Economia Nacional Professor Cássio Albernaz · emergentes para enfrentar a crise econômica que o...

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ECONOMIA NACIONAL

ECONOMIA BRASILEIRA

• crise:

9 possíveis soluções para a crise econômica do Brasil: Especialistas analisam a situação do País e dão dicas de como sair da crise.

Helder Medeiros Rebouças: Doutor em Direito pela Universidade de Brasília, Mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (1993), É Consultor de Orçamento e de Direito Financeiro do Senado Federal e Diretor do Interlegis (Integração e Modernização do Poder Legislativo Brasileiro).

1. Ressalta a importância do Senado para votar matérias de relevância para a sociedade, no momento em que o poder executivo está enfraquecido.

2. Cobra elevação urgente da receita pública por meio de uma alta tributária ou por meio de corte de despesas públicas. "Reformas são importantes, mas não temos credibilidade no governo para resolver essas questões".

3. Ressalta a relevância da iniciativa privada para retomar o crescimento do País e critica o aspecto político. "Acho impossível qualquer mudança sem uma aliança com o PMDB, que tem a presidência das duas Casas e a vice-presidências".

Mansueto Almeida: Economista formado pela UFC e mestre na área pela USP, cursou Doutorado em Políticas Públicas no MIT, Cambridge (USA). Atualmente, é consultor independente e especialista nas áreas de Contas Públicas. É Técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (atualmente licenciado).

4. Critica a dívida do Brasil, que está em 67% do PIB. "A média dos países emergentes é de 42% do PIB"

5. Afirma não haver como repetir fórmulas anteriores na economia. "A agenda tem que ser mais ortodoxa, envolve reformas e que requer você resolver o problema fiscal."

6. Critica o descompasso entre o pensamento da presidente Dilma Rousseff, seu ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o partido dos Trabalhadores, por exemplo, em relação à reforma da previdência.

Flávio Ataliba: Graduado em economia pela UFC, mestre na área pelo CAEN/UFC; Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas/RJ e Pós-Doutor em economia pela Universidade de Harvard/EUA e Universidade Técnica de Lisboa, Portugal; Diretor geral do IPECE (Instituto de

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Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará) nos Governos Cid Gomes e Camilo Santana. Foi Coordenador do CAEN.

7. Adverte que a crise econômica tem, essencialmente, relação com a crise política. Para ele, resolver os aspectos políticos é um grande passo para retomar o crescimento da economia.

8. Aponta a Operação Lava-jato como um aspecto que potencializou todos os eventos relacionados ao aspecto político e econômico, porque mexeu com toda a classe política.

9. Para ele, o protagonismo da retomada da economia tem que ser analisado do ponto de vista institucional, seguindo os aspectos democráticos que foram conquistados ao longo do tempo e com muita dificuldade.

http://www.opovo.com.br/app/economia/2016/03/16/noticiaseconomia,3589281/9-possiveis-solucoes-para-a-crise-economica-do-brasil.shtml

CNI manifesta preocupação com agravamento da crise política e econômica:

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as federações das indústrias nos estados divulgaram nota hoje (17) na qual manifestam "extrema preocupação" com o "agravamento da crise política e econômica que o Brasil atravessa". De acordo com a nota, os empresários, assim como todos os brasileiros, "estão perplexos diante da grave deterioração do cenário político", que submete o país a uma situação sem precedentes em sua história recente.

Segundo os empresários, o caos em que mergulhou a política nacional gera um quadro de profundas incertezas, que piora as perspectivas da economia, já abalada pela mais séria recessão dos últimos 25 anos. De acordo com eles, "o país vem sendo duramente prejudicado pela paralisia decisória que o afastou do caminho do crescimento, provocando o aumento do desemprego, a elevação da inflação e o fechamento de empresas".

A nota diz também que a indústria nacional não pode aceitar que disputas e desavenças políticas se sobreponham aos interesses maiores da nação.

“Os efeitos da atual crise ética, política e econômica têm sido catastróficos para empresas e trabalhadores. Ninguém aguenta mais assistir ao espetáculo deprimente em que se transformou a política brasileira. Já passou a hora de, com respeito aos ditames da lei e da Constituição, darmos um basta a esse impasse para que o país possa retomar o rumo”, acrescenta o comunicado da CNI.

A entidade representativa da indústria destaca também que "é imprescindível restabelecer a governabilidade" e fundamental restaurar a moralidade no trato dos assuntos públicos, adotar melhores práticas administrativas e implantar medidas favoráveis à estabilidade social, ao emprego e ao desenvolvimento. "O setor empresarial espera que as instituições brasileiras, principalmente o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), com o apoio e a participação da sociedade, consigam encontrar, com urgência, soluções para tirar o país da crise política e econômica", enfatiza a nota.

Os representantes do setor dizem que "neste momento turbulento da vida nacional, a indústria brasileira exige grandeza, serenidade e espírito público dos homens e das mulheres que ocupam os Poderes da República, para que o Brasil possa superar o cenário adverso, voltar a crescer e ter confiança no futuro".

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http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-03/cni-manifesta-preocupacao-com-agravamento-da-crise-politica-e-economica

Dilma defende integração regional para superar crise econômica:

A presidenta Dilma Rousseff disse apostar na integração entre os países latino-americanos e emergentes para enfrentar a crise econômica que o Brasil e outras nações passam. No Chile para encontro com a presidenta do Chile, Michelle Bachelet, Dilma afirmou que os caminhos dos atores internacionais para superar o atual cenário econômico passam pelo "aumento da cooperação" entre os países.

Em Santiago deste o início da tarde desta sexta-feira (26), Dilma participa de compromissos ao lado da presidenta chilena e com empresários do Brasil e do Chile. Ao oferecer um brinde a Bachelet durante almoço no Palácio de La Moneda, a presidenta brasileira enfatizou a possibilidade de as duas nações ampliarem suas trocas comerciais e investimentos.

"Os emergentes têm que enfrentar a queda dos preços das comoddities, a desaceleração da China e também o fato de que as economias dos países desenvolvidos têm demonstrado uma imensa fragilidade, com idas e vindas na sua recuperação. Eu tenho orgulho dizer que coube a nós, duas mulheres, dar uma dimensão renovada do relacionamento de nossos países a partir do fortalecimento das nossas relações em uma conjuntura bastante difícil que é a que vivemos", disse à colega.

De acordo com a Dilma, o governo brasileiro vai enviar ao Congresso Nacional os pedidos de internacionalização dos acordos assinados em novembro de 2015 entre os dois países nas áreas de compras governamentais e de serviços. Dilma também lembrou dos corredores bioceânicos que estão sendo construídos e que vão ser, segundo ela, uma "alternativa logística de curta distância em relação às demais", e que vão interligar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

"O nosso comércio e investimentos têm sido muito bem sucedidos na fase em que nós não estávamos sofrendo as dificuldades dessa última conjuntura. Principalmente considerando o estoque de investimentos chilenos que o Brasil tem recebido, US$ 8 bilhões. E eu acredito, viu presidente, que este número é um pouco subestimado. Esses investimentos têm uma grande representatividade do nosso potencial em todas as áreas, da mesma forma os investimentos brasileiros aqui no Chile, e também a nossa cadeia comercial", disse.

Agenda com o PT

Dilma permanece no Chile até sábado (27), dia em que possui eventos programados até o meio da tarde. A agenda oficial da viagem prevê que a última agenda dela no país é uma reunião com economistas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, às 15h20. Caso os horários de embarque não sofram atrasos, a presidenta deve chegar no Brasil por volta das 21h, o que dificultaria a sua presença na festa de comemoração dos 36 anos do PT, no Rio de Janeiro.

Nos últimos dias, questionou-se a possibilidade de Dilma não comparecer ao evento devido a divergências entre o governo e o partido. Até o momento, porém, ainda não há uma decisão completamente fechada sobre a participação dela no evento ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de correligionários, embora ministros petistas a tenham aconselhado a ir.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-02/dilma-defende-integracao-regional-para-superar-crise-economica

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76% dos micro e pequenos empresários não pretendem investir em seus negócios nos próximos meses, mostra indicador SPC Brasil.

Proporção é a maior desde o início da série histórica. Recessão na economia e aumento do custo do capital diminuem o apetite dos MPEs para tomar crédito

O cenário econômico adverso no Brasil tem cada vez mais impacto nas atitudes dos micro e pequenos empresários em relação aos seus negócios. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que 76% dos MPEs não têm pretendem realizar investimentos para expandirem ou melhorarem suas empresas pelos próximos três meses. O Indicador de Propensão a Investir MPE registrou em fevereiro apenas 21,52 pontos, ficando abaixo dos 24,68 pontos do mês anterior. Em relação a janeiro, a queda no indicador corresponde a 12,8%.

