Eco marinho

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O AMBIENTE MARINHO isciplina :Ecologia Básica rof. MsC. Paulo Cesar de Souza Grillo

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O AMBIENTE MARINHO

Disciplina :Ecologia BásicaProf. MsC. Paulo Cesar de Souza Grillo

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•Água dos oceanos pode ser dividida em zonas distintas com perfil ambiental e formas de vida exclusivas e características.

•A zonação ocorre tanto no sentido horizontal como no vertical, em função da capacidade de penetração da luz no mar.

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•Zonação horizontal

•Na zonação horizontal, que vai da costa para o mar aberto, a distribuição da fauna e da flora depende essencialmente da temperatura da água e da quantidade de alimento disponível.

• Quanto mais nos afastamos da costa, menos alimento estará disponível para a manutenção da vida já que o meio dos oceanos pode ser descrito como um "deserto biológico".

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•No plano horizontal distinguem-se claramente duas zonas ou províncias marinhas: a nerítica e a oceânica

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• Província Nerítica: é a região mais próxima da costa, a zona com maior quantidade e variedade de vida. Essa faixa do oceano está situada sobre a plataforma continental, entre a linha de maré alta e a profundidade média de 200 metros.

•Esta subdividida em duas regiões:• Zona Litorânea, entre as linhas de maré alta e baixa;• Zona Costeira, da linha de maré baixa para fora.

•A Província Oceânica compreende a faixa do oceano situada acima da planície abissal, onde a profundidade é superior a 200 metros.

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•Zonação Vertical•A zonação vertical abrange toda a massa de água marinha separando-a por faixas de profundidade desde a superfície até o fundo oceânico, relacionadas com as comunidades ecológicas que aí se estabelecem.

•A zonação vertical é determinada pela intensidade da luz solar que recebe, pela presença de nutrientes, assim como pela pressão e temperatura da água.

•A combinação de diversos fatores, entre os quais a pressão e a luminosidade, criam nos mares quatro distintos biomas: litoral, nerítico, batial e abissal.

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•Neles há três tipos de comunidades:

• O plâncton é composto por pequenos organismos que vivem carregados pelas correntes, ocupando o bioma nerítico.

•O bentos abrange os seres que vivem fixo ao fundo oceânico, desde o sistema litoral até as fossas abissais.

• Nos quatro biomas podem ser encontrados representantes do nécton, animais capazes de nadar.

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•Há duas formas de estabelecer uma zonação vertical, o que define dois domínios Por cada um deles distribui-se uma comunidade biológica marinha que lhe é característica.

•O Domínio Bentônico: corresponde ao fundo marinho em toda sua extensão, desde onde respinga a água da maré alta até a mais profunda fossa submarina.

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Costuma-se dividir o Domínio Bentônico em sete zonas, agrupadas em dois sistemas: o sistema litoral (situado na plataforma continental) e o sistema profundo (que avança além do talude).

Sistema Litoral :•Zona supralitoral - acima da linha de nível médio da maré alta, mas influenciada profundamente pelo mar.

•Zona mediolitoral - entre as linhas de nível médio de mares altas e baixas. Fica periodicamente exposta ao ar durante as marés baixas.

•Zona infralitoral - abaixo da linha de nível médio da maré baixa (baixa-mar), até o limite de existência de algas fotófilas (dependentes de boa luminosidade).      

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•Zona circalitoral - limite inferior é o limite extremo das algas ciáfilas (tolerantes a baixa luminosidade). Trata-se de uma área de transição entre as águas costeiras e as águas profundas, onde a vida começa a escassear.

O sistema profundo: começa no limite inferior da zona circalitoral e abriga três zonas mais claramente reconhecíveis e delimitadas pela profundidade:

• Zona batial - até 2.000 metros. A vida bentônica é bastante rara pela dificuldade de fixação nesses terrenos escarpados.

• Zona abissal - até 6.000 metros. Engloba as extensas planícies abissais, com as fontes hidrotermais e afloramentos frios de metano e todas as suas exóticas formas de vida bentônica.

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• Zona hadal - além de 6.000 metros. É o território das fossas abissais e das formas de vida adaptadas ao frio, escuridão, escassez de recursos alimentares e pressões avassaladoras.

• Domínio Pelágico: relacionado ao mar aberto. Aí vivem os organismos pelágicos, seres vivos muito diversos, que vivem sem e dependência de um substrato, arrastados pelas correntes ou capazes de nadar. comunidades planctônica e nectônica.

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Tomando-se em consideração a fauna, a luminosidade, temperatura e pressão,divide-se em seis zonas:

• Zona epipelágica ou eufótica é a zona superficial iluminada. Seu limite inferior (geralmente entre 50 e 100 metros) é marcado pela zona de compensação fótica, profundidade onde a fotossíntese aparente é nula (fotossíntese = respiração).

•Zona mesopelágica (profundidade entre 50-100 a 200 metros) é ainda ligeiramente iluminada, mas o fitoplâncton não pode sobreviver nela por um longo período.

•Zona infrapelágica (profundidade entre 200 e 500-600 metros) que não é mais afetada pelas variações sazonais de temperatura, e tem o seu limite inferior marcado pela isoterma de 10oC.

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•Zona batipelágica (profundidade entre 500-600 e 2.000 metros) tem o seu inferior determinado pela ocorrência da isoterma de 4ºC nas latitudes médias. Fauna:

•Zona abissopelágica (profundidade entre 2.000 e 6.000 metros) corresponde às águas oceânicas que se estendem sobre os fundos da grande planície abissal. Fauna: peixe-pescador, peixe-sapo, peixe-engolidora, peixe-machado, quetognatas, crustáceos, misidáceos e decápodes.

•Zona hadopelágica (profundidade superior a 6.000 metros), muito pobre e submetido a grandes pressões, situa-se nas fossas abissais. Fauna:

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Uma forma mais simples de se estabelecer uma zonação vertical no ambiente marinho é tomando-se como critério a quantidade de luz:

•Zona eufótica (até 100 metros de profundidade), que recebe luz em maior intensidade.

• Zona disfótica (entre 100 e 300 metros de profundidade), com luz difusa e aproveitada por poucos produtores.

• Zona afótica (abaixo de 300 metros de profundidade), sem luz.

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Principais fatores do ambiente marinho

•A distribuição de cada espécie pelos diversos habitats,como a própria sobrevivência do indivíduo, estão determinadas pela existência de certos elementos do meio ambiente que podem agir diretamente sobre o funcionamento do organismo, e sobre o seu ciclo de vida.

•Esses elementos receberam o nome de” fatores ecológicos”.são a luminosidade, a temperatura, a salinidade e a pressão.

• Luminosidade:A presença da luz no oceano não é importante apenas por permitir a realização da fotossíntese, é também veículo para informações para orientar seu comportamento, indicando a presença de predadores ou presas, os locais para abrigos, os parceiros sexuais, ou a fonte de alimentos.

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• A temperatura: atua diretamente sobre os organismos regulando a velocidade do metabolismo, seguindo a regra de que a cada aumento em 10oC, a velocidade do metabolismo dobra. O aumento dessa velocidade significa um aumento proporcional nas necessidades energéticas do organismo e, conseqüentemente, na quantidade de alimento para manter-se vivo.

•A salinidade: em mar aberto, não é muito variável; possuindo valores aproximados de 35/00, com extremos medidos em 34 e 37/00.

No Mar Vermelho, o mais salgado dos mares, a salinidade média é de 40/00.

•São euri-halinas as espécies que suportam variações na salinidade. Incluem as espécies estuarinas (de água salobra) ou as capazes de mudar de água doce para marinha, ou vice-versa, como o salmão.•As esteno-halinas não suportam variações, vivem em concentrações salinas aproximadamente constantes.        

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Pressão hidrostática: revela-se um fator determinante na distribuição e adaptação morfológica das espécies, principalmente no fundo oceânico.

•Esta aumenta de 1 atm a cada 10 metros de profundidade.

•Assim, um organismo que vive a 4.000 metros de profundidade, está submetido a uma pressão de 400 atm; é uma pressão 400 vezes maior do que a pressão atmosférica ao nível do mar.

• Exigindo especiais adaptações.

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Densidade

•A densidade identifica e diferencia as massas de água que existem nos oceanos.

