), destacarn em seu texto que "o que faz qualquer curso born ou ruim e

    conseqi.iencia de quao bern e estruturado, acessado e conduzido, e nao se os estudantes estao face a

    face ou a distancia". Segundo eles, o sucesso no uso dessas tecnologias requer tecmcas especiais no projeto e urn cuidado maior no planejarnento e produ~ do que gera!mente se tern na sala de aula.

    Segundo BANNAN e MILHEIN (1997), a Internet esta se tomando a principal fonte de

    distribui~o de material aos estudantes que preferem ( ou sao obrigados) a estudar paralelamente a

    uma sala de aula tradicional. Poretn, os autores ressaltam que e extremamente necessiuio avaliar

    esses cursos baseados na web em termos das suas caracteristicas globais de projeto instrutivo em

    Iugar de s6 ava!iar cada curso pelo conteUdo especifico que ele prove. Segundo RIEBER (1994)

    apud BANNAN e MILHEIN (1997), assim como acontece em qualquer novo meio de distribui~o,

    como e o caso da Internet, ha uma tendencia em enfocar estrategias de projeto fundadas somente na

    capacidade tecnol6gica do meio, em Iugar das metas da !i~, das necessidades do estudante e da

    natureza da tarefa envolvida.

    26

  • 6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ....,..._

    3.6 Ambientes de EAD para Internet

    CHAVES (2000) relata em seu texto que a avalia~o de um software no contexto de

    EAD apesar de levar em conta criterios objetivos e aquilo que o desenvolvedor pretendia, precisa

    ser feita da perspectiva do usuario e levar em conta o que pretende fazer com software e o que ele

    espera dele. 0 autor enfatiza que fara grande diferenya na avalia9ao se o usuario pretender usar o

    software para ensino a distancia ou para aprendizagem colaborativa atraves de comunidades

    virtuais, que sao duas modalidades de EAD. No caso de EAD, ha um complicador a mais ja que

    geralmente ele se destina geralmente de dois a quatro tipos de usuarios, que sao: Os

    desenvolvedores de programas educacionais, os professores ou tutores que tambem podem ser os

    desenvolvedores, os alunos e por fun, os administradores que tambem podem fazer o papel de

    criadores e/ou administradores.

    Desta forma, CHAVES (2000) descreve que um software para EAD via Internet geralmente e

    destinado a produ~o de materiais e ao planejamento das atividades educacionais (desenvolve®res) que serao utilizados por alunos com o acompanhamento dos projessores alem de haver uma

    administra9Cio, responsilvel por disponibilizar o material, realizar matriculas entre outras.

    Alguns indicadores especificos de software de EAD via Internet precisam ser considerados de

    acordo com o ponto de vista de cada tipo de usuario descrito acima. Para o desenvolvedor, e

    importante, por exemplo, a capacidade de importa~o nos principais formatos de arquivos de

    textos, imagens e videos existentes no mercado. Para o professorfmstrutor a preocupayao esta em

    dispor de sistemas de correio e listas EXTERN OS, ou seja, que possam ser utilizados mesmo com

    o micro desconectado do ambiente. A presenya de dispositivos de chat e BBS pr6prios do sistema,

    a u~o de quadros de aviso e calendarios, a gerayao de lembretes automilticos das tarefas e

    outros, a g~o de estatisticas, a u~o de banco de dados alem da f'acil inser~o de

    convidados em sey(ies de chat. Para o aluno, e importante que o software tenha uma interface

    agradavel perrnitindo a fftcil visualiza~o dos quadros de aviso, lembretes e calendarios assim que

    27

  • & EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ........_

    se entre no ambiente. Facil acesso as mensagens e aos materiais obrigat6rios do curso. Do ponto de

    vista do administrador, e importante que o software permita cadastrar com facilidade os usuanos do sistema, inclusive com nlveis de acesso diferenciados, disponlbilizar cursos com rapidez, mantendo

    quando necessario a estrutura definida pelo desenvolvedor alem de poder matricular alunos atribuindo-lhes nomes de usuaries e senhas que garantam acesso a todos os :materiais e atividades

    do curso que sao permitidos (CHAVES, 2000).

