Economia

15
ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, PLANEJAMENTO E ENGENHARIA ECONÔMICA, PARA ENGENHARIA QUÍMICA Euclídes Honório de Araújo [email protected] Faculdade de Engenharia Química da UFU Campus Santa Mônica 38400-902 – Uberlândia - MG Resumo: Neste trabalho apresenta-se uma forma de agrupar, numa única disciplina, os conhecimentos complementares para a formação do Engenheiro Químico como, Economia, Administração, Planejamento de Indústrias Químicas e Engenharia Econômica. Neste artigo apresentamos a nossa experiência de mais de cinco anos ministrando a Disciplina Planejamento Econômico e de Administração de Indústrias Químicas, para alunos do quinto ano do Curso de Engenharia Química da UFU. Palavras-chave: Planejamento e Projeto, Economia e Administração, Avaliação de Projetos.

description

Economia

Transcript of Economia

INSTRUES PARA A PREPARAO E SUBMISSO DE TRABALHOS PARA O CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAO EM ENGENHARIA 2010

ECONOMIA, ADMINISTRAO, PLANEJAMENTO E ENGENHARIA ECONMICA, PARA ENGENHARIA qumica

Eucldes Honrio de Arajo [email protected]

Faculdade de Engenharia Qumica da UFU

Campus Santa Mnica

38400-902 Uberlndia - MG

Resumo: Neste trabalho apresenta-se uma forma de agrupar, numa nica disciplina, os conhecimentos complementares para a formao do Engenheiro Qumico como, Economia, Administrao, Planejamento de Indstrias Qumicas e Engenharia Econmica. Neste artigo apresentamos a nossa experincia de mais de cinco anos ministrando a Disciplina Planejamento Econmico e de Administrao de Indstrias Qumicas, para alunos do quinto ano do Curso de Engenharia Qumica da UFU. Palavras-chave: Planejamento e Projeto, Economia e Administrao, Avaliao de Projetos.

1 introduo

A disciplina Planejamento Econmico e Administrao de Indstrias Qumicas (PEAIQ) teve sua origem na antiga disciplina Planejamento de Indstrias Qumicas (PIQ). Com a implantao do currculo anual em 1997 as disciplinas de Administrao, Economia e PIQ, respectivamente lecionadas no oitavo, nono e dcimo semestres, todas com quatro horas semanais, exceto a primeira com 5 horas semanais, foram agrupadas na atual disciplina PEAIQ com uma carga horria de 4 horas semanais em um curso anual, totalizando 120 horas de curso. 2FORMATAO DA DISCIPLINA PEAIQ

A Disciplina PEAIQ foi planejada para atender todos os tpicos envolvendo os conhecimentos bsicos de Economia (40%), Administrao (20%), Planejamento de Indstrias Qumicas (20%) e Engenharia Econmica (20%).

A disciplina desenvolvida na forma de aulas expositivas, complementa-se a parte terica com exerccios. So aplicadas quatro provas individuais ao longo do ano, valendo as duas primeiras 20% cada e, as duas ltimas 30% cada, totalizando 100%. Em seguida so apresentados, de forma resumida, os tpicos abordados bem como suas divises dando assim uma idia do que discutido nesta disciplina. Alm da bibliografia que aparece citada ao final, outros textos correlatos so tambm utilizados na disciplina.

2 ECONOMIa

2.1 Noes gerais

A Disciplina PEAIQ iniciada com o estudo introdutrio da Economia, caracterizando-se a Economia como o estudo da escassez de recursos; (PASSOS & NOGAMI, 2005). Ressalta-se a curva de capacidade de produo e o conceito de Custo de Oportunidade.

2.2 Microeconomia

Os conceitos de Microeconomia tomam cerca de dois teros do tempo e o outro tero do tempo dedicado Macroeconomia. So discutidos os conceitos de Demanda e Oferta que afetam as empresas e como se comportam os mercados em relao Demanda e quais so os fatores que afetam a Oferta.

