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ECONOMIA SOLIDÁRIA Uma outra economia é possível?

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ECONOMIA SOLIDÁRIA

Uma outra economia é possível?

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A ECONOMIA SOLIDÁRIA NO ABCD: UM

PERFIL DOS EMPREENDIMENTOS Fernando F. Valentin

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Contexto de surgimento no ABC

• O ABC teve papel preponderante no surgimento da Economia Solidária;

• A crise econômica dos anos 1980 / 1990 foi um fator estimulador;

• O arranjos produtivos iniciais foram as cooperativas;

• Forte atuação do sindicatos dos metalúrgicos e dos químicos do ABC;

• Herança anarco-sindicalista acabou gerando “o novo sindicalismo”;

• Hoje conta com 2 incubadoras, 1 banco comunitário, 1 banco de crédito

popular, legislação municipal em SBS, Sto. André e Mauá e outras

instituições (centros públicos, UNISOL, etc);

• Bem institucionalizada na região;

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O abc: da indústria aos serviços

• A vocação industrial se manifestou já no século XIX através da produção de

cerâmica, têxteis, móveis e metalurgia;

• Década de 1950 inicio do processo de industrialização;

• Em 1975 a indústria automobilística do ABC era responsável por 86,40% da

produção nacional;

• Discussões sobre o futuro econômico do ABC: desindustrialização e perda de

postos de trabalho;

• No começo do século XXI a economia do ABC vai retomando sua força. Os

empregos formais crescem entre 2000, 2005 e 2010 (22% aproximadamente);

• As empresas passam de 29.503 em 1999 para 85.445 em 2010;

• Maior oferta de postos de trabalhos formais no setor de serviços.

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A trajetória da Economia Solidária no ABC

• Ligada as lutas dos sindicatos dos metalúrgicos e químicos do ABC;

• Em 1996 iniciam-se as discussões para a formação de cooperativas;

• Em 1998 o sindicatos dos metalúrgicos celebra termos de cooperação com

entidades da Emilia Romagna (Itália);

• Em 1998 surge o Banco do Povo do Crédito Solidário;

• Em 1999 é lançada a UNISOL (12 cooperativas);

• Incubadora de Cooperativas Populares (ITCP) – Fundação Santo André;

• Em 1999 a CUT cria a Agência Desenvolvimento Solidário (ADS);

• Diadema implanta uma IPEPS em 2009;

• Em 2012 a Univ. Metodista e a PMSBC montam mais uma incubadora;

• O Centro Padre Léo Comissari cria um banco comunitário em 2012.

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Principais Resultados:

• Em 2007 haviam 112 EES no ABCD e em Mauá;

• São Bernardo do Campo (52,7%) e Santo André (25,9%);

• No ABC a economia solidária é majoritariamente composta por homens

(54,0%);

• Predomínio dos grupos informais (59,8%), cooperativas (23,3%), associações

(10,7%);

• Alternativa ao desemprego principal fator de motivação (64,7%);

• Cerca de (42,0%) dos EES foram criados entre 1991 e 2000, e (54,4%) de 2000

a 2007;

• Atividades: setor de bebidas e artesanato;

• Praticamente todos os EES remuneravam os associados. Cerca de (39,2%)

ganhavam entre 1 e 2 SM, e (15,2%) entre 2 e 5 SM.

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Conclusões:

• É possível que o crescimento do emprego formal tenha afastado o interesse

pela Economia Solidária;

• O acesso ao crédito, via de regra, é muito limitado;

• Há potencial para expansão dos EES junto as grandes empresas na área de

reciclagem e prestação de serviços;

• As instituições locais precisam conjugar esforços para criar políticas públicas de

economia solidária integradas. Nos últimos tempos as prefeituras locais vem

desenvolvendo ações particulares em cada município.

• A economia solidária pode aproveitar a dinâmica produtiva industrial da região

que ainda é bastante forte;

• A forte presença do setor de serviços na região também abre possibilidades

para a criação de novas cooperativas.