    3.6.1 0 software WebCT

    0 WebCT e uma ferramenta que facilita a criayiio de urn ambiente educacional baseado em interface WWW. Pode ser usado para criar cursos on-line completos, ou como interface de

    apoio para cursos comuns. Foi projetado para ser utilizado por usuarios sem grande experiencia

    tecruca em computadores, fazendo uso de interfaces graficas para o desenho do material e diversas

    ferramentas para auxiliar o professor tais como: sistema de conferencia, chat on-line, estudo em

    grupo, avalia~oes, gr.ificos que listam o progresso dos estudantes, e-mail, glossanos, entre outras

    (FRANCO e BARBETTI, 1998).

    Foi desenvolvido pelo Departamento de Ciencia da Computa~ao da Universidade de British

    Columbia no Canada. Suas principais caracteristicas sao:

    • interface amigavel;

    • conjunto de ferramentas que facilita o aprendizado, comunlca~o e colabora~o;

    • conjunto de ferramentas administrativas que auxiliam o professor no decorrer do curso;

    • pode ser usado para criar cursos ou simplesmente disponlbilizar material para cursos ja

    existentes;

    • exige o minimo de tecnica por parte do aluno e do professor.

    28

  • 6 EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ........,

    Possui quatro classes de usuaries:

    ,. administrador;

    " designer ( desenvolvedor I professor);

    • monitor;

    • aluno.

    Cada classe trabalha da seguinte forma:

    " Existe semente uma conta de administrador que e responsavel por inicializar e apagar curses, e

    alterar as senhas dos designers. Essa pessea nao pode: alterar o conteudo dos curses, utilizil-lo

    como aluno ou trocar a senha dos estudantes. Obrigatoriamente, o nome da conta e administrator ou

    admin.

    • Cada curse possui uma conta para o designer que normalmente sera o instrutor do curso. Essa

    pessea podera manipular todo o curso, criar provas, acompanhar o desempenho dos alunos,

    controlar freqii~cia, criar as contas dos alunos entre outras. Depois de escolhido o nome da conta

    do designer este nao podera ser alterado. A senba podera ser alterada pelo administrador.

    • Cada curse pode ter varios monitores. 0 monitor tern os mesmos privilegios que o aluno alem

    de possuir acesso as avaliay

  • 6 EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportement a! ......,_

    3.7 AutoCAD

    3.7.1 Historico

    0 termo CAD (Computer Aided Design) geralmente e utilizado para definir OS sojtwares

    de desenho tecnico que trabalham com imagens vetoriais. Em pesquisa via Internet, FREITAS

    (1999) constatou que o AutoCAD, desenvolvido pela empresa americana Autodesk, eo software de

    CAD usado por 72% dos profissionais de AEC de varias regioes do Brasil.

    0 primeiro release do AutoCAD surgiu em dezembro de 1982, desde entao, varias atualiza~es

    tern ocorrido em intervalos que vao de 6 meses ate dois anos. Em 1985 a versao6 2.5 do AutoCAD

    ja trazia fun~ basicas usadas ate hoje como line, pline, blocos, texto entre outras. Fun,.oes para

    dimensionamento (cotagem) poderiam ser adicionadas com urn custo extra. A versao 2.6 era urn

    sistema baseado em 2D com poucos recursos de 3D e nao necessitava de co-processador

    matematico. 0 release 9 (AutoCAD R.9), introduzido em 1987, foi a primeira versao a possuir os

    menus Pull Dawn e ja necessitava de urn co-processador maternatico. 0 AutoCAD R 10, Ian,.ado

    em 1990, introduz o recurso de mwtiplos User Coordinate System (UCS) possibilitando a

    u~ao completa dos recursos de 3D. 0 AutoCAD R.12 chega em 1994 com interface

    modificada introduzindo-se as facilidades das janelas do sistema operacional Wmdows. A

    modelagem de s6lidos ja era possivel atraves do modulo Advanced Modelling Extension (AME),

    distribuido separadamente. 0 AutoCAD R 13 apesar dos infuneros problemas, substitui o processo

    de modelagem de s6lidos com os recursos do AME por s6lidos verdadeiros, isto e, acrescentou-se

    primitivas basicas de 3D e oper~es boleanas sobre estas para a modelagem de volurnetrias. Esta

