Economia Para Concursos Públicosfiles.concursos-s-a.webnode.com/200000010-6472566638/Apostila...
Transcript of Economia Para Concursos Públicosfiles.concursos-s-a.webnode.com/200000010-6472566638/Apostila...
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
1
1
1. Introdução à Macroeconomia:
Conceitos Macroeconômicos Básicos
A Macroeconomia trata do
comportamento da economia como um todo
– com períodos de recuperação e recessão, a
produção total de bens e serviços da
economia do produto, as taxas de inflação e
desemprego, a balança de pagamentos e as
taxas de câmbio. A macroeconomia lida
com o aumento no produto e no emprego no
decorrer de longos períodos de tempos –
isto é, crescimento econômico – e ainda
com as flutuações a curto prazo que
constituem o ciclo de negócios.
A macroeconomia abrange o
comportamento econômico e as políticas
que afetam o consumo e o investimento, o
câmbio e a balança comercial, os
determinantes das variações nos preços e
salários, as políticas fiscal e monetária, o
estoque monetário, o orçamento do governo,
taxas de juros e a dívida pública. Em
síntese, a macroeconomia lida com as
principais variáveis econômicas e com
problemas do dia-a-dia.
A macroeconomia é interessante porque
lida com tópicos importantes. Mas também
é fascinante e desafiante, porque reduz os
detalhes complicadas da economia a pontos
essenciais. Esses pontos essenciais estão nas
interações dos mercados de ativos, mercado
de trabalho e mercado de bens e serviços e
nas interações entre economias de países
que comercializam produtos entre si.
Economia: É a alocação ótima de
Recursos Escassos (limitados) frente aos
desejos humanos ilimitados.
Macroeconomia: É o estudo do
comportamento econômico agregado. Na
macroeconomia, analisamos os
determinantes principais do nível de
renda, do nível geral de preços, do nível
total da produção, do nível total de
empregos, para a economia vista como
um todo.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
1. (NCE/UFRJ) Qual das seguintes
variáveis é mais adequadamente descrita
como pertencente à macroeconomia do
que à microeconomia?
a) O nível de satisfação do consumidor
dada à sua restrição orçamentária.
b) O percentual de desemprego nacional.
c) O nível de vendas de carne em um
determinado supermercado.
d) O estudo da demanda e da oferta de pão
em determinada padaria.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
2
2
2. (Fiscal de Tributos Federais/81) A
mensuração da parcela dos recursos
empregados na economia é essencialmente
uma questão macroeconômica, enquanto
que a análise de até que ponto esses recursos
estão bem alocados é uma questão
microeconômica. ( C )
3. (Analista de Finanças e Controle do
Distrito Federal/94) A teoria
microeconômica pode ser descrita como de
alocação de recursos, enquanto a teoria
macroeconômica como de utilização de
recursos. ( C )
4. (Auditor–Fiscal do Tesouro Nacional/89)
A macroeconomia é normalmente
considerada mais importante do que a
microeconomia, não tendo, portanto, pontos
de choques e controvérsias. ( E )
5. (Economista da Petrobras
Distribuidora/97) Os estudantes de
economia, nos anos vinte, dividiam seu
tempo, de forma quase idêntica, entre os
estudos dos setores macro e
microeconômico da teoria econômica. ( E )
6. Nenhum economista antes de Keynes
admitia que a economia pudesse apresentar
uma situação de queda na atividade
econômica. ( E )
7. (Receita Federal) A macroeconomia
ignora os preços de cada mercadoria e
serviço para se preocupar apenas com os
índices gerais de preços. ( C )
8. A macroeconomia trata das preferências
dos consumidores e estuda as curvas de
indiferença negativamente inclinadas. ( E )
9. O padrão de vida de uma nação tende a
ser maior quanto mais próxima estiver a
economia da plena utilização de seus
recursos. ( C )
10. A microeconomia e a macroeconomia
são partes complementares da teoria
econômica. ( C )
11. Os estudantes de economia, nos anos
vinte, dividiam seu tempo, de forma quase
idêntica, entre os estudos dos setores macro
e microeconômico da teoria econômica.
( F )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
3
3
Microeconomia: A teoria microeconômica,
ou teoria dos preços, estuda o
comportamento econômico das unidades
decisórias individuais, como consumidores,
proprietários de recursos e negócios, em um
sistema de livre empresa.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
12. A microeconomia estuda cada um dos
mercados de bens e de fatores de produção.
( C )
13. O consumidor quando consome um bem
ou serviço obtém uma certa satisfação
(utilidade). O objetivo do consumidor é,
então, ter o máximo de satisfação possível
sujeito à sua restrição orçamentária. ( C )
14. (Escrivão de Polícia Federal/1999) A
análise microeconômica estuda o
comportamento individual dos agentes
econômicos e, por sua essa razão, constitui
um fundamento sólido à análise dos grandes
agregados econômicos. A esse respeito,
julgue o item abaixo.
- A curva de demanda de automóveis mostra
a quantidade de automóveis que seria
comprada, por unidade de tempo, a
diferentes preços de mercado, mantendo-se
constantes os demais fatores que
influenciam a demanda. ( C )
15. (Agente de Polícia Federal/2000) Julgue
o item seguinte.
- Análises da demanda de farinha de
mandioca, no Brasil, indicam que uma
expansão da renda dos consumidores reduz
a demanda por esse produto. Caso essas
análises estejam corretas , então corretas,
então a farinha de mandioca é um bem
inferior. ( C )
16. O início do interesse pela
macroeconomia se dá a partir dos
problemas suscitados pela necessidade de
captação de recursos pelos países
envolvidos na Primeira Guerra Mundial.
( E )
17. A macroeconomia trata dos agregados,
como a produção de todos os bens de
capital, em determinada região, ou a renda
total gerada na agricultura, em determinado
vilarejo. ( E )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
4
4
18. (Papiloscopista Polícia Federal/2000) A
análise microeconômica estuda o
comportamento individual dos agentes
econômicos e, por essa razão, constitui um
sólido fundamento à análise dos agregados
econômicos. A esse respeito, julgue os itens
seguintes.
- No Brasil, o crescimento da violência
aumentou a procura por sistemas de
vigilância eletrônica, provocando um
deslocamento ao longo da curva de
demanda por esses produtos. ( E )
- O progresso tecnológico verificado na área
de microeletrônica reduziu os preços dos
computadores, deslocando a curva de oferta
desses produtos para baixo e para a direita.
( C )
- Os riscos, em termos de saúde,
ocasionados pela febre aftosa em parte do
rebanho brasileiro, além de desencorajarem
o consumo de carne bovina, contribuem,
também, também, para reduzir a demanda
por outras fontes de proteínas, como o
frango e o peixe. ( E )
Agentes Econômicos:
1) Famílias;
2) Empresas (Firmas);
3) Governo;
4) Setor Externo (Resto do Mundo)
1.1. Introdução à Macroeconomia:
Identidades Macroeconômicas
Fundamentais
1) PIBcf = PILcf + Dep
Onde:
PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de
Fatores;
PILcf = Produto Interno Líquido a Custo de
Fatores;
Dep = Depreciação de Ativos Fixos.
2) PIBcf = RILcf + Dep
Onde:
PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de
Fatores;
RILcf = Renda Interna Líquida a Custo de
fatores;
Dep = Depreciação de Ativos Fixos.
3) PIBpm = PIBcf + II – Sub
Onde:
PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de
Mercado;
PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de
Fatores;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
5
5
4) PIBpm = PILcf + Dep + II - Sub
Onde:
PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de
Mercado;
PILcf = Produto Interno Líquido a Custo de
Fatores;
Dep = Depreciação de Ativos Fixos;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
19.(Controlador da Arrecadação Federal/81)
A relação entre Produto Interno Bruto a
Preços de Mercado (PIBpm) e Produto
Interno Líquido a Custo de Fatores (PILcf),
é PILcf + II = PIBpm + Sub – Dep. ( C )
20.(Receita Federal/1990) O Produto
Interno Bruto, a preços de mercado,
equivale a Produto Interno Líquido a Custo
de Fatores + Impostos Indiretos +
Depreciação – Subsídios. ( C )
21.Numa determinada economia (valores
hipotéticos), o Produto Nacional Líquido a
Custo de Fatores é 200. Sabendo-se que:
Renda Líquida Enviada ao Exterior = 50
Impostos Indiretos = 80
Subsídios = 20
Depreciação = 80
Calcule o valor do Produto Interno Bruto a
Preços de Mercado.
a) 230
b) 270
c) 290
d) 310
e) 390
Solução:
PIBpm = PNLcf + Dep + II - Sub + RLE
PIBpm = 200 + 80 + 80 – 20 + 50
PIBpm = 390
5) PIBpm = RILcf + Dep + II - Sub
Onde:
PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de
Mercado;
RILcf = Renda Interna Líquida a Custo de
Fatores;
Dep = Depreciação de Ativos Fixos;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios.
6) PNBpm = PIBcf + (II – Sub) – RLE
Onde:
PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço
de Mercado;
PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de
Fatores;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios;
RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
6
6
7) PNBpm = PILcf + Dep + (II – Sub) – RLE
Onde:
PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço
de Mercado;
PILcf = Produto Interno Líquido a Custo de
Fatores;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios;
RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.
8) PNBpm = RILcf + Dep + (II – Sub) – RLE
Onde:
PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço
de Mercado;
RILcf = Renda Interna Líquida a Custo de
Fatores;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios;
RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.
9) PNBpm = PIBpm – RLE
Onde:
PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço
de Mercado;
PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de
Mercado;
RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.
10) RLE = PIBpm – PNBpm
Onde:
RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior;
PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de
Mercado;
PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço
de Mercado.
11) II – Sub = PNBpm – PNBcf
Onde:
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios
PNBpm = Produto Nacional Bruto a Preço
de Mercado;
PNBcf = Produto Nacional Bruto a Custo de
Fatores.
12) II – Sub = PIBpm – PIBcf
Onde:
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios;
PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de
Mercado;
PIBcf = Produto Interno Bruto a Custo de
Fatores.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
7
7
13) PNLcf = PIBpm + Sub – II – Dep – RLE
Onde:
PNLcf = Produto Nacional Líquido a Custo
de Fatores;
PIBpm = Produto Interno Bruto a Preço de
Mercado;
Sub = Subsídios;
II = Impostos Indiretos;
Dep = Depreciação do Capital Fixo;
RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior.
Obs.: PNLcf = Renda Nacional
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
22.(Economista do Ministério das Minas e
Energia/80) A soma das remunerações aos
fatores de produção (salários + juros +
aluguéis + lucros) é igual ao
a) Produto Interno Líquido.
b) Produto Nacional Líquido.
c) Produto Interno Bruto.
d) Produto Nacional Bruto.
23.(Controlador de Arrecadação Fiscal) Os
salários pagos ao funcionário federais
devem ser incluídos na Renda Nacional
(Produto Nacional Líquido a Custo de
Fatores). ( C )
24.(Fiscal de Tributos Federais/81) Um
pagamento qualquer efetuado em
determinado período será sempre
contabilizado integralmente na Renda
Nacional do período, desde que represente
pagamento por compra de:
a) Bens Substitutos.
b) Bens Complementares.
c) Bens Intermediários.
d) Bens de Capital.
e) Serviços de Fatores de Produção de
Propriedade de Residentes no País.
25.(Economista do Ministério das Minas e
Energia/80) Se uma firma comprar trigo por
U.M 10.000,00 e embalagens por U.M
5.000,00 e em seguida produzir farinha e
vender todas as embalagens com a farinha
de trigo produzida por U.M 16.000,00, seu
valor adicionado será igual a (em U.M):
a) 1.000,00
b) 15.000,00
c) 16.000,00
d) 31.000,00
26.(Controlador da Arrecadação Federal/81)
À Renda Nacional (PNLcf) corresponde ao
valor total da remuneração dos fatores de
produção, ao custo dos fatores. ( C )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
8
8
27.(Controlador da Arrecadação Federal/81)
Conhecem-se os seguintes dados das contas
nacionais do Brasil (valores hipotéticos, em
milhões de cruzeiros):
Produto Interno Líquido a Custo de Fatores
= 5.000
Impostos Indiretos = 750
Subsídios = 200
Depreciação do Capital Fixo = 350
Renda Líquida Enviada ao Exterior = 60
Esses dados permitem concluir que o
Produto Nacional Bruto a Preço de Mercado
equivale a:
a) 4.040
b) 4.740
c) 4.860
d) 5.840
Solução:
PNBpm = PILcf + Dep + (II – Sub) – RLE
PNBpm = 5000 + 350 + 750 – 200 – 60
PNBpm = 5.840
28.(Controlador da Arrecadação Federal/81)
Conhecem-se os seguintes dados das contas
nacionais do Brasil (valores hipotéticos, em
milhões de cruzeiros):
Produto Interno Líquido a Preços de
Mercado = 5.000
Impostos Indiretos = 750
Subsídios = 200
Depreciação do Capital Fixo = 350
Renda Líquida Enviada ao Exterior = 60
Esses dados permitem concluir que o
Produto Nacional Bruto a Custo de Fatores
equivale a:
a) 4.040
b) 4.740
c) 4.860
d) 5.840
Solução:
PNBcf = PILpm + Dep – II + Sub – REL
PNBcf = 5000 + 350 – 750 + 200 – 60
PNBcf = 4.740
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
9
9
29.O Produto Nacional Líquido exclui:
a) Depreciação.
b) Transferência.
c) Impostos diretos.
d) Impostos indiretos
Solução:
PNL = PNB – Dep
30.O Produto Nacional Bruto é igual ao
Produto Nacional Líquido mais:
a) A depreciação.
b) As exportações
c) As importações.
d) Os investimentos.
e) Impostos Diretos
Solução:
PNB = PNL + Dep
A Renda Nacional é igual:
a) Ao Produto Interno Bruto a Preços de
Mercado.
b) Ao Produto Interno Líquido a Preços de
Mercado.
c) Renda Pessoal Disponível.
d) Ao Produto Nacional Líquido a Custo
de Fatores.
e) Ao Produto Interno Líquido a Custo de
Fatores.
31.(Economista do Ministério das Minas e
Energia/1981) Num certo período o Produto
Interno Bruto a Preços de Mercado é igual
a 3.000 unidades monetárias. Tem-se
também:
Impostos Indiretos = 120
Subsídios = 40
Depreciação do Capital Fixo = 25
Renda Líquida Enviada ao Exterior = 12
32.Com esses dados pode-se dizer que o
Produto Nacional Líquido a Custo de
Fatores é igual a
a) 2.883
b) 2.907
c) 2.933
d) 3.043
Solução:
PNLcf = PIBpm + Sub – II – Dep – REL
PNLcf = 3000 + 40 – 120 – 25 – 12
PNLcf = 2.883
33.Os salários pagos pelo governo a seus
funcionários são computados no cálculo da
Renda Nacional de um país. ( C )
34.Será totalmente incluído no cálculo da
Renda Nacional o pagamento referente a
serviços de fator de produção. ( C )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
10
10
35.(Auditor Fiscal do Tesouro
Nacional/1991) Países em desenvolvimento
possuem o Produto Nacional Bruto maior
que o Produto Interno Bruto ( F )
36.(Analista de Finanças e Controle
Federal/1992) Determine o valor da Renda
Pessoal Disponível (RPD), a partir das
informações:
Renda Pessoal = 550
Poupança Pessoal = 40
Total de Pagamento de Juros = 10
Imposto de Renda de Pessoa Física = 70
Consumo = 430
a) 430
b) 440
c) 470
d) 480
e) 500
Solução 1:
Renda Pessoal Disponível (RPD) = Renda
Pessoal (RP) – Impostos Diretos da Pessoa
(IR)
Logo.....
RPD = RP – IR
RPD = 550 – 70
RPD = 480
Solução 2:
Renda Pessoal Disponível (RPD) =
Consumo (C) + Poupança (S) + Juros ( i )
Logo ......
RPD = C + S + i
RPD = 430 + 40 + 10
RPD = 480
(Analista de Finanças e Controle/1992) As
contas nacionais, no Brasil, ajustam-se ao
modelo simplificado da ONU. ( C )
A carga tributária de um país é considerada
progressiva quando:
a) Realizada, principalmente através de
impostos incidentes sobre a produção
industrial.
b) Onera todos os segmentos sociais na
mesma proporção.
c) Onera proporcionalmente mais os
segmentos sociais de menor poder
aquisitivo.
d) Onera proporcionalmente mais os
segmentos sociais de maior poder
aquisitivo.
e) É realizada principalmente através de
impostos incidentes.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
11
11
37.(Auditor Tributário do Distrito
Federal/94)
O Sistema de Contas Nacionais adotado
pelo Brasil baseia-se em cinco contas
fundamentais, que estão listadas a seguir.