O resultado é considerado baixo, visto que a escala do indicador varia de zero a 100. Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários investirem e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a recessão da economia com a queda do PIB em 3,8% em 2015 e a taxa Selic chegando a 14,25% são os principais fatores que explicam a baixa propensão ao investimento.

“Diante desse cenário, e sem a perspectiva de breve retomada econômica, falta confiança aos micro e pequenos empresários para que assumam novos investimentos em seus negócios”, explica Pinheiro.

Apenas 16,4% admitem fazer algum investimento nesse período - a menor proporção dos que pretendem investir desde o início da série histórica. “Outro motivo que explica porque os empresários estão reticentes em investir é a insegurança com relação ao retorno do capital investido, agravada pela crescente tensão política, que interdita o ajuste na economia”, diz o presidente.

Entre os poucos empresários que pretendem investir, os investimentos prioritários serão na reforma da empresa, mencionado por 34,4%, na ampliação de estoque (29,8%) e em mídia e propaganda (29,0%). Entre eles, a maioria (76,3%) pretende usar capital próprio para investir e 21,4% pretendem recorrer a empréstimos em bancos ou financeiras.

Apenas 6,6% têm intenção de tomar crédito nos próximos meses

Diante do cenário atual, sem a perspectiva de breve retomada econômica, também falta confiança aos micro e pequenos empresários para que assumam compromissos financeiros. O Indicador de Demanda por Crédito MPE registrou um baixo patamar em fevereiro, registrando 11,98 pontos, menos que os 12,15 pontos de janeiro. Os empresários que manifestam a intenção de tomar crédito nos próximos três meses somam apenas 6,6%, a menor proporção desde o início da série histórica, em maio de 2015. Já os que afastam essa possibilidade totalizam 87%.

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a crise econômica explica em parte o receio dos empresários. “Um terço daqueles que não pretendem contratar crédito alega que não pensam em realizar investimentos que exijam recursos de terceiros. A maior parte, porém, rejeita tomar recursos emprestados porque consegue manter o negócio com recursos próprios.”

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Entre os poucos que pretendem contratar crédito, a modalidade mais citada é o microcrédito, mencionada por 35,8%, e as principais finalidades do crédito a ser contratado são o capital de giro (35,8%), a reforma da empresa (20,8%) e compra de equipamentos (17%). A maioria relativa dos entrevistados (40,1%) considera difícil conseguir empréstimos e financiamentos. Entre esses, a burocracia é a principal causa da dificuldade, mencionada por 44,2%. A questão dos juros altos aparece é apontada por 33,6% como empecilho na hora de contratar crédito.

“A combinação de juros e burocracia constitui um importante entrave ao crescimento econômico, retirando do empresário o incentivo a investir e ampliar seu negócio”, diz Kawauti. “Os juros, em particular, tornam os investimentos financeiros relativamente mais vantajosos do que os investimentos produtivos, de modo que, para o empresário, pode ser mais rentável fazer uma aplicação financeira do que investir na expansão do negócio ou criação de um novo bem e serviço”, conclui.

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices/178-76dosmicroepequenosempresariosnaopretendeminvestiremseusnegociosnosproximosmesesmostraindicadorspcbrasil

• troca de Ministro:

Nelson Barbosa assume o comando da Fazenda no lugar de Joaquim Levy. Atual ministro do Planejamento substituirá Joaquim Levy na pasta. Para Barbosa, ajuste fiscal e recuperação econômica têm de andar juntas.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, substituirá Joaquim Levy no comando do Ministério da Fazenda. A troca foi oficializada pelo Palácio do Planalto nesta sexta-feira (18).

Com a ida de Barbosa para a Fazenda, ocorrerá uma segunda troca no primeiro escalão. O atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, assumirá o Ministério do Planejamento. Barbosa e Simão serão empossados nos novos postos na segunda-feira (21).

A troca foi confirmada em nota enviada pelo Palácio do Planalto. No texto, a presidente Dilma Rousseff agradece "a dedicação do ministro Joaquim Levy, que teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica, e deseja muito sucesso nos seus desafios futuros".

Homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, Barbosa assume a chefia da área econômica do governo após discordar de Levy e se impor nos embates sobre as medidas para reestabelecer o reequilíbrio da dívida pública, sobretudo no que diz respeito ao nível da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida).

Mais cedo, nesta sexta, a colunista do G1 Cristiana Lôbo já havia adiantado que Barbosa era o nome mais cotado para substituir Levy. O colunista do G1Gerson Camarotti também antecipou que o novo ministro da Fazenda seria o atual titular do Planejamento.

A troca de bastão no comando da economia brasileira ocorre pouco menos de um ano depois de Joaquim Levy ter assumido o posto. Ministro de perfil técnico, Levy se sentiu desprestigiado na função por ter sido vencido reiteradas vezes em disputas com o colega do Planejamento sobre definições da política econômica.

A trajetória de Nelson Barbosa

Economista de formação e com um perfil mais técnico do que político, Nelson Barbosa tem um perfil mais alinhado ao da presidente, embora seja visto pelo mercado como

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"desenvolvimentista", uma vez que ao longo do ano conseguiu convencer a presidente Dilma de medidas e metas menos dolorosas do que as que eram propostas pelo colega Levy.

Com a promoção, Barbosa volta à Fazenda e assume definitivamente o posto de principal nome da equipe econômica e o cargo para o qual o seu nome vem sendo cogitado desde a época da substituição do ex-ministro Guido Mantega.

Desde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa vem ocupando diferentes cargos do poder. Entrou no governo em 2003, no Ministério do Planejamento, permanecendo no governo até 2013, quando deixou a Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda após rusgas com Mantega e o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Na Fazenda, Barbosa já ocupou as secretarias de Acompanhamento Econômico (2007 e 08) e de Política Econômica (2008 e 10), antes de ser levado por Mantega ao posto de secretário-executivo, sucedendo Nelson Machado, em 2011. Antes disso, também ocupou cargos no Ministério do Planejamento e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na sua passagem anterior na Fazenda, foi responsável, além de negociar a reforma tributária, pelos estudos de medidas para aumentar o nível de atividade e os investimentos, como as desonerações tributárias implementadas pelo governo. Barbosa é apontado também como um dos mentores da chamada, representada por expansão fiscal, tentativa redução forçada de juros e maior controle do câmbio.

Barbosa é bacharel e mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e PhD pela New School for Social Research. Foi remador na juventude no Rio de Janeiro, onde nasceu, e tem 1,90 metro. Barbosa trabalhou no comitê de reeleição do presidente Lula, em 2006, mas não é filiado ao PT. O novo ministro da Fazenda é casado e pai de um filho.

Embate com Levy

Os desentendimentos de Barbosa e Levy ficaram mais evidentes durante as sucessivas revisões das metas fiscais para 2015 e 2016.

O principal embate ocorreu em agosto, quando pela primeira vez na história foi apresentado pelo Planejamento um projeto de Orçamento prevendo gastos maiores que as receitas (déficit).

Após a agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) tirar o grau de investimento do Brasil, o governo acabou recuando da ideia, e manteve a proposta de Levy de perseguir um superávit de 0,7% do PIB.

Para perseguir a meta, entretanto, foi anunciado um pacote de cortes e de aumento de receitas, centrado muito mais na recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) do que no corte de despesas, o que representou mais uma vitória de Barbosa.

Ao chegar no Congresso, porém, a meta fiscal para 2016 voltou a enfrentar resistência. E, diante das ameaças de cortes em programas sociais como o Bolsa Família, o governo Dilma acabou decidindo em dezembro pela revisão da meta fiscal para 0,5% do PIB, deixando Levy mais uma vez em descrédito.

No dia seguinte, a Fitch anunciava a retirada do grau de investimento do Brasil, levando o país a perder o selo de país bom pagador em 2 das grandes agências internacionais de classificação de risco.

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Em comunicado, o Planejamento minimizou o rebaixamento, afirmando ter "convicção" que a decisão da Fitch é “temporária” e que poderá ser revertida tão logo os resultados das medidas em andamento comecem a ter impacto sobre a economia, levando à recuperação do crescimento, à geração de empregos e ao reequilíbrio fiscal".

Outras posições do novo ministro

O novo ministro já defendeu uma política de reajustes mais moderados para o salário mínimo. Ao tomar posse no Planejamento, Barbosa chegou a dizer que iria "propor uma nova regra para 2016 a 2019”. Desautorizado por Dilma, entretanto, ele recuou e no dia seguinte disse que não haverá mudança na forma de cálculo do salário mínimo.