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RAÍZES HISTÓRICAS

• Na Europa foram os socialistas utópicos os precursores do

“cooperativismo revolucionário”;

• Pensadores: Saint-Simon e Fourier (antes da Revolução

Francesa) ; Proudhon e Owen (entre 1848 e 1870) e Kropotkin e

Landauer (após 1870)

• Cooperativa de Rochedale (Inglaterra) – pioneira no

cooperativismo;

• Entre 1980 e 1985 foram criadas em massa cooperativas de

trabalhadores na Europa;

• Nos EUA em meados dos anos 80 Yaroslav Vaneck (checo)

desenvolveu uma teoria econômica da autogestão;

• Aparece pela primeira vez no Brasil em 1993 no livro

“Economia de solidariedade e organização popular” de Moacir

Gadotti

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O CONCEITO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

• Laville (1994) – conjunto de atividades econômicas cuja lógica é

distinta da lógica do mercado capitalista e do Estado;

• Nyssense (1994) e Larrachea (1996) – é um setor da economia

constituído pelo conjunto das atividades econômicas, cujos atores

fazem parte da população mais pobre da cidade;

• Revista RECMA (2001) – Apoia-se numa economia de sujeitos

desiguais;

“Uma forma de produzir, comercializar, e trocar

produtos e mercadorias, que não visa o lucro, gerando

renda, de modo auto-sustentável e por meio da auto-

gestão”.

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PILARES CENTRAIS

• autogestão

• propriedade coletiva dos meios de produção

• cada pessoa, 1 voto

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O CONTEXTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO

BRASIL

• Cenário político: abertura política (anos 80), a nova Constituição

(1998), governo FHC (anos 90);

• Cenário social: surgimento de milhares de entidades em todo o país,

Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais (ANAMPOS),

MST, etc

• 1993 – Cria-se uma rede de combate a miséria e promoção da

cidadania;

• Contexto econômico: perda de emprego e estabilidade (anos 80),

desestruturação do mercado de trabalho (anos 90), reformas neoliberais

(anos 90);

• O PNUD em 1990 reconhece a economia popular como um elemento

importante na luta contra a pobreza;

• 1995 criação do Comunidade Solidária

• 1996 Paul Singer redige um plano de combate ao desemprego para a

candidatura de Luiza Erundina à PMSP;

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ECONOMIA SOCIAL X ECONOMIA SOLIDÁRIA?

ECONOMIA SOCIAL

• Designa organizações e empresas que reconhecem explicitamente a

dimensão social nos seus estatutos;

• É um setor jurídico e institucionalmente definido;

• Princípios: independência do Estado, livre adesão dos sócios,

estrutura democrática de poder, caráter coletivo e inalienável do capital

e ausência de remuneração do capital

• Existe como: mutualidades, cooperativas, associações e fundações.

ECONOMIA SOLIDÁRIA

• Atua entre o setor mercantil e o Estado;

• Saída alternativa para as economia contemporâneas;

• 3 grandes princípios econômicos: a redistribuição, a reciprocidade, e

o mercado

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MARCOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PENSAMENTO

SOBRE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL

• 1995 – Mesa redonda sobre Formas de combate e de resistência à

pobreza (7º Congresso Nacional da SBS);

• 1996 – III Encontro Nacional da ANTEAG;

• 1996 – No texto “Globalização e sociedade civil: repensando o

cooperativismo no contexto da cidadania ativa” Marcos Arruda destaca o

cooperativismo como forma para o desenvolvimento;

• 1996 – Trabalhos organizados em coletânea e publicados por Luiz Inácio

Gaiger;

• 1996 – Paul Singer escreve um artigo no jornal Folha de São Paulo

intitulado “Economia solidária contra o desemprego”;

• 1996 – No campus de Marília da UNESP se forma o primeiro grupo de

pesquisadores;

• 1997 – a Fundação Unitrabalho cria um grupo de trabalho sobre o tema;

• 1998 – No prefácio do livro sobre o III Encontro da ANTEAG Paul Singer

destaca novamente o termo;

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TIPOLOGIAS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

Estudo realizado de janeiro a maio de 2005 com uma amostra de

27 empreendimentos autogestionários dos setores de metalurgia,

vestuário e calçados, plástico, marcenaria, hotelaria, movelaria,

têxtil, máquinas e equipamentos, sulcro-alcoleiro e mineração.

