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ECONOMIA REGIONAL E URBANA Redes Urbanas e Sistemas de Cidades

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ECONOMIA REGIONAL E URBANA

Redes Urbanas e Sistemas de Cidades

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REDES URBANAS E SISTEMAS DE CIDADES

• A Teoria do Lugar CentralCHRISTALLER, W. Central Places in Southern Germany, New Jersey,Prentice-Hall, 1966, Parte B.

• Teorias de Crescimento das CidadesJACOBS, J. The economy of cities, Random House, New York, 1969.(caps. 1, 2, 4, 5 e 6)

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REDES URBANAS E SISTEMAS

DE CIDADES

• A Teoria do Lugar CentralCHRISTALLER, W. Central Places in SouthernGermany, New Jersey, Prentice-Hall, 1966,Parte B.

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Teoria do Lugar CentralEsta é uma teoria preocupada com a importância funcional dos lugares(espaços).

Explica o tamanho, a distribuição e o número de cidades

Christaller (1966) desenvolve o conceito de “lugar central”, que são

os pontos do espaço nos quais os agentes econômicos se dirigem

para efetivar suas demandas específicas. Os chamados “lugares

centrais” seriam aqueles mais elevados hierarquicamente,

justamente por disporem de maior dotação de bens e serviços de

mais alta especificidade. (silva, 2011).

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Teoria do Lugar Central

CHRISTALLER (1966) desenvolve o conceito de “lugar central”,

que são os pontos do espaço nos quais os agentes econômicos

se dirigem para efetivar suas demandas específicas. Os

chamados “lugares centrais” seriam aqueles mais elevados

hierarquicamente, justamente por disporem de maior dotação de

bens e serviços de mais alta especificidade. (Silva, 2011).

Esses locais seriam chamados de “lugar central de primeira ordem”(central places of a higher order). Partindo desses conceitos,Christaller concebe a existência de um sistema de cidades, onde aposição de cada uma delas depende diretamente da quantidade evariedade de bens centrais e de serviços ofertados o que determinariao seu grau de centralidade .

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Lugar CentralÉ um lugar (assentamento, estabelecimento,espaço) que oferta bens e serviços. Este lugarpode ser pequeno (aldeia, povoado) ou grande(cidade principal)

• Todos os lugares formam um elo na hierarquia

London 7m

Cambridge 108,000

Norwich 122,000

Peterborough 156,000

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Porque exitem poucos

lugares grandes?

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Hierarquia dos lugares (espaços)

• Porque há muito poucos grandes lugares?

• Grandes cidades (lugares) precisam de umagrande população para manter todas assuas funções (serviços) – demanda

• Grandes cidades (lugares) ofertam funçõesde ordem (superior) muito alta (atividadesespecializadas, complexas e sofisticadas).

• Porque funções altamente especializadasrequerem demanda suficiente para mantê-las em um dado local

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Área (esfera) de influência• É uma área em torno (ao redor) de cadalugar (espaço) que está sob o seu controle(domínio) econômico, social e político.

Reading

Luton

London 7m

Cambridge

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Área de influência • A extensão da área (esfera) de influênciadependerá do tamanho do lugar (espaço) e dasfunções dos locais circunvizinhos do lugarcentral.

Luton

ReadingLondon

Cambridge Norwich

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Funções do Lugar Central

• Estes são bens e serviços produzidos para osconsumidores locais e clientes for a deste localprovenientes da sua grande área de influência.

Luton

Reading London

Cambridge

Função = um serviço

O tamanho da população não necessariamente determina a importância do lugar central

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Distância e Limite

• A extensão (range) de um bem e serviço é a distânciamáxima distance que as pessoas estão prepadas paraviajar para obter os bens e serviços (distâncias curtaspara itens de baixa ordem – serviços e bens menoscomplexos)

• O limite ou limiar (threshold) da oferta de bens eserviços é o número mínimo de pessoas requeridas paramanter tais atividades (demanda). Atividades complexase sofisticadas não são produzidas em lugares quedetém uma demanda insuficiente. (especialidadesmédicas, hipermercados,Universidades)

• A existência de serviços especializados requermaior número de pessoas (demanda) para torná-losrentáveis.

