Ed 300 - As 300 edições do Jornal O PONTO

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300 300 Ponto Rua Antº Carlos Vidal Ed. CER 2º Andar - 3840-411 VAGOS | Tel. 234 793 430 - 91 470 50 14 | [email protected] Preço: 0.80 euros (IVA incluído) Vagos Edição nº 300 19 de março de 2014 www.oponto.net Diretor convidado: Ângelo Valente RiaVagos Após reabertura do processo, empresa abdica de indemnização milionária e reclama à Câmara apenas sinal e juros acrescidos. AD Vagos vence Olivais e sagra-se tricampeã 5500 Já somos Cais dos Moliceiros abre segunda concessão para passeios na ria a capa perfeita Desporto Lobitos vence na Luz e assegura manutenção na 1ª divisão e GD Calvão sobe ao nacional. Ângelo Valente em entrevista O futuro de Vagos passará pelo mar 3ª edição da EXPOVagos atrai mais de 50 mil pessoas Turismo Parceria com universidades de países nórdicos traz à Vagueira centenas de estudantes para aprenderem a surfar. Basquetebol

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Nesta que é a 300ª edição do Jornal O PONTO, o diretor convidado Ângelo Valente fala de si e dá a conhecer a equipa do jornal vaguense na sua perspetiva. Apresenta ainda aquela que, para si, seria a "capa perfeita". Recorde, ainda, 30 capas destacadas das 300 já publicadas.

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Page 1: Ed 300 - As 300 edições do Jornal O PONTO

300300PontoRua Antº Carlos Vidal Ed. CER 2º Andar - 3840-411 VAGOS | Tel. 234 793 430 - 91 470 50 14 | [email protected]ço: 0.80 euros (IVA incluído)

VagosEdição nº 300

19 de março de 2014

www.oponto.netDiretor convidado: Ângelo Valente

RiaVagosApós reabertura do processo, empresa abdica de indemnização milionária e reclama à Câmara apenas sinal e juros acrescidos.

AD Vagos vence Olivais e sagra-se tricampeã

5500Já somos

Cais dos Moliceiros abre segunda concessão para passeios na ria

a capa p

erfeita

DesportoLobitos vence na Luz e assegura manutenção na 1ª divisão e GD Calvão sobe ao nacional.

Ângelo Valente em entrevista

O futuro de Vagos passará pelo mar

3ª edição da EXPOVagosatrai mais de 50 mil pessoas

TurismoParceria com universidades de países nórdicos traz à Vagueira centenas de estudantes para aprenderem a surfar.

Basquetebol

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Quem é o Ângelo Valente?O Ângelo Valente é uma pessoa como tantas outras, que luta todos os dias por deixar uma marca naquilo que faz, e sobretudo é feliz em todas as coisas que faz.

Porquê animação sociocultural como profi ssão?

Eu sempre tive uma apetência grande, desde pequenino, para transmitir bons pensamentos e boas energias às pessoas que me rodeavam. Foi uma infância que não foi muito fácil porque foi marcada por muitas intervenções médicas. Toda a gente sabe que uma pequena dife-rença marca muito mas, no meu caso, transformou-me em alguém mais forte. Em criança e mesmo estando no hospital, eu era a alegria de todos e transmitia muita confi ança aos outros meninos e até às outras mães.

Tens uma pequena deficiência no lábio. Queres contar como foi?

O que eu tenho é uma defi ciência muito comum na sociedade: lábio leporino e fenda do palato. Por causa desta de-ficiência genética, tive uma infância difícil, desde cedo, tendo sido muito acompanhado pelos médicos. Ao longo da vida fi z mais de vinte operações de anestesia geral, a última com 23 anos. E o acompanhamento médico ainda hoje se mantém. Os meus pais, com muito esforço, nunca desistiram e sempre me quiseram que eu tivesse um bom acom-panhamento. Imagine-se o difícil que era, há 30 anos, ir para Coimbra sempre duas vezes por semana. Esta defi ciência traz limitações sociais e, acima de tudo, afeta muito a autoestima das pessoas.

Alguma vez te sentiste descriminado ou inferiorizado, sobretudo por co-

legas de escola quando eras mais pequeno?