    • Vers

  • 6 EAD via Internet para CAD: MoModo de Ensino Colaborativo x Com porta mental ..........

    modificavao no AutoCAD representou uma regressao em recursos de modelagem de solidos, muito

    criticada na epoca por usuitrios, e que ainda hoje nao foram totalmente recuperados. 0 AutoCAD

    R.l4 corrigiu bugs ( erros) que eram frequentes no R 13 e acrescentou melhoria em desempenho do

    sistema. Enfim, o AutoCAD R.l5, batizado de AutoCAD 2000, trouxe modifica~;oes importantes

    principalmente no trabalho com s6lidos 3D, com recursos de visao dinfunica e melhorias na

    renderiza\(iio.

    Uma das caracteristicas marcante do AutoCAD sempre foi o fato do software nao ser direcionado a

    areas especificas da engenharia, ou seja, tanto o profissional da arquitetura como o de mecfulica utilizavam a mesma versao basica, com a possibilidade de desenvolvimento, por terceiros, de

    rotinas especificas atraves de linguagens de prograrna~;ao como AutoLISP, C++ e Visual Basic. A

    partir do release 14 a Autodesk come~;a a direcionar seus produtos implementado fun~;oes

    especificas a determinados processos de projetos das areas da engenharia. Um exemplo disso e o AutoCAD Mecanical Desktop direcionado a engenharia mecfulica e o AutoCAD Architectural

    Desktop (ADT) para os profissionais de engenharia civile arquitetura, denominados pela AutoDesk

    de CADs verticalizados. No anode 2000 o ADT passou a marca de 100,000 copias vendidas no

    mundo (CADESIGN, 2001).

    3.7.2 Modelagem 3D

    RA WKINGS (2001 ), descreve em seu site que o primeiro CAD 3D apareceu no inicio dos

    anos 70. Desde entiio varios sistemas surgiram, cada vez mais potentes e mais acessiveis. 0 autor

    indica alguns marcos do desenvolvimento de sistemas de CAD 3D. 0 inicio se deu com a

    representa\;iio dos objetos em wirejrame (aramado}, similar ao esqueleto extemo do objeto, em

    seguida foi acrescida a representa\(iio em wirejrame, recurso de visua1iza\(iio com a remo~;ao das

    linhas ocultas (hiden lines). Segundo o mesmo autor o passo seguinte dos CADs 3D foi a

    31

  • 6 EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ............

    representac;ao de objetos no formato Two and a HalfD (2,5 D), onde objetos 2D tern urn valor de

    "thickness' ( espessura) na direc;ao Z, eqilivalendo a altura. Na sequencia introduziu-se a

    modelagem em 3D a partir de superficies 3D basicas (3D faces, 3D surfaces: box, pyramid, wedge,

    cone, sphere, torus, dish e mesh, 3D meshes e revolved, tabulated e ruled surfaces), onde sobre as

    faces das superficies e possivel aplicar texturas e cores. A combinac;ao de objetos sobrepostos era

    impossivel e nlio se tinha a informac;ao sobre volumes, somente sobre areas. Finalmente surge a

    modelagem em 3D utilizando-se primitivas basicas de solidos. Na modelagem de solidos uma

    volumetria complexa e armazenada como numa arvore de informay(ies, onde todos os dados dos

    objetos 3D componentes estlio registrados. Essa arvore tambem armazena como os objetos sao

    combinados (uniao, intersec;ao e subtrac;ao). Com a modelagem com solidos pode-se obter

    informac;oes como volume, centro de gravidade, momentos de inercia entre outros. Como na

    modelagem de s6lidos os elementos sao combinados usando-se as operac;oes de uniao, subtrac;ao e

    intersec;iio, e a composic;lio do solido complexo e armazenada numa arvore de hierarquias, uma

    simples arruela feita a partir de dois cilindros e a subtrac;lio de urn deles, demandara mais memoria

    do que uma arruela modelada em superficies.