Identifique as afirmativas corretas e erradas:
1. Conta de Produção é aquela que revela
o total da oferta e o total da procura de
bens e serviços. ( C )
2. Conta de Apropriação – É aquela que
revela, de um lado, o total das despesas
e, de outro, o total da renda das unidades
familiares. ( C )
3. Conta Corrente do Governo – É
aquela que registra os principais
componentes dos fluxos de despesa e de
receita do setor público. ( C )
4. Conta Consolidada de Capital – É
aquela que resume a avaliação
monetária do total da formação de
capital, bem como a origem dos recursos
para esta finalidade de que dispõe a
economia. ( C )
5. Conta das Transações com o Exterior
– Registra a síntese do movimento de
mercadorias, pagamentos e serviços
entre a economia interna e as do resto do
mundo. ( C )
1.2. Introdução à Macroeconomia:
Formas de Mensuração do Produto e da
Renda Nacional.
O desenvolvimento da metodologia de
mensuração da atividade econômica como
um todo, a sua padronização e a sua difusão
internacional são bastante recentes. Embora
os trabalhos pioneiros neste campo datem
do século XVII, somente na década de 40 é
que se definiram processos sistematizados
para o cálculo dos grandes agregados do
produto, da renda e do dispêndio nacionais.
A Contabilidade Nacional ou Social: tem
por objetivo criar metodologias que
permitam a mensuração da produção
global (agregada) de um país durante
determinado período de tempo.
Produto (P): É o valor em unidades
monetárias dos bens e serviços finais
produzidos por um país durante
determinado período de tempo.
Renda (R): É a remuneração dos fatores
de produção, na forma de salários,
aluguéis, juros e lucros.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
12
12
Consumo (C): Sã gastos feitos para
satisfazer desejos individuais. Existem o
consumo das famílias ( C ) e o consumo
do governo (G).
Produto Nacional: Resulta da soma de
valores adicionados (ou dos produtos) de
todas as empresas que compõem o
aparelho de produção da economia
nacional.
Renda Nacional: É a soma das
remunerações pagas aos fatores de
produção ou recursos econômicos, tais
como:
1) Mão – de – Obra (Trabalho);
2) Capital (Máquinas, Equipamentos,
Ferramentas; Edificações e Estoque);
3) Recursos Naturais ou Terra;
4) Tecnologia;
5) Capacidade Empresarial.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
38.(Fiscal de Tributos Federais/83) A Renda
Nacional é igual ao Produto Nacional
Líquido a Custo de Fatores ( C )
39.(Controlador da Arrecadação Federal/83)
O cálculo da Renda Nacional de um país
inclui salários ( C )
40.(Controlador da Arrecadação Federal/83)
O Produto Nacional Líquido a Custo de
Fatores é igual à Renda Nacional. ( C )
Observação.: O termo capital em economia
não tem o significado de dinheiro, e sim de
máquinas, equipamentos, ferramentas,
edificações, etc.
Poupança(s): É a renda não consumida.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
41. A poupança é o fluxo correspondente ao
estoque de riqueza ou do patrimônio de uma
sociedade. ( C )
Investimento (I): É a acumulação
(aumento do estoque de capital físico do
país. É a soma da formação bruta de
capital fixo (FBKF) com a variação de
estoque (e).
Matematicamente, temos a seguinte
fórmula:
Onde:
I = Investimento;
FBKF = Formação Bruta de Capital Fixo;
e = Variação de Estoque.
I = FBKF + e
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
13
13
Gastos do Governo (G) ou Consumo
Final das Administrações Públicas: São
gastos com salários dos funcionários
públicos e os gastos do governo com
saúde pública, educação pública, defesa
nacional, segurança pública, etc.
Despesa (D): É o destino da produção,
isto é, as fontes que adquirem a
produção. A despesa é a soma do
consumo das famílias (C) mais
investimentos das empresas (I), mais
gastos do Governo (G), mais exportações
líquidas (X – M).
Matematicamente, temos a seguinte
fórmula:
D = C + I + G + X – MOnde:
D = Despesa;
I = Investimento;
G = Gastos do Governo;
X = Exportação;
M = Importação.
Produto Potencial: É aquele que a
economia seria capaz de produzir
utilizando todos os seus recursos
disponíveis.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
42. O produto potencial da economia
corresponde a qualquer um dos pontos da
fronteira da Curva de Possibilidades de
Produção. ( C )
43. Considerando-se o conceito mais
rigoroso de produto potencial, o seu valor
pode considerar certa margem de
desemprego denominado friccional. ( C )
44. O Produto Potencial é igual ao Produto
Efetivo, mais o Hiato de Recursos. ( C )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
14
14
45. Considerando os seguintes valores
nominais do Produto, em dois anos
consecutivos:
Anos Produto Potencial Produto Efetivo
1 120 100
2 132 115
Nessas condições, podemos afirmar que o
produto efetivo cresceu mais que o produto
potencial, tanto em termos absolutos como
em termos relativos. ( C )
Principais Identidades:
Produto ≡ Renda ≡ Despesa
PIB ≡ RIB ≡ DIB
PNL ≡ RNL ≡ DNL
Poupança ≡ Investimento
Poupança ≡ Renda – Consumo
Investimento ≡ Despesa - Consumo
RLE RLRE
Interno (I)
É a produção no país.
Inclui Exclui
Produto (P)
Nacional (N)
É a produção do país.
Exclui Inclui
I = N + RLE
Onde:
I = Produto Interno;
N = Produto Nacional;
RLE = Renda Líquida Enviada ao
Exterior.
Depreciação
Bruto (B) Inclui
Produto (P)
Líquido (L) Exclui
B = L + dep
Onde:
B = Produto Bruto;
L = Produto Líquido;
Dep = Depreciação.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
15
15
II Sub
Preço de Mercado (pm)
Inclui Exclui
Produto (P)
Custo de Fator (cf)
Exclui Inclui
pm = cf + II - sub
Onde:
pm = preço de mercado;
cf = custo de fator;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
46.(Receita Federal/1990) Suponha uma
economia onde não exista governo nem
transações com o exterior; então, PIBpm =
PIBcf = RNB. ( C )
2. Introdução à Macroeconomia: Estudo
das Flutuações Econômicos e das
Variáveis Econômicas.
A Teoria Clássica não negou que uma
economia pudesse estar sujeita ao
desemprego; o que negava realmente, era
que uma economia pudesse estar em
equilíbrio ao mesmo tempo que houvesse
desemprego.
O aumento do interesse pela teoria
macroeconômica, que se iniciou na década
de trinta, é explicada por alguns motivos,
dentre os quais:
1) O da necessidade de uma teoria que
explicasse as causas e os remédios
referentes à Grande Depressão;
2) O surgimento do livro A Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda, de John
Maynard Keynes;
3) O da necessidade de uma teoria para
justificar o aumento da presença do Estado
na economia.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
16
16
Podemos considerar como assuntos de
interesses da macroeconomia:
1) A análise das causas e aplicações de
medidas para atenuar as flutuações
econômicas de curto prazo;
2) O estudo das causas do desemprego e a
aplicação de medidas visando a sua
diminuição;
3) A análise das causas dos processos
inflacionários e a aplicação de medidas
visando à diminuição dos aumentos de
preços;
4) A análise das causas e as medidas para
minimização dos déficits no Balanço de
Pagamentos e nas contas públicas.
Obs.: A microeconomia estuda as causas
pelas quais as economias não conseguem
atingir a mais alta eficiência na alocação
dos seus recursos escassos e a aplicação de
instrumentos que levem a esse objetivo.
Variáveis Econômicas: São expressões
indicativas de diferentes atividades
econômicas – transações, processos,
resultados. Essa denominação genérica
resulta de que elas variam em
determinado período de tempo – algumas
a curto ou até a curtíssimo prazo; outras
a médio e a longo prazos.
Quanto a sua natureza, as variáveis
econômicas são usualmente classificadas em
duas categorias: variáveis-fluxo e
variáveis-estoque.
As variáveis-fluxo: são indicadores que se
referem, necessariamente, a transações
ocorridas ao longo de determinado
período de tempo. Exemplos: Produto
Interno Bruto (PIB), exportações,
importações, tributos arrecadados e os
gastos correntes do governo.
As variáveis-estoque são medidas que
expressam magnitudes em determinado
momento. Exemplos: O nível das reservas
cambiais de um país, os meios de
pagamento, o valor de mercado do
conjunto das empresas negociadas nas
Bolsas de Valores; a riqueza nacional
acumulada e a população
economicamente mobilizável.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
17
17
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
47. A renda mensal de um consumidor é um
exemplo de uma variável econômica
denominada variável fluxo. ( C )
48. A dívida do governo no 1º trimestre de
2005 é um exemplo de variável estoque.
( C )
49. O número de trabalhadores
desempregados no final de um ano (2005)
numa cidade, é um exemplo de uma
variável estoque. ( C )
50. As contratações de trabalhadores em um
mês é um exemplo de variável fluxo. ( C )
51. A quantidade de capital de uma
economia é um exemplo de variável
estoque. ( C )
Produto Interno Bruto (PIB): É a
expressão do total de bens e serviços
finais produzidos dentro do território
econômico da nação, independentemente
de quais sejam os proprietários dos
recursos empregados.
Produto Nacional Bruto ( PNB): É o
valor de mercado de todos os bens finais e
serviços produzidos dentro e fora do
território econômico da nação.
Geralmente, esses bens e serviços finais
produzidos por uma determinada
economia tem a duração de um ano.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
52.(Técnico de Controle Externo do
Tribunal de Contas da União/1988)
Considerando-se os dois grandes agregados
macroeconômicos: Produto Interno Bruto
(preços de mercado) e Produto Nacional
Bruto (a preços de mercado); em um
sistema econômico aberto como, por
exemplo, o brasileiro, se o país remete mais
renda para o exterior do que dele recebe,
teremos:
a) PIB > PNB
b) PIB < PNB
c) PIB = PNB
d) As transações com o exterior não afetam
nem o PIB nem o PNB.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
18
18
Para entendermos melhor os conceitos
convencionais de Produto Interno Bruto
(PIB), Produto Nacional Bruto (PNB),
Produto Nacional Líquido (PNL) e Renda
Pessoal Disponível (RPD), temos a seguinte
modelo matemático:
Produto Interno Bruto (PIB) = $ 350
menos ( - )
Rendas líquidas enviadas para o exterior = $ 5
é igual a ( = )
Produto Nacional Bruto (PNB) = $ 345
menos ( - )
Depreciação do capital fixo = $ 20
é igual ( = )
Produto Nacional Líquido (PNL) = $ 325
menos ( - )
Tributos indiretos = $ 58
mais ( + )
Subsídios = $ 8
é igual a ( = )
Renda Nacional (RN) = $ 275
menos ( - )
Tributos diretos = $ 40
mais ( + )
Transferências = $ 15
é igual a ( = )
Renda Pessoal Disponível (RPD) = $ 250
Lembre-se:
Países em Desenvolvimento: PIB > PNB
Países Desenvolvidos: PNB > PIB.
A Política Econômica do Governo deve ter
como objetivo, principalmente:
1) Diminuir o hiato do produto;
2) Diminuir o desemprego involuntário;
3) Aumentar o produto efetivo, em termos
reais;
4) Minimizar os aumentos dos preços dos
bens.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
53. O valor do Produto Interno Bruto (PIB)
é muitas vezes subestimado ao não
considerar as transações fora do mercado e
não monetárias. ( C )
54. Se duas economias possuem a mesma
renda real per capita, o nível de bem-estar é
maior naquela em que o nível de preços é
menor. ( C )
55. A avaliação do bem-estar econômico da
população de um país deve levar em conta o
valor de sua renda per capita associado ao
seu nível de concentração de renda. ( C )
56. A renda per capita é calculada
dividindo-se o valor do Produto nacional
Bruto pela população economicamente ativa
ou empregada. ( E )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
19
19
57. (Analista de Finanças e Controle
Federal/94) O Produto Nacional Bruto é o
valor de mercado de todos os bens finais e
serviços produzidos em uma economia
durante o período de um ano. ( )
58. (Analista de Finanças e Controle do
Distrito Federal/94) Se o Produto Nacional
Bruto (PNB) aumentar de um ano para
outro, significa que houve um aumento dos
preços ou do volume de bens produzidos ou
de ambos. ( )
59. (Analista de Finanças e Controle do
Distrito Federal/94) Produto Nacional Bruto
(PNB) é a produção total de bens e serviços
numa economia, cujas estimativas do
produto nacional devem ser expressas,
necessariamente, em unidades monetárias.
( C )
Observação: Pelas dificuldades
apresentadas, as estimativas do produto
nacional não podem ser expressas em
termos físicos.
60. (Banco Central) Em relação aos
desdobramentos usuais dos principais
compartimentos da Economia, é correto
afirmar que a Política Econômica é a
aplicação dos instrumentos desenvolvidos
pela Teoria Econômica, ocupando-se de
magnitudes globais, visando à determinação
das condições de crescimento e de equilíbrio
do sistema econômico. ( C )
61. (Especialista de Políticas Públicas e
Gestão Governamental/97) A análise
macroeconômica cuida, individualmente, do
comportamento dos consumidores e
produtores, visando à compreensão do
funcionamento geral do sistema econômico.
( E )
62. A análise microeconômica cuido do
estudo agregativo da atividade da atividade
econômica, ocupando-se de magnitudes
globais, visando à determinação das
condições de crescimento e de equilíbrio do
sistema econômico. ( E )
63. Teoria Econômica é um conjunto de
observações sobre ocorrências do mundo
real, geralmente superficiais, que antecedem
o conhecimento sistematizado. ( E )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
20
20
64. (Especialista de Políticas Públicas e
Gestão Governamental/97) o uso de índices
de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) para medir o desenvolvimento
econômico e social é limitado porque não
leva em consideração melhorias da
qualidade de vida. ( C )
65. (Analista de Orçamento Federal/97)
Quando uma economia não está trabalhando
na sua curva de possibilidade de produção o
custo de oportunidade de aumentar a
produção é nulo. ( C )
Lembre-se:
O salário de uma empregada doméstica, a
arrecadação tributária federal em
determinado mês ou ano são exemplos de
variável fluxo.
Lembre-se:
O patrimônio de uma empresa e o
número de alunos matriculados no curso
de macroeconomia são exemplos de
variável estoque.
Lembre-se:
Na teoria econômica, muitas vezes é
oportuno classificar as variáveis como
sendo do tipo “estoque” ou “fluxo”.
Lembre-se:
Dados os conceitos de variáveis estoque e
fluxo, podemos afirmar que o Déficit
Público e o Produto Interno Bruto (PIB)
representam variáveis fluxos, enquanto a
dívida pública e o nível de reservas de um
país representam variáveis estoques.
Lembre-se: O valor do Produto Interno
Bruto (PIB) é maior do que o Produto
Nacional Bruto (PNB), nas economias em
desenvolvimento.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
66. (Analista do Banco Central do
Brasil/98) Tomando como caso os conceitos
de dívida e déficit público, pode-se dizer
que a dívida pública pode ser considerada
como uma variável do tipo “estoque”,
enquanto o déficit público pode ser
considerado como uma variável do tipo
“fluxo”. ( C )
67. A poupança mensal de um trabalhador é
um exemplo de variável fluxo. ( C )
68. As reservas internacionais de um país é
um exemplo de variável fluxo. ( E )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
21
21
69. O nível de desemprego de trabalho é um
exemplo de variável fluxo. ( E )
70. As contratações de trabalhadores em um
ano é um exemplo de variável fluxo. ( C )
71. A quantidade de máquinas de uma
empresa é um exemplo de variável estoque.
( C )
Ainda em relação ao Produto Interno Bruto
(PIB), temos:
1) é uma medida de desempenho
econômico, porque as pessoas
preferem ter uma renda maior do que
uma menor;
2) é igual ao valor de tudo o que é
produzido em uma economia durante
um ano, inclusive as máquinas e
equipamentos destinados à reposição.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
72. O Produto Interno Bruto (PIB) é igual a
soma das despesas de consumo,
investimento, despesas do governo e
exportações brutas. ( E )
73. O Produto Interno Bruto (PIB) equivale
ao valor da despesa com as mercadorias e
serviços produzidos internamente no país.
( C )
74. O produto em termos reais só cresce
quando ocorre aumento da quantidade
produzida, enquanto o produto em termos
nominais pode crescer em virtude de
aumento da produção física ou dos preços.
( C )
75. O deflator do Produto Interno Bruto
(PIB) é uma medida de variação dos preços
de um período para outro. ( C )
76. A lei de OKUN revela uma correlação
negativa entre as taxas de desemprego e de
crescimento do produto real. ( C )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
22
22
77. (Analista de Finanças e Controle
Externo do TCU/98) A teoria
macroeconômica analisa o desempenho da
economia a partir do estudo dos grandes
agregados econômicos. À luz dos conceitos
básicos dessa teoria, julgue o item a seguir.