A elasticidade outro conceito enfatizado, pois atravs dele que se entende como que uma fbrica pode ter o seu lucro diminudo ou aumentado como resultado das variaes no preo de venda do seu produto.

So abordados os conceitos da Teoria da Produo e a Teoria dos Custos, com o primeiro estuda-se a Eficincia Tcnica e a Eficincia Econmica. A Pesquisa Operacional utilizada em problemas que envolvam limitaes de mo de obra, matrias-primas, etc. Destaque dado para o conceito de Produto Marginal que explica a Lei dos Rendimentos Decrescentes.

A Teoria dos Custos utilizada para entender os conceitos de Lucro Econmico e Lucro Contbil. Finalmente a parte de Microeconomia se encerra com o conceito de Ponto de Nivelamento, que estabelece em que porcentual da capacidade mxima de uma fbrica se deve operar para se alcanar um equilbrio entre os Custos Totais e o Lucro Bruto.

2.3 Macroeconomia

O estudo da Macroeconomia inicia-se com a viso da Economia Clssica que acreditava que a s a Demanda seria capaz de garantir a estabilidade dos mercados. A queda de Demanda provocou a crise de 1929 e a consequente quebra da Bolsa de Valores de Nova York. neste contexto que se insere a teoria de Keynes, apresentada aps a crise, que defendia a interveno dos governos. A teoria de Keynes tambm, em determinado momento, falhou ao no dar solues numa economia moderna. Ento aparecem novas proposies, com os monetaristas e os neoclssicos.

Em seguida estuda-se a Contabilidade Nacional que fornece as noes de Renda, Produto e Despesa nacionais, ressaltando-se como se efetua o clculo do Produto Nacional Bruto. Apresenta-se tambm como que os gastos do governo afetam a poupana e o investimento de uma economia.

Na a Teoria da Determinao da Renda, estuda-se a relao entre a oferta agregada, o desemprego e o nvel geral de preos. Estuda-se ainda, como se descreve o consumo em funo da renda e tambm a relao com a poupana e como o consumo, os gastos governamentais e os investimentos auxiliam no aumento do Produto Nacional.

Estuda-se a evoluo da moeda, suas caractersticas e funes, at chegarmos at a moeda escritural. Finalmente encerramos com o estudo da inflao e do desemprego.

3 administrao

4.1 O incio do estudo da administrao A sistematizao do estudo da Administrao iniciou-se nos Estados Unidos no ano de 1881. No Brasil o aparecimento das primeiras escolas de administrao s deu aps 1940 com o aumento da demanda por mo de obra qualificada na rea. A primeira escola de administrao no Brasil foi criada atravs da Fundao Getlio Vargas com o Curso de Administrao Pblica, em 1966 apareceram os Cursos de Administrao de Empresas; (BARROS NETO, 2002).

4.2 Bases histricas da administraoDesde os tempos mais remotos a humanidade resolve os seus problemas de logstica e de infra-estrutura atravs de tcnicos que no tinham formao especfica para tais incumbncias. O papel da Igreja Catlica e do Exrcito, atravs dos tempos inegvel. Alm destas importantes contribuies tivemos ainda a participao de: filsofos, economistas e empreendedores em geral. No Brasil os primeiros passos, em termos de uma administrao independente, foram dados no imprio com a Constituio de 1824, promulgada por D. Pedro I. A Repblica manteve praticamente a mesma estrutura do Imprio cabendo ao primeiro governo Getlio Vargas empreender a modernizao do Estado Brasileiro. Mais recentemente tivemos outras aes como o Decreto Lei N. 200 de 25 de fevereiro de 1967 que expandiu a administrao indireta e descentralizou diversos rgos do Governo Federal. Em 1979 institui-se o Programa Nacional de Desburocratizao.

