Eclesiologia - Doutrina da igreja Módulo 06A

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DOUTRINA III - ECLESIOLOGIA MÓDULO 06-A SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................. ......................................................02 CAPÍTULO I A Igreja do Deus Vivo................................................................... ................02 CAPÍTULO II Descrições metafóricas da Igreja................................................................. .08 CAPÍTULO III – A Organização da Igreja................................................................. .............12 CONCLUSÃO ............................................................. .........................................................22 BIBLIOGRAFIA........................................................... .........................................................24

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A palavra “Igreja” [“ekklèsia”, do grego “ek-Kalein”- chamar fora”] significa “convocação”. Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religiosos. É o termo freqüentemente usado no Antigo Testamento grego para a assembléia do povo eleito diante de Deus, sobretudo para a Assembléia do Sinai, onde Israel recebeu a Lei e foi constituído por Deus como seu povo santo. Ao denominar-se “Igreja”, a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira dessa assembléia. Nela, Deus “convoca” Seu povo de todos os confins da Terra.

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DOUTRINA III - ECLESIOLOGIAMÓDULO 06-A

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................02

CAPÍTULO I – A Igreja do Deus Vivo...................................................................................02

CAPÍTULO II – Descrições metafóricas da Igreja..................................................................08

CAPÍTULO III – A Organização da Igreja..............................................................................12

CONCLUSÃO ......................................................................................................................22

BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................24

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INTRODUÇÃO

A palavra “Igreja” [“ekklèsia”, do grego “ek-Kalein”- chamar fora”] significa “convocação”. Designa assembléias do povo, geralmente de caráter religiosos. É o termo freqüentemente usado no Antigo Testamento grego para a assembléia do povo eleito diante de Deus, sobretudo para a Assembléia do Sinai, onde Israel recebeu a Lei e foi constituído por Deus como seu povo santo. Ao denominar-se “Igreja”, a primeira comunidade dos que criam em Cristo se reconhece herdeira dessa assembléia. Nela, Deus “convoca” Seu povo de todos os confins da Terra. O termo “Kyriakè”, do qual deriva “Church”, “Kirche, significa “a que pertence ao Senhor”. Na linguagem cristã, a palavra “Igreja’ designa a assembléia litúrgica, mas também a comunidade local ou toda a comunidade universal dos crentes. Na verdade, estes três significados são inseparáveis. “A Igreja” é o povo que Deus reúne no mundo inteiro. Pedro testificou que Cristo preencheu esta predição, não na qualidade de pedra comum, mas de “pedra que vive, rejeitada sim pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa” (I S. Ped. 2:4). Paulo identificou-O como o único fundamental seguro, dizendo: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (I Cor. 3:11). Referindo-se à rocha que foi referida por Moisés, ele afirmou: “E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo” (I Cor. 10:4). O próprio Jesus Cristo utilizou a imagem diretamente ao declarar: Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela” (S. Mat. 16:18). Ele estabeleceu A Igreja Cristã sobre Si próprio, a Rocha Viva. Seu próprio corpo deveria ser sacrificado pelos pecados do mundo – isto seria o ato de ferir a Rocha. Coisa alguma poderia prevalecer contra uma igreja construída sobre tão sólido fundamento, por Ele mesmo representado. Dessa forma as águas vivificadoras haveriam de fluir para o dessedentamento das nações. (cf. Ezeq. 47:1-12; S. João 7:37 e 38; Apoc. 22:1-5). Quão débil e fraca era a Igreja quando Cristo pronunciou essas palavras! Ela consistia de uns poucos discípulos cansados, duvidosos e preocupados em se autopromoverem; de umas poucas mulheres; e da multidão instável que se dispersou quando a Rocha foi ferida. Ainda assim a igreja foi construída, não sobre a frágil sabedoria e ingenuidade humana, mas sobre a Rocha dos Séculos. O tempo demonstraria que coisa alguma seria capaz de destruir Sua igreja ou mesmo detê-la em Sua missão de glorificar a Deus e conduzir homens e mulheres ao Salvador. (cf. Atos 4:12, 13, 20-33).

CAPÍTULO I

A IGREJA DO DEUS VIVO

Pertencer a Igreja de Deus é um privilégio único e que produz na lama grande satisfação. O propósito divino é reunir um povo desde os distantes confins da Terra, a fim de constituí-lo em um só corpo – o corpo de Cristo, a Igreja, da qual Ele é a Cabeça viva. Todos quantos são filhos de Deus em Cristo Jesus, são membros de Seu corpo, e dentro desta relação podem desfrutar companheirismo mútuo e companheirismo com seu Senhor e Mestre. Nas Escrituras faz-se referência à Igreja por meio de tais expressões como “a igreja de Deus” (Atos 20:280, “o corpo de Cristo” (Efés. 4:120, e “a igreja do Deus

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vivo’ (I Tim. 3:15), sendo este último nome escolhido como título deste capítulo introdutório. A palavra igreja é usada no texto bíblico pelo menos em dois sentidos: em sentido geral, aplica-se à Igreja em todo o mundo (Mat. 16:18; I Cor. 12:28), em sentido particular à igreja de uma cidade ou província. Vejam-se as seguintes passagens, onde são mencionadas igrejas locais: a igreja de Roma (Rom. 1:6 e 7), a igreja de Corinto (I Cor. 1:2), a igreja de Tessalônica (I Tess. 1:1). Notem-se as referências feitas a igrejas provinciais: as igrejas da Galácia (I Cor. 16:1), as igrejas da Ásia (I Cor. 16:19), as igrejas da Síria e Cilícia (Atos 15:41). Cristo, como Cabeça da Igreja e seu Senhor vivente, tem amor profundo aos membros de Seu corpo. Ele deve ser glorificado na Igreja (Efés. 3:21), por meio da Igreja o Senhor, revelará a “multiforme sabedoria de Deus” (Efés. 3:10). Dia a dia Ele “alimenta” a Igreja (Efés. 5:29); e Seu maior anelo é fazer dela uma Igreja “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efés. 5:27). Cristo procurou por preceito e exemplo, ensinar a verdade de que Deus não havia muro de separação entre Israel e as outras nações (João 4;4-42; 10:16; Lucas 9:51-56; Mat. 15:21-28). O apóstolo Paulo escreveu: “Os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” Efésios 3:16. Entre os seguidores de Cristo jamais deve existir qualquer preferência de casta, nacionalidade, raça ou cor, pois todos os homens possuem o mesmo sangue, e “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Os eleitos de Deus formam uma irmandade universal, uma nova humanidade, “todos … um em Cristo Jesus” (João 3:16; Gál. 3:28). “Cristo veio á Terra com uma mensagem de misericórdia e perdão. Ele lançou o fundamento de uma religião através da qual judeus e gentios, pretos e brancos, livres e servos são unidos numa irmandade comum, reconhecidos como iguais à vista de Deus. O Salvador possui amor ilimitado para cada ser humano” – Testimonies, vol. 7, pág. 225. “Deus não reconhece distinção alguma de nacionalidade, raça ou casta. É o Criador de todo homem. Todos os homens são de uma família pela criação, e todos são um pela redenção. Cristo veio para demolir toda parede de separação e abrir todos os compartimentos do templo, a fim de que toda alma possa ter livre acesso a Deus.… Em Cristo não há nem judeu nem grego, servo nem livre. Todos são aproximados por Seu preciosos sangue” .

A IGREJA - PROPRIEDADE DE DEUS A Igreja é a propriedade de Deus, e Ele Se lembra constantemente que ela está no mundo sujeita às tentações de Satanás. Cristo nunca Se esquece dos dias de Sua humilhação. Ao passar pelas cenas de Sua humilhação Jesus nada perdeu de Sua humildade. Tem o mesmo amor terno e compassivo e sempre Se compadece dos ais humanos. Sempre tem em mente que foi um Varão de dores, familiarizado com a tristeza. Não Se esquece do povo que O representa, que se está esforçando por manter a Sua espezinhada Lei. Sabe que o mundo que O odiou, odeia-os também. Embora Jesus Cristo tenha entrado nos Céus, ainda há uma corrente viva que liga os Seus crentes ao Seu próprio coração de infinito amor. O mais humilde e fraco é ligado intimamente ao Seu coração por um elo de simpatia. Nunca se esquece Ele de que é nosso representante, de que tem a nossa natureza. Jesus vê na Terra, a Sua igreja verdadeira, cuja maior ambição é com Ele cooperar na grande obra de salvar almas. Ouve-lhes as orações, apresentadas em

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contrição e poder, e a Onipotência não lhes pode resistir aos rogos para a salvação de qualquer membro provado e tentado do corpo de Cristo. “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos Céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Jesus sempre vive para interceder por nós. Por nosso Redentor, que bênçãos não poderá o verdadeiro crente receber? A igreja, prestes a entrar no seu mais duro conflito, será para Deus o objeto mais querido na Terra. A confederação do mal será estimulada com poder de baixo e Satanás lançará todo o opróbrio sobre os escolhidos que ele não pode enganar e iludir com suas invenções e falsidades satânicas.

IDENTIFICADO COM SUA IGREJA

Deus tem uma igreja, um povo escolhido; e pudessem todos ver como eu tenho visto, quão intimamente Cristo Se identifica com Seu povo, não se ouviria uma mensagem como essa que denuncia a igreja como Babilônia. Deus tem um povo que é Seu coobreiro e este tem avançado em frente, tendo em vista a Sua glória. Ouvi a oração de nosso representante nos Céus: “Pai, aqueles que Me deste, quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha Glória” Oh, como o Chefe divino almejava ter Sua igreja consigo! Com Ele haviam comungado em Seus sofrimentos e humilhação, e é a Sua mais elevada alegria tê-los consigo, para serem participantes de Sua glória. Cristo reclama o privilégio de tê-los consigo, para serem participantes de Sua glória. Cristo reclama o privilégio de ter Sua igreja consigo. “Quero que onde Eu estiver, também eles estejam comigo”. Tê-los consigo, está de acordo com o concerto da promessa e o pacto feito com Seu Pai. Reverentemente, apresenta Ele, no trono da graça, a consumada redenção para Seu povo. O arco da promessa circunda nosso Substituto e Penhor ao lançar Sua adorável petição: “Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também ele estejam comigo, paras que vejam a Minha glória”. Contemplaremos o Rei em Sua beleza e a igreja será glorificada.

