Ecologia de riachos CURSO DE VERÃO EM LIMNOLOGIA

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ECOLOGIA DE RIACHOS Jéssica da Rosa Pires [email protected]

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ECOLOGIA DE RIACHOS

Jéssica da Rosa Pires

[email protected]

Ecologia de Riachos

• Definição• Caracterização• Classificação• Teorias Ecológicas• Estudos LIMNOS

• Ecol ogi a:Estudo de como os organismos se relacionam com o meio e com outros organismos.

• Ecol ogi a de r i achos:

ECOLOGIA DE RIACHOSECOLOGIA DE RIACHOS????????

RI OS E RI ACHOSRI OS E RI ACHOSFor ma l i near , f l uxo For ma l i near , f l uxo

uni di r eci onal , vazão uni di r eci onal , vazão osci l ant e e l ei t os osci l ant e e l ei t os

i nst ávei s.i nst ávei s.I nt i mament e l i gados ao I nt i mament e l i gados ao ambi ent e t er r est r e do ambi ent e t er r est r e do

ent or noent or no( ecossi st ema aber t o)( ecossi st ema aber t o)

stivenart.wordpress.com

Riacho, Córrego, Ribeirão, Arroio, Regato, Ribeira???

• Rio de pequena ordem, canalizado durante a estação chuvosa e com áreas de inundação não persistentes

• Curso de água de porte relativamente pequeno, incluindo os trechos de água corrente de suas cabeceiras

Foto: reusmachado.com

RI OS E RI ACHOS0, 006 % da água mundi al

gire3.com ferias.tur.br

Gentedeopiniao.com.brJie.itaipu.com.brI mpact os desde o i ní ci o da I mpact os desde o i ní ci o da ci v i l i zação. . .c i v i l i zação. . .

INFLUÊNCIAS

Característica do entorno que pode influenciar o ciclo da água nos rios:

•Topografia•Cobertura vegetal•Estrutura do solo

INFLUÊNCIAS

• TOPOGRAFIA

OROGRAFIA

DECLIVIO

INFLUÊNCIAS

• COBERTURA VEGETAL

DESMATAMENTODESMATAMENTOEscoamento, infiltração e retençãoEscoamento, infiltração e retenção

FORMAÇÕES FLORESTAISFORMAÇÕES FLORESTAISPenetração de raízesPenetração de raízes+Penetra = + Retenção de Água+Penetra = + Retenção de Água

Zona RipáriaZona de transição do ecótono terra-água, ocupada por mata ciliares Abastecimento do corpo d’água com material orgânico (fonte de alimento, substrato para fixação de perifíton, material para a formação de microhabitats);Atenuação da radiação solar,

favorecendo o equilíbrio térmico.Estabilização das margens... ENTRE OUTRAS FUNÇÕES...

INFLUÊNCIAS

• ESTRUTURA DO SOLO

Características FISÍCASCorrenteza

Tamanho das partículas do substratoDisponibilidade de recursos alimentaresAdaptações morfológicas e comportamentais

SubstratoCaracterísticas granulométricasPresença de detritos e matéria orgânica

TemperaturaLimites de ocorrência da espécie (distribuição)

Oxigênio

Características QUIMÍCAS

Variação espacial em função da: precipitação, geologia do terreno, vegetação circundante, tipo de uso da terra, áreas urbanas.

Variação sazonal

Materiais transportadosMatéria inorgânica em suspensão;Matéria orgânica em suspensão e dissolvida;Íons e nutrientes dissolvidos;Gases (oxigênio, dióxido de carbono, nitrogênio);Metais

Cl assi f i cação Hi dr ol ógi caCl assi f i cação Hi dr ol ógi caSt hr al er , 1963 St hr al er , 1963

Classificação dos Habitats Aquáticos

• Curso superior = “rios de montanha”alta declividade e correnteza

forte força de erosão

vale em “V” ou em “garganta”

• Curso inferior = “rios de planície” redução na declividade e correnteza

aumento na acumulação

formação de vales de fundo chato ou côncavo

MONTANHA• > declividade; • > velocidade da corrente; • > teor de oxigênio; • > transparência da água; • < temperatura; • substrato de fundo grosseiro

• < declividade; • < velocidade da corrente; • < transparência da água; • substrato de fundo menos irregular; • retirada da mata de galeria (pastagem e agricultura).

PLANICIE

TEORIAS ECOLÓGICASDE RIOS

Os estudos em ecossistemas lóticos têm como objetivos entender os processos que regem o movimento e as transformações de energia e materiais dentro dos diferentes sistemas.