- Se um agente econômico investir R$
10.000,00 em ações da Telebrás, o
investimento doméstico privado eleva-se,
implicando um aumento equivalente no
Produto Interno Bruto (PIB). ( F )
Observação: O termo investimento em
economia não significa aplicação financeira
e sim a acumulação de bens de capital, por
isto, acumulação é sinônimo de
investimento.
78. A taxa de desemprego é medida como a
relação entre a população desempregada e o
total da população do país. ( E )
79. A população economicamente ativa é
constituída pela parcela populacional em
idade de trabalhar e efetivamente
empregada. ( E )
80. A população ocupada é definida como
aquela em condições de trabalhar e voltada
efetivamente para o mercado de trabalho.
( E )
81. A taxa de desemprego é medida como a
relação entre a população ocupada e o total
da população economicamente ativa. ( E )
82. (Escrivão de Polícia Fedral/99) A
macroeconomia analisa o comportamento
dos grandes agregados econômicos,
tratando, assim, de questões relacionadas à
inflação, ao desemprego, aos desequilíbrios
externos e ao crescimento econômico. Com
base nessa teoria, julgue os itens a seguir.
- O dinheiro depositado por uma família em
uma caderneta de poupança, junto a um
banco comercial, quando utilizado para
comprar um apartamento usado é
computado, simultaneamente, como
poupança e investimento. ( F )
- O capital humano, importante
determinante do crescimento econômico,
engloba os diferentes tipos de educação e
treinamento que permitem aos indivíduos
aumentar o seu nível de produtividade.
( V )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
23
23
Entende-se por valor agregado a diferença
entre o valor da produção e o consumo
intermediário. Em finanças públicas, é o
total obtido na soma das contas que
representam determinado setor. Assim, por
exemplo, o produto, a receita e a despesa
pública são os agregados mais comumente
utilizados e permitem a formação de
quadros para uma melhor análise das contas
públicas.
A soma das remunerações aos fatores de
produção (salários + juros + aluguéis +
lucros) é igual ao Produto Interno
Líquido (PIL).
O Produto Interno Bruto a preços de
mercado equivale ao Produto Interno
Líquido a custo de fatores + impostos
indiretos + depreciação – subsídios.
Matematicamente, temos a seguinte
fórmula:
Onde:
PIBpm = Produto Interno Bruto a preço de
mercado;
PILcf = Produto Interno Líquido a custo de
fatores;
II = Impostos Indiretos;
Dep = depreciação;
Sub = subsídios.
PIBpm = PILcf + II + Dep - Sub
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
24
24
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
83. (Fiscal de Contribuição
Previdenciária/71) Entende-se por valor
agregado a diferença entre o valor da
produção e o consumo intermediário. ( C )
84. (Fiscal de Tributos Federais/80) O
Produto Interno Bruto, a preços de mercado,
equivale a
a) Produto Interno Bruto a custo de fatores
+ renda líquida enviada ao exterior.
b) Produto Interno Líquido a custo de
fatores + impostos indiretos +
depreciação – subsídios
c) Produto Interno Líquido a preços de
mercado + amortização de empréstimos
externos.
d) Produto Nacional Líquido a preços de
mercado + dívida externa bruta.
85. (Economista do Ministério das Minas e
Energia/80) Considerem-se os seguintes
dados:
Salários + juros + aluguéis + lucros = 1.100
Depreciação = 200
Impostos indiretos = 300
Subsídios = 80
Renda enviada ao exterior = 40
Renda recebida do exterior = 20
Com base nesses dados, o Produto Interno
Bruto a preços de mercado é igual a
a) 1.520
b) 1.600
c) 1.500
d) 1.320
Solução:
PIBpm = 1.100 + 300 + 200 – 80
PIBpm = 1520
PIBpm = PILcf + II + Dep - Sub
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
25
25
O Produto Nacional Líquido a custo de
fatores equivale ao Produto Interno Bruto a
preços de mercado – Renda Líquida
Enviada ao Exterior – depreciação –
Impostos Indiretos + Subsídios + Renda
Líquida Recebida do Exterior.
Matematicamente, temos a seguinte
fórmula:
PNLcf = PIBpm – RLE – Dep – II + Sub + RLRE
Onde:
PNLcf = Produto Nacional Líquido a custo
de fatores;
PIBpm = Produto Interno Bruto a preço de
mercado;
RLE = Renda Líquida Enviada ao Exterior;
dep = depreciação;
II = Impostos Indiretos;
Sub = Subsídios;
RLRE = Renda Líquida Recebida do
Exterior.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
86. (Economista do Ministério das Minas e
Energia/80) Considerem-se os seguintes
dados:
PIBpm = 1.520
Depreciação = 200
Impostos indiretos = 300
Subsídios = 80
Renda enviada ao exterior = 40
Renda recebida do exterior = 20
Com base nesses dados, o Produto Nacional
Líquido a custo de fatores é igual a
a) 1.160
b) 1.060
c) 880
d) 1.080
Solução:
PNLcf = PIBpm – RLE – Dep – II + Sub + RLRE
PNLcf = 1.520 – 40 – 200 – 300 + 80 + 20
PNLcf = 1.080
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
26
26
3. As Funções Consumo, Poupança e
Investimento
Sabemos, que nem toda renda é dispendida
(gasta) na compra de bens e serviços. Uma
parcela da renda, é economizada pelas
unidades familiares. E a essa parcela
chamamos de poupança. Em contrapartida,
a parcela do produto social gerado no
mesmo período e não consumido,
chamamos de investimento. Podemos
concluir, então, que numa economia fechada
a poupança é igual ao investimento, visto
que, a produção gera, por outro lado, rendas
de igual valor, pois os salários, lucros,
aluguéis, são custos para o setor produtivo,
são também rendas das unidades familiares.
Temos então que o produto (P) é um valor
idêntico à renda (Y):
P = YOnde:
P = Produto;
Y = Renda.
Temos que a poupança (S) tem um valor
idêntico aos investimentos (I):
S = IOnde:
S = Poupança;
I = Investimento.
A partir da identidade do produto-renda,
pode-se também chegar à identidade
poupança-investimento, onde:
P = C + IOnde:
P = Produto;
C = Consumo;
I = Investimento.
Como Y = P temos: Y = C + IOnde:
Y = Renda;
P = Produto;
C = Consumo;
I = Investimento;
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
27
27
Mas, a poupança (S) é a parcela da Renda
(Y) não despendida em bens de consumo
(C), ou:
S = Y – COnde:
S = Poupança;
Y = Renda;
C = Consumo.
Transpondo, temos:
Y = C + SOnde:
Y = Renda;
C = Consumo;
S = Poupança.
Deduz-se que:
S = IOnde:
S = Poupança;
I = Investimento.
O Modelo Keynesiano: A década de 30
abalou os pilares da macroeconomia
clássica, ao mesmo tempo que se estabelecia
de base para uma nova teoria do
desemprego. Esta nova teoria apresentada
por John Maynard Keynes em seu livro
“Teoria Geral do Emprego, do Juro e da
Moeda”, centra-se na formulação de três
preposições básicas:
1º) Desemprego em uma economia de
mercado: Keynes argumentava que a
economia de mercado poderia não ter forças
vigorosas que a movimentassem em direção
ao pleno-emprego. Sugere assim, que uma
economia de mercado poderia vir a
estabelecer-se em equilíbrio com
desemprego em grande escala;
2º) A causa do desemprego: Keynes
argumentava que o desemprego em grande
escala era o resultado de gastos
excessivamente baixos em bens e serviços.
Assim. O desemprego reflete insuficiência
de demanda agregada;
3º) A “cura” para o desemprego: para
“curar” o desemprego, a demanda agregada
deveria ser aumentada e, a melhor maneira
de fazer isso, segundo Keynes, seria pelo
aumento dos gastos governamentais.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
28
28
3.1. A Função-Consumo (Propensão a
Consumir)
Conceito: A função-consumo estuda e
analisa o comportamento das unidades
familiares e dos grupos sociais, em sua
tendência para gastar determinada
proporção de sua renda na aquisição de
bens de consumo.
A Equação Geral da Função-Consumo
C = ĉ + cYOnde:
C = Consumo agregado;
ĉ = Consumo autônomo;
c = Propensão marginal a consumir;
Y = Nível de renda ou renda disponível.
Em outras palavras:
C = ĉ + cY, onde ĉ é o consumo autônomo,
ou que independe do nível de renda; c é a
propensão marginal a consumir que é
dada por variações no consumo, proveniente
de variações no nível de renda; c = c /Y;
e, Y é o nível de renda ou renda disponível.
Propensão Marginal a Consumir (PMC)
c = c /Y
c = propensão marginal a consumir;
c = variações no consumo;
Y = variações no nível de renda ou renda
disponível
Gráfico da Função-Consumo (Propensão
a Consumir)
C
45º
E
C = ĉ + cY
ĉ
0 Ye Y
A função-consumo, mostra que o consumo
aumenta à medida que a renda aumenta, mas
não na mesma proporção, dado que
0 < c < 1.
A propensão marginal a consumir está
localizada entre os intervalos 0 e 1.
A Propensão Marginal a Consumir (PMC)
tem um valor menor do que um (1) porque a
variação no consumo (c) é menor do que a
variação na renda disponível (Y).
Lembre-se: c < Y
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
29
29
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
87. (Auditor Fiscal) Considerem-se os
seguintes dados:
Renda Disponível (Y) = 100
Consumo autônomo (ĉ) = = 40
Propensão marginal a consumir (c) = 0,75
Consumo Agregado (C) = ?
Com base nesses dados, o Consumo
Agregado (C) é igual a:
a) 115
b) 120
c) 130
d) 140
e) 150
Solução:
C = ĉ + cY
C = 40 + 0,75 . 100
C = 40 + 75
C = 115
3.2. A Função-Poupança (Propensão a
Poupar)
Conceito: A função-poupança estuda a
parcela da renda que não é gasta na
compra de bens e consumo.
Constitui o complemento da função-
consumo e também depende
fundamentalmente da renda, o que nos
permite estabelecer a equação:
S = s (Y) (equação complementar)
S = - ĉ + sYOnde:
S = Propensão a poupar;
-ĉ = Consumo autônomo (-);
s = Propensão marginal a poupar;
Y = Nível de renda ou renda disponível.
Propensão Marginal a Poupar (PMP)
s = 1 – (c / Y)
s = propensão marginal a poupar;
c = variações no consumo;
Y = variações no nível de renda ou renda
disponível.
Como as famílias usam sua renda para
consumir ou poupar, a propensão marginal
a poupar (PMP) é igual a 1 – PMC.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
30
30
Gráfico da Função-Poupança (Propensão
a Poupar)
CS
45º
C = ĉ + cY
S = s (Y)
o Y
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
88. (Auditor Fiscal) Considerem-se os
seguintes dados:
Renda Disponível (Y) = 100
Consumo autônomo (ĉ) = = 40
Propensão marginal a consumir (c) = 0,75
Propensão a poupar (S) = ?
Com base nesses dados, a Propensão a
Poupar (S) é igual a:
a) – 10
b) – 12
c) – 13
d) – 15
e) – 65
Solução:
Para encontrar, o valor da propensão
marginal a poupar, temos:
s = 1 – (c / Y)
Logo....
s = 1 – (0,75)
s = 0,25
Aplicando a fórmula da propensão a poupar,
temos:
S = - ĉ + sY
S = – 40 + 25
S = – 15
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
31
31
3.3. A Função Investimento (Propensão a
Investir)
Investimentos são as poupanças ou resíduos
da renda que aplicamos no processo
produtivo. Do ponto de vista puramente
financeiro, os investimentos fazem retornar
ao circuito econômico as poupanças
realizadas anteriormente. Do ponto de vista
real, são as “sobras” subtraídas ao consumo
da coletividade que vão melhorar e ampliar
as condições produtivas do equipamento de
capital existente.
I = Î
Onde I = investimento total e Î é o
investimento autônomo, isto é, que não
depende de outras variáveis que poderiam
interferir no seu montante, tal como a taxa
de juros.
4. O Equilíbrio (Igualdade) Poupança –
Investimento
O equilíbrio da atividade econômica exige
que o fluxo monetário seja contínuo. Assim,
a renda de uma fase qualquer deve retornar
integralmente ao circuito econômico na
etapa seguinte.
As poupanças são os vazamentos que
ocorrem no fluxo monetário, portanto
devem ser absorvidos pelo investimento no
período seguinte.
Y1 = C + SOnde:
Y1 = Renda Disponível;
C = Consumo;
S = Poupança.
Y1 = C + S
C + I = Y2 = C + S
C + I = Y3 = C + S
C + I = Y4
Assim, o equilíbrio se opera através da
igualdade S = I.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
32
32
Se S > I, no período seguinte, teremos uma
contração na renda, porque as poupanças
não retornaram ao circuito econômico.
Se S > I a renda do período posterior
revelará uma tendência para a expansão.
Gráfico do Equilíbrio (Igualdade)
Poupança-Investimento
CI
45º
S = I S > I C + I
S < I
o yo Y
5. Determinação da Renda de Equilíbrio
O Nível de Equilíbrio de Renda e do
Produto numa Economia Fechada e sem
Governo – Economia A
Neste modelo, o produto final é medido
como a soma das despesas de consumo e
investimento.
Uma vez que não há governo nesta
economia, a renda nacional é igual ao
produto nacional líquido. Como também
não há impostos, a renda pessoal se torna
renda pessoal disponível.
Matematicamente, temos:
Y = Yd
Onde:
Y = Renda Pessoal;
Yd = Renda Pessoal Disponível.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
33
33
PNL = C + IOnde:
PNL = Produto Nacional Líquido;
C = Consumo;
I = Investimentos.
Yd = C + SOnde:
Yd = Renda Pessoal Disponível;
C = Consumo;
S = Poupança.
I = S
Onde:
I = Investimento;
S = Poupança.
Lembre-se:
C + S = Y = C + I
Logo....
S = Y = I ou S = I
Determinação da Renda de Equilíbrio
Y = C + I, onde (1)
C = ĉ + cY
I = Î, substituindo em (1), temos
Y = ĉ + cY + Î (2)
passando cY para o lado esquerdo,
temos:
Y – cY = ĉ + Î (3)
colocando y em evidência, temos:
Y (1 – c) = ĉ + Î (4)
achando o valor de Y, temos:
Onde:
Y = Renda;
c = Consumo;
ĉ = Consumo Autônomo;
Î = Investimento Autônomo.
)5(1
ˆ
1
ˆ
c
I
c
cY
)6(ˆ.1
1ˆ.
1
1I
cc
cY
)ˆˆ(1
1Ic
cY
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
34
34
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
89. (Auditor Fiscal) Considerem-se os
seguintes dados:
Consumo autônomo (ĉ) = = 40
Propensão marginal a consumir (c) = 0,75
Investimento Autônomo (Î ) = 20
Renda Disponível (Y) = ?
Com base nesses dados, a Renda Disponível
é igual a:
a) 240
b) 250
c) 280
d) 300
e) 360
Solução:
Y = ĉ + cY + Î
Y = 40 + 0,75.Y + 20
Y – 0,75 = 40 + 20
0,25.Y = 60
Y = 60 : 0,25
Y = 240
ou ainda:
)ˆˆ(1
1Ic
cY
)2040(75,01
1
Y
60.25,0
1Y
25,0
60Y
240Y
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
35
35
A Economia Aberta e com Governo –
Economias B e C
Com a entrada do governo e do setor
externo, temos agora, mais duas variáveis
que promovem vazamentos no fluxo de
renda da economia.
O Governo promove gastos (G + R), onde:
G = Compras do Governo;
R = = Transferências a Aposentados e
Pensionistas.
O Governo tributa a renda pessoal
(T = Tx0 + tY), em que Tx0 é um imposto
administrado (como os impostos prediais) e
t é um imposto relacionado com a renda
percebida. Para facilidade de análise, vamos
supor que t seja um imposto de renda
proporcional e seja constante. (Se houver
um imposto de renda progressivo, o valor de
t aumentará com a renda agregada.)
Temos então, uma função imposto que
reduz a renda disponível para o consumo,
alterando o multiplicador do investimento e
por conseguinte o nível de renda da
economia.
A entrada do setor externo, altera o
multiplicador do investimento, pela
propensão marginal a importar da renda.
Questões de Concursos Públicos Sobre
Este Tópico
90. (Auditor Fiscal) Numa economia
fechada e sem Governo, são dados:
I – A Função Consumo, pela equação:
C = 20 + 3/4 . Y, sendo Y o nível de renda.