4.3A teoria geral da administraoAps uma breve contextualizao histrica da administrao so apresentadas algumas das principais Escolas do Pensamento Administrativo que influenciaram empresas e instituies e, cujas tcnicas continuam presentes, ainda que modernizadas.

Administrao cientfica

O principal artfice da Teoria Cientfica foi Frederick Winslow Taylor (1856-) engenheiro mecnico, desenvolveu a sua teoria com base nas suas observaes que resultou na Organizao Racional do Trabalho que preconizava dentre outras coisas: pagar salrios condizentes, abaixar os custos de fabricao, padronizar processos, treinar adequadamente os empregados, criteriosamente selecionados e criar um clima de harmonia e cooperao. Taylor contribui com a administrao introduzindo o estudo do descanso, ressaltado que isto era uma necessidade orgnica de todo ser humano. Taylor conseguia extraordinrias redues de custos, mesmo pagando bem a seus funcionrios, atravs da racionalizao do trabalho. A burocracia

O maior incentivador da burocracia foi o filsofo alemo Max Weber, que no seu trabalho de 1905 intitulado, A tica Protestante e o Esprito do Capitalismo, defendia a racionalizao progressiva da sociedade moderna. Weber considerava as antigas burocracias patrimoniais menos eficientes que as modernas burocracias capitalistas, estas seriam a expresso mxima da racionalidade, ao adequarem corretamente os meios aos fins.

Na burocracia o trabalho perfeitamente dividido e os cargos so muito bem estabelecidos. A hierarquia rgida, inflexvel e, est presente em todas as relaes burocrticas nunca permitindo que um nico cargo fique sem controle ou superviso. As regras e normas so a essncia da burocracia e todos devem se comportar de acordo com elas. As suas vantagens esto presentes em todas as organizaes e baseiam-se na, racionalidade, uniformidade de procedimentos, promoes e crescimento conforme merecimento e o conhecimento de cada um.

Abordagem clssica

No incio do Sculo 20 a grande contribuio para a administrao foi dada pelo engenheiro, Henri Fayol que afirmou que a Administrao no era nem um privilgio e muito menos um sacrifcio dos administradores das empresas, era uma funo que deveria ser compartilhada. Fayol foi o primeiro a questionar a inexistncia de um curso formar administradores, pois acreditava que capacidade administrativa poderia ser adquirida. Com uma viso hierrquica, Fayol acreditava numa diviso racional do trabalho associada a uma disciplina, sem esquecer a boa remunerao e a estabilidade.Relaes humanas

A administrao adquire uma feio mais humana aps a crise de 1929 que desbancou os velhos princpios administrativos e econmicos.

A teoria das relaes humanas apareceu da necessidade de integrar o homem ao trabalho e vice-versa, adicionando aspectos de comunicao e motivao.

As experincias pioneiras neste campo foram realizadas por Elton Mayo na dcada de 20 do sculo passado e, teve grande sucesso na fbrica da Western Eletric Co. localizada no bairro de Hawthorne, em Chicago (EUA). Mayo concluiu que o ambiente amistoso e amigvel era importante para produo final, relatou em outra experincia a existncia de grupos informais nas organizaes. Finalmente Mayo concluiu que o trabalho uma atividade grupal e o grupo fator decisivo para a produtividade. Consequncias do humanismo na administrao

A experincia de Hawthorne ressaltou a importncia dos fatores humanos na Administrao, a organizao passou a ser vista como um conjunto de seres humanos que precisavam ser motivados, incentivados e estimulados. Por outro lado observou-se que as pessoas tinham tambm as sua metas e objetivos pessoais e que precisavam ser sintonizadas com aquelas da empresa e que havia um fator psicolgico determinante da produtividade e da satisfao do trabalhador.

Da ento os administradores passaram a se preocupar com fatores ditos intangveis da organizao como, liderana, comunicao e conflitos.

