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Profa. Enimar J. Wendhausen ECONOMIA INTERNACIONAL

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Profa. Enimar J. Wendhausen

ECONOMIA INTERNACIONAL

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Balanço de Pagamentos • Registra contabilmente todas as transações econômicas realizadas

entre residentes (pessoas físicas ou jurídicas , que tenham esse país como seu principal centro de interesse) e não-residentes.

1. Balança Comercial – Compreende o comércio de mercadorias. 2. Balança de Serviços – Registra todos os serviços pagos e/ou

recebidos pelo País como: fretes, seguros, lucros reinvestidos, remessas ou recebimento de lucros e juros, viagens internacionais, serviços governamentais, patentes, royalties e outros.

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Balanço de Pagamentos

3. Transferências Unilaterais – Registram doações entre

os países. Estas podem ser de mercadorias ou de

divisas.

4. Saldo do balanço de transações correntes = 1+2+3

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Balanço de Pagamentos

5. Movimento de Capitais ou Balança de Capitais

Investimentos diretos líquidos

Reinvestimentos

Empréstimos e financiamentos

Amortizações de empréstimos

Outros capitais (capitais especulativos, de curto prazo,

aplicados no mercado financeiro)

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Balanço de Pagamentos

6. ERROS E OMISSÕES : São valores provenientes de erros de

contabilidade, não incluídos em nenhuma das contas

anteriores.

Inúmeras contas são registradas com valores estimados o que

impede a equivalência perfeita entre créditos e débitos. Esta

conta entra no balanço de pagamentos, a fim de cobrir os

erros estatísticos e as transações não registradas.

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Balanço de Pagamentos 7. Saldo do Balanço de Pagamentos (Balanço de Transações

Correntes+Balanço de capitais+Erros e Omissões).

8. Financiamento do Resultado ou Transações Compensatórias

Haveres e obrigações no exterior (ou variação de reservas)

Operações de Regularização

Atrasos Comerciais

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Mercado de Divisas • Oferta de divisas

• Demanda de divisas

– Taxa de câmbio : o preço de uma moeda em termos de outra.

– Demanda divisas > O divisas – desvalorização cambial ou

aumento no preço da moeda estrangeira – a moeda nacional passa

a valer menos em termos de moeda estrangeira.

– Demanda divisas < O divisas – valorização cambial ou redução

do preço da moeda estrangeira - a moeda nacional passa a valer

mais em termos de moeda estrangeira.

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Mercado de Câmbio

Câmbio oficial ou comercial: conjunto das taxas de conversão

de divisas em relação à moeda nacional, fixado pelas

autoridades monetárias.

Câmbio paralelo: representa a compra e venda de moedas

estrangeiras de forma ilegal, acima das taxas oficiais, com

intenção de lucros.

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Mercado de Câmbio

Dólar turismo : instituído no Brasil para facilitar

as operações de compra e venda de pacotes

turísticos.

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Taxa de Câmbio Nominal e Taxa de

Câmbio Real

A variação real da TC depende da: a) TC nominal; b)

inflação interna; c) inflação externa.

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Taxa de câmbio nominal

É o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da moeda

nacional ou vice-versa.

No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da moeda

nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda

estrangeira.

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Taxa de câmbio real:

- É a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país

pelos bens e serviços de outro país

- A taxa de câmbio real é o preço em reais de uma cesta de bens

estrangeiros, em relação à uma cesta brasileira.

A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um

país exporta e importa.

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Taxa de Câmbio Nominal e Taxa de

Câmbio Real

Se:

desvalorização nominal da TC > variação da inflação

interna

(nossos produtos vão ser mais “competitivos” no

mercado externo).

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Taxa de Câmbio Nominal e Taxa de

Câmbio Real

– Desvalorização nominal 10%

– Inflação 10%

– Então, a desvalorização real vai ser nula.

Se:

Variação da TC e Variação dos preços internos (nulo) e preços

externos aumentarem : há melhoria na competitividade do país

(desvalorização real da moeda nacional).

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Medidas que podem ser adotadas para

melhorar o desempenho da balança

comercial

Restrição das importações : política comercial; ou

Manipulando a taxa de câmbio.

Vantagens da taxa de câmbio fixa:

Evita especulações no mercado.

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Vantagens da taxa de câmbio fixa

Serve de instrumento de política econômica, para segurar a

inflação ou promover a industrialização do país, pelo

barateamento ou encarecimento das importações.