• As mais densas afundam, empurrando outras menos densas para a superfície, em um movimento conhecido como circulação termohalina.

• Tal dinâmica cria um mecanismo de ciclagem dos nutrientes e de renovação da água do fundo dos oceanos.

água superficial: 150 metros água superior: 150 e 700 metros água intermédia: entre 700 e 1500 metros água profunda: entre 1500 e 3000 metros água de fundo: abaixo dos 4.000 metros

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•Existe a aproximadamente 1.000 metros de profundidade, em vastas áreas dos oceanos, uma camada conhecida como SOFAR.

•A densidade torna reflexiva às ondas sonoras e faz com que sejam propagadas mais rapidamente.

Correntes

Correntes são movimentos de massas de água com deslocamento horizontal ou vertical. Tem grande amplitude.

São basicamente produzidas por:

•Calor solar

•Rotação terrestre

•Vento

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• correntes superficiais

• correntes profundas

Marés e Ondas

• Marés: Gerado pela atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra faz com que o nível do mar no litoral mude periodicamente. O relevo de certos pontos do litoral faz com que as variações do nível do mar, gerados pelas marés, sejam muito grandes.

• Ondas: Ventos criam ondas, como também fenômenos geológicos como deslizamentos no talude, movimentos sísmicos e atividade vulcânica submarina.

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O pH• É um indicador da acidez dos líquidos, que mede a concentração de íons H+ em uma escala de 1 a 14.

• As células somente conseguem manter normal seu funcionamento dentro de uma faixa muito estreita de variação de pH.

• O valor do pH do meio afeta o desempenho das enzimas e podem viabilizar ou não a ocorrência de reações químicas espontâneas.

• Condiciona também várias reações químicas no meio marinho que dissolvem ou precipitam nutrientes que mantêm o ecossistema marinho.•Nos oceanos, o pH varia de 7,5 a 8,4.

•Outros fatores também influenciam no valor de pH: salinidade, temperatura e mesmo a fotossíntese, que promove a alcalinidade.

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Gases Dissolvidos

Oxigênio: • A presença de oxigênio dissolvido na água é crucial para o processo respiratório de todos os animais marinhos.

• A solubilidade diminui conforme aumentam a temperatura e a salinidade .

• O oxigênio não se encontra naturalmente dissolvido de um modo uniforme no meio marinho.

Gás Carbônico:• É a matéria-prima para as algas produzirem alimentos que mantenham o ecossistema marinho. Possui, ainda, um importante papel de tampão, substância que ajuda a manter constante os valores de pH.

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O Nitrogênio:

• Nos oceanos sua quantidade é 10.000 vezes menor que na atmosfera, mas não menos importante.

•É a matéria-prima para a produção de proteínas, enzimas e material genético.

•É transformado da sua forma gasosa para a forma salina pelas cianobactérias (algas azuis) e pelas bactérias Azobacter, disponibilizado-se assim para a maioria dos organismos marinhos.

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Micronutrientes

• Apesar dos organismos marinhos necessitarem dos micronutrientes apenas em pequeníssimas quantidades, seu papel é crucial. Imensas áreas de mar aberto são praticamente carentes de vida simplesmente porque carecem desses micronutrientes.

•O fósforo é importante para a formação do material genético e para o metabolismo energético.

•O enxofre é o elemento chave na produção de aminoácidos, principalmente cisteína.

•O cloro é necessário para a manutenção do equilíbrio iônico das células. Alterações significativas no pH marinho podem transformar o cloro no altamente tóxico ácido hipocloroso.

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• Ferro: Ocupa uma posição chave na molécula de hemoglobina. Encontra-se dissolvido na água em baixas concentrações, mas no fundo oceânico há imensas reservas de ferro e manganês na forma de nódulos.

• Magnésio: É o elemento que ocupa uma posição chave na molécula de clorofila, eixo central do processo fotossintético.

• O oxigênio e o hidrogênio - constituintes da molécula de água - são os elementos químicos mais abundantes na água do mar.

• Quantidades de importantes nutrientes como cálcio, potássio, carbono e sódio estão presentes na água do mar. E mais dezenas de outros elementos químicos, com presença inferior a de uma parte por milhão, conhecidos como elementos-traço.