A) POR NÚMERO DE TRABALHADORES

• Menos de 100, entre 101 e 300, entre 301 e 600, entre 601 e 1000,

e entre 1001 e 3000

B) POR FATURAMENTO

• Até R$ 1 milhão, de 1 a 3 milhões, de 3 a 6 milhões, de 6 a 9

milhões, de 9 a 50 milhões, de 50 a 100 milhões e de 100 a 150

milhões.

Fonte: http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/pub_tipologias2.pdf

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TRAJETÓRIA DA ECOSOL NO GOVERNO FEDERAL

• A SENAES é criada em 2003 pela Lei 10.683 de 28 de maio no

âmbito do Ministério do Trabalho;

• Carta elaborada em novembro de 2002 pedindo ao Presidente Lula a

criação da SENAES;

• 1ª Plenária Nacional da ECOSOL – dezembro de 2002;

• 2ª Plenária Nacional da ECOSOL – III Fórum Social Mundial (janeiro

2003)

• Em junho de 2003 foi criado o FBES na 3ª Plenária Nacional da

ECOSOL;

• Instâncias deliberativas: SENAES, CNES, Conferência Nacional de

Econômia Solidária e Fórum Brasileiro de Economia Solidária

• I CNES 26 a 29 de junho de 2006; II CNES 16 a 18 de junho de

2010;

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PRINCIPAIS CRÍTICAS À ECONOMIA SOLIDÁRIA

AUTORES MARXISTAS E NEOCLÁSSICOS

•Não atribuem a Economia Solidária nenhum papel transformador da

lógica do capital;

• Funciona como “amortecedor” no processo de transformação social;

• Não acreditam que a mudança social possa ocorrer pelas franjas do

sistema capitalista;

• Identificam certa proximidade entre a Economia Solidária e o Terceiro

Setor (ONGs);

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FORMAS DE INTERPRETAÇÃO DA ECOSOL I

A) COMO VISÃO DE MUNDO (FILOSOFIA PARA AÇÃO)

• Possibilidade de construir um modelo econômico que se relaciona

com a construção de uma sociedade livre;

• Como um processo de socialização da economia e do Estado;

• Embriões de uma forma social alternativa ao capitalismo;

• Essa visão problematiza a Economia Solidária a partir da posição

que ela viria a ocupar no futuro

Autores: Pegotto (2005), Boito Jr (2003), Germer (2005), Nuñes (1998)

e Singer (2002).

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FORMAS DE INTERPRETAÇÃO DA ECOSOL II

B) COMO OBJETO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

• Gênese, a trajetória, a viabilidade e a sustentabilidade das

organizações da ECOSOL;

• Políticas públicas, crédito, finanças solidárias, autogestão (temas

mais atuais)

Autores: Guimarães (2000), Lisboa (1999), Mance (1999), Nascimento

(2000), Primavera (1999), Nakano (2000), Castro et al. (2000),

ANTEAG (2000), Bertucc & Silva (2003), Bertucci (1996), França

Filho (2001 a 2004), Gaiger (1994, 1995, 2004), Holzmann (2001),

Kraychete (2000)

• Estudos de caso: Pedrini (1998), Leboutte (2003), Nakano(2000),

Tiriba (2001), Melo Neto & Magalhães (2003)

• Análises pioneiras: Razeto (1982), Oliveira (1988)

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O UNIVERSO DO EES

Idealismo

Empreendimentos

Econômicos

Solidários

Espírito

Empresarial

Espírito

Solidário

Realismo

– propriedade social

– cooperação

– democracia

– autogestão

– gerenciamento

– planejamento

– capacitação

– eficiência

– viabilidade econômica

Fonte: extraído da apresentação do Prof. Gaiger – Sentidos e Experiências da Economia Solidária no Brasil (2005)

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COMO OPERAM OS EES HOJE

Fonte: extraído da apresentação do Prof. Gaiger – Sentidos e Experiências da Economia Solidária no Brasil (2005)

Estado Entidades

Civis

Movimentos

Sociais

Cooperativas

Redes

Feiras

Centrais

Grupos

Comunitários

EES

Associações

de produtores

Empresas

autogestionárias

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DESAFIOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

Integração econômica entre os EES;

Estruturas de escoamento, comercialização e troca;

Espaços comuns de formação, debate e intercâmbio;

Política de suportes financeiros;

Geração e disseminação de tecnologias apropriadas;

A lternativas adequadas à formalização dos EES.