Para já, este nunca foi um grande prob-lema para mim. Claro que quando és diferente és sempre alvo de algum tipo de descriminação. Mas nunca deixei de fazer nada por causa desta situação, mas acredito que se não fosse esta defi ciência eu podia chegar a outros sítios.A minha mãe contou-me recentemente uma história muito gira a caminho de Lisboa quando fomos conhecer a minha sobrinha Maria João. Contou-me que, como era normal na altura, só aquando do meu nascimento é que constataram o meu problema. Por muito amor que tenhas a um fi lho, é sempre muito cho-cante. Pela primeira vez, a minha mãe confi denciou-me que quando eu nasci ela passou várias noites a chorar. Até que, num sonho e de uma forma que não con-segue explicar, alguém lhe disse para não chorar mais porque um dia o seu fi lho lhe iria dar muito orgulho. Decidiu contar-me agora porque acha que chegou essa altura, talvez por todo este mediatismo todo e pelo facto de muita gente ir ter com ela na rua para falar de mim. Foi a primeira vez que falou disso.

O trabalho que desenvolves é feito com base no conhecimento mas também é muito intuitivo?

Faço parte de uma equipa multidisci-plinar mas estou em constante procura de informação e frequento muitas forma-ções. Aliás, aprendi muito com as pessoas com quem trabalho, sobretudo a Sofi a Nunes, que é mestrada em gerontologia e nos dá a base científi ca. Prova disso é procura constante da nossa presença em meios de comunicação social, escolas, universidades ou conferências da área. Neste campo a Sofi a tem, para mim, um papel muito fundamental e sinto que sou

muito melhor profi ssional e pessoa desde que a conheço. É, sem dúvida nenhuma, das pessoas com quem já aprendi mais na vida.

Gostas do teu trabalho?Imenso. Há uma frase que adoro que refl ete isso muito bem: “Não tenhas vergonha de mostrar a tua alegria se o produto que vendes é o amor!”

Imaginas-te a trabalhar no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo durante muito tempo?

Há muita gente que me diz que um dia vou embora porque as pessoas estão a olhar para mim. Pensar sair dali deixa-me muito triste porque é a mesma coisa

que mudarmos de família. Acima de tudo porque este é um projeto em que estou desde a sua abertura. Muitas das coisas que lá estão têm o meu cunho e sobre-tudo identifi co-me com as pessoas que lá estão, desde colegas à direção. Mas nunca fui pessoa de fechar portas a nada porque sou dos que precisa de ser constantemente desafi ado e estimulado.

Ainda muito jovem, assumiste durante

anos a responsabilidade pela segu-rança de pessoas enquanto nadador-salvador. Como surgiu esta aventura?

Sempre estive ligado à praia e ao mar. Ser nadador-salvador é o trabalho perfeito: pagarem para fazeres algo que fazias se não tivesses esse emprego, que era estar na praia. Tirei o curso e arranjei emprego na Praia da Vagueira. Ao longo dos quatro anos enquanto nadador-salvador fi z cerca de 30 salvamentos. Uns mais fáceis, outros mais complicados. As condições não eram as mesmas que eram hoje, mas mesmo assim foram os melhores verões da minha vida, em que conheci muita gente.

Qual o momento que mais te marcou?

O salvamento de uma senhora que entrou num agueiro e esteve numa situação muito complicada. Demorou algum tempo a ser salva por mim e pelo meu colega Miguel Leite, mas conseguimos resgatar a senhora da água com vida. É a história mais bonita para mim porque, no fi nal do dia e já quase de noite, essa senhora ainda estava na praia a brincar com as duas fi lhas e o marido. Eu tenho a perfeita noção aquela família teria fi cado

destruída e foi graças à nossa intervenção que ela pôde continuar a brincar com as fi lhas.

Hoje, a ligação ao mar mantém-se com o surf…

Sou apaixonado pelo surf, por tudo aquilo que ele envolve: natureza, mar, energia… mas apenas pelo prazer que me dá ao estar numa onda em cima de uma prancha. Um surfi sta bom não é aquele que faz todas as manobras mais radicais e que o levam a ser campeão, mas antes aquele que se diverte mais na água. E eu divirto-me muito, apesar de ser um péssimo surfi sta, tecnicamente falando (risos).

Surfar: sozinho ou acompanhado?O surf, com os nossos amigos, é ainda melhor. As praias do concelho, neste momento, têm muitos surfi stas locais, damo-nos todos muito bem e aprendemos uns com os outros. Há uma nova geração, fantástica, a aparecer.

Muito por causa da escola de surf, da qual também és instrutor…

Sou instrutor de surf na Secret Surf School e este trabalho que a escola tem efe-tuado é muito bom porque há uma nova geração de pessoas ligadas ao mar que já têm um sentido de alerta em relação aos perigos do mar, ao ambiente. É isto que o surf nos dá também: uma cultura ambiental e de entreajuda que tem aparecido agora em pessoas que vivem e surfam na Vagueira. São estas pessoas que levam a sua imagem mais além e que trazem gente de fora a vir surfar as ondas fantásticas que temos nas nossas praias.

