Ed.395 - FEV/MAR/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

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FECOMÉRCIO SESC SENAC A Fecomércio MG celebrou uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a Federação dos Empregados no Comér- cio e Congêneres de Minas Gerais, para o ano de 2015. A CCT foi assinada em tempo recorde: dois meses antes do prazo médio praticado nos últimos cinco anos. O piso salarial da categoria pas- sou de R$ 762,50 para R$ 831,00, com reajuste geral de 7% para quem ganha acima do piso. FECOMÉRCIO MG FECHA NOVA CONVENÇÃO COLETIVA 35 FECOMÉRCIO INFORMATIVO PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS BELO HORIZONTE – FEVEREIRO – MARÇO DE 2015– EDIÇÃO 395 TIRAGEM 150.000 EXEMPLARES COMPROVADA PELA SOLTZ, MATTOSO & MENDES AUDITORES INDEPENDENTES www.fecomerciomg.org.br PÁGINA 9 REPRESENTATIVIDADE MISSÕES Fecomércio MG dissemina tendências internacionais de negócios Páginas 4 e 5 AMBIENTE ÁGUA O jornalista e ambientalista Hiram Firmino comenta a crise hídrica Página 7 JURíDICO PREVIDÊNCIA SOCIAL Confira o que mudou nas regras para trabalhadores e empresários Página 23 NOVA CHANCE: EMPRESÁRIOS CONTRATAM EGRESSOS DO SISTEMA PRISIONAL PÁG. 5 COMÉRCIO ELETRÔNICO APRESENTA PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO CONTíNUO PÁG. 10 EQUILÍBRIO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO Você sabia que cada produto de uma vitrine precisa con- ter um preço individual e que não basta colocar “a partir de” para um grupo de itens expostos? Regras como essas têm sido esclarecidas junto ao empresariado mineiro, em parceria firmada entre a Fecomércio MG e o Procon-MG. Conheça os aspectos da afixação de preços e as informações que não podem faltar em seu estabelecimento. PÁGINA 19 EDUCAÇÃO: MILHARES DE ALUNOS INVESTEM EM NOVAS OPORTUNIDADES PÁG. 7 DATAS PARA IMPULSIONAR O COMÉRCIO As principais datas para o comércio varejista – Páscoa, Dia das Mães, dos Namorados, dos Pais, das Crianças e o Natal – prometem movimentar o caixa das empresas em 2015. “Esses períodos elevam as chances de consumo e o apelo emocional costuma ser o principal fator de propensão à compra”, explica a supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, Luana Oliveira. Em entrevista ao Fecomércio Informativo, a professora da Fundação Dom Cabral Ivani Becker dá dicas para aproveitar as oportunidades trazidas pelas datas especiais. Confira. PÁGINA 3 Banco de Imagens

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FECOMÉRCIO SESCSENAC

A Fecomércio MG celebrou uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a Federação dos Empregados no Comér-cio e Congêneres de Minas Gerais, para o ano de 2015. A CCT foi assinada em tempo recorde: dois meses antes do prazo médio praticado nos últimos cinco anos. O piso salarial da categoria pas-sou de R$ 762,50 para R$ 831,00, com reajuste geral de 7% para quem ganha acima do piso.

FECOMÉRCIO MG FECHA NOVA CONVENÇÃO COLETIVA

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fecomércioinformativo

Publicação bimestral do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

belo Horizonte – fevereiro – março de 2015– edição 395

tiragem

150.000exemPlarescomProvada Pela soltz, mattoso & mendes auditores indePendentes

www.fecomerciomg.org.br

PáGinA 9

RepResentatividadeMISSÕESFecomércio MG dissemina tendências internacionais de negócios Páginas 4 e 5

ambienteÁGUAO jornalista e ambientalista Hiram Firminocomenta a crise hídricaPágina 7

JuRídicoPREVIDÊNCIA SOCIALConfira o que mudou nas regraspara trabalhadores e empresáriosPágina 23

nova cHance: empResÁRios contRatam eGRessos do sistema pRisionaLpÁG. 5

comÉRcio eLetRÔnico apResenta pRoJeÇÕes de cRescimento contínuopÁG. 10

EquILíbRIO NAS RELAÇõES dE CONSuMO

Você sabia que cada produto de uma vitrine precisa con-ter um preço individual e que não basta colocar “a partir de” para um grupo de itens expostos? Regras como essas têm sido esclarecidas junto ao empresariado mineiro, em parceria firmada entre a Fecomércio MG e o Procon-MG. Conheça os aspectos da afixação de preços e as informações que não podem faltar em seu estabelecimento.

PáGinA 19

educaÇÃo: miLHaRes de aLunos investem em novas opoRtunidades pÁG. 7

dATAS pARA IMpuLSIONAR O COMÉRCIO

As principais datas para o comércio varejista – Páscoa, Dia das Mães, dos namorados, dos Pais, das Crianças e o natal – prometem movimentar o caixa das empresas em 2015. “Esses períodos elevam as chances de consumo e o apelo emocional costuma ser o principal fator de propensão à compra”, explica a supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, Luana Oliveira. Em entrevista ao Fecomércio informativo, a professora da Fundação Dom Cabral ivani Becker dá dicas para aproveitar as oportunidades trazidas pelas datas especiais. Confira.