O SIGNIFICADO BÍBLICO DA “IGREJA”

Nas Escrituras a palavra igreja é uma tradução do grego ekklésia, que significa “chamado”. Esta expressão era comumente usada em relação a qualquer assembléia que se reunisse através da prática de convidar as pessoas para o encontro. A Septuaginta – versão grega do Antigo Testamento hebraico, e que era muito popular nos dias de Jesus – utilizou o termo ekklésia para traduzir o hebraico qahal, que significava “reunião”, “assembléia” ou “congregação” (Deut. 9:10; 18:16; I Sam. 17:47; Reis 8:14; I Crôn. 13:2). Essa utilização foi ampliada em o Novo Testamento. Observe como este usa o termo igreja (1) crentes reunidos para adoração num lugar específico (Cor. 11:18; 14:19 e 28); (2) crentes que viviam em certa localidade (I Cor. 16:1; Gál. 1:2; I Tess. 2:14); (3) um grupo de crentes reunidos no lar de um indivíduo (I Cor. 16:19; Col. 4:15; Fil. 2); (40 um grupo de congregações situadas em determinada área geográfica (Atos 9:31); (5) todo o corpo de crentes em redor do mundo (S. Mat. 16:18; I Cor. 10;32; cf. Efés. 4:11-16); (6) toda a criação fiel, tanto nos Céus quanto na Terra (Efés. 1:20-22; cf. Filip. 2:9-11).

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A Bíblia retrata a igreja como uma instituição divina, chamando-a de “igreja de Deus” (Atos 20:28; I Cor. 1:20). Jesus investiu a igreja com divina autoridade (S. Mat. 18:17 e 18). Conseguimos compreender a natureza da igreja cristã quando observamos suas raízes no Antigo Testamento e as várias metáforas que o Novo Testamento utiliza ao falar a seu respeito.

RAÍZES DA IGREJA CRISTÃ O Antigo Testamento retrata a igreja como a congregação organizada do povo de Deus. Desde os primeiros tempos a família temente a Deus – através da linhagem de Adão, Sete, Noé, Sem e Abraão- representou os guardiães da verdade divina. Essas famílias, nas quais o pai funcionava como sacerdote, podem ser consideradas como a Igreja em miniatura. A Abraão, Deus concedeu as ricas promessas através das quais essa família de Deus se converteu gradualmente em nação. A missão de Israel seria simplesmente uma extensão daquela que a Abraão fora atribuída: ser uma bênção para todas as nações da Terra (Gên. 12:1-30, demonstrando o amor de Deus perante o mundo. A nação que Deus tirou do Egito foi chamada de “igreja [ou “congregação”] do deserto” (Atos 7:38). Seus membros foram considerados “um reino de sacerdotes e nação santa” (Êxo. 19:5), o “povo santo” de Deus (Deut. 28:9; cf. Lev. 26:12) – Sua igreja. Deus os localizou na Palestina, o centro das principais civilizações do mundo. Três grandes continentes – Europa, Ásia e África – encontravam-se na Palestina. Ali os judeus deveriam ser “servos” de outras nações, estendendo-lhes o convite para que a eles se unissem como povo de Deus. em resumo, Deus os chamara para fora a fim de que as demais nações pudessem ser chamadas para dentro (Isa. 56:7). Seu desejo, através de Israel, era criar a mais ampla igreja na Terra – uma igreja onde os representantes de todas as nações do mundo viriam para adorar, aprender a respeito do Deus verdadeiro e retornar as suas e a Seu próprio povo com a mensagem da salvação. A despeito do contínuo envolvimento de Deus com Seu povo, Israel envolveu-se com a idolatria, isolacionismo, nacionalismo, orgulho e egoísmo. O povo de Deus fracassou no desempenho de sua missão. Com a vinda de Jesus, Israel foi colocado sobre uma linha divisória. O povo de Deus esperava um Messias que viria para libertar a nação, mas não um Messias que os libertasse de si mesmos. Na cruz, a bancarrota do Israel espiritual tornou-se evidente. Ao crucificarem a Cristo, demonstraram externamente a decadência que grassava no íntimo. Quando clamaram: “Não temos rei senão César!” (S. João 19:15), recusaram-se a permitir que Deus governasse sobre eles. Na cruz duas missões opostas atingiram o clímax: a primeira dizia respeito a uma igreja equivocada, tão centralizada em si mesmo que não conseguia ver o próprio Ser que a trouxera à existência; a segunda foi a missão de Cristo, tão centralizada no amor às pessoas que Se ofereceu para morrer no lugar delas a fim de poder conceder-lhes a existência eterna. Ao passo que na cruz significou o fim da missão de Israel, a ressurreição de Cristo inaugurou a igreja cristã a sua missão: a proclamação do evangelho de salvação através do sangue de Cristo. Quando os judeus perderam sua missão, tornaram-se como qualquer outra nação e deixaram de ser a Igreja de Deus. Em segundo lugar Deus estabeleceu uma nova nação, a Igreja, a qual deveria levar avante Sua missão em favor do mundo (S. Mat. 21:41 e 43).

A IGREJA NO DESERTO Marcelo

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O povo de Israel não fugiu do Egito, mas foi o Senhor que o tirou. E essa saída não foi desordenada, mas em ordem, “segundo as suas turmas”. Êxodo 12:51. Essa característica de ordem, disciplina e organização na igreja de Deus, é marcante nas determinações de Deus para o Seu povo e aquilo que identifica a liderança divina. Chegados ao deserto do Sinai, livres do cativeiro egípcio e tendo diante de si a terra prometida por alcançar, não imaginavam os israelitas quão grandes coisas ainda deviam testemunhar e de quanto ato solene participar. “Logo depois de se acamparem no Sinai, Moisés foi chamado à montanha a encontrar-se com Deus. Sozinho subiu a íngreme e áspera vereda, e aproximou-se da nuvem que assinalava o lugar da presença de Jeová. Israel ia ser agora tomado em uma relação íntima e peculiar para com o Altíssimo – sendo incorporado como uma igreja e nação sob o governo de Deus”. De tudo que foi exposto ao povo, nesse ato solene, cercado de magnificentes demonstrações da presença de Deus, a resposta unânime foi: “Tudo o que o Senhor falou, faremos. E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo.” Êxodo 19:8. Depois disto, Moisés recebeu instruções sobre o que se seguiria nessa cerimônia de incorporação de Israel “como uma igreja e nação sob o governo de Deus”. “Todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo… e todo o monte tremia grandemente. “Todo o povo presenciou os trovões e os relâmpagos, e o clamor da trombeta, e o monte fumegante.” Êxodo 19:18; 20:18. “Então falou Deus …”, proclamando audivelmente a Sua Lei dos Dez Mandamentos. Êxodo 20:1-17. “Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos Céus Eu vos falei.” Êxodo 20:22. Israel era agora propriamente peculiar dentre todos os povos. Reino de sacerdotes e nação santa. Êxodo 19:5 e 6. Assim, Deus fez de Israel a custódia de Sua Luz e Verdade para todas as gerações, povos e nações da velha dispensarão. Isso foi uma grande honra e privilégio, jamais dispensados a uma nação. “Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus”. Romanos 3:2. “Pertence-lhes a adoção, e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas e também deles descende Cristo.…” Romanos 9:4 e 5. Mas Israel falhou como nação escolhida. Muitas vezes Deus disse: “Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus; porque pelos teus pecados estás caído.” Oséias 14:1. Nada faltou a Israel para que não vencesse. Teve continuada liderança profética, desde a saída do Egito, mas perdeu de vista os objetivos de Deus ao escolhê-los como nação peculiar. É no capítulo 23 de Mateus que está relatada a razão do fracasso de Israel, nesta exclamação de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis Eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos, debaixo das suas asas, e vós não o quisestes! (verso 37.)

INSTRUÇÃO AOS DISCÍPULOS DA IGREJA - Audrey Há questões nos Testemunhos escritos que não são para o mundo em geral, mas para os crentes filhos de Deus, e não é próprio tornar públicos para o mundo instruções, advertências, reprovações ou conselhos dessa espécie. O Redentor do mundo, o Enviado de Deus, o maior Mestre que os filhos dos homens já conheceram, apresentou algumas questões instrutivas, não para o mundo, mas somente para os Seus discípulos. Embora tivesse mensagens destinadas às grandes

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multidões que O acompanhavam, também tinha alguma luz e instrução especial a comunicar aos Seus seguidores, as quais não comunicava à grande congregação, visto que elas nem seriam por elas compreendidas nem apreciadas. Enviou Seus discípulos a pregar, e ao voltarem de seu primeiro trabalho missionário, e eram várias experiências a relatar quanto a seu êxito na pregação do evangelho do reino de Deus, Eles lhes disse: “Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco”. Num lugar de reclusão comunicou Jesus a Seus discípulos as instruções, conselhos, avisos e correções que Ele viu serem necessários na sua espécie de trabalho; mas a instrução que então lhes deu não devia ser lançada a esmo ao grupo promíscuo, pois Suas palavras se destinavam apenas a Seus discípulos. Em várias ocasiões em que o Senhor operara obras de cura, ordenou Ele àqueles a quem abençoara que a ninguém contasse o que fizera. Devem eles ter ouvido Suas exortações e reconhecido que Cristo não exigira levianamente silêncio de sua parte, mas tinha uma razão para Sua ordem, e de modo algum deviam ter desrespeitado o Seu expresso desejo. Deveria ter-lhes sido suficiente saber que Ele desejava que observasse o Seu próprio conselho, e que tinha boas razões para o Seu premente pedido. Sabia o Senhor que ao curar o enfermo, ao operar milagres para restaurar a vista dos cegos, e para a purificação do leproso, punha em perigo Sua própria vida, pois se os sacerdotes e príncipes não aceitassem as evidências de Sua missão divina que Ele lhes deu, haveriam de interpretar mal, dizer falsidades e fazer acusações contra Ele. É verdade que Ele fez abertamente muitos milagres, contudo, em muitos casos, pediu àqueles a quem, abençoara que não contassem a ninguém o que eles fizera. Ao se levantar o preconceito, ao serem alimentados a inveja e o ciúme, e Seu caminho embarcado, abandonou as cidades e foi a procura dos que ouviram a verdade que Ele veio transmitir e a apreciaram. O Senhor Jesus achou necessário esclarecer muitas coisas aos discípulos, coisas essas que Ele não revelou às multidões. Tornou-lhes claramente manifestas as razões do ódio demostrando para com eles pelos escribas, fariseus e sacerdotes, e lhes falou de Seu sofrimento, traição e morte. Mas para o mundo não tornou tão claras as questões. Tinha advertência a dar a Seus seguidores, e diante deles desdobrou os tristes acontecimentos que haviam de ocorrer, e o que eles deviam esperar. Deus a Seus seguidores preciosa instrução que até nem mesmo compreenderam senão depois da Sua morte, ressurreição e ascensão. Ao ser o Espírito Santo derramado sobre eles, todas as coisas foram-lhes trazidas à lembrança, tudo o que ele lhes dissera.