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Distância e Limite• Intens de baixa ordem (serviços básicos)= jornal• Itens de alta ordem – ordem superior (serviçosespecializados)= mobiliário

• Funções de baixa ordem – ordem inferior (serviçosbásicos)= lojinhas / escolas primárias

• Funções de alta ordem (serviços especializados)=universidades/ hospital

• Lugares produtores de serviços de baixa ordem =lugares de ordem baixa na hierarquia (rural)

• Lugares produtores de serviços de alta ordem =lugares de alta ordem na hierarquia (urbanos)

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Mudanças no tamanho da população e

número de funções

• Tamanho dos lugares muda ao longo do tempo (por meio de nascimentos, mortes, migração)

• A classificação dasfunções (serviços) mudaao longo do tempo.

• Ao longo dos últimos 50anos na UK= decréscimodos serviços disponíveisnos lugares pequenos eum aumento nos serviçosproduzidos pelos grandeslugares (cidades)

Tamanho dos lugares – aumento

Número de funções

1940

1998

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Fatores que afetam os lugares

e o número de funções

• Despovoamento ou crescimento da população• Maior riqueza e mobilidade significa que algumaspopulações rurais não vão mais demandar seus serviçoslocais mas sim irão procurar serviços de ordem superior(mais complexos) em lugares de maior ordem nahierarquia urbana.

• Mudanças internas (congeladores) significam que as famílias não vão fazer usos diários de serviços de baixa ordem (compras em aldeias – leite, verduras)

O tamanho da população não necessariamente determina a importância do lugar central � mas existe uma forte correlação

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A regra (padrão) das hierarquias funcionais

• 1. Quanto maiores forem os lugares (cidades) menorserá seu número (menor número de cidades grandes emaior número de cidades pequenas)

• 2. Quanto maior o crescimento dos lugares (cidades) emtamanho, maior a distância entre elas. (cidades grandessão distantes uma da outra).

• 3. Quando um lugar (cidade) aumenta de tamanho, agama (diversidade) e o número de suas funçõescrescerão.

• 4. Quando um lugar (cidade) aumenta no tamanho, onúmero de serviços de alta ordem também crescerá (osserviços tornam-se mais especializados)

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A Teoria do Lugar Central

Walter Christaller

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O modelo do Lugar Central de Walter Christaller

• O modelo de Christaller tem profunda influência sobre aanálise de determinação e também no entendimento daorganização espacial dos mercados e dos lugares centrais.

• O aspecto distintivo do modelo de Christaller é que elefocaliza sobre as funções (serviços e bens manufaturados)orientadas para os mercados (market oriented), econsequentemente não as não orientadas (not oriented),por exemplo, a localização de fonte de energia, matéria-prima, insumos manufaturados e trabalho. Esta orientaçãode mercado na oferta de funções está associada com anatureza dispersa do mercado, resultante de uma claracorrespondência entre a distribuição espacial da oferta e adistribuição espacial da demanda, e a força destacorrespondência varia de função para função, sendodependente de economias de escalas e custos de transporteá la Losch. Tais correspondências representa acaracterística definidora do modelo de Christaller e tudorelacionado ao modelo do lugar central.

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O modelo do Lugar Central de Walter Christaller -

• Esboço do modelo de Christaller (sistema urbano)• 2 hipotéses: (sistema hierarquico do lugar central – hierarchicalcentral place system).

• Se uma função com um dado tamanho de área de mercadofosse ofertada por um centro particular, este centro tambémdeveria ofertar todas as funções tendo o mesmo e o menortamanho de áreas de mercado. (centro maior produz todas asfunções ofertadas por um lugar de áreas de mercado menor)

• Taxa de crescimento do tamanho da área de mercado –Christaller argumentou que a área de mercado aumenta domenor tamanho para o próximo por um fator constante, o qualdesignou como K (uniformidade das planícies)

• Sistema de Christaller: N conjunto de funções (bens eserviços), N nível de centros, e N nível de áreas de mercado.

• A estrutura espacial do sistema é caracterizada pelo valor de K,definido como um fator pelo qual a área de mercado aumenta(decresce) do nível 1 para o próximo maior (menor) nível

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Um Lugar Central � Um Lugar central é um local (espaço) que produz bens e

serviços� Lugar central é o centro urbano (uma cidade, por exemplo) de

uma região, à qual fornece bens e serviços centrais. Os lugaresmais importantes, isto é, de ordem mais elevada prestam maise mais variados serviços que os lugares de ordem inferior.