Ele também foi um dos defensores da redução dos repasses do Tesouro Nacional ao BNDES e da elevação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que serve de referência para os empréstimos do BNDES ao setor produtivo. A taxa vem sendo elevado desde o início de 2015 e está atualmente em 7,5% ao ano.

Barbosa vem defendendo o aumento dos investimentos em infraestrutura como motor para a retomada do crescimento e estava no comando da segunda etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), que prevê R$ 198 bilhões nos próximos anos com concessões de aeroportos, rodovias, ferrovias e portos.

A posição defendida por Barbosa é a de que o ajuste fiscal e a recuperação do crescimento precisam andar juntas.

Ao defender na quinta-feira (17) a redução da meta de superávit primário de 2016, Barbosa disse que o objetivo de estabilizar os níveis de investimento do país.

“No momento que a economia brasileira atravessa, nós temos agora o desafio de estabilizar o nível de atividade econômica. E para estabilizar o nível de atividade econômica é crucial estabilizar o investimento”, disse.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/12/nelson-barbosa-assume-o-ministerio-da-fazenda.html

Em posse de novo ministro da Fazenda, Dilma afirma que troca não altera objetivos do governo. Presidente defendeu que economia seja pautada pelo ajuste fiscal e retomada do crescimento.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (21) que mudança no comando do Ministério da Fazenda não vai mudar os planos do governo na área econômica. A declaração foi feita durante a cerimônia de posse do ex-ministro do Planejamento Nelson Barbosa no cargo de ministro da Fazenda.

O ex-ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União) Valdir Simão também tomou posse na ocasião como ministro do Planejamento.

A presidente defendeu que a política econômica do País seja pautada pela continuação do ajuste fiscal e pela retomada do crescimento econômico. Dilma orientou a nova equipe econômica a trabalhar com metas realistas e factíveis, atuar para reduzir a dívida pública e fazer o que for preciso para retomar o crescimento.

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— A mudança na equipe econômica não altera nossos objetivos de curto prazo que são reestabelecer o equilíbrio fiscal, reduzir a inflação, eliminar a incerteza e retomar com urgência o crescimento.

Barbosa está substituindo Joaquim Levy, que comandou a pasta por pouco mais de um ano. Um dos fatores apontados para a saída de Levy foi o desentendimento sobre a mudança da meta fiscal para 2016.

Levy queria que fosse mantida a meta de 0,7% do PIB do superávit fiscal — a economia que o governo faz para pagar juros da dívida. No entanto, o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta reduzindo a meta para 0,5% do PIB.

Nelson Barbosa estava à frente do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão desde novembro de 2014. No lugar dele entra o ex-ministro-chefe da CGU (Controladoria-Geral da União) Valdir Simão, que também tomou posse na cerimônia desta segunda. As mudanças foram anunciadas pelo Planalto na última sexta-feira (18).

Um dos principais desafios de Barbosa é convencer o mercado financeiro que o governo continuará o ajuste fiscal proposto por Levy. O mercado reagiu mal ao anúncio da troca no comando da pasta e o dólar chegou a ultrapassar os R$ 4 nesta segunda-feira.

Dilma também pediu empenho aos novos mandatários para criar novas bases para novas medidas e reformas de médio e longo prazo para a economia. A presidente disse que a taxa de crescimento foi afetada por fatores interno e externos, entre eles uma “crise política baseada no quanto pior, melhor”.

Ela também disse que não faltou compromisso fiscal e governabilidade do governo. Dilma também aproveitou a oportunidade para defender a ampliação de investimentos e criação de empregos.

A presidente ressaltou que ainda há medidas necessárias para reequilibrar as contas públicas como a recriação da CPMF e a reforma da Previdência. Para isso, Dilma disse que o governo vai “dialogar exaustivamente” com o Congresso Nacional.

A presidente agradeceu o trabalho de Levy à frente do Ministério da Fazenda e disse que ele foi “decisivo” na aprovação de “ajustes imprescindíveis”.

http://noticias.r7.com/brasil/em-posse-de-novo-ministro-da-fazenda-dilma-afirma-que-troca-nao-altera-objetivos-do-governo-21122015

• crescimento da inadimplência:

1 em cada 5 famílias está inadimplente, diz CNC. Alta no nº de famílias com dívidas em atraso foi de 8,4% em relação a 2014. Aumentou em 23% nº de famílias sem perspectiva de pagar suas contas.

Em 2015, houve redução no total de famílias endividadas em 1,3% na comparação com 2014. Apesar da queda, 61,1% das famílias brasileiras, em média, passaram 2015 com o orçamento comprometido, e houve aumento nos indicadores de inadimplência, principalmente no último trimestre do ano. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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O número médio de famílias com contas ou dívidas em atraso (inadimplentes) alcançou 20,9% do total (1 em cada 5 famílias) – alta de 8,4% em relação a 2014.

Já o total de famílias que relataram não ter perspectiva de pagar suas contas em atraso alcançou 7,7% do total – aumento de 23,2% em comparação com o ano anterior. Ao final de 2015, a taxa chegou a 8,7% das famílias – a maior para um mês de dezembro desde o início da série histórica, em janeiro de 2010.

“Mesmo tendo alcançado o menor patamar da série histórica em fevereiro de 2015, o número de famílias com contas em atraso aumentou ao longo do ano, acompanhando a piora nos indicadores de emprego e renda, assim como o aumento da inflação e o encarecimento do crédito”, comenta a economista da CNC Marianne Hanson.

Tipos de dívidas

Como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o principal responsável pelo endividamento. Em 2015, a modalidade de pagamento foi a responsável pela maior parte da dívida para 76,1% das famílias. Em segundo lugar ficou o carnê, apontado por 16,9% dos entrevistados.

A maior alteração na composição das dívidas das famílias brasileiras em relação a 2014 foi o crescimento da participação do financiamento de casa entre os tipos de dívidas mais mencionados pelos entrevistados. O item foi citado por 8,3% das famílias, ante 7,8% registrado em 2014.

Segundo a CNC, o financiamento da casa explica, ainda, a alta no tempo médio de pagamento da dívida, que passou de 6,9 meses, em 2014, para 7,1 meses em 2015.

Já o financiamento de carro, em terceiro lugar nos tipos de dívidas, foi citado por 13,7% das famílias em 2015, ficando praticamente estável em relação a 2014 (13,8%).

Renda comprometida

A parcela média da renda mensal comprometida com o pagamento de contas aumentou de 30,4% para 30,6%. Houve piora, ainda, na percepção das famílias em relação ao seu nível de endividamento. O índice daquelas que se definiram como muito endividadas aumentou de 11,6%, em 2014, para 12,4%, em 2015.

Faixas de renda

Na faixa de renda até 10 salários mínimos houve aumento de 1,7 ponto percentual no índice de famílias com contas em atraso, alcançando 23,4% delas nesse grupo. Também houve aumento de 1,6 ponto percentual no índice daquelas que disseram não ter condições de pagar suas contas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes na mesma faixa de renda.

Houve aumento também da inadimplência na faixa de renda acima de 10 salários mínimos, embora em menor intensidade. O percentual de famílias com contas em atraso apresentou elevação de 0,4 ponto percentual, atingindo 10,1% do total desse grupo de renda, enquanto o índice de famílias sem condições de pagar contas em atraso apresentou elevação de 0,6 ponto percentual, alcançando 2,8%.

http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2016/01/1-em-cada-5-familias-esta-inadimplente-diz-cnc.html

Com aprofundamento da recessão, inadimplência de famílias aumenta.

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Pagar as contas em dia se tornou um martírio para milhares de famílias. Com a recessão se aprofundando, o desemprego em disparada e a renda sendo corroída pela inflação, não há mais como acomodar as dívidas no orçamento. Mesmo despesas básicas, como a escola dos filhos, o plano de saúde, o condomínio de casa, a luz e a água, estão sendo deixadas de lado ou cortadas de vez. Nos lares de renda mais baixa, a situação é tão dramática que os recursos que entram só conseguem bancar a comida que vai para a mesa. Não dá mais para esticar o dinheiro.

“As famílias estão no limite”, diz o economista-chefe da Opus Investimentos, José Márcio Camargo. O que mais preocupa é que não há perspectiva de melhora à vista. Os especialistas são unânimes em dizer que, com o acirramento da crise política e a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o que já está ruim ficará pior. Mais gente será demitida, o salário continuará encolhendo, a inflação permanecerá distante do limite de tolerância previsto em lei, de 6,5%, e os juros, em patamares insuportáveis. É o pior ambiente para as famílias, especialmente as de menor poder aquisitivo.