Ainda na área do desporto, foste atleta da AD Vagos. Quantos anos?

Foram cerca de dez anos. Comecei com

«Sou um orgulhoso vaguense»Ângelo Valente, diretor convidado d’O PONTO, em entrevista

O surf, com os nossos amigos, é ainda melhor. As praias do concelho, neste momento, têm muitos surfi stas locais, damo-nos todos muito bem e aprendemos uns com os outros. Há uma nova geração, fantástica, a aparecer.

Sou instrutor de surf na Secret Surf School e este trabalho que a escola tem efe-tuado é muito bom porque há uma nova geração de pessoas ligadas ao mar que já têm um sentido de alerta em relação aos perigos do mar, ao ambiente. É isto

Amor

“Não tenhas vergonha de mostrar a tua alegria se o produto que vendes é

o amor!”

NomeÂngelo ValenteData nascimento20.abril.1983NaturalidadeSanto António de VagosResidênciaVagosProfi ssãoAnimador socioculturalDefeitoTeimosoQualidadeDedicaçãoSonhoContinuar a ser felizProjeto de vidaNão tenho muitas pretensões. Se calhar é mesmo continuar a ser felizHobbiesSurf, amigos, viajar, música, tudo o que envolva o mar e a naturezaFilme“Mar a dentro”, pela mensagem que transmite e pela banda sonora fantásticaMúsicaGosto muito de bandas sonoras e música clássica e instrumentalBandaPearl JamPrato favoritoSão vários… desde que bem acompanhado. A comida não tem o mesmo valor sem as pessoas que estão a nosso lado. ViagemInglaterra. Gosto muito da cultura inglesa. O povo inglês mantém o essencial, não é vago, diverte-se e aproveita muito bem o seu tempo livre.

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30 capasque marcaram estas 300 edições

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19 de março 201414300300Ponto

19. Miguel SáComandante Operacional Municipal

O PONTO que mais me marcouO Ponto que mais me marca é sempre aquele que faz o devido e merecido destaque aos Bombeiros de Vagos aquando dos seus aniversários, com fotogra�ias de grupo, com fotogra�ias dos equipamentos e meios operacionais, permitindo assim que a população vaguense conheça melhor os seus bombeiros.

Notícia que gostaria de ver publicadaNo que à Proteção Civil Municipal diz respeito, penso que poderia haver um espaço trimestral onde podesse vir revertido o que de mais relevante se passou nesta área e assim a população conseguia ter noção do trabalho desenvolvido.

Vagos está preparado para qualquer risco?Há um esquema montado de 1ª intervenção e resposta nas mais diversas áreas. Após isto, e se necessário for, acionaremos meios especí�icos distritais para nos apoiar. Nada nem ninguém consegue nesta área garantir que está totalmente preparado para todas as ocorrências, posso sim garantir que estamos com todas elas rastreadas e com a forma de atuar em todas elas, planeada.

20. Nelson CostaEmpresário turístico

O PONTO que mais me marcouO seu aparecimento, o design com destaque para a página de rosto (se possível sem publicidade), as boas notícias que nos vão dando perspetivas de sentirmo-nos bem no concelho e país que elegemos para viver.

Notícia que gostaria de ver publicadaOs concelhos de ÌLHAVO, VAGOS e MIRA decidem elaborar e executar de forma sustentável um projeto Intermunicipal de requali�icação e desenvolvimento dos valorosos recursos naturais e comuns destes 3 concelhos – MAR, RIA e FLORESTA.

O turismo em Vagos passa pela praia?Não só mas também. Precisamos das Praias, da Ria e da Floresta, arte xávega e de todo riquíssimo Património cultural e religioso, não só para desenvolvimento Turístico mas também para garantia de um nível sustentável de toda a população.

Foto com mais “gostos” na nossa página no Facebook

"O Ponto" Centro Comunitário Gaf. do Carmo

«O despertar de toda a comunidade»