PáGinA 3

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Imag

ens

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2 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395

Palavra doPresidente

PresidenteLázaro Luiz GonzagaVice-presidentesSebastião da Silva Andrade, Glenn Andrade, José Donaldo Bittencourt Júnior, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, Osvaldo Ramiro Gomes, Marcus do nascimento Cury, Rony Anderson de Andrade RezendeSecretáriosCaio Márcio Goulart, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Vera Lúcia Freitas Luzia, André Coelho Borges de Medeiros, José Porfiro do Carmo, Evando Avelar Duarte TesoureirosMarcelo Carneiro árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, Bento José Oliveira, Alfeu Freitas Abreu, Lizziane Martins FacundesConselho Fiscal EfetivoJosé Geraldo de Oliveira Motta, Roberto Márcio do Bom Conselho, Gilbert Lacerda SilvaFecomércio InformativoPublicação bimestral do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Contatos: (31) 3270-3348 ou (31) 3270-3404 [email protected]ção – Fecomércio MGFernanda Almada – Coord. Comunicaçãoizabela Ventura – RevisãoDébora FrancaMariana MedinaProdução – SescLetícia Marinho – Ger. Geral de ComunicaçãoCamila Lôbo – Coord. JornalismoLetícia Orlandi – Supervisora de JornalismoMárcia Romano - RevisãoProdução - SenacMárcia Misson – Coord. ComunicaçãoJosie MenezesRenata GiordaniProdução Editorial: Cynara Bastos – Fecomércio MG; Helder Guimarães – Sesc; Lilian Orneles - Senac Projeto Gráfico: Prefácio ComunicaçãoImpressão: Sempre EditoraTiragem: 150.000 exemplaresComprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores independentesFecomércio MG:Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 170 – 120Sesc:Rua Tupinambás, 956, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070Senac:Rua Tupinambás, 1086, Centro,Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070

exPediente

CRISES SEMpRE ExISTIRAM

LÁzaRo Luiz GonzaGapResidente do sistema FecomÉRcio mG,

sesc, senac e sindicatos

Comunique-se conoscoE-mail: [email protected]

Telefone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961

Meu Deus, não consintas que eu seja um carrasco que de-gole ovelhas, nem uma ovelha nas mãos de carrascos. Ajuda-me a dizer a verdade na presença dos fortes e me abster de inventar mentiras para ser popular entre os fracos. Se me deres a for-ça, não me tires a compaixão. não me deixes ser atingido pela embriaguez, quando bem-sucedido, nem pelo desespero, quan-

do derrotado. Meu Deus, faze-me sentir que o perdão é uma manifestação de força, e a vingança, uma prova de fraqueza. E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus seme-lhantes, cria em minha alma bastante fortitude para desculpar e perdoar. Se eu te esquecer, Senhor, não te esqueças de mim.

Autor desconhecido

pRECE ÁRAbE

Prezados empresários do comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais,

As crises sempre estiveram presentes e trouxeram desafios imensuráveis tanto às economias dos países quanto aos negócios. Mas delas surgiram grandes ciclos de inova-ção e desenvolvimento.

Um exemplo de destaque em todo o mundo é a fabricante de brinquedos Lego, fundada na Dinamarca. Após quase chegar à falência nos anos 1990, iniciou a maior fase de ino-vação de sua história, como relatou o autor David Robertson no livro “Peça por Peça”. Por meio de processos redesenhados, estabe-lecimento de limites orçamentários e lideran-ças capazes de gerenciar cenários complexos, transformou-se na líder mundial em brinque-dos de montar. Em fevereiro deste ano, uma consultoria global a classificou como a marca mais poderosa do mundo, à frente inclusive da montadora italiana Ferrari.

Os empreendedores conhecem bem os obstáculos ao seu bom desempenho: há pro-blemas internos, de responsabilidade direta dos gestores, e externos, que fogem do con-trole individual e possuem consequência co-letiva.

Observamos diariamente pela mídia diag-nósticos nítidos dos vários fatores que com-prometem a estabilidade econômica e política do Brasil. no entanto, são poucas as análises sobre os pontos positivos que o país possui e alternativas para reequilibrar a retomada do crescimento.

Para agir nesse suporte foram criadas as en-tidades de classe. E elas têm sido muito deman-dadas, o que aumenta ainda mais a responsa-bilidade das lideranças em prepará-las para as devidas respostas aos representados.

O Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac não tem poupado esforços em capacitar seus executivos para estarem aptos aos desafios. Afi-nal, para liderar na complexidade, precisamos de profissionais que saibam atuar em ambien-tes de restrições. São as “lideranças do oceano azul” (como descrito no último trabalho publi-cado pelos autores de “A Estratégia do Oceano Azul”) que inspiram as equipes a se superarem e agirem com comprometimento. Esse engaja-mento é fundamental para reverter um cenário de desempenho aquém do esperado.

Como representantes do comércio de bens, serviços e turismo de Minas, estamos atentos aos movimentos da economia. Continuamos trabalhando junto ao empresariado, prestan-do serviços melhores e de forma mais ampla. Juntos, podemos fazer deste ano de ajustes um ano de transformações positivas para continuar contribuindo com o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil.

Positividade divina sempre!

Sebr

ae M

inas

Mantra: Planejar bem para evitar o desperdício de tempo e de outros recursos, fazendo cada vez melhor e mais, com menos.

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negócios

dÉboRa FRanca

natal, Dia das Mães, das Crianças, dos Pais, namorados e Páscoa, em ordem de volume de vendas, são as principais datas para o comércio varejista, segundo pesquisas da Fecomércio MG. O cenário econômico vem apresentando sinais de desaceleração e esses períodos são a aposta dos empresários para se destacar no mercado em 2015. “Datas comemorativas elevam as chances de consumo e o apelo emocional costuma ser o principal fator de propensão à compra”, diz a supervisora de Estudos Econômicos da Federação, Luana Oliveira. As vendas podem gerar oportunidades de negócios para diversos segmentos, como vestuário, perfumaria e eletrodomésticos.

