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Economia Não Registada: conceitos, causas, dimensão, implicações e o caso português ÓSCAR AFONSO ([email protected]) Observatório de Economia e Gestão de Fraude, 2011

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Economia Não Registada:conceitos, causas, dimensão,

implicações e o caso português

ÓSCAR AFONSO

([email protected])

Observatório de Economia e Gestão de Fraude, 2011

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Nota PréviaNota Prévia

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• O Observatório de Economia e Gestão de Fraude(OBEGEF) constituiu-se no dia 21 de Novembro de 2008,como associação de direito privado sem fins lucrativos,com objecto (http://www.gestaodefraude.eu/ ):

– promover a investigação interdisciplinar sobre a Economia Não-Registada (ENR) e a fraude em Portugal, nos contextos europeu emundial;

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– promover o ensino sobre estas temáticas; para já criou o índice deENR em Portugal e está a estudar a criação de um índice similar daFraude;

– criar redes e estabelecer outras relações com instituiçõescongéneres;

– prestar serviços que se harmonizem com a investigação.

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ENR: conceitosENR: conceitos

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� ENR corresponde à parte da economia que,

por diversas razões, não é avaliada pela

contabilidade nacional.

� Existe em todos os países, embora com

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intensidades diferentes.

� Assim se explica, por exemplo, a sobrevivência das

populações em países com PIB per capita abaixo do

limiar de subsistência.

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• O relatório da OCDE (2002) – Measurement of the non-

observed economy – considera cinco áreas dentro da

ENR:

– Produção ilegal

– Produção oculta (subdeclarada ou subterrânea)

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– Produção informal

– Produção para uso próprio (autoconsumo)

– Produção subcoberta por deficiências da estatística

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• Produção Ilegal

– Produção de bens e serviços cuja venda,

distribuição ou posse é proibida por lei

• Exemplo: produção e distribuição de drogas ilegais

– Actividades produtivas que são geralmente

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– Actividades produtivas que são geralmente

legais mas que se tornam ilegais quando

produzidas por agentes não autorizados

• Exemplo: prática de medicina sem licença

– Deve(ia) ser incluída nas contas nacionais

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• Produção oculta (subdeclarada ou subterrânea)

– Actividades produtivas legais que não são (ou são

apenas parcialmente) declaradas para evitar:

• Pagamento de impostos e contribuições

• Cumprimento de normas legais relativas ao trabalho

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– Exemplo: salários mínimos, limite de horas de trabalho,

regras de segurança e saúde no trabalho

• Cumprimento de procedimentos administrativos

– Exemplo: questionários estatísticos e registos

administrativos

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� Produção informal

– Produção com o objectivo primário de geraremprego e rendimentos para os envolvidos.

– Consiste essencialmente em unidades que operamcom pouca organização e em pequena escala.

– Relações laborais – quando existem – baseiam-se

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– Relações laborais – quando existem – baseiam-seno emprego casual ou relações pessoais e sociais(i.e., sem acordo contratual com garantias formais).

– Não há a intenção deliberada de fuga a impostosou contribuições, nem de infringir regras laborais.

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• Produção para uso próprio (autoconsumo)

– Produção cujo o objectivo final é exclusivamente o consumo

próprio.

• Exemplos: produção de cereais e outros bens alimentares,

construção de habitação própria ...

• Produção subcoberta por deficiência estatística

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• Produção subcoberta por deficiência estatística

– Produção que não entra na contabilidade nacional por

deficiências estatísticas.

• Três motivos: cobertura não total das empresas, não resposta das

empresas e informação errada sobre as empresas.

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ENR: causasENR: causas

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• Principais causas para a existência de ENR:

– Impostos sobre empresas e famílias, contribuições para a

segurança social e custos administrativos;

– Intensidade e complexidade de leis e regulamentos;

– Baixo nível de capital humano da economia;

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– Mão-de-obra composta por imigrantes ilegais e clandestinos;

– Falta de cultura e participação cívica;

– Razões culturais e ambientais;

– Falta de credibilidade de órgãos de soberania face à

conduta de alguns dos seus representantes;

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– Ineficiência da Administração Pública e falta de

transparência no atendimento público;

– Condições de mercado induzidas pela globalização dos

mercados e da produção;

– Progresso tecnológico;

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– Baixa produtividade;

– Baixo índice de confiança na sociedade;

– Burocracia;

– Instabilidade social;

– Fraco investimento de qualidade.