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O FÓRUM BRASILEIRO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA – FBES I

O FBES é um instrumento do movimento da

Economia Solidária, um espaço de

articulação e diálogo entre diversos atores

e movimentos sociais pela construção da

economia solidária como base fundamental

de outro desenvolvimento sócio econômico

do país que queremos.

http://www.fbes.org.br/

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O FÓRUM BRASILEIRO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA – FBES II

• 120 fóruns

microrregionais

• 27 estaduais

• + 3.000

empreendimentos

• 500 entidades de

assessoria

• 100 representantes de

governos estaduais e

municipais.

• www.cirandas.net

Fonte: FBES maio 2009

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A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE ECOSOL

92

164

202

0

50

100

150

200

250

Título Assunto Resumo

Número total de dissertações e teses publicadas

2000-2011. Base BDTD

Fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD. Elaboração: Fernando Valentin

http://bdtd.ibict.br/pt/inicio.html . Pesquisa efetuada em: 05/03/2012.

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A PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE ECOSOL

Fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD. Elaboração: Fernando Valentin

http://bdtd.ibict.br/pt/inicio.html . Pesquisa efetuada em: 05/03/2012.

Número total de dissertações e teses publicadas

2000-2005. Base BDTD

7

12

7

0

2

4

6

8

10

12

Título Assunto Resumo

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A produção acadêmica sobre ECOSOL

Fonte: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD. Elaboração: Fernando Valentin

http://bdtd.ibict.br/pt/inicio.html . Pesquisa efetuada em: 05/03/2012.

Número total de dissertações e teses publicadas

2005-2011. Base BDTD

76

122

76

0

20

40

60

80

100

120

140

Título Assunto Resumo

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A produção acadêmica sobre ECOSOL

Fonte:Scielo (n=35). Elaboração: Fernando Valentin

Pesquisa efetuada em: 05/03/2012.

Número total de artigos sobre Economia Solidária

2001 a 2010. Base Scielo

1

0

1

2

1

3 3

5

6

3

8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

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A produção acadêmica sobre ECOSOL

Fonte: Sistemas DEDALUS (USP), Acervus (UNICAMP) e Athena (UNESP). . Elaboração: Fernando Valentin

Pesquisa efetuada em: 01/02/2012.

Número de dissertações e teses sobre Economia Solidária

Universidades estaduais paulistas – 2005 - 2010

TESES SOBRE ECONOMIA SOLIDÁRIA ( MESTRADO, DOUTORADO E

PROFISSIONALIZANTE)

7

13

5

0

65

4 4

21

4 4

12

01 1

3

0

2

4

6

8

10

12

14

2005 2006 2007 2008 2009 2010

USP

UNICAMP

UNESP

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ESTATÍSTICAS SOBRE A QUESTÃO DO

CRÉDITO

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ORIGEM DOS RECURSOS DO EMPREENDIMENTOS

Total

Norte

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Sistema de Informações em

Economia Solidária - SIES

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O Sistema de Informações em Economia Solidária é uma iniciativa pioneira para a identificação e caracterização de Empreendimentos Econômicos Solidários e Entidades de Apoio, Assessoria e Fomento à Economia Solidária. Essa iniciativa tem início em 2003, quando a Secretaria Nacional de Economia Solidária - SENAES e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária - FBES, recém criados, assumiram em conjunto a tarefa de realizar um mapeamento da Economia Solidária no Brasil.