Liderar conseguir que as pessoas certas faam as coisas de maneira certa na hora certa. Um lder eficaz deve ser um excelente comunicador alm ter outras capacidades como iniciativa, inteligncia, raciocnio rpido, etc.A comunicao como principal item da liderana deve ser feita com absoluta eficincia garantindo que seja entendida por todos. A empresa deve procurar a melhor forma de se comunicar para atingir a todos.Os conflitos so inerentes natureza humana e aparecem sempre, sendo que no ambiente de trabalho adquirem uma dimenso maior, por envolver diversos interesses. Organizaes de aprendizagem

Dando um salto atravs da evoluo no pensamento do processo administrativo, finalizamos com o estudo iniciado na dcada de 90 do Sculo 20, quando Peter Senge enfatizou que o mundo sistmico e que as instituies fazem parte de um todo interligado. Senge destacou cinco disciplinas, Domnio Pessoal, Modelos Mentais, Objetivo Comum, Aprendizado Grupal e Raciocnio Sistmico, esta ltima chamada a quinta disciplina. Senge pontua tambm que as empresas que no conseguem acompanhar as mudanas tm deficincias de aprendizado e conclui que numa empresa em que todos aprendem a empresa se valoriza, pois o seu maior capital o humano.4 PLANEJAMENTO DE INDSTRIAS QUMICAS

O objetivo deste bloco de conhecimentos dar ao aluno uma viso de como se inicia um empreendimento; quais so os passos iniciais a serem dados, ressaltando-se que no basta a vontade de empreender e a disponibilidade de recursos; primeiro porque a ao empreendedora exige conhecimentos especficos e tambm de treinamento; quanto aos recursos econmicos, a disponibilidade do mesmo no garante o sucesso da empresa, necessrio, se conhecer bem o processo de fabricao ou prestao de servios. 4.1 O projeto

O projeto corresponde ao conjunto de informaes sistemtica e racionalmente ordenadas, para estimar custos e benefcios de um investimento, tem carter prtico e interdisciplinar, estruturada a partir de conceitos econmicos, tcnicos e administrativos utilizados para soluo de problemas de aplicao de recursos.A importncia do projeto reside na sua capacidade de ser um instrumento tcnico-administrativo e tambm de avaliao econmica.

Sob o ponto de vista empresarial o projeto representa o procedimento lgico e racional que substitui o comportamento intuitivo geralmente utilizado nas decises de investimento.

Sob o ponto de vista social o projeto deve analisar os efeitos diretos e indiretos da sua aplicao e tambm fatores que dizem respeito sustentabilidade, alm disso, dado a escassez de recursos presente em nossa sociedade, a existncia do projeto facilita a aplicao desses recursos limitados.As etapas principais de um projeto podem ser divididas em cinco etapas, a) Estudo Preliminar; b) Anteprojeto; c) Projeto Final ou Definitivo; d) Montagem e Partida; e) Funcionamento Normal.O estudo para a implementao de um projeto deve passar por uma tcnica que leva em conta o levantamento de um conjunto de fatores quase que ao mesmo tempo. Este processo pode prosseguir at quando o custo do estudo seja ainda justificado pelo acrscimo marginal de conhecimentos adicionados. Os parmetros a serem analisados de maneira sequencial so os seguintes: Mercado, Engenharia, Investimento, Custos, Tamanho e Localizao e Financiamento.