Emídio Francisco tem 39 anos, reside em Calvão, terra que o viu nascer e crescer, e é diretor do jornal O PONTO há pouco mais de dez anos, desde que o periódico mudou de gerência.Ser um «marco na comunicação social local» onde a comunidade empresarial, cultural, desportiva, política ou qualquer outra se consiga «rever naquilo que O PONTO vai publicando a cada edição» é o objetivo deste bimensal vaguense. «Mas que seja também um despertar» para toda a comunidade e não um «mero depósito de notícia», acrescenta Emídio Francisco.Considerando O PONTO como um «órgão que marca a agenda local», quando questionado se Vagos é grande demais para O PONTO ou se O PONTO é grande demais para Vagos, o diretor responde prontamente que «O PONTO “casa” bem com o concelho de Vagos», ainda que ultrapasse, pontualmente, as fronteiras do concelho vaguense. E à medida que os anos vão passando denota que a comunidade se tem envolvido cada vez mais com o jornal. «Os próprios eventos que dinamiza têm cimentado essa relação», menciona.E na hora de destacar uma edição das 300 já editadas, destaca aquelas com que se emociona com o que de positivo se noticia. Exemplo disso são as abordagens às galas Vaga D’Ouro que, «por si só, são o refl exo do que se faz de positivo no concelho de Vagos. Essas edições, para mim, são sempre aquelas que eu guardo na memória, quase que as tenho todas registadas aqui no canto esquerdo», diz na brincadeira. E porque se classifi ca como uma pessoa a quem a imagem diz muito, salienta algumas reportagens elaboradas, sobretudo as realizadas junto de comunidades africanas.O “ponto” da sua vida divide-se entre um ponto de partida e um ponto de chegada que se baseiam nas suas duas fi lhas. «Sou mesmo um pai babado», confessa. Uma confi ssão que facilmente justifi ca a capa que escolheria caso fosse capa de jornal: um ato ou algo que retratasse um pouco da sua vida, em qualquer área de atividade, mas que «orgulhasse as minhas fi lhas». «Essa seria, sem dúvida, a minha capa de vida», remata.

«Conhecimentos que trazem mais um ponto na vida das pessoas»Com 32 anos e residente no concelho vizinho, na freguesia da Gafanha do Carmo, Georgina Prior é jornalista n’O PONTO desde fevereiro de 2004. «Para mim, O PONTO é o jornal de Vagos que tenta dar a conhecer a todos os vaguenses e todas as pessoas de Vagos que, feliz ou infelizmente, não estão a morar em Vagos todas as notícias, os acontecimentos, os dramas, as felicidades, as vitórias e conquistas, mas também as derrotas».Quando questionada sobre a grandeza d’O PONTO comparativamente com a grandeza do concelho, Georgina Prior socorre-se de uma frase do escritor Pedro Chagas Freitas: «a grandeza de um Homem mede-se, muitas vezes, por aquilo que vê num molho de jornais. Para um homem grande, um molho de jornais é um monte de possibilidades. Para um homem pequeno, um molho de jornais é um monte de lenha». Razão pela qual diz acreditar ser visto por todos como um «grande jornal e que tem, com ele, muitas possibilidades e conhecimento dentro», trazendo sempre «mais um ponto na vida das pessoas».Dos dez anos em que está envolvida no projeto, confessa-se incapaz de destacar uma edição que a tenha marcado mais. Prefere, antes, destacar as histórias que conseguiu viver e aquelas em que fez parte da vida das pessoas: um dia com os bombeiros, com a polícia marítima, com uma associação ou uma determinada pessoa. E porque ser capa «não é o meu forte», não se revê como notícia de capa. A sê-lo, que fosse por ter ajudado, com uma notícia sua, alguém que necessitasse dessa mesma ajuda, como afi rma.O maior ponto da sua vida? A sua família: «a minha mãe, a minha irmã, o meu irmão e a minha cunhada. São eles que estão lá todos os dias para mim e que me aturam nos meus stresses e alegrias, no meu dia-a-dia». E são também os seus colegas de trabalho, que também a «aturam» todos os dias durante todo o dia.

«Forma de chegar mais rapidamente a todas as pessoas»Sandra João é natural do Sabugal mas vive na Praia da Vagueira há já alguns anos. É a responsável pela área comercial do Jornal O PONTO.Para Sandra João, o bimensal vaguense é o «único jornal de Vagos em que qualquer entidade se pode promover… e deve fazê-lo. Ou melhor, tem que o fazer para chegar mais rapidamente às pessoas». Quando questionada se O PONTO é grande demais para Vagos ou se Vagos é que é grande demais para Vagos, apesar de integrar a equipa há pouco tempo, acredita que «o jornal é grande» e que «chega rapidamente a toda a gente».Tendo a possibilidade de estar sempre em contacto com as pessoas, não é de admirar que, para si, todas as edições sejam marcantes. «Eu tenho a vantagem de falar diretamente com as pessoas todos os dias, e é muito gratifi cante, para mim, conhecer um leque tão grande de pessoas, de todas as faixas etárias e com habilitações literárias e posição social variadas», refere.E porque um dos seus objetivos de vida é «contribuir de forma positiva e ativa para a sociedade», caso fosse capa de jornal só poderia ser dessa forma: contribuindo para o bem da sociedade. Até lá vai gozando do sei maior ponto de vinda que é «viver, rir, chorar, dançar, cantar, falar, conviver…». «O que eu gosto mesmo e o maior ponto da minha vida é viver».