II – Nível de Investimento Autônomo = 40
Se o produto de pleno emprego for 300, o
aumento de nível de investimento
necessário para que a economia esteja
equilibrada em pleno emprego será:
a) 0
b) 3
c) 15
d) 45
e) 60
Lembre-se: A função de consumo
estabelece uma relação entre renda e
consumo. Mostra que quantidade de uma
mercadoria será procurada a cada preço
possível, assim a função do consumo
mostra a despesa que os consumidores se
dispõem a fazer em bens e serviços, em
todos os níveis possíveis.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
36
36
6. O Modelo IS – LM
A inclusão do Mercado Monetário na
análise macroeconômica, leva-nos a
compreender a determinação das taxas de
juros e de seu papel no ciclo de negócios.
Adicionamos os efeitos das taxas de juros
sobre os gastos e, portanto, a renda.
A renda maior aumenta a demanda por
moeda e, portanto, as taxas de juros. Taxas
de juros mais altas diminuem os gastos e,
portanto, a renda. Os gastos, as taxas de
juros e a renda são determinados
conjuntamente pelos mercados de bens
monetários equilibrados.
A Curva IS – É a curva de equilíbrio do
mercado de bens (Produção, Demanda
Agregada). Mostra combinações de taxas
de juros e níveis de produção, de tal
modo que os gastos planejados sejam
iguais à renda.
A Curva LM – É a curva de equilíbrio do
mercado monetário, ou seja, mostra todas
as combinações de taxas de juros e níveis
de renda nos quais a demanda por
encaixes reais é igual à oferta.
Curva IS Curva LM
I = InvestimentoS = Poupança
L = Demanda porMoeda (Preferênciapela Liquidez)M = Oferta Nominal daMoeda
Mostra o equilíbriono mercado do produto (bens e serviços), isto é, mostraos pontos (combinaçõesde taxa de juros e renda) para os quaisS = I
Mostra o equilíbrio nomercado monetário, istoé, mostra os pontos (combinações de taxa de juros e renda) para osquais L = M
S > I Excesso de ofertano mercado de produto.
S < I Excesso dedemanda no mercadode produto.
S = I Equilíbrio nomercado do produto.
M > L Excesso de oferta no mercadomonetário.
M < L Excesso de demanda no mercado monetário.
M = L Equilíbrio nomercado monetário.
Exemplo
C = 0,8.y + 10
S = 0,2.y – 10
I = 40 – 0,1.r
S = I
0,1.r = – 0,2.r + 50
r = – 2.y + 500
Onde:
r = Taxa de Jurosy = Renda ou Produto.
Exemplo
M = 100 (Oferta Monetária)
P = 10 (Preço)
L = 0,2.y – 0,1.r
M / P = L
100 / 10 = 0,2.y – 0,1.r
0,1.r = 0,2.y – 10
r = 2.y – 100
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
37
37
Gráficos IS/LM
Gráfico IS
r 500 r1 (S = I) y1 y
Decrescente
Gráfico LM
r
r1 ( L = M)
y1 y– 100
Crescente
Deslocamento Para a Direita:
(1) Aumenta os Gastos doGoverno.(2) Diminui a Tributação Autônoma.(3) O Consumo, o investimento e os gastosdo governo aumentam.
Deslocamento Para a Direita:
(1) Aumenta a Oferta Monetária (Meiosde Pagamento)(2) Diminui o nível de Preço
Deslocamento Para a Esquerda:
(1) Redução do Gastos Autônomos.(2) Aumento da TributaçãoAutônoma.(3) O Consumo, o o invesrtimento e os gastos do governo diminuem.
Deslocamento Para a Esquerda:
(1) Redução da Oferta Monetária (Contração Monetária).(3) Aumento do Nível de Preço.
Equações do Modelo IS – LM
Equação da IS
Onde:
r = taxa de juros;
y = renda ou produto;
f = elasticidade
(sensibilidade)
do investimento à
taxa de juros;
I = Î – fR;
K = Multiplicador
Keynesiano
Onde:
c = Propensão Marginal
a Consumir;
t = Propensão Marginal
a Tributar.
 = Ĉ + î + Ĝ =
Demanda Autônoma
Ex.: r = 0,2.y + 10
Equação da LM
Onde:
r = taxa de juros;
y = renda ou produto;
a = elasticidade (sensi-
bilidade) da demanda por
moeda à taxa de juros.
M = Oferta Monetária;
P = Preço
f
Ay
Kfr
ˆ1
Pd
My
d
ar
)1(1
1
tcK
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
38
38
7. O Equilíbrio no Mercado de Bens
A Curva IS – É a curva de equilíbrio do
mercado de bens (Produção, Demanda
Agregada). Mostra combinações de taxas
de juros e níveis de produção, de tal
modo que os gastos planejados sejam
iguais à renda.
8. A Demanda Por Moeda e o Equilíbrio
no Mercado Monetário
A demanda por moeda é a demanda por
encaixes reais, uma vez que as pessoas
detém moeda para aquilo que desejam
comprar. Assim, quando falamos em
demanda por encaixes reais, estamos nos
referindo à quantidade de moeda nominal
utilizada para pagamento das despesas; em
relação ao nível de preços da economia.
A demanda por encaixes reais depende do
nível de renda real porque os indivíduos
detém moeda para financiar suas despesas,
as quais depende, por sua vez, da renda.
Depende da taxa de juros, porque esta
representa o custo se reter moeda.
De modo geral, a demanda por encaixes
reais aumenta com o nível de renda real e
diminui com a taxa de juros.
Matematicamente, temos a seguinte
fórmula:
L = k.y – h.i
Sendo k e h > 0
Onde:
L = Demanda Total por Moeda;
k e h = Sensibilidade da Demanda Por
Encaixes Reais (Parâmetros);
y = Nível de Renda;
i = taxa de juros.
Gráfico: A Demanda por Encaixes Reais
como Função da Taxa de Juros e da
Renda Real.
i (Taxa de Juros)
KΔY
L2 + ky2 – hi
L1 + ky1 – hi
L
(Demanda Total Por Moeda)
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
39
39
A demanda por encaixes reais é colocada no
gráfico como função da taxa de juros.
Quanto mais alta a taxa de juros, menor a
quantidade de encaixes reis demandados,
dado o nível de renda. Um aumento na
renda aumenta a demanda por moeda. Isto é
mostrado pelo deslocamento à direita da
curva de demanda por moeda.
9. O Equilíbrio no Mercado Monetário
A Curva LM – É a curva de equilíbrio do
mercado monetário, ou seja, mostra todas
as combinações de taxas de juros e níveis
de renda nos quais a demanda por
encaixes reais é igual à oferta.
10. Equilíbrio no Mercado de Bens e
Monetário
i (Taxa de Juros)
LM
i0 E
IS
0 y0 y (Renda)
Os mercados de bens e monetário se
equilibram no ponto E. As taxas de juros e
os níveis de renda são aqueles onde o
publico detém o estoque existente de moeda
e ode os gastos planejados são iguais à
produção.
11. As Funções de Oferta Agregada e da
Demanda Agregada
Oferta: É a quantidade de bem ou serviço
que se produz e se oferece no mercado,
por determinado preço e em determinado
período de tempo.
Diversos fatores influenciam o
comportamento de um ofertante no
mercado, como:
1) preço do bem em questão: para a
economia clássica, quanto mais alto o preço
de mercado, maior tenderia ser a quantidade
ofertada; é comum, entretanto, que se
ofereça uma quantidade menor a preço
maior – ou por retenção deliberada de
estoques na expectativa de novas elevações
de preço, ou por força de um poder de
monopólio;
2) a tecnologia: quanto maior for o avanço
tecnológico, maior tende ser a quantidade
ofertada;
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
40
40
3) as condições climáticas, no caso de
produtos agrícolas;
4) o suprimento dos insumos necessários
para a produção da mercadoria.
Mantendo-se constantes todas as variáveis
que possam influenciar a oferta e fazendo-a
depender apenas do preço do produto, ela
apresentará graficamente uma inclinação
positiva. A cada ponto dessa curva de oferta
estará representada a quantidade do bem a
ser ofertado de acordo com determinado
preço.
Oferta Agregada (Oferta de Mercado ou
Oferta Global): É a quantidade de bens
ou serviços que o conjunto dos ofertantes
produz e oferece no mercado, em
determinado período de tempo e por
determinado preço. Determina-se a oferta
agregada somando-se as ofertas
individuais, a cada nível de preço. Em
função disso, ela depende de todos os
fatores que influenciam a oferta
individual, além do número de ofertantes
no mercado.
Demanda (Procura): Na teoria
microeconômica, a demanda é a
quantidade de um bem ou serviço que um
consumidor deseja e está disposto a
adquirir por determinado preço em
determinado momento.
Dessa forma, a demanda deve explicar o
comportamento de um consumidor tomado
individualmente, como, por exemplo, um
sujeito interessado na compra de arroz.
A demanda depende de fatores como, por
exemplo:
1) preferência do consumidor – dada uma
mudança na preferência do consumidor,
a demanda pelo bem em questão será
consequentemente afetada;
2) poder de compra do consumidor, sem o
qual a demanda não existe em termos
econômicos;
3) preços dos outros bens, tanto os bens
substitutos como os complementares;
4) preço do bem em questão, pois, pelos
mecanismos comuns de mercado,
quanto mais alto for o preço, menor será
a quantidade demandada;
5) qualidade do bem;
6) expectativas do consumidor quanto a
renda pessoal e preços.
Dada a impossibilidade prática de relacionar todos esses
fatores com a quantidade demandada, os economistas isolam
um fator, considerando os outros constantes.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
41
41
Demanda Agregada (ou Demanda de
Mercado ou Demanda Global): É a
quantidade de bens ou serviços que a
totalidade dos consumidores deseja e está
disposta adquirir em determinado
período de tempo e por determinado
preço. Obtém-se, portanto, a demanda
agregada de um produto somando-se
todas as demandas individuais desse
produto. A demanda agregada depende
de todos os fatores que determinam a
demanda individual mais o número de
compradores do bem ou serviço em
questão existentes no mercado.
Os pontos identificados no gráfico a
seguir, apresentam as funções de
demanda e oferta agregadas
interceptando-se em um ponto que
determina. preço e quantidade.
S = S (P) Qs = f (p)
D = D (p) Qd = F (p)
S = D Condição de Equilíbrio
Exercícios de Fixação
Nas afirmativas seguintes, marque (V)
para verdadeiro e (F) para falso:
91. (Analista de Finanças e Controle/89)
O modelo keynesiano básico afirma que a
oferta cria sua própria demanda Lei dos
Mercados), impossibilitando uma crise
geral de superprodução ( F )
92. (Controlador da Arrecadação
Federal/83) A principal diferença entre a
teoria macroeconômica clássica de curto
prazo e a teoria keynesiana é que a
segunda demonstra que a economia pode
estar em equilíbrio a níveis inferiores aos
de pleno emprego. ( V )
93. (Técnico de Economia do Ministério
Publico/96) Indivíduos que utilizam toda
a informação disponível para prever o
comportamento futuro dos preços tomam
suas decisões com base em expectativas
racioanais. ( V )
94. (Analista de Controle Federal/97) A
curva de oferta agregada, em sua versão
keynesiana é negativamente inclinada e
côncava para baixo ( F )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
42
42
95. (Analista de Orçamento Federal/97) A
curva de demanda agregada apresenta
normalmente uma relação inversa entre a
demanda da sociedade e o nível de preços
( V )
96. (Analista de Finanças e Controle/97)
A relação entre a demanda agregada e o
nível de preços é sempre negativa, tanto
em uma economia fechada como aberta.
( V )
97. (Controlador da Arrecadação
Federal/81) A teoria keynesiana supõe
salários nominais rígidos e salários
reais flexíveis ( V )
98. A teoria keynesiana supõe salários
nominais flexíveis e salários reais
rígidos. ( F )
12. Política Econômica, Monetária,
Fiscal e Cambial
Política Econômica: É o conjunto de
medidas tomadas pelo governo de um
país com o objetivo de atuar e influir
sobre os mecanismos de produção,
distribuição e consumo de bens e serviços.
De maneira geral, podem-se classificar as
políticas econômicas em três tipos, segundo
os objetivos governamentais:
1) Estruturais;
2) De estabilização conjuntural;
3) De expansão.
1) A política estrutural está voltada para a
modificação da estrutura econômica do país
(podendo chegar até a mesmo a alterar a
forma de propriedade vigente), regulando o
funcionamento do mercado (proibição de
monopólios e trustes) ou criando empresas
públicas, regulamentando os conflitos
trabalhistas, alternado a distribuição de
renda ou nacionalizando empresas
estrangeiras.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
43
43
2) A política de estabilização conjuntural
visa à superação de desequilíbrios
ocasionais. Pode envolver tanto uma luta
contra a depressão como o combate à
inflação ou à escassez de determinados
produtos.
3) A política de expansão tem por objetivo a
manutenção ou a aceleração do
desenvolvimento econômico. Nesse caso,
podem ocorrer reformulações estruturais e
medidas de combate à inflação, proteção
alfandegária e maior rigor na política
cambial contra a concorrência estrangeira.
Observação.: Cada uma dessas modalidades
apóia-se numa corrente ou mais de
pensamento econômico e liga-se a critérios
políticos e ideológicos
Política Monetária: É o conjunto de
medidas adotadas pelo governo visando a
adequar os meios de pagamentos
disponíveis ás necessidades da economia
do país. Essa adequação geralmente
ocorre por meio de uma ação reguladora,
exercida pelas autoridades sobre os
recursos monetários existentes, de tal
maneira que estes sejam plenamente
utilizados e tenham um emprego tão
eficiente quanto possível.
Na maior parte dos países, o principal órgão
executor da política monetária é o Banco
Central, entidade do Estado ou dele
dependente, encarregado da emissão de
moeda, da regulação do crédito, da
manutenção do padrão monetário e do
controle de câmbio. De maneira geral, esse
órgão põe ao alcance dos bancos os mesmo
serviços que eles prestam a seus clientes.
A política monetária pode recorrer a
diversas técnicas de intervenção,
controlando a taxa de juros através da
fixação das taxas de redesconto cobradas
dos títulos apresentados pelos bancos,
regulando as operações de open market
(mercado aberto), ou impondo aos bancos o
sistema de reservas obrigatórias (depósitos
compulsórios) para garantir a liquidez do
sistema bancário.
Em relação ao crédito, podem ser adotadas
medidas restritivas ou práticas seletivas. As
primeiras geralmente ocorrem em períodos
de elevada inflação ou crise no balanço de
pagamentos e consistem na fixação dos
limites de crédito bancário e na redução dos
prazos de pagamentos dos empréstimos. As
práticas seletivas, por sua vez, visam
sobretudo a direcionar o crédito para as
atividades mais rentáveis e produtivas da
economia.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
44
44
No Brasil e em outros países, a política
monetária constitui atualmente um
instrumento de combate ao surtos
inflacionários. Sua maior eficácia em
relação às outras políticas econômicas se
deve a flexibilidade com que pode ser
aplicada e ao conjunto de medidas práticas
que põe ao alcance das autoridades,
desobrigando-as de submeterem suas
decisões ao legislativo.
A Política Monetária tem como objetivo
manter o equilíbrio da renda nacional
atuando sobre o consumo, investimentos
e despesas do governo.
A Política Monetária trabalha com
instrumentos ligados à teoria da moeda.
Através do suprimento dos meios de
pagamento, o Governo busca controlar o
sistema econômico, como por exemplo
concedendo crédito aos setores carentes
da economia.
A Política Monetária exerce uma
considerável influência no equilíbrio
externo. Os detentores de ativos podem
movimentar-se no mercado financeiro
mundial em busca da taxa de rentabilidade
mais favorável. Para ser suficientemente
atrativo, o rendimento obtido com afins
nacionais terá de ser não só igual ao
rendimento obtido no exterior, mas também
tomar em consideração a depreciação da
moeda e um prêmio de risco:
i = i* + x + ROnde:
i = Taxa de Juro Interna;
i* = Taxa de Juro Externa;
x = Prêmio de Risco;
R = Taxa de Câmbio Real
A equação acima, indica que grandes
afastamentos em relação a este nível de taxa
de juros conduzirão, inevitavelmente, a
operações de capitais e, por conseqüência, a
perdas de reservas ou problemas com a taxa
de câmbio.
A política de crédito do governo tem efeitos
consideráveis sobre a aplicação de recursos.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
45
45
Se um setor é beneficiado em termos de
crédito, então desviará recursos de outros
setores. No caso de a agricultura ser
incentivada para poupar importações, os
recursos para ela canalizados poderão vir de
indústrias concorrentes com as importações.
O problema de divisas é muitas vezes difícil
de resolver porque não se leva em
consideração que os problemas relacionados
com o equilíbrio externo envolvem não só o
nível da despesa relativamente ao
rendimento, como também à composição da
despesa e da produção.
Política Fiscal: utiliza instrumentos
ligados às finanças públicas. Os recursos
que o Governo necessita para fazer frente
aos seus gastos são obtidos através dos
impostos cobrados. Por sua vez a
elevação dos impostos ocasiona redução
da renda.
