Ecologia Das Doenças Tropicais

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TBL – PROFESSORA ANDREA LIMA ECOLOGIA DAS DOENÇAS TROPICAIS

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TBL sobre Doenças Tropicais

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TBL – PROFESSORA ANDREA LIMA

ECOLOGIA DAS DOENÇAS TROPICAIS

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QUESTÃO 1

Leia o texto.. Menos de um mês depois da confirmação do primeiro caso de transmissão em território nacional, essa doença já provoca epidemia no Brasil. A doença alcançou níveis altos na cidade baiana de Feira de Santana, onde 274 casos foram confirmados. "Podemos afirmar que a cidade enfrenta epidemia", disse o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch. "Estamos bastante preocupados. A evolução dos surtos é bastante rápida, por causa das características da doença", completou. O diretor atribuiu a velocidade da expansão da doença a dois fatores: ao período de incubação, que vai de 2 a 12 dias, e ao fato de que, por ser uma doença nova no território brasileiro, toda população é suscetível.

(http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2014/10/16/interna_nacional, 580471 – adaptado)

Trata-se (A) do Ebola. (B) da Malária. (C) da Dengue. (D) da Febre Chikungunya. (E ) do vírus H1N1.

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QUESTÃO 2

• CHICUNGUNYA

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QUESTÃO 3

• DENGUE

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QUESTÃO 4

Durante as estações chuvosas, aumentam no Brasil as campanhas de prevenção à dengue, que têm como objetivo a redução da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Que proposta preventiva poderia ser efetivada para diminuir a reprodução desse mosquito?

a) Colocação de telas nas portas e janelas, pois o mosquito necessita de ambientes cobertos e fechados para a sua reprodução.   b) Substituição das casas de barro por casas de alvenaria, haja vista que o mosquito se reproduz na parede das casas de barro.   c) Remoção dos recipientes que possam acumular água, porque as larvas do mosquito se desenvolvem nesse meio.  d) Higienização adequada de alimentos, visto que as larvas do mosquito se desenvolvem nesse tipo de substrato.   e) Colocação de filtros de água nas casas, visto que a reprodução do

mosquito acontece em águas contaminadas.   

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QUESTÃO 5

O vírus causador da dengue é um arbovírus (arthropod borne virus – vírus transmitidos por artrópodes) da família dos flavivírus, causador da dengue clássica e da dengue hemorrágica. O vírus que é transmitido pelos mosquitos é constituído de RNA e são conhecidos 4 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 (DIAZ, 2004).

Nas alternativas abaixo encontre aquela que traz quais sorotipos são, respectivamente, o mais virulento, o mais explosivo e o mais recente no Brasil:

a) DEN-4, DEN-2 e DEN-3

b) DEN-3, DEN-1 e DEN-4

c) DEN-2, DEN-3 e DEN-1

d) DEN-3, DEN-1 e DEN-2

e) DEN-1, DEN-4 e DEN-3

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QUESTÃO 6

No controle do mosquito Aedes aegypti são usados métodos físicos, químicos e biológicos. Sobre esses métodos é INCORRETO afirmar:

a) O método biológico usa predadores do tipo peixes larvófagos.b) Uma alternativa ao método químico é o emprego de agentes de controle biológico, estes produtos atuam em mais de um processo bioquímico e/ou fisiológico, matando o inseto de diferentes maneiras. c) O método físico consiste na aplicação de produto que forma película uma monomolecular sobre a superfície da água e a utilização de água quente. Para A. aegypti, temperaturas de 40 °C são suficientes para matar os ovos em menos de 2 minutos e larvas e pupas em 5 minutos; d) No método químico a formulação é de liberação lenta.e) O controle químico vem sendo o método mais eficaz e utilizado nos últimos vinte anos para o controle de A. aegypti resultante da aplicação de inseticidas a ultrabaixo volume (ULV).

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QUESTÃO 7

Entre 1975 e 1999, apenas 15 novos produtos foram desenvolvidos para o tratamento da tuberculose e de doenças tropicais, as chamadas doenças negligenciadas. No mesmo período, 179 novas drogas surgiram para atender portadores de doenças cardiovasculares. Desde 2003, um grande programa articula esforços em pesquisas e desenvolvimento tecnológico de instituições científicas, governamentais e privadas de vários países para reverter esse quadro de modo duradouro e profissional.

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QUESTÃO 7

Sobre as doenças negligenciadas e o programa internacional, considere as seguintes afirmativas:I – As doenças negligenciadas, típicas das regiões subdesenvolvidas do planeta, são geralmente associadas à subnutrição e à falta de saneamento básico.II – As pesquisas sobre as doenças negligenciadas não interessam à indústria farmacêutica porque atingem países em desenvolvimento sendo economicamente pouco atrativas.III – O programa de combate às doenças negligenciadas endêmicas não interessa ao Brasil porque atende a uma parcela muito pequena da população.Está correto apenas o que se afirma em:a) I b) II c) III d) I e II e) II e III

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QUESTÃO 8

Leishmaniose visceral está chegando às grandes cidades brasileiras, doença altamente letal, que atinge cerca de 3 100 pessoas por ano e mata em mais de 90% dos casos se não for tratada.