A IGREJA – MANIFESTADA PELO ESPÍRITO SANTO - Roy

“Terminada a obra que o Pai havia confiado ao Filho para realizar na Terra, foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes para santificar a Igreja permanente”. Foi então que “a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho com a pregação”. Por ser “convocação” de todos os homens para a salvação, a Igreja é, pela sua própria natureza, missionária enviada por Cristo a todas as nações para fazer deles discípulos. Para realizarem a sua missão, o Espírito Santo “dota e dirige a Igreja mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos”. Por isso a Igreja, enriquecida com os dons de seu Fundador e observando fielmente seus preceitos de caridade, humildade e abnegação, recebeu a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus e de estabelecê-lo em todos os povos; deste Reino ela constitui na Terra o germe e o início”.

A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO Josiane

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A Igreja do Novo Testamento, intimamente relacionada com a comunidade de fé do antigo Israel, foi edificada tanto com judeus convertidos quanto com gentios que creram em Jesus Cristo. Assim, o verdadeiro Israel é composto de todos aqueles que pela fé aceitam a Cristo (veja Gál. 3:26-29). Paulo ilustra o novo relacionamento orgânico dessas pessoas através da imagem de duas árvores – a oliveira natural e a oliveira silvestre, Israel e os Gentios, respectivamente. Os judeus que não aceitaram a Cristo, não mas seriam filhos de Deus (Rom. 9:6-8) e eram representados pelos ramos quebrados da boa oliveira, ao passo que os judeus que aceitaram a Cristo permaneceram ligados à árvore. Paulo retrata os gentios que aceitaram a Cristo como os ramos da oliveira silvestre, que foram enxertados na boa oliveira (Rom. 11:17-25). Ele orienta estes novos cristãos gentios a que respeitem a herança espiritual dos instrumentos escolhidos por Deus: “Se for santa a raiz, também os ramos o serão. Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles, e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; porém se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rom. 11:16-18). A Igreja do Novo Testamento difere significativamente de sua congênere do Antigo Testamento. A Igreja apostólica tornou-se uma organização independente, separada da nação israelita. Fronteiras nacionais foram removidas, concedendo a Igreja um caráter universal. Em lugar de uma igreja nacional, tornou-se ela uma igreja missionária, cuja experiência tinha em vista cumprir o propósito original de Deus, e que foi reafirmado por divino mandato de seu Fundador, Jesus Cristo: “Fazei discípulos de todas as nações” (S. Mat. 28:19).

CAPÍTULO IIDESCRIÇÕES METAFÓRICAS DA IGREJA

As descrições metafóricas da Igreja do Novo Testamento lançam luz sobre a sua natureza.

1. A IGREJA COMO UM CORPO - Alverne

A metáfora do corpo salienta a unidade da Igreja e o posicionamento funcional de cada membro em relação ao todo. A cruz reconciliou todos os descrentes “em um só corpo com Deus” (Efés. 2:16). Através do Espírito Santo, são “batizados em um só corpo” (I Cor. 12:13) a Igreja. Como corpo, a Igreja é nada menos que o corpo de Cristo (Efés. 1:23). Ela é o organismo através do qual Ele compartilha de Sua plenitude. Os crentes são os membros de Seu corpo (Efés. 5:30). Conseqüentemente, Ele concede vida espiritual por intermédio de Seu poder e graça, a cada crente genuíno. Cristo é a “cabeça do corpo” (Col. 1:18), a “cabeça da Igreja” (Efés. 5:23). Em Seu amor, Deus concedeu a cada membro de Sua Igreja-corpo pelo menos um dom espiritual, que habilita o membro a desempenhar uma função vital. Da mesma forma como cada órgão é vital para o todo que é o corpo humano, o completo êxito da missão da Igreja depende do funcionamento de cada um dos dons espirituais concedidos aos membros. Quão bom pode ser um organismo sem o coração? Quanto perde ele de sua eficácia na falta de um olho ou de uma perna? Se os membros não desenvolverem seus dons, a Igreja será morta, ou cega, ou - pelo

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menos – aleijada. Contudo, há que se observar que esses dons espirituais, distribuídos por Deus, não constituem um fim em si mesmos.

2.A IGREJA COMO UM TEMPLO Roberto A Igreja é o “edifício de Deus”, o “templo de Deus” no qual habita o Espírito Santo. Jesus Cristo é seu fundamento e a “pedra angular” (I Cor. 3:9-16; Efés. 2:20). Esse templo não é uma estrutura morta; antes apresenta crescimento dinâmico. Assim como Cristo é a “Pedra viva”, no dizer de Pedro, assim os crentes são “pedras vivas” que constituem a “casa espiritual” (I. S. Pedro 2:4-6). O edifício ainda não foi completado. Novas pedras vivas estão sendo agregadas constantemente ao templo, que está sendo edificado “para habitação de Deus no Espírito” (Efés. 2:22). Paulo insiste em que os crentes utilizem os melhores materiais de construção nesse templo, de modo que ele possa suportar o teste de fogo do Dia do Juízo (I Cor. 3:12-15). A metáfora do templo enfatiza tanto a santidade da congregação local quanto a da Igreja no seu todo. O templo de Deus é santo, diz Paulo. “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá’ (I Cor. 3;17). Alianças íntimas com os descrentes são contrárias ao seu sagrado caráter, observa Paulo, e dessa forma deveriam ser eliminadas, pois “que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade?… Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?” (II Cor. 6:14 e 16). (Este conselho aplica-se tanto a relações comerciais quanto a relações matrimoniais). A Igreja deve ser mantida em grande respeito, pois ela é o objeto do mais sublime interesse de Deus..

3.A IGREJA COMO NOIVA - Adriana

A Igreja é representada como noiva, e o Senhor como noivo. O Senhor Se compromete solenemente: Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdia” (Osé. 2:19). Outra vez Ele assegura: “Eu sou o vosso esposo” (Jer. 3:14). Paulo utiliza as mesmas figuras: “Tenho vos preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” (II Cor. 11:2). O amor de Cristo por Sua Igreja é tão profundo e duradouro que Ele “a Si mesmo Se entregou por ela” (Efés. 5:25). Ele efetuou esse sacrifício “para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra” (Efés. 5:26). Através da santificadora influência da verdade encontrada na Palavra de Deus (S. João 17:17) e da purificação que o batismo provê, Cristo pode purificar os membros da Igreja, removendo suas vestes imundas e vestindo-os com as roupas de Sua perfeita justiça. Desta forma, pode ele preparar a Igreja para ser a Sua noiva – “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém, santa e sem defeito” (Efés. 5:27). A plena glória e esplendor da Igreja não serão vistos até o retorno de Cristo.

4.A IGREJA COMO “JERUSALÉM CELESTIAL” - George

As Escrituras identificam a cidade de Jerusalém como Sião. Ali Deus habita no meio de Seu povo (Sal. 9:11): é de Sião que provém a salvação (Sal. 14:7; 53:6). Esta cidade deveria ser a “alegria de toda a Terra” (Sal. 48:2). O Novo Testamento vê a Igreja como a “Jerusalém lá de cima”, a contrapartida espiritual da Jerusalém terrestre (Gál. 4:26). Os cidadãos desta Jerusalém possuem

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sua “cidadania no Céu” (Filip. 3:20). Eles são os “filhos da promessa”, que são “nascidos segundo o espírito”, e desfrutam da liberdade pela qual Cristo os tornou livres (Gál. 4:22, 26, 31; 5:4); “através do Espírito”, eles almejam avidamente a “esperança da justiça pela fé”. Compreendem que em Cristo Jesus é a “fé que opera pelo amor”, que lhes confere a cidadania (Gál. 5:5 e 6). Aqueles que são parte dessa gloriosa multidão, têm chegado “ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e à incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia e Igreja dos primogênitos arrolados nos Céus” (Heb. 12;22 e 23).

5. A IGREJA COMO UMA FAMÍLIA - Juliana

A Igreja nos Céus e na Terra é considerada como uma família (Efés. 3:15). Duas metáforas são utilizadas para descrever de que forma as pessoas se ajuntam a esta família: adoção (Rom. 8:14-16; Efés. 1:4-6) e o novo nascimento (S. João 3:8). Por intermédio da fé em Cristo, aqueles que foram batizados não mais são escravos, mas filhos do Pai celestial (Gál. 3:26 a 4:7) que vivem com base no concerto. Agora eles pertencem a “família de Deus” (Efés. 2;19), a “família da fé” (Gál. 6:10). Os membros dessa família dirigem-se a Deus como “Pai” (Gál. 4:6) e relacionam-se uns com os outros com irmãos e irmãs (S. Tia. 2:15; I Cor. 8:11; Rom. 16:1). Pelo fato de haver conduzido a muitos para dentro da Igreja, Paulo referiu-se a si próprio como um pai espiritual. “Eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus” (I Cor. 4:15). Dirigiu-se àqueles que trouxera para a Igreja como ‘meus amados filhos” (I Cor. 4:14; cf. Efés. 5:1). Uma característica especial da Igreja como família é o companheirismo. Companheirismo cristão (Koinonia, em grego) não é meramente socialização e sim “cooperação no Evangelho” (Filip. 1:15). Envolve genuíno companheirismo com Deus Pai, Seu Filho e o Espírito Santo (I S. João 1:3; I Cor. 1;9; II Cor. 13:140, bem como com os crentes (I S. João 1:3 e 7). Portanto, os membros estendem a todos aqueles que se tornam parte da família, a “destra da comunhão” (Gál. 2:9). A metáfora da família revela uma Igreja interessada pelas pessoas, onde “as pessoas são amadas, respeitadas e reconhecidas como alguém. Um lugar onde as pessoas reconhecem que necessitam uma das outras. Onde os talentos são desenvolvidos. Onde as pessoas crescem. Onde cada um é suprido”. Ela também implica em responsabilidade, respeito pelos pais espirituais, a vigilância em favor dos irmãos e irmãs espirituais. Finalmente, ela significa que cada um dos membros terá em relação aos demais aquele tipo de amor que engendra profunda lealdade, que sustenta e fortalece. A participação como membros na família da Igreja habilita indivíduos que variam amplamente, em natureza e disposição, a se apoiarem mutuamente. Os membros da família da Igreja aprendem a viver em unidade, embora não percam a sua individualidade.