A Política Fiscal abrange todas as
decisões do Estado relativas à despesa,
transferências e aos impostos, assim como
as políticas aplicadas às empresas
públicas.
Mecanismos Fiscais
1) No sentido de aumentar as receitas, o
Estado pode, por exemplo, cobrar um
direito aduaneiro à entrada do porto. O
efeito fiscal poderá ser um incentivo à
produção interna de bens importados ou
desincentivos ao consumo de bens
importados, tendo, assim, um impacto
na Balança Comercial;
2) Uma variação da Política Fiscal que
tenha como conseqüência um aumento
da despesa, maiores transferências de
uma redução de impostos, irá afetar a
demanda agregada e consequentemente,
o nível de recursos e o equilíbrio
externo;
3) O déficit público pode ser financiado
por empréstimos internos através da
emissão de títulos da dívida pública, por
empréstimos externos de bancos,
governos ou agências internacionais.
A Política Fiscal - Gastos do Governo: Os
gastos governamentais em bens e serviços
são um componente da demanda
agregada.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
46
46
Demanda Agregada = C + I + G + (X – M)
Através de seus gastos G, o governo pode
interferir na economia buscando um
aumento da renda e do produto, quando
estes estão abaixo do pleno-emprego.
Assim, a política fiscal consiste em medidas
governamentais para influenciar os gastos
públicos e privados, tornando-os adequados
a conjuntura que o sistema econômico
enfrenta.
Instrumentos de Política Fiscal:
a) Orçamento Público;
b) A Estrutura Tributária;
c) A Dívida Pública;
d) Despesas de Transferências.
O Princípio geral que norteia a política
fiscal é no sentido de ampliar o volume de
gastos públicos em épocas recessivas ou
depressivas, a fim de estimular a atividade
econômica, e reduzir estes mesmos gastos
quando a economia revela sintomas
sensíveis de inflação e pleno emprego dos
fatores produtivos.
Política Cambial: Instrumento da política
de relações comerciais e financeiras entre
um país e o conjunto dos demais países.
Os termos em que se expressa a política
cambial refletem, em última instância, as
relações políticas vigentes entre os países,
com base no desenvolvimento econômico
alcançado por eles. Por exemplo: em
dado momento, pode ser importante ao
país adquirir certos produtos no exterior,
necessários ao desenvolvimento de seu
setor industrial; para tanto, as
autoridades monetárias podem manter o
câmbio artificialmente valorizado,
barateando o custo, em moeda nacional,
desses produtos; em contrapartida,
ocorreria o encarecimento dos produtos
nacionais para os importadores de outros
países.
A política cambial pode utilizar ainda uma
série de mecanismos para evitar a evasão de
divisas e contribuir para o equilíbrio do
balanço de pagamentos, como a fixação de
taxas múltiplas de câmbio (câmbio turismo,
câmbio comercial, câmbio financeiro). E
também lançar mão de medidas que
favoreçam algum setor da economia, como
manter a moeda a moeda nacional
artificialmente desvalorizada para estimular
as exportações.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
47
47
Após o termino da Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), a necessidade de uma
reordenação das relações internacionais
levou as grandes potências industriais do
Ocidente a propor acordos e criar
instituições visando a disciplinar as
transações econômicas entre os diversos
países. Buscava-se coibir, assim, a fixação
de políticas cambiais arbitradas por
interesses unilaterais que pudessem pôr em
risco a confiabilidade do sistema
internacional de intercâmbio. Até então, as
relações comerciais faziam-se com base na
conversibilidade em ouro das moedas ou nas
cotações estabelecidas para a libra esterlina.
Com o Acordo de Bretton Woods, em
junho de 1944, inaugurou-se praticamente o
sistema de conversibilidade internacional
em relação ao dólar norte-americano. Todas
as transações internacionais passaram a ser
feitas com base na transferência de saldos
contabilizados em dólar, excetuando-se os
países da área socialista. A economia
capitalista entra então num novo período,
caracterizado pela internacionalização das
economias nacionais, que se tornam
extremamente vulneráveis às flutuações da
economia dos Estados Unidos da América
(U.S.A).
Outras medidas de política cambial são
comumente utilizadas, às vezes acopladas a
mecanismos de política econômica que
possibilitem compensar os efeitos
indesejáveis à economia do país. As
autoridades governamentais pode também
tomar decisões em outras áreas da economia
com o objetivo de obter determinados
efeitos no setor externo, sem que haja
necessidade de alterar a taxa cambial. No
Brasil, por exemplo, são concedidos
créditos como prêmio para incentivar as
exportações.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
99. (Analista do Banco Central do
Brasil/2000) A administração de uma
economia nacional envolve a utilização de
instrumentos de política econômica de
natureza monetária, cambial ou fiscal.
Acerca desse assunto, julgue o seguinte
item.
- A política fiscal pode ser conduzida
independentemente da política monetária,
pois não há interrelação de seus efeitos. ( F )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
48
48
100. Segundo Keynes, o desemprego em
larga escala é resultado:
a) Dos gastos excessivamente baixos em
bens e serviços.
b) Da demanda agregada aumentando.
c) Da excessiva quantidade de moeda.
d) Do excessivo gasto público.
e) Da excessiva oferta de moeda
101. Para resolver o problema do
desemprego, segundo Keynes:
a) A demanda agregada deve ser
diminuída.
b) Os gastos governamentais devem ser
aumentados.
c) Os gastos pessoais devem ser reduzidos
a zero.
d) Os gastos públicos devem ser
reprimidos.
e) A oferta de bens de consumo deve ser
igual ao produto interno.
102. (Fiscal de Tributos Federais/80) Numa
economia do tipo keynesiano, em regime
inflacionário, o governo reduz as despesas
orçamentárias, reduz a oferta de moeda e
mantém livres os salários nominais. Os
efeitos mais prováveis serão
a) aumento do produto interno e aumento
do emprego.
b) redução da taxa de juros e aumento do
produto.
c) redução do produto interno e alta da
taxa de juros.
d) redução da taxa de juros e aumento do
“déficit” do balanço de pagamentos em
conta corrente”
103. (Fiscal de Tributos Federais/81)
Podemos dizer que uma política monetária
anti-recessiva é
a) mais efetiva, quanto maior for a taxa
de juros do mercado de capitais.
b) mais efetiva, quanto menor for a taxa de
juros do mercado de capitais.
c) sempre efetiva, qualquer que seja a taxa
de juros do mercado de capitais.
d) sempre inóqua, qualquer que seja a taxa
de juros do mercado de capitais.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
49
49
104. (Fiscal de Tributos Federais/81) O
efeito multiplicador será totalmente
absorvido, não provocando nenhum
aumento de demanda efetiva, se o
a) equilíbrio da economia se localizar no
trecho da armadilha de liquidez
b) equilíbrio da economia se localizar no
trecho intermediário da curva LM.
c) equilíbrio da economia se localizar no
trecho vertical da curva LM.
d) investimento for inelástico em relação à
taxa de juros.
105. (Controlador da Arrecadação
Federal/81) Uma economia onde se aplica o
modelo keynesiano se encontra em
equilíbrio no trecho da armadilha da
liquidez. Sabendo-se que há desemprego de
mão-de-obra, a política econômica mais
indicada é o aumento
a) dos meios de pagamento via open
market.
b) dos impostos.
c) dos salários nominais.
d) das despesas públicas financiadas por
Letras do Tesouro Nacional.
106. (Fiscal de Tributos Federais/83) A
forma da curva IS depende
a) da procura por preucação e especulativa
por dinheiro.
b) da procura especulativa e para
transações por dinheiro.
c) do tamanho do multiplicador e dos
requisitos de reserva monetária.
d) do tamanho do multiplicador e da
elasticidade do investimento em
relação à taxa de juros.
e) da posição do ramo da curva LM
conhecida por “armadilha da liquidez”.
107. (Fiscal de Tributos Federais/83)
Segundo a teoria keynesiana, a oferta
global de moeda é
a) crescente com a taxa de juros.
b) decrescente com a taxa de juros.
c) inelástica com a taxa de juros.
d) crescente com a renda nacional.
e) decrescente com renda nacional.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
50
50
108. (Controlador da Arrecadação
Federal/83) A curva IS expressa, para cada
valor da taxa de juros,
a) os níveis de renda de equilíbrio do
lado real da economia.
b) os níveis de renda de equilíbrio do lado
monetário da economia.
c) os níveis de renda de equilíbrio do
orçamento fiscal do governo.
d) a posição de pleno emprego de mão-de-
obra.
e) os níveis de taxa de câmbio de equilíbrio
do balanço de pagamentos.
109. (fiscal de Tributos Federais/85) Uma
economia apresenta desemprego de mão-de-
obra com a posição de equilíbrio
localizando-se no trecho intermediário da
curva LM. Segundo o modelo keynesiano
generalizado, um aumento autônomo nos
gastos do governo tem seu efeito
multiplicador de demanda efetiva
parcialmente absorvido devido ao aumento
resultante
a) nos salários reais.
b) no emprego da mão-de-obra.
c) na taxa de juros.
d) nos salários nominais.
e) no índice geral de preços.
110. (Fiscal de Tributos Federais/85) das
medidas de política econômica indicadas
abaixo, indique aquela que provoca um
deslocamento para a direita da curva IS.
a) Redução da carga tributária
autônoma.
b) Aumento da carga tributária autônoma.
c) Redução dos salários nominais.
d) Aumento dos salários nominais.
e) Redução dos gastos do governo.
111. (Fiscal de Tributos Federais/85) Uma
medida de política fiscal pura, anti-
recessiva, materializa-se através de
a) aumento de gastos do governo e/ou
redução de carga tributária
acompanhados de um aumento nos
meios de pagamento.
b) redução dos gastos do governo e/ou
aumento da carga tributária
acompanhados de um aumento nos
meios de pagamento.
c) aumento de gastos de governo e/ou
redução da carga tributária com
meios de pagamentos constantes.
d) redução de gastos do governo e/ou
aumento da carga tributária com meios
de pagamentos constantes.
e) aumentos dos meios de pagamentos com
gastos do governo e carga tributária
constantes.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
51
51
112. (Cespe/Unb) Uma economia onde se
aplica o modelo keynesiano generalizado
apresenta desemprego de mão-de-obra com
a posição de equilíbrio localizando-se no
trecho intermediário da curva LM. A adoção
de uma medida de política monetária pura,
anti-recessiva, provocará redução da taxa de
juros e aumento da renda real e do emprego
de mão-de-obra. ( C )
113. (Cespe/Unb) A política monetária e a
política fiscal diferem, essencialmente, pelo
seguinte fato a política monetária procura
estimular ou desestimular as despesas de
investimento e de consumo, por parte das
empresas e das pessoas, influenciando as
taxas de juros e a disponibilidade de crédito,
enquanto que a política fiscal funciona
diretamente sobre as rendas através da
tributação e dos gastos públicos. ( C )
114. (Auditor Fiscal do Tesouro
Nacional/89) No que se refere ao equilíbrio
do produto nacional e da taxa de juros em
uma economia, é correto afirmar:
a) uma política monetária contracionista
levaria a uma redução na produção e na
taxa de juros.
b) um aumento na tributação, tudo mais
constante, provocaria redução na
produção e aumento na taxa de juros da
economia.
c) uma política fiscal expansionista, de
redução do superávit ou aumento do
déficit do governo, provocaria
aumento no produto nominal e na
taxa de juros.
d) uma política fiscal, conduzida para
reduzir o déficit do governo, provocaria,
tudo mais constante, aumento na taxa de
juros de equilíbrio e redução no produto
nominal.
e) uma política monetária expansionista
levaria a um aumento na taxa de juros e
redução na produção.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
52
52
115. (Analista de Finanças e Controle
Federal/89) No modelo IS/LM, o conhecido
“efeito multiplicador” das despesas
governamentais, dos investimentos
autônomos e das exportações é tanto maior
quanto menor for o efeito das taxas de juros
sobre o consumo e o investimento. ( C )
116. (Auditor Fiscal do Tesouro
Nacional/91) Se os investimentos forem
absolutamente inelásticos com relação a
variações na taxa de juros, aumentos no
estoque de moeda, tudo o mais constante,
não produzirão efeito sobre o produto
nacional. ( C )
117. (Auditor Fiscal do Tesouro
Nacioanal/91) Uma economia apresenta
desemprego da mão-de-obra com o
equilíbrio ocorrendo em uma situação
extrema de escassez de liquidez. Então, uma
política econômica adequada para eliminar
o desemprego será aumentar o volume de
meios de pagamento. ( C )
118. (Analista de Finanças e Controle
Federal/92) Para uma economia que não se
encontra no pleno emprego é possível que o
governo aumente seus gastos, tudo mais
constante, provocando aumento na taxa de
juros da economia, sem que varie a renda
real. ( C )
13. Inflação e Emprego
Inflação: Aumento persistente dos preços
em geral, de que resulta uma contínua
perda do poder aquisitivo da moeda. É
um fenômeno monetário, e isso coloca
uma questão básica: se é a expansão da
oferta de moeda que tem efeito
inflacionário ou se ela ocorre como
resposta à maior demanda de moeda
provocada pela inflação. A inflação
normalmente pode resultar de fatores
estruturais (inflação de custos),
monetários (inflação de demanda) ou de
uma combinação de fatores.
Entretanto, independentemente da causa
inicial do processo de elevação dos preços, a
inflação adquire autonomia suficiente para
se auto-alimentar por meio de reações em
cadeia (a elevação de um preço “puxando” a
elevação de vários outros). Desse modo,
configura-se a chamada espiral
inflacionária.
A escola monetarista atribui papel decisivo
às expectativas inflacionárias como
impulsionadoras da taxa de juros, das
maiores demandas salariais, dos reajustes
sistemáticos da taxa cambial e, por
extensão, como fator explicativo da
autonomia relativa do processo
inflacionário.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
53
53
Tudo surgiria espontaneamente em função
do comportamento racional dos agentes
dentro de mercados competitivos. Os
estruturalistas por sua vez, explicam a
inflação pelo fato de as demandas salariais
deixarem de ser uma questão
exclusivamente econômica; elas adquiriram
um caráter sócio-político, envolvendo
sindicatos, empresas e o governo, o que
contribui para generalizar a prática de
fixação dos preços em função dos aumentos
de custos, em detrimento do rigor impessoal
dos mercados competitivos.
Dessas duas posições originam-se modelos
diferenciados para o processo inflacionário.
Segundo os monetaristas, o índice de
preços depende do nível de produção física,
da e do estoque nominal de moeda. Como
os dois primeiros (o índice de preços e a
velocidade-renda da moeda) mudam de
forma estável no mercado livre, os
movimentos do índice geral de preços
refletiriam unicamente os movimentos do
estoque nominal de moeda, determinados
pela política econômica.
Segundo alguns economistas o combate à
inflação deveria respeitar a
“espontaneidade” do mercado
(aumentando o desemprego se necessário)
para procurar reverter as expectativas
inflacionárias. Se necessário emitir títulos,
aumentar os impostos e, sobretudo
neutralizar a ação dos mecanismos de
reajustes, espontâneos ou não, de preços,
salários, câmbio e taxa de juros.
Emprego: Em sentido amplo, é o uso do
fator de produção de uma empresa.
Estritamente, é a função, o cargo ou
ocupação remunerada exercida por uma
pessoa. A oferta total de empregos que
um sistema econômico pode proporcionar
depende do que se produz, da tecnologia
empregada e da política econômica
governamental e empresarial
Lembre-se: A curva de oferta agregada se
constrói sobre três fundamentos:
1) Na Curva de Phillips, que mostra que os
salários aumentam mais rapidamente
quanto mais baixo é o nível de
desemprego;
2) A relação entre a taxa de desemprego e
o nível de produção, com a produção
sendo mais alta quanto menor a taxa de
desemprego
3) A hipótese de que os preços são
determinados via markup, que parte do
princípio de que os preços das firmas se
baseiam nos custos do trabalho, sendo
mais altos quanto mais alto for o salário.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
54
54
Desemprego: É a situação de ociosidade
involuntária em que se encontram
pessoas que compõem a força de trabalho
de uma nação.
Desemprego Tecnológico ou Estrutural:
É o desemprego que existe quando a
economia está no pleno emprego.
Aumento da mecanização e automação,
onde grandes números de trabalhadores
fica desempregado a curto prazo,
enquanto uma minoria especializada
beneficiada pela valorização de sua mão-
de-obra.
Desemprego Sazonal: É aquele limitado a
certas épocas do ano por não haver oferta
homogênea de emprego durante o ano
inteiro.
Desemprego Cíclico: Ele ocorre quando a
produção está abaixo do seu nível de
pleno emprego, quando a produção
declina drasticamente. É o excesso de
desemprego estrutural.
Desemprego Disfarçado ou Subemprego:
Consiste na remuneração muito abaixo
de padrões aceitáveis, que afeta
trabalhadores não registrados.