� Este espaço pode ser uma vila, metrópole (Aglomeraçãoformada por uma cidade e suas cidades-satélites) ou cidade.Isso forma uma hierarquia

� À área servida por um lugar central chama-se áreacomplementar.

� Estas áreas são tanto mais extensas quanto mais elevada fora ordem do lugar central respectivo.

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Hamlet (aldeia, lugarejo)

Village (vilas)

Small towns (Small towns)

Large Towns (grandes centros)

Cities (cidades)

Capital

Baixa

ordem

Média Ordem

alta ordem

No. de serviços ofertados

(produzidos)

Tamanho da população das localidades (espaços)

REDES URBANAS E SISTEMAS DE

CIDADES - sistema de hierarquia das

cidades

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hipóteses� Quanto maior o lugar (cidade) menor em

número será (poucas cidades grandes)� Quanto maior o crescimento em tamanho dos

lugares mais distantes, eles estarão um do outro(quanto maiores forem as cidades, maior adistância entre elas)

� Quando um lugar cresce em tamanho,consequentemente o número de suas funçõescresce também.

� Quando um lugar cresce em tamanho, o númerode serviços de alta ordem (mais complexos eespecializados) crescerá

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Distância e limite� Funções do Lugar Central são as atividades

ofertadas no mercado de bens e serviços nestelugar central atendendos os consumidores locais eos consumidores fora provenientes de um interiordo país (cidade mais amplo do interior)

� Distância (range) é a distância máxima que aspessoas estão dispostas a viajar para obter umbem ou serviço

� O limite mínimo (threshold) é o número depesssoas necessário para manter a atividadeeconômica (demanda).

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O modelo do Lugar Central de Walter Christaller

• A teoria diz que o limite e a distância (threshold erange) atuam como leis que governam o número,tamanho e distribuição dos lugares (cidades)

• Quando estes 2 fatores atuam conjuntamente, elescriam uma hierarquia

• Christaller notou que nas planícies no sul da Alemanhaque as cidades de um certo tamanho eramrigorosamente equidistantes (uniformente distribuídas)

• Christaller afirmou que a forma ideal para área deinfluência das cidades deveria ser um hexágono porqueos circulos deixam espaços vazios (os quais não sãoatendidos pelo lugar central) ou a sobreposiçao doscirculos (significa que uma área é atendida por muitoslugares centrais)

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O modelo do lugar Central de Christaller

� Walter Christaller� Alemanha� 1933 publicou um livro para demonstrar o

sentido de ordem (hieraraquia) no espaçoe as funções dos lugares

� Seu estudo foi baseado no Sul daAlemanha

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Teoria do Lugar Central

� Objetiva explicar a organizaçãoespacial dos lugares (espaço) e seusinteriores.

� Teoria baseada na hipótese de queexiste algum tipo de ordem no padrãoe nas funçoes dos lugares (hierarquiaurbana)

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Hipóteses � Planície entre os lugares (espaços) de modo que

os transportes são de fáceis acessos e barato emtodas as direções.

� População uniformente distribuída (padrãotriangular equilátero que garante distânciasiguais entre os compradores mais próximos)

� Recursos são uniformente distribuídos� Bens e serviços são obtidos no lugar central mais

próximo de forma a minimizar a distânciapercorrida (custos de transporte).

� Todos os consumidores tem a mesma renda edemanda similar pelos bens e serviços.

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Hipóteses (cont)� Alguns lugares centrais tem apenas bens de

menor ordem para os quais a população não estádisposta a viajar longe, e consequentemente, estelugar tem menor área de influência

� Para bens de alta ordem (mais complexos) apopulação estaria disposta para viajar afim deobtê-los.

