eBook 10 Coisas Que Voce Deveria Saber Sobre a Umbada Umbanda Eu Curto

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O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

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SUMÁRIO

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

INTRODUÇÃO

O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL?Por Alexandre Cumino

ERVAS E SEUS USOS POR EXUS, POMBAGIRAS E EXUS MIRINSPor Adriano Camargo, o Erveiro

IMPORTÂNCIA DA CURIMBAPor Engels de Xangô

BULLYING NOS TERREIROSPor Jorge Scritori

DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVER A MEDIUNIDADE?Por Marcel Oliveira

MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA Por Rodrigo Queiroz

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O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

SUMÁRIO

03

INTOLERÂNCIA RELIGIOSAPor Rubens Saraceni

ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADEPor Conversa entre Adeptus

COMO SE TORNAR UM MÉDIUM EM DESENVOLVIMENTO?Por Umbanda, eu curto!

A UMBANDA E O MEIO AMBIENTEPor Umbanda Sustentável

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O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Introdução

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

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INTRODUÇÃO

O Umbanda, eu curto! foi criado em outubro de 2011 como uma fan

page e hoje é o maior portal de informação para umbandistas na

internet. Reunimos alguns dos maiores nomes da Umbanda, além

de muita notícia, interatividade e conhecimento relacionado à

religião. E é justamente este foco no conhecimento que nos levou a

explorar uma nova e moderna forma de conhecer a Umbanda: os

e-books.

Os e-books (ou livros digitais) podem ser lidos em seu computador,

tablet ou smartphone, sem complicação. Para nós, que somos

totalmente digitais, oferecer e-books com temas variados é quase

um dever!

Neste primeiro, você encontra textos de nossos colaboradores fixos

que tratam de temas que geraram bastante discussão quando

publicados pela primeira vez. Sacrifício animal, ervas para Exu,

intolerância religiosa e outros, são temas que merecem atenção e

discussão.

Este primeiro e-book é seu, totalmente gratuito. Leia, divulgue,

compartilhe e comente! A Umbanda é feita por todos nós!

Boa leitura!

Editores

Umbanda, eu curto!

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O que é sacrifício animal?

Por Alexandre Cumino

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

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O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL?

Por Alexandre Cumino

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

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O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL?

Por Alexandre Cumino

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

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O QUE É SACRIFÍCIO ANIMAL?

Por Alexandre Cumino

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

Ervas e seus usos por

Exus, Pombagiras e Exu Mirins

Por Adriano Camargo, o Erveiro

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

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O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

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ERVAS E SEUS USOS POR EXUS, POMBAGIRAS E EXUS MIRINS

Por Adriano Camargo, o Erveiro

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que a benção de Mamãe Natureza seja em vós todos como é em mim. O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar para o papel, transformar em palavras, o sentimento que aflora ao manipulá-las.Sabemos que no contexto religioso há regras para essa manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer ligação a esse contexto e respeito a essas regras. No entanto, as ervas estão à disposição dos que se conduzem pelo amor e bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e colocam-se como poder realizador na vida humana.

Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos e dos orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de forma empírica, no boca a boca, e temos usado as ervas muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os grandes artistas tem contribuído significativamente para nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa identificação é o ponto de vista.A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se o manipulador, em seu contexto religioso, não cultua nossa amada mãe Orixá Egunitá, como poderia identificar uma erva ligada a Ela?

Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidade e atitudes dos seus identificadores. Uma erva que foi usada em seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém, naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a Ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evoca-dores humanos. No entanto, essa erva pode pertencer a um Orixá positivo, a Oxalá por exemplo, e ser manipulada por Exu apenas em seu aspecto negativo. Isso é mais comum do que imaginamos.

Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu, Pombagira ou Exu Mirim é no mínimo passível de análise mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos aspectos negativos de toda Criação. Podemos sim associar ervas a essas entidades e defini-las como “preferenciais”. Essa preferência se dá principalmente pela velocidade que responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais ou menos rápido, dependendo do Orixá, Linha de trabalho, ou melhor, a energia de propósito a qual é submetida.

Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá, tradicionalmente certo? Todas as rosas são de Oxum. O que define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo

energético de ação. Resumindo, seu Orixá. Então, temos que rosa branca é de Oxum e de Oxalá.

Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda, assim como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças aceitam rosas brancas em seus fundamentos e oferendas. Podemos então concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por definição energética.

Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos aspectos energo-magnéticos negativos dos elementos, poderia até manipular uma rosa branca. Mas a velocidade que essa rosa responderia iria contra os propósitos de Exu.

Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por definição, manipulada por Pombagira em seu aspecto “estimu-lador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas. As Pombagira tiram das rosas vermelhas em velocidade incrível aquilo que precisam para seus trabalhos no plano material. Sendo assim, a associação natural de rosa vermelha com Pombagira está corretíssima.

Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras mães Orixás com rosas vermelhas, ok? Vamos dar algumas ervas prefer-enciais dessas vibrações à esquerda:

Orixá ExuErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extin-guir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer, obstruir, tapar, entre muitos outros.

Orixá PombagiraErvas preferenciais: Patchouly, malva rosa, rosa vermelha, canela, amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras.Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar, esterilizar, excitar, entre muitos outros.

Orixá Exu MirimErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar, desenrolar, entre muitos outros.

Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos, apenas pontuar alguns elementos que são adequados à sua vibração, em velocidade e tempo de resposta.É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus, Pombagiras e Exus Mirins.

Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos abençoar em vitalidade, estímulo e ganho verdadeiro.

Sucesso, saúde e muita alegria a todos!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que a benção de Mamãe Natureza seja em vós todos como é em mim. O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar para o papel, transformar em palavras, o sentimento que aflora ao manipulá-las.Sabemos que no contexto religioso há regras para essa manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer ligação a esse contexto e respeito a essas regras. No entanto, as ervas estão à disposição dos que se conduzem pelo amor e bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e colocam-se como poder realizador na vida humana.

Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos e dos orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de forma empírica, no boca a boca, e temos usado as ervas muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os grandes artistas tem contribuído significativamente para nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa identificação é o ponto de vista.A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se o manipulador, em seu contexto religioso, não cultua nossa amada mãe Orixá Egunitá, como poderia identificar uma erva ligada a Ela?

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ERVAS E SEUS USOS POR EXUS, POMBAGIRAS E EXUS MIRINS

Por Adriano Camargo, o Erveiro

Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidade e atitudes dos seus identificadores. Uma erva que foi usada em seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém, naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a Ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evoca-dores humanos. No entanto, essa erva pode pertencer a um Orixá positivo, a Oxalá por exemplo, e ser manipulada por Exu apenas em seu aspecto negativo. Isso é mais comum do que imaginamos.

Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu, Pombagira ou Exu Mirim é no mínimo passível de análise mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos aspectos negativos de toda Criação. Podemos sim associar ervas a essas entidades e defini-las como “preferenciais”. Essa preferência se dá principalmente pela velocidade que responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais ou menos rápido, dependendo do Orixá, Linha de trabalho, ou melhor, a energia de propósito a qual é submetida.

Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá, tradicionalmente certo? Todas as rosas são de Oxum. O que define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo

energético de ação. Resumindo, seu Orixá. Então, temos que rosa branca é de Oxum e de Oxalá.

Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda, assim como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças aceitam rosas brancas em seus fundamentos e oferendas. Podemos então concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por definição energética.

Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos aspectos energo-magnéticos negativos dos elementos, poderia até manipular uma rosa branca. Mas a velocidade que essa rosa responderia iria contra os propósitos de Exu.

Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por definição, manipulada por Pombagira em seu aspecto “estimu-lador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas. As Pombagira tiram das rosas vermelhas em velocidade incrível aquilo que precisam para seus trabalhos no plano material. Sendo assim, a associação natural de rosa vermelha com Pombagira está corretíssima.

Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras mães Orixás com rosas vermelhas, ok? Vamos dar algumas ervas prefer-enciais dessas vibrações à esquerda:

Orixá ExuErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extin-guir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer, obstruir, tapar, entre muitos outros.

Orixá PombagiraErvas preferenciais: Patchouly, malva rosa, rosa vermelha, canela, amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras.Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar, esterilizar, excitar, entre muitos outros.

Orixá Exu MirimErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar, desenrolar, entre muitos outros.

Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos, apenas pontuar alguns elementos que são adequados à sua vibração, em velocidade e tempo de resposta.É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus, Pombagiras e Exus Mirins.

Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos abençoar em vitalidade, estímulo e ganho verdadeiro.

Sucesso, saúde e muita alegria a todos!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que a benção de Mamãe Natureza seja em vós todos como é em mim. O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar para o papel, transformar em palavras, o sentimento que aflora ao manipulá-las.Sabemos que no contexto religioso há regras para essa manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer ligação a esse contexto e respeito a essas regras. No entanto, as ervas estão à disposição dos que se conduzem pelo amor e bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e colocam-se como poder realizador na vida humana.

Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos e dos orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de forma empírica, no boca a boca, e temos usado as ervas muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os grandes artistas tem contribuído significativamente para nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa identificação é o ponto de vista.A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se o manipulador, em seu contexto religioso, não cultua nossa amada mãe Orixá Egunitá, como poderia identificar uma erva ligada a Ela?

Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidade e atitudes dos seus identificadores. Uma erva que foi usada em seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém, naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a Ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evoca-dores humanos. No entanto, essa erva pode pertencer a um Orixá positivo, a Oxalá por exemplo, e ser manipulada por Exu apenas em seu aspecto negativo. Isso é mais comum do que imaginamos.

Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu, Pombagira ou Exu Mirim é no mínimo passível de análise mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos aspectos negativos de toda Criação. Podemos sim associar ervas a essas entidades e defini-las como “preferenciais”. Essa preferência se dá principalmente pela velocidade que responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais ou menos rápido, dependendo do Orixá, Linha de trabalho, ou melhor, a energia de propósito a qual é submetida.

Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá, tradicionalmente certo? Todas as rosas são de Oxum. O que define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo

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ERVAS E SEUS USOS POR EXUS, POMBAGIRAS E EXUS MIRINS

Por Adriano Camargo, o Erveiro

energético de ação. Resumindo, seu Orixá. Então, temos que rosa branca é de Oxum e de Oxalá.

Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda, assim como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças aceitam rosas brancas em seus fundamentos e oferendas. Podemos então concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por definição energética.

Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos aspectos energo-magnéticos negativos dos elementos, poderia até manipular uma rosa branca. Mas a velocidade que essa rosa responderia iria contra os propósitos de Exu.

Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por definição, manipulada por Pombagira em seu aspecto “estimu-lador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas. As Pombagira tiram das rosas vermelhas em velocidade incrível aquilo que precisam para seus trabalhos no plano material. Sendo assim, a associação natural de rosa vermelha com Pombagira está corretíssima.

Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras mães Orixás com rosas vermelhas, ok? Vamos dar algumas ervas prefer-enciais dessas vibrações à esquerda:

Orixá ExuErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extin-guir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer, obstruir, tapar, entre muitos outros.

Orixá PombagiraErvas preferenciais: Patchouly, malva rosa, rosa vermelha, canela, amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras.Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar, esterilizar, excitar, entre muitos outros.

Orixá Exu MirimErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar, desenrolar, entre muitos outros.

Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos, apenas pontuar alguns elementos que são adequados à sua vibração, em velocidade e tempo de resposta.É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus, Pombagiras e Exus Mirins.

Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos abençoar em vitalidade, estímulo e ganho verdadeiro.

Sucesso, saúde e muita alegria a todos!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que a benção de Mamãe Natureza seja em vós todos como é em mim. O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar para o papel, transformar em palavras, o sentimento que aflora ao manipulá-las.Sabemos que no contexto religioso há regras para essa manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer ligação a esse contexto e respeito a essas regras. No entanto, as ervas estão à disposição dos que se conduzem pelo amor e bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e colocam-se como poder realizador na vida humana.

Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos e dos orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de forma empírica, no boca a boca, e temos usado as ervas muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os grandes artistas tem contribuído significativamente para nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa identificação é o ponto de vista.A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se o manipulador, em seu contexto religioso, não cultua nossa amada mãe Orixá Egunitá, como poderia identificar uma erva ligada a Ela?

Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidade e atitudes dos seus identificadores. Uma erva que foi usada em seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém, naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a Ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evoca-dores humanos. No entanto, essa erva pode pertencer a um Orixá positivo, a Oxalá por exemplo, e ser manipulada por Exu apenas em seu aspecto negativo. Isso é mais comum do que imaginamos.

Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu, Pombagira ou Exu Mirim é no mínimo passível de análise mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos aspectos negativos de toda Criação. Podemos sim associar ervas a essas entidades e defini-las como “preferenciais”. Essa preferência se dá principalmente pela velocidade que responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais ou menos rápido, dependendo do Orixá, Linha de trabalho, ou melhor, a energia de propósito a qual é submetida.

Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá, tradicionalmente certo? Todas as rosas são de Oxum. O que define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo

energético de ação. Resumindo, seu Orixá. Então, temos que rosa branca é de Oxum e de Oxalá.

Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda, assim como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças aceitam rosas brancas em seus fundamentos e oferendas. Podemos então concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por definição energética.

Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos aspectos energo-magnéticos negativos dos elementos, poderia até manipular uma rosa branca. Mas a velocidade que essa rosa responderia iria contra os propósitos de Exu.

Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por definição, manipulada por Pombagira em seu aspecto “estimu-lador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas. As Pombagira tiram das rosas vermelhas em velocidade incrível aquilo que precisam para seus trabalhos no plano material. Sendo assim, a associação natural de rosa vermelha com Pombagira está corretíssima.

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ERVAS E SEUS USOS POR EXUS, POMBAGIRAS E EXUS MIRINS

Por Adriano Camargo, o Erveiro

Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras mães Orixás com rosas vermelhas, ok? Vamos dar algumas ervas prefer-enciais dessas vibrações à esquerda:

Orixá ExuErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extin-guir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer, obstruir, tapar, entre muitos outros.

Orixá PombagiraErvas preferenciais: Patchouly, malva rosa, rosa vermelha, canela, amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras.Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar, esterilizar, excitar, entre muitos outros.

Orixá Exu MirimErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar, desenrolar, entre muitos outros.

Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos, apenas pontuar alguns elementos que são adequados à sua vibração, em velocidade e tempo de resposta.É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus, Pombagiras e Exus Mirins.

Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos abençoar em vitalidade, estímulo e ganho verdadeiro.

Sucesso, saúde e muita alegria a todos!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas nas ervas. Que a benção de Mamãe Natureza seja em vós todos como é em mim. O maior desafio de escrever sobre as ervas é passar para o papel, transformar em palavras, o sentimento que aflora ao manipulá-las.Sabemos que no contexto religioso há regras para essa manipulação. O preparo dos banhos e defumações requer ligação a esse contexto e respeito a essas regras. No entanto, as ervas estão à disposição dos que se conduzem pelo amor e bom senso. Respondem ao propósito do seu manipulador e colocam-se como poder realizador na vida humana.

Chás e preparos terapêuticos tem encantado a humanidade desde que o mundo é mundo. Dos egípcios aos gregos e dos orientais aos africanos, temos herdado o conhecimento de forma empírica, no boca a boca, e temos usado as ervas muitas vezes respeitando dogmas que não são da religião que praticamos. Identificar a relação Erva x Orixá é uma arte e os grandes artistas tem contribuído significativamente para nossa cultura. É importante lembrarmos que o que vale nessa identificação é o ponto de vista.A partir do ponto de vista é que se estabelece essa relação. Se o manipulador, em seu contexto religioso, não cultua nossa amada mãe Orixá Egunitá, como poderia identificar uma erva ligada a Ela?

Muito da identificação das ervas passou pelo crivo do bom senso, cultura, ponto de vista, conhecimentos, habilidade e atitudes dos seus identificadores. Uma erva que foi usada em seu aspecto negativo para paralisar a evolução de alguém, naturalmente pode ser associada erroneamente a Exu, pois a Ele se atribuem todos os aspectos negativos dos seus evoca-dores humanos. No entanto, essa erva pode pertencer a um Orixá positivo, a Oxalá por exemplo, e ser manipulada por Exu apenas em seu aspecto negativo. Isso é mais comum do que imaginamos.

Associar, atribuir e definir uma erva como sendo de Exu, Pombagira ou Exu Mirim é no mínimo passível de análise mais profunda, pois esses Mistérios Divinos respondem pelos aspectos negativos de toda Criação. Podemos sim associar ervas a essas entidades e defini-las como “preferenciais”. Essa preferência se dá principalmente pela velocidade que responde em sua ativação. Existem ervas que respondem mais ou menos rápido, dependendo do Orixá, Linha de trabalho, ou melhor, a energia de propósito a qual é submetida.