Nas escolas particulares, a reclamação é geral. A taxa média de inadimplência subiu 50% nos últimos 12 meses. Saltou de 8% para 12%, segundo a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep). O calote nos condomínios chegou a 13%, mais que o dobro da média histórica, de 6%, de acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi). E o atraso no pagamento das tarifas de água e luz aumentou até 17% no país – foi o que ocorreu na Região Sul, conforme dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). São números sem precedentes em mais de uma década em meia, período em que o controle da inflação permitiu a incorporação de pelo menos 40 milhões de pessoas ao mercado de consumo — quase uma Espanha. “Boa parte da riqueza construída nesse período evaporou”, reconhece o economista Ricardo Rocha, professor da escola de negócios Insper.

DESPREPARO Carmargo, da Opus Investimentos, é enfático: “Quando a renda aumenta, o padrão de vida melhora. Agora, vivemos um processo inverso. Muitas pessoas estão sofrendo diante de um quadro econômico dificílimo”. Para ele, as mais prejudicadas são as pessoas que relutam em cortar gastos.

Dados do Banco Central mostram que mais de 3 milhões de pessoas que haviam ascendido socialmente nos últimos anos foram empurradas novamente à pobreza. É possível que contingente semelhante seja punido em 2016, quando Produto Interno Bruto (PIB) deve encolher pelo menos 4%. Não é só. Muitos dos que ficaram desempregados perderam os planos da saúde. Nos cálculos do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), 776 mil pessoas ficaram sem cobertura no ano passado. Muitos deles, por inadimplência. Pelas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), após 60 dias de atraso no pagamento, o convênio pode suspender os serviços desde que comunique o cliente com antecedência. Para Ricardo Rocha, a combinação perversa entre perda de renda e desemprego motiva o calote. Na visão dele, depois de anos de prosperidade, os brasileiros não se prepararam para a crise.

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2016/03/20/internas_economia,745337/devo-sim-pago-quando-puder.shtml

• desemprego:

Brasil pode ter quase 1 em cada 5 novos desempregados do mundo em 2017, diz OIT.

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Contingente global de pessoas que se somarão ao contingente de desempregados pode alcançar 3,4 milhões no mundo ao final do ano que vem, estima relatório.

Desemprego volta a subir no Brasil e atinge o maior nível em quatro anos. É o pior resultado desde que o IBGE começou a fazer a Pnad Contínua, uma pesquisa que analisa o mercado de trabalho de um trimestre para o outro.

O desemprego voltou a subir no Brasil e atingiu o maior nível em quatro anos. É o pior resultado desde que o IBGE começou a fazer a Pnad Contínua, uma pesquisa que analisa o mercado de trabalho de um trimestre pro outro.

Quase um em cada cinco novos desempregados do mundo em 2016 e 2017 virá do Brasil. A estimativa é da Organização Mundial do Trabalho (OIT), que em seu mais recente relatório sobre empregabilidade, divulgado neste terça-feira, acredita que 700 mil brasileiros se somarão ao contingente de desempregados até o ano que vem, de um total que pode chegar a 3,4 milhões de pessoas ao redor do planeta.

O país é citado diversas vezes no documento como exemplo de mercado de trabalho em apuros. Segundo a OIT, economias emergentes como a brasileira serão as que mais sofrerão com o desemprego em 2016.

Em meio à crise econômica e à recessão, a sangria no mercado de trabalho do Brasil já foi sentida em 2015: nos 12 meses até novembro, foram perdidas cerca de 1,5 milhão de vagas formais no país.

A China, que acaba de divulgar seu menor índice de crescimento em 25 anos, por exemplo, terá 800 mil desempregados a mais nos próximos dois anos. A desaceleração do país - que é um grande exportador e também grande comprador de matéria-prima, inclusive do Brasil - é um dos principais fatores por trás do recuo no emprego global, segundo a OIT.

A entidade chama a atenção também para a possibilidade de uma acentuação do desemprego caso países emergentes adotem medidas de austeridade - pelos cálculos da OIT, isso poderia criar um contingente extra de 2 milhões de desempregados, inclusive no Brasil.

Mas a organização também cita como causas do desemprego a freada em investimentos de longo prazo, a diminuição nas populações economicamente ativas e os grandes níveis de desigualdade social ao redor do mundo.

"O ambiente econômico instável, associado a fluxos de capital voláteis, a mercados financeiros ainda disfuncionais e à escassez de demanda global continuam a afetar as empresas e a desencorajar o investimento e a criação de empregos", explica Raymond Torres, diretor do Departamento de Pesquisa da OIT, em comunicado do órgão.

Índices

Para a OIT, o desemprego no Brasil será de 7,7% em 2016 e 7,6% em 2017 - índices abaixo da União Europeia (na casa de 9%), mas acima de China, Índia e Rússia. A média geral dos países emergentes ficará abaixo de 6% nas projeções da OIT.

A entidade menciona o impacto da desaceleração chinesa na economia brasileira sob a forma da redução na demanda por commodities, que de acordo com as mais recentes estatísticas oficiais derrubou em 13% as exportações para o país asiático, o principal parceiro comercial brasileiro desde 2009.

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O Brasil também aparece de forma negativa em um ranking da OIT sobre vulnerabilidade empregatícia - índice que inclui, por exemplo, os trabalhadores autônomos. Com uma taxa de 24%, o país tem um dos piores desempenhos entre as grandes economias: apenas China e Índia, cujas populações são pelo menos cinco vezes maiores que a brasileira, apresentam índices de vulnerabilidade mais acentuados.

A OIT vê um quadro de fraqueza estrutural a longo prazo e estima que, desde 2007, o número mundial de desempregados tenha crescido pelo menos em 27 milhões de pessoas, impulsionado pela grande crise financeira global de 2008-09.

De acordo com a entidade, o número total de desempregados no mundo ultrapassará a marca de 200 milhões de pessoas até 2017. E pelo menos 1,5 bilhão de pessoas está em situação de emprego vulnerável.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/01/brasil-pode-ter-quase-1-em-cada-5-novos-desempregados-do-mundo-em-2017-diz-oit.html

A taxa de desemprego chegou a 9,5% no trimestre que terminou em janeiro. Acima dos 9% dos três meses anteriores e bem maior do que no mesmo período do ano passado.

São 9, 6 milhões de pessoas desempregadas, 42% a mais do que há um ano. Já a renda médica dos brasileiros que continuam no mercado encolheu nesse período. A queda foi de 2,4%.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/03/desemprego-volta-subir-no-brasil-e-atinge-o-maior-nivel-em-quatro-anos.html

Os economistas falam que o desemprego no Brasil em 2016 será ainda pior. Especialista insiste em afirmar que “não há nenhum tipo de expectativa positiva” em relação ao desemprego.

Embora muitas autoridades não admitissem publicamente, o ano de 2015 foi de dificuldades e problema sérios na economia do Brasil tanto é assim, que vários postos de trabalho foram fechados em decorrência da “famosa” crise empurrada goela abaixo da nação. O que é ainda pior são as avaliações dos especialistas em política e economia, que insistem em dizer que 2016 poderá ser um ano ainda pior. Será mesmo assim?

Conforme Renaut Michel, que é o atual vice-diretor da Faculdade de Economia da UFF - Universidade Federal Fluminense (UFF), continuará aumentando a taxa dos desempregados no país neste ano, em função do decréscimo das práticas comerciais. Michel diz que o segmento da construção civil que é um dos maiores empregadores nacionais, sentiu a crise e agora outros poderão padecer do mesmo mal momento econômico em 2016.

“As expectativas positivas não existem... a industria já não anda bem das pernas há algum tempo, com perda de competitividade e os investimentos que se reduzem. Acredito que 2016 continue sendo um ano ruim não só para a indústria, mas que os setores de serviço e comércios sejam influenciados negativamente devido as inseguranças de consumo da população brasileira, levando ao ciclo vicioso dos empresários investirem cada vez menos e os bancos não darem crédito com tanta facilidade”, afirma Michel.

O agronegócio talvez seja o único braço da economia com uma boa performance, “entretanto não conseguirá isoladamente diminuir as conseqüências ruins da empregabilidade para os próximos meses”, acrescentou Renaut Michel.

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Paralelamente, João Luiz Maurity Sabóia, professor da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Instituto de Economia, lembra a todos que em outubro/2015 a taxa de desemprego foi de 7,9%, de acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O que isto significa? A taxa de 2015 era semelhante a que ocorreu em 2008 que foi 7,5% no ápice da crise econômica mundial.