SIES

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OBJETIVOS

Constituir uma base nacional de informações em Economia Solidária;

Fortalecer e integrar os empreendimentos de economia solidaria através de cadastro, redes, catálogos de produtos e comercialização;

Favorecer a visibilidade da economia solidária, fortalecendo os processos organizativos, de apoio e adesão da sociedade;

Subsidiar processos públicos de reconhecimento e certificação das iniciativas de economia solidária;

Subsidiar os processos de formulação de políticas públicas e a elaboração de um marco jurídico para a economia solidária.

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BASE CONCEITUAL

DO SIES

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A Economia Solidária no Brasil

Uma resposta importante dos trabalhadores e trabalhadoras em relação às transformações ocorridas no mundo do trabalho;

Organizações coletivas, organizadas sob a forma de autogestão que realizam atividades de produção de bens e de serviços, crédito e finanças solidárias, trocas, comércio e consumo solidário;

Associações, cooperativas e grupos informais de pequenos produtores ou prestadores de serviços, individuais e familiares, que realizam em comum a compra de seus insumos, a comercialização de seus produtos ou o processamento dos mesmos.

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Atividades Econômicas Organizações Solidárias

• Produção de bens

• Prestação de serviços

• Finanças solidárias

• Comércio justo

• Consumo solidário

• Cooperativas

• Associações

• Empresas de autogestão

• Grupos solidários

• Redes solidárias

• Clubes de trocas, etc.

Economia Solidária

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É o conjunto de atividades econômicas

– produção, distribuição, consumo,

finanças e crédito – organizadas e

realizadas solidariamente por

trabalhadores e trabalhadoras de

forma coletiva e autogestionária.

Este conceito geral explica os valores

e princípios fundamentais da

economia solidária: cooperação,

autogestão, solidariedade e ação

econômica.

Economia Solidária

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Características

COOPERAÇÃO

AÇÃO

ECONÔMICA

SOLIDARIEDADE

AUTOGESTÃO

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Empreendimento

Econômico Solidário

Cooperativa

Associação

Grupo Informal

Fundo Rotativo

Banco

Comunitário

Clube de Trocas

Redes de

Cooperação

Central, etc.

Produção

Prestação de

serviços

Comercialização

Crédito e finanças

solidárias

Consumo

Trocas, etc.

Autogestão

Cooperação

Solidariedade

Justiça

sustentabilidade

Comunitário,

etc.

Empreendimento Econômico Solidário - EES

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São aquelas organizações que realizam ações nas várias modalidades de apoio direto junto aos empreendimentos econômicos solidários, tais como:

• Capacitação, formação e qualificação; • Assessoria e acompanhamento; • Incubação e fomento de Empreendimentos; • Assistência técnica e organizativa; • Desenvolvimento e disseminação de

conhecimentos e tecnologias sociais; • etc.

Entidades de Apoio, Assessoria e Fomento à Economia Solidária: EAF

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No âmbito do SIES, se compreende como políticas públicas de economia solidária aquelas ações, projetos ou programas que são desenvolvidos ou realizados por órgãos da administração direta e indireta das esferas municipal, estadual ou federal com o objetivo de fortalecimento da economia solidária.

Políticas Públicas de Economia Solidária

1. Os beneficiários diretos são trabalhadores(as) e/ou sócios(as) de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), considerando-se tanto os que já estão constituídos quanto os que estão em processo de constituição;

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2.As ações podem ser caracterizadas como de:

• Incubação, fomento e apoio • Formação, qualificação e capacitação • Assessoria e assistência técnica • Finanças solidárias e acesso a crédito • Apoio à organização da comercialização • Acesso a pesquisas e tecnologias sociais • Marcos regulatórios apropriado à economia

solidária (reconhecimento, formalização, tributação e acesso às políticas públicas)

• Comunicação, campanhas • Fortalecimento de fóruns e redes de ES • Conselhos e outros espaços de formulação,

participação e controle social de políticas públicas de economia solidária .

Políticas Públicas de Economia Solidária

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3.As políticas públicas de economia solidária são institucionalizadas por meio de instrumentos, tais como: • Previsão em marco jurídico regulatório (lei,

decreto, portaria etc.) • Previsão de programa ou ação em Plano

Plurianual (federal, estadual ou municipal) ou • Previsão em estrutura regimental de órgão(s)

público(s) executor da política pública de ES.

