eBook: Engenharia Ambiental

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Enade 2014 PUC Goiás

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e.BOOK: QUESTÕES DO ENADE COMENTADAS

Curso:

Engenharia Ambiental

Organizador(es):

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SUMÁRIO

QUESTÃO Nº 11

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QUESTÃO Nº 12

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QUESTÃO Nº 13

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QUESTÃO Nº 14

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QUESTÃO Nº 15

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QUESTÃO Nº 16

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QUESTÃO Nº 17

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QUESTÃO Nº 18

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QUESTÃO Nº 19

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QUESTÃO Nº 20

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QUESTÃO Nº 21

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QUESTÃO Nº 22

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QUESTÃO Nº 23

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QUESTÃO Nº 24

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QUESTÃO Nº 25

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QUESTÃO Nº 26

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QUESTÃO Nº 27

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QUESTÃO Nº 28

Conteúdo avaliado: conceitos fundamentais de hidrologia Comentários

A questão encontra-se bem redigida facilitando a leitura e compreensão do texto. Com relação ao conteúdo da mesma, este se adéqua aos conhecimentos necessários para o profissional da engenharia ambiental.

A questão exige do aluno o conhecimento de conceitos fundamentais de hidrologia, assim como, a capacidade de interpretação de gráficos.

Apesar de o texto fazer referências à questões relacionadas à gestão de recursos hídricos, não é possível verificar a interdisciplinaridade, visto que as informações apresentadas foram utilizadas somente para contextualização da questão.

Autor(a) Profª Drª Renata Medici Frayne Cuba

QUESTÃO Nº 29

Conteúdo avaliado: emissões atmosféricas, dispersão dos gases e contaminação do ambiente.

Comentários

A atmosfera apresenta-se diversificada em seu movimento pelo planeta, em especial pelas diferenças de temperatura e pressão nela existente, variando tanto pela a latitude quanto pela altitude. Tais diferenças são responsáveis pelos ventos e consequentemente pela capacidade da atmosfera movimentar os gases que a compõe e sua capacidade de dispersão de poluentes. Quanto maior a diferença de temperatura e pressão e menores os obstáculos enfrentados pelo ar em seu deslocamento, maior será a velocidade e distância percorrida pelos poluentes nela contido. Em um relevo ondulado, a atmosfera próxima a superfície, enfrenta obstáculos em seu deslocamento que são responsáveis pela redução de sua velocidade, reduzindo sua área de influência e intensificando a presença do poluente próximo ao lugar da origem da emissão.

Gases emitidos por uma chaminé de 20m em um relevo ondulado ocasiona concentrações mais elevadas de poluentes já que este tipo de relevo reduz a velocidade e alcance do vento, dificultando a dispersão dos poluentes. E se esta chaminé de 20 m estiver no fundo do vale, ladeada consequentemente, por um relevo mais elevado, os gases expelidos pela chaminé, contendo mercúrio elementar (Hgo), terá dificuldade de dispersar colocando em risco a saúde de quem permanecer nas suas imediações.

Para a chaminé de 55m, mesmo em terreno ondulado, a mudança na forma do pico, achatado, são testemunhos da manutenção dos valores referentes a presençade mercúrio elementar (Hgo), dado ao fato de na altura de 55 m já se diminui a turbulência atmosférica, dado ao afastamento do solo e as trocas de calor entre o solo e a atmosfera, diminuindo as diferenças de temperatura e pressão, resultando consequentemente, ventos mais comedidos e manutenção dos valores

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das concentrações, por uma extensão maior do terreno.

Autor(a): Profª DrªOyana Rodrigues dos Santos

Referencia Bibliográfica BRAGA Benedito et al - Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002. MENDONÇA Francisco et al – Climatologia: Noções básicas e climas no Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

QUESTÃO Nº 30

Conteúdo avaliado: recuperação ambiental Comentários A primeira afirmação está gabaritada como verdadeira, porém, o nome correto da técnica é in-situ e não in-site. Além disso, a fitorremediação é uma modalidade da biorremediação e existem outras técnicas in-situ, além das duas apresentadas, o que pode induzir o estudante a considerar a afirmação falsa.

Na segunda afirmação o processo de aspiração de ar é uma técnica in-situ e não off-site, de modo que a mesma é falsa.

A terceira afirmação é verdadeira e a quarta falsa, pois, tanto para a contaminação inorgânica ou orgânica a lavagem do solo pode ser in-situ ou ex-situ.

