Ecossistema
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Introdução
O ecossistema é um conceito criado em 1935 pelo ecólogo Arhtur Tansley para se
referir às comunidades de seres vivos e aos locais onde eles vivem, compreendendo assim
todas as relações de um com o outro. Como o nome sugere, denomina-se ecossistema
terrestre aquele localizado sobre a terra.
O estudo dessas comunidades observa atentamente os fatores que compõem cada
local (fatores abióticos, seres autótrofos, heterotróficos e decompositores). Por isso, o
conhecimento obtido é importante para garantir que seja mantido o equilíbrio e que haja,
consequentemente, a manutenção da vida e da biodiversidade da Terra.
Tipos de ecossistema terrestre
Entre os diversos tipos de ecossistema terrestre, os que merecem maior destaque
por sua relevância são: florestas, savanas, estepes (pradarias) e deserto.
Florestas
As florestas podem ser tropicais, temperadas ou coníferas, e são caracterizadas por
espaços amplamente cobertos por vegetação e, em especial, por grandes árvores.
Atualmente, a preservação desses locais e da imensa fauna que eles abrigam consiste na
luta contra o desmatamento e extinção de espécies inteiras.
Savanas
As savanas, por sua vez, encontram-se em áreas tropicais que alternam períodos
chuvosos e de seca. Nos dias atuais, o maior obstáculo para manutenção desses locais é o
crescimento de populações humanas em regiões vizinhas, que invadem o espaço antes
habitado por grandes animais, como leões, zebras, elefantes e girafas.
Estepes (Pradarias)
Os estepes, também chamados de pradarias, são compostos por vegetações
herbáceas e sem árvores, em locais de clima temperado. Os animais típicos são o bisão, a
raposa, lebres e cabras, entre outros. Para preservar estas áreas, tenta-se impedir as
monoculturas, a agropecuária e a incidência de incêndios criminosos.
Desertos
Já os desertos são grandes espaços cobertos por areia, onde a vegetação que existia
anteriormente foi retirada ou queimada, causando a erosão do solo. Trata-se de um
ecossistema peculiar, com aranhas, lagartos e animais que se alimentam de cactos.
Ambientalistas lutam para que outros locais ricos em espécies não se transformem em
desertos por causa da ação do homem.
As Queimadas
A queimada é uma prática comum entre os agricultores, que através delas
pretendem limpar os terrenos de cultivo ou criar pastos para os animais, mas as
consequências desses métodos têm sido visíveis durante o desenvolvimento das culturas
semeadas, ao fazerem com que os resultados das colheitas não sejam os melhores.
Na época de cacimbo, os agricultores e criadores de gado utilizam diferentes técnicas
para preparar as terras. Na região do Planalto Central, a queimada é a mais comum, por ser
rápida e fácil. Boa parte dos agricultores e camponeses desconhecem as implicações
económicas e ecológicas que esta prática acarreta para os solos e para o próprio meio
ambiente.
Os agricultores João Kapingãla e Antonieta Joana sabem que, após a queimada, têm
o solo limpo para a preparação do terreno, mas desconhecem o impacto negativo que tal
prática pode provocar nas culturas. O vice-decano da Faculdade de Ciências Agrárias do
Huambo (FCA), Manuel Ginhas, referiu que as desvantagens das queimadas são superiores
em relação às vantagens, tendo em conta que no solo existem microrganismos que morrem
com o fogo.
O docente alertou para o facto das queimadas também diminuírem a humidade do
solo e a matéria orgânica. “No Huambo, por exemplo, os solos têm uma baixa capacidade de
reter os fertilizantes e aquilo que pode ajudar a matéria orgânica do solo a desenvolver-se é
muitas vezes destruído durante as queimadas.”
Manuel Ginhas referiu que, além de diminuir os processos de oxidação e
transformação dos nutrientes normais, pela diminuição da vida microbiana, o fogo também
destrói sementes, plantas jovens, raízes, elimina vegetais, que geralmente não têm
possibilidade de sobrevivência na área, a não ser por reintrodução posterior, através do
homem, animais ou agentes físicos.