Vou dar um exemplo: a rosa branca é atribuída a Oxalá, tradicionalmente certo? Todas as rosas são de Oxum. O que define seu melhor (ou mais rápido) envolvimento vibratório é o pigmento contido em suas pétalas, que indicam seu campo

energético de ação. Resumindo, seu Orixá. Então, temos que rosa branca é de Oxum e de Oxalá.

Por definição, oferendamos também Mãe Iemanjá com rosas brancas. Mas nós não podemos dizer categoricamente que as rosas brancas são de Iemanjá, mas ela “aceita” essa oferenda, assim como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças aceitam rosas brancas em seus fundamentos e oferendas. Podemos então concluir, a partir do nosso ponto de vista e bom senso que, as rosas brancas são de Oxalá quando oferendadas a Oxalá; de Iemanjá quando oferendadas a Oxalá, e a Oxum e Oxalá por definição energética.

Assim funciona uma erva de Exu. Sendo o manipulador dos aspectos energo-magnéticos negativos dos elementos, poderia até manipular uma rosa branca. Mas a velocidade que essa rosa responderia iria contra os propósitos de Exu.

Já a rosa vermelha é exatamente igual. Pertence a Oxum por definição, manipulada por Pombagira em seu aspecto “estimu-lador”, mas pode ser associada também às vibrações ígneas. As Pombagira tiram das rosas vermelhas em velocidade incrível aquilo que precisam para seus trabalhos no plano material. Sendo assim, a associação natural de rosa vermelha com Pombagira está corretíssima.

Mas podemos oferendar Mãe Oxum e outras mães Orixás com rosas vermelhas, ok? Vamos dar algumas ervas prefer-enciais dessas vibrações à esquerda:

Orixá ExuErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Vitalizar, desvitalizar, escurecer, sufocar, extin-guir, arrastar, atrofiar, separar, dividir, cair, cobrar, convencer, obstruir, tapar, entre muitos outros.

Orixá PombagiraErvas preferenciais: Patchouly, malva rosa, rosa vermelha, canela, amora, hibisco, pitanga, entre muitas outras.Verbos atuantes: Estimular, desestimular, desenvolver, alegrar, esterilizar, excitar, entre muitos outros.

Orixá Exu MirimErvas preferenciais: Casca de alho, casca de cebola, carapiá, laranja seca, limão, açoita cavalo, dandá, pinhão roxo, entre muitas outras.Verbos atuantes: Ganhar, ocultar, complicar, descomplicar, desenrolar, entre muitos outros.

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ERVAS E SEUS USOS POR EXUS, POMBAGIRAS E EXUS MIRINS

Por Adriano Camargo, o Erveiro

Não vamos aqui limitar a atuação desses Mistérios Divinos, apenas pontuar alguns elementos que são adequados à sua vibração, em velocidade e tempo de resposta.É isso, leiam e releiam esse texto e compreendam nas linhas e entrelinhas o uso das ervas para nossos amados Exus, Pombagiras e Exus Mirins.

Que Eles, em nome de Nosso Pai Criador, possam nos abençoar em vitalidade, estímulo e ganho verdadeiro.

Sucesso, saúde e muita alegria a todos!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

O sacrifício animal é um ato sagrado e ritual em que, primeiro, deve-se reconhecer e aceitar o fato de que somos carnívoros e nos alimentamos de carne animal. A partir do momento em que conscientiza-se de que alguém mata animais para você se alimentar, então deve-se tomar conhecimento do porquê estes animais morrem. Depois, busca-se uma consciência da vida que se vai, para manter sua vida e, neste ínterim, eleva-se o pensamento a Deus para entender este processo e até onde é natural comer carne. Você deve agradecer ao animal que “dá”, ou melhor, perde sua vida, para você manter a sua. Então eleva-se novamente o pensamento a Deus e busca-se uma comunhão com o sagrado neste ato ritual.

É uma grande hipocrisia um carnívoro criticar o sacrifício animal. Sacrifício é um sacro ofício, um ofício sagrado, algo milenar que vem de um tempo em que o homem não tinha nada de valor além da sua família, sua comida e sua fé. Com pouquíssimo conhecimento sobre si mesmo e sobre a vida, tudo era creditado na fé com suas crenças e superstições. A única coisa que este homem tinha para ofertar para Deus era a sua comida, ou seja, a carne compartilhada para a família seria também compartilhada com Deus, tornando aquele momento sagrado, para que a morte do animal não fosse em vão e claro para que não faltasse alimento na mesa.

prática da Umbanda, feita com fundamentos dos Cultos de Nação Afro ou Candomblé, é chamada de Umbanda Mista, Umbanda Trançada, Umbanda de Angola, Umbanda Omolocô, Umbandomblé e etc. Quanto a oferecer um “bife”, corações de frango ou de boi, é apenas tirar um pouco da comida de seu prato para oferecer a uma entidade que irá manipular aquele elemento em seu favor. Isto é mais comum em algumas oferendas para entidades da esquerda (Exu, Pombagira e Exu Mirim).

O sacrifício animal não é, por si só, magia negativa. Quando praticado em seu fundamento deve ser rápido e o mais indolor possível, realizado em ambiente e contexto sagrado, de amor e reverência. Em magia negativa, se explora o sofrimento do animal para projetá-lo em alguém, se tira o sangue para abrir portais negativos. Logo, deve-se sempre conhecer antes de pré-julgar.

Aos que são radicalmente contra o sacrifício animal recomendo que tornem-se vegetarianos, visitem um matadouro, conheçam as drogas e hormônios que são injetados nos amimais de carne vermelha e branca. Conheça mais o assunto e lembre-se: tudo o que é alimento pode ser colocado em comunhão com o sagrado, dependendo apenas da tradição, método e contexto em que está.

Da mesma forma, quando o homem se torna agricultor, ele vai compartilhar a terra e o fruto da terra com Deus por meio de oferendas com os elementos vegetais colhidos, como uma primeira porção de cada colheita oferecida para a deidade relacionada. Também era comum oferecer algo para a terra, como, por exemplo, oferecer o leite no sentido de agradar à divindade terra, independente de seu nome (Geia, Gaia e etc.) ou de sua cultura.

Com o tempo, surgiu a moeda e, então, o homem começou a ofertar para Deus uma parte do seu dinheiro como fruto de seu trabalho. Mas este dinheiro, que faz parte de uma socie-dade mais organizada, acaba sendo entregue para “Deus” na mão de um sacerdote, que deverá empregá-lo na manutenção da propriedade de Deus (Templo), de sua obra, como ações para a comunidade e, claro, para o sustento de seu “zelador”, o sacerdote.

O sacrifício animal é feito por judeus, mulçumanos, hindus, candomblecistas e demais adeptos de cultos afros. Na Umbanda não é fundamento e, portanto, não é comum e nem obrigatório o sacrifício animal. Boa parte dos umbandistas nunca fez um sacrifício animal. Apenas os umbandistas que carregam maior influência dos cultos de nação afrobrasileiros é que praticam o sacrifício animal. A

Importância da Curimba

Por Engels de Xangô

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

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invoca os Guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados.

O atabaqueiro, curimbeiro ou simplesmente “ogã”, como popularmente as pessoas chamam na Umbanda é fundamental dentro do ritual, pois sua intuição vai ajudá-lo a comandar o andamento dos trabalhos. Por isso é tão importante que os interessados em tocar e cantar procurem uma escola de Curimba onde aprenderão os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar. Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras!

Quando os Guias incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam e estão pedindo também para que as forças movimentadas pela Curimba sejam benéficas a todos. E ainda assim, mesmo com tanta importância, muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos Centros de Umbanda!

Mas os próprios Guias e mentores de Umbanda respondem a isso incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo”. Afinal, como explicamos, o atabaque quando bem utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento mediúnico. Além disso, que graça teria uma Gira sem música?

Essa eu quero ver responder!

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IMPORTÂNCIA DA CURIMBA

Por Engels de Xangô

Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um Terreiro de Umbanda. São eles que tocam os atabaques e também cantam os pontos cantados, sendo de suma importância para o bom andamento das Giras.

As funções dos pontos cantados são: Ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa como a defumação, abertura das Giras, entre outras; Concentradora, pois auxilia na concentração e foco dos médiuns para o atendimento, pois os toques assim como os cantos envolvem suas mentes e o preparam para o trabalho espiritual.