Autor(a): Prof. Dr Jales Teixeira Chaves Filho

Referencia Bibliográfica

AREND, C.O;OLIVEIRA, J.M; ÁVILA, L. Passivos ambientais: dossiê técnico. Porto Alegre: SENAI, 2011. 35p. REIBLE, D. D. Process, assessment and remediation of contaminated sediments. Austin: Springer, 2014. 462 p.

QUESTÃO Nº 31

Conteúdos envolvidos na questão: Saneamento, Legislação ambiental, hidrologia e matemática (simplificação).

Habilidades: Capacidade de formular e avaliar problemas de Engenharia Ambiental; consolidação de conhecimentos teóricos; obtenção e sistematização de informações.

Comentários

O candidato mais observador e atencioso, conhecendo basicamente a legislação que se refere classificação e qualidade de água dos corpos hídricos (resolução CONAMA 357/2005) já poderia de imediato verificar no quadro apresentado na questão que os pontos de captação sugeridos para o Rio Doria apresentam valores de Oxigênio Dissolvido (OD) e Turbidez em desacordo com os parâmetros legais exigidos e, portanto, não poderiam ser pontos de captação para a cidade de Cambuí do ponto de vista qualitativo de potabilidade.

Desta forma, bastaria avaliar qual dos pontos de captação do Rio Bia atenderia o exigido pelo exercício e as letras c, de e já poderiam ser eliminadas.

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A vazão disponível nos pontos de captação do Rio Bia pode ser calculada pela Equação 1:

.disponivel estiagem D

Q Q A (1)

onde: Qdisponivel=vazão disponível para captação (L/s), Qestiagem=vazão estiagem (L/s) e Ad=área de drenagem (km2). Assim, para o ponto Bia 1 tem-se (Considerando apenas 50% da vazão de estiagem, ou seja, Qestiagem=3,0 L/s.km2):

2

23,0 .5,0 15,0.disponivel

L LQ kmss km

Assim, para o ponto Bia 2 tem-se (Considerando apenas 50% da vazão de estiagem):

2

23,0 .15,0 45,0.disponivel

L LQ kmss km

A vazão necessária para captação conforme os dados da questão pode ser calculada pela Equação 2 e a vazão a ser distribuída para a população pode ser determinada pela Equação 3.

. . 1. 24 . . 1 24. . 1 . . 1

24.60.60 100 86400 100

eta eta

captada

q qP q K P q KQ

t t

(2)

. . 1. 2

86400distribuida

P q K KQ (3)

Onde: Qcaptada = vazão captada (L/s), Qdistribuida = vazão distribuída para a população considerando dia e hora de maior consumo (L/s), P = população (hab), q=consumo médio diário per capita (L/hab.dia), K1 = coeficiente de consumo diário máximo, K2 = coeficiente de consumo horário máximo, t = tempo de funcionamento da ETA (horas) e qeta=vazão consumo da ETA para operação (L/s). Desta forma, a vazão a ser captada considerando as perdas na ETA é (Equação 2):

7200.150.1,2. 24 5. . 1 18,0

86400 21 100captada

LQs

Porém, o candidato deveria se preocupar com a vazão a ser distribuída (consumida) pela população no dia e hora de maior consumo que consequentemente é a resposta da questão (Equação 3):

7200.150.1,2.1,522,5

86400distribuida

LQs

Comparando os valores de vazões disponíveis nos pontos do Rio Bia 1 (Qdisponivel = 15,0 L/s) e Bia 2 (Qdisponivel = 45,0 L/s) e a vazão a ser distribuída (necessária) à população no dia e hora de maior consumo (Qdistribuida = 22,5 L/s) , conclui-se que o ponto de captação que atende às exigências quanto à quantidade e qualidade de água é o ponto Bia 2, ou seja, letra b da questão.

Autor(a):Profº Ms Thiago Augusto Mendes

QUESTÃO Nº 32

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Conteúdo avaliado: Avaliação de impactos ambientais

Comentários

É uma questão considerada fácil, onde as afirmações I e II e III são apenas de análise da tabela apresentada na questão.

Na afirmação I a relação entre a emissão de carbono termelétrica/hidroelétrica em questão é de 1,79, onde a relação 1 significa equivalência de emissão, logo, a termelétrica emite 0,79 ou 79% a mais de carbono.

A afirmação II é falsa, pois, a relação de algumas termelétricas tanto a carvão quanto a gás estão abaixo de 1, isto é, a hidroelétrica neste caso, emite mais carbono, de forma que não é possível generalizar.