6. A IGREJA COMO PILAR E DEPOSITÁRIO DA VERDADE - Lia A Igreja do Deus vivo é a “coluna e baluarte da verdade” (I Tim. 3:15). É a depositária e cidadela da verdade, servindo para proteger esta dos ataques inimigos. A verdade, contudo, é dinâmica, e não estática. Se os membros pretendem haver recebido luz – uma nova doutrina ou uma nova interpretação das Escrituras – aqueles de mais experiências deveriam testar os novos ensinos, comparando-os com o padrão das Escrituras (Veja Isa. 8:20). Se a nova luz se coaduna com os padrões, deve a Igreja aceitá-la; caso contrário, deve rejeitá-la.

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Todos os membros deveriam submeter-se a esse julgamento baseado na Bíblia, pois “na multidão de conselheiros há segurança” (Prov. 11:14). Ao espalhar a luz que possui, isto é, através de seu testemunho, a Igreja se torna “a luz do mundo”, “uma cidade edificada sobre o monte” que “não pode ser escondida”, e “o sal da Terra” (S. Mat. 5:13:15).

7. A IGREJA COMO UM EXÉRCITO – MILITANTE E TRIUNFANTE - Janea

A Igreja é, sobre a Terra, semelhante a um exército engajado em batalha. É chamada a guerrear contra as trevas espirituais: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efés. 6:12). Os cristãos devem tomar “toda a armadura de Deus”, a fim de que possam “resistir no dia mau, e, depois de ter vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Efés. 6:13). Através dos séculos, a Igreja, tem enfrentado a necessidade de batalhar contra o inimigo, tanto o interno quanto o externo (veja Atos 20:29 e 30; I Tim. 4:1). Ela tem obtido memoráveis progressos e deslumbrantes vitórias, mas ainda não é a Igreja triunfante. Infelizmente, a Igreja ainda possui muitos defeitos. Através de uma outra metáfora, Jesus explanou as imperfeições existentes na Igreja: “O reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens os dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo, e retirou-se” (S. Mat. 13:24 e 25). Quando os servos pretendem arrancar as ervas daninhas, o fazendeiro lhes disse que, ao tentarem eliminar o joio, poderiam também arrancar junto com ele o trigo. Portanto, a sua orientação foi: “Deixai-os crescer juntos até à colheita” (S. Mat. 13:29 e 30). Joio e trigo crescem juntos no mundo. Enquanto Deus conduz os convertidos para a Igreja, Satanás traz para dentro dela os inconversos. Esses dois grupos influenciam todo o corpo – um deles trabalha em favor da purificação, o outro em favor da corrupção. O conflito entre esses grupos – dentro da Igreja – continuará até à colheita, por ocasião do Segundo Advento. A guerra externa da Igreja, por sua vez, ainda está em pleno andamento. Tribulações e lutas estão à frente. Sabendo que pouco tempo lhe resta, Satanás se acha grandemente irado contra a Igreja de Deus (Apoc. 12:12 e 17), e trará contra ela “um tempo de tribulação, qual nunca houve desde que existem nações”. Mas Cristo interferirá em favor de Seu povo fiel, o qual será livrado, “todo aquele cujo nome for encontrado no livro” (Dan. 12:1). Jesus nos garantiu que “aquele que perserverá até o fim, esse será salvo” (S. Mat. 24:13). Por ocasião do retorno de Cristo, emergirá a Igreja triunfante. Naquela ocasião, Ele estará apto a apresenta-la “a Si mesmo Igreja gloriosa” – os fiéis de todos os tempos, os comprados por Seu sangue, “sem mácula, nem ruga, … porém santa e sem defeito” (Efés. 5:27).

8. A IGREJA VISÍVEL E INVISÍVEL - Elmar

Os termos visível e invisível têm sido utilizados para distinguir dois aspectos da Igreja sobre a Terra. As metáforas que analisamos anteriormente aplicam-se particularmente à Igreja visível. A IGREJA VISÍVEL. A Igreja visível é a Igreja de Deus organizada para o serviço. É ela que preenche a grande comissão de Cristo no sentido de levar o

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evangelho a todo o mundo (S. Mat. 28:18-20), e preparar as pessoas para o Seu glorioso retorno (I Tess. 5:23; Efés. 5:27). Ela é a testemunha especialmente escolhida por Cristo que ilumina o mundo e ministra assim como Ele fez, pregando o evangelho ao pobre, curando os quebrantados de coração, apregoando libertação aos cativos e restaurando a vista aos cegos, pondo em liberdade o oprimidos e anunciando o ano aceitável do Senhor (S. Luc. 4:18 e 19). A IGREJA INVISÍVEL. A Igreja invisível, também conhecida como igreja universal (não se refere à denominação), é composta dos filhos de Deus em todo o mundo. Inclui os crentes que estão dentro da Igreja visível, têm seguido a luz que Cristo lhes concedeu (S. João 1:9). Este último grupo inclui aqueles que jamais tiveram oportunidade de aprender a respeito de Jesus Cristo, mas que têm respondido ao Espírito Santo e têm procedido “por natureza de acordo com a lei” (Rom. 2:14). A existência da Igreja invisível demonstra que a adoração a Deus é, no mais elevado sentido, espiritual. Jesus expôs nestas palavras a questão: “Vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores” (S. João 4:23). Tendo em vista a natureza espiritual da adoração, os seres humanos não são capazes de calcular exatamente quem constitui e quem não constitui parte da Igreja de Deus. Por intermédio do Espírito Santo, Deus conduz Seu povo da Igreja invisível para uma união som Sua Igreja visível. “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então haverá um rebanho e um Pastor” (S. João 10:16). É somente na Igreja visível que eles poderão experimentar plenamente as verdades de Deus, Seu amor e companheirismo, já que Ele concedeu a Igreja visível os dons espirituais que edificam seus membros coletiva e individualmente (Efés. 4:4-16). Após a conversão de Paulo, Deus o colocou em contato com a Igreja visível e então lhe indicou a missão que deveria desempenhar em favor da Igreja (Atos 9:10-22). Da mesma forma pretende Ele hoje conduzir Seu povo para a Igreja visível, caracterizada pela lealdade aos mandamentos de Deus e pela posse da fé em Jesus, de modo que todos possam participar no término de Sua missão sobre a Terra (Apoc. 14:12; 18:4; S. Mat. 24:14). O conceito de Igreja invisível têm abrangido também a união das igrejas do Céu e da Terra (Efés. 1:22 e 23) e a igreja escondida durante tempos de perseguição (Apoc. 12:6 e 14).

CRISTO - A CABEÇA DA IGREJA - Diogo

Cristo “ é a Cabeça do Corpo que é a Igreja” (Col. 1:18). Ele é o princípio da criação e da redenção. Elevado na glória do Pai, “Ele tem em tudo a primazia” (Col. 1:18), principalmente sobre a Igreja, pela qual estende seu reino sobre todas as coisas. Ele nos une à Sua Páscoa: Todos os membros devem esforçar-se por se assemelharem a ele “até Cristo ser formado neles” (Gál. 4:19). “Por isso somos inseridos nos mistérios de Sua vida, associando-nos às suas dores como o corpo à Cabeça, para que padecendo com Ele, sejamos com Ele também glorificados”.

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Ele prevê o nosso crescimento: Para fazer-nos crescer em direção a Ele, nossa Cabeça, Cristo ordena no seu corpo, a Igreja, os dons e os serviços pelos quais nós nos ajuntamos mutuamente no caminho da salvação.

CAPÍTULO IIIA ORGANIZAÇÃO ECLESIOLÓGICA DA IGREJA

A ordem de Cristo para que o evangelho fosse levado a todo o mundo, envolve também a nutrição espiritual daqueles que uma vez aceitaram o evangelho. Os novos membros devem ser estabelecidos na fé e deve-se-lhes ensinar o uso dos talentos concedidos por Deus, no desempenho de Sua comissão. Uma vez “Deus não é de confusão”, antes deseja que todas as coisas sejam feitas “com decência e ordem” (I Cor. 14:33 e 40), a Igreja deve dispor de uma organização simples mas eficaz. A NATUREZA DA ORGANIZAÇÃO - JoãoConsideremos a qualidade de membros e a organização.

1- QUALIDADE DO MEMBRO DE IGREJA. Quando os conversos alcançam determinadas qualificações, tornam-se membros da comunidade de fé do novo concerto. O fato de alguém ser membro envolve a aceitação de novos relacionamentos com outras pessoas, com o Estado e com Deus.

A. Qualificações do membro. As pessoas que desejam tornar-se membros de Sua Igreja, devem aceitar a Jesus Cristo como o seu Salvador, devem arrepender-se de seus pecados.

b. Se receber o batismo (Atos 2:36-41; cf. 4:10-12). Espera-se que tenham experimentado o novo nascimento e aceitado a comissão de Cristo, de ir e ensinar outras pessoas a observar todas as coisas que Ele ordenou (veja S. Mat. 28:20).

c. Igualdade e serviço. Em harmonia com a declaração de Cristo, de que “vós todos sois irmãos” e “o maior dentre vós será vosso servo” (S. Mat. 23:8 e 11), os membros são orientados a se relacionarem uns com os outros com base na igualdade. Por outro lado, devem compreender que seguir o exemplo de Cristo significa que necessitam ministrar em favor das necessidades de outros, conduzindo-os ao Mestre.

d. Sacerdócio de todos os crentes. Mediante o ministério de Cristo no santuário celestial, a eficácia do sacerdócio levítico ao fim. Agora a Igreja se tornara “sacerdócio santo” (I S. Ped. 2;5). O apóstolo prosseguiu: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, o povo e propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz” (I S. Ped. 2:9). Essa nova ordem – o sacerdócio de todos os crentes – não autoriza cada indivíduo a pensar, crer e ensinar o que bem lhe parece, sem consideração para com o corpo de crentes. Significa que cada membro da Igreja possui a responsabilidade de ministrar a outros em nome de Deus, e de comunicar-se diretamente com Ele, sem a necessidade de qualquer intermediário humano. Aqui é enfatizada a interdependência de membros da Igreja, tanto quanto a sua independência. Esse sacerdócio não estabelece distinções qualitativas entre clérigos e leigos, embora deixe espaço para diferenças de funções entre duas categorias.

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e) Obediência a Deus e ao Estado. A Bíblia reconhece a mão de Deus no estabelecimento dos governos e exorta os crentes a respeitarem e obedecerem as autoridades civis. Aquele que tem nas mãos a autoridade civil é “ministro e Deus para o teu bem,… para castigar o que pratica o mal”. Portanto, os membros da Igreja devem pagar “a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Rom. 13:4 e 7). Em suas atitudes para com o Estado, os membros são orientados para o princípio de Cristo: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (S. Mat. 22:21). Mas se o Estado interferir nos mandamentos divinos, o primeiro dever de obediência deve ser exercido para com Deus. Os apóstolos disseram: “Antes importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).

