Eça de Queirós - Promo Basílio

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Eça de Queirós (1845-1900)

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Eça de Queirós (1845-1900)

Contextualização da obra

• Realismo PortuguêsRevolução Industrial x Estagnação“Caminho-de-Ferro” (Coimbra 1864)Geração de 1870 Questão Coimbrã (Castilho x Quental)

As fases da obra de Eça • Primeira fase (1865 a 1871)

Fase imatura, sem um estilo bem definido. Destaca-se o folhetim ‘O Mistério da Estrada de Sintra ’.

• Segunda fase (1871 a 1888)Fase Real-Naturalista, em que o autor promove o ‘Inquérito da Sociedade Portuguesa’.

• Terceira fase (1888 a 1900)Marcada por um nacionalismo nostálgico, essa etapa inclui a ‘Ilustre Casa de Ramires’ e ‘A Cidade e as Serras’

‘Inquérito da Sociedade Portuguesa’

• O Crime do Padre Amaro (1875)Romance anticlerical dos mais ferozes. É ambientado em Leiria, onde o padre Amaro Vieira, ingênuo e psicologicamente fraco, assume sua paróquia. Hospedando-se na casa da senhora Joaneira, acaba por se envolver sexualmente com sua filha, Amélia. Amaro conhece, então, o cinismo de seus colegas, que em nada estranham sua relação com a jovem. Grávida, Amélia morre no parto e Amaro entrega a criança a uma "tecedeira de anjos". A criança também morre e Amaro, agora um cínico descarado, prossegue com sua carreira.

• O Primo Basílio (1878) Nessa obra, Eça de Queirós retrata toda a presunção vazia da burguesia lisboeta. Inspirado no romance Madame Bovary, de Flaubert, apresenta a tola Luísa, cujo marido, o medíocre engenheiro Jorge, passa algum tempo, a trabalho, fora de Lisboa. Nesse momento retorna a Portugal o primo pelo qual Luísa fora apaixonada na adolescência, Basílio.

• Os Maias (1888) Considerado por muitos a obra-prima do romance português, Os Maias tem como subtítulo Episódios da Vida Romântica. Por meio da história incestuosa do jovem médico Carlos da Maia e sua irmã, Maria Eduarda, Eça critica as aventuras de amor românticas e traça um painel demolidor da sociedade portuguesa.

O Primo Basílio

• Foco Narrativo: 3ª Pessoa• Caracteres Real-Naturalistas:

ObjetividadeDeterminismoPessimismoIronia

• Crítica à pequena burguesia lisboeta

Personagensa) Jorge – engenheiro, funcionário público, pacato e avesso a loucuras, correto, caseiro e conservador.

b) Luísa – romântica, sonhadora, frágil (não consegue lidar com as chantagens de Juliana), comportamento que a predispõe ao adultério, casamento é sinônimo de segurança.

c) Sebastião – protetor inconsciente, fiel a Jorge e compreende a situação de Luísa.

d) Basílio – alto, ar fidalgo, bigode preto e fino, ex-namorado e amante de Luísa. Enriquece, viaja pelo mundo. Critica a provinciana Lisboa. Estabelece-se em Paris.

e) Juliana – empregada que odiava os patrões. Cheia de rancor e inveja. Para ela, os fins justificam os meios. Chantagista.

f) Julião – não vê nada de mais no adultério. Médico medíocre.

g) Dona Felicidade – representa a figura materna, simpatiza-se com Basílio. Solteirona, afastada da sociedade, procura um casamento e escolhe o Conselheiro.

h) Acácio – sem força moral, simpatiza-se com Basílio. Defende o governo. Apegado aos valores familiares e à tradição, mas tem a criada como amante. Símbolo da mediocridade.

i) Ernestinho – funcionário público, faz teatro e escreve sobre as obras escritas por Eça de Queirós.

j) Leopoldina – representa a parte má que existe na mulher. Prostitui-se por não se sentir engajada na sociedade. Vulgar, tem apelido de Pão e Queijo.

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