As ondas energéticas sonoras emitidas pela Curimba vão se espalhando por todo o Terreiro e vão dissolvendo energias negativas e pesadas, diluindo miasmas, limpando e criando uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das Giras. A Curimba transforma–se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do Terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

Os pontos são como “orações cantadas”, com alto poder de realização e auxiliam também na manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Ela ajuda a sustentar a manifestação dos Guias, pois o que realmente

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

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IMPORTÂNCIA DA CURIMBA

Por Engels de Xangô

invoca os Guias e os Orixás são os nossos pensamentos e sentimentos positivos vibrados.

O atabaqueiro, curimbeiro ou simplesmente “ogã”, como popularmente as pessoas chamam na Umbanda é fundamental dentro do ritual, pois sua intuição vai ajudá-lo a comandar o andamento dos trabalhos. Por isso é tão importante que os interessados em tocar e cantar procurem uma escola de Curimba onde aprenderão os fundamentos, os toques de nação e “como”, “o quê” e “quando” cantar. Mulheres também podem ser atabaqueiras e curimbeiras!

Quando os Guias incorporados fazem sua saudação à frente dos atabaques, estão saudando as pessoas que tocam e estão pedindo também para que as forças movimentadas pela Curimba sejam benéficas a todos. E ainda assim, mesmo com tanta importância, muitos chegam a defender a abolição dos atabaques dos Centros de Umbanda!

Mas os próprios Guias e mentores de Umbanda respondem a isso incentivando os toques e trazendo mentores nesse “campo”. Afinal, como explicamos, o atabaque quando bem utilizado é ótima ferramenta para o desenvolvimento mediúnico. Além disso, que graça teria uma Gira sem música?

Essa eu quero ver responder!

Curimba é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um Terreiro de Umbanda. São eles que tocam os atabaques e também cantam os pontos cantados, sendo de suma importância para o bom andamento das Giras.

As funções dos pontos cantados são: Ritualística, onde os pontos “marcam” todas as partes do ritual da casa como a defumação, abertura das Giras, entre outras; Concentradora, pois auxilia na concentração e foco dos médiuns para o atendimento, pois os toques assim como os cantos envolvem suas mentes e o preparam para o trabalho espiritual.

As ondas energéticas sonoras emitidas pela Curimba vão se espalhando por todo o Terreiro e vão dissolvendo energias negativas e pesadas, diluindo miasmas, limpando e criando uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das Giras. A Curimba transforma–se em um verdadeiro “pólo” irradiador de energia dentro do Terreiro, potencializando ainda mais as vibrações dos Orixás.

Os pontos são como “orações cantadas”, com alto poder de realização e auxiliam também na manutenção da ordem nos trabalhos espirituais, com os seus pontos de “chamada” das linhas, “subida”, “firmeza”, “saudação”, etc. Ela ajuda a sustentar a manifestação dos Guias, pois o que realmente

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Bullying nos Terreiros

Por Jorge Scritori

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

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BULLYING NOS TERREIROS

Por Jorge Scritori

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física e/ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, “tiranete” ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz (es) de se defender.

Recentemente, o termo entrou em evidência com o apoio da mídia e com a declaração das vítimas, que vem assumindo um papel importante para o controle desta situação. Pois bem! Como Umbandista, procuro enxergar de dentro pra fora da religião e percebo, junto a relatos de frequentadores e trabalhadores de casas umbandistas, que a prática do bullying é bem clara e tratada de forma distorcida.

Boa parte da prática do bullying é endossada ou justificada pelo ‘’Guia’’. O Guia fez, o Guia falou, o Guia mandou, tudo isso em abraço com a tal da inconsciência. São casos de exposição, de ameaças, de repressão e de medo, fornecidos de forma gratuita. Todo médium que aceita essa condição não pode ser encarado como vitima, e sim como consorte da situação.

Alguns alegam um medo extremo da situação e não têm coragem de dar queixa ou abandonar a casa. Outros, em um devaneio de fé (?), acham tudo normal e totalmente espiritual,

o que acaba assim fortalecendo o processo dentro da casa.Entidade ou Guia orienta; não aponta o dedo. Entidade ou Guia sabe o que significa o voto de sigilo mediúnico, sendo assim, não expõe a vida do outro como se fosse um palco para alguns rirem e outros se amedrontarem. Entidade ou Guia não denigre, não ofende, não xinga e nem passa por cima do próximo; faz simplesmente o bem sem olhar a quem.

O processo mediúnico, religioso e espiritual dentro da Umbanda, cria condições para todos tratarem os seus excessos e as suas limitações. Há aqueles que abusam deste mecanismo, fazendo da sua sombra interior o coadjuvante perfeito para esta prática hedionda.

Não aceite!

Diga não ao bullying!

Denuncie!

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física e/ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, “tiranete” ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz (es) de se defender.

Recentemente, o termo entrou em evidência com o apoio da mídia e com a declaração das vítimas, que vem assumindo um papel importante para o controle desta situação. Pois bem! Como Umbandista, procuro enxergar de dentro pra fora da religião e percebo, junto a relatos de frequentadores e trabalhadores de casas umbandistas, que a prática do bullying é bem clara e tratada de forma distorcida.

Boa parte da prática do bullying é endossada ou justificada pelo ‘’Guia’’. O Guia fez, o Guia falou, o Guia mandou, tudo isso em abraço com a tal da inconsciência. São casos de exposição, de ameaças, de repressão e de medo, fornecidos de forma gratuita. Todo médium que aceita essa condição não pode ser encarado como vitima, e sim como consorte da situação.

Alguns alegam um medo extremo da situação e não têm coragem de dar queixa ou abandonar a casa. Outros, em um devaneio de fé (?), acham tudo normal e totalmente espiritual,

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o que acaba assim fortalecendo o processo dentro da casa.Entidade ou Guia orienta; não aponta o dedo. Entidade ou Guia sabe o que significa o voto de sigilo mediúnico, sendo assim, não expõe a vida do outro como se fosse um palco para alguns rirem e outros se amedrontarem. Entidade ou Guia não denigre, não ofende, não xinga e nem passa por cima do próximo; faz simplesmente o bem sem olhar a quem.

O processo mediúnico, religioso e espiritual dentro da Umbanda, cria condições para todos tratarem os seus excessos e as suas limitações. Há aqueles que abusam deste mecanismo, fazendo da sua sombra interior o coadjuvante perfeito para esta prática hedionda.

Não aceite!

Diga não ao bullying!

Denuncie!

BULLYING NOS TERREIROS

Por Jorge Scritori

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Desenvolver ou não

desenvolver a mediunidade?

Por Marcel Oliveira

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

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DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVERA MEDIUNIDADE?

Por Marcel Oliveira

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

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DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVERA MEDIUNIDADE?

Por Marcel Oliveira

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

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DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVERA MEDIUNIDADE?

Por Marcel Oliveira

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

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DESENVOLVER OU NÃO DESENVOLVERA MEDIUNIDADE?

Por Marcel Oliveira

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

Morte e Vida Umbandista: Crença

Pós-Morte e Funeral na Umbanda

Por Rodrigo Queiroz

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

Compartilhe em suas redes:

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

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MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA

Por Rodrigo Queiroz

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

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MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA

Por Rodrigo Queiroz

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

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MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA

Por Rodrigo Queiroz

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

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MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA

Por Rodrigo Queiroz

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Ao longo de aproximadamente cinco anos trabalhando como Pai Pequeno no Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca onde meu Pai Alexandre Cumino me confiou o comando um dia por semana para a prática do desenvolvimento mediúnico em parte de sua grande corrente de Médiuns trabalhadores em desenvolvimento.

Lá, aprendi muitas lições de vida que hoje, no Templo em que eu e minha esposa Gisele fundamos, são integralmente vivenciadas para que todos os que queiram ter uma experiência de desenvolver-se como médium de Umbanda possam ter o máximo de conhecimentos acerca de nossa religião e também a abertura de todas as suas faculdades mediúnicas para que possam entrar em contato com seu mundo espiritual dentro de nossa amada Religião.

Mas sempre fica uma pergunta no ar: até que ponto um curso de desenvolvimento mediunico é importante? Pois, a partir do momento em que um Guia incorpora no médium, ele passa toda a sua sabedoria e o ensina como proceder dentro de nossa religião.