Desemprego Friccional ou Normal:
Ocorre por desajustes ou falta de
mobilidade entre a oferta e a procura,
quando empregadores com vagas
desconhecem a existência de mão-de-obra
disponível, enquanto trabalhadores
desempregados desconhecem as ofertas
reais de trabalho.
Período de Desemprego: É o período no
qual um indivíduo permanece
continuamente desempregado. A duração
do desemprego é o período médio de
tempo que uma pessoa permanece
desempregado.
Pleno Emprego: Situação em que a
demanda de trabalho é igual ou inferior à
oferta. Isso significa que todos os que
desejarem vender sua força de trabalho
pelo salário corrente terão condições de
obter um emprego. Em termo globais,
pleno emprego significa o grau máximo
de utilização dos recursos produtivos
(materiais e humanos) de uma economia.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
55
55
14. Determinação do Nível de Preços
O nível de preços é estabelecido na
intersecção da oferta agregada com a
demanda agregada. Deslocamentos em
quaisquer destas curvas modificam os níveis
de preços. Com uma curva de oferta
agregada clássica, as variações nos níveis de
preços são proporcionais às variações na
demanda agregada, na oferta de trabalho ou
na produtividade do trabalho.
15. Introdução às Teorias da Inflação
Podemos considerar inflação, como sendo a
alta generalizada e contínua dos preços. Ela
é causada, por um excesso da demanda
agregada sobre a oferta agregada. Para que
isso ocorra, é necessário que se procure
mais do que se oferece, ou seja, o indivíduo
terá que ser capaz de gastar mais do que se
oferece, ou seja, o indivíduo terá que ser
capaz de gastar mais do que a sua renda,
sendo necessário para obtenção desses
recursos monetários, que ele recorra a
outros meios que não a venda de bens ou
serviços. Em geral esses recursos são
obtidos através de empréstimos bancários.
Existe um duplo aspecto em cada situação
inflacionária: um referente ao poder
aquisitivo, e o segundo refere-se à moeda
(um aumento na oferta monetária sobre a
demanda agregada por dinheiro). Esses dois
aspectos estão intimamente associados.
Portanto, existem duas maneiras de se
controlar a inflação: a primeira, é mantendo
a demanda agregada exatamente igual ao
valor corrente da oferta agregada; a outra é
mantendo a quantidade de moeda em
circulação igual à demanda agregada de
caixa.
O primeiro método é aplicado, através das
políticas fiscal e salarial, procurando manter
a demanda de crédito igual à oferta de
poupança, sem abolir a tomada de
empréstimos. O segundo é aplicado, através
da política monetária e de crédito,
procurando equilibrar o volume agregado de
crédito bancário, ou seja, a oferta monetária,
com a variação da demanda agregada de
saldos de caixa.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
56
56
Inflação de Demanda: É caracterizada
pelo crescimento acelerado da demanda
global de bens e serviços em relação a
oferta global de bens e serviços,
principalmente, devido ao excesso de
moeda e de crédito, ou de dispêndio
público. Tudo isso é conseqüência de um
crescimento indefinido da demanda
global em função da moeda e do crédito e
da oferta global de bens, que necessita de
recursos ilimitados e de um tempo maior
para o seu crescimento. Dessa deparagem
de crescimento nasce a elevação dos
preços, como uma maneira de se ajustar
às duas forças.
Temos neste tipo de inflação, uma
redução na participação dos assalariados
na renda nacional, e lucros maiores, por
parte dos empresários.
Inflação de Custos: Processo
inflacionário gerado (ou acelerado) pela
elevação dos custos de produção,
especialmente dos salários ou dos preços
das importações.
Inflação Galopante: Surto inflacionário
em que os preços sobem rapidamente, a
inflação se mantém alta (no mínimo de
20% a 50%) e se torna crônica, tendendo
a se realimentar. O Brasil sofreu inflação
galopante em 1958-1964 e a partir de
1978. A economia pode se adaptar a esse
carrossel de preços crescentes por
mecanismos de correção monetária. Mas,
caso haja perda de confiança na moeda, a
remarcação desenfreada de preços pode
resultar na hiperinflação.
Inflação Reprimida: Também chamada
de inflação contida ou oprimida, é aquela
que se caracteriza por uma taxa de
elevação dos preços inferior à taxa de
expansão do meio circulante. Essa não-
elevação dos preços, em geral, é
conseqüência de bem sucedidos controles
governamentais sobre os preços.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
57
57
16. A Relação Entre Variações de Salário
e Desemprego: A Curva de Phillips.
A Curva de Phillips: É a representação
gráfica de uma regularidade estatística,
encontrada em 1958 por A.W.H. Phillips
ao estudar a economia inglesa entre 1861
e 1957. A curva indicaria a existência de
uma relação inversamente proporcional
entre o nível de desemprego e a taxa de
variação de salário monetários. A.W.H.
Phillips não apenas observou a existência
dessa relação no caso inglês como
também concluiu que ela era
consideravelmente estável durante um
período de quase cem anos. Economistas,
como Paul Samuelson, realizaram
estudos semelhantes para os EUA,
encontrando as mesmas tendências,
embora bem menos conclusivas do que as
de Phillips. Do ponto de vista da política
econômica, a curva de Phillips mostra
que em muitos casos a redução do
desemprego implica elevação dos salários
monetários e, portanto, inflação; ou do
contrário, uma política de combate à
inflação (redução dos salários
monetários) significa aumento da taxa de
desemprego.
Gráfico da Curva de Phillips
Taxa de Reajuste dos Salários Monetários (Inflação)
A
Taxa de Desemprego
A = Taxa Natural de Desemprego.
A Curva de Phillips é resultado das pressões
de mercado sobre os salários. Quando a taxa
de desemprego é baixa, as firmas têm
dificuldade em obter o trabalho que
demandam, e o desemprego é baixo.
Quando a taxa de desemprego é alta, os
empregos tornam-se difíceis de serem
encontrados e as firmas podem preencher
suas vagas sem que seja necessário
aumentar os salários – realmente, os salários
podem até mesmo cair quando os
trabalhadores entram em competição pelos
empregos escassos.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
58
58
17. A Rigidez dos Reajustes de Preços e
Salários
Salário Nominal ou Monetário: Soma em
dinheiro que o trabalhador recebe em
troca de sua força de trabalho.
Salário Real: Nível do salário em relação
a seu próprio poder de compra em
determinado momento.
Por que os salários são rígidos?
(Rudiger Dornbusch e Stanley Fischer)
A hipótese de que os salários são lentos para
ajustarem-se a deslocamentos na demanda é
essencial para a nossa derivação de uma
curva de oferta agregada que produz um
ajuste gradual em vez de instantâneo da
economia aos distúrbios. Com o ajuste
gradual dos salários, uma expansão fiscal ou
monetária tem um efeito extenso sobre a
produção e sobre o emprego. A questão
chave na teoria da oferta agregada é que o
salário nominal ajusta-se lentamente as
deslocamentos na demanda, ou que os
salários são rígidos.
Traduzindo:
Os salários são rígidos, ou os ajustes
salariais são lentos, quando os salários
movem-se lentamente ao longo do tempo,
em vez de serem completa e
imediatamente flexíveis, como forma de
alcançar o pleno emprego em cada ponto
no tempo.
Questão de Concurso Sobre Este Tópico
Marque (V) para Verdadeiro e (F) para
falso nas seguintes afirmativas:
119. (Técnico de Controle Externo do
TCU/88) A rigidez dos salários nominais é
explicada pelos contratos de trabalho, pela
ação de dos sindicatos e pela legislação de
fixação de salários mínimos. ( V )
120. (Curso Excelência/2006) Conforme o
modelo de análise keynesiano de uma
elevação no nível de preços haverá
diminuição do salário real, aumento da
demanda de trabalho, diminuição da
produção e do emprego. ( V )
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
59
59
A Política de Rendas (ou os controles de
preços e salários)
A estabilização da inflação toma tempo e
envolve desemprego porque isto é o que é
necessário para se colocar a taxa de variação
salarial rapidamente, tanto pela lei
(controles de preço e salários) como por
persuasão.
As Políticas de Renda: São políticas que
tentam reduzir a taxa de aumentos de
salários e preços por ação direta. Tanto
os salários como os preços são
controlados, ou o governo tenta persuadir
os líderes trabalhistas e os empresários a
aumentarem os salários e os preços mais
lentamente do que de outra forma
aumentariam.
18. A Teoria da Inflação Inercial e a
Análise da Experiência Brasileira
Recente no Combate à Inflação.
A inércia inflacionária: ocorre quando a
taxa de inflação reage lentamente às
variações na política econômica
(especificamente na política monetária)
que reduzem a taxa de inflação do estado
estacionário.
Inflação Inercial: Processo inflacionário
muito intenso, gerado pelo reajuste pleno
de preços, de acordo com a inflação,
observada no período imediatamente
anterior; os contratos contém cláusulas
de indexação que restabelecem seus
valores reais após intervalos fixos de
tempo. Na medida em que esses
intervalos são cada vez menores e os
reajustes cada vez maiores e concedidos
com a mesma intensidade para todos os
preços, estes tendem a ficar alinhados.
Embora variando com grande
intensidade, um congelamento manteria
as mesmas posições relativas anteriores,
garantindo a neutralidade da operação,
isto é, não haveria nem ganhadores nem
perdedores se a inflação deixasse de
existir repentinamente pelo congelamento
de preços.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
60
60
Estagflação: ocorre quando a inflação
aumenta enquanto a produção está ou
caindo ou no mínimo não está
aumentando.
A política econômica de controle
inflacionário, em sua forma gradualista,
que significa controlar os preços sem gerar
recessão e sem prejudicar o crescimento,
baseia-se no controle e dispêndio total de
bens e serviços, através da política
monetária (controle do crescimento da
moeda e do crédito), da política fiscal
(tributação e controle dos gastos do governo
e das empresa públicas) e controle salarial,
sendo que este a partir de 1974, passou a ser
considerado como componente inflacionário
em vez de uma arma de combate à inflação.
A opção gradualista, começou em 1964, no
Governo de Castelo Branco.
Quase todos os governos passados e
recentes mostraram-se gradualistas,
baseando-se em controles monetários, fiscal
e salarial para o combate à inflação.
19. Comércio Internacional (Relação de
Trocas e Balança Comercial)
Comércio Internacional : É o intercâmbio
de bens e serviços entre países, resultante
de suas especializações na divisão
internacional do trabalho. Seu
desenvolvimento depende basicamente do
nível dos termos de intercâmbio (ou
relações de troca), que se obtém
comparando o poder aquisitivo de dois
países que mantenham comércio entre si.
Fundamentos do Comércio
Internacional: a teoria das vantagens
comparativas
O que leva os países a comercializarem
entre si ?
1) a diversidade de possibilidades de
produção entre os países combinada as
vantagens comparativas de produzir ao
menor custo um produto de melhor
qualidade. Exemplo: Inglaterra tinha
vantagens comparativas na produção de
tecido e Portugal em vinho.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
61
61
2) O fato de que um país não é auto-
suficiente em tudo o que precisa. Exporta o
que o que sobra e importa o que falta para
atender as necessidades de produção e
consumo.
Os economistas clássicos forneceram a
explicação teórica básica para o comércio
internacional através do chamado Princípio
das Vantagens Comparativas.
O Princípio das Vantagens Comparativas
sugere que cada país deva se especializar na
produção daquela mercadoria em que é
relativamente mais eficiente (ou que tenha
um custo relativamente menor).
Esta será, portanto, a mercadoria a ser
exportada. Por outro lado, esse mesmo país
deverá importar aqueles bens cuja produção
implicar um custo relativamente maior (cuja
produção é relativamente menos eficiente).
Desse modo, explica-se a especialização dos
países na produção de bens diferentes, a
partir da qual concretiza-se o processo de
troca entre eles.
A Teoria das Vantagens Comparativas
foi formulada por David Ricardo em 1817.
No exemplo construído por esse autor,
existem dois países (Inglaterra e Portugal),
dois produtos (tecidos e vinho) e apenas um
fator de produção (mão-de-obra).
A partir da utilização do fator trabalho,
obtém-se a produção dos bens mencionados,
conforme o quadro a seguir:
Quantidade de Homens/hora para a produção de umaunidade de mercadoria
Tecidos Vinho
Inglaterra 100 120
Portugal 90 80
Em termos absolutos, Portugal é mais
produtivo na produção de ambas as
mercadorias. Mas em termos relativos, o
custo de produção de tecidos em Portugal é
maior que o da produção de vinho, e, na
Inglaterra, o custo da produção de vinho é
maior que o da produção de tecidos.
Comparativamente, Portugal tem vantagem
relativa na produção de vinho, e a
Inglaterra na produção de tecidos.
Segundo Ricardo, os dois países obterão
benefícios ao especializarem-se na produção
da mercadoria em que possuem vantagem
comparativa, exportando-a, e importando o
outro bem. Não importa, aqui, o fato de que
um país possa ter vantagem absoluta em
ambas as linhas de produção, como é o caso
de Portugal, no exemplo acima.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
62
62
Todavia, os benefícios da especialização e
do comércio podem ser observados ao se
comparar a situação sem e com comércio
internacional. Desse modo, a Inglaterra
deverá se especializar na produção de
tecidos, exportando-os e importando vinho
de Portugal, que se especializou em tal
produção e passou a importar tecidos.
Conclui-se, portanto, que dada uma certa
quantidade de recursos, um país poderá
obter ganhos através do comércio
internacional, produzindo aqueles bens que
gerarem comparativamente mais vantagens
relativas. A teoria desenvolvida por Ricardo
fornece uma explicação para os movimentos
de mercadorias no comércio internacional, a
partir da oferta ou dos custos de produção
existentes nesses países. Logo, os países
exportarão e se especializarão na produção
dos bens cujo custo for comparativamente
menor em relação àqueles existentes, para
os mesmos bens, nos demais países
exportadores. Deve-se destacar que a
Teoria das Vantagens Comparativas
apresenta a limitação de ser relativamente
estática, não levando em consideração a
evolução das estruturas da oferta e da
demanda, bem como das relações de preços
entre produtos negociados no mercado
internacional, à medida que as economias se
desenvolvem e seu nível de renda cresce.
Quando dois países mantêm relações
econômicas entre si, entram
necessariamente em jogo duas moedas,
exigindo que se fixe a relação de troca entre
ambas.
A taxa de câmbio é a medida de
conversão da moeda nacional em moeda
de outros países. Pode, também, ser
definida como o preço da moeda
estrangeira (divisa) em termos da moeda
nacional. Assim, 1 dólar pode custar 2,37
real, 1 libra pode custar 2,35 real etc.
A determinação da taxa de câmbio pode
ocorrer de dois modos: institucionalmente,
através de decisão das autoridades
econômicas com fixação periódica das taxas
(taxas fixas de câmbio), ou através do
funcionamento do mercado, onde as taxas
flutuam automaticamente, em decorrência
das pressões de oferta e demanda por
divisas estrangeiras (taxas flutuantes ou
flexíveis).
A demanda de divisas é constituída pelos
importadores, que precisam delas para pagar
suas compras no exterior, uma vez que a
moeda nacional não é aceita fora do país, e
pela saída de capitais financeiros.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
63
63
O Banco Central recebe do importador
nacional a importância em reais, e troca por
moeda estrangeira o valor correspondente.
A oferta de divisas é realizada tanto pelos
exportadores, que recebem moeda
estrangeira em contrapartida de suas vendas,
como através da entrada de capitais
financeiros internacionais. Como a divisa
não pode ser utilizada internamente, precisa
ser convertida em moeda nacional. Isso é
feito pelo Banco Central da seguinte forma:
recebe dos importadores do exterior a
quantia em divisas - dólar, por exemplo -,
retendo-as em seus cofres, e paga, ao
exportador nacional, em reais, a importância
correspondente.
Uma taxa de câmbio elevada significa que
o preço da divisa estrangeira está alto, ou
que a moeda nacional está desvalorizada.
Assim, a expressão desvalorização
cambial indica que houve um aumento da
taxa de Câmbio - maior número de reais
por unidade de moeda estrangeira.
Por sua vez, valorização cambial significa
moeda nacional mais forte, isto é, paga-se
menos reais por dólar, por exemplo, e
tem-se, em conseqüência, uma queda na
taxa de câmbio.
A taxa de câmbio está intimamente
relacionada com os preços dos produtos
exportados e importados e,
conseqüentemente, com o resultado da
balança comercial do país.
Se a taxa de câmbio se encontrar em
patamares elevados, estimulará as
exportações, pois os exportadores
passarão a receber mais reais pela mesma
quantidade de divisas derivadas da
exportação; em conseqüência, haverá
maior oferta de divisas.