Com sucessivas queimadas, a matéria orgânica é destruída, disse o responsável, para
quem a microfauna, fundamental para a decomposição de substâncias (detritos) orgânicas,
que posteriormente são transformados em adubos naturais, e a microflora são eliminadas
no local onde a queimada é feita. Esta situação faz com que o solo fique descoberto e
provoca erosão, que facilita a lavagem dos solos através da velocidade da corrente da água,
levando os nutrientes consigo e enfraquece o solo.
Desvantagens das queimadas
Com a infertilidade, provocada pela falta de nutrientes e ¬matéria orgânica, a terra
produz alimentos de menor qualidade e em menos quantidades.As queimadas têm grandes
consequências, entre elas a desertificação. Além disso, o fogo altera a composição dos solos,
causando, deste modo, efeitos químicos, físicos e biológicos, e prejudicando a reciclagem
dos nutrientes.
Mas, a prática das queimadas não se restringe aos agricultores. Há outras pessoas que
ateiam fogos nas florestas para a caça, ou até mesmo por mero descuido, e provocam a
desmatação das florestas, situação que preocupa o Instituto de Desenvolvimento Florestal
(IDF).
O director do IDF, Andrade Baú, salientou que as queimadas nas florestas estão a dar
cabo das matas naturais e dos polígonos florestais (matas artificiais) que, quando ardem, já
não se regeneram, estando em vias de extinção.
“Os que mais danificam as florestas são aqueles que vivem do ¬comércio de carvão e
a maioria dessas pessoas está no meio urbano. O cidadão do meio rural não corta uma
árvore para tirar lenha, ele recolhe os galhos já secos que, do ponto de vista ecológico, as
queimadas eliminam as espécies, tanto animais como vegetais, que depois não têm
capacidade de se regenerarem, de acordo com o chefe de departamento do Ambiente,
Júnior Chinendele.
As queimadas provocam acumulação de gases, com elevadas concentrações de
monóxido, dióxido e óxido de carbono, azoto e outros, que prejudicam a qualidade do ar
das regiões. Deterioram, igualmente, a qualidade da água, devido às enormes
concentrações de compostos químicos que, quando chove, são carregados para os
aquíferos. Além disso, existem implicações económicas.O responsável acredita que muitas
pessoas dependem das florestas para vários fins. É de lá que saem os frutos silvestres, a
madeira e, em alguns casos, os medicamentos. “Quando queimam, o fogo leva tudo e as
pessoas deixam de beneficiar desses bens que a natureza oferece”, explicou Júnior
Chinendele.
Outra consequência é o assoreamento dos rios, porque as chuvas levam os sedimentos para o fundo destes cursos naturais, deixando-os mais rasos, até que desaparecem, provocando também alterações climáticas. Sem a floresta ou o cerrado, não há transpiração dos vegetais, o que altera o ciclo hidrológico e provoca a desertificação. O aumento do teor do
alumínio, que é altamente tóxico e aumenta a acidez do solo, também é resultado da prática de queimadas, e, com isso, a capacidade de retenção de água diminui drasticamente ao longo do tempo.
Consequência para a saúde
Ao queimar determinada área, pode haver no local diversos tipos de materiais, como
plásticos, que libertam a dioxina, que é cancerígena. Portanto, esta prática também tem
consequências diretas para a saúde.
“Daí a necessidade do Estado criar mecanismos de fiscalização eficientes, para que
todas as forças sociais, como entidades tradicionais, administrações municipais e comunais
e as populações, participem na sensibilização contra as queimadas”, afirmou Júnior
Chinendele.
Esta prática liberta grandes quantidades de gases que contribuem para a destruição
da camada de ozono na estratosfera e, assim, possibilitam que raios ultravioletas atinjam
em maior quantidade a Terra e causem efeitos cancerígenos e mutagénicos.
Além disso, os gases que ficam concentrados na atmosfera absorvem a energia
térmica dos raios infravermelhos refletidos pela superfície da Terra, contribuindo para o
efeito de estufa, que gera uma reação em cadeia negativa para o planeta.
Vantagens das queimadas
A terra produz alimento.
Conclusão
Ecossistema é o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem
em uma certa região e pelos fatores abióticos que agem sobre essas comunidades. Vale
citar que a base de um ecossistema são os produtores que são os organismos que fazem a
fotossíntese ou a quimiossíntese e produzem e acumulam energia por meio de processos
bioquímicos usando como matéria prima essencial a água, a luz e o gás carbônico.