Jornal O PONTO

A equipa aos olhos do “diretor” Ângelo Valente

Concurso “Dê pontos à sua criatividade”

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19 de março 201415 300300Ponto

21. Nelson NordesteProfessor de Marketing

O PONTO que mais me marcouDestaco O PONTO, em si mesmo, como veículo crucial na divulgação e informação dos acontecimentos no concelho de Vagos aos mais variados níveis e sectores.

Notícia que gostaria de ver publicadaGosto de notícias que enalteçam o concelho de Vagos, as suas gentes e o seu desenvolvimento empresarial, cultural, social e económico.

Vagos tem uma marca que o distingue dos outros concelhos?A meu ver, Vagos é um concelho distinto e heterogéneo comparativamente a outros concelhos, mas não encerra em si uma marca que estimule emoções e o seu valor.

22. Oscar GasparPolítico nacional

O PONTO que mais me marcouA primeira edição de O Ponto foi para mim a mais importante. Porque representou uma lufada de ar fresco de jovens vaguenses. Por ser espaço de liberdade. Recordo-me bem do que escrevi para essa edição.

Notícia que gostaria de ver publicada“Vagos é um dos concelhos com melhor qualidade de vida do país” ou “Vagos conquista novos investimentos e cria emprego” ou “Vagos com programa de erradicação da pobreza”. Mas já me contentava com “em Vagos, a vida acontece!”

Como é que Vagos é visto da capital?Não encontro nenhuma forma de valorização ou de promoção de Vagos. A ideia que as pessoas têm de Vagos persiste há décadas e as esporádicas notícias não constam das páginas positivas dos jornais. Valha-nos a boa imagem que passa das empresas, da riqueza das terras e das instituições ligadas à área social.

Foto vencedora selecionada pelo júri

"Um Ponto de interesse" de Joana Martins

«Forma de chegar mais rapidamente a todas as pessoas»Sandra João é natural do Sabugal mas vive na Praia da Vagueira há já alguns anos. É a responsável pela área comercial do Jornal O PONTO.Para Sandra João, o bimensal vaguense é o «único jornal de Vagos em que qualquer entidade se pode promover… e deve fazê-lo. Ou melhor, tem que o fazer para chegar mais rapidamente às pessoas». Quando questionada se O PONTO é grande demais para Vagos ou se Vagos é que é grande demais para Vagos, apesar de integrar a equipa há pouco tempo, acredita que «o jornal é grande» e que «chega rapidamente a toda a gente».Tendo a possibilidade de estar sempre em contacto com as pessoas, não é de admirar que, para si, todas as edições sejam marcantes. «Eu tenho a vantagem de falar diretamente com as pessoas todos os dias, e é muito gratifi cante, para mim, conhecer um leque tão grande de pessoas, de todas as faixas etárias e com habilitações literárias e posição social variadas», refere.E porque um dos seus objetivos de vida é «contribuir de forma positiva e ativa para a sociedade», caso fosse capa de jornal só poderia ser dessa forma: contribuindo para o bem da sociedade. Até lá vai gozando do sei maior ponto de vinda que é «viver, rir, chorar, dançar, cantar, falar, conviver…». «O que eu gosto mesmo e o maior ponto da minha vida é viver».

«O garante da cidadania vaguense»Nuno Margarido tem 24 anos, reside em Calvão e é o responsável pela área desportiva.Na sua opinião, O PONTO é o «garante da cidadania vaguense» porque faz um trabalho profi ssional, mostra a «pluralidade de informação» e transmite várias informações, ideias e conceitos aos cidadãos que lhes permite «viver em democracia e em liberdade».Nuno Margarido acredita que existe uma «simbiose perfeita» entre O PONTO e o concelho de Vagos porque o jornal se restringe sobretudo àquilo que se passa de mais importante no concelho e, tendo em conta as ocorrências que se registam, «penso que não passa nada ao lado d’O PONTO».Desde que integrou a equipa, destaca uma edição que mais o marcou: a edição nº 299 em que a equipa sénior feminina da Always Young (futsal) se sagrou campeã distrital. «Sofro muito com os clubes vaguenses e esta reportagem foi a que me deu mais emoção», afi rma.Se fosse capa do jornal? «Se fosse há uns anos, enquanto jogador de futebol, gostava que dissesse “Nuno Margarido recebe bola de ouro”», diz, rindo-se. Mais a sério, Nuno Margarido adianta que há alguns sonhos que gostaria de concretizar, nomeadamente no jornalista desportivo. «Quem sabe, ser uma grande fi gura no jornalismo desportivo nacional como foi o Jorge Perestrelo, ou mesmo, enquanto treinador de futebol, chegar longe como chegou o Mourinho e outros tantos treinadores portugueses que temos por aí».Já o maior ponto da sua vida são «as outras pessoas», mas sobretudo «a minha família».

