Ecocivilização
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Globalização e Economia
Professora Sandra Vial
Aluna: Rosemeri Munhoz de Andrade Turma A - 1° Semestre Turno: Manhã
Dilema Civilizacional e Ecocivilização
No atual contexto civilizacional constata-se a incapacidade de pensar em
conjunto os problemas locais e os problemas globais, bem como visualizar os fatos e os
valores de modo integrado e global devido à construção fragmentária da ciência.
A despolitização da política contribui para tolher a expressão do pensamento
da riqueza e multiplicacidade da vida. Conforme citação de Edgar Morin (Em busca dos
fundamentos perdidos cit. P. 21-22), A política em migalhas perde a compreensão da
vida, das necessidades não quantificáveis. Tudo isso contribui para uma gigantesca
regressão democrática, os cidadãos são excluídos dos problemas fundamentais da
cidade.
A ética faz-se necessária para superar a regressão democrática, valorizar e
superar o pensamento tecnoeconomicista (direito, política, ciência e tecnologia), que
deve ser construída a partir da realidade humana concreta, tendo em vista que o homo
sapiens é também demens.
O sistema econômico vigente mal propicia meios de sobrevivência para a
maioria dos seres humanos, onde dentre as necessidades humanas o problema mais
urgente é a necessidade alimentar. Será decisivo para a hominização, o momento em
que for admitido pelos detentores do poder econômico que as pessoas não podem
morrer de fome, em um mundo onde há tanta fartura e desperdício.
Deve ser desmistificada a ideia de único mundo possível a partir da
conscientização da humanidade. Os dominados precisam entender que a dominação a
eles incutida é também por eles aceita. A democracia deve ser exercida fora do
aparelho do estado para constrangê-lo a prática democrática. O problema está na
necessidade de uma visão intercultural dos valores e problemas humanos.
Atualmente o limite do sistema econômico é ecológico onde podemos escolher
uma economia da destruição ou uma economia da criação. A crise civilizacional será
superada com a ecocivilização, em que os direitos humanos e da natureza serão
respeitados.
Resumo:
Com a globalização a economia atualmente praticada não busca a
sustentabilidade dos recursos naturais, utilizando em nome do dinheiro ou da mera
satisfação a “economia da destruição”. As riquezas da natureza que são um bem
comum da humanidade são exploradas com o objetivo de aumento do poder material.
Falta a construção de uma ética a partir da realidade humana onde preze a
conscientização em respeito da vida, onde não seja admitido morrer de fome quando
há tanta fartura e desperdício.
Se o limite do sistema econômico é o ecológico e uma crise civilizacional está
presente, urge uma mudança no sentido de uma ecocivilização, em que o homem
respeite a natureza por reconhecer-se parte dela, e não como seu dono explorando-a
sem limites.
Porto Alegre, 03 de abril de 2011.