Exemplo.: suponhamos uma taxa de câmbio
de 0,90 real por dólar, e que o exportador
vendia 1.000 unidades de seu produto a 50
dólares cada. Seu faturamento era de 50.000
dólares, ou 45.000 reais. Se o câmbio for
desvalorizado em 10%, a taxa de câmbio
subirá para 0,99 real o dólar e, vendendo
as mesmas 1.000 unidades, receberá os
mesmos 50.000 dólares, só que valendo
agora 49.500 reais. Isso estimulará o
exportador a vender mais, aumentando a
oferta de divisas.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
64
64
Do lado das importações, a situação se
inverte, pois se os preços dos produtos
importados se elevam, em moeda nacional
(os importadores pagarão mais reais pelos
mesmos dólares pagos antes nas
importações), haverá um desestímulo às
importações e, conseqüentemente, uma
queda na demanda por divisas. Uma taxa de
câmbio sobrevalorizada (isto é, a moeda
nacional encontra-se valorizada) surte efeito
contrário tanto nas exportações como nas
importações. Há um desestímulo às
exportações e um estímulo às importações.
A inflação Interna e Seus Efeitos Sobre a Taxa de Câmbio
Até aqui analisamos a paridade cambial sem
considerarmos os efeitos da inflação. No
entanto, o aumento do nível de preços
internos - ocorrência da inflação provoca
uma redução da taxa real de câmbio, ou
seja, a taxa nominal permanece a .mesma,
mas com a inflação gera-se, internamente,
uma queda no poder aquisitivo da moeda.
Os efeitos da perda de poder aquisitivo são:
um desestímulo às exportações, uma vez
que o preço do produto exportado não sofre
correção equivalente à inflação; e um
estímulo às importações, já que os bens
importados, ao não serem corrigidos, ficam
mais baratos.
Em países com inflação crônica, ocorre um
verdadeiro círculo vicioso. O aumento da
inflação interna em relação à externa, isto é,
da relação entre preços internos e preços
externos, encarece os produtos nacionais
relativamente aos estrangeiros, piorando o
saldo comercial do país com o resto do
mundo. Para recuperar as exportações e
inibir as importações, o governo desvaloriza
o câmbio nominal. Embora desestimule, no
geral, a compra de produtos importados,
alguns produtos essenciais, como petróleo,
não terão sua importação diminuída, mas
apenas elevação de seu preço, em moeda
nacional. Isso provocará elevação dos custos
de produção, que serão repassados aos
preços finais, e temos então caracterizada
uma inflação de custos. A relação entre
preços internos e preços externos se eleva
novamente, e o círculo vicioso continua.
A Atuação Governamental no Mercado
de Divisas: Políticas Externas
Estudou-se anteriormente a determinação da
taxa de câmbio pelas forças de mercado ―
oferta e procura de divisas. No entanto, na
maioria dos países, notadamente naqueles
em desenvolvimento, faz-se necessária a
intervenção do governo no mercado de
divisas, dada a instabilidade do balanço de
pagamentos nessas economias.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
65
65
O governo pode atuar através da política
cambial ou da política comercial. A política
cambial diz respeito a alterações na taxa de
câmbio, enquanto a política comercial
constitui-se de mecanismos que interferem
no fluxo de mercadorias e serviços.
As políticas cambiais mais freqüentes são
as seguintes:
Regime de taxas fixas de câmbio: O
Banco Central fixa antecipadamente a
taxa de câmbio, com a qual o mercado
deve operar.
Regime de taxas flutuantes ou flexíveis de
cambio: A taxa de câmbio é determinada
pelo mercado, através da oferta e da
demanda de moeda estrangeira. Na
verdade, em quase todos os países o
Banco Central é o principal agente tanto
na compra como na venda de divisas, o
que lhe permite praticamente manter a
taxa de cambio nos níveis em que ele
deseja. Esse fato também é chamado de
flutuação suja, ou dirty floating.
Regime de Bandas Cambiais: O Banco
Central fixa os limites superior e inferior
(uma banda) dentro dos quais a taxa de
câmbio pode flutuar.
Dentre as políticas comerciais externas,
podemos destacar as que se seguem:
Alterações das Tarifas Sobre
Importações: Se a política adotada visar
proteger a produção interna, como por
exemplo no processo de substituição de
importações adotado pela maior parte dos
países em desenvolvimento até os anos 70,
isso normalmente é feito através da elevação
do imposto de importação e de outros
tributos e taxas sobre os produtos
importados.
No caso oposto, com a abertura comercial,
ou liberalização das importações, as tarifas
sobre produtos importados são diminuídas.
Regulamentação do Comércio Exterior:
Entraves burocráticos dificultando as
transações com o exterior, bem como o
estabelecimento de quotas ou proibições às
importações de determinados produtos,
representam barreiras qualitativas às
importações.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
66
66
Fatores Determinantes do
Comportamento das Exportações e
Importações
Fatores que mais influenciam as
exportações e as importações.
Exportações:
Por simplificação, consideraremos como
moeda estrangeira o dólar. Isso posto, as
exportações agregadas são influenciadas,
coeteris paribus, pelas seguintes variáveis:
Preços Externos em Dólares: Se os preços
de nossos produtos se elevarem no exterior,
as exportações nacionais deverão se elevar.
Preços Internos em Reais: Uma elevação
dos preços internos de produtos exportáveis
pode desestimular as exportações e
incentivar a venda no mercado interno.
Taxa de Câmbio (Reais por Dólares): O
aumento da taxa de câmbio (isto é, uma
desvalorização cambial) deve estimular as
exportações, seja porque nossos
exportadores receberão mais reais pelos
mesmos dólares anteriores, seja porque os
compradores externos, com os mesmos
dólares anteriores, poderão comprar mais
produtos nacionais.
Renda Mundial: Um aumento da renda
mundial certamente estimulará o comércio
internacional e, em conseqüência, as
exportações nacionais.
Subsídios e Incentivos às Exportações:
Subsídios e incentivos às exportações, sejam
de ordem fiscal (isenções de impostos),
sejam de ordem financeira (taxas de juros
subsidiadas, disponibilidade de
financiamentos etc.), sempre representam
um fator de estímulo às exportações.
Importações
Os principais fatores determinantes do
comportamento das importações agregadas
são os seguintes:
Preços Externos em Dólares: Se os preços
dos produtos importados se elevarem no
exterior em dólares, haverá uma retração
das importações brasileiras.
Preços Internos em Reais: Um aumento
dos preços dos produtos produzidos
internamente incentivará a compra dos
similares no mercado externo, elevando as
importações.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
67
67
Taxa de Câmbio (Reais por Dólares):
Uma elevação da taxa de câmbio
(desvalorização cambial) acarretará uma
maior despesa aos importadores, pois
pagarão mais reais pelos mesmos produtos
antes importados, os quais, embora
mantenham seus preços em dólares, exigirão
mais moeda nacional por dólar.
Renda e Produto Nacional: Enquanto as
exportações são mais afetadas pelo que
ocorre com a renda mundial, as importações
estão mais relacionadas à renda nacional.
Um aumento da produção e da renda
nacional significa que o país está crescendo
e que demandará mais produtos importados,
seja na forma de matérias-primas, bens de
capital ou bens de consumo.
Tarifas e Barreiras às Importações: A
imposição de barreiras quantitativas
(elevação das tarifas sobre importações) ou
qualitativas (proibição da importação de
certos produtos, estabelecimento de quotas
ou entraves burocráticos) ocasionam uma
inibição nas compras de produtos
importados.
Os Organismos Internacionais: A Ordem
Mundial no Pós-Guerra
A Segunda Grande Guerra (1939-1945)
alterou profundamente a realidade mundial,
o conflito mudou os rumos do mundo e da
economia. Com as mudanças, emergiram
novos desafios e novos compromissos e
alianças. Criou-se uma nova estrutura de
poder mundial. Ou seja: implantou-se uma
nova ordem econômica e uma nova ordem
política.
A Ordem Econômica Internacional no
Pós-Guerra
Entende-se por ordem econômica
internacional o conjunto critérios e normas
que regulam o jogo econômico e financeiro
do mundo. E, por decorrência, os
instrumentos e mecanismos que lhe dão
sustentação.
Com a Segunda Guerra Mundial, os Estados
Unidos consolidaram sua liderança e
hegemonia no mundo, Sob a sua inspiração
e orientação realizou-se em julho de 1944,
na cidade turística de Bretton Woods, no
Estado de New Hampshire, EUA, a
Conferência Monetária e Financeira
Internacional das Nações Unidas e
Associadas.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
68
68
A reunião dos representantes dos países que
seriam os vencedores do conflito teve por
finalidade reconstruir a estrutura
internacional de comércio e finanças, ou
seja, estruturar a ordem econômica
internacional a vigorar no pós-guerra.
O sistema econômico arquitetado em 1944 -
e ainda vigente baseou-se
fundamentalmente na supremacia industrial,
comercial e financeira dos Estados Unidos.
Diante das enfraquecidas potências
européias, aquele país conseguiu impor sua
visão e seus interesses na nova estrutura de
poder, inclusive o dólar como moeda-padrão
do comércio mundial.
Três instrumentos foram criados, na
ocasião, com a finalidade de implantar a
nova ordem econômica internacional e dar-
lhe sustentação e viabilidade: o Fundo
Monetário Internacional (FMI), o Banco
Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD) e o Acordo
Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT).
O Fundo Monetário Internacional (FMI)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é o
órgão encarregado de zelar pela saúde
financeira e da moeda dos países-membros e
prestar socorro financeiro e técnico aos
países em dificuldades, mediante a
aplicação de normas de ajuste
rigorosamente controladas. A aprovação de
programas de ajuste pelo Fundo serve de
sinal verde para a concessão de empréstimos
e financiamentos a países necessitados por
parte dos bancos internacionais.
O FMI era também o órgão operacional e de
controle do Sistema Monetário de Bretton
Woods, baseado no dólar como moeda-
padrão do comércio mundial, nas taxas fixas
de câmbio, na conversibilidade dólar em
ouro e na paridade fixa de US$ 35 por onça
de ouro. Desde então os EUA tornaram-se o
país responsável pela estabilidade da ordem
econômica.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
69
69
Mas, com a decisão, unilateral, de
desvincular o dólar do ouro e de deixar
flutuar sua moeda, tomada em 1971, os
Estados Unidos derrubaram uma das
colunas básicas do sistema monetário
construído na conferência de Bretton
Woods, provocaram um forte impacto
internacional, enfraqueceram o FMI e
mostraram ao mundo a prevalência de seus
interesses nacionais sobre as
responsabilidades mundiais do país
assumidas em encontro multilateral.
Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD) - Banco
Mundial
O Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvi mento (BIRD), mais conhecido
como Banco Mundial, teve papel relevante
no financiamento da reconstrução dos países
capitalistas atingidos pela Segunda Guerra
Mundial. No entanto, mostrou-se tímido e
pouco eficaz em relação ao
desenvolvimento dos países do Terceiro
Mundo. Atua em estreita sintonia com o
FMI, seguindo a mesma orientação.
Destina-se, hoje, a financiar projetos de
longo alcance dos países-membros. Muitas
vezes os empréstimos concedidos pelo
Banco Mundial representam apenas uma
parcela do montante necessário à execução
de determinado projeto. Nesse caso, a
concessão do empréstimo serve como uma
espécie de aval em relação à viabilidade
econômica do mesmo, facilitando a abertura
das portas dos bancos privados para levantar
o volume de dinheiro necessário. Outrossim,
o Banco Mundial, juntamente com o FMI,
tem importante papel na elaboração de
análises da situação e perspectivas da
economia mundial e na definição e
implementação das estratégias
macroeconômicas. A concessão de
empréstimos é sempre condicionada à
subordinação do país tomador às normas e
exigências definidas pelos dois organismos
internacionais.
Organização Mundial do Comércio
(OMC)
O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio
(GATT), hoje Organização Mundial do
Comércio (OMC), só foi criado em 1947,
numa reunião realizada em Havana, em
Cuba, sob a liderança dos Estados Unidos.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
70
70
Os participantes da Conferência de Bretton
Woods, três anos antes, haviam decidido
criar a Organização Internacional do
Comércio, um organismo mais amplo e com
grandes poderes. Mas não foi possível
operacionalizar essa decisão, em face das
fortes divergências principalmente entre os
Estados Unidos e os países europeus. Diante
da impossibilidade prática de implementar
um organismo abrangente, conseguiu-se,
então, um acordo geral, de caráter mais ou
menos provisório e com poderes limitados,
que passou a vigorar a partir de janeiro de
1948. Mas o Congresso norte-americano
negou-se a avalizar a Carta de Havana
porque os EUA perderiam o direito de
decidir sua própria política comercial.
Ao GATT foi atribuída a responsabilidade
de estabelecer as normas de controle do
comércio mundial de mercadorias, com a
função precípua de zelar pelo livre comércio
entre as nações. Apesar da provisoriedade,
vigorou durante quase meio século, mas foi
incapaz de assegurar o livre comércio. A
diferença de peso econômico entre os países
levava a comportamentos comerciais
diferentes.
O GATT perdeu força com o agravamento
da crise mundial do capitalismo, provocado
pelos dois choques dos preços do petróleo
(1973 e 1979). Os próprios países altamente
industrializados, inclusive os EUA,
passaram a adotar políticas protecionistas,
criando barreiras e impedindo ou limitando
importações, a fim de garantir mercado
(interno) para seus respectivos produtores. 0
livre comércio é um dos princípios básicos
do capitalismo industrial, em sua dimensão
mundial. Todavia, no mundo dos negócios,
muitas vezes os princípios vigoram de
acordo com as conveniências e a correlação
de forças que comandam o jogo econômico
mundial em cada momento histórico.
Mas, na busca de superação da crise dos
anos 70 e 80, o capitalismo chegou a um
novo estágio, impulsionado por uma nova
revolução tecnológica, pelo avanço da
globalização, pela abertura dos mercados,
etc. Em face da nova perspectiva que se
abre, foi possível concretizar a velha idéia
de 1944. Depois de vários anos de árduas
negociações, chegou-se à decisão de
extinguir o GATT, e substituí-lo, a partir de
1° de janeiro de 1995, pela Organização
Mundial do Comércio (OMC).
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
71
71
A nova organização é uma instituição
permanente, mais estruturada, mais ágil e
com funções ampliadas. Além do comércio
de mercadorias, passou também a
normatizar e controlar o intercâmbio de
serviços e os aspectos de propriedade
intelectual relacionados com o comércio.
Suas decisões e ordenamentos são
totalmente multilaterais, isto é, estendem-se
a todos os países-membros.
O sistema econômico internacional está
baseado fundamentalmente nesses três
pilares que lhe dão sustentação. Essa ordem
econômica internacional está estruturada a
partir do ponto de vista e dos interesses
hegemônicos dos países altamente
industrializados, já avançando na era pós-
industrial. Os Estados Unidos detêm a
liderança e a hegemonia, mesmo
compartilhando o poder com a União
Européia e o Japão. Embora esses
organismos internacionais sejam integrados
por grande número de países, a orientação
geral e as decisões são influenciadas pelos
três centros hegemônicos do capitalismo.
Na atualidade, é do interesse dos centros
hegemônicos fortalecer esse tripé de
sustentação da ordem econômica mundial,
pois a presença dos organismos
internacionais na operacionalização das
estratégias definidas tende a conferir a elas
um caráter eminentemente técnico e de
neutralidade, o que facilita sua atenção.
20. Taxas de Câmbio Fixas e Flutuantes
As Taxas de Câmbio Fixos
Neste sistema os Bancos Centrais
estrangeiros ficam a postos para comprar e
vender suas moedas a um preço fixo em
termos de dólares. Assim, os Bancos
Centrais têm de financiar quaisquer
superávits ou déficits de balanço de
pagamento, comprando ou vendendo toda a
moeda estrangeira que não é ofertada nas
transações privadas.
As Taxas de Câmbio Flexíveis
Neste sistema os Bancos Centrais permitem
que a taxa de câmbio se ajuste para
equacionar a oferta e a demanda por moeda
estrangeira.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
72
72
Tipos de Flutuações
a) Flutuação Limpa – Os bancos Centrais
ficam totalmente de fora e permitem que
as taxas de câmbio sejam determinadas
livremente nos mercados de câmbio
estrangeiros;
b) Flutuação Controlada – Os Bancos
Centrais intervém para comprar e vender
moedas estrangeiras na tentativa de
influenciar as taxas de câmbio.
Depreciação x Apreciação da Taxa de
Câmbio
Ocorrem num sistema de taxas de câmbio
flexíveis. Uma moeda deprecia quando, são
taxas flutuantes, ela se torna “menos cara”
em termos de moeda estrangeira. Uma
moeda aprecia-se quando ela se torna “mais
cara” em termos de moeda estrangeira.
Desvalorização e Valorização
Ocorre uma desvalorização quando os
preços das moedas estrangeiras sob um
regime de taxa de câmbio fixa é
“aumentada” por uma ação oficial. A
valorização ocorre quando o preço das
moedas estrangeiras sob um regime de taxa
de câmbio fixa é “diminuída” por uma ação
oficial.