«Muito trabalho por detrás daquelas páginas»Estudante no curso profi ssional de Comunicação, Marketing, Publicidade e Relações Públicas, na Escola Profi ssional de Aveiro, Angélica Jesus está a realizar o seu projeto de apadrinhamento no Jornal O PONTO desde maio de 2013. Tem vindo a contactar com o mundo da comunicação todas as sextas-feiras desde o ano letivo passado, tendo efetuado estágio curricular entre os dias 20 de janeiro e 28 de fevereiro.Com 17 anos, a jovem pontevaguense classifi ca O PONTO como um meio de chegar a informação a todos os munícipes vaguenses, com «notícias que toda a gente, mais jovem ou mais adulta, tem interesse em ler», seja a nível desportivo, político, económico ou cultural. Angélica Jesus sustenta mesmo que o concelho de Vagos é pequeno para O PONTO. Apela, portanto, a todos os leitores e vaguenses para darem «um pouco mais de valor a’O PONTO» porque «há muito trabalho por detrás daquelas páginas».A edição que mais a marca foi aquela onde foi publicada uma reportagem da sua autoria. A primeira que fez «do princípio ao fi m» e que a deixou feliz. «Foi logo no início do meu projeto de apadrinhamento, em que fi z uma reportagem sobre o Centro Hípico da Escola Profi ssional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos. Foi a primeira vez que fui eu a tratar da entrevista, ouvi os sonos e escrevi a notícia que depois acabou por ser tema de destaque e com direito a ser tema de capa. Isso marcou-me», conta.

Jornal O PONTO

A equipa aos olhos do “diretor” Ângelo Valente

Concurso “Dê pontos à sua criatividade”

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19 de março 201416300300Ponto

JPRIOR - Fábrica de Plásticos, LDA

3840-324 | Ponte de Vagos | Portugal

www.jprior.pt

2001/2013

… mais 12 anosde crescimento sustentado

2013: Nº de colaboradores: 105 Actividade: • Fabrico de sistemas de rega (marlux); • Fabrico de peças de plástico injectadas: o Indústria automóvel o Electrodomésticos o Construção civil e Electricidade o Componentes para a indústria em geral

2001:Nº de colaboradores: 55 Actividade:• Fabrico de sistemas de rega (marlux)

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12 e segui até aos seniores, com exceção de um ano passado no vizinho Illiabum. Tenho orgulho deste meu percurso e ainda hoje sou parte integrante da equi-pa de veteranos da ADV, onde jogamos ao sábado. Parecendo que não, temos um grande historial de basquetebol em Vagos, hoje mais marcado pela equipa sénior feminina. É por isso que me mete alguma tristeza ver tão poucas pessoas a assistir aos jogos, mas é uma questão de cultura que é muito difícil mudar. Toda-via, a AD Vagos e a nossa equipa feminina mereciam muito mais pelos resultados que têm conquistado.

Para além do basquetebol, todas as semanas tens um grupo de amigos com quem jogas futebol. O que é o desporto para ti?

Sou o pior jogador deles todos, mas basicamente jogamos futebol para ter-mos uma desculpa para irmos jantar à “Gorete” (risos). O desporto já foi muito mais para mim. Em miúdo fui atleta do GRECAS também. No Colégio de Calvão, na altura em que estava no meu auge de forma física, era muito bom a correr. No desporto escolar cheguei mesmo a campeão regional e distrital de corta-mato e campeão regional dos 800 metros, assim como medalha de bronze nacional nos 1500m. Odiava correr só que era bom.

Achas, portanto, importante partilhar essas vivências para infl uenciar outras pessoas?

Sabe-se que o défi ce demográfi co é muito grande com os poucos nascimentos e a população ativa cada vez menor. Ser velho começa a ser um problema para as sociedades, porque custa mais dinheiro, o nosso nível médio de vida passou dos 75 para os 85 anos e com tendência para aumentar; temos muitas pessoas a mor-rer com 94 ou mais anos e que já estão na reforma desde os 65 anos e isso é um problema para o estado. Um problema que leva a cortes em várias áreas, no-meadamente na saúde. E acredito que, neste aspeto, morrem todos os dias muitas pessoas por falta de acesso a cuidados médicos, como medicamentos ou serviços de saúde.