Sabóia afirma que a situação econômica de 2015 causou efeito mais ruim no mercado de trabalho, se confrontado com os danos da crise internacional de 2008. “Dez anos em que ocorreram melhoras evolutivas no segmento trabalhista, e a maior parte disso, lamentavelmente, em um ano de recessão que foi alterada”, disse Sabóia referindo-se basicamente ao salário em geral e ao número de vagas de trabalho criadas no período. Ou seja, o ano de 2008 representou desaceleração, contudo não traduziu a piora do mercado de trabalho e o cidadão suportou esse movimento até 2015.

A classe metalúrgica foi uma das mais prejudicadas com o aumento do desemprego no ano passado. Edson Rocha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e São Gonçalo, falou que 7,5 mil metalúrgicos foram desligados em ambos os municípios sendo que desse número, 3,3 mil estão até agora sem receber indenização alguma. Rocha disse que a maior parte dos demitidos pelos estaleiros e construção naval como um todo, “fazem bicos”, até conseguir uma recolocação no mercado de trabalho. Resta, então, a pergunta: o que será do Brasil e do mundo, economicamente falando, de 2016 para frente?

http://br.blastingnews.com/economia/2016/01/os-economistas-falam-que-o-desemprego-no-brasil-em-2016-sera-ainda-pior-00717375.html

• notas do Brasil:

Agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixa a nota do Brasil. Brasil agora virou lixo para o grupo de investidores internacionais. Com isso fica mais difícil para empresas brasileiras pegarem empréstimo.

Duas decisões tomadas nos Estados Unidos podem interferir na economia brasileira. A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota do Brasil. Com a redução, o país perdeu o selo de bom pagador, o chamado grau de investimento. Isso deve reduzir a entrada de dinheiro no país.

O dólar já estava voando daqui rumo ao exterior havia meses. Eram os investidores estrangeiros desconfiados com o cenário econômico do Brasil que já antecipavam a retirada de dinheiro do país. Agora, com o rebaixamento foi a pá de cal.

A agência Fitch revisou a nota do Brasil de BBB- para BB+, colocando o país em um grau especulativo, como já tinha feito a Standard & Poors.

Com o rebaixamento por duas agências de risco, o Brasil agora virou lixo para o grupo de investidores internacionais. Eles colocam dinheiro em paises considerados seguros, como EUA, Chile e México.

O Brasil, que agora está no grau especulativo, não vai entrar mais nesse grupo. Vai restar o grupo dos especuladores. Eles investem em países arriscados, que, para conseguir o investimento, precisam pagar mais juros. É o que acontece com países como Rússia, Portugal, Paraguai e agora do Brasil.

Com isso fica mais difícil para qualquer empresa brasileira pegar empréstimo porque vai ter que gastar mais com juros. E falta dinheiro para movimentar a economia.

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"Áreas estratégicas como expansão produtiva, de veículos, de portos e aeroportos, então o capital estrangeiro ele é bom pra desenvolver o país e num custo bem baixo", explica Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.

Tudo que tem algum componente ou ingrediente importado pode subir de preço. "O dólar tende a subir ainda mais do que já vem subindo em 2015. E aí deixa o preço desses produtos importados muito mais caros", diz Alex Agostini.

http://g1.globo.com/hora1/noticia/2015/12/agencia-de-classificacao-de-risco-fitch-ratings-rebaixa-nota-do-brasil.html

Classificação de risco da República Soberana do Brasil

A classificação de risco (rating) soberano é a nota dada por instituições especializadas em análise de crédito, chamadas agências classificadoras de risco, a um país emissor de dívida. Tais agências avaliam a capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida. O rating é um instrumento relevante para os investidores, uma vez que fornece uma opinião independente a respeito do risco de crédito da dívida do país analisado.

Oficialmente, o Brasil possui contrato para classificação de seu risco de crédito com as seguintes agências: Standard & Poor’s (S&P), Fitch Ratings (Fitch) e Moody’s Investor Service. Adicionalmente, outras agências internacionais monitoram regularmente o risco de crédito do país, como a canadense Dominion Bond Rating Service(DBRS), as japonesas Japan Credit Rating Agency (JCR) e Rating and Investment Information (R&I), a coreana NICE Investors Service a a chinesa Dagong Global Credit Rating.

As agências de classificação de risco usualmente atribuem notas para as dividas de curto e longo prazo, em moeda local e estrangeira. A nota para a emissão de longo prazo em moeda estrangeira é a mais comumente usada como referência para definir a classificação de risco do país. As escalas usadas pelas agências podem ser representadas por letras, números e sinais matemáticos (+ ou -) e normalmente vão de 'D' (nota mais baixa) a 'AAA' (nota mais alta). Tais notas são classificadas, pelos participantes do mercado, em dois grupos: Grau Especulativo (D até BB+) e Grau de Investimento (BBB- até AAA).

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Apesar de, tecnicamente, os ratings soberanos se aplicarem diretamente aos títulos de renda fixa, com implicações consideráveis sobre seus preços, sua importância se estende muito além disso. O rating soberano tem as seguintes implicações:

• À medida que impacta o custo de financiamento do soberano, os ratings podem afetar fortemente a flexibilidade fiscal de um governo;

• Na maioria dos casos, os ratings determinam um teto ou uma referência para o risco das empresas e do setor financeiro de um país, afetando os custos de financiamento do setor privado no mercado;

• É determinante para o apreçamento do risco dos empréstimos bancários (muitos bancos internacionais se baseiam nos ratings públicos para sua avaliação de risco) que, por sua vez, afeta os preços das linhas de crédito;

• Serve de guia para investidores institucionais regulados, como fundos de pensão e companhias de seguro, tendo em vista a alocação de recursos no país;

• O rating soberano, junto com a publicidade associada a ele, serve como referência comum para investidores estrangeiros e sua disponibilidade de investimento no país;

• É um componente importante da formação das percepções externas sobre o risco e suas tendências.

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/classificacao-de-risco

O custo do rebaixamento da classificação do Brasil

Acessar o link:

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-custo-do-rebaixamento-da-classificacao-do-brasil,10000021264

• agronegócio na contramão da crise:

Na contramão da crise, agronegócio bate recorde em produtividade.

Em meio à retração generalizada da economia, o campo tem sido uma exceção. Com injeção pesada de tecnologia em todas as etapas do processo produtivo e câmbio favorável, o agronegócio, único setor que cresceu no País em 2015, vem conseguindo driblar os gargalos de infraestrutura e cravar sua competitividade no cenário internacional. Neste ano, a produção de soja, carro-chefe da agricultura brasileira, deve ultrapassar a barreira das 100 milhões de toneladas.

A nova safra recorde vem apesar de irregularidades climáticas que assolaram seis Estados, incluindo os principais produtores - Mato Grosso e Paraná. Mesmo assim, o País deve produzir 101,2 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com esse resultado e o crescente ganho de produtividade, o Brasil, que já é o maior exportador do grão, caminha para ultrapassar a produção dos EUA nas próximas safras.

"A tendência é de que o Brasil supere os Estados Unidos, não sabemos se na safra 2016/17, se na 2017/18. Mas, quando passar, vai ultrapassar e abrir", diz André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult. Essa também é a expectativa do superintendente técnico da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Bruno Lucchi. "Se as previsões de queda de área nos EUA e

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aumento no Brasil se confirmarem, a produção brasileira deverá ficar muito próxima da dos EUA."

Para a próxima safra, porém, existem algumas incógnitas: a oferta de crédito e a cotação do dólar. "Com a queda na renda, redução do crédito e a instabilidade política, que reduz a confiança, há uma tendência de maiores dificuldades em 2017", diz o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-39--128-20160320

Apesar de cenário desfavorável, agronegócio segue brilhando.

São Paulo – Não é de hoje que o agronegócio brasileiro demonstra uma extraordinária capacidade de superar as adversidades. Foi assim no ano passado, quando a economia do país encolheu 3,8% e os preços dos principais produtos agrícolas caíram no mercado internacional. Apesar do cenário desfavorável, o setor colheu uma safra recorde de grãos e fechou o ano gerando um saldo positivo de 75 bilhões de dólares na balança comercial.

Neste ano, mesmo com a economia brasileira ainda no fundo do poço, tudo indica que, mais uma vez, o campo vai repetir o bom desempenho. A previsão é que os agricultores colham mais de 210 milhões de toneladas de grãos na atual safra, quebrando o recorde de produção pelo sétimo ano seguido.

Desde 2000, o Brasil mais que dobrou o volume da colheita de grãos. E o melhor de tudo é que esse avanço ocorreu, sobretudo, pelo crescimento da produtividade — os agricultores estão colhendo cada vez mais grãos por área plantada.

As boas notícias não terminam aí. O aumento da eficiência continua se disseminando pelo país, incorporando novos polos agrícolas. O mais recente exemplo vem de Sergipe, o menor estado brasileiro em extensão territorial.