A professora de Marketing e Estudos do Consumo da Fundação Dom Cabral, ivani Becker, mostra caminhos para reverter as projeções pessimistas, aproveitar as oportunidades trazidas pelas datas especiais do ano e obter sucesso. “Em 2015, as pessoas querem poupar os gastos, mas quando falamos

dATAS COMEMORATIVAS pROMETEM IMpuLSIONARO COMÉRCIO

em datas comemorativas; os consumidores não abrem mão de agradar as pessoas e estão dispostos a comprar. Por isso, a chance de os empresários aumentarem a lucratividade é grande, desde que tenham criatividade, inovação e atendimento de qualidade”, ressalta.

Para isso, o planejamento é o primeiro passo. Segundo ivani, é indispensável apresentar um estabelecimento agradável e decorado nessas datas. Outro ponto é saber como atender bem. “Ajude o cliente na escolha da compra. Pergunte quem será o presenteado, se for o caso, para ter soluções interessantes de acordo com o que a pessoa está procurando”, aconselha.

ir além das vitrines e investir em inovação, como ter um site da empresa e estar presente nas redes sociais, podem ser diferenciais para a divulgação nesses períodos (confira mais dicas no box).

Especialistas da área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG explicam que, apesar do cenário com demanda retraída, não há por que acreditar que os consumidores deixarão de comprar.

Retrospectiva das vendas em 2014O ano passado foi marcado pela cautela

e baixa expectativa de crescimento por parte dos empresários. Entretanto, mesmo em proporções menores, o comércio varejista brasileiro cresceu 2,2%. Segundo a área de Estudos Econômicos, as datas comemorativas tiveram influência nesse crescimento, pois, somente em Belo Horizonte, 51,2% dos empresários aumentaram as vendas nesses períodos. O Dia das Mães foi a segunda melhor data para o comércio em 2014 (atrás do Natal) e 54,7% do empresariado afirmou que as vendas aumentaram em maio, em relação ao mês anterior.

Já no segundo semestre, as expectativas dos empresários com o Dia dos Pais eram menores, mas ainda assim 41,1% quiseram investir em promoções e 24,8%, na visibilidade da loja. no Dia das Crianças, 54,8% esperavam aumentar as vendas e, no natal, mesmo com o resultado aquém do esperado, 44,3% dos empresários aumentaram seu faturamento em relação a novembro de 2014.

Criatividade, atendimento de qualidade e inovação são primordiaispara alavanCar os negóCios

Dia das Mães: monte kits diferentes, como

uma nécessaire com produtos com os quais a

presenteada se identifique. Faça promoções

do tipo: “na compra de um produto, ganhe um

almoço para comemorar a data com a sua mãe”.

dicas para lucrar com as datas comemorativas

Dia dos Pais: saia do lugar comum. ofereça

mais do que os presentes tradicionais, como

meias e caixas de lenços. Dia dos Namorados: tenha produtos

diferentes dos usuais. em vez de vender

uma caixa de bombons, tenha letras de

chocolate para o cliente fazer uma frase

para o presenteado. são os itens criativos e

personalizados que surpreendem nessa data.

Dia das Crianças: coloque um personagem

lúdico na loja para chamar a atenção dos pais e

das crianças. divulgue a iniciativa antes.

Natal: varie o mix de produtos, desde lembranças a presentes mais valiosos. isso é necessário para atender à grande procura do período. dê um cartão de brinde para complementar a lembrança.

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izabeLa ventuRa

Dicas simples, porém inovadoras sobre em-preendedorismo têm sido difundidas aos repre-sentados da Fecomércio MG. Os ensinamentos de uma das melhores universidades do mundo, a americana Babson College, estão sendo multipli-cados pela Fecomércio MG em prol do fomento do setor terciário mineiro. Os empresários têm tido a oportunidade de conhecer o método “Ba-bson College de Pensamento e Ação Empreende-dora”, que incentiva o desenvolvimento de ações práticas na tomada de decisões dos negócios.

A possibilidade de disseminação desse conhe-cimento foi aberta com uma Missão internacional realizada em novembro de 2014, com comitivas da Fecomércio MG e do Sebrae Minas. Com ações como essa, aponta o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Láza-ro Luiz Gonzaga, a Federação espera beneficiar a economia de Minas e a sociedade como um todo.

Uma das vantagens do compartilhamento de modelos e práticas internacionais é a evolução das estruturas locais. Segundo a gerente Comercial e Marketing da entidade, Lúcia Vieira, por meio da multiplicação do conhecimento e da capacitação das lideranças pode-se desenvolver novas culturas empresariais e valores institucionais percebidos e comungados por todos os stakeholders. “Houve um debate amplo a respeito da preservação da essência, dos valores, do conhecimento e engaja-

rePresentatividade

CApACITANdO MuLTIpLICAdORES EM MISSõES INTERNACIONAISConheCimento é difundido às instituições para o fomento do setor terCiário

Técnicas de gestão foram apresentadas em workshop empresários, advogados, gestores, colabo-

radores e público em geral prestigiaram, em dezembro do ano passado, o workshop “mé-todo babson college de pensamento e ação empreendedora”. o evento foi promovido pela Fecomércio mG e conduzido pelo profes-

Arqu

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mento de todos. É claro que as pessoas erram em situações inesperadas, mas é vital que os proble-mas não fragilizem a essência das empresas e se-jam revertidos rapidamente”, explica.

método babsonParticipantes da missão, como o diretor da Fe-

comércio MG Bento José Oliveira, descobriram que a forma de empreender e várias questões re-lacionadas a ela são muito mais parecidas mun-do afora do que se pode imaginar. “Algo que me impressionou foi a visão empírica adotada no tra-tamento e na resolução dos problemas. O treina-mento nos mostrou que é preciso colocar a mão na massa e, partir daí, fazer adaptações e ajustes para inovar”, conta.