Na afirmação III, uma simples análise da tabela revela que a relação das emissões das termelétricas a gás é menor do que àquelas que usam carvão.

A afirmação IV é verdadeira, pois como é de conhecimento geral, a emissão dos reservatórios está relacionada principalmente à decomposição de material orgânico autóctone e alóctone à área de barramento.

Autor(a): Prof. Dr Jales Teixeira Chaves Filho

QUESTÃO Nº 33

Conteúdos envolvidos na questão: Saneamento, tecnologias de avançadas de tratamento de águas residuárias, desinfecção.

Habilidades: Capacidade de avaliar problemas de Engenharia Ambiental e Sanitária; consolidação de conhecimentos teóricos; obtenção e sistematização de informações.

Comentários:

A poluição causada pelos esgotos domésticos quando lançado “in Natura” nos corpos d’água, pode ter como um dos fatores: contaminação com microorganismos patogênicos.

Os microorganismos encontrados nos esgotos geralmente não causam doenças, e na sua maioria, são coliformes indicadores das condições sanitárias da água. Qualquer corpo d’água que recebe os esgotos sanitários de certa comunidade torna-se contaminado, podendo transmitir doenças para pessoas sadias a depender de algumas dessas pessoas estarem doentes ou ser portadoras. Os dejetos de qualquer pessoa, doente ou não, contém grande quantidade de bactérias que podem não necessariamente causar doenças e auxiliam na digestão da matéria orgânica.

As bactérias denominadas de coliformes são encontradas no ambiente e nos despejos humanos e de animais de sangue quente. Quando presentes na água em grande quantidade indicam a possibilidade de contaminação fecal e probabilidade de existência de microorganismos patogênicos intestinais causadores de doenças como: diarréia, hepatite cólera, poliomielite, febre tifóide e etc.

Os coliformes termotolerantes ocorrem em fezes humanas e animais homeotérmicos, solos, plantas ou outras matrizes ambientais que não tenham sido contaminadas por material fecal. Atualmente, o termo coliformes fecais foi substituído por coliformes termotolerantes por não garantir que a contaminação seja exclusivamente fecal (Art. 2º, alínea XI da Resolução 357/2005 do CONAMA).

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O extermino dos microorganismos pode ser realizado com a utilização de agentes desinfetantes como forma de reduzir organismos patogênicos para os ambientes naturais como: cloração, ozônio, radiação Ultra Violeta.

- No processo de desinfecção por Ultra Violeta, a energia ultravioleta atua rompendo o DNA (sistema reprodutivo) de microorganismos, o que permite interromper o crescimento biológico destes indivíduos. Para tanto, o fluxo afluente tem de ser turbulento e próximo das lâmpadas, a fim de que todo liquide receba a dosagem mínima necessária dos raios UV.

- Ozônio é um gás instável a temperatura ambiente, de coloração azul – pálida, constituindo-se de uma forma aleatrópica do oxigênio e possuindo três átomos deste elemento, unidos por ligação simples e dupla. É facilmente absorvida pela água. Os mecanismos de utilização de ozônio são fundamentalmente a elevação do potencial redox da água provocando microfloculação dos patogênicos e pinógenes destruídos. O tempo de reação é reduzido e não há ozônio remanescente na água. Outro beneficio do ozônio é que a concentração de oxigênio dissolvido do efluente pode ser elevada até o nível de saturação, útil para atender padrões legais de lançamento, entretanto o ozônio na presença de brometo forma bromato, agente carcinogênico limitado pelo CONAMA 357 em 25 micrograma/litro em curso d’água.

- Quando o cloro gasoso, ou uma das formas de hipoclorito, é adicionado a uma água contendo quantidades desprezíveis de nitrogênio, matéria orgânica e outras substâncias que demandam cloro, estabelece-se, rapidamente, um equilíbrio entre as várias espécies químicas em solução. O cloro atua como um agente oxidante poderoso e freqüentemente se dissipa no meio, tão rapidamente, que pouca desinfecção é conseguida até que quantidades significativas da demanda de cloro tenham sido aplicadas. O termo cloro livre disponível é utilizado para se referir à concentração total de cloro molecular (Cl2), ácido hipocloroso (HOCl) e íon hipoclorito (OCl-). O hipoclorito pode ser usado diretamente na forma de solução de hipoclorito de sódio, sendo esta uma forma bastante comum de desinfecção, onde grandes quantidades sejam necessárias, como é o caso da desinfecção de esgotos. A utilização de hipoclorito de cálcio é bastante popular em situações onde as quantidades requeridas sejam pequenas ou quando o seu uso seja intermitente.