Até há pouco tempo, predominavam no agreste sergipano — uma estreita faixa de terra entre a região costeira e o sertão, com solo fértil e chuvas regulares — a agricultura familiar de subsistência e a pecuária extensiva de baixa produtividade. A situação começou a mudar nos últimos anos, quando produtores da região perceberam uma oportunidade: em função do clima local, a colheita de milho ocorre de novembro a fevereiro, no período de entressafra de outras áreas produtoras.

Com isso, podem abastecer na entressafra granjas de frangos e suínos localizadas principalmente em Pernambuco. Atraídos pela possibilidade de ter clientes cativos para sua produção, os agricultores desenvolveram plantações de milho com sementes melhoradas e manejo adequado — elas ocupam quase 300 000 hectares em Sergipe e nos estados vizinhos.

Há dois anos, o estado bateu seu recorde ao colher mais de 1 milhão de toneladas de milho numa safra, dez vezes o que produzia até a virada do século. O milho sergipano passou a ser conhecido como de “terceira safra”, por complementar as colheitas de verão e de inverno das principais regiões produtoras do país.

Produção com tecnologia

Por estar em pleno Nordeste, os produtores de milho de Sergipe recebem até 90% mais que o valor pago ao produtor do Mato Grosso que vende à região. A diferença se deve ao frete: o milho

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do Centro-Oeste tem de percorrer 3 000 quilômetros até os principais centros consumidores nordestinos.

Satisfeito com os resultados que vem obtendo, o agricultor Andersonn Jonnhy Barbalho Souza, de uma tradicional família de pecuaristas do município de Frei Paulo, a 75 quilômetros de Aracaju, prepara-se para cultivar 550 hectares de milho na safra cujo plantio se iniciará em maio. Nos anos anteriores, quando as chuvas foram regulares, Souza colheu quase 10 000 quilos de milho por hectare — uma produtividade elevada, duas vezes a média nacional.

Ele acaba de ampliar a frota de máquinas, que já era composta de duas colheitadeiras e cinco tratores, entre outros equipamentos. Comprou três novos tratores equipados com aparelho de GPS e piloto automático para a agricultura de precisão, modalidade em que os insumos são aplicados na quantidade ideal para a maior efi ciência possível em cada talhão de terra. “Espero aumentar 10% minha produtividade nesta safra”, diz Souza.

A exemplo de Souza, centenas de agricultores da região passaram, nos últimos anos, a investir em maquinário agrícola de ponta e em sementes de alta qualidade para extrair o melhor do solo. Até então, os produtores locais cultivavam o milho com sementes próprias ou sobras de outras regiões.

A mudança começou quando a estatal Embrapa passou a divulgar os resultados de pesquisas demonstrando o potencial de Sergipe na produção de milho com a adoção de técnicas mais modernas, incluindo o uso de sementes melhoradas. Os estudos da Embrapa atraí ram fornecedores de insumos e de máquinas, que estão ajudando a consoli dar a região como polo agrícola.

A ame ricana Monsanto, produtora de se mentes, lançou recentemente em Sergipe dois híbridos de milho com raiz resistente a pragas — quando a raiz é afetada, a planta absorve menos água e tem o desenvolvimento prejudicado. “Temos boas expectativas de elevação da produtividade com o uso dessa tecnologia na região”, diz Guilherme Lobato, gerente da área de biotecnologia de milho da Monsanto.

Considerando-se todos os fornecedores, estão sendo negociadas 200 000 sacas de sementes de alta qualidade para a próxima safra na região. “O agricultor local paga, sem pestanejar, 350 reais por uma saca de sementes, pois sabe que terá retorno”, diz Hélio Wilson Lemos de Carvalho, pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, unidade sediada em Aracaju. “É a prova de que o lucro é o principal estímulo para a adoção de tecnologia.”

A profissionalização da agricultura em Sergipe segue os trilhos de outros polos já consolidados no Nordeste, com destaque para a área conhecida como Mapitoba (ou Matopiba), que compreende partes dos estados de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Há 20 anos, a região era pouco conhecida e explorada, até ser “descoberta” por produtores paranaenses e gaúchos, que foram atraídos ao local pelas terras abundantes e baratas.

Em poucos anos, as pastagens extensivas e o cerrado deram lugar a uma agricultura mecanizada. Hoje, a Mapitoba é o polo onde o cultivo de grãos mais se expande no país. Na última safra, foi responsável por 9% da produção brasileira de soja, milho e algodão.

O potencial da região ainda é grande. Atualmente, 6 milhões de hectares são cultivados na área, mas estima-se que seja possível plantar mais 10 milhões de hectares.

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A expansão de fronteiras agrícolas como a Mapitoba foi impulsionada pelo período de cotações elevadas das commodities em razão da alta demanda chinesa, de 2005 a 2013. A posterior queda nos preços tem sido compensada pela desvalorização do real. Tanto que, neste ano, a despeito de o mercado mundial de soja ser abastecido por uma safra recorde dos Estados Unidos, seguida por outra do Brasil (devemos colher mais de 100 milhões de toneladas), os agricultores brasileiros estão ganhando como nunca.

No início do ano, produtores de Mato Grosso recebiam 66 reais por uma saca de soja, 30% mais do que no começo de 2015. A cotação do milho também é elevada, superando em até 50% os valores do ano passado. A bonança, entretanto, vale apenas para as commodities exportáveis.

Já os produtores de arroz e feijão enfrentam dificuldades, enquanto as indústrias de frangos e suínos sofrem com os preços altos do milho e da soja, seus principais insumos. No cômputo geral, porém, o agronegócio caminha para mais um ano na contramão da crise do país. Sorte nossa.

http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1110/noticias/apesar-de-cenario-desfavoravel-agronegocio-segue-brilhando

• PIB 2015: maior queda em 25 anos:

IBGE: PIB fecha 2015 com queda de 3,8%.

O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – teve queda de 3,8% em 2015, a maior desde o início da série histórica atual, iniciada em 1996, na série sem ajuste sazonal. Os dados relativos ao fechamento da economia brasileira no ano passado foram divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), juntamente com o resultado do PIB do 4º trimestre do ano passado, que fechou com redução de 1,4% na série com ajuste sazonal na comparação com o trimestre anterior. Em valores correntes, o PIB fechou o ano passado em R$ 5,904 trilhões.

A retração da economia em 2015 reflete retrações em praticamente todos os setores da economia, com destaque para Formação Bruta de Capital Fixo (investimento em bens de capital), com queda de 14,1%. Os dados divulgados hoje indicam também quedas significativas na Indústria (6,2% ) e nos serviços (2,7%). O único setor avaliado que registrou crescimento no período foi a agropecuária, com crescimento de 1,8%.

Ao contrário das exportações de bens e serviços que cresceram 6,1% em 2015, as importações de bens e serviços fecharam com retração de 14,3%. Com o PIB de R$ 5,9 trilhões em valores correntes, o PIB per capita do país fechou em R$ 28,876 mil, o que representa queda de 4,6% sobre 2014.

A queda de 6,2% no setor industrial revela resultados negativos da atividade. A exceção foi a extrativa mineral que cresceu no ano 4,9%. A produção e a distribuição de eletricidade, gás e água caíram 1,4%; a construção civil 7,6% e a indústria de transformação 9,7%.

Segundo o IBGE, a queda do PIB em 2015, na série ampliada (ou seja, anterior a 1996) é a maior desde 1990, ano do confisco da poupança e de outras aplicações financeiras pelo governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Naquela época, a redução foi de 4,3%. Pelos resultados hoje anunciados, 2015 será o segundo ano sem crescimento da economia. Em 2014, a variação foi de 0,1%, o que é considerada estabilidade.

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Maior queda em 25 anos

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque, a queda de 3,8% na economia brasileira em 2015 reflete a situação econômica do país, com deterioração do quadro de emprego e renda, juros e inflação alta e retração do crédito.

“Essa queda de 3,8% do PIB do ano passado é a menor da série atual, iniciada em 1996. Se olharmos para um horizonte maior, levando em conta a série antiga, é a maior queda desde 1990, quando a retração da economia havia sido de -4,3%. Antes, a menor queda da série havia sido em 1981, quando o PIB fechou nos mesmos -4,1%” argumentou.

Para ela, a redução do PIB em relação a 2014 reflete uma retração em praticamente todas as atividades. “À exceção da agropecuária e da extrativa mineral, principalmente influenciadas pela desvalorização do real frente ao dólar, a gente teve uma exportação muito grande de soja, de milho, petróleo e minério de ferro. Em contrapartida, os serviços caíram, principalmente, os ligados à indústria de transformação, a de maior queda, ao comércio - especialmente o atacadista - e os transportes, neste caso puxados pelo transporte de carga”.