2. A FUNÇÃO PRINCIPAL DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA. A Igreja foi organizada a fim de cumprir o plano de Deus, de encher este mundo com o conhecimento da glória de Deus. somente a Igreja visível pode prover uma série de funções vitais para o cumprimento desta finalidade. a. Adoração e exortação. Ao longo de sua história, tem sido a Igreja uma agência na qual as pessoas se reúnem, aos sábados, para adorar o criador. Cristo e os apóstolos seguiram esta prática de adoração, e as Escrituras admoestam os crentes da atualidade a não abandonarem a congregação, “como é costume de alguns; antes façamos admoestações, e tanto mais quando vedes que o dia se aproxima” (Heb. 10:25; cf. 3:13). A adoração congregacional traz ao adorador refrigério, encorajamento e alegria. b. Companheirismo cristão. Por intermédio da Igreja, as mais profundas necessidades de companheirismo dos membros individuais são satisfeitas. “Cooperação no evangelho” (Filip. 1:5) transcende todas as demais relações, pois provê relacionamento íntimo com Deus, e também com os outros da mesma fé (I S. João 1:3, 6 e 7). c. Instruções nas Escrituras. Cristo entregou à Igreja à Igreja “as chaves do reino dos Céus” (S. Mat. 16:19). Estas chaves são as palavras de Cristo – todas as palavras da Bíblia. Mais especificamente, incluem “a chave do conhecimento” referente a como entrar no reino do Céu (S. Luc. 11:52). As palavras de Jesus são espírito e vida para aquele que as recebe (S. João 6:63). Trazem a vida eterna (S. João 6:68). Quando a Igreja proclama as verdades bíblicas, essas chaves da salvação possuem o poder para ligar e desligar, para abrir e fechar o Céu, uma vez que elas declaram os critérios pelos quais as pessoas são recebidas ou rejeitadas, salvas ou perdidas. Portanto, a proclamação do evangelho por parte da Igreja libera “aroma de vida para a vida” ou “cheiro de morte para morte” (II Cor. 2:16). Jesus conhecia a importância de viver “de acordo com toda a palavra que procede da boca de Deus” (S. Mat. 4:4). Somente ao assim proceder toda a Igreja cumprir o mandato de Jesus, de ensinar a todas as nações a observância “de todas as coisas que Eu vos tenho ordenado” (s. Mat. 28:20). d. Administração mundial do evangelho. A Igreja é um instrumento de Deus para administrar as ordenanças do batismo – rito de entrada na Igreja. e. Proclamação mundial do evangelho. A Igreja organizada para a missão de serviço, a fim cumprir o papel em relação ao qual Israel fracassou. Conforme observamos na vida do Mestre, o maior serviço que a Igreja provê ao mundo é o pleno comprometimento com a ordem de levar o evangelho a “todas as nações” (S. Mat. 24:14), sob o poder do batismo do Santo Espírito.

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Essa missão inclui a proclamação da mensagem da pregação para o retorno de Cristo, que é dirigida tanto à própria Igreja (I Cor. 1:7 e 8; II S. Ped. 3:14-22; 14:5) quanto ao restante da humanidade (Apoc. 14:6-12; 18:4).

PROPÓSITOS DA IGREJA - Alexandre A Igreja é idéia de Deus. Onde quer que Deus atue, há organização. Focalize um microscópio na mais pequenas de Sua criações. O que você vê? Uma organização precisa e previsível. Direcione o telescópio na imensidão do Universo. O que você vê? Uma organização tão precisa e previsível que todas as sociedades têm utilizado o Sol, a Lua e as estrelas para medir seu tempo e orientar suas embarcações. As pessoas que desejam tomar parte no plano de Deus e não querem fazer parte de uma organização, não compreendem como Ele atua. “Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo.” Onde quer que Deus opere há organização. Uma vez que Deus é o organizador, e está envolvida na obra de salvar pecadores, é de se esperar que Ele formou uma organização para ajudá-Lo nessa obra. Isto Ele fez desde o princípio. Sua primeira organização foi o lar e a família. Chamamos a isso de sistema patriarcal. Mais tarde, Ele usou uma nação – o povo de Israel. A partir do período do Novo Testamento, o Senhor tem usado uma comunidade de crentes, chamada para fora do mundo, para formar o que chamamos de Igreja. Deus designou os anciãos como líderes importantes nessa organização da Igreja. Eles devem amar a Igreja e servi-la eficazmente, mas para amá-la de modo inteligente, devem primeiro compreendê-la. A Bíblia usa a palavra “igreja” pelo menos de duas maneiras. Quando usada no sentido geral, refere-se ao regenerado povo de Deus, em todos os tempos e lugares (Mat. 16:18; I Cor. 12:28; Efés. 1:22 e 23; 3:10). Israel foi chamado de “congregação no deserto” (Atos 7:38). Assim, a palavra “igreja” pode referir-se ao povo de Deus em qualquer período da História. Abrange a Igreja universal ou mundial. Quando usada num sentido específico, a palavra “igreja” refere-se a uma assembléia localizada, talvez numa determinada cidade (I Cor. 1:2; I Tess. 1:1). Assim, pode referir-se também a uma congregação local específica. As duas acepções de “igreja” serão discutida neste módulo. No entanto, como os anciãos são acima de tudo, líderes da congregação local, será enfatizado este último significado da igreja. O plano da Igreja é divino, e não humano. Atos 2:47 estipula: “Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” A idéia de acrescentar pessoas à Igreja não se origina com pastor, evangelista. É uma idéia do Senhor. É também algum relacionamento entre salvação e ser membro da Igreja, pois o texto afirma que Deus acrescenta à Igreja aos que estão sendo salvos. A Igreja, hoje, é semelhante à arca nos dias de Noé. A arca de Noé, sem dúvida, era uma embarcação imperfeita, pois foi construída por seres humanos. Mas quando veio a enchente, cumpriu seu papel de ajudar a Deus no salvamento de Seu povo, pois foi construída de acordo com seu plano. Deus está profundamente comprometido com o sucesso da organização de Sua Igreja, a despeito de suas imperfeições. “Testifico aos irmãos e irmãs que a Igreja de Cristo, por débil e defeituosa que seja, é o único objeto sobre a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção… E, pessoalmente, por meio do Seu Espírito Santo, está no meio de Sua Igreja”.

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A Igreja foi fundada por Cristo. Jesus referia-Se à Sua própria pessoa quando disse: “Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mat. 16:18). Essas poucas palavras dizem pelo menos três coisas muito significativas sobre Cristo e a Igreja: Ele a edificou, edificou-a sobre Si mesmo, ela é Sua Igreja. Cristo é a Cabeça da Igreja (Efés. 5:23). Ele designou seus primeiros líderes (Mar. 3:14). Ama Sua Igreja como um noivo ama sua noiva (Efés. 5:25-32). No Éden, Adão dormiu. Seu lado foi aberto, e surgiu Eva. No Calvário Jesus, segundo Adão, adormeceu. Seu lado foi aberto e surgiu a Igreja. Ao Eva está diante de Adão, no Éden, ele a amou. Ao Sua Igreja está hoje diante de Cristo, Ele a ama. Seja cauteloso ao criticar a Igreja, pois está criticando a noiva de Cristo. Nenhum homem de bem encara levianamente as críticas à sua noiva – mesmo que ela as mereça. O cristão é alguém que ama a Cristo e deseja proceder como Cristo procede. Ao considerar o nosso relacionamento com a Igreja tudo o que precisamos saber é o que Cristo fez, pois é o que também devemos fazer. Efésios 5:25 afirma: “Cristo amou a Igreja e a Si mesmo Se entregou por ela”. Melhore a Igreja. Reforme a Igreja. Mas não sem que primeiro a tenha amado. Ser semelhante a Cristo é amar a Igreja e dar-se por ela. Que é a Igreja? A Bíblia usa muitas figuras para representar a Igreja: nação santa, povo da aliança, corpo de Cristo, família de Deus, família da fé, noiva de Cristo, sacerdócio real. A Igreja local é chamada de congregação, reunião ou assembléia. Que significa tudo isso? Que é realmente a Igreja? A Igreja é um grupo de cristãos. A Igreja é um organismo a qual Cristo dá a vida espiritual. Por isso não pode ser definida meramente em termos humanos. Contudo, é muito importante ver a Igreja centralizada em Cristo e voltada para as pessoas. A Igreja não existe para seu próprio bem como uma instituição, mas para o bem de seu povo. A Igreja é um grupo de pessoas. A palavra “igreja” é algumas vezes usadas para designar pessoas chamadas para fora, separadas. Embora seja verdade que os cristãos são chamados para fora do mundo, eles são chamados para estarem juntos. O cristianismo é uma religião de relacionamento. Não pode ser plenamente compreendido no isolamento. Para ser preciso, a Igreja não é um edifício onde se reúne um grupo de pessoas, mas um grupo que se reúne num edifício. Há um perigo sutil em adorar em uma linda igreja, pois pode-se pressupor equivocadamente que a condição do edifício reflete uma exaltidão à condição da Igreja. Historiadores eclesiásticos acreditam que pode ter havido cerca de cindo milhões de pessoas convertidas ao cristianismo durante o primeiro século. Mas, esse período, quando a Igreja estava em seu auge espiritual, não há menção de edifício da Igreja. Por outro lado, durante o período de trevas espirituais na história da Igreja, ela edificou seus edifícios mais suntuosos. A Igreja deve ser avaliada pela espiritualidade de seu povo, não pela magnificência de seus edifícios. A Igreja não deve nem mesmo concentrar-se na doutrina, com exclusão das pessoas. A Igreja não existe por causa de suas doutrinas, mas por causa de seu povo. Cada doutrina deve ser definida, não somente com base em sua veracidade, mas também de sua contribuição para que as pessoas se tornem semelhantes a Cristo. A verdade e a doutrina são significativas para Deus – mas apenas quando ajudam as pessoas. Não deve haver hierarquia na Igreja de Cristo. Ele ensinou: “Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, vós todos sois irmãos… Mas o maior dentre vós será vosso servo.” Mat. 23:8 e 11. O relacionamento entre os líderes e os liderados na Igreja de Cristo não deve ser o de senhor e servo, mas o

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de irmãos e irmãs. A liderança é necessária e deve ser respeitada. Mas os líderes da Igreja, incluindo os anciãos, devem ser líderes que servem. Não deve haver discriminação na Igreja de Cristo com base na raça, classe ou sexo. “Dessarte não pode haver judeus nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Gál. 3:28. Para ser cristã, a Igreja deve examinar-se constantemente, para que não se torne centralizada em instituições, em edifícios, ou mesmo em doutrinas. A Igreja de Cristo centraliza-se nEle e está voltada para as pessoas. A Igreja é um grupo de pessoas cristãs chamadas para fora do mundo e que estão aprendendo a amar a Deus e uns aos outros. Atente para três partes importantes dessas frases significativas: - “Chamados para fora do mundo”. A Igreja é composta por pessoas chamadas por Deus (I Ped. 2:9). É constituída pela ação de Deus. Seus membros são os “escolhidos de Deus”, Seus eleitos. Deus inicia o chamado, as pessoas respondem.