Autor(a): Profº Osmar Mendes Ferreira

Referencia Bibliográfica 1. Cavalcanti, José Eduardo W. de A. Manual de Tratamento de Efluentes

Industriais. 2ª Ed. Engenho Editora Técnica Ltda, São Paulo, 2012. 2. José Alves Nunes. Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Rio de

Janeiro – ABES 2011.

QUESTÃO Nº 34

Conteúdo avaliado: técnicas de disposição de resíduos sólidos no solo

Comentários

A impermeabilização adequada é fator de extrema importância para o controle de poluição em áreas de disposição final de resíduos sólidos.

Para determinação definição da necessidade de sistema de impermeabilização,

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devem ser consideradas as características do solo, mesmo que fatores como distância de águas superficiais e subterrâneas sejam favoráveis a implantação de projetos desta natureza.

De acordo com a NBR 13896, sempre que as condições hidrogeologias do local de implantação do aterro não contiver um deposito natural extenso e homogêneo de materiais com coeficiente de permeabilidade inferior a 10-6 cm/s e uma zona não saturada com espessura superior a 3 m, deve ser implantada uma camada impermeabilizante da superfície inferior conforme: a) ser construída com materiais de propriedades químicas compatíveis com o

resíduo, com suficiente espessura e resistência, de modo a evitar as rupturas devido a pressões hidrostáticas e hidrogeológicas, contato físico com o líquido percolado ou resíduo, condições climáticas e tensões da instalação da impermeabilização ou aquelas originárias da operação diária;

b) ser colocada sobre uma base ou fundação capaz de suportá-la, bem como resistir aos gradientes de pressão acima e abaixo da impermeabilização, de forma a evitar sua ruptura por assentamento, compressão ou levantamento do aterro;

c) ser instalada de forma a cobrir toda a área, de modo que o resíduo ou líquido percolado não entre em contato com o solo natural (ABNT, 1997).

Muitos sistemas podem ser empregados para minimizar vazamentos de lixiviados para a subsuperfície e até mesmo para camadas naturais de solo. No entanto, é difícil garantir que uma camada natural esteja livre de zonas de alta condutividade hidráulica, tais como leitos de areia, fraturas ou juntas. Por esse motivo, revestimentos minerais (camada de solo compactado) ou sintéticos (manta de geomembrana) ou composições destes têm sido exigidos no confinamento de lixiviados (GOMES; MARTINS, 2003).

Para impermeabilização, podem ser utilizadas camadas de solos argilosos compactados e membranas sintéticas, também conhecidas como geomembranas. O material adotado deve conferir estanqueidade, apresentar resistência mecânica e química a eventual agressividade do resíduo aterrado e dos líquidos e gases gerados, resistência a intempéries, compatibilidade físico-química-biológica com os resíduos aterrados e durabilidade, tendo vida útil longa suficiente para que os processos naturais de estabilização dos resíduos ocorram (CETESB, 1997; JUCÁ, 2010).

Autor(a): Profª Ms. Adjane Damasceno de Oliveira

Referencia Bibliográfica

1. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 13896: Aterros de resíduos não perigosos - critérios para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997.

2. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CEBEST). Aterro sanitário. São Paulo, CETESB, 1997.

3. JUCÁ, J. F. T. Curso: destinação final de resíduos sólidos urbanos. Geotecnia ambiental, Grupo de Resíduos Sólidos – UFPE. ABES, 2010.

4. GOMES, L. P.; MARTINS, F. B. in: Castilhos Jr, Armando Borges (coordenador). Resíduos Sólidos Urbanos: aterro sustentável para municípios de pequeno porte. Rio de Janeiro. Projeto PROSAB. ABES, 2003.

QUESTÃO Nº 35

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Conteúdo avaliado: materiais, métodos e técnicas de construção de aterro sanitário

Comentários

O aterro é uma obra de engenharia que utiliza critérios técnicos para controle da poluição causada pela disposição dos resíduos sólidos.

A correta execução da impermeabilização, somada a uma boa seleção da área possibilitam que projeto que não cause impactos ambientais. A impermeabilização das trincheiras é dividida em duas etapas: a primeira, durante a execução das trincheiras, antes mesmo da colocação dos resíduos, e a segunda, sistema de cobertura que ocorre ao longo do preenchimento das trincheiras, no caso de haver cobertura intermediária, e ao final da vida útil da trincheira, quando é realizado o fechamento das mesmas, com uma última compactação de solo (ou outro material) e colocação de material para plantio de vegetação (GOMES; MARTINS, 2003).