Qual o papel da tua família na tua vida?Eu sou aquilo que sou graças à educação que a minha família – a minha mãe, o meu pai e minha irmã Patrícia Valente - me deu. Sempre fomos unidos, mas os valores que nós tivemos sempre foram valores na base do afeto, mas valores culturais, de respeito, igualdade, justiça. Tenho orgulho de ser quem sou e dedico esta entrevista, e o facto de ter sido convidado para diretor d’O PONTO, a eles, ao meu cunhado Paulo Malas, mas sobretudo à minha sobrinha Maria João, que acabou de nascer.

Como encaras esta experiência de diretor do Jornal O PONTO?

Vejo esta experiência como o auge do orgulho pessoal. Esta entrevista, a falar da minha vida, é algo que nunca me pas-sou pela cabeça acontecer. Fico muito orgulhoso saber que alguém tem interesse em conhecer a minha história.

Na tua opinião, O PONTO é grande demais para Vagos, ou Vagos é que é grande demais para O PONTO?

Hoje, a minha opinião sobre O PONTO é diferente. Vejo, sobretudo, como um serviço público que tem vindo a crescer por a caracterizar cada vez melhor o que se passa no concelho. Mas acredito que O PONTO pode ainda ser melhor: pode ser mais frontal e mais interventivo na comunidade. O PONTO é, na minha opinião, a agenda municipal e o seu fu-turo passa pela ligação à marca “Vagos” que hoje não existe mas que vai existir, certamente, no futuro.

Como vês o concelho de Vagos? O que lhe faz falta?

Sou um orgulhoso vaguense… sempre fui. Eu sou um crítico constante quer pela positiva como pela negativa, mas sou

um orgulhoso vaguense que acredita que Vagos tem muito por onde crescer, acima de tudo na área do turismo ou da cultura do mar e cultura gastronómica. Nós somos das poucas localidades no mundo inteiro que tem dois cursos de água fantásticos e uma costa ainda mais espetacular e está claramente de costas voltadas para ambos. Por exemplo, onde é que nós podemos tomar café, em Vagos, a olhar para a ria? Por outro lado, qualquer mu-nicípio do país faz da costa o seu garante económico, turístico e eu acho que Vagos não faz isso. Acredito que as coisas vão mudar. Sei que há muitas difi culdades por causa do avanço do mar mas há muita coisa por fazer. A Vagueira tem que ser muito melhor vendida.

Mas há obras que estão para arrancar ali…

Outra coisa não seria de esperar. O nosso

presidente, o meu amigo Silvério, a quem já dei aulas de surf, sabe muito bem o valor e conhece bem as potencialidades que a Vagueira tem. Já as viu, esteve connosco na água, esteve presente em eventos locais, como o Vagueira Surf Fest, que promoveram e trouxeram centenas de pessoas ao nosso município. Acredito muito que as coisas vão melhorar exata-mente por isto. Aos poucos começam a melhorar. Exemplo disso são os novos armazéns de apoio à arte xávega e ao futuro museu que tanto tardaram mas que irão dar oportunidade às pessoas de poder conhecer a história desta arte, que é atualmente o garante do turismo e futuramente poderá ser a nossa galinha dos ovos de ouro. A meu ver, o futuro de Vagos passará pelo mar e todas as suas potencialidades.

Os lares não são «depósitos de pessoas»