- Deus chama Sua Igreja do mundo. Ela deve estar no mundo, mas não ser do mundo. Uma igreja que se assemelha ao mundo terá pouco sucesso em atrair para fora do mundo.

- “Aprendendo a amar”. Cristianismo é um viver centralizado no amor. Os bebês nascidos neste mundo pecaminoso não nascem amando. Nascem com a necessidade de serem amados e com a possibilidade de amar, mas são muitos egocêntricos. Como um bebê aprende a amar? Deus prepara uma instituição chamada lar, onde, cercadas de amor, as crianças aprendem a amar.

- Os cristãos que nascem de novo não saem do batistério com a capacidade de amar plenamente. Como esses bebês em Cristo aprendem o amor cristão? Deus preparou uma instituição chamada Igreja, onde, cercados por cristãos amorosos, aprendem a amar a Cristo. Nunca se deve supor que a Igreja é composta por pessoas que já aprenderam a amar plenamente como os cristãos devem fazer. A Igreja não é um museu, mas uma oficina. Em um museu, as peças, há muito concluída são alinhadas num mostruário. O museu é um lugar muito silencioso porque quase nada está sendo preparado ali. Por outro lado, numa oficina itens estão nas etapas iniciais, outro semi-acabados, e ainda quase prontos. Está havendo mudanças. As coisas estão acontecendo. Uma igreja já é semelhante a isso. Deve-se esperar que seu povo esteja em todos os estágios de aprendizado do amor cristão e ocupado nesse processo. “Amar a Deus e uns outros”. O “grande” mandamento de Cristo foi que amássemos a Deus (Mat. 22:37-39). A Igreja não é um clube. Seu enfoque principal não está em divertirem-se uns aos outros, mas em amar a Deus. Por outro lado, sua ênfase secundária está em se amarem uns aos outros. Os seres humanos não tem outra forma de saber se o amor por Deus é genuíno, a não ser que ele os ajude a se amarem uns aos outros.

MODELOS BÍBLICOS DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA - Ângela

A organização é necessária, não apenas porque Deus a ordenou, mas porque a Igreja recebeu uma tarefa de tão enormes proporções que a organização se torna necessária para que as coisas funcionem. Uma empresa que não tenha organização irá a falência. Um governo sem organização provocará o caos. Mas, que tipo de organização a Igreja deve ter?

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MODELOS BÍBLICOS – Note três modelos de organização da Igreja Modelo de Israel – A organização de Israel era precisa e detalhada. Em sua marcha através do deserto, eles iam em “exércitos” (Num. 10:28). Foram divididos em 12 tribos, com um príncipe sobre cada uma, e posteriormente em grupos de mil, cem e cinqüenta e dez (Deut. 1:15; Êxo. 18:21 e 22). Cada tribo tinha sua posição determinada, tanto no acampamento como na marcha. Modelo do corpo – Um dos modelos mais vívidos e úteis de ordem e união orgânica na Igreja provém da ilustração de Paulo, muitas vezes repetida, de que a Igreja se assemelha a um corpo. O corpo humano tem cabeça, braços, pernas e tronco, bem como vitais partes internas (I Cor. 12:12-28). Embora essas partes variem consideravelmente no aspecto, posição e função, cada uma delas é essencial. Todo corpo depende de que cada parte desempenhe sua tarefa. Paulo diz que a Igreja, o Corpo de Cristo, funciona da mesma maneira. Os membros, oriundos de numerosos e diversas formações raciais e sociais, são muito diferentes uns dos outros. Mas todos fazem parte de um só corpo. “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres.” I Cor. 12:13. Quando passa a fazer parte do corpo, cada membro deve desempenhar uma função específica. O Espírito Santo chama cada um para o ministério especial na Igreja. Cada um é dotado pelo Espírito para desempenhar este ministério com sucesso. “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas as coisas, distribuindo-as como Lhes apraz, a cada um, individualmente… A manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso.” I Cor. 12:7 e 11. Assim como no corpo humano, onde a função de cada parte é vital para a saúde da pessoa, no corpo de Cristo a participação de cada membro também é importante para a saúde da Igreja. Por meio do uso de seus dons espirituais individuais, cada membro contribui com algo especial para a Igreja. Se cada parte funcionar, a Igreja prospera. A cabeça dirige o corpo. E a cabeça do corpo e da Igreja é Cristo (Col. 1:18). O corpo é uma extensão de Sua vontade. Faz na Terra o que Ele faria se estivesse aqui. Por meio de Seu Santo Espírito, equipa cada igreja local com todo dom necessário para que ela realize com êxito a obra que o Senhor a incumbiu de fazer para Ele. Modelo do Novo Testamento. O modelo da Igreja primitiva é o de uma organização se desenvolvendo gradualmente na medida em que surgem as necessidades. O primeiro grupo organizacional consistia do concílio dos apóstolos em Jerusalém (Atos 6:2; 8:14). Quando os números e as necessidades aumentarem consideravelmente, foram escolhidos outros líderes para avaliar os apóstolos do trabalho para o qual não estavam bem qualificados (Atos 6:2-4). Por fim, as igrejas, em algumas áreas, ao que parece se agruparam em organizações similares ao que hoje chamamos de associações (Gál. 1:2). Reforçando e orientando essa organização que se expandia cada vez mais, estava a admoestação de Paulo: “Tudo, porém, seja feito com decência e ordem”. I Cor. 14:40.

O GOVERNO DA IGREJA - Mônica

Após a ascensão de Jesus, a liderança da Igreja repousou nas mãos dos apóstolos. O primeiro ato organizacional, em conselho com os demais crentes, foi a eleição de outro apóstolo para assumir o lugar de Judas (Atos 1:15-26). À medida que a Igreja foi crescendo, os apóstolos perceberam a impossibilidade de atender simultaneamente a pregação do evangelho e as necessidades temporais da Igreja. Decidiram então deixar os encargos temporais da

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Igreja nas mãos de sete diáconos apontados pela Igreja. Embora a Igreja distinguisse entre “ministrar a palavra” e “servir as mesas” (Atos 6:1-4), não fez nenhuma tentativa no sentido de separar o ministério do corpo dos leigos, no desempenho da missão eclesiástica. De fato, dois dos sete diáconos – Estevão e Filipe – notabilizaram-se pela pregação e evangelismo (Atos 7 e 8). A expansão da Igreja na Ásia e Europa exigiu novos passos na organização. Com o estabelecimento de numerosas igrejas novas, anciãos foram ordenados “em cada igreja” a fim de assegurar uma liderança estável (Atos 14:23). Quando uma crise mais ampla se desenvolvia, as partes envolvidas tinham o direito de levar suas posições a um concílio geral, composto pelos apóstolos e anciãos que representavam a Igreja em geral. As decisões do concílio eram vistas como se aplicando a todas as partes, e eram aceitas como representativas da voz de Deus (Atos 15:1-29). O incidente mencionado no texto ilustra o fato de que, ao surgir um assunto que afetava toda a Igreja, o conselho e a autoridade de um nível mais alto do que o da Igreja local, fazia-se necessário. Neste caso específico, a decisão do concílio surgiu do acordo alcançado entre os representantes das partes envolvidas (Atos 15:22 e 25). O Novo Testamento deixa claro que, à medida que as necessidades aparecem, Deus orienta a liderança de Seu trabalho. Sob Sua direção e em conselho com a Igreja. Este modelo, seguido hoje, ajudará a salvaguardar a Igreja da apostasia e a capacitará a cumprir sua grande missão.

RINCÍPIOS BÍBLICOS DE ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA - Jocile

1 – Cristo é a Cabeça da Igreja. A liderança de Cristo sobre a Igreja está baseada primeiramente em Sua obra de mediação. Desde Sua vitória sobre Satanás na cruz, foi concedida a Cristo “toda autoridade”, “no Céu e na Terra” (S. Mat. 28:18). Deus colocou “todas as coisas debaixo de Seus pés e para ser o cabeça sobre todas as coisas, O deu à Igreja” (Efés. 1:22; cf. Filip. 2:10 e 11). Ele é portanto “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. Cristo é também a cabeça da Igreja em virtude de ser ela o Seu corpo (Efés. 1:23; Col. 1;18). Os crentes são “membros de Seu corpo, ou Sua carne e Seus ossos” (Efés. 5:30). Ela deve manter íntima ligação com Ele, pois é dEle que a Igreja é nutrida e bem suprida “por todas as suas juntas e ligamentos” (Col. 2:19). 2 – Cristo é a fonte de toda autoridade. Cristo demostrou Sua autoridade (a) pelo estabelecimento da Igreja cristã (S. Mat. 16:18), (b) pela instituição das ordenanças que a Igreja deve ministrar (S. Mat. 26:26-30; 28:19 e 20; I Cor. 11:23-29; S. João 13:1-17), (c) pela concessão à Igreja de autoridade divina para agir em Seu nome (S. Mat. 16:19; 18:15-18; S. João 20:21-23), (d) pelo envio do Espírito Santo para guiar a Igreja sob Sua autoridade (S. João 15:26; 16:13-15), (e) pela concessão, dentro da Igreja, de certos dons especiais de modo que alguns indivíduos pudessem funcionar como apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e professores, de modo a preparar os membros para o serviço, e para edificar o “corpo de Cristo” até que este atinja a unidade da fé e experimente a “plenitude de Cristo” (Efés. 4:7-13). 3 – As Escrituras possuem a autoridade de Cristo. Embora Cristo conduza Sua Igreja através do Espírito Santo, a Palavra de Deus é o único padrão através do qual toda a Igreja já deve operar. Todos os seus membros devem obedecer à Palavra, pois ela é lei no mais absoluto sentido. Todas as tradições humanas, costumes e práticas culturais, devem sujeitar-se à autoridade das Escrituras (II Tim. 3:15-17).

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OS OFICIAIS DA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO Otálicio

O Novo Testamento menciona dois grupos de oficiais de igreja – os anciãos e os diáconos. A importância destes oficiais é vislumbrada a partir dos elevados requisitos morais e espirituais que deveriam ser encontrados naqueles que ocupariam estes cargos. A Igreja reconhecia a santidade do chamado à liderança mediante a ordenação, ou imposição de mãos (Atos 6:6; 13;2 e 3; I Tim. 4:14; 5:22). 1- OS ANCIÃOS. a) Que é um ancião? Os “anciãos” (do grego presbuteros) “bispo” (episkospos) eram os mais importantes oficiais da Igreja. O termo ancião significa “mais velho”, implicando em dignidade e respeito. Sua posição era equivalente àquela exercida por quem supervisiona a sinagoga. O termo bispo significa “supervisor”. Paulo utiliza os dois termos alternadamente, igualando ancião a supervisores ou bispos (Atos 20:17 e 28; Tito 1:5 e 7). Aqueles que mantinham essa posição, supervisionavam as novas igrejas, recentemente formadas. Ancião refere-se a um estado ou posição, enquanto, bispo denota o dever ou responsabilidade do ofício – “supervisionar”. Uma vez que os apóstolos também são identificados como anciãos (i S. Ped. 5:1; II João 1; III S. João 1), aparentemente desempenhavam eles tanto a função de anciãos locais e de anciãos itinerante, ou anciãos plenos (gerais). Ambos os tipos de anciãos, porém funcionavam como pastores das congregações. b) As qualificações. A fim de apresentar-se qualificado para o ofício, deveria o ancião ser “irrepreensível”, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo respeito (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus?); não seja neófito para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo” (I Tim. 3:1-7; cf. Tito 1:5-9). Antes da indicação para o cargo, portanto, o candidato deveria haver demostrado sua habilidade de liderança em relação a seu próprio lar. “Dever-se-ia considerar a família de alguém sugerido para o cargo. Acha-se ela em sujeição? Consegue o homem governar sua própria casa com honra? Qual o caráter dos filhos? Honrarão eles a influência paterna? Se ele não possui tato, sabedoria ou poder de bondade em casa, ao manejar sua própria família, será bastante seguro concluir que exerceria a mesma administração não-santificada na igreja”. O candidato, se casado, deveria demostrar liderança em casa antes de se lhe poder confiar a responsabilidade mais abrangente, a liderança da “família de Deus” (I Tim. 3:15). Tendo em vista a importância desse ofício, Paulo advertiu: “A ninguém imponhais precipitadamente as mãos” (I Tim. 5:22). c) Responsabilidade e autoridade do ancião. O ancião é antes de mais nada, e principalmente, um líder espiritual. É escolhido “para pastorear a igreja de Deus” (Atos 20:28). Sua responsabilidade inclui a sustentação dos membros fracos (Atos 20:35), a admoestação dos desobedientes (I Tess. 5:12) e estar alerta contra quaisquer ensinamentos que causariam divisão (Atos 20:29-31). Anciãos devem ser exemplos de vida cristã (Heb. 13:7; I S. Ped. 5:3) e de liberalidade (Atos 20:35).

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d) A atitude em relação aos anciãos. Em grande medida, a liderança eclesiástica efetiva depende da lealdade do corpo de membros. Paulo estimulou os crentes a respeitarem os seus líderes e a tê-los “como amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam” (I Tess. 5:17). As Escrituras deixam bem claro o dever de respeitar a liderança da Igreja: “Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles, pois velam por vossas almas, como quem deve prestar contas” (Heb. 13:17; cf. I Ped. 5:5). Quando os membros se comportam de modo a dificultar o exercício das tarefas atribuídas por Deus à liderança, uns e outros experimentarão pesar e perderão a alegria da prosperidade de Deus. Os crentes são estimulados a observar o estilo de vida cristã dos líderes. “Considerai o fruto do seu estilo de vida e imitai a sua fé” (Heb. 13:17. New International Version). Eles não devem prestar a atenção a mexericos. “Não aceiteis denúncias contra presbíteros, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas” (I Tim. 5:19). 2. DIÁCONOS E DIACONISAS. O nome diácono provêm do grego diakonos, cujo significado é “servo” ou “ajudador”. O ofício dos diáconos foi instituído para permitir que os apóstolos pudessem dedicar-se inteiramente “à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6:4). Embora os diáconos devessem atender os assuntos temporais da Igreja, deveriam ser também ativos nos esforços evangelísticos (Atos 6:8; 8:5-13, 26-40). A forma feminina do termo aparece em Romanos 16:1. Os tradutores apresentam esta palavra tanto sob a forma “serva” quanto “diaconisa”. “A palavra e sua utilização nesse texto sugerem que o ofício de diaconisa pode ter sido instituído na igreja por volta do tempo em que Paulo escreveu o livro dos Romanos”. Tal como os anciãos, os diáconos devem ser escolhidos pela igreja como base em suas qualificações morais e espirituais (I Tim. 3:8-13).

IMPORTÂNCIA DOS ANCIÃOS E PRESBÍTEROS DA IGREJA - Miquéias

Igreja assim como qualquer outra organização, só prospera quando é bem liderada. Jesus Cristo é o líder principal da Igreja (Efés. 1:23; Col. 1:18). Em certo sentido, a Igreja é uma monarquia, e Cristo é o Rei. Por Sua vez, Cristo prepara, escolhe e designa outras pessoas para trabalharem com Ele na condição de Sua Igreja. As Escrituras nos lembram de tais líderes dinâmicos como Moisés, Elias, Daniel, Pedro e Paulo. Contudo, é um erro pensar que esses “nomes de destaque” eram os únicos líderes atuando na Igreja. Ao longo das Escrituras, vê-se que havia outros níveis de liderança atuando; e embora muitas vezes esquecidos, contribuíram em grande medida para o desenvolvimento da Igreja. O segundo nível de liderança foi provido pelos anciãos nas congregações locais. O termo “ancião” é usado 194 vezes na versão King James da Bíblia, e geralmente se refere a uma posição de liderança na Igreja. É usado com mais freqüência no Antigo Testamento do que no Novo. Servindo fielmente em suas sinagogas e entre suas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo, esses anciãos, trabalhando ao nível das pessoas, mantinham a Igreja de Deus unida e contribuíram para manter viva sua missão no mundo.

OS ANCIÃOS DA IGREJA DO ANTIGO TESTAMENTO

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A palavra “anciãos”, no Antigo Testamento, não significa necessariamente uma pessoa, mas envolve alguém que possui maturidade e experiência. Designa pessoas em posição oficial, como chefes de família ou tribos (Gên. 50:7; Êxo. 3:16; II Sam. 5:3). Quando Moisés tentou pôr sobre os ombros toda a carga da liderança, Deus lhe deu mensagem por intermédio de Jetro, seu sogro. Referindo-se à tentativa de Moisés carregar sozinho todo o fardo da liderança de Israel, Jetro disse: “Não é bom o que fazes. Sem dúvida desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo, pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer”. Êxo. 18:17 e 18. Por meio desta experiência no início da história de Israel, Deus estava ensinando a Sua Igreja uma lição que muitos líderes ainda não aprenderam – a autoridade da liderança deve ser delegada. A responsabilidade da liderança deve ser compartilhada. “Disse o Senhor a Moisés: Ajunta-Me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos e superintendentes do povo; e os trarás perante a tenda da congregação, para que assistam ali contigo. Então descerei e ali falarei contigo; tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que não a leves tu somente”. Núm. 11:16 e 17. A Inspiração nos diz mais sobre as qualificações desses anciãos: “Ao escolher setenta anciãos para com eles repartir as responsabilidades da liderança, Moisés foi cuidadoso em selecionar seus auxiliares; homens que possuíssem dignidade, são juízo e experiência. Em suas instruções a esses anciãos ao tempo em que foram ordenados, ele esboçou algumas das qualificações que habilitam um homem a ser dirigente sábio na igreja. ‘Ouvi a causa entre vossos irmãos’, disse Moisés, e julgai justamente entre o homem e seu irmão, e entre o estrangeiro que está com ele. Não atentareis para pessoa alguma em juízo; ouvireis assim o pequeno como o grande. Não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus.” Deut. 1:16 e 17. Anciãos ainda estavam desempenhando deveres similares em Israel no tempo de Cristo (Mat. 15:2; 21:23; 26:3 e 47).

OS ANCIÃOS DA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

Ao falar do trabalho de um ancião, o Novo Testamento diz ser “excelente obra” (I Tim. 3:1). O Novo Testamento, as palavras “ancião”, “bispo” e “presbítero” são usadas intercaladamente (I Tim. 3:1-7; Tito 1:5-9; Atos 20:17 e 280. O título denota não apenas a idade avançada do líder, mas na Igreja do Novo Testamento foi evidentemente sugerido pelo cargo de ancião os judeus, e era investido de autoridade similar. Os anciãos existem praticamente desde o começo da Igreja Cristã. No ano 44 d.C. eles já existiam na Igreja de Jerusalém (Atos 11:30). Em sua primeira viagem missionaria, Paulo promoveu, “em cada igreja a eleição de presbíteros” (Atos 14:23). Os anciãos estavam associados com os apóstolos no governo da Igreja. (Atos 15:2, 4, 6; 22:17 e 23; 16:4). Eram os bispos ou administradores das igrejas locais (Atos 20:17 e 28; Tito 1:5), tendo o cuidado espiritual da congregação, exercendo o domínio e dando instruções (I Tim. 3:4 e 5; 5:17; Tito 1:9; Tiago 5:14; I Ped. 5;1-4). De acordo com as Escrituras, parece que havia dois tipos de liderança principal na Igreja do Novo Testamento: Os apóstolos que cuidavam do ensino, planejamento, administração e evangelismo geral da Igreja. Eles eram, normalmente, obreiros itinerantes, cujo trabalho, muitas vezes, ia além das

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fronteiras de seu país. Os anciãos, que eram leigos e desempenhavam determinados deveres pastorais nas congregações locais. Esses anciãos fiéis exerciam seu dom espiritual para a liderança e proviam um ministério que fortalecia e orientava a igreja local.