4.2 O desenvolvimento de um processo qumico

As principais tarefas de um engenheiro qumico so: projetar, construir e operar uma instalao industrial. No mbito destas responsabilidades o engenheiro qumico precisa se atualizar e, isto pode ser conseguido atravs de numerosas fontes como, publicaes recentes, fbricas j em funcionamento, dados de laboratrio e de plantas piloto.A idia original, de um processo qumico, pode surgir da rea de pesquisa, de um cliente ou da equipe de desenvolvimento de projetos. Em seguida uma pesquisa na literatura realizada para se saber as possveis rotas para produzir. Escolhida a rota trata-se de colocar no papel as principais reaes envolvidas e quais so as necessidades em termos de condies de processo, como as quantidades de reagentes, a cintica da reao, catalisadores, equipamentos necessrios e condies fsicas de operao. Determinados os parmetros momento de estabelecer a capacidade de produo por ano e, ento so feitos os balanos de massa e energia para definir o tamanho dos equipamentos, em seguida feito um levantamento do investimento necessrio para a montagem dos equipamentos na sequncia levantado o custo de produo dividido entre custo fixo e custo varivel.5.3Consideraes gerais de um projeto qumicoDentre os muitos aspectos que devem ser considerados na instalao de uma unidade produo podemos destacar os seguintes itens a serem observados e considerados.Localizao da fbrica

O local de instalao da fbrica deve possuir fontes de gua, matrias primas, disponibilidade de energia, facilidades de transporte. Impostos e restries legais assim como caractersticas sociais locais devem ser considerados.Layout da fbricaA ligao entre as diversas seces da fbrica deve ser feita de maneira racional e econmica para facilitar as operaes. Na seco de fabricao, especial cuidado deve dado localizao dos equipamentos para facilitar o acesso e ao mesmo tempo dar condies seguras de operao, isto se consegue com desenhos apropriados e com o emprego de modelos em escala reduzida.

Controles

A indstria qumica no intensiva de mo de obra. Os fludos so transportados atravs de tubulaes e, todo o processo monitorado por indicadores e controladores eltricos ou pneumticos, cabendo aos tcnicos supervisionar e, fazerem alteraes previstas ou necessrias.

Utilidades

As utilidades numa indstria qumica so extremamente importantes, pois atravs delas que se conseguem os fornecimentos de energia, vapor e eletricidadeEstocagem

A rea destinada estocagem vai depender das matrias-prima e dos produtos finais e, se for uma indstria sazonal as exigncias de rea e de capital de giro sero maiores.

5.4 Estimativas de custo de um projeto

O custo exato assim como a rentabilidade de um projeto qumico, so obtidos aps o detalhamento completo, momento em que se conhece com preciso todos os custos do empreendimento, mas um projeto s pode chegar a ser detalhado se mostrar viabilidade econmica e tcnica. Uma estimativa de ordem de grandeza normalmente feita no incio do estudo e se a mesma favorvel, estimativas mais aprofundadas so realizadas at se chegar a um nvel detalhado se projeto continuar indicando viabilidade tcnica e econmica; (KLEINFELD, 1993).Fluxos de Caixa

Dois tipos de fluxo de caixa so apresentados, o Fluxo de Caixa Instantneo que mostra como que a operao industrial se relaciona com a fonte/sumidouro de recursos. A fonte serve para fornecer todo o capital e o capital de giro ligado s operaes de compra de matrias-primas e venda de produtos. O lucro bruto o resultado das vendas menos os custos. A depreciao incide sobre o lucro bruto dando o lucro tributvel sobre o qual ir incidir o imposto de renda

O Fluxo de Caixa Acumulativo serve para indicar em que momento, aps sucessivas acumulaes de lucro, se dar o tempo de retorno do capital empregado; (PETERS & TIMMERHAUS, 1991).

5 ENGENHARIA ECONMICA

A Engenharia Econmica surgiu no ambiente da indstria e foi inicialmente utilizada para resolver problemas de custos e ganhos em operaes tcnicas, uma excelente auxiliar na tomada de decises que envolvem custos, depreciao, taxa de juros e taxa de atratividade (HESS et al., 1988).Matemtica financeira

Para a utilizao da Engenharia Econmica necessrio o conhecimento bsico das equaes que relacionam o valor do dinheiro no tempo e que permitem clculos do valor presente e taxas de retorno, anuidades equivalentes a um investimento; em todas estas operaes so utilizadas as frmulas de juros compostos. Outro subproduto da matemtica financeira o custo capitalizado que nos permite comparar custos de equipamentos semelhantes com vidas teis diferentes; (SCHENBACH, 2003).