    Os recursos de 3D no AutoCAD verslio 2.6 de 1985 estavam restritos a representac;ao de objetos

    3D no formato Two and a Half D (2,5 D) sendo esta uma forma lirnitada de representac;lio

    tridimensional. No release 10 do AutoCAD introduziu-se modelagem tridimensional utilizando

    modelagem de superficies. Introduziram-se os recursos de modelagem tridimensional com solidos

    no AutoCAD a partir do release 12, atraves do modulo AME. No release 13 do AutoCAD a

    modelagem de solidos atraves do modulo AME foi substituida pelo metodo Constructive Solid

    Geometry (CSG). de construc;iio de modelos 3D complexos. Este metodo utiliza uma arvore CSG

    nao editavel, sendo esta uma estrutura simples que organiza as primitivas e os operadores em uma

    hierarquia que reflete os passos usados na criac;iio dos solidos complexos.

    A partir do release 13 nlio e mais possivel editar no AutoCAD a arvore CSG, o que nlio ocorre com

    sistemas como Pro Enginner e Solid Edge. Esta restric;ao foi superada com os recursos de

    32

  • 6 EAD via lntemet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental ........,

    modelagem em 3D utilizando-se elementos de massa e ferramentas de agrupamento do ADT.

    Entretanto, para niio usuarios do ADT, existe no mercado aplicativos do tipo AutoCAD Runtime

    eXtension (ARX) que incrementam o AutoCAD com editores CSG, permitindo a ediyii.O de uma

    primitiva individual em um solido complexo ou a edi9ii0 de uma sub-arvore

    (htt;p://www.contextcad.com).

    33

  • 4 Materiais e Metodos

    Para atingir objetivos especificados foram desenvolvidos dois cursos pilotos cada urn

    empregando uma abordagem especifica de aprendizagem: Comportamental (Curso-01) e

    Colaborativa (Curso-02). Os cursos foram aplicados sobre urn publico alvo com perfil especifico. A

    aplicayao de cada curso foi avaliada e comparada. Urn website com a funyao de portal de entrada

    para os cursos pilotos foi desenvolvido. Os materiais utilizados foram a ferramenta de CAD

    AutoCAD Architectural Desktop e o ambiente de EAD WebCT. Os cursos foram oferecidos

    gratuitamente aos interessados.

    4.1 0 website de divulga~lio

    Foi desenvolvido urn website com a fim9ao de divulgar e apresentar a pesquisa, obter

    inscriyoes de candidatos para a composiyao do publico alvo e fazer a ligayao com os cursos pilotos

    em estudo. A divulgayao dos cursos pilotos foi feita atraves do cadastramento deste website em

    sistemas de busca na Internet, envio de mensagens a listas de discussao de usuarios de sistemas

    CAD, alem do envio de e-mail a usuarios conhecidos7

    7 o autor desta pesqujsa, que e professor de CAD na UEMG, tem cadastrado ao Iongo dos Ultimos anos uma lista pessoal de intemautas interessados em material de treinamento de CAD solicilados atraves de sua homepage pessoal.

  • & EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental .........

    4.2 0 Publico alvo

    0 nfunero minimo de participantes por curso foi definido em 5 e no maximo 10, para

    garantir interatividade entre participantes e capacidade de gerencia desta interayao pelo professor.

    0 grupo de participantes dos cursos pilotos foi definido seguindo os seguintes criterios:

    a) ser homogeneo com rela

  • & EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental _...,..

    " Contadores de acesso.

    .. Controle de acesso por senha.

    .. Sistema de gerencia de alunos e conteudo.

    Dentre as opy5es existentes no mercado optou-se por usar o WebCT, por possuir todos os recursos

    listados no item anterior e por ja estar sendo usado na Unicamp, o que facilitou o seu uso.

    4.4 Abordagens de aprendizagem

    Foram adotadas duas abordagens de aprendizagem: Comportamental e Colaborativa. A

    abordagern cornportamental da enfase a aquisivao de conhecimento atraves do acesso ao contelido e da interavao professor-aluno. 0 material preparado foi entregue de forma gradual ern rn6dulos

    sernanais. 0 instrutor agendava horanos para esclarecimento de duvidas de forma sincrona alern de

    estabelecer datas de entrega das atividades propostas. Nesse modelo o conhecimento e adquirido

    passo a passo e todos os participantes carninham ern ritrno proprio. Ha tambern a interavao

    assincrona entre estudantes/estudantes atraves de ferramentas como e-mail eBBS.

    Na segunda abordagem, a colaborativa, a enfase para aquisiyao de conhecimento esta na

    interayao do grupo e acesso ao conteudo. 0 material foi passado aos alunos de uma Unica vez eo

    instrutor incentivava e mediava a discussao do grupo para a soluyao de problemas apresentados.

    Nesta abordagem o grupo irnpoe o ritmo, e o aprendizado se da atraves da busca de soluy5es a

    problemas apresentados e principalrnente pela troca de experiencia com os dernais participantes.

    36

  • EAD via Internet para CAD: Metodo de Ensino Colaborativo x Comportamental

    4.5 Amilise da experiencia

    Ao final de cada curso os seguintes parametres foram levantados e analisados:

    • Ex:istencia de desistencia e seus motives.

    " Aproveitamento do curso pelos participantes:

    o Curso-0 1 - % de conclusiio individual das tarefas.

    o Curso-02-% de conclusiio do(s) grupos(s) das tarefas.

    • Contagem de acesso as paginas de conteudo. " Contabilidade de interayiio com o professor:

    o E-mails eBBS

    • Contabilidade de interayiio entre os grupos:

    o E-mails e BBS

    • Nivel de utilizayiio de todas as ferramentas disponiveis no ambiente WebCT.

    • Ganho de conhecimento em modelagem de s6lidos.

    • Opiniiio dos participantes sobre a experiencia.

    ........

    o Enquete respondida no final dos cursos segundo KHAN e VEGA (1997) (Anexo B).

    37

  • 5 A experiencia de EAD

    Neste capitulo sao apresentadas infonnayees sobre a divulga~ao dos cursos, a forma de

    sele~o dos candidates, o ambiente de ensino a distiincia WebCT, os testes de avalia~iio, o conteudo

    dos cursos ministrados alem das enquetes aplicadas.

    5.1 A divulga~iio dos cursos

    Para a apresenta~o e divulga~ao dos curses, foi desenvolvido o website, denominado

    www.professorcad.com.br. A Figura 5.1 apresenta o mapa do website. A pagina principal, mostrada

    nessa figura, inclui links para o WebCT, alem de sub-paginas com info~oes sobre os curses,

    cadastre dos interessados, curriculo do autor e links relacionados a CAD, EAD e aplicativos (plug-

    ins) necessaries para r~o dos cursos.

  • EAD via lntemet para CAD: Metoda de Ensino Colaborativo x Comportamental

    curricmo do ADior

    Figura 5.1: Mapa do website www.professorcad.com.br

    site t11m como objetivo divulg¥ e ~·a pesquisa de mestrado de GlbeftO ~'~menta da Andrade, sob a orientat;3o de Prot. oro. Reg~no coau Rusche~ na area de n~Gtodokigla de projeto da ~ de eng6nhiloa cMI da ONJCAMP (~ ~ d9 """""""')

    llaks Rela

  • EAD via Internet para CAD: Metoda de Ensino Colaborativo x Comportamental ......... A divulgac;ao dos curses pilotos foi feita atraves do cadastramento deste website em

    sistemas de busca na Internet, como google (www.google.com), Yahoo (www.yahoo.com.br),

    Altavista (www.altavista.com.br), Cade (www.cade.com.br) e RadarUOL

    (http://radaruol.uol.com.brL). 0 texto cadastrado nestes servic;os foi elaborado com a preocupayao

    de conter palavras chave relacionadas ao tema :

    ~curse gratis de ADT {autocad architectural descktop). Para engenheiro civil. Trabalho de mestrado em ensino a distancia, usando o WEBCT, da faculdade de engenharia civil da unicamp, campinas."

    Para que sistemas que fazem a busca atraves de "varredura" de home pages na Internet,

    como eo caso do Google, pudessem indexar o enderec;o do website, foi acrescentada a seguinte tag

    no c6digo do arquivo index.html, responsavel pela pagina inicial do website:

    Outre recurso utilizado para a divulgayao do website, foi o envio de mensagens a listas de

    discussao de usuaries de sistemas CAD, alem do envio de e-mail a usuaries conhecidos8 (260

    endereyos). Foram ainda enviados e-mails para 2 iistas relacionadas ao tema "programay