Outro destaque do método da Babson é o foco na ação prática para resolver problemas. “É pre-ciso identificar o que deve ser feito e agir imedia-tamente, sem postergar as resoluções”, destaca a diretora da Fecomércio MG Maria Luiza Maia Oliveira.

Os funcionários e consumidores da Rede Droganorte, gerida pelo diretor da Federação Rony Anderson de Andrade Rezende, já colhem os frutos do conhecimento adquirido na missão. Rony fez questão de colocar em prática os ensi-namentos da universidade na empresa e observa bons resultados com clientes e colaboradores. “O método nos convida para uma reflexão sobre uma quebra de paradigma na relação com nossos clientes e funcionários”, ressalta.

sor empreendedor pela babson marcos Fábio. o objetivo foi demonstrar as técnicas de ges-tão aprendidas pelos participantes de uma missão internacional à universidade america-na, em novembro de 2014.

“esse workshop segue uma das premissas

do sistema Fecomércio mG, que é difundir conhecimento”, disse o diretor da Fecomér-cio mG José donaldo bittencourt Júnior, que representou no evento o presidente do siste-ma Fecomércio mG, sesc, senac e sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga.

um dos destaques da apresentação de marcos Fábio foi o painel de debate sobre em-preendedorismo em negócios familiares. ele lembrou que as empresas geridas por mem-bros de uma mesma família são maioria no se-tor terciário mineiro e que a linha de sucessão é o grande desafio para essas organizações.

de forma descontraída e interativa com o público, marcos despertou nos participantes a consciência de que eles também podem ser empreendedores, basta acreditar no próprio potencial de liderança. segundo ele, o método pode ser aplicado em várias esferas da socie-dade, seja no comércio, nas famílias, escolas ou comunidades.

Workshop sobre o Método Babson College abordou tendências em empreendedorismo

Participantes da missão serão multiplicadores do conhecimento adquirido na Babson College

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inovaçãoinovar para se destacar. Essa é a chave

do sucesso para os varejistas que querem sobressair no concorrido mercado brasileiro e, por que não, no mundial. A dica de quem entende do assunto é mostrar-se ao consumi-dor de um jeito diferente em meio a um vasto universo de opções e aproveitar as oportuni-dades que a tecnologia oferece para consoli-dar-se numa economia cada vez mais global.

Estratégias como essa foram compartilha-das na Retail’s Big Show 2015, maior feira de varejo do mundo realizada em janeiro, em nova York. A Fecomércio MG participou do evento em Missão internacional liderada pelo Sebrae Minas, com o objetivo de capa-citar multiplicadores para o fomento do setor terciário.

O consultor e professor do curso de pós--graduação em Marketing de Varejo do Se-nac, Daniel Zanco, é um dos responsáveis por repassar esses conhecimentos. Aos em-presários do comércio de bens, serviços e turismo, ele lembra: quem conhece o con-sumidor e sabe o que fazer com as informa-ções sobre eles tem a receita do sucesso. “A necessidade dos clientes não mudou com o passar do tempo; eles querem sempre fazer o melhor negócio possível. As opções que eles têm à disposição é que mudaram, em virtu-

CApACITANdO MuLTIpLICAdORES EM MISSõES INTERNACIONAIS

tendências, tecnologias e soluções apren-didas pela comitiva que participou da missão internacional à Retail’s big show 2015 foram expostas a empresários e à sociedade em ge-ral no pós nRF 2015, realizado em belo Hori-zonte em janeiro deste ano.

o economista do sistema Fecomércio mG, Gabriel ivo, expôs aspectos da economia internacional, contextualizando o setor de

• Elabore uma estratégia para se destacar. melhor preço, experiência de compra e sortimento de produtos são algumas opções.

• Aposte no relacionamento com o cliente. cadastre-o e fidelize-o.

• Tenha múltipla presença, unindo o mundo físico e o virtual. esteja sempre disponível ao consumidor.

• Invista na personalização dos serviços.

• Contrate colaboradores motivados e proativos.

• Para reflexão: “O varejista que se preocupa apenas com a venda, não vende”. priorize receber bem o seu cliente.

ConheCimento é difundido às instituições para o fomento do setor terCiário

de do amplo acesso às informações”. Nesse sentido, o desafio para os varejistas é tentar “aparecer” para esse consumidor de um jeito diferente.

tecnologia a seu favorQuem pensa que as lojas físicas estão com

os dias contados devido à influência da in-ternet está enganado. Segundo os especialis-tas em varejo de várias partes do mundo que marcaram presença na Retail’s Big Show, o comércio online – e-commerce (leia mais na página 10) – não vai promover a extinção dos estabelecimentos com endereço físico, como apontam os mais apocalípticos.

Quer um exemplo? Estudos comprovam que 95% das vendas no varejo americano são feitas por lojas com presença física. Em con-trapartida, cresce a influência das pesquisas realizadas pelo consumidor sobre produtos e serviços por meio do celular, dentro dos estabelecimentos (de 5% em 2012 para 19% em 2013). isso quer dizer que os empresá-rios não precisam necessariamente vender pela internet, mas devem marcar presença no mundo virtual.

“Para conquistar esse novo tipo de públi-co digital e informado, o empresário tem que criar relevância para o seu produto ou servi-ço. Deve se questionar criticamente sobre os

Pós NRF consolidou conteúdo da feira

Lições da Retail’s Big Show 2015 para o empresário varejista

varejo nas estatísticas. “não temos um ce-nário de crise, mas os desequilíbrios trazem grandes desafios. É preciso criar estratégias dentro dos estabelecimentos para evoluir o negócio”, esclarece.

o consultor daniel zanco e participan-tes da missão destacaram casos de sucesso com empresas brasileiras e americanas que conseguiram superar a crise e se destacar

no mercado. Foram citados o programa de fidelidade da rede de supermercados extra, a experiência de compras nas lojas da empre-sa de tecnologia apple, programas de vanta-gens exclusivos para clientes cadastrados na farmácia americana Walgreens, entre outros.