Ânge lo Va lente é an imador sociocultural no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo (CCGC) desde que abriu portas, em outubro de 2010. Um espaço que é gerido como se fosse «uma casa» e cujo sucesso resulta da «ótima relação» que existe entre utentes, direção e equipa multidisciplinar que ali trabalha.Apaixonado pelo trabalho que desenvolve, Ângelo Valente acredita que o sucesso do centro comunitário se deve ao gosto que todos têm por fazer parte desta «grande família». Ultimamente, e pelos vídeos “diferentes” que têm publicado nas redes sociais, o trabalho tornou-se mediático e tema de conversa de todos. Quem não conhece a versão de Harlem Shake ou de “Wrecking Ball” da cantora Miley Cyrus protagonizadas pelos idosos do CCGC? Ou quem ainda não ouviu falar do Vadio, o primeiro cão a ser adotado por um lar de idosos, ou dos muitos vídeos que abordam os sentimentos e afetos aos olhos da 3ª idade? Vídeos partilhados e que hoje servem de referência a muitos lares de todo o país. «Acredito que, sem falsa modéstia, tenhamos sido um exemplo, ou então não passou de uma coincidência enorme haver tantos lares que agora apostam na imagem e na comunicação», diz, rindo-se, salientando a criatividade como fator diferenciador, mas sobretudo a «disponibilidade» da direção para ouvir as ideias e aceitá-las. «Há ainda muito conservadorismo no que diz respeito ao tema da 3ª idade e, mais do que isso, por vezes, muitas pessoas que estão nas direções dos lares não conhecem de perto a realidade que é o envelhecimento e lidam apenas com números. No CCGC temos sorte de ter precisamente o contrário», afi rma, elogiando e agradecendo ao presidente da direção, Amândio Costa, a disponibilidade e abertura com que tem aceite as ideias que vão surgindo.Perante o mediatismo que este trabalho vai tendo, o jovem vaguense confessa-se orgulhoso por ter contribuído para que o país não olhasse para os seus lares apenas como um «depósito de pessoas». «Pelo menos, durante algumas semanas, conseguimos colocar o país a falar dos direitos das pessoas que estão institucionalizadas ou sobre a sexualidade e a animação na 3ª idade», adianta.Nesta casa, até a morte é encarada de uma forma positiva. «A morte de um idoso tem que ser vista com naturalidade. Assumimos a morte e o processo de luto como terapia», conta, afi rmando que, mesmo neste tipo de momentos infelizes, a alegria está presente. «Devemos sempre relembrar os bons momentos passados e a vida dessa pessoa que nos disse muito. Apesar de assustar, é um momento inspirador para que se aproveite ao máximo cada dia. Todos os dias é preciso fazer uma coisa diferente, se motivar, preservar a saúde e, sobretudo, ser feliz».

Ser velho

«Ser velho começa a ser um problema para as sociedades, porque custa mais dinheiro, o nosso nível médio de vida passou dos 75

para os 85 anos»

VDR: uma «autêntica confusão»

Valente, Dinis e Rato. São as iniciais dos sobrenomes dos três jovens vaguenses Ângelo, João e José que dão nome à VDR. Amigos e conhecidos desde miúdos, foi há cerca de uma década que, por brincadeira, decidiram dar um nome à amizade que os unia. «Todos aqueles que nos conhecem sabem que tudo começou depois de termos montado um recuperador de calor em casa do meu pai e instalado um sistema de aquecimento e distribuição energética pela casa toda». Foi a partir desse momento que o grupo destes três «melhores amigos» passou a prestar serviços nas mais variadas áreas, recebendo em troca comida e bebida. «Adoramos comer e beber e essa é a grande parte da nossa atividade anual… daí estar gordo», conta, em jeito de brincadeira, Ângelo Valente, confessando no entanto que a VDR é «um dos meus orgulhos e pilares da minha vida».Hoje, o grupo ganhou outra projeção na comunidade vaguense e não só. Foram criando secções nas mais variadas áreas, desde cultura, desporto, lazer, gastronomia, solidariedade e, entre outros, recentemente foi criada a secção de fotografia. O próprio logótipo, elaborado por Paulo Malas, cunhado de Ângelo Valente, «representa bem aquilo que nós somos: uma autêntica confusão». É que, apesar de fazer um pouco de tudo, a VDR não é especializada ou especialista em coisa alguma. «Metemo-nos nas mais diversas ações nunca em troca de dinheiro ou de protagonismo mas pela causa», acrescenta Ângelo Valente, mostrando-se grato pela ajuda e contributos que os seus dois melhores amigos têm dado nos seus projetos, pessoais e profi ssionais. «Alguns dos projetos que desenvolvemos no Centro Comunitário da Gafanha do Carmo têm dedo da VDR. E qualquer dia irá promover um evento para angariar fundos», anuncia.O expoente máximo da VDR aconteceu recentemente, com a reconstrução de um curral no Caramulo que fora destruído pelas chamas dos incêndios que fustigaram a zona no verão passado. Um ato de solidariedade que movimentou dezenas de vaguenses e que acabou por ter repercussões mediáticas. «Aquando do início da criação, pensar que iríamos dar entrevistas sobre a VDR era, no mínimo, estranho», afirma agora Ângelo Valente. «Há muitas pessoas que nos perguntam quando voltamos a realizar uma ação semelhante. Gostaríamos de ter mais tempo porque ideias não nos faltam. Mas desafi amos todos a se organizarem para atos como este. Não é preciso reconstruir uma casa para fazer alguém feliz, basta visitar o vizinho que está sozinho ou ajudar a senhora Maria a ir às consultas ou à farmácia. E é muito fácil fazer isso».

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19 de março 2014300300Ponto