Eu penso da seguinte forma: na vida, desde que nascemos neste plano, a evolução é constante e a cada dia lutamos para aprender a falar, andar, comer, ler, correr, desviar de

obstáculos, dirigir, andar de bicicleta, nos exercitar para fortalecer os músculos, aprender outras línguas para que possamos abrir novas possibilidades de emprego e assim por diante.

Em todos os casos, na verdade, só dependemos de nossa força de vontade e tomada de decisão para seguirmos em frente e melhorarmos a cada dia nossa caminhada nesta encarnação. É certo que muitas decisões são também tomadas instintivamente, porém, sem nossa vontade de evoluir e melhorar, nenhuma decisão ou pretensão é capaz de mudar nossas vidas.

Podemos decidir algo, mas não colocar em prática o que almejamos, e aí, se torna apenas uma intenção e não uma decisão. Quando realmente decidimos, tomamos para nós a responsabilidade de adquirir todos os meios necessários para que possamos nos fortalecer e evoluir seja em qual campo for em nossas vidas.

Mediunicamente falando, essa tomada de decisão faz toda a diferença. Buscar auxílio em sua jornada mediúnica é entender que na espiritualidade devemos também tomar como decisão pontual a melhoria e o desenvolvimento de nossas faculdades espirituais para que possamos realizar um

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

trabalho com confiança e retidão.

O curso de desenvolvimento mediúnico é exatamente aferramenta que o médium iniciante pode usar para melhorar, fortalecer ou até mesmo se iniciar no caminho espiritual umbandista.

Nossos Guias, Mestres e Mentores nos auxiliarão com certeza, porém, se o Médium de Umbanda não entender que este trabalho é um trabalho conjunto e que se ele caminhar no sentido de se preparar e se fortalecer para que juntos, Guias e médiuns possam realizar um trabalho harmônico e uniforme, este caminho fica muito mais difícil tanto para o médium que se enfraquece dentro da religião e só vai ao Templo para incorporar, como para os guias que não conseguem atuar em toda sua plenitude e trabalha conforme a limitação de seu filho.

Também é importante ressaltar que o desenvolvimento não é apenas para médiuns incorporantes, ou seja, que incorporam espíritos Guias. O desenvolvimento mediúnico também é para toda a pessoa que tem na religião de Umbanda um caminho de amor a Deus e aos nossos amados Orixás.

Um trabalho de Umbanda é composto de uma corrente mediúnica onde muitas pessoas fazem várias tarefas para um bom andamento dos trabalhos. Portanto, o curso de desenvolvimento também deve ensinar a quem não incorpora como fazer suas tarefas dentro de seu Templo. Conheça nossa religião! Faça Desenvolvimento Mediúnico!

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

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MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA

Por Rodrigo Queiroz

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

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MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA

Por Rodrigo Queiroz

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

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do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

MORTE E VIDA UMBANDISTA: CRENÇA PÓS-MORTE E FUNERAL NA UMBANDA

Por Rodrigo Queiroz

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

Intolerância Religiosa

Por Rubens Saraceni

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

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do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Por Rubens Saraceni

Muito se fala sobre a intolerância religiosa, na maioria praticada por seguidores de determinadas religiões cujos seguidores se acreditam os únicos ungidos e amparados por Deus, mas pouco se tem falado na intolerância praticada pelo poder público, que se mostra solícito com as manifestações dos seguidores das religiões cristãs (católicos e evangélicos), franqueando-lhes espaço público em estádios praças e avenidas, proporcionando-lhes os mais variados serviços públicos (desde proteção policial até médicos, seguranças e fiscalização) para que possam realizar seus eventos com toda tranquilidade e segurança, não cobrando nada, por maiores que sejam os gastos que realizam.

Contudo, quando é a vez da Umbanda promover seus eventos religiosos em homenagem a Iemanjá, tudo muda. Aí, as tendas, além de serem obrigadas a pagarem taxas de uso do solo, em terreno da Marinha do Brasil, têm de pagar para entrarem com ônibus até a beira do mar, sendo tratados como indesejáveis pelos respectivos prefeitos das cidades litorâneas. Dois pesos e duas medidas, esta é a verdade!

Nossa homenagem, aqui em São Paulo, já é tradicional e vem sendo realizada há varias décadas e, se no passado o poder público era receptivo devido ao grande afluxo de pessoas às suas cidades nos dias em que eram realizados os eventos,

quando o comércio local era beneficiado, hoje a realidade é outra e somos vistos e tratados como uma praga, como um estorvo pelo poder público das cidades litorâneas, com muitos nos acusando de “sujarmos as suas praias”, a maioria delas reprovadas para banho pela CETESB, que as consideram impróprias e até publicam a relação das que devem ser evitadas, devido ao perigo para os banhistas.

Nós só vamos em dezembro para as festas em homenagem a Iemanjá e, se deixamos os restos das oferendas na areia é porque não tem outro jeito de se fazer as oferendas. Não dá para inventar ou substituir esta prática milenar de se oferendar na natureza as forças e os poderes dos Orixás. Mas, e a sujeira e as depredações que acontecem nos grandes eventos das outras religiões, e que ninguém sequer comenta, porque é tabu falar?Muito se fala sobre intolerância nos dias de hoje, uma coisa que sempre existiu e infelizmente demorará pra deixar de existir, porém as mais evidentes são a racial e a religiosa.

Quando será que entenderemos que as diversas etnias existem por questões naturais e de sobrevivência? O corpo se adapta ao meio em que vive, não há melhor ou pior; há apenas a adaptação do próprio organismo ao ambiente.

Nas religiões, não é diferente. Cada ser procura a religiosidade que melhor atende suas necessidades evolutivas, espirituais e humanas; não há religião melhor ou pior, o que há são Homens querendo ter mais poder que o outro, um dominar o outro, um se colocar mais sábio que outro, não entendem que todos estamos na mesma estrada evolutiva.

Nós somos criticados e tratados como estorvos e cidadãos de 2ª categoria, tanto pelo poder público quanto pelos moradores das cidades litorâneas. Os restos de oferendas são descritos como poluidores de suas “maravilhosas” praias que, na verdade, estão muito poluídas e oferecem risco para a saúde dos turistas banhistas, ou que só caminham pelas praias, oferecendo-lhes desde micoses até doenças infecciosas graves, mas isto eles ocultam, porque querem o nosso dinheiro quando vamos às suas cidades só como turistas, não é mesmo? Hipocrisia!

A intolerância se mostra de muitas formas e esta é só mais uma delas. As outras religiões até recebem incentivos dos poderes públicos (devido os políticos eleitos por seus seguidores), e seus eventos são vistos e tratados com respeito e reverência. Já os nossos, são vistos como perturbação dos seus habitantes e como poluidores de suas praias, como se fosse possível poluí-las ainda mais do que já estão. Para os seguidores das outras religiões, tudo!

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

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Muito se fala sobre a intolerância religiosa, na maioria praticada por seguidores de determinadas religiões cujos seguidores se acreditam os únicos ungidos e amparados por Deus, mas pouco se tem falado na intolerância praticada pelo poder público, que se mostra solícito com as manifestações dos seguidores das religiões cristãs (católicos e evangélicos), franqueando-lhes espaço público em estádios praças e avenidas, proporcionando-lhes os mais variados serviços públicos (desde proteção policial até médicos, seguranças e fiscalização) para que possam realizar seus eventos com toda tranquilidade e segurança, não cobrando nada, por maiores que sejam os gastos que realizam.

Contudo, quando é a vez da Umbanda promover seus eventos religiosos em homenagem a Iemanjá, tudo muda. Aí, as tendas, além de serem obrigadas a pagarem taxas de uso do solo, em terreno da Marinha do Brasil, têm de pagar para entrarem com ônibus até a beira do mar, sendo tratados como indesejáveis pelos respectivos prefeitos das cidades litorâneas. Dois pesos e duas medidas, esta é a verdade!

Nossa homenagem, aqui em São Paulo, já é tradicional e vem sendo realizada há varias décadas e, se no passado o poder público era receptivo devido ao grande afluxo de pessoas às suas cidades nos dias em que eram realizados os eventos,

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Por Rubens Saraceni

quando o comércio local era beneficiado, hoje a realidade é outra e somos vistos e tratados como uma praga, como um estorvo pelo poder público das cidades litorâneas, com muitos nos acusando de “sujarmos as suas praias”, a maioria delas reprovadas para banho pela CETESB, que as consideram impróprias e até publicam a relação das que devem ser evitadas, devido ao perigo para os banhistas.