“casos como esses podem ser aplicados ao varejo mineiro. a prioridade é conhecer melhor nosso cliente. no brasil, muitas vezes fazemos isso de forma amadora, mas várias fórmulas podem ser expandidas”, afirmou o diretor da Fecomércio mG Rony anderson de andrade Rezende, no painel de debates que encerrou o encontro.

o evento “desafios e oportunidades para o varejo” foi fruto de parceria entre a Fe-comércio mG, o sebrae minas, a Federação das câmaras de dirigentes Lojistas de minas Gerais (FcdL-mG) e a câmara de dirigentes Lojistas de belo Horizonte (cdL-bH), com o apoio da associação mineira de supermerca-dos (amis).

veja no site da Fecomércio mG outras reportagens sobre a Retail’s big show 2015 e notícias postadas pelo colaborador do sistema Fecomércio mG Gabriel ivo, que acompanhou o dia a dia da feira.

saiba mais

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Informações da Retail´s Big Show 2015 foram compartilhados no Pós NRF 2015

motivos que levarão o consumidor a fechar negócio com ele”, ressalta Daniel Zanco.

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“o bRasiL pRecisa uRGentemente voLtaR a se ReconciLiaR com o cRescimento econÔmico viGoRoso e contínuo.”

INTELIGêNCIA NOS NEGóCIOSizabeLa ventuRa

Como empresários mineiros podem manter seus negócios crescendo neste ano desafiador e de ajustes? Essa é uma das questões esclarecidas pelo economista Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, em entrevista ao Fecomércio informativo. Ex-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), ele mostra a força do Estado, as principais barreiras ao crescimento e como manter a saúde financeira dos empreendimentos. “É necessário reduzir custos, buscar fontes alternativas de receitas e usar mais a inteligência digital e a tributária”, diz Oliveira, que está à frente do instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, da Associação dos Economistas de Minas Gerais e da MinasPart – Desenvolvimento Empresarial e Econômico. Confira.

Em sua opinião, o que mais se destaca na economia de Minas Gerais?

Minas Gerais conta com a segunda maior população do Brasil e dispõe do terceiro Produto interno Bruto (PiB) estadual, com vários municípios bem classificados no Índice de Potencial de Consumo. De forma natural e espontânea, esses fatores já posicionam o Estado muito bem em termos de mercado de consumo. O setor terciário responde por cerca de dois terços do PiB mineiro. Além disso, nossa situação geográfica é privilegiada e a dimensão econômica é similar à de vários países – Minas Gerais é maior, por exemplo, do que Bolívia, Paraguai e Uruguai juntos.

nosso acervo histórico constitui-se como o mais importante ativo cultural do Brasil e, ao lado das estâncias hidrominerais, das cidades históricas e da gastronomia, revelam-se vetores dinâmicos e importantes de nossa economia.

O que ainda trava o desenvolvimento das empresas mineiras?

Muita coisa já melhorou, principalmente para as pequenas e médias empresas. Um bom exemplo é o Simples nacional, mas ele não é o bastante para que esse importante segmento possa ter uma atuação mais dinâmica. A grande burocracia e o emaranhado tributário, com cada município e Estado mantendo a sua própria lógica fiscal, são elementos dificultosos para a realização de qualquer negócio. A legislação trabalhista também conspira contra o crescimento econômico e é um forte impeditivo ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas.

Quais projetos e investimentos seriam interessantes para o desenvolvimento do setor terciário?

O Brasil precisa urgentemente voltar a se reconciliar com o crescimento econômico vigoroso e contínuo. Os melhores investimentos, além das reformas infraestruturais e institucionais, são a busca pelo resgate da confiança do empresariado, independentemente do seu porte, nos diversos níveis de governo. Sem confiança nas ações governamentais, não há possibilidade de prosperar.

entrevista

Qual é a importância das instituições financeiras no fomento do comércio?

não há como imaginar a busca pelo desenvolvimento dissociada da presença de instituições financeiras fortes e saudáveis, mantendo interação dinâmica com o setor terciário. Elas são fundamentais, principalmente para o financiamento de suas atividades – não apenas para capital de giro, mas essencialmente para o financiamento dos investimentos de médio e longo prazo. Lamentavelmente, a estrutura de custos e a carga tributária elevadíssima do Brasil não permitem a prática de taxas de juros condizentes com as necessidades do setor produtivo. O país continua liderando a mais absurda taxa de juros real do mundo, os prazos são curtos e o volume de recursos disponibilizados ainda é, também, relativamente escasso.

Em um ano desafiador, o que os empresários precisam focar para manter a saúde financeira de seus empreendimentos?

Em primeiro lugar, manter a liquidez e contratar empréstimos e financiamentos apenas para investimentos considerados inadiáveis e com altas taxas de retorno. Precisam ser absolutamente seletivos na concessão de créditos a clientes. É necessário reduzir custos, buscar fontes alternativas de receitas (como via exportações) e usar mais a inteligência digital e a tributária. Qualificar os funcionários e melhorar a produtividade. Apostar na inovação e na tecnologia. Enfim, ser competitivo.

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Para Carlos Alberto de Oliveira, é preciso reduzir custos e apostar na inovação

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 7

meio ambiente

ÁGuA“ENquANTO HÁ VIdA, HÁ ESpERANÇA”

HiRam FiRminoeditoR da Revista ecoLÓGico

A famosa afirmação acima encerra brilhan-temente o filme “A Teoria de Tudo”, sobre a história de vida e superação do astrofísico in-glês Stephen Hawking. imperdível, ele deveria ser assistido por toda a humanidade, diante da crise hídrica que ameaça toda a vida na Terra.