4.As ações possuem previsão ou dotação orçamentária própria ou oriunda de financiamentos, acordos e convênios com outras instâncias governamentais, organismos multilaterais e outras organizações nacionais e internacionais.

Políticas Públicas de Economia Solidária

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A GESTÃO

PARTICIPATIVA

DO SIES

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DIRETRIZES

• Participação dos principais atores da economia

solidária (empreendimentos, entidades de

apoio e gestores públicos) no processo;

• Mapeamento da economia solidária como um

dos instrumentos de fortalecimento dos fóruns

de economia solidária;

• Não se restringir às organizações conhecidas e

exigir habilidades (conhecimento e

experiência) na coleta de dados;

• Confiabilidade das informações que orientam

todo o processo de formulação dos

instrumentos de coleta, análise e

disseminação das informações.

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Concepção coletiva:

• Grupo de Trabalho: MTE (SENAES e

Observatório do Trabalho), IPEA e o Fórum

Brasileiro de Economia Solidária.

• Produto: Termo de Referência do SIES.

Coordenação Nacional:

• Secretaria Nacional de Economia Solidária.

Desenvolvimento e Suporte ao Sistema:

• Coordenação Geral de Informática do

Ministério do Trabalho e Emprego – CGI/MTE

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Comissão Gestora Nacional do SIES (CGN)

Composição de representantes governamentais e não-governamentais:

• Objetivos, diretrizes, metodologia e gerencia do

SIES;

• Desenvolvimento dos instrumentos de coleta de

dados, análise e disseminação de informações;

• Análise dos resultados e difusão das informações;

• Procedimentos e normas para coleta de dados.

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Comissões Gestoras Estaduais do SIES (CGE’s)

11

13

14

4

4 12

4

8 9

13 16

10

06

7

5

8

4 8

17

9

8

6

8 6

9 6

230 participantes

5

• MTE (por meio das Superintendências Regionais do Trabalho);

• Representantes dos fóruns estaduais (entidades de apoio e empreendimentos);

• Universidades;

• Outros órgãos governamentais; e

• Movimentos sociais que atuam com economia solidária.

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Coordenações Técnicas Estaduais (CTE’s)

• Execução das atividades de coleta de dados e alimentação da base de dados;

• O perfil das entidades e das instituições universitárias e organizações que atuam formação e capacitação na área de economia solidária;

• Envolvimento de mais de 600 pessoas (coordenadores, entrevistadores, digitadores);

• Capacitação da equipe técnica quanto ao conteúdo e a metodologia do mapeamento;

• Os atores locais conhecem melhor a realidade nas diversas regiões brasileiras e estão acostumados a soluções mais adequadas.

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Fases do SIES:

1. Pré-listagem de EES por meio de mecanismo de autodeclaração na página do SIES na internet e outras fontes de informações;

2. Capacitação de Equipes Técnicas Estaduais (pessoal de entrevista, coordenação de pesquisa, supervisão de campo e digitação)

3. Visita aos EES para coleta de dados com aplicação de questionários;

4. Revisão do questionário para validação com a participação das CGE´s;

5. Alimentação da base de dados (on line);

6. Análise da consistência e tratamento da base de dados;

7. Divulgação dos resultados.

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PERFIL DA ECONOMIA

SOLIDÁRIA NO BRASIL

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393 1561

7413

12221

2% 7% 34% 57%

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

Até 1979 1980 a 1989 1990 a 1999 2000 a 2007

Recente Expansão da Economia Solidária no Brasil:

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2.934 municipios

(52% de los

municipios

brasileños).