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ENR: dimensãoENR: dimensão

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• Alguns resultados

– Schneider (2005) observou que:

• O peso médio da ENR (em % do PIB oficial) para 2001/2002 foide: 16,7% em 21 países da OCDE e de 38,0% em 22 paísesem desenvolvimento;

• O peso da força de trabalho na ENR (em % da populaçãoactiva) para 1998/1999 foi de 15,3% em 7 países da OCDE e

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activa) para 1998/1999 foi de 15,3% em 7 países da OCDE ede 30,2% em 22 países em desenvolvimento.

– Schneider e Klinglmair (2004) observaram que:

• O peso médio da ENR (em % do PIB oficial) para 1999/2000 foide 41% em países subdesenvolvidos, 38% em países emdesenvolvimento e de 18% em países da OCDE.

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ENR: implicaçõesENR: implicações

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• Problemas à consistência da informação estatística (oficial)

e à avaliação económica, resultando na quantificação

deficiente de variáveis macroeconómicas:

– PIB; Rendimento disponível, Tx Inflação, Tx desemprego, ...

com consequências negativas na orientação da política

macroeconómica e, assim, no grau de eficiência de

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macroeconómica e, assim, no grau de eficiência de

funcionamento da actividade económica global.

• A ENR desempenha um papel “amortecedor” em

situações de crise económica.

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ENR: processos de detecçãodetecção

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Genericamente, para detecção da ENR pode recorrer-se a:

– Métodos directos

• Inquéritos estatísticos às famílias, indivíduos e

unidades económicas ou ainda auditorias à

contabilidade das empresas pela administração fiscal

– Métodos indirectos

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– Métodos indirectos

• Baseados, por exemplo, na análise das taxas de

actividade

– Métodos mistos

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ENR: trabalho por fazerENR: trabalho por fazer

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• Mesmo países com bons processos de detecção da ENR,

não possuem informação estatística sistemática; as

medições localiza-se em momentos únicos do tempo

• A correcta avaliação ao longo do tempo dos agregados

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• A correcta avaliação ao longo do tempo dos agregados

macroeconómicos está por fazer!

• Sem a medição dinâmica da ENR, as questões a seguir

apresentadas permanecerão sem resposta:

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– Que efeitos (in)directos têm as orientações da política

económica global sobre a ENR?

• I.e., a > ou < eficácia da política económica será ou não

determinada pela evolução da ENR (que actua fora do raio de

acção dos decisores económicos)?

– Qual a relação efectiva entre as flutuações da ENR e os

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ciclos económicos

• Em particular, qual a dimensão da relação recessão do sector

oficial versus reanimação da ENR?

– Que decisões tomam as unidades da ENR quanto às formas

de financiamento? E que impacto assumem sobre o nível de

actividade da ENR e a actividade económica global?

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• Os sistemas estatísticos nacionais deverão pois

ajustar-se para garantir:

–instrumentos de colecta da informação adaptados à

realidade e a lógica de funcionamento das unidades

económicas do sector ENR;

–uma metodologia de recolha de dados que, tendo em

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–uma metodologia de recolha de dados que, tendo em

conta o carácter errático da ENR e os custos associados,

garanta representatividade:

• A recolha de informação deverá assegurar a cobertura

geográfica e sectorial.

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O Caso PortuguêsO Caso Português

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• Qual o tamanho e trajectória da ENR em

Portugal?

• Quais as suas principais características e

implicações na economia oficial?

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Consequências da ENR (recorde-se ...)