Bastaria pedir licença a Stephen e trocar “vida” por “água” que conseguiríamos tornar mais explícito ainda o seu recado. Afinal, todos nós sabemos disso e fingimos esquecer que não existe vida sem água. Muito menos água sem floresta. Simples assim. Mas parece ser um re-cado dificílimo para aceitarmos.

Div

ulga

ção

Ecol

ógic

o

Por que continuamos degradando tanto esse recurso natural estratégico? Porque so-mos arrogantes. Porque ainda acreditamos, mesmo veladamente, sermos o centro do Uni-

“em pLena cRise HídRica, É possíveL ouviR Gente FaLando em constRuiR obRas FaRaÔnicas.”

verso, maiores e mais poderosos que a nature-za. E que ela pode ser domada.

É essa nossa ignorância continuada, essa falta de Deus e de amor ao meio ambiente, que está nos levando à falta d’água e à cri-se de abastecimento que o “Brasil do futuro” vive hoje. Mais triste que assistirmos a 25 milhões de irmãos brasileiros sem água para saciar sua sede, tomar banho e limpar a casa, vide o que já acontece em São Paulo, é ver a reação equivocada de todos no enfrentamento da crise.

Em vez de ouvir, ver e perguntar à na-tureza o que devemos fazer para preservar suas nascentes e seus rios, como ela mesma faz gratuitamente e com competência desde quando não estávamos neste planeta, a quem recorremos? À nossa visão limitada, sem sa-bedoria. A primeira providência que nos ocor-re também é igualmente limitada, emocional e míope. Em plena crise hídrica, é possível ouvir gente falando em construir obras faraô-nicas, fazer barragens e emendar rios já mor-tos e poluídos, como vem acontecendo com o antiecológico e insustentável projeto de trans-posição do São Francisco.

Permitimos a devastação da Amazônia, a maior e última grande floresta úmida do pla-neta e insistimos em transpor água para onde é deserto, mas a geografia da natureza já de-cidiu o contrário. É só fazer a conta: fica mais

Estáfaltandoágua emnossaregião.

O ideal é juntar bastante roupa antes de ligar a máquina. Procure utilizá-la cheia e no máximo 3 vezes por semana.

Lavar roupa todo dia... Ao molhar as plantas, use um regador. No verão, faça isso de manhã ou à noite, para reduzir a evaporação. No inverno, a rega pode ser dia sim, dia não, pela manhã. Mangueira com esguicho revólver também é e�ciente. Com ela economiza-se 96 litros de água por dia.

Regando o jardim

Faça sua parte. O planeta precisa de cada um de nós para continuar oferecendo esse recurso tão importante para a nossa vida.

barato levarmos o ser humano para próximo das águas do que mudar o planeta por causa dele.

O resultado bíblico também aí está. O que não fazemos por amor (preservar nossas nas-centes, rios e matas ciliares), agora será feito por meio da dor.

As águas sempre nos fizeram viver de ma-neira incondicional. A natureza sempre foi as-sim. Ela não ama nem desama ninguém. Ela é e proporciona a vida na Terra. isso só já faz dela um milagre!

Melhor é sobrevivermos e aprendermos como Stephen Hawking nos ensina. Desenga-nado pelos médicos, ele tinha apenas dois anos a mais de vida quando foi diagnosticado com uma doença degenerativa e incurável.

Hoje, Stephen continua vivo, estudando e querendo entender quando o tempo e a idade cósmica foram criados. Ele é um exemplo po-sitivo da nossa resiliência, do nosso espírito de sobrevivência e encantamento diante do Uni-verso que um dia nos fez nascer neste planeta, o único ainda com água do Sistema Solar.

Obrigado, crise hídrica, por abrir nossos olhos enquanto os fechávamos para a realidade ignorante que vivemos. Enquanto houver água e o relógio da natureza nos der tempo, haverá a esperança de aprendermos a viver com mais consciência e respeito à vida.

Vivamos!

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8 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395

Fecomércio, Sesc e Senac.Integração para uma Minas Geraiscada vez mais forte.

Fecomércio • Consultoria e representaçãolegal para centenas de empresas. Sesc • Bem-estar e transformação social,pela prestação de serviços de excelência. Senac • Da capacitação à pós-graduação.

O Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac trabalham juntos diariamente para fortalecer o comércio de bens, serviços e turismo. Seja representando empresas e sindicatos do Estado ou levando educação e bem-estar para todos, o Sistema já é parte importante da vida dos mineiros e do desenvolvimento de toda Minas Gerais.

www.fecomerciomg.org.br

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 9

maRiana medina

Definir o sindicato patronal que deverá representar a empresa pode não ser tão simples. As dúvidas sobre enquadramento sindical são frequentes entre empresários e contadores, havendo o risco de gerar passivo trabalhista indesejado para o negócio, caso não procurem uma assessoria jurídica especializada no assunto.

O erro mais comum é vincular o conceito legal de atividade preponderante, contido na norma do §2º do art. 581 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), à atividade

maRiana medina

Como representante legítima das categorias inorganizadas do comércio de bens, serviços e turismo no Estado de Minas Gerais, a Fecomércio MG celebrou uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a Federação dos Empregados no Comércio e Congêneres de Minas Gerais (Feccoemg), para o ano de 2015. A nova CCT, assinada em fevereiro, tem vigência de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2015, com data-base da categoria em 1º de janeiro.

Em encontro realizado com o presidente da Feccoemg, Levi Fernandes Pinto, na presença de representantes das comissões de negociação coletiva de ambas as entidades, o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, reforçou a importância da negociação. “Trata-se de um exemplo do resultado a que se pode chegar quando há o empenho das partes envolvidas. O papel da área Jurídica da Fecomércio MG, em conjunto com a equipe da Feccoemg, foi fundamental”, afirmou.