Nós só vamos em dezembro para as festas em homenagem a Iemanjá e, se deixamos os restos das oferendas na areia é porque não tem outro jeito de se fazer as oferendas. Não dá para inventar ou substituir esta prática milenar de se oferendar na natureza as forças e os poderes dos Orixás. Mas, e a sujeira e as depredações que acontecem nos grandes eventos das outras religiões, e que ninguém sequer comenta, porque é tabu falar?Muito se fala sobre intolerância nos dias de hoje, uma coisa que sempre existiu e infelizmente demorará pra deixar de existir, porém as mais evidentes são a racial e a religiosa.

Quando será que entenderemos que as diversas etnias existem por questões naturais e de sobrevivência? O corpo se adapta ao meio em que vive, não há melhor ou pior; há apenas a adaptação do próprio organismo ao ambiente.

Nas religiões, não é diferente. Cada ser procura a religiosidade que melhor atende suas necessidades evolutivas, espirituais e humanas; não há religião melhor ou pior, o que há são Homens querendo ter mais poder que o outro, um dominar o outro, um se colocar mais sábio que outro, não entendem que todos estamos na mesma estrada evolutiva.

Nós somos criticados e tratados como estorvos e cidadãos de 2ª categoria, tanto pelo poder público quanto pelos moradores das cidades litorâneas. Os restos de oferendas são descritos como poluidores de suas “maravilhosas” praias que, na verdade, estão muito poluídas e oferecem risco para a saúde dos turistas banhistas, ou que só caminham pelas praias, oferecendo-lhes desde micoses até doenças infecciosas graves, mas isto eles ocultam, porque querem o nosso dinheiro quando vamos às suas cidades só como turistas, não é mesmo? Hipocrisia!

A intolerância se mostra de muitas formas e esta é só mais uma delas. As outras religiões até recebem incentivos dos poderes públicos (devido os políticos eleitos por seus seguidores), e seus eventos são vistos e tratados com respeito e reverência. Já os nossos, são vistos como perturbação dos seus habitantes e como poluidores de suas praias, como se fosse possível poluí-las ainda mais do que já estão. Para os seguidores das outras religiões, tudo!

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

Muito se fala sobre a intolerância religiosa, na maioria praticada por seguidores de determinadas religiões cujos seguidores se acreditam os únicos ungidos e amparados por Deus, mas pouco se tem falado na intolerância praticada pelo poder público, que se mostra solícito com as manifestações dos seguidores das religiões cristãs (católicos e evangélicos), franqueando-lhes espaço público em estádios praças e avenidas, proporcionando-lhes os mais variados serviços públicos (desde proteção policial até médicos, seguranças e fiscalização) para que possam realizar seus eventos com toda tranquilidade e segurança, não cobrando nada, por maiores que sejam os gastos que realizam.

Contudo, quando é a vez da Umbanda promover seus eventos religiosos em homenagem a Iemanjá, tudo muda. Aí, as tendas, além de serem obrigadas a pagarem taxas de uso do solo, em terreno da Marinha do Brasil, têm de pagar para entrarem com ônibus até a beira do mar, sendo tratados como indesejáveis pelos respectivos prefeitos das cidades litorâneas. Dois pesos e duas medidas, esta é a verdade!

Nossa homenagem, aqui em São Paulo, já é tradicional e vem sendo realizada há varias décadas e, se no passado o poder público era receptivo devido ao grande afluxo de pessoas às suas cidades nos dias em que eram realizados os eventos,

quando o comércio local era beneficiado, hoje a realidade é outra e somos vistos e tratados como uma praga, como um estorvo pelo poder público das cidades litorâneas, com muitos nos acusando de “sujarmos as suas praias”, a maioria delas reprovadas para banho pela CETESB, que as consideram impróprias e até publicam a relação das que devem ser evitadas, devido ao perigo para os banhistas.

Nós só vamos em dezembro para as festas em homenagem a Iemanjá e, se deixamos os restos das oferendas na areia é porque não tem outro jeito de se fazer as oferendas. Não dá para inventar ou substituir esta prática milenar de se oferendar na natureza as forças e os poderes dos Orixás. Mas, e a sujeira e as depredações que acontecem nos grandes eventos das outras religiões, e que ninguém sequer comenta, porque é tabu falar?Muito se fala sobre intolerância nos dias de hoje, uma coisa que sempre existiu e infelizmente demorará pra deixar de existir, porém as mais evidentes são a racial e a religiosa.

Quando será que entenderemos que as diversas etnias existem por questões naturais e de sobrevivência? O corpo se adapta ao meio em que vive, não há melhor ou pior; há apenas a adaptação do próprio organismo ao ambiente.

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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Por Rubens Saraceni

Nas religiões, não é diferente. Cada ser procura a religiosidade que melhor atende suas necessidades evolutivas, espirituais e humanas; não há religião melhor ou pior, o que há são Homens querendo ter mais poder que o outro, um dominar o outro, um se colocar mais sábio que outro, não entendem que todos estamos na mesma estrada evolutiva.

Nós somos criticados e tratados como estorvos e cidadãos de 2ª categoria, tanto pelo poder público quanto pelos moradores das cidades litorâneas. Os restos de oferendas são descritos como poluidores de suas “maravilhosas” praias que, na verdade, estão muito poluídas e oferecem risco para a saúde dos turistas banhistas, ou que só caminham pelas praias, oferecendo-lhes desde micoses até doenças infecciosas graves, mas isto eles ocultam, porque querem o nosso dinheiro quando vamos às suas cidades só como turistas, não é mesmo? Hipocrisia!

A intolerância se mostra de muitas formas e esta é só mais uma delas. As outras religiões até recebem incentivos dos poderes públicos (devido os políticos eleitos por seus seguidores), e seus eventos são vistos e tratados com respeito e reverência. Já os nossos, são vistos como perturbação dos seus habitantes e como poluidores de suas praias, como se fosse possível poluí-las ainda mais do que já estão. Para os seguidores das outras religiões, tudo!

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

Escondendo-se atrás da mediunidade

Por Conversa entre Adeptus

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

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do desencarnado;• Palavras sobre a missão do espírito que desencarna: Explicações do Sacerdote sobre a vida eterna e o conceito de pós-morte;• Prece ao Divino Criador Olorum (Deus);• Canto a Oxalá: O Sacerdote com a Curimba entoa uma música em louvor a Oxalá; • Hino da Umbanda;• Canto a Obaluayê: Orixá das passagens é louvado para que receba e encaminhe o desencarnado;• Canto ao Orixá Regente do desencarnado: Caso seja umbandista;• Despedida dos presentes na cerimônia: Os presentes se despedem do falecido;• Fechamento do Caixão;• Transporte do corpo ao cemitério;• Enterro do corpo: Após o caixão ser colocado na cova, o Sacerdote assopra uma fina camada de pó de pemba con-sagrada para proteção etérica do desencarnado e após isto se cobre com a terra;• Cruzamento da cova onde o falecido foi enterrado: Após o túmulo ser fechado, o Sacerdote cerca o mesmo com pó de pemba criando um círculo protetor à sua volta e acende quatro velas brancas formando uma cruz, sendo uma na cabeça do tumulo, outra no pé, outra na esquerda e outra na

direita. Este procedimento é para garantir a proteção do corpo e do espírito para que não seja profanado por espíritos malignos.

Este ritual não deve ser envolvido de tristeza e sim de alegria, pois o desencarnado está retornando para o plano eterno fora das ilusões e poderá retomar sua evolução de forma consciente se assim estiver preparado.

Irmãos minha intenção neste texto era exaltar a força de Pai Omulu e promover uma reflexão sobre a ideia de morte na Umbanda.

Viva a Vida e a Morte!

Salve Pai Omulu!

Saravá!

* Este texto é resumo de um seminário apresentado na Universidade do Sagrado Coração de Bauru (SP).* O ritual de funeral apresentado é ensinado por Rubens Saraceni no curso de Sacerdócio Umbandista e multiplicado pelos Colégios coligados, e pode ser encontrado no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras.

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ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADE

Por Conversa Entre Adeptus

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Em novembro, temos tradicionalmente o Dia de Finados (ou Dia dos Mortos), data que tem todo um significado religioso para os cristãos. Porém, devido ao sincretismo presente na Umbanda, esta data também nos têm grande importância: é quando louvamos a força do Divino Orixá Omulu, Senhor da Morte e das transições no Universo.