Limitações do sistema de câmbio flexível:

Gera incerteza nas relações internacionais.

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Mecanismos de Ajustamento do Balanço de

Pagamentos

Tendência a existência de um desequilíbrio na balança

comercial quando ocorre uma deterioração das relações de

troca.

Rt = PX/PM

A capacidade de manter importações crescentes, sem

desequilíbrio da balança comercial depende da capacidade de

importar (CM) : CM = PX . Qx/PM

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Mecanismos de Ajustamento do

Balanço de Pagamentos

Capacidade para importar dos países em

desenvolvimento é limitada – motivos:

Dificuldade de exportar quantidades crescentes

de produtos primários, pois:

estes apresentam baixa elasticidade-preço da

demanda e da renda;

e devido ao protecionismo.

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Causas dos Desajustes do Balanço de

Pagamentos

Crescimento econômico acelerado

Inflação

Desenvolvimento tecnológico (implica em novos

produtos com preços mais elevados)

Choques externos de oferta

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Fatores que afetam as exportações e as

importações

EXPORTAÇÕES

Preços Externos em dólares

Preços Internos em reais

Taxa de Câmbio

Renda Mundial

Subsídios e incentivos às exportações

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Fatores que afetam as exportações e

as importações

IMPORTAÇÕES

Preços externos em dólares

Preços internos em reais

Taxa de câmbio

Renda e Produto Nacional

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Efeito das Variações da TC sobre a Dívida

Externa do País

Desvalorização cambial : aumento o estoque da dívida

externa em reais, não afeta seu saldo em dólares.

Valorização cambial : diminui o valor da dívida em reais.

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Efeito de Variações na Taxa de Juros

sobre a Taxa de Câmbio

Aumento das taxas de juros reais internas em

relação às externas.

Redução das taxas de juros reais internas em

relação às externas.

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Teorias do Comércio Internacional

Teoria Clássica

• Teoria da Vantagem Absoluta (1776) – Cada país pode

produzir determinada mercadoria com custos menores

que outros .

• Consequentemente esse país se beneficiará se exportar

essa mercadoria e importar as outras (Adam Smith).

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Críticas:

• Considera que os preços eram determinados

principalmente pela quantidade de horas utilizadas

(mão de obra) durante a produção. Desconsidera os

demais fatores de produção

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Teoria da Vantagem Absoluta

Críticas:

• Parte do princípio de que cada país tem sempre

vantagem absoluta em algum produto. Mas, como

ficaria se uma nação não tivesse vantagem absoluta em

nenhum produto?

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Teoria das Vantagens Comparativas

PAÍS 100 metros de

tecido

100 barris de vinho

A 90 dias 80 dias

B

Fonte: MAIA, 2001, p.345.

100 dias 120 dias

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Teoria das Vantagens Comparativas

Ricardo (1817): Sugere que cada País se especialize na

produção daquela mercadoria em que fosse relativamente

mais eficiente (ou custo relativamente menor).

• Críticas:

Teoria mais abrangente do que a de Smith. Porém, também considera

que os preços eram determinados principalmente pela quantidade de

horas trabalhadas. Assim como Smith não leva em consideração os outros

fatores de produção.

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Teoria Clássica

Ricardo e Smith tentaram mostrar que a especialização da

produção estimula o comércio internacional e beneficia o

consumidor.

Teoria Neoclássica (Teoria Sueca) do Comércio Internacional

Eli Heckscher e Bertil Ohlim – 1919 e em 1933.

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Teoria Neoclássica(Teoria Sueca)

A especialização internacional deriva das diferenças na

dotação de fatores entre países.

Países com estoque maior de mão-de-obra e custos salariais

menores se especializariam na produção e exportação

daqueles produtos que utilizassem técnicas intensivas em

trabalho.

O inverso ocorreria em países com escassez de mão-de-obra

e abundância de capital.

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AS NOVAS TEORIAS DO COMÉRCIO

INTERNACIONAL

Teoria do ciclo de vida do produto (Vernon/1966):

novos produtos e processos de produção surgem nos países

desenvolvidos que investem em P&D;

surgem concorrentes fabricando um produto similar e o preço

de mercado diminui;

a firma abre uma filial em outra região com menores custos

salariais;

continuando a concorrência, novos produtos similares surgem

no mercado, e a firma abre outra filial em um país em

desenvolvimento.