Pela nova CCT da Fecomércio MG, o piso salarial da categoria passou de R$ 762,50 para R$ 831,00, com reajuste geral de 7% para quem ganha acima do piso. Os feriados de 2015 em que os empresários poderão utilizar a mão de obra do empregado também foram definidos. “Pela legislação vigente, a jornada de trabalho em feriados só pode ocorrer se houver autorização expressa em uma CCT”,

A IMpORTâNCIA dO CORRETO ENquAdRAMENTO SINdICAL

FECOMÉRCIO MG FECHANOVA CONVENÇÃO COLETIVA

sindicatos

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MG

principal descrita na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CnAE). “O que deve ser considerado é aquilo que é traduzido a partir da descrição do objeto social da empresa”, explica o coordenador jurídico sindical da Fecomércio MG, Júlio Linhares.

no intuito de orientar e fortalecer o comércio de bens, serviços e turismo no Estado de Minas Gerais, a Fecomércio MG oferece aos empresários do setor um serviço gratuito de consulta com emissão de parecer sobre enquadramento sindical. Para acessá-lo, basta preencher o formulário online disponibilizado no site da Federação (veja o link ao lado).

explica a advogada da Fecomércio MG Poliana Oliveira.

Regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho, a CCT é um instrumento normativo que permite aos sindicatos patronais e laborais estipular condições de trabalho aplicáveis às suas respectivas categorias econômicas e profissionais, como piso salarial, abertura em feriados e banco de horas. “Por meio de negociações coletivas, sindicatos, federações e confederações buscam soluções para as categorias que representam, com pleitos e concessões mútuas”, diz Poliana.

negociação em tempo recordeA nova CCT celebrada entre a Fecomércio

MG e a Feccoemg foi assinada dois meses antes do prazo médio praticado nos últimos cinco anos, beneficiando as partes envolvidas. “Com a negociação realizada em tempo recorde, considerando os últimos cinco anos, os empresários conseguirão efetuar o pagamento retroativo do reajuste sem maiores implicações, enquanto os empregados poderão ter seus salários reajustados com maior antecedência. Para que isso fosse possível, ambas as entidades deram início às negociações em dezembro de 2014. Foram mais de seis encontros em apenas dois meses”, ressalta a advogada.

A Fecomércio MG presta assessoria técnica nos processos de negociação coletiva aos sindicatos filiados e conveniados. “Zelamos pela preservação do equilíbrio na

“O departamento Jurídico da Fecomércio MG analisa os casos seguindo o entendimento da Confederação nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CnC) a respeito do assunto, dando mais segurança e credibilidade ao empresário que faz o enquadramento sindical conforme o parecer realizado”, afirma Linhares.

relação capital-trabalho, a fim de viabilizar a continuidade saudável do exercício das atividades empresariais no contexto atual. O empresário que segue as cláusulas estabelecidas nas CCTs celebradas por sua categoria previne passivos trabalhistas e conflitos indesejados”, afirma.

acesse:

www.fecomerciomg.org.br/produtos-e-servicos/juridico/enquadramento-sindical

As CCTs firmadas pela Fecomércio MG e sindicatos são disponibilizadas no portal da Federação, sendo separadas por categoria e data-base. O corpo jurídico da entidade está à disposição dos empresários para esclarecer dúvidas pelo e-mail [email protected].

Presidente da Feccoemg, Levi Fernandes Pinto, e o presidente do Sistema Fecomércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga

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10 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395

maRiana medina

nem mesmo a desaceleração da economia fez com que as vendas no comércio eletrônico brasileiro recuassem. A projeção da E-bit, empresa que fornece dados sobre o comércio online no país, é que o crescimento desse segmento em 2015 seja de aproximadamente 20% em relação ao ano passado, atingindo a marca de mais de 60 milhões de consumidores e um faturamento de R$ 48 bilhões até dezembro.

Parte do empresariado mineiro já enxergou as vantagens do e-commerce e hoje o Estado é detentor de 9,53% da receita oriunda de vendas online no Brasil, atrás apenas de São Paulo (44,88%) e Rio de Janeiro (14,55%). No entanto, apesar das boas projeções, 82,7% dos 378 empresários do varejo que participaram da última pesquisa de opinião sobre comércio eletrônico, realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG em agosto de 2014, revelaram ainda não ter interesse em investir na área. Falta de recursos (19,4%) e de maior infraestrutura para o atendimento e conhecimento sobre o assunto (12,9%) foram os principais motivos apresentados.

Mas o consultor e professor da PUC Minas Hélvio Tadeu Cury garante: custo não

COMÉRCIO ELETRôNICOEM CRESCIMENTO CONTíNuO

é a maior barreira. “Antes, o empresário tinha receio em investir no segmento em função de questões de segurança e do alto custo da transação online. Hoje, a confiança está garantida e o valor é relativamente baixo. A grande dificuldade mesmo está em como desenvolver esse novo ponto de vendas”, afirma. O especialista apresenta algumas recomendações para planejar o investimento em e-commerce (veja quadro).

oportunidade de inovação

A direção da Maria Chocolate, loja mineira de chocolates artesanais que também oferece cursos e produtos de confeitaria desde 1990, apostou no e-commerce e teve sucesso. “Oferecemos 70% dos nossos produtos na loja virtual, inaugurada em 2012. O investimento alavancou as vendas na loja física e nos garantiu clientes em todo o Brasil. Hoje o comércio online representa 20% de todo o nosso faturamento”, conta a diretora da empresa, Vanessa Campos.

Ela ainda afirma que o desafio de criar uma loja virtual provocou mudanças positivas no negócio como um todo: “Foi necessário implantar melhorias em processos internos e capacitar o nosso pessoal. A estrutura física da loja também sofreu mudanças. Desenvolvemos novas embalagens e

firmamos parcerias com os Correios. Foi um processo árduo.”