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12 %

43,5 %

10 %

18 %

16,5%

21.859 EES

1.687.035 Participantes

63% Homens

37% Mulheres

Área de Atuação:

48% Rurais

35% Urbanas

17% Rurais/Urbanas

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1 - Alternativa ao desemprego (46%)

2 - Complemento de renda (44%)

3 - Melhores ganhos com ação associativa (36%)

4 - Possibilidade de gestão coletiva (27%)

5 – Condição para acesso a crédito (25%)

Questão de múltiplas respostas

PRINCIPAIS MOTIVOS DE CRIAÇÃO DOS EES

FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS EES

Associações Informais Cooperativas Outras

52% 36,5% 10% 1,5%

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ATIVIDADES ECONÔMICAS

PRODUTOS AGRUPADOS POR TIPO DE ATIVIDADE % EES

AGROPECUÁRIA, EXTRATIVISMO E PESCA 41%

ALIMENTOS E BEBIDAS 17%

ARTEFATOS ARTESANAIS 17%

TÊXTIL E CONFECÇÕES 10%

SERVIÇOS (DIVERSOS) 7%

ATIVIDADES INDUSTRIAIS (DIVERSAS) 2%

COLETA E RECICLAGEM DE MATERIAIS 2%

FITOTERÁPICOS, LIMPEZA E HIGIENE 2%

CRÉDITO E FINANÇAS SOLIDÁRIAS 1%

OUTROS (PRODUÇÃO E SERVIÇOS) 1%

TOTAL 100%

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FATURAMENTO MÉDIO MENSAL DOS EES

FATURAMENTO MENSAL EES % TOTAL MÉDIA

Até R$ 1.000, 3628 24,0 R$ 1.888.535, R$ 520,

R$ 1.001, a 5.000, 5412 35,5 R$ 13.489.199, R$ 2.492,

R$ 10.001, a 50.000, 2789 18,5 R$ 61.387.900, R$ 22.010,

R$ 5.001, a 10.000, 2031 13,5 R$ 14.551.018, R$ 7.164,

R$ 50.001, a 100.000, 522 3,5 R$ 36.722.203, R$ 70.349,

Mais de R$ 100.000, 723 5,0 R$ 524.990.592, R$ 726.128,

TOTAL 13.588 100 R$ 653.029.449, R$ 43.232, Obs. 1: 6.479 EES (30%) informaram faturamento mensal igual a R$ 0,00 e 275 EES não responderam. Obs. 2: 8,5% dos EES geram 86% do Faturamento Mensal da Economia Solidária

RESULTADO DA ATIVIDADE ECONÔMICA DOS EES - ÚLTIMO ANO

Superávit Equilíbrio Déficit Sem Resposta

38% 34% 15% 13%

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REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL DE SÓCIOS(AS) QUE TRABALHAM NO EES

FAIXA DE REMUNERAÇÃO EES % MÉDIA (R$)

Até ½ SM (Salário Mínimo) 38 75,00

+ de ½ a 1 SM 24 217,00

+ de 1 a 2 SM 26 389,00

+ de 2 a 5 SM 10 896,00

+ de 5 SM 2 2.837,00

TOTAL 100% 166,00

Obs. 1: 59% dos EES indicaram que remuneram os sócios(as) que trabalham ou atuam no empreendimento. No entanto, 50% do total de EES indicou o valor médio da remuneração mensal.

Obs. 2: Foi considerado o valor do Salário Mínimo (SM) de 2007 (R$ 380,00)

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AUTOGESTÃO

CARACTERÍSTICAS DOS EES %

Participação nas decisões cotidianas do EES 66

Periodicidade de assembléia mensal 62

Prestação de contas em assembléia geral 61

Eleição direta dos dirigentes 60

Facilidade de acesso a registros e informações 60

Coletivo de sócios(as) definem destino das sobras e uso de fundos

49

Plano de trabalho definido em Assembléia 42

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INICIATIVAS %

Preço facilita o acesso de consumidores(as) 52

Produtos orgânicos sem agrotóxicos 41

Informações dos produtos 40

Promoção do consumo ético e responsável 34

Qualidade do produto ou serviço 23

COMPROMISSO COM OS CONSUMIDORES

Múltiplas Respostas.