(Pesquisa Fapesp, setembro 2008) Pode-se afirmar que essa doença é causada por:a)um protozoário e é transmitida pela picada do mosquito do gênero Lutzomyia. b)b) um verme e é transmitida pela picada do mosquito do gênero Culex. c)c) uma bactéria e é transmitida pela inalação de gotículas de saliva. d)d) um vírus e é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. e)e) um vírus e é transmitida pela picada do mosquito Anopheles darlingi.

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QUESTÃO 9

Analise o ciclo de transmissão da Leishmaniose apresentado na figura abaixo.

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QUESTÃO 9

Sobre esse ciclo, analise as afirmativas. I.O mosquito Aedes aegypti é o hospedeiro do parasita. II.Os cães infectados são considerados reservatórios do parasita. IIII.Os flebótomos são os vetores do parasita. IV.Os promastigotas são ingeridos pelos flebótomos transmissores e transformam-se em amastigotas no intestino do mosquito. V.O parasita pode migrar para os órgãos viscerais, como fígado, baço e medula óssea. Estão corretas as afirmativas a)I, III, IV e V, apenas. b)II, IV e V, apenas. c)II, III e V, apenas. d)I, III e IV, apenas. e)II e IV, apenas.

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QUESTÃO 10

Em 1985, foram contabilizados 8.959 registros de leishmaniose visceral desde os primeiros casos identificados por Henrique Penna em 1932. No entanto, esse quadro se agravou. O Ministério da Saúde registrou, no período compreendido entre 1990 e 2007, 53.480 casos e 1.750 mortes. A leishmaniose visceral está mais agressiva. Matava três de cada cem pessoas que a contraíam em 2000. Hoje mata sete. Além disso, foi considerada por muito tempo um problema exclusivamente silvestre ou restrito às áreas rurais do Brasil. Não é mais. Nas últimas três décadas, desde que as autoridades da saúde começaram a identificar casos contraídos nas cidades, a leishmaniose visceral urbanizou-se e se espalhou por quase todo o território nacional. A chegada do mosquito-palha às cidades foi acompanhada de um complicador. Com a sombra e a terra fresca dos quintais, o inseto encontrou uma formidável fonte de sangue que as pessoas gostam de manter ao seu lado: o cão, que contrai a infecção facilmente e se torna tão debilitado quanto seus donos. Uma doença anunciada.

In: Pesquisa Fapesp, nº 151, set./2008 (com adaptações).

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QUESTÃO 10A prefeitura de um município composto por uma cidade de médio porte, zona rural e áreas de mata nativa, solicitou a um biólogo que elaborasse um plano de ação para evitar o avanço da leishmaniose visceral em sua região. O plano elaborado sugeria várias ações. Considerando o texto e a situação hipotética acima apresentados, seria inadequada a ação que propusesse:

(A) Adotar medidas de proteção contra as picadas do mosquito para trabalhadores que adentrem áreas de floresta próxima da cidade.(B) Controlar a população de cães domésticos, incluindo a eutanásia de animais infectados em áreas com alta incidência de casos.(C) Implementar sistema de coleta e tratamento de esgotos nas áreas em que houvesse alta incidência de casos.(D) Controlar o desmatamento em áreas naturais próximas da área urbana da cidade em questão.(E) Promover medidas educativas da população, principalmente em relação aos hábitos do mosquito transmissor.

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DOENÇAS TROPICAISFEEDBACK

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CHIKUNGUNYA

O vírus Chikungunya é um vírus enzootico, encontrado em regiões tropicais e subtropicais da África, nas ilhas do Oceano Índico, no Sul e Sudeste da Ásia.

Pertence a familia Togaviridae do genero Alphavirus.

Os mosquitos Aedes são os principais transmissores.

Foi isolado pela primeira vez em 1952, na Tanzania.

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CHIKUNGUNYA

O nome chikungunya deriva de uma palavra em Makonde, dialeto de um grupo étnico que vive no sudeste da Tanzania e no norte de Moçambique; Significa aproximadamente “aquele que se curva”, descrevendo a aparência encurvada de pacientes que sofrem de artralgia intensa.

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CHIKUNGUNYA

Susceptibilidade / imunidade

Por se tratar de doença nova no Brasil, não há imunidade naturalmente adquirida;

A susceptibilidade é total, logo, todas as faixas etárias são passíveis de infecção;

Não há vacina, logo......

A imunidade de longa duração somente será obtida por meio da infecção natural.

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CHIKUNGUNYA

Mosquitos vetores

Predominantemente Aedes aegypti e Aedes albopictus;

Também transmissores de dengue;

Amplamente distribuídos por todas as Américas;

Fazem o repasto principalmente durante o dia.