As Medidas da Taxa de Câmbio
A Taxa de Câmbio Nominal – Refere-se
ao valor da moeda nacional em relação às
moedas estrangeiras.
A Taxa de Câmbio Real – Mede a
competitividade de um país no comércio
internacional. Ela é dada pela razão dos
preços dos bens estrangeiros, medidos,
em relação aos preços dos bens
domésticos.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
73
73
Matematicamente, temos:
Onde:
R = Taxa de Câmbio Real;
P = Níveis de Preços Internos;
ℓ 7 = Níveis de Preços Externos;
e = Preço Real da Moeda Estrangeira
Gastos Domésticos e Gastos em Bens
Domésticos
Gastos dos Residentes Domésticos
A = C + I + GOnde:
A = Gastos dos Residentes Domésticos;
C = Consumo Total;
I = Investimento Total;
G = Gastos do Governo.
Gastos em Bens Domésticos
A + NX = (C + I + G) + ( X – M)
Logo....
A = (C + I + G) + NX
Onde:
A = Gastos dos Residentes Domésticos;
C = Consumo Total;
I = Investimento Total;
G = Gastos do Governo
X = Exportação;
M = Importação.
NX = Superávit Comercial
Assim, os gastos domésticos não
determinam a produção doméstica, isto
porque parte deste gasto recai sobre os bens
estrangeiros.
Os gastos em bens domésticos determinam a
produção doméstica, uma vez que parte é
consumida pelos residentes e parte pelos
não-residentes
As Exportações Líquidas
As exportações líquidas dependem da nossa
renda, que afetam os gastos com
importação;
Depende da renda estrangeira Y7 que afeta a
demanda pela nossas exportações;
Depende da taxa de câmbio real, R.
p
eR 7
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
74
74
Matematicamente, temos:
NX = X (Y7 , R) – M (Y , R)
= NX = (Y, Y7 , R)
Proposições:
Um aumento na renda externa, por Ceteris
Paribus, melhora a balança comercial do
país analisado e aumenta a demanda
agregada.
Uma depreciação real promovida pelo país
analisado melhora a balança comercial e
aumenta a demanda agregada;
Um aumento na renda doméstica aumenta
os gastos com importações e piora a balança
comercial.
21. Noções Sobre Balanço de Pagamentos
Balanço de Pagamento (BP)
Definição: É o registro sistemático de
todas as transações envolvendo residentes
e não residentes de um País, em
determinado período de tempo.
Residentes no País Não Residentes no País
1) Pessoas Físicas, nacionais ou
não, cujo centro de interesse é o
país.
2) As empresas, nacionais ou
multinacionais instaladas no
país.
3) As embaixadas do país no
mundo
1) As pessoas
físicas, nacionais ou não,
cujo centro de interesse
não é o país. Ex.: o turista
2) As empresas, nacionais
ou multinacionais instaladas
fora do país.
3) As embaixadas no país.
Tipos de Contas
Contas Operacionais Contas de Caixa
Receita Lança-se a Crédito Lança-se a Débito
Despesa Lança-se a Débito Lança-se a Crédito
Observação: No Balanço de Pagamento os
lançamentos utilizam o método das partidas
dobradas e o regime de competência. De um
modo geral, se faz lançamento numa conta
operacional e a sua contrapartida em uma
conta de caixa.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
75
75
Estrutura Geral do BP Resumo da
Estrutura Geral
1) Balanço Comercial (BC)
2) Balanço de Serviço (BS)
3) Transferências
Unilaterais (TC)
4) Saldo em Conta Corrente do
BP (T) = 1 + 2 + 3
5) Capitais Autônomos (KA)
6) Erros e Omissões ) (EO)
7) Saldo Total do
BP (B) = 4 + 5 + 6
8) Capitais Compensatórios
(KC)
1) BC
2) BS
3) TU
4) T = 1 + 2 + 3
5) KA
6) EO
7) B = 4 + 5 + 6
8) KC
Saldo em Conta Corrente do Balanço de
Pagamentos (T) :
Matematicamente, temos:
T = BC + BS + TUOnde:
T = Saldo em Conta Corrente do Balanço de
Pagamentos ou Saldo em Transação
Corrente do Balanço de Pagamento;
BC = Balanço Comercial;
BS = Balanço de Serviços;
TU = Transferências Unilaterais
Saldo Total do Balanço de Pagamentos
(B) :
Matematicamente, temos:
B = T + KA + EOOnde:
B = Saldo Total do Balanço de Pagamentos;
T = Saldo em Conta Corrente do balanço de
Pagamento;
KA = Capitais Autônomos;
EO = Erros e Omissões
Obs.: Não confundir o Saldo Total do
Balanço de Pagamento (B) com o Saldo em
Conta Corrente do Balanço de Pagamento
(T), isto é, B ≠ T.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
76
76
Soma Algébrica do Saldo em Conta
Corrente do Balanço de Pagamento (T)
mais Capitais Autônomos (KA), mais
Capitais Compensatórios (KC) é igual a
Zero (0), salvo Erros e Omissões (EO).
Matematicamente, temos:
T + KA + KC = 0Considerando EO = 0
Onde:
T = Saldo em Conta Corrente do balanço de
Pagamento;
KA = Capitais Autônomos;
KC = Capitais Compensatórios;
EO = Erros e Omissões = 0
Saldo em Conta Corrente do Balanço de
Pagamento (T) :
Matematicamente, temos:
T = – (KA + KC)Considerando EO = 0
Onde:
T = Saldo em Conta Corrente do balanço de
Pagamento;
KA = Capitais Autônomos;
KC = Capitais Compensatórios;
EO = Erros e Omissões
Soma do Saldo Total do balanço de
Pagamento (B) com Capital
Compensatório (KC) é zero.
Matematicamente, temos:
B + KC = 0Onde:
B = Soma do Saldo Total do Balanço de
Pagamento;;
KC = Capitais Compensatórios.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
77
77
Saldo Total do Balanço de Pagamento
(B).
Matematicamente, temos:
B = – KCOnde:
B = Saldo Total do Balanço de Pagamento;
KC = Capitais Compensatórios ( - ).
A Soma do Saldo em Conta Corrente do
balanço de Pagamento (T) mais Capital
Autônomo (KA) mais Capital
Compensatório (KC), mais Erros e
Omissões (EO é igual a zero.
Matematicamente, temos:
T + KA + KC + EO = 0Onde:
T = Saldo em Conta Corrente do balanço de
Pagamento;
KA = Capitais Autônomos;
KC = Capitais Compensatórios ( - ).
EO = Erros e Omissões = 0
1) BALANÇO COMERCIAL (FOB)
a) Exportação
b) Importação
2) BALANÇO DE SERVIÇOS
Viagens
Serviços não fatores Fretes
Seguros
Serviços Governamentais
Outros serviços não fatores
Rendas de Capital Juros
Serviços fatores Lucros
Rendas de Trabalho
Outros serviços fatores
3) Transferências Unilaterais
4) Saldo em Conta Corrente e do
Balanço de Pagamento
5) Capitais Autônomos
Investimentos Diretos (ou de Risco)
Empréstimos e Financiamentos
Amortização
Capitais a Custo Prazo
6) Erro e Omissão
7) Saldo Total do Balanço do Pagamento
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
78
78
8) Capitais Compensatórios
Haveres a curto Prazo no Exterior
a) Contas Ouro Monetário
de DES (Direito Especial de Saque)
Caixa Reservas no FMI
b) Empréstimos de Regularização
c) Atrasados
1) Balanço Comercial: É o saldo das
exportações de bens (Receita) e das
importações de bens (Despesa). É uma
conta operacional, logo creditamos o
total das exportações e debitamos o total
das importações. Os valores das
exportações e importações são
calculados em valor do FOB, isto é,
livre de impostos, seguro, fretes, taxa de
armazenagem.
2) Balanço de Serviços: É dividido em
serviços fatores (que remuneram fatores
de produção) e não fatores (que não
remuneram fatores de produção).
Lembre-se que os fatores de produção
são trabalho, capital, tecnologia,
recursos naturais e capacidade
empresarial. O Balanço de Serviço é
uma conta operacional.
2.1.) Serviços Fatores:
Juros: lança-se o saldo líquido entre juros
recebidos (crédito) e juros pagos (débitos)
da dívida externa.
Lucros: Lança-se o saldo líquido entre
lucros recebidos (crédito) e lucros enviados
(débito).
Rendas do Trabalho: Lança-se o saldo
líquido entre rendas recebidas (crédito) e
rendas enviadas (débito).
Outros Serviços Fatores: Lança-se o saldo
líquido entre recebimentos e pagamentos
relativos a outros serviços fatores (que
remuneram fatores de produção) tais como:
royalties, aluguéis de máquinas, etc.
2.2.) Serviços Não Fatores:
Viagens: Lança-se o saldo líquido entre
receita (crédito) e despesa (débito) relativo
ao turismo internacional.
Fretes: Lança-se o saldo líquido entre
recebimentos (crédito) e pagamentos
(débitos) de fretes.
Seguros: Lança-se o saldo líquido entre
recebimentos (crédito) e pagamentos
(débitos) de seguros.
Serviços Governamentais: São gastos com
as embaixadas, todos os países aqui são
deficitários.
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
79
79
Outros Serviços Não Fatores: Lança-se o
saldo líquido entre recebimentos (créditos) e
pagamentos (débitos) relativos a outros
serviços que não remuneram os fatores de
produção.
3) Transferências Unilaterais: Lança-se o
saldo líquido entre recebimentos
(créditos) e envio (débitos) de donativos,
reparações de guerra, etc.
4) Saldo em Transação Corrente do
Balanço de Pagamento (T): É a soma
do balanço comercial (BC) mais balanço
de serviços (BS) mais transferências
unilaterais (TU).
T = BC + BS + TU
5) Movimento de Capitais Autônomos
(KA): Registra o fluxo de capitais que
livremente ingressam ou evadem do
país.
Investimentos Diretos ou de Risco:
Lança-se o saldo líquido entre
investimentos de não residentes no país
(crédito) e os investimentos de
residentes no exterior (débito).
Empréstimos e Financiamentos:
Lança-se o saldo líquido entre
empréstimos recebidos (créditos) e
empréstimos dados (débitos) pelo país.
O empréstimo não tem destino
específico. O financiamento possui um
destino específico.
Amortização: Lança-se o saldo líquido
entre amortização recebida (crédito) e
amortizações pagas (débitos) do
principal da dívida externa.
6) Erros e Omissões (EO): É uma conta
de ajuste. Se o saldo em conta corrente
do BP (T) é igual ao simétrico da soma
de capitais (autônomos e
compensatórios), lança-se 0 em Erros e
Omissões, caso contrário, usa-se esta
conta para fazer o ajuste. Usa-se este
artifício.
T = – (KA + KC) EO = 0
T ≠ – (KA + KC) EO ≠ 0
7) Saldo Total do BP (B): É a soma do
saldo em conta corrente do BP (T) mais
capitais autônomos (KA) mais Erros e
Omissões (EO).
B = T + KA + EO
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
80
80
8) Capitais Compensatórios: É um
demonstrativo de resultados.
a) Conta de Caixa: É o fluxo de nossas
reservas internacionais. Receitas são
debitadas e as despesas são creditadas. De
um modo geral, faremos aqui as contra
partidas dos lançamentos feitos nas contas
operacionais.
Haveres a Curto Prazo no Exterior: É a
liquidez imediata à disposição do país,
utilizada para fazer pagamentos. É composta
por moeda forte (dólar, marco, libra, etc.) e
títulos de curto prazo.
Ouro Monetário: Fluxo de ouro monetário
do país. Quando o BACEN compra ouro,
está monetizando; quando vende, está
desmonetizando ouro.
Direito Especial de Saque (DES): É uma
moeda escritural, criada pelo FMI, utilizada
para fazer pagamentos ou recebimentos,
entre os Bancos Centrais dos países.
Reservas no FMI: Corresponde a cota –
parte de cada país no FMI.
b) Empréstimos de Regularização: São os
empréstimos feitos única e exclusivamente
para cobrir déficit total do BP.
c) Atrasados: Todas as contas vencidas e
não pagas pelo país serão aqui escrituradas.
Transferência Líquida de Recursos para
o Exterior (H > 0) ou Hiato do Produto
(H < 0).
Matematicamente, temos
H = BC + BSNFOnde:
H > 0 = Transferência Líquida de Recursos
para o Exterior;
H < 0 = Hiato do Produto;
BC = Soma do Balanço Comercial;
BSNF = Balanço de Serviços Não Fatores.
Obs.: Quando H for negativo (H < 0) recebe
o nome de Hiato Produto, quando H for
positivo (H > 0), recebe o nome de
Transferência Líquida de Recursos para o
Exterior.
H = Xnf – MnfO H é a diferença entre as Exportações de
bens e serviços não fatores (Xnf) e as
importações de bens e serviços não fatores
(Mnf).
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
81
81
Renda Líquida Recebida do Exterior
(RLRE)
Matematicamente, temos:
RLRE = BSF + TUOnde:
RLRE = Renda Líquida Recebida do
Exterior;
BSF = Soma do Balanço de Serviços de
Fatores;
TU = Transferência Unilaterais.
RLRE = Rendas Recebidas – Rendas Enviadas
RLRE – São as rendas líquidas recebidas,
isto é, são rendas recebidas menos as rendas
enviadas.
Renda entre Renda Líquida Enviada ao
Exterior (RLE) e Renda Líquida
Recebida do Exterior (RLRE).
RLRE = – RLEA Renda Líquida Recebida do Exterior
(RLRE) é igual a Renda Líquida Enviada ao
Exterior (RLE) com sinal trocado, isto é,
Receber – 10 é sinônimo de enviar + 10 e
vice-versa.
Questões de Concursos Sobre Este Tópico
121. Considerem-se os seguintes dados:
Soma do Balanço Comercial (BC) = 1.000
Balanço de Serviços Não Fatores = 500
H > 0 = ?
Com base nesses dados, a Transferência
Líquida de Recursos para o Exterior (H > 0)
é igual a:
a) 500
b) 1.000
c) 1.500
d) 2.000
e) 5.000
Solução:
H = BC + BSFN = 1.500
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
82
82
122. Considerem-se os seguintes dados:
Soma do Balanço de Serviços de Fatores
(BSF) = 200
Transferência Unilaterais (TU) = 50
Com base nesses dados, a Renda Líquida
Recebida do Exterior (RLRE) e a Renda
Líquida Enviada ao Exterior (RLE), são
respectivamente:
a) 4 e – 4
b) 150 e – 150
c) 250 e – 250
d) 300 e – 300
e) 1.000 e – 1.000
Solução:
RLRE = BSF + TU = 250
ou
RLE = – 250
123. Com base nos dados anteriores, o
Saldo em Transações Correntes do Balanço
de Pagamentos (T), é igual a:
a) 1..250
b) 1.600
c) 1.750
d) 2.000
e) 2.500
Solução:
T = H – RLE
T = 1.500 – (– 250)
T = 1.750
Observação.:
T = H – RLE O saldo em Conta
Corrente do BP (T) é a diferença entre a
transferência líquida de recursos para o
exterior ou Hiato do Produto e a renda
líquida enviada ao exterior.
ΔD = – T = Se A variação do passivo
externo líquido do país (ΔD) é igual a
poupança externa (Se) que é igual ao saldo
em Conta Corrente do BP (T) com sinal
trocado.
Prova:
T = BC + BS + TU
T = BC + BSFN + BSF + TU
Logo.....
T = H – RLE
ECONOMIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS – PROF. CARLOS ANDRÉ www.spaces.msn.com/economistas/
83
83
As afirmações abaixo são sinônimas.
1) Déficit no Saldo em Conta Corrente
2) Poupança Externa Positiva (Se = – T)
3) Conta de Capitais (Autônomos mais
Compensatórios) positiva
[T = – (KA + KC)]
4) Entrada (Importação) de Capitais
5) Desnacionalização da Produção Interna
6) Acumulação Externa
7) Desacumulação Interna
8) Aumento do Passivo Externo Líquido do
País (ΔD = – T)
9) Diminuição do Ativo Externo Líquido
do País
10) H > RLE
11) O país investiu internamente mais do
que poupou (Si < I)
12) A absorção (Consumo + Investimento) é
maior que o PNB
As afirmações abaixo são sinônimas
1) Superávit em Conta Corrente do BP
2) Poupança Externa Negativa
3) Conta de Capital (Autônomo mais
Compensatório) negativa
4) Saída (Exportação) de Capitais
5) Nacionalização da Produção Interna
6) Desacumulação Externa
7) Acumulação Interna
8) Diminuição do Passivo Externo Líquido
do País
9) Aumento do Ativo Externo Líquido do
País
10) H > RLE
11) O país mais poupou que investiu
internamente
12) A Absorção (Conjunto + Investimentos)
é menor que o PNB