Depreciao

A depreciao pensada pelos engenheiros como uma medida do decrscimo no valor do bem, portanto um custo decorrente do uso do equipamento. O custo da depreciao distribudo no tempo, segundo a legislao, e ao mesmo tempo abatido para efeito do clculo do imposto de renda.Rentabilidade de um investimento

A rentabilidade de um empreendimento calculada para um tempo estimado de vida til. O fluxo de caixa construdo com as sadas (investimentos realizados) e, com as entradas (lucro bruto); a taxa de retorno aquela que iguala para o instante zero (incio do projeto, por exemplo) os gastos e os recebimentos, ou seja, d um valor presente igual a zero.Estudo de caso

Nesta disciplina visto um estudo de caso, intitulado Instalao de uma Fbrica de Cimento, recolhido do texto (OCDE, 1977) onde so apresentados os estudos preliminares, demogrficos, de renda, de consumo de cimento por atividade e por habitante e tambm de projees do mercado de cimento futuro. A produo de projeto considerada conservadora para maior segurana. Em seguida so analisadas as alternativas tcnicas e de localizao, feitos os levantamentos do investimento necessrio assim como dos custos e dos lucros. Com os dados de investimento, lucros e do imposto de renda possvel se construir o Fluxo de Caixa. Finalmente para uma taxa de retorno dada, obtem-se os valores presentes do empreendimento. Os resultados para as cinco alternativas so analisadas e pode-se ento classificar as alternativas por ordem de rentabilidade.

6 CONCLUSES

Apresentou-se neste trabalho uma sequncia assuntos abordados com xito, aps mais de cinco anos de trabalho, com uma disciplina anual, mas que pode perfeitamente ser aplicado com duas disciplinas semestrais (em sequncia) com uma carga horria semanal de quatro horas. Os assuntos cobertos compreendem os contedos de Economia, Administrao e Planejamento de Projetos, para um Curso de Engenharia Qumica. As duas vantagens principais, da adoo de uma disciplina integrada como esta, residem no fato de se economizar tempo e ao mesmo tempo motivar o aluno, oferecendo uma disciplina ministrada por professores do seu prprio curso e com enfoque e exemplos voltados para a Engenharia Qumica. referncias bibliogrficas

PASSOS, C.R.M. & NOGAMI, O. Princpios de Economia. 5.ed. So Paulo: THOMSON, 2005. PETERS, M. S. & TIMMERHAUS, K. D. Plant design and economics for chemical engineers. 4.ed. New York: McGraw-Hill, 1991.

BARROS NETO, J. P. Teoria da Administrao: curso compacto, Rio de Janeiro: Ed. Qualitymark, 2002.

HESS, G; MARQUES, J. L; PAES, L. C. R., et al. Engenharia Econmica. 20.ed. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand, 1988. OCDE Manual de Anlise de Projetos Industriais nos Pases em Desenvolvimento. Traduo por A. Lenza et al. So Paulo: Ed. Atlas/USP, 1977. 2v.SCHENBACH, T. G. Engineering Economy: applying theory to practice: New York: Oxford University Press, 2003. 583pKLEINFELD, I. Engineering Economics: Analysis for evaluation of alternatives. New York: John Wiley, 1993.ECONOMY, ADMINISTRATION, PLANNING AND ENGINEERING ECONOMICS FOR CHEMICAL ENGINEERING STUDENTS

AbstractIn this article, we present a way to group in a single course the knowledge complementary in the education of undergraduate students of chemical engineering, such as Economy, Administration, Planning and Engineering Economics. This work is the result of more than five years teaching the subject called: "Economic Planning and Administration for the Chemical Engineering Industry", in the Chemical Engineering course of the Federal University of Uberlandia.

Key-words:Engineering Economics, Projects and Planning, Economy and Administration, Project Analysis