� Nenhum lucro excedente seria realizado por umlugar central e cada um iria localizar o maisdistante possível de seu rival para maximizar olucro

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Hipóteses (cont)� A procura dos bens e serviços nos lugares centrais

é assegurada pela sua própria população e pelada sua região complementar

� Os bens e serviços são de ordens de importânciavariáveis, os mais raramente procurados são os deordem mais elevada

� A ordem dos bens e serviços oferecidos numcentro está associada à própria ordem deimportância (ou centralidade) do centro

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Modelo da teoria

� A forma ideal da área de influência (sphere of influence) seria circular

Todas as distâncias até a margem (borda) do círculo são iguais

Lugar central

Fronteiras da área de comércio (mercado)

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A introdução de outros lugares centrais

Os espaços vazios não

são atendidos pelo lugar central

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Circulos sem intertíscios (espaços vazios)

Problema: áreas servidas por mais de um cento- isso

é inconsistente com os princípios básicos do modelo

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Melhor forma: hexágonos

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A teoria do lugar central de Christaller

• Para fazer sua teoria funcinar, Christaller fez algumas hipóteses

• Cada área de mercado tem uma superfícieisotrópica (toda área tem a mesmacaracterística)

• ����toda área é plana

• ���� existe apenas uma forma de transporte(custos de transportes são proporcionais as distâncias)

• ���� A população é uniformente distribuída emtodas as planícies

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Source: http://www.uwec.edu/bfoust/155/G155_RS3/sld002.htm

What's wrong with circles?

What’s wrong with circles?

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As áreas dentro dos pontos negros mostram as áreas de influência (trading area) dos lugares maiores

� Londres

Legenda:Village – aldeia, povoação, arraialTown – cidade-

Conurbation – conurbação ( unificação das malhas urbanas de duas ou mais cidades, que passam a formar um aglomerado urbano contínuo, mantendo suas autonomias politico -administrativas – áreas metropolitanas

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A teoria do lugar central de Christaller• Christaller afirma que a melhor forma pararepresentar a área de influência é o hexágono. Estaforma significa que os consumidores tem acessoaos lugares centrais de maior ordem (ordemsuperior) e suas áreas de comércio provém detodas as partes do hexágono.

• A ideia central de Christaller: Os consumidoresvão para o local central de ordem superior maispróximo para comprar bens e serviços

• Lugares centrais de maior ordem ou ordem superioratuam como um ímã para os consumidres.

• Ele denominou este fenômeno de K=3 (princípio demercado)

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Example –o lugar destacado de menor ordem (vila X) terá 1/3 de seus consumidores indo para a cidade (lugar A) e 1/3 indo para centro (town Y) e 1/3 indo para centro Z (centro de ordem média - middle order settlements)

Todos os outros lugares de menor ordem (pontos vermelhos) seguirão o mesmo padrão

Settlement X

A alta ordem ou ordem superior (3 ordem) lugar (A) no meio é cercado por lugares de ordem média (pontos pretos) e por lugares de baixa ordem (pontes vermelhos pequenos). Os consumidores são

atraídos na mesma

intensidade para

qualquer lugar central

maior mais próximo.

K=3 Princípio de mercado

Y

ZPorque chamamos de K=3?

Sugestão � ver o número de consumidores que irão visitar o lugar de ordem mais alta

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K4= O príncípio do Transporte (Tráfego)No modelo K=4 o lugar de menor ordem (pontos vermelhos) tem apenas a escolha de 2 lugares de ordem maior para ir com a finalidade de comprar bens e serviços.

-Metade deles vão ao lugar (estabelecimetno)A e a outra metade vai ao estabelecimento de ordem média (ponto preto)

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K=4 - Princípio do transporte tráfego O modelo K=4 é chamado de Princípio do tráfego porque o modelo mostra como os consumidores são influenciados onde vão comprar bens e serviços pelas rotas de transporte.

Linhas de trens

Neste exemplo oestabelecimento debaixa ordem ou ordeminferior (ponto vermelhopequeno) estálocalizado ao longo deuma rota de transporte.Isso significa que estasvilas de baixa ordempodem apenas visitaroutros estabelecimentos(locais) que estáotambém sobre suasrotas de transporte.Então eles são limitadosa visitar os lugares(estabelecimentos)atrás deles sob a rota detransporte ouestabeleicimentos nafrente deles.

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Porque K7?

6*1 = 6

6+1 = 7

U

V

X

Y

W

Z

Um lugar de alta ordemou de ordem superior émostrado na figura(ponto vermelho).

-Todos os lugares deordem menor ou deordem inferior situamdentro da área dohexagonal(U,V,W,X,Y)

Este modelo mostra a hierarquia docontrole � os lugares de menor nivelestão dispostos dentro da área deinfluência do lugar de maior ordem.