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CHIKUNGUNYA

Aspectos gerais da doença

É uma doença viral transmitida por mosquitos, caracterizada por febre de início agudo e poliartralgia grave;

Frequentemente ocorre em grandes epidemias com altas taxas de ataque;

As epidemias ocorriam em países da África, Ásia, Europa e dos Oceanos Índico e Pacífico;

No final de 2013 foram registrados os primeiros casos autóctones nas Américas (em países do Caribe).

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CHIKUNGUNYA

Infecção pelo vírus Chikungunya

A maioria das pessoas infectadas (72% a 97%) desenvolvem sintomas clínicos;

O período de incubação normalmente é de 3 a 7 dias (variando de 1 a 12 dias);

Os sintomas clínicos primários são febre e poliartralgia.

Caso suspeito

Paciente com febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia ou artrite intensa com inicio agudo, não explicada por outras condições, sendo residente ou visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas.

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CHIKUNGUNYA

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CHIKUNGUNYA

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CHIKUNGUNYA

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DENGUE

Vírus da Dengue

É um arbovírus da família dos flavivírus.

Transmitido por mosquitos.

Composto de RNA de filamento único.

Possui 4 sorotipos (DEN-1, 2, 3, 4).

Causa de todas as formas de dengue.

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Distribuição do Dengue no Mundo

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DENGUE

Cada sorotipo proporcionaimunidade permanente específicaimunidade cruzada a curto prazo

Todos os sorotipos podem causar doenças graves e fatais

Variação genética dentro de cada sorotipo

Algumas variantes genéticas mais virulentas

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DENGUE

Características clínicas da Dengue

FebreDor de cabeçaDor nos músculos e juntas Náusea/vômito ExantemaManifestações hemorrágicas

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DENGUE

Manifestações hemorrágicas

Hemorragias na pele: petéquias, púrpuras, equimoses.Sangramento gengival. Sangramento nasal.Sangramento gastrointestinal: hematêmese, melena, hematoquezia.Hematúria.Metrorragia em mulheres.

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LEISHMANIOSE

Antropozoonose sistêmica febril típica das áreas tropicais por uma das três subespécies do complexo Leishmania donovani.

Síndrome clínica caracterizada por febre irregular de longa duração, acentuado emagrecimento, intensa palidez cutâneo mucosa, com exuberante hepatoesplenomegalia, pancitopenia.

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LEISHMANIA SPP. – O VETOR

• Fêmeas de flebotomíneos (mosquito palha)• Lutzomyia longipalpis - principal no Brasil

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LEISHMANIA SPP. - RESERVATÓRIOS

• Homens• Caninos

• Cão doméstico

• Marsupiais• Roedores• ...

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LEISHMANIOSE

Epidemiologia

Doença endêmica em 88 países de região tropical e subtropical.

OMS: 360 milhões de pessoas expostas a infecção/ ano; 12 milhões de indivíduos infectados.

1 a 2 milhões de novos casos/ ano.

Maior parte: Índia, Bangladesh, Sudão e Brasil.

Brasil: 90% dos casos da América Latina (3400/ ano, principalmente na região nordeste).

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LEISHMANIOSE

Agente etiológico: protozoário da família trypanosomatidae, gênero Leishmania, e espécie L. donovani.

Ag. Etiológico do calazar no Brasil é a subespécie Leishmania chagasi.

Outros tipos: Leishmania donovani (Índia, China, leste da

África, Iraque). Leishmania infantum (norte da África e Europa

Mediterrânea).

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LEISHMANIA SPP.

Parasitas de células fagocitárias (macrófagos);Formas promastigotas e amastigotas.

Forma Infectante Forma Diagnóstica

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LEISHMANIOSE

MORFOLOGIAAMASTIGOTAS: homem

órgãos linfóides como medula óssea, baço e linfonodos;

órgãos ricos em macrófagos – fígado (células Kupffer), rins, intestino, raramente leucócitos.

PROMASTIGOTAS: hospedeiro invertebrado trato digestivo do inseto Lutzomyia (mosquito-

palha).

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LEISHMANIA SPP – CICLO DE VIDA

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LEISHMANIOSE

Infecção generalizada crônica causada por:

Febre intermitente com semanas de duração;

Anemia com leucopenia, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, palidez;

Hepatoesplenomegalia, linfadenopatia;

Comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos na boca e nos intestinos.

Estado de debilidade progressivo, levando a óbito se não for submetido a tratamento específico.

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CICLO EPIDEMIOLÓGICO DO CALAZAR

Ciclo doméstico ou peridoméstico : cão e homem penetrando no ambiente silvestre;fonte de infecção no domicilio se tiver o vetor;PROFILAXIA Tratamento de casos humanos – diminuindo os

focos de infecção; Eliminação dos cães infectados; Combate ao vetor;Vacinação – vacina eficaz contra leishamaniose

canina.

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DÚVIDAS???

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!