As teorias ecológicas visam construir uma estrutura sintética para descrever o ambiente lótico da nascente à foz, além de ajustar as variações entre áreas com diferentes características.

No entanto, retratar a realidade de um rio é difícil

Apesar disso, as teorias ecológicas devem ser consideradas porque são conceitos estruturais úteis para descrever ecologicamente como funcionam as variáveis ao longo do ecossistema lótico.

• TEORIA DO RIO CONTINUO (RCC)

• TEORIA DA DESCONTINUIDADE SERIAL

• TEORIA DO PULSO DE INUNDAÇÃO

• TEORIA DO DOMÍNIO DE PROCESSOS

• TEORIA DA IMPARIDADE COM O DESCONTÍNUO FLUVIAL

TEORIAS ECOLÓGICASDE RIOS

Teor i as Ecol ógi cas de Ri achosTeor i as Ecol ógi cas de Ri achosVanot t e et al . , 1980Vanot t e et al . , 1980

http://files.dnr.state.mn.us/

Vanot t e et al . , 1980Vanot t e et al . , 1980Ri os de Cabecei r aRi os de Cabecei r a

( 1ª - 3ª or dem)( 1ª - 3ª or dem)

•Sombreado

•Pouca luz solar atinge a água

•Energia derivada da matéria orgânica

terrestre

•Muitos insetos aquáticos que podem

quebrar e digerir a matéria orgânica terrestre.

FRAG

•A água é fria e tem + oxigênio.

• Inclinação mais acentuada, com as

corredeiras, corredeiras e quedas.

Vanot t e et al . , 1980Vanot t e et al . , 1980Médi o cur sosMédi o cur sos

( 4ª - 6ª or dem)( 4ª - 6ª or dem)• Menos corredeiras e quedas

• A luz solar atinge a água

• A queda de folhas é proporcionalmente

menos importante como fonte de energia.

• Insetos se alimentam de algas e plantas

vivas.

• As temperaturas são mais quentes de fluxo,

com maiores flutuações diárias e sazonais.

• À medida que o tamanho do fluxo

aumenta, o mesmo acontece com a

diversidade de invertebrados e peixes

Vanot t e et al . , 1980Vanot t e et al . , 1980Bai xo cur soBai xo cur so

( Aci ma de 6ª or dem)( Aci ma de 6ª or dem)• Matéria orgânica terrestre é insignificante;

• Turbidez;

• A energia é fornecida por material orgânico

dissolvido e ultrafino deriva de trechos a

montante.

• Acumulação de fitoplâncton e zooplâncton

contribuem para a base alimentar;

• Energia também é fornecido durante pulso de

inundação que trazem matéria orgânica da

várzea para o canal principal;

• Peixes são onívoros.

Teoria da Descontinuidade Serial• Ward & Stanford, 1983• Alterações no (RCC) provocadas por

fatores naturais ou antrópicos• Represamentos, alagamentos, charcos,

queda d’água (cachoeira) ou fontes de poluição rompem o gradiente proposto pela teoria anterior produzindo mudanças longitudinais e determinando novos comportamentos em trechos específicos dos rios, originando novos gradientes.

• Bacias hidrográficas impactadas resultando na perda de heterogeneidade espacial e temporal do curso d’água.

Teoria do Pulso de Inundação• Junk et al. (1989)• Interações laterais entre o canal e as planícies de inundação

condicionam a estrutura e o funcionamento desses sistemas. • O pulso de inundação constitui a principal força responsável

pela existência, produtividade e interações da maior parte da biota em sistemas lóticos de planícies de inundação.

• Esta teoria é particularmente útil em muitos ecossistemas tropicais.

Teoria do Domínio de Processos• Montgomery (1999)• Alternativa à RCC • Considera a influência dos processos

geomorfológicos na variação espacial e temporal que existe nos ecossistemas aquáticos.

• Baseia-se na importância destas condições locais e nos distúrbios da paisagem, sendo aplicável em bacias hidrográficas localizadas em regiões com relevo íngreme, clima variável e geologia complexa.

Teoria da Imparidade com o Descontínuo Fluvial

•Poole (2002)•Baseia-se no fato de que os rios são sistemas ímpares.•Uma bacia é formada por manchas que são características da vegetação, sedimentos, fluxo, solo, etc., e a dinâmica dessas manchas ao longo do sistema é que caracteriza o rio. •Assim cada bacia possui seu próprio mosaico de manchas denominadas de meta estrutura e elas se comportam de modo bastante desigual no contexto.

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