Os lugares de baixa ordem ou ordeminferior podem ser completamentecontrolados pelos lugares de maiornivel ou ordem superior

K=7 Princípio Administrativo

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O uso do modelo do lugar central de Christaller

� O modelo é sempre usado por governantes paraplanejar a localização de novos centros e serviçosde alta ordem ou ordem superior (hospitais,universidades, etc)

� É usado pelas autoridades de transporte paraplanejar rotas de transportes (todas as áreas temacessos iguais modelo K4)

� As empresas podem usar o modelo para decidironde instalar uma nova loja

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Limitações do modelo de ChristallerOs problemas nas premissas do modelo:

� Pessoas e riquezas não se distribuem uniformenteno espaço (se pessoas mais pobres vivem emcertas áreas e lugares de alta ordem próximos aestes é muito caro, então as pessoas pobres nãoirão visitar tais locais de alta ordem)

� Govermos sempre controlam onde novos centrossão localizados, não as forças de mercado(exemplo não necessariamente onde a demandapor bens e serviços é mais alta)

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Limitações do modelo de Christaller

• Os problemas nas premissas do modelo:

• As pessoas nem sempre vão ao lugar centralmais próximo (elas devem escolher novasfronteiras da cidade mais distantes ) assim, ateoira K3 não funciona.

• Grandes áreas planas não existem na realidade.Montanhas e morros etc, distorcem as rotas detransportes (teoria K4 theory não funciona)

morrosLinha de trem

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Hierarquia Urbana Brasileira – Oferta de Crédito

Fonte: Silva (2012) – tese doutorado - UFMG

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from Betty (1967) Geography of Market

Centers and Retail Distribution.

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REDES URBANAS E SISTEMASDE CIDADES

� A Economia das cidadesTema do livro: cómo los poblados setransforman en ciudades donde seañade trabajo nuevo al antiguo y cómose sostiene el procesoComo as aldeias se transformam emcidades onde se adiciona trabalho novoao antigo e como se sustenta (mantém)o processo.

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Jane Butzner Jacobs nascida emScranton, Pensilvânia no dia 4 de maiode 1916 e falecida em Toronto, 25 deAbril de 2006, foi uma escritora eativista política do Canadá, nascidanos Estados Unidos da América. Suaobra mais conhecida é The Death andLife of Great American Cities de(1961), na qual critica duramente aspráticas de renovação do espaçopúblico da década de 1950 nosEstados Unidos.JACOBS, J. The economy of cities,Random House, New York, 1969.(caps. 1, 2, 4, 5 e 6)

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O modelo de crescimento urbano de Jacobs

� Livro: “A Economia das Cidades” (1969) propõe ummodelo teórico para entender o processo decrescimento econômico dos centros urbanos combase no histórico de grandes metrópoles mudiaisLondres e Nova York, e regionais, como Birminghame Detroit.

� O crescimento econômico é localizado nas cidades,este decorre de economias de aglomeraçãoadvindas da diversificação produtiva local.

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� As cidades são lugares onde se adiciona grande quantidade detrabalho novo ao antigo, e este trabalho novo multiplica-se ediversifica as divisões de tarefas da cidade. Graças a esteprocesso, as cidades se desenvolvem e como consequência deeventos não relacionados a ele; as cidades inventam e reinventama vida econômica rural; a criação de um novo trabalho é diferenteda simples repetição e expansão eficiente da produção de bens eserviços já existentes, e requer, portanto, condições diferentes econtrárias às requeridas para a produção eficiente; as cidadesgeram, ao crescer, sério problemas práticos que são resolvidos,apenas com novos bens e serviços aumentando, assim, aabundância econômica. O progresso passado de uma cidade não égarantia de desenvolvimento futuro, porque a cidade pode parar avigorosa adição de novo trabalho, e pode, portanto, estagnar.

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� A expansão (crescimento) das economias é adicionar novos tipos detrabalho. Com a inovação, a economia se amplia (cresce) e sedesenvolve. A economia que não incorpora novos gêneros deprodutos e serviços e que unicamente continua realizando o velhotrabalho não se expande (cresce), por definição, não desenvolve.

� As economias não cresceram (desenvolveram) simplesmenteaumentando a produtividade, isto é, realizando maior quantidadedo mesmo trabalho.

� A ampliação da economia ocorre pela adição de novos tipos detrabalho. Com a inovação, a economia se expande e se desenvolve.A economia que não incorpora novos gêneros de produtos eserviços e que somente continua realizando o velho trabalho nocresce ou expande, por definição, não se desenvolve.