De forma geral, a Umbanda, em sua doutrinação se apega intensamente na vida, ou seja, em como devemos nos comportar enquanto encarnados para então, quando chegar a hora do desencarne, garantir um bom lugar nas esferas espirituais. Hoje, vou comentar sobre a visão de morte e a importância da mesma sendo que cultuamos uma divindade regente deste Sentido da Vida.

Para a Umbanda, a morte do corpo físico não é o fim da vida. Entende-se apenas como o fim de um ciclo, ou seja, passagem encarnatória; após o ato de morte física do ser desencarnado, este será encaminhado para uma esfera espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumulada durante a passagem no corpo físico. Aqui, no plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais. Logo, se vibras ódio, um lugar com seres odiosos será sua

morada; se vibras o amor, sua morada será um lugar agradável. É como diz Saint Exupéry em sua obra O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” , e é exatamente isto, nós somos aquilo que criamos ao nosso redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós-morte.

Então, nada se acaba com o fim da vida física. Quando o corpo perece, este é o fim de uma etapa e o inicio de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o mundo espiritual. Assim ocorre também com o inverso, ou seja, quando reencarnamos, “morremos” para a vida no plano etérico e nascemos para o plano físico. O umbandista deve se preocupar com o que cria na sua vida, pois já pode desconfiar do resultado no desencarne.

A Umbanda não crê em ressurreição, como não crê num Salvador ou Messias resgatador de seu rebanho, uma vez que ela prega a transcendência individual que cada ser deve alcançar, ninguém fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, a crença no reencarne é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do ser. No Dia de Finados é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto ao Divino Orixá Omulu, vibre seus pensamentos nos antepassados, seus parentes desencarnados, solicitando ao

Pai Omulu que ilumine a todos, pois se algum antepassado estiver precisando de ajuda por estar perdido nas questões emocionais e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer este resgate e aquele que já estiver em situações privilegiadas então se sentirá gratificado pelas vibrações, além de ser o momento de demonstrar gratidão aos antepassados que promoveram a sua passagem presente.

O culto ao Orixá Omulu é o momento de exaltação da Divindade e o que o mesmo representa, pois como entendemos que ele é a Divindade do “fim”, logo não está presente apenas na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a este Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa vida como, por exemplo, no fim de um relacionamento amoroso, quando há o rompimento de cordões emocionais e o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas.

Neste momento de finalização lá está presente a vibração deste Orixá para encaminhar os envolvidos em seus caminhos individuais. Também posso citar mudança de emprego, de moradia, fim de amizades, etc, sempre em situações principalmente de rompimentos ou encerramentos de ciclos é esta vibração divina que se faz presente na vida dos envolvidos.

Mesmo ficando a cargo de cada um a colheita necessária após o desencarne, a Umbanda tem na cerimônia fúnebre a preocupação de garantir que o espírito desencarnado fique a cargo da Lei Divina e não tenha problemas maiores com ataques de espíritos negativos.

Cito aqui um procedimento, conforme ensinado por Rubens Saraceni no livro “Doutrina e Teologia de Umbanda” da Editora Madras, a seguir faço um comentário:

O funeral umbandista é dividido em duas partes: purificação do corpo e do espírito, que acontece somente com a presença do Sacerdote, ajudante e um parente e depois a cerimônia social para encomenda do espírito realizada no velório e no túmulo. Ainda no necrotério, antes de vestir o corpo do desencarnado, o Sacerdote procede com alguns atos como:

• Purificação do corpo com incenso: Primeiro ato para a purificação energética do corpo físico e do espírito que na maioria das vezes ainda está próximo ao corpo. Caso não esteja, o corpo é seu endereço vibratório e onde estiver o espírito o mesmo receberá esta purificação. As ervas queimadas na brasa propagam através do ar suas qualidades purificadoras e imantadoras do espírito;• Purificação do corpo com água consagrada: É o mesmo que

água benta; neste momento cria-se uma diluição de qualquer energia material ainda presente no corpo e no espírito do desencarnado;• Cruzamento com a pemba consagrada: Neste ato se faz uma cruz na testa, garganta, peito, plexo, umbigo e costas das mãos e pés para desligar qualquer iniciação ou cruzamentos feitos na encarnação desobrigando o espírito a responder aos iniciadores do plano físico, desta forma se neutraliza;• Cruzamento com óleo de oliva consagrado: Repete o ato de cruzamento acima e também cruza o ori (coroa) para que libere do chakra coronário qualquer firmeza de forças purificando o espírito e o livrando de qualquer chamamento por alguém que se acha superior querendo prejudicar o desencarnado;• Aspergir com essências e óleos aromáticos: Aspergir todo o corpo para criar uma aura positiva e perfumada em volta do espírito, protegendo-o de qualquer entrechoque energético; Esta é a primeira parte do funeral. Após isto o corpo será vestido e levado ao velório. Então, momentos antes do enterro, é ministrada a cerimônia fúnebre de encomenda do espírito:

• Apresentação do Falecido: Alguma pessoa escolhida irá ministrar algumas palavras positivas sobre a vida e a pessoa

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

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ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADE

Por Conversa Entre Adeptus

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

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ESCONDENDO-SE ATRÁS DA MEDIUNIDADE

Por Conversa Entre Adeptus

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

Como se tornar um médium

em desenvolvimento?

Por Umbanda, eu curto!

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

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Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

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COMO SE TORNAR UM MÉDIUM EM DESENVOLVIMENTO?

Por Umbanda, eu curto!

Entenda alguns caminhos possíveis para se tornar médium na Umbanda:

Quem tem interesse em ser mais do que consulente na Umbanda pode ir às Giras e conversar com o Sacerdote responsável sobre o seu desejo de “trabalhar” pela espiritualidade. Mediunidade todos temos; alguns a temmais “aflorada” do que outros, mas todos temos esta capacidade em nós.

Assim, é a vontade, o desejo da pessoa em se doar para a religião que vai determinar o início do seu desenvolvimento. Os que se tornarão médiuns poderão frequentar as Giras de desenvolvimento mediúnico, que são sessões de iniciação fechadas ao público, nas quais os ogãs podem entoar cânticos chamando as entidades espirituais. Em muitos Centros, o desenvolvimento se dá diretamente nas Giras públicas, sendo que muitos dos Sacerdotes responsáveis recomendam que o médium em questão trabalhe, incialmente, como cambone (isso também varia de Casa para Casa).

O iniciante deve sempre se dedicar aos trabalho propostos, oferendas, banhos de ervas e estudos;Quando o médium iniciante começa a incorporar ele aprende a ritualística de seu Terreiro, de acordo com a estrutura que o Sacerdote

responsável orienta. Exemplo: em algumas Casas, os iniciantes, incorporados, riscam símbolos no chão (Ponto riscado), acendem velas e conversam com o Sacerdote sobre sua forma de trabalho, e só passam a atender quando estiverem mais afeitos a toda a ritualística da Casa.

Superada esta fase inicial, o médium passará então a fazer parte da corrente de atendimento aos consulentes de seu Terreiro. Os “passes energéticos” e os aconselhamentos são alguns dos artifícios utilizados para a comunicação com os umbandistas que freqüentam a Casa.

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

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Entenda alguns caminhos possíveis para se tornar médium na Umbanda:

Quem tem interesse em ser mais do que consulente na Umbanda pode ir às Giras e conversar com o Sacerdote responsável sobre o seu desejo de “trabalhar” pela espiritualidade. Mediunidade todos temos; alguns a temmais “aflorada” do que outros, mas todos temos esta capacidade em nós.

Assim, é a vontade, o desejo da pessoa em se doar para a religião que vai determinar o início do seu desenvolvimento. Os que se tornarão médiuns poderão frequentar as Giras de desenvolvimento mediúnico, que são sessões de iniciação fechadas ao público, nas quais os ogãs podem entoar cânticos chamando as entidades espirituais. Em muitos Centros, o desenvolvimento se dá diretamente nas Giras públicas, sendo que muitos dos Sacerdotes responsáveis recomendam que o médium em questão trabalhe, incialmente, como cambone (isso também varia de Casa para Casa).

O iniciante deve sempre se dedicar aos trabalho propostos, oferendas, banhos de ervas e estudos;Quando o médium iniciante começa a incorporar ele aprende a ritualística de seu Terreiro, de acordo com a estrutura que o Sacerdote

COMO SE TORNAR UM MÉDIUM EM DESENVOLVIMENTO?