Ao falar da única expansão entre os setores em 2015 (1,8% da agropecuária), Rebeca de La Rocque disse que a expansão do setor foi puxado pela soja e milho. Ela ressaltou, porém, que apesar do crescimento, o resultado foi o menor desde os 3,1% de 2012. Já a queda de 6,2% na indústria, segundo a coordenadora, foi puxada pela retração de quase 8% do setor de construção.

Além da construção, a indústria de transformação também recuou 9,7% por conta da retração dos segmentos de veículos, máquinas e equipamentos e aparelhos eletroeletrônicos.

“O recuo da indústria poderia ser maior ainda não fosse o desempenho da indústria extrativa mineral, apesar do menor preço pago pelas commodities”. A coordenadora do IBGE lembrou, ainda, que, mesmo o setor de serviços, que sempre respondeu por boa parte do PIB, fechou 2015 com retração de 2,7%.

Mesmo o consumo das famílias, que durante anos puxou para cima a economia, fechou com redução de 4%, depois de ter crescido 1,3% em 2014. “E essa queda do consumo das famílias decorreu de um conjunto de fatores: inflação mais alta, juros altos, crédito menor e até caindo em termos reais e a deterioração dos indicadores de emprego e renda”.

Indústria

Do terceiro para o quarto trimestre do ano passado, série com ajuste sazonal, o PIB caiu 1,4%, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo, que fechou em queda de 4,9%. A indústria caiu 1,4%, mesma retração verificada nos serviços.

Dentre os subsetores que formam a indústria, a maior redução se deu na extrativa mineral (-6,6%). A indústria de transformação (-2,5%) apresentou resultado negativo pelo quinto trimestre consecutivo. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,7%) e a construção (0,4%) registraram variação positiva.

Nos serviços, apenas as atividades imobiliárias (0,5%) tiveram resultado positivo no trimestre. As demais atividades sofreram retração: comércio (-2,6%), administração, saúde e educação pública (-2,0%), transporte, armazenagem e correio (-1,7%), outros serviços (-1,2%), serviços de informação (-0,9%) e intermediação financeira e seguros (-0,2%).

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Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo teve o sétimo trimestre consecutivo de queda (-4,9%) e a despesa de consumo das famílias (-1,3%) caiu pelo quarto trimestre seguido. A despesa de consumo do governo recuou 2,9%. No setor externo, as exportações de bens e serviços acusaram variação negativa de 0,4%, enquanto as importações de bens e serviços recuaram 5,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015.

Agravamento

Depois de ter fechado o primeiro semestre do ano com queda de 2,3%, a economia teve seu quadro agravado no segundo semestre ao acelerar a queda e recuar 5,2%. “O que a gente viu é que, no primeiro semestre, a economia caiu 2,3%, passando para 5,2% no segundo. E esta aceleração [da queda] decorreu de diversos fatores, inclusive do aumento da retração na indústria e também nos serviços entre um período e outro, o que afetou a economia”, disse a coordenadora do IBGE.

Sobre o comportamento do setor externo houve, segundo ela, uma reversão do quadro com as exportações contribuindo favoravelmente para o PIB e as importações ajudando a reduzir o impacto da queda do Produto Interno Bruto.

Os dados do IBGE indicam, ainda, que as exportações de bens e serviços fecharam o ano com crescimento de 6,1% e as importações caíram 14,3%, em razão da desvalorização cambial, que no ano passado chegou a 42%.

“O que a gente observou foi uma reversão das condições gerais da economia. Houve uma reversão no desempenho da demanda dos setores externo e interno. Há algum tempo, o setor externo, com o real valorizado, vinha contribuindo negativamente para o desempenho do PIB e agora, em 2015, tivemos uma contribuição bastante positiva do setor”, finalizou.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-03/ibge-pib-fecha-2015-com-queda-de-38

PIB do Brasil só é melhor que Ucrânia e Venezuela entre 32 países, diz Austin. Economia brasileira em 2015 ficou na 30ª posição num ranking de 32 países. PIB do país teve queda de 3,8% no ano passado.

O desempenho da economia brasileira em 2015 só foi melhor do que o da Ucrânia e da Venezuela, com a 30ª posição num ranking de 32 países elaborado pela Austin Rating. O Produto Interno Bruto (PIB) do país teve queda de 3,8% no ano passado, o pior resultado desde 1990, quando havia retraído 4,35%, destacou a agência classificadora de risco.

A economia da Ucrânia, que vive resquícios na guerra com a Rússia, caiu 6,4% no ano passado. No mesmo período, a Venezuela, afundada numa profunda crise econômica acentuada pela queda no preço do barril de petróleo, apresentou retração de 4,5%.

"O cenário de recessão, definitivamente, está confirmado com o resultado do acumulado de 2015 e, muito provavelmente, também ocorrerá em 2016", diz em nota Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. A estimativa é de queda de 2,9% do PIB em 2016. Para 2017, vê um "provável crescimento, mesmo que medíocre".

Caso as estimativas da agência para o próximo ano se confirmem, será o biênio com o pior desempenho econômico do Brasil em 85 anos. "A última vez que o Brasil teve queda do PIB por dois anos consecutivos foi em 1930 (-2,1%) e 1931 (-3,3%) refletindo, em parte, o crash da

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bolsa de Nova York em 1929 e o ambiente político nacional conturbado com o fim da oligarquia paulista devido a revolução de 1930", destaca.

De acordo com o ranking, as economias com melhor desempenho no ano passado foram a Índia (7,2%), China (6,9%), Filipinas (6,4%), Malásia (5,4%) e Indonésia (4,7%). Os Estados Unidos aparecem na 16ª posição, com alta de 2,4%.

Na outra ponta do ranking, além da Ucrânia, Venezuela e Brasil, aparecem a Grécia (0,5%) e o Japão (0,6%). A lista considera países que publicaram os seus resultados até o momento.

http://economia.ig.com.br/2016-03-03/pib-do-brasil-so-e-melhor-que-ucrania-e-venezuela-entre-32-paises-diz-austin.html

• Inflação:

Ministro da Fazenda acredita em inflação abaixo dos 7% neste ano. Para Barbosa, já há sinais mais favoráveis em relação ao comportamento da inflação nas últimas semanas.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse esperar que a inflação encerre o ano “menor que 7%”. Em entrevista à TV NBR na noite de quinta-feira, ele não fez qualquer menção ao fato de que, se essa previsão se concretizar, a inflação vai estourar o teto da meta pelo segundo ano consecutivo. Em 2015, a inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou em 10,67% ao ano.

A meta de inflação é de 4,5% ao ano, com tolerância de até 6,5%. “Muito provavelmente vamos ter uma inflação neste ano menor que 7%, caso continue a tendência das últimas semanas, o que significa uma redução de quase 4 pontos (percentuais) em relação ao que ocorreu no ano passado”, afirmou o ministro.

“Isso significa maior poder de compra para os trabalhadores e famílias brasileiras, que se sentirão mais seguros para poder voltar a consumir e fazer suas compras usuais, eventualmente adiadas diante desse cenário de incerteza”, acrescentou.

Para Barbosa, já há sinais mais favoráveis em relação ao comportamento da inflação nas últimas semanas. Segundo ele, a inflação oficial, medida pelo IPCA, veio abaixo das expectativas do mercado, o que deve levar os economistas a reduzir as projeções para o ano. Ele disse ainda esperar que os projetos que o governo enviou nesta semana ao Congresso sejam aprovados em até um mês e meio. Entre eles, está o pacote de renegociação da dívida dos estados, a criação de um teto para a despesa com pessoal para União e estados, a mudança da meta fiscal, ampliando as possibilidades de abatimento e a criação de depósitos remunerados no Banco Central.

“Achamos que essas medidas podem ser aprovadas no prazo de um mês ou um mês e meio, talvez até antes”, disse. Segundo o ministro, alguns parlamentares mostraram disposição para começar a analisar e votar alguns desses projetos já na próxima semana. Barbosa admitiu ainda que a instabilidade política tem impacto na economia, principalmente no que diz respeito às expectativas, e fez um apelo por um debate “mais civilizado e educado” do que está acontecendo.

“Se a gente conseguir, estamos trabalhando para estabilizar também a situação política, a recuperação econômica é mais rápida”, avaliou.

http://www.correio24horas.com.br/single-economia/noticia/ministro-da-fazenda-acredita-em-inflacao-abaixo-dos-7-neste-ano/?cHash=eef1038804e9679dd897cde00c442f79

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Bolsa família: inflação castiga os mais pobres. Beneficiários do programa no DF mal conseguem comprar os produtos da cesta básica.