A IGREJA: SERVA DE DEUS

A Igreja é um fenômeno muitas vezes mal-entendido e criticado. É acusada de ser “antiquada”, ou “gelada”, ou um lugar de “vozeiro” ou de “bancos vazios”. É ela, de fato, tão má como é descrita? Ou é algo que pode ser melhor apreciado quando estudado ou entendido? Muitos livros se escreveram sobre a Igreja porque a despeito de suas faltas, ela é reconhecida como ocupando lugar importante na sociedade e na vida do indivíduo. Contudo a Igreja permanece com um “mistério” no sentido bíblico, uma atividade que desafia explicações simplistas. Desde que ela participa da natureza humana e da divina, é difícil analisá-la plenamente e expor todas as suas características. A palavra “igreja” origina-se de um termo grego que significa “pertencente ao Senhor”. Este deve sempre ser um conceito-chave se temos de avaliar devidamente a igreja. Ao olharmos para ela, não estamos olhando para uma associação humanamente organizada; estamos olhando para alguma coisa que o Senhor estabeleceu, alguma coisa que Ele considera Sua propriedade. A palavra grega empregada para designar “igreja”, é ekklesia, que significa “assembléia” ou um povo “convocado”. Traz a idéia de que igreja é um grupo de pessoas que atenderam a uma intimação. Seu emprego no Novo Testamento transmite a idéia de uma assembléia de pessoas, uma comunidade ajuntada por Deus através de Cristo, e o povo de Deus em meio ao conflito entre Cristo e Satanás, abrangendo a época do Novo Testamento. Estas idéias revelam claramente que a igreja representa a atividade de Deus e a resposta do homem. Começa com o pressuposto de que Deus existe, e é ativo nos acontecimentos humanos. Se este fato não é reconhecido, então a igreja jamais pode ser entendida. As lições deste módulo considera a igreja, incluindo a sua e a minha, do ponto de vista da revelação feita na Bíblia. Sustenta-se, corretamente segundo cremos, que a Bíblia é a Palavra de Deus, e que nela podemos encontrar verdadeira representação do caráter e propósito divinos. E Seu trabalho com Seu povo através dos séculos. É pensamento do autor desses estudos que a igreja pode melhor ser entendida e avaliada à luz da suprema inteligência e amor de Deus. Ele quer um Universo que O adore livre e conscientemente. A fim conseguir isto, Ele concede liberdade, mesmo a liberdade de optar pelo mal. Isto envolve um tremendo risco, que, na verdade, foi assumido. O pecado, em termos de errônea compreensão de Deus e abuso de atributos, na verdade, ocorreu. A igreja é uma parte fundamental do grande plano de Deus para vindicar Seu caráter, e eliminar o pecado sem prejudicar a liberdade que o amor divino requer no Universo. Há um sentido no qual a igreja tem de incluir todas as criaturas de Deus porque, em essência, ela constitui a grande família divina. Isto certamente ocorre onde quer que encontremos o povo de Deus, desde o começo dos tempos até o presente e a até a eternidade. Nestes estudos, porém, consideramos a igreja primeiramente do ponto de vista da atividade de Deus depois do nascimento de Jesus.

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Reconhece-se também que não se pode entender o presente sem remontar o passado, e não se pode entender a igreja do Novo Testamento sem remontar as suas raízes no Velho Testamento. Quando, porém, Jesus disse a Seus discípulos que Ele edificaria Sua igreja sobre a rocha e lhe daria poder de ser Sua testemunha, a igreja entrou numa fase especial de existência, que é o cerne destes estudos, constituindo-se num interesse vital de nossa existência cristã. O primeiro estudo realça o fato de que Deus controla todas as situações. O pecado, quer no Céu ou na Terra, não O apanhou de surpresa. Ele tinha um plano para enfrentá-lo, coerente com Sua justiça, repleto de Sua misericórdia. A igreja é parte desse plano, a área e os meios de Sua atividade. o homem é livre para responder, e quando assim o faz torna-se uma parte do todo-absorvente propósito divino da salvação e governo. Vemos que a Igreja é alicerçada num firme fundamento: Jesus Cristo Filho do Deus vivo, reconhecido e proclamado por revelação divina. Jesus Cristo é unificador da Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Jesus Cristo deu-lhe poder e prometeu estar com ela até o fim. Desta forma a igreja representa a mensagem, a autoridade e especialmente o poder de Cristo. Ela tem seu centro e circunferência em Cristo. O agente que leva os benefícios do Pai e do Filho à igreja do Novo Testamento é o Espírito Santo, conforme foi prometido por Jesus a seus discípulos.

CONCLUSÃO

Jesus teve “compaixão das multidões” e lutou por alcançar, com o Seu ministério, o maior número possível de pessoas. Mas evidentemente sentiu que poderia fazer muito mais a favor do mundo, tendo ao Seu lado alguns homens escolhidos, cheios do Seu Espírito para continuarem a Sua obra, do que Ele mesmo levar todo o tempo em pregações públicas. Logo no início do ministério, Jesus convidou alguns a serem Seus companheiros e participantes da Sua missão. Depois, dentre os que creram nEle, fez escolha de doze para serem Seus companheiros mais íntimos. Numa ocasião também escolheu setenta aos quais preparou para o ministério da pregação. As relações de Jesus para com Seus discípulos, especialmente para com os doze, constituem uma das partes características mais importantes de Sua obra. A estes, ministrou ensinou que não deu aos demais de modo geral, e os preparou, de sorte que, após a Sua volta aos céus, esses apóstolos pudessem revelar um conhecimento perfeito do Mestre, do Seu ensino, da Revelação de Deus, e da Salvação que, pelo Filho mandou ao mundo; e também a conduta de vida para a qual Cristo chamou todos os homens. Próximo ao fim do Seu ministério, Jesus dedicou-se mais e mais a esta natureza de trabalho com Seus discípulos. Após a ressurreição apareceu somente aos discípulos, Suas últimas palavras foram uma ordem definida para que levassem o anúncio do Evangelho a “todas as nações” e uma promessa de assisti-los com poder, através de todos os tempos enquanto estivessem realizando a Sua missão por todo o mundo. Evidentemente Jesus deixou clara a necessidade de haver uma sociedade constituída dos Seus seguidores, a fim de oferecer ao mundo o Evangelho e ministrar, em Seu Espírito, os ensinos que lhes dera. O objetivo era propagar o Reino de Deus. Ele não modelou qualquer organização ou plano de governo para esta sociedade. Não indicou oficiais para exercerem autoridade sobre os membros de tal organização. Credo algum prescreveu para ela. Nenhum código de regras lhe fora imposto. Não prescreveu ordem ou formas de culto. Apenas deu aos seguidores os ritos religiosos mais simples: o batismo com água, para santificar a purificação espiritual e consagração ao Seu discipulado; a ceia do Senhor na qual usou um

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pouco dos elementos mais comuns na alimentação, como uma comemoração ou lembrança dEle próprio, especialmente da Sua morte para a redenção dos homens. Conseqüentemente, em nada do que Jesus fez podemos descobrir a organização da Igreja. Fez mais do que dar organização, deu vida à Igreja. Ele fundou a Igreja, ou melhor, Ele mesmo a criou. Jesus formou uma sociedade dos Seus seguidores, agrupando-os ao redor de si mesmo. Comunicou a esse grupo, até onde era possível, Sua própria vida, Seu Espírito e propósito. Prometeu dar, através dos séculos vitalidade a esta sociedade, Sua Igreja. E Sua grande dádiva a ela foi o dom dEle próprio. Nele, a Igreja teria de encontrar os seus princípios, os seus objetivos e o seu poder. Deixou a Igreja livre para escolher as formas de organização e de culto, afirmações de crença, método de trabalho, etc. O propósito de Cristo era que a vida da Sua Igreja, isto é, a vida do Salvador latentes em Seus seguidores, se expressasse pelos modos que lhes parecessem mais apropriados para a consecução do grande objetivo em vista.

BIBLIOGRAFIA

CONRADO, Naor G. – Guia para Anciãos Casa Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1995.CONRADO, Naor G. – Manual da Igreja Casa Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1998.DICIONÁRIO AURÉLIOGRELLMANN, Hélio L. – Nisto Cremos Publicadora Brasileira, Tatuí – SP, 1997.NICHOLS, Robert Hastings. – História da Igreja Cristã Editora Presbiteriana – BROOKLIN 1981.PINHO, Orlando G. Administração da Igreja – Orientações e Instruções - Casa Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1980.KEOUGH, Arthur G. Tradutor: Arnaldo B. Christianini – A Igreja Serva do Mundo - Casa Publicadora Brasileira, Santo André – SP- 1981.WHITE, Ellen G. – A Igreja Remanescente Casa Publicadora Brasileira, Tatuí – SP- 1995.

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AVALIAÇÃO DO MÓDULO 6-A - ECLESIOLOGIA

Aluno(a): Matrícula: Cidade: UF:Data: - Responda o questionário, ele vale 25% da nota final. - Pesquisa sobre “A Pedra Fundamental da Igreja Cristã”.(25 % da nota). - Avaliação de sala de aula (50% da nota).

01 – Qual a origem da palavra Igreja e qual o seu significado?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

02 – Quem é a Cabeça e o Corpo da Igreja?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03 – O Antigo Testamento retrata a Igreja como a congregação organizada do povo de Deus. Então quais foram as famílias que formaram as primeiras raízes da Igreja Cristã?A ( ) Abraão, Moisés, Josué, Daniel e Davi.B ( ) Moisés, Matusalém, Enoque, Davi, Mateus.C ( ) Isaías, Isaque, Ezequiel, Abraão.D ( ) Adão, Sete, Noé, Sem, Abraão.

04 – Como foi preparada a Igreja na Antiga Aliança?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

05 – Qual o povo que representava a Igreja de Deus no Deserto, e qual o nome do profeta que representou a mesma no monte Sinai?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

06 – Como a igreja foi relacionada e edificada no Novo Testamento?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

07 – Cite as sete descrições metafóricas da Igreja?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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08 – Comente sobre a Igreja como pilar e depositária da verdade?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

09 – Quais as sete características da Igreja como de Deus? Conceitue-as:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

10 – Quem representa a esposa de Cristo?________________________________________________________________________________________________________

11 – Considerando a qualidade dos membros da Igreja como funciona sua natureza e organização?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12 – Como a Igreja foi fundada por Cristo?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 – Quais as figuras que representam a Igreja?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14 – Cite os métodos Bíblicos da Igreja e faça um resumo de cada um.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

15 – Quais os princípios Bíblicos da administração da Igreja?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

16 – Cite as qualificações de um ancião da administração da Igreja?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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17 – Deus solicitou que trouxesse setenta anciãos perante a tenda da congregação, para conduzir e levar a carga do povo, que era a Igreja do Antigo Testamento. Qual o profeta que recebeu a missão e através de quem Deus transmitiu a mensagem?A – ( ) Elias, Jeremias.B – ( ) Abraão e Jefther.C – ( ) Josué e Manassés.D – ( ) Moisés e Jetro.

18 – Quem liderava a Igreja de Deus no período do Novo Testamento? E como se dava suas formas de lideranças?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

19 – Baseado no contexto Bíblico de (S. Mat. 18:19) Como foi diferenciada a Igreja do Novo Testamento da Igreja do Antigo Testamento?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

20 – Dê o conceito da Igreja Visível e Invisível:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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