“Consumo consciente, solidário e responsável”

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COMPROMISSO AMBIENTAL

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COMPROMISSO SOCIAL E POLÍTICO

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DESAFIOS

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

BRASIL NE NO CO SE SU

68%

72% 72%

61%

67%

62%

53%

56% 54%

44%

32%

37%

27% 28%

34% 34%

24%

20%

COMERCIALIZAÇÃO

CRÉDITO

APOIO, ASSISTÊNCIA E FORMAÇÃO

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DESAFIOS

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

BRASIL NE NO CO SE SU

68%

72% 72%

61%

67%

62%

53%

56% 54%

44%

32%

37%

27% 28%

34% 34%

24%

20%

COMERCIALIZAÇÃO

CRÉDITO

APOIO, ASSISTÊNCIA E FORMAÇÃO

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ACESSO AO CRÉDITO NOS ÚLTIMOS 12 MESES

Teve acesso Não buscou crédito Buscou e não teve

acesso

16% 32% 52%

DIFICULDADES DE ACESSO AO CRÉDITO %

Falta apoio técnico - projetos e planos de negócio 36

Não atende as condições de garantias exigidas 31

Condições do crédito são incompatíveis 31

Falta a documentação exigida 29

Obs. 1: Múltiplas respostas. Citadas apenas as principais. Obs. 2: 9.508 EES (47% do total) enfrentaram dificuldades no acesso ao crédito. Obs. 3: Apenas 6% dos EES que tiveram acesso a crédito estão com atrasos nos pagamentos.

FONTE DOS RECURSOS INICIAIS DO EES

Próprios Sócios Doações Crédito Outras

60% 21% 12% 7%

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DIFICULDADES %

Não tem capital de giro 33

Logística: estradas, armazéns etc. 29

Não consegue quantidade suficiente de clientes 24

Manter o fornecimento (escala e regularidade) 18

Preço do produto é inadequado (baixo) 15

Falta registro legal para comercialização 14

Não consegue realizar vendas a prazo 14

PRINCIPAIS DIFICULDADES NA COMERCIALIZAÇÃO

Obs. 1: Múltiplas respostas.

Obs. 2: 13.392 EES (68%) responderam que enfrentam dificuldades na comercialização dos produtos e serviços

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Disseminação dos

Resultados do SIES para

visibilidade e Fortalecimento

da Economia Solidária

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• O Ministério do Trabalho e Emprego disponibiliza na internet, para acesso público, um conjunto de informações nacionais, regionais, estaduais e municipais (www.sies.mte.gov.br);

• O Atlas da Economia Solidária no Brasil (impresso) e o Atlas Digital da Economia Solidária, com informes, mapas temáticos e mapas interativos que facilitam o trabalho de visualização das informações do SIES;

• A SENAES também disponibiliza a base com os microdados do SIES;

• No ano de 2008 serão implantados 27 Sistemas Estaduais de Informações para disseminação e uso das informações.

Instrumentos de disseminação do SIES

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• O SIES oferece informações sobre os segmentos econômicos e os EES para participação em Feiras de Economia Solidária;

• Subsidiou estudos e a mobilização de EES para as conferências de Economia Solidária;

• Proporciona ao MTE informações sobre os seguimentos econômicos, a identificação de redes de economia solidária e as demandas de qualificação social e profissional dos EES;

• Proporciona informações para os processos de seleção de comunidades para atuação do Programação de Promoção do Desenvolvimento Local e Economia Solidária, em centenas de municípios brasileiros.

Subsídios para Programas e Projetos

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• Os dados do SIES subsidiam a elaboração de

uma campanha nacional de divulgação da

economia solidária, explicitando o potencial

econômico de geração de trabalho e renda e

autogestão;

• O SIES é referência para a criação do Sistema

Brasileiro de Comércio Justo e Solidário e

para a implantação de sistemas estaduais de

comercialização da agricultura familiar e

economia solidária, com informações para

identificação de cadeias produtivas em

territórios, dimensionando as demandas e

ofertas de produtos e serviços.

Subsídios para Programas e Projetos

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Ministério do Trabalho e Emprego

Secretaria Nacional de Economia Solidária

Departamento de Estudos e Divulgação

(61) 3317-6308

Acesso ao SIES:

www.sies.mte.gov.br

Contatos e informações: