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IBNP
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
DE ISRAEL
ANTECEDENTES
O Livro Branco
Texto publicado pelo Governo britânico que determinava o
futuro imediato do Mandato Britânico da Palestina até que se
tornasse independente. Recusava a ideia de dividir o Mandato
em dois estados, favorecendo uma só Palestina, governada
em comum por árabes e judeus.
O Livro Branco
Os britânicos cederam ainda mais às exigências árabes
ao anunciarem, no Livro Branco de 1939, que um Estado
árabe independente seria criado em dez anos e que a
imigração judaica deveria ser limitada a 75 mil para os
próximos cinco anos, após os quais deveria cessar por
completo.
Também foi proibida a venda de terras a judeus em 95%
do território da Palestina. Os árabes rejeitaram a
proposta. Em contrapartida, durante o período do
Mandato Britânico, a imigração árabe era irrestrita.
80 mil soldados britânicos patrulhavam o litoral de Israel;
Do término da 2ª. Guerra Mundial até janeiro de 1948, agentes de
organizações judaicas, haviam conseguido levar para Israel 63
embarcações de refugiados judeus;
58 embarcações foram interceptadas pelos ingleses;
Dos 23 mil judeus que tentaram entrar "ilegalmente" na Terra de Israel,
menos de 5 mil conseguiram na primeira tentativa;
O bloqueio naval britânico
Exodus 1947
18 de julho, 1947: um navio
da Haganá, rebocado pela
marinha britânica, aporta
em Haifa. À bordo estavam
4.554 sobreviventes do
genocídio nazista, todos
determinados a viver na
terra de Israel, único lugar
no mundo que aceitavam
chamar de "lar".
O navio se tornou símbolo da luta dos judeus, muitos deles sobreviventes do
Holocausto;
O incidente mostrou ao mundo as catastróficas consequências da política britânica
para a Palestina, em vigor desde a publicação do Livro Branco, em 1939, que
restringia a apenas 1.500 o número de judeus que podiam entrar legalmente no
país;
O sofrimento dos passageiros do "Exodus 1947" e a injustiça contra eles
perpetrada pelas autoridades inglesas causaram protestos mundiais contra a Grã-
Bretanha, resultando em maior apoio nas Nações Unidas em favor da criação de
um Estado Judeu;
O navio iniciara sua histórica viagem quando a organização
American Friends of the Haganah o comprou por 40 mil dólares,
para ser usado pela Aliá Beit - a organização de imigração judaica.
Seu nome original, "President Warfield", foi trocado pela tripulação
para "Exodus 1947". Adotaram o nome do segundo livro da Torá,
Êxodo, que relata a libertação do Povo Judeu do Egito e o início
de sua jornada à Terra Prometida.
O navio partiu de Baltimore, Estados Unidos, em direção à
Europa. Depois de aportar na Itália, foi conduzido à França, de
onde partiria para Israel, seu tão sonhado destino final.
Construído para abrigar 400 passageiros, foi reformado para
acolher 4 mil. Seria o navio com o maior número de refugiados
judeus, em toda a história do movimento sionista, a tentar furar o
bloqueio naval britânico. A tripulação, composta de 35 jovens
judeus americanos que se haviam voluntariado para a missão, era
liderada por um grupo de judeus de Israel, treinados pela Haganá.
GUERRA CIVIL NO MANDATO DA PALESTINA
ocorreu entre 30 de novembro de 1947 (um dia depois da aprovação,
pelas Nações Unidas, do Plano de Partilha da Palestina, que marcou o
fim do Mandato Britânico na região) e 14 de maio de 1948;
primeiro estágio da Guerra da Palestina de 1948, durante a qual os
judeus e os árabes da Palestina se confrontaram;
os britânicos, que supostamente tinham a obrigação de manter a
ordem e garantir a segurança da região, organizaram a sua retirada,
intervindo apenas ocasionalmente.
Partilha da Palestina decidida pelas Nações Unidas,
em 29 de novembro de 1947
15 de maio de 1948
20 de julho de 1949
Guerra da Independência de Israel
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
Enquanto David Ben-Gurion lia o texto da Declaração de Independência
do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, no Museu de Arte de Tel
Aviv, a multidão festejava a realização de um sonho há muito acalentado,
dançando e cantando nas ruas da cidade...
Ao mesmo tempo em que festejava, a população também se preparava
para uma guerra que já se anunciava desde que se iniciara a contagem
regressiva para a retirada dos britânicos, com a Partilha da Palestina.
Um conflito iminente, não apenas através das lideranças árabes, que se
recusaram a aceitar a Resolução da ONU, mas também através dos
crescentes ataques violentos contra os moradores do chamado ishuv,
denominação dada às comunidades judaicas da então Palestina.
Assim, em 15 de maio de 1948, logo após a saída dos
britânicos e um dia depois da criação do Estado de Israel,
os exércitos regulares do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e
Iraque invadiram o país, forçando Israel a defender a
soberania que acabara de reconquistar em sua pátria
ancestral.
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
LIGA ÁRABE
X
ISRAEL
Egito Síria Jordânia Líbano Iraque
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
A guerra foi travada ao longo de todas as fronteiras do país:
contra o Líbano e a Síria, ao norte;
o Iraque e a então Transjordânia (posteriormente, Jordânia), a leste;
o Egito, ao sul;
e, no interior do país, contra a população palestina e os voluntários
vindos de vários países árabes.
Não há dúvida, entre os historiadores, que esta foi a guerra mais
sangrenta de todas as que Israel já enfrentou.
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
Pode ser dividida em quatro fases:
a primeira, de 29 de novembro de 1947 a 1 de abril de 1948 –
caracterizou-se pela ofensiva dos árabes palestinos com o auxílio
de voluntários oriundos de países vizinhos. A comunidade judaica
não obteve muitos êxitos nesta fase, sofrendo inúmeras baixas. A
comunicação entre os diversos núcleos judaicos também ficou
bastante prejudicada;
A segunda, de 1 de abril a 15 de maio, foi marcada por inúmeras
iniciativas da Haganá, que permitiram o controle dos setores árabes
de Tiberíades, Haifa, Safed e Acre. Incluíram, também, a abertura
temporária da estrada para Jerusalém e garantiram o controle
judaico sobre grande parte do território que, de acordo com a
resolução da Partilha, seria destinado ao futuro Estado de Israel;
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
A terceira fase estendeu-se de 15 de maio a 19 de julho e é
considerada o período mais crítico do conflito, marcado pelo ataque
conjunto dos exércitos árabes, cuja superioridade era inegável,
tanto em armamentos quanto em forças de combate. O período foi
caracterizado pela unificação de todas as forças de combate
judaicas, dando origem às FDI;
A quarta fase, de 19 de julho de 1948 até 20 de julho de 1949, foi
marcada pela ofensiva israelense e por uma série de operações que
delimitaram as fronteiras do Estado, entre as quais a Operação
Yoav, em outubro de 1948, que levou à captura de Beersheva; a
Operação Hiram, também em outubro, que permitiu o controle da
Alta Galiléia; a Operação Horev, em dezembro do mesmo ano, e a
Operação Uvda, em março de 1949, que completou o controle sobre
o deserto de Neguev, região destinada à Israel pela Partilha da
ONU.
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
Os números revelam o desequilíbrio entre os combatentes israelenses e
seus adversários árabes durante toda a Guerra da Independência.
Enquanto Israel contava com 140 mil homens em suas forças armadas,
os árabes possuíam:
300 mil egípcios;
60 mil transjordanianos;
300 mil sírios;
10 mil iraquianos;
50 mil árabes palestinos, sem considerar o apoio da Arábia Saudita e
outros aliados da Liga Árabe.
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
O desequilíbrio de armamentos também prejudicava Israel, que contava,
no entanto, com um trunfo que não fora sequer considerado pelos seus
inimigos: a certeza de que o país possuía apenas uma chance de obter
sucesso e que não havia outra alternativa a não ser a vitória.
Durante a Guerra de
Independência de Israel, em
1948, soldados israelenses do
Batalhão Negev treinam com
um canhão de 37mm,
antiquado mas ainda útil.
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
Os árabes não tiveram dificuldades de obter todas as armas de que
necessitavam. De fato, a Legião Árabe da Jordânia foi armada e treinada
pelos ingleses e dirigida por um funcionário do governo britânico. Entre o fim
de 1948 e o início de 1949, aviões da RAF (Força Aérea Real britânica)
voaram junto aos esquadrões egípcios sobre a fronteira Israel-Egito. Em 7
de janeiro de 1949, aviões israelenses derrubaram quatro aviões ingleses.
Os judeus viram-se forçados a contrabandear armas, principalmente da
Tcheco-Eslováquia. Quando Israel declarou sua independência em maio de
1948, o Exército não tinha um único canhão ou tanque. Sua Força Aérea
consistia em nove aviões obsoletos. Embora a Haganá tivesse 60 mil
combatentes, só 18.900 estavam totalmente mobilizados, armados e
preparados para a guerra. Na véspera da guerra, o chefe de operações,
Yigael Yadin, disse a David Ben-Gurion: “O melhor que podemos lhe dizer é
que temos 50% de chances”.
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
Intercalando períodos de combates ferozes e algumas tréguas, a Guerra
da Independência durou quase um ano e meio, encerrando-se em
meados de 1949 com armistícios entre Israel e os demais países
envolvidos:
em 24 de fevereiro de 1949 foi assinado o armistício com o Egito;
em 23 de março, com o Líbano;
em 3 de abril, com a Jordânia;
e em 20 de julho, com a Síria.
Assim, após 15 meses de luta, Israel não apenas garantiu a sua
existência como nação soberana no Oriente Médio, rechaçando os
exércitos inimigos, mas também assumira o controle sobre uma área
cinco mil quilômetros quadrados superior aquela que lhe fora concedida
pelas Nações Unidas.
A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
O custo da guerra foi enorme para Israel:
Muitas de suas terras mais produtivas foram arruinadas e destruídas;
Seus campos cítricos, que foram por décadas a base da economia do
Yishuv (comunidade judaica), foram em grande parte destruídos;
Os gastos militares totalizaram US$ 500 milhões;
Pior de tudo: 6.373 israelenses foram mortos, quase 1% da população
judaica de 650 mil.
F I M
O Senhor é a minha luz e a minha salvação;de quem terei temor?
O Senhor é o meu forte refúgio;de quem terei medo?
Salmos 27:1