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� O cerne de seu modelo está na idéia de que as variáveismotoras do crescimento econômico são a base exportadoralocal e o processo de substituição de importações

� O desenvolvimento do modelo é apresentado em duaspartes: “o processo gerador de novas exportações” e o de“substituição de importações”

� A vida econômica de uma cidade “embrionária” é divididaem quatro blocos: a produção de bens intermediários (P), aprodução de bens de consumo (C), a produção paraexportação (E) e as importações (I), que abastecem os trêsprimeiros setores

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� A elevação das exportações aumenta a capacidade deimportação da economia urbana e da cidade.

� Parte das importações vai diretamente suprir os insumosintermediários das novas exportações, enquanto o restantenutre o setor de bens intermediários — que está seampliando e diversificando devido à elevação dasexportações — e o setor de bens finais — que tambémcresce para atender às demandas da força de trabalho emexpansão.

� O crescimento inicial da economia local resultantes dasexportações denomina-se “efeito multiplicador dasexportações”.

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� A poderosa fonte de crescimento vigoroso das economias locais :o processo de substituição de importações e seusubjacente efeito multiplicador.

� Quanto maior o volume e a variedade de bens e serviços finais eintermediários que uma cidade importa maior tende a ser adifusão desses produtos nas relações interindustriais locais,estimulando o aprendizado tecnológico e a capacitação dosprodutores locais para substituição de parte desses produtos poruma versão doméstica.

� À medida que a economia local consegue produzir internamentebens e serviços antes importados (novo trabalho), a renda, oemprego e a demanda de todos os produtos locais crescem -“efeitos multiplicadores do processo de substituição deimportações”

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� No caso da cidade embrionária, cujo crescimento inicial dasexportações gerou renda suficiente para aumentar asimportações em volume e variedade, se as firmas locaissubstituírem parte das importações serão responsáveis pelacriação de novos empregos e renda que, por seu turno,também dispara o gatilho do processo multiplicador elevandoa renda ainda mais.

� Jacobs adverte que somente as cidades que mantiverem umprocesso contínuo de substituição de importaçõespermanecerão crescendo sustentavelmente a altas taxas.

� Os processos de crescimento via exportações e substituiçõesde importações acontecem de maneira integrada, compondoum sistema recíproco de crescimento.

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� Se uma cidade, já sob os efeitos do multiplicador dasexportações, começa a substituir importações e a alterarsua pauta importadora, sua economia torna-se cada vezmais diversificada e, consequentemente, sujeita aeconomias de urbanização mais intensas.

� O sistema recíproco mostra o avanço da teoria de Jacobsadmitindo uma base exportadora endógena, dependente daescala urbana e, por conseguinte, das economias deaglomeração.

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Processos multiplicadores integrados de Jacobs

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� Principal força motora do crescimento econômico urbano é o processo de substituição de importações.

� O segredo do crescimento urbano está, então, na capacidadedas economias locais em empreenderem um rápido processode substituição de importações e, portanto, ancora-se nacapacidade local de desenvolver e absorver ligeira econtinuamente novas tecnologias. Daí a importância queJacobs confere às economias de urbanização.

� A solução dos problemas urbanos passa pela criação de bens e serviços que colaboram para a pujança econômica da cidade; problemas não resolvidos e acumulados são sinais de estagnação.

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Referências Bibliográficas

MONASTERIO, L; CAVALCANTE, L, R. Fundamentos do pensamento econômico regional. Economia regional e urbana : teorias e

métodos com ênfase no Brasil / organizadores: Bruno de Oliveira Cruz ... [et al.]. Brasília : Ipea, 2011.JACOBS, J. La Economia de las ciudades. Barcelona: Ed. Península, 1975.GALINARI, R. Retornos crescentes urbano-industriais e spillovers

espaciais: evidências a partir da taxa salarial no estado de São Paulo.Dissertação (mestrado). UFMG, Belo Horizonte, 2006. (1.4.2. - Omodelo de crescimento urbano de Jacobs pg. 35 a 41)SILVA, F. F. Centralidade e impactos regionais de política

monetária: um estudo dos casos brasileiro e espanhol. Tese(doutorado). UFMG, Belo Horizonte, 2012.