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Política Cambial

• Regime de taxas fixas de câmbio

• Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating)

• Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode

flutuar)

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Política Comercial

• Alterações das Tarifas sobre Importações e Exportações:

Substituição de Importações: imposto sobre importações

maiores;

Abertura comercial ou liberalização das importações: imposto

sobre importações menores);

• Barreiras Tarifárias e não-tarifárias

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GLOBALIZAÇÃO • Pode ser tratada sob diversas óticas

Sobre o termo Globalização:

• Surgiu nas grandes Escolas de Administração de Empresas –

“Business Management Schools” - Harvard – no início dos anos 80.

• Ocorre uma rejeição de tal termo por parte do meio científico,

alguns autores preferem adotar o termo mundialização.

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GLOBALIZAÇÃO

O impacto de tal processo se faz sentir sobre

outros setores como:

Produtivo

Comercial

Financeiro

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GLOBALIZAÇÃO

• A internacionalização do comércio, das finanças e da

produção.

• A interação de três processos distintos, que são: a expansão

extraordinária dos fluxos internacionais de bens, serviços e

capitais; o acirramento da concorrência nos mercados

internacionais, e a existência de uma maior integração entre

os sistemas econômicos nacionais. (GONÇALVES, 1999,

p.24).

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GLOBALIZAÇÃO

“[...] processo pelo qual o espaço mundial adquire

unidade”(MAGNOLI, 1997, p. 7).

Processo de aceleração capitalista, sendo responsável por tal

aceleração o capital financeiro.

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Determinantes da Globalização • Tecnológicos – Revolução da informática e das telecomunicações, o que

implicou em um barateamento dos custos de transação em escala mundial, tornando as operações produtivas e financeiras mais baratas, reduzindo os custos com coleta de informações.

• Fatores de ordem política e institucional vinculados à ascensão das idéias liberais ao longo dos anos 80 – resultado dessa ascensão foi uma onda de desregulamentação do sistema econômico em escala global.

• Fatores de ordem sistêmica e estrutural – Com o menor potencial de crescimento dos mercados domésticos dos países desenvolvidos, há um deslocamento de recursos da esfera produtivo – real para a esfera financeira.

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Consequências

• O Estado abandona uma série de funções. As empresas

públicas são privatizadas.

• Com as inovações tecnológicas (microeletrônica) os

empregos industriais são atingidos – significa aumento de

produtividade na indústria e exclusão dos trabalhadores.

• A automação da produção industrial elimina postos de

trabalho assim como são criados novos empregos.

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Consequências

• Nova divisão transnacional do trabalho – envolve a

redistribuição das empresas, corporações e conglomerados

por todo mundo.

• A nova divisão transnacional do trabalho implica em outras e

novas formas de organização social e técnica do trabalho –

Surge o trabalhador desterritorializado.

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Consequências

• Verifica-se o declínio do estado-nação – este passa a ser

obrigado a compartilhar ou aceitar diretrizes provenientes de

centros de poder regionais e mundiais.

• A regionalização (movimento de integração de estados-

nações) passa a ser uma necessidade da globalização.

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Consequências

É uma fonte de acumulação de novas riquezas e que produz

ao mesmo tempo pobreza e marginalização social.

Os mercados globalizados excluem imensas parcelas da

população mundial, enquanto os empregos são eliminados e

os salários diminuídos, ocorrendo também supressão dos

direitos trabalhistas.

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REFERÊNCIAS

FILGUEIRAS, Luiz A. M. A desestruturação do mundo do

trabalho e o “mal-estar” desse fim de século. Cadernos do

Ceas, Salvador, n.171, p.9-29, set/out, 1997.

GONÇALVES, Reinaldo. Globalização e

desnacionalização. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

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REFERÊNCIAS

IANNI, Octavio. A era do globalismo. 2.ed. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 1996.

MAGNOLI, Demétrio. Globalização: Estado nacional e

espaço mundial. 5.ed. São Paulo: Moderna, 1997.

MAIA, Jayme de M. Economia internacional e comércio

exterior. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

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REFERÊNCIAS

SOUZA, Nali de J. de. Economia internacional. In:_____.

Curso de economia. São Paulo: Atlas, 2000. cap. 10, p.254-

285.

VASCONCELLOS, Marco A. S. de. O setor externo.

In:_____. Economia: micro e macro. 2. ed. São Paulo: Atlas,

2001. cap. 14, p. 345-375.