• Distorções na concorrência entreempresas

• Redução das receita fiscais• Incerteza na estabilização da economia

– Indicadores enviesados

– Decisões de política económica desajustadas

– Efeitos económicos inadequados

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Dados agregados em PortugalDados agregados em Portugal

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Causas consideradas• Carga fiscal

– Impostos directos e contribuições para a segurança social

– Impostos indirectos– Subsídios e prestações sociais

• Carga de regulação– Consumo do Estado

• Evolução do mercado de trabalho– Trabalho por conta própria– Taxa de desemprego

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Indicadores considerados

• Quantidade de moeda em circulação fora

do sistema bancário

• Taxa de Participação na Força de

Trabalho

• PIB

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Resultados

30,00%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

1970

1973

1976

1979

1982

1985

1988

1991

1994

1997

2000

2003

2006

2009

ENR/PIB

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Resultados

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Dados sectoriais em PortugalDados sectoriais em Portugal

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ENR em Portugal – dados sectoriais

• Agricultura – agricultura, silvicultura e pescas.

• Indústria – electricidade, gás, vapor e água, indústria e

construção.construção.

• Serviços – comércio, restaurantes e hotéis, transportes,

comunicações e correios, bancos, seguros e actividades

imobiliárias e outros serviços.

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Causas consideradas

• Taxa de desemprego do sector.

• Peso dos trabalhadores por conta própria no

emprego global do sector.emprego global do sector.

• Peso dos impostos no Valor Acrescentado Bruto

do sector.

• Rendimento médio mensal líquido do sector.

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Indicadores considerados

• Valor Acrescentado Bruto do sector.

• Peso do número de trabalhadores com actividade

secundária no número de trabalhadores por contasecundária no número de trabalhadores por conta

de outrem do sector.

• Duração semanal efectiva de trabalho no sector.

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Resultados

0,40%

0,45%

0,50%

0,55%

0,60%

0,65%

0,70%

1998

Q1

1998

Q3

1999

Q1

1999

Q3

2000

Q1

2000

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2001

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2001

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2002

Q1

2002

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2003

Q1

2003

Q3

2004

Q1

2004

Q3

2005

Q1

2005

Q3

2006

Q1

2006

Q3

2007

Q1

2007

Q3

2008

Q1

2008

Q3

2009

Q1

AGR

7,50%

8,00%

9,00%

10,00%

11,00%

12,00%

13,00%

14,00%

15,00%

16,00%

17,00%

18,00%

1998Q

1

1998Q

3

1999Q

1

1999Q

3

2000Q

1

2000Q

3

2001Q

1

2001Q

3

2002Q

1

2002Q

3

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1

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3

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1

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1

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1

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1

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3

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1

2008Q

3

2009Q

1

SERV

3,00%

3,50%

4,00%

4,50%

5,00%

5,50%

6,00%

6,50%

7,00%

1998Q

1

1998Q

3

1999Q

1

1999Q

3

2000Q

1

2000Q

3

2001Q

1

2001Q

3

2002Q

1

2002Q

3

2003Q

1

2003Q

3

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1

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3

2005Q

1

2005Q

3

2006Q

1

2006Q

3

2007Q

1

2007Q

3

2008Q

1

2008Q

3

2009Q

1

IND

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Caso Português: conclusõesCaso Português: conclusões

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• Principal causa da ENR é– O peso dos impostos directos e das contribuições para a

segurança social.

• Em termos agregados– O peso da ENR no PIB oficial em Portugal evoluiu desde

9.3% em 1970, até 24.2% em 2009.

• Em termos sectoriais• Em termos sectoriais– A ENR como percentagem do PIB regista no 1º trimestre de

2009 o valor de 0.6% no sector agrícola, 5.5% na indústria e16.6% nos serviços.

– Os resultados evidenciam que a ENR na agricultura eserviços aumenta no período 1998-2009, enquanto naindústria diminui.

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ECONOMIA NÃO REGISTADA:CONCEITOS, CAUSAS, DIMENSÃO,

IMPLICAÇÕES E O CASO PORTUGUÊS

ÓSCAR AFONSO

OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO

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