Quanto a impermeabilização com material sintético, normalmente as geomembranas são sobrepostas a uma camada de solo compactado (revestimento mineral), com espessura mínima de 60 cm e k < 10–7 cm/s. Esta aplicação conjunta é importante porque, na ocorrência de dano que perfure a geomembrana, o revestimento mineral impede ovazamento dos líquidos contidos. Por outro lado, a presença da geomembrana reduz a exposição do revestimento mineral ao lixiviado. Isto resulta em redução significativa da infiltração e percolação dos líquidos através do revestimento mineral. No projeto de estruturas de base e cobertura em aterros sanitários, o emprego de geomembranas deve considerar:

1. a seleção do material da geomembrana; 2. a preparação do subleito; 3. o transporte, armazenamento e colocação da geomembrana; e 4. a qualidade das emendas.

A geomembrana deve ser quimicamente compatível com o líquido a que é exposta. Geomembranas do tipo PEAD (polietileno de alta densidade) apresentam excelente resistência a ataques químicos a custos razoáveis. No entanto, são mais difíceis de soldar. Uma alternativa são as membranas de cloretode polivinil (PVC) e de polipropileno. Esses materiais apresentam excelente resistência mecânica, mas baixa resistência química.

O monitoramento de aterros de resíduos sólidos urbanos tem demonstrado que o pH do lixiviado apresenta grande variação, situando-se entre 5 e 9. Por esse motivo, as mantas de PVC são mais apropriadas a sistemas de cobertura, em que o lixiviado não tem contato direto com a geomembrana e em que as deformações por recalques podem gerar variações de tensão importantes. No entanto, mantas de PVC sofrem a ação de fotodegradação em sistemas de cobertura e devem ser protegidas com uma cobertura mineral.

A superfície para disposição da geomembrana deve ser lisa e resistentee deve estar livre de pedras, raízes e água em excesso. Quando existe no local uma camada natural com baixacondutividade hidráulica, é importante limpar a superfície de qualquer irregularidade que possa causar puncionamento à geomembrana. (GOMES; MARTINS, 2003).

Dependendo das características do contaminante e dos solos argilosos, estes podem ou não atuar como uma barreira geológica, atenuando-os. Os fenômenos que controlam o transporte de contaminantes são inúmeros, por se relacionarem

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tanto a mecanismos físicos como a químicos e biológicos. A atenuação é um processo no qual a concentração de vários contaminantes do lixiviado que atravessa o solo é reduzida a um limite aceitável. Muitos são os mecanismos que atuam no processo de atenuação e cada mecanismo pode atuar retendo completamente ou apenas parte dos elementos contaminantes.

Normalmente cinco mecanismos – a adsorção, a biodegradação, as reações de troca de cátions, a filtração, e a reação de precipitação –, operam na camada argilosa e vão depender dos poluentes: cobre, chumbo e zinco. Os principais mecanismos de atenuação para estes poluentes são: precipitação, adsorção, troca de cátions e diluição.

Em geral, as concentrações desses metais pesadas são baixas no lixiviado. Eles serão fortemente atenuados no meio argiloso. Ferro: Os principais mecanismos de atenuação do ferro são: precipitação, troca de cátions, adsorção, biodegradação e diluição. A presença do ferro em aterros municipais é em sua maior parte, no estado reduzido, e a mobilidade do ferro bivalente é mais alta do que a do ferro trivalente. Sua atenuação deve ser considerada moderada no meio argiloso (PRIM; OLIVEIRA; CASTILHOS JR., 2003).

Autor(a): ProfªMs. Adjane Damasceno de Oliveira

Referencia Bibliográfica 1. GOMES, L. P.; MARTINS, F. B. in: Castilhos Jr, Armando Borges (coordenador).

Resíduos Sólidos Urbanos: aterro sustentável para municípios de pequeno porte. Rio de Janeiro. Projeto PROSAB. ABES, 2003.

2. PRIM, E. C. C.; OLIVEIRA, J. C.; CASTILHOS JR.; A. B.in: Castilhos Jr, Armando Borges (coordenador). Resíduos Sólidos Urbanos: aterro sustentável para municípios de pequeno porte. Rio de Janeiro. Projeto PROSAB. ABES, 2003.

QUESTÃO Nº 36

Autor(a):

QUESTÃO Nº 37

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QUESTÃO Nº 38

Autor(a):

QUESTÃO Nº 39

Autor(a):

QUESTÃO Nº 40 (Anulada)

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