A alta da inflação está corroendo a renda dos beneficiários do Bolsa Família. Se, há três anos, o valor transferido pelo governo federal dava, por exemplo, para pagar contas e ainda comprar comida, hoje, asseguram as famílias, o dinheiro mal dá para fazer a cesta básica. Desde que o programa foi criado, em 2003, a quantia básica do benefício passou de R$ 50 para R$ 77. Ou seja, um aumento de 54%. Enquanto isso, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta dos preços acumulada no mesmo período é de 108,3%.

No Distrito Federal, a realidade dos beneficiários é ainda pior. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Brasília e São Paulo têm as cestas básicas mais caras do País. Em dezembro do ano passado, a lista de compras custava, em média, R$ 451,76 na capital, que perde apenas para os supermercados paulistas, onde os mesmos produtos são comprados por aproximadamente R$ 448,31.

Estrutural

Diante do cenário, o jeito é economizar. Ainda mais para aqueles que vivem em extrema pobreza, como as centenas de famílias da Cidade Estrutural.

A Região Administrativa, famosa por ter o maior lixão a céu aberto do Brasil, possui número significativo do total dos 79 mil beneficiários do programa Bolsa Família só no DF. Lá, a média concedida pelo governo federal aos favorecidos é de R$ 150 por família.

“Antes, conseguia pagar o gás, a água e ainda comprar a comida do mês. Agora, compro a cesta e ainda falta. Carne é uma coisa que quase não comemos mais. Aí, substituo por salsicha, ovo e, mesmo assim, está caro”, desabafa a dona de casa Eliete da Silva Alencar, de 42 anos. Mãe de sete filhos, ela recebe R$ 217 do programa Bolsa Família. Hoje, apenas quatro deles vivem com ela, justamente pelas condições de vida que possui.

“Os outros estão com os avós. Aqui, não ia dar. Eu era catadora, mas tive que parar porque fui ficando velha, é muito sofrido catar lixo”, diz.

Eliete, hoje, é a chefe da família. Os quatro filhos são menores de 17 anos. Um deles tem um ano. Eles moram em um barraco de apenas dois cômodos. “Não é fácil. Eu até sou voluntária em uma creche para poder deixar os menores comigo lá. Para facilitar mesmo. Pelo menos não preciso pagar para alguém cuidar deles”, salienta.

Com a filha mais velha ao seu lado, sentada na calçada em frente de casa, Eliete aconselha a jovem, de 15 anos, a buscar um estágio no programa Jovem Aprendiz. “Já disse para ela ver isso. Porque isso ajuda muito. Só o gás está R$ 70. Eu até tento fazer o dinheiro render, indo na feira, mas não adianta”, afirma.

“No fim, o povo é que fica mal”

A mesma dificuldade é enfrentada por Maria Cruz, de 38 anos. Ela relata que a renda caiu pela metade após o corte do DF Sem Miséria por parte do GDF. “Eram R$ 147, mais R$ 150 do Bolsa Família. Sem contar que o material escolar dos meninos ainda não chegou”, reclama.

Com os R$ 150 do governo federal, compra óleo, arroz, feijão e, quando dá, alguma carne. “Antes, dava para pagar ainda água e luz com esse dinheiro. Mas, no Brasil, parece que é assim:

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tiram dos que têm pouco e dão mais para os que têm muito. No fim, é sempre o povo que fica mal”, afirma.

Já Ana Paula Barbosa, de 28 anos, conta que, hoje, nem faz mais compras do mês com o dinheiro. “São compras da semana”, ressalta a também moradora da Estrutural. Com quatro filhos e grávida de mais um, ela diz que até economiza, mas o benefício não rende. “É assim que funciona: antes, o carrinho ficava mais cheio. Agora, diminuiu mesmo. Não dá para fazer quase nada.

Ela recebe R$ 200 por mês do Bolsa Família. Aliás, chega a questionar o valor do benefício, já que todos os filhos são menores de 17 anos. “Antes, vinha R$ 300. Aí, ficou mais apertado ainda”, afirma.

O Ministério do Desenvolvimento explicou que entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016, o benefício médio do Bolsa Família aumentou 71,24%, contra 42,38% do IPCA. “As correções têm sido feitas de forma a privilegiar as famílias em situação de miséria e integradas por crianças pequenas”, afirmou o órgão.

GDF atrasa benefícios

Para 62 mil famílias do DF, a situação ficou ainda mais apertada depois que o Governo do Distrito Federal (GDF) parou de transferir a verba do programa DF Sem Miséria. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedest), a última parcela benefício foi paga no dia 20 de janeiro, referente ao mês de dezembro.

“O pagamento dos meses de janeiro e fevereiro ainda não foi realizado por falta de disponibilidade de recursos”, respondeu a pasta. Também não há data estipulada para realizar a transferência. Somando os três meses, a dívida é de aproximadamente R$ 29 milhões.

O dinheiro faz falta para a família de Fernanda Souza, por exemplo. Mãe de três crianças, de 1, 4 e 5 anos, ela conta que, agora, recebe apenas R$ 150 do Bolsa Família. “Pelo fato de que tudo subiu, mal consigo comprar as coisas básicas, como fraldas. O jeito é ir cortando, claro. Mas, isso a gente faz sempre. Deixo de comprar biscoitos para ter leite”, desabafa a jovem de 25 anos.

Fernanda conta que, somando toda sua renda, tem, por mês, R$ 350 para dar conta da casa inteira. “Recebo R$ 200 do pai dos meninos mais velhos e mais os R$ 150 do Bolsa. Antes, com o DF Sem Miséria, recebia R$ 300 de benefício. É um dinheiro que faz muita falta. Acho irresponsabilidade do governo nos deixar assim”, afirma. Para ela, porém, já que não há dinheiro para investir no programa, o GDF poderia, ao menos, oferecer cursos profissionalizantes gratuitos, na Estrutural. “Não tem”, diz.

http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/economia/674739/bolsa-familia-inflacao-castiga-os-mais-pobres/

Mercado estima menos inflação e queda maior do PIB em 2016. Previsão para o IPCA deste ano recuou pela segunda semana seguida. Para o PIB, estimativa de retração passou de 3,54% para 3,6% neste ano.

Os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de inflação para este ano pela segunda semana seguida, mas sua previsão para o "encolhimento" do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 voltou a piorar.

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As expectativas foram colhidas na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como focus. O levantamento foi feito com mais de 100 instituições financeiras.

Para 2016, a expectativa do mercado para o IPCA, a inflação oficial do país, caiu de 7,46% para 7,43%. Foi o segundo recuo seguido do indicador. Apesar da queda, ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para este ano.

A melhora na previsão de inflação do mercado financeiro para este ano aconteceu na mesma semana em que foi divulgada inflação de fevereiro, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somou 0,9% - contra 1,27% no mês anterior. Com isso, o índice perdeu força no mês passado.

Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 6% – exatamente no teto do regime de metas para o período, e também longe da meta central de 4,5% estabelecida para o próximo ano pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A autoridade monetária tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%) e, também, fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017. O mercado financeiro, porém, ainda não acredita que isso acontecerá.

Produto Interno Bruto

Para o PIB de 2016, o mercado financeiro passou a prever uma contração de 3,60% na semana passada, contra uma retração de 3,54% estimada na semana anterior. Foi a nona piora seguida do indicador.

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro teve um tombo de 3,8% em 2015 - o maior em 25 anos. Se a previsão de um novo "encolhimento" se confirmar em 2016, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948.

Para o comportamento do PIB em 2017, os economistas das instituições financeiras baixaram a previsão de alta de 0,5% para 0,44%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

Taxa de juros

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter mantido os juros básicos da economia estáveis em 14,25% ao ano na semana passada, o mercado financeiro manteve sua estimativa para a taxa Selic neste patamar no fim deste ano.

Isso quer dizer que os analistas continuam não acreditando em uma nova alta dos juros, ou corte dos mesmos, no decorrer de 2016. Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros permaneceu inalterada em 12,50% ao ano - o que pressupõe queda dos juros no ano que vem.

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A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.

Câmbio, balança e investimentos

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 caiu de R$ 4,25 para R$ 4,20. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar recuou de R$ 4,34 para R$ 4,30.

A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2016 subiu de US$ 41,20 bilhões para US$ 42,40 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a previsão de superávit avançou de US$ 43,20 bilhões para US$ 46,90 bilhões.

Para 2016, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil ficou inalterada em US$ 55 bilhões e, para 2017, a estimativa dos analistas subiu de US$ 56,25 bilhões para US$ 57,50 bilhões.

http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2016/03/mercado-estima-menos-inflacao-e-queda-maior-do-pib-em-2016.html