Por Umbanda, eu curto!

responsável orienta. Exemplo: em algumas Casas, os iniciantes, incorporados, riscam símbolos no chão (Ponto riscado), acendem velas e conversam com o Sacerdote sobre sua forma de trabalho, e só passam a atender quando estiverem mais afeitos a toda a ritualística da Casa.

Superada esta fase inicial, o médium passará então a fazer parte da corrente de atendimento aos consulentes de seu Terreiro. Os “passes energéticos” e os aconselhamentos são alguns dos artifícios utilizados para a comunicação com os umbandistas que freqüentam a Casa.

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

A Umbanda e o Meio Ambiente

Por Umbanda Sustentável

Umbanda é Religião, Passe Adiante!

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Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

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A UMBANDA E O MEIO AMBIENTE

Por Umbanda Sustentável

O Brasil é um país privilegiado, pois há em seu vasto território recursos em abundância, sejam minerais, hídricos e vegetais. Talvez não tenha sido por acaso que a Umbanda surgiu por aqui. Os Orixás da Umbanda vinculam-se às forças da natureza e, assim, o ar é de Oxalá, as pedreiras são de Xangô, o mar azul é de Iemanjá, os rios e cachoeiras são de Oxum, as chuvas de Iansã, as matas e a fauna de Oxóssi, os metais ferro e manganês de Ogum.

Além da natureza, outro elemento fundamental para entendermos a Umbanda é o povo brasileiro. Nosso povo possui, na sua formação, uma enorme religiosidade. A miscigenação, entre estrangeiros e nativos, nos trouxe, entre outras dádivas, nossa criatividade. Nossa alegria brota das Crianças, a religiosidade e simplicidade e a religiosidade dos nativos, a humildade e musicalidade dos Negros. Daí o resultado da tríade da Umbanda: Crianças (pureza), Caboclos (simplicidade) e Pretos Velhos (humildade).

O brasileiro tem as feições de todo o planeta, razão pela qual ensinaremos a espiritualidade para o mundo, essa espiritualidade brota da Umbanda.

Falemos então das energias. A Umbanda manipula as energias naturais, assim, pelo fato de em nosso país ter um

enorme potencial energético, estamos preparados para toda uma programação astral em que essas energias serão trabalhadas em prol da humanidade e do planeta. Caso continue o ritmo de consumo e a destruição da natureza, em breve os recursos serão escassos e logo a população humana poderá sucumbir (e isso é preocupante!) A poluição dos rios, dos mares, a falta de recursos vegetais, a extinção das espécies animais, a queima de combustíveis fósseis e a diminuição da camada de ozônio e o conseqüente derretimento das calotas polares com profundas alterações climáticas são desequilíbrios que devem ser minimizados e que todos nós podemos contribuir diariamente.

Sempre é bom lembrar que umbandista respeita o meio ambiente, não pratica sacrifícios animais e, sua profunda ligação com a natureza e suas energias o fazem um defensor de primeira ordem do nosso meio. Assim, preservar a natureza é fundamental, pois a sobrevivência do planeta está em jogo. Escolha produtos biodegradáveis e naturais para suas oferendas e obrigações. Discuta estes temas em seu Terreiro, conscientize; seja agente motivador e modificador em prol do meio que nos cerca!

Adaptado de artigo escrito por Claudio Henrique de Castro

10 coisas que você deveria saber sobra a Umbanda

Mediunidade é realmente um tema muito fascinante, mas também é bem delicado. Os dons mediúnicos não vem atrelados a um manual de instruções, onde você saberá como usá-los e para que servem, muito pelo contrário. Apesar dos vários tratados existentes no mercado literário e também cursos em diversas instituições para o desenvolvimento pessoal, a única forma de realmente saber como lidar com a SUA mediunidade é através da prática.

É nesse momento que as coisas começam a ficar complicadas.Primeiro, é a ansiedade pela manifestação mediúnica organizada, onde o neófito quer a curto prazo atingir o que os médiuns mais velhos já alcançaram. E, apesar da tentativa, da abertura, dos diversos exercícios, nenhuma entidade lhe toma o corpo, muitas vezes apenas o irradia. Então ele, algumas vezes até inconscientemente, começa a seguir o modelo dos médiuns mais velhos, principalmente do dirigente da egrégora em que se encontra.

O segundo desafio é entrar em contato e achar sua própria identidade mediúnica. Com a maioria dos médiuns hoje sendo portadores da mediunidade consciente (e infelizmente não consciência mediúnica) passam a sofrer da insegurança: Sou eu ou a Entidade?

Com o passar do tempo, temos o terceiro obstáculo: Vaidade.É fácil você se deslumbrar e ser seduzido pelo poder, ao ver que através das suas forças espirituais muitos conseguem recuperar-se, raciocinar melhor, resolver diversos problemas e até mesmo ter suas condições físicas reabilitadas. É aí que começa o que em Terreiro se diz como: “O médium está passando à frente da entidade”.

Mas para as três dificuldades acima comentadas – e para diversas outras – a resposta é sempre a mesma: Estudo e Educação. A entidade não pode manifestar simplesmente tudo que sabe se o aparelho dela for deficiente.A reforma moral é o ponto básico e principal; sem isso, o médium sucumbe às hostes negativas e à sua própria negatividade.

E a reforma intelectual com sua progressão é importante também: quanto mais souber, melhor é, mais você poderá ajudar e, com certeza, suas entidades agradecerão. Espírito Guia não é mágico ou milagreiro; ele opera com as leis naturais, algumas que o homem ainda não conseguiu definir pela ciência, mas o mundo espiritual sabe muito bem como usar delas para trabalhar.

Não se esconda por detrás das entidades espirituais e procure

melhorar-se sempre para você mesmo, principalmente para a prática da caridade.Aceite o caminho, um passo depois do outro, para ter uma caminhada longa e sem desgastes.

Esse texto foi escrito pelo nosso colaborador Douglas Rainho

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O Brasil é um país privilegiado, pois há em seu vasto território recursos em abundância, sejam minerais, hídricos e vegetais. Talvez não tenha sido por acaso que a Umbanda surgiu por aqui. Os Orixás da Umbanda vinculam-se às forças da natureza e, assim, o ar é de Oxalá, as pedreiras são de Xangô, o mar azul é de Iemanjá, os rios e cachoeiras são de Oxum, as chuvas de Iansã, as matas e a fauna de Oxóssi, os metais ferro e manganês de Ogum.

Além da natureza, outro elemento fundamental para entendermos a Umbanda é o povo brasileiro. Nosso povo possui, na sua formação, uma enorme religiosidade. A miscigenação, entre estrangeiros e nativos, nos trouxe, entre outras dádivas, nossa criatividade. Nossa alegria brota das Crianças, a religiosidade e simplicidade e a religiosidade dos nativos, a humildade e musicalidade dos Negros. Daí o resultado da tríade da Umbanda: Crianças (pureza), Caboclos (simplicidade) e Pretos Velhos (humildade).

O brasileiro tem as feições de todo o planeta, razão pela qual ensinaremos a espiritualidade para o mundo, essa espiritualidade brota da Umbanda.

Falemos então das energias. A Umbanda manipula as energias naturais, assim, pelo fato de em nosso país ter um

A UMBANDA E O MEIO AMBIENTE

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enorme potencial energético, estamos preparados para toda uma programação astral em que essas energias serão trabalhadas em prol da humanidade e do planeta. Caso continue o ritmo de consumo e a destruição da natureza, em breve os recursos serão escassos e logo a população humana poderá sucumbir (e isso é preocupante!) A poluição dos rios, dos mares, a falta de recursos vegetais, a extinção das espécies animais, a queima de combustíveis fósseis e a diminuição da camada de ozônio e o conseqüente derretimento das calotas polares com profundas alterações climáticas são desequilíbrios que devem ser minimizados e que todos nós podemos contribuir diariamente.

Sempre é bom lembrar que umbandista respeita o meio ambiente, não pratica sacrifícios animais e, sua profunda ligação com a natureza e suas energias o fazem um defensor de primeira ordem do nosso meio. Assim, preservar a natureza é fundamental, pois a sobrevivência do planeta está em jogo. Escolha produtos biodegradáveis e naturais para suas oferendas e obrigações. Discuta estes temas em seu Terreiro, conscientize; seja agente motivador e modificador em prol do meio que nos cerca!

Adaptado de artigo escrito por Claudio Henrique de Castro

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