O sucesso do investimento em e-commerce depende muito da capacidade de inovação do empresário, explica o professor Cury. “Preci-samos abandonar a ideia de que a loja física vai acabar. O que vai acontecer é que o empre-sário precisará repensar o diferencial oferecido ao cliente que se dispõe em ir até a loja física, tendo a comodidade de fazer uma compra on-line. E isso é uma oportunidade”, diz.

além de melhorar resultados na loja físiCa, vendas online podem ser oportunidade de inovação

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entrega disponíveis.

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sustentar a nova operação.

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funcionários para a nova realidade do

negócio.

negócios

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 11

emPreendedorismo

SER pEquENO É Só uM ESTÁGIO NO CAMINHOdO CRESCIMENTOoLavo macHado JúnioRpResidente do conseLHo deLibeRativo do sebRae minas

Cumprindo a regra de alternância dos se-tores produtivos na direção do Sebrae Minas, estabelecida no modelo de governança da insti-tuição, assumi a sua presidência no começo do ano, representando a indústria. Recebi a tarefa com respeito e consideração ao competente tra-balho da gestão anterior (período 2011-2014) sob o comando do presidente do Sistema Fe-comércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga. Estou ciente dos desafios que virão e pretendo dar sequência à atuação do meu antecessor, cola-borando para que a instituição evolua em sua estratégia de fomento ao empreendedorismo e apoio aos pequenos negócios.

É um ambiente que conheço bem. na vira-da dos anos 80 para 90, testemunhei o nasci-mento do Sebrae, cuja origem foi o Centro de Assistência Gerencial de Minas Gerais (Ceag/MG). A história mostra que o Sebrae/Ceag nasceu em um momento importante da nossa história, marcado por um notável processo de industrialização no país e em Minas Gerais.

nas décadas seguintes, tive a honra de acom-panhar o crescimento da instituição que hoje é fundamental em sua missão de apoiar as Micro e Pequenas Empresas (MPEs).

Com oito regionais, 57 escritórios que al-cançam todos os municípios mineiros, um cor-po técnico capacitado em nível de excelência e centenas de projetos e ações em vários seg-mentos, o Sebrae é o símbolo do empreende-dorismo. Com o seu apoio, as MPEs e os Mi-croempreendedores individuais (MEis) podem almejar o crescimento e a sustentabilidade. Assim, à frente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, meu objetivo é propiciar condi-ções e oportunidades para que o pequeno negó-cio seja apenas um estágio inicial e que esses empreendimentos possam crescer e avançar, tornando-se médias e grandes corporações.

Para isso, contamos com a parceria do po-der público, entidades de classe, agentes fi-nanceiros, universo empresarial e instituições acadêmicas. O próprio modelo de governança

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“ciente dos desaFios que viRÃo, pRetendo daR sequência à atuaÇÃo do meu antecessoR.”

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do Sebrae reforça essa visão na medida em que evidencia a importância de contar com entida-des parceiras ativas no fomento ao empreende-dorismo e na defesa dos interesses dos peque-nos negócios.

Ainda no campo das parcerias, entendemos que às ações do Sebrae devem se somar as ex-pertises do Sesi, Senai, Sesc, Senac, Senar, Se-nat e demais entidades do Sistema S. Contando sempre com a colaboração dos nossos parceiros vamos somar forças para reduzir os entraves que ainda restringem a evolução dos pequenos negócios e consolidar o setor. A informalidade e o elevado nível de mortalidade das micro e pequenas empresas se destacam entre os prin-cipais obstáculos a superar.

na presidência do Sebrae Minas, em soli-dária união com os membros do nosso Con-selho Deliberativo, pretendo criar condições para apoiar e fortalecer as entidades represen-tativas de todos os segmentos empresariais. Trabalho com a convicção de que o Sebrae se fortalece ao ter, ao seu lado, as lideranças em-presariais mineiras.

Parceria, participação, associativismo e so-lidariedade tornam-se, assim, palavras de or-dem na concepção e condução de programas e projetos que beneficiem e assegurem a evolu-ção dos MEis e das MPEs. Tenho uma crença e dela não abro mão: os pequenos de hoje só serão grandes no futuro se dermos a eles con-dições para evoluir e progredir.

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Para evitar a morosidade da Justiça bra-sileira, muitos empresários têm optado pelo procedimento arbitral em desfavor do pro-cesso judicial, quando a matéria trata de di-reitos patrimoniais disponíveis (discussões sobre execução de contratos, dívidas, maté-rias societárias e outras). Entre as principais razões para se optar pela arbitragem estão o tempo médio para solução de conflitos no Poder Judiciário e o elevado custo financei-ro das ações.

A rapidez do procedimento arbitral exige agilidade na preparação dos documentos e

A Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais (Fecon-MG) participará de diversos eventos neste ano, com o objetivo de integrar e atualizar conteúdos aos profissio-nais contábeis. Congressos, convenções e ini-ciativas de sucesso integram a programação.

Uma delas é a Caravana do Saber que, pelo sexto ano, proporciona a todos os profissio-nais da contabilidade de Minas a educação continuada, por meio do Sindicato dos Con-tabilistas (Sindicont). O planejamento prevê a execução de mais de 200 cursos em 2015, que levarão conhecimento para mais de 8 mil pro-fissionais e alunos da área contábil, atendendo tanto ao interior quanto à capital mineira.

A 10ª Convenção de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG) inova mais uma

O pROCEdIMENTO ARbITRAL

EVENTOS quE MOVIMENTAM A FECON EM 2015

fecon/mg

também a presença de um perito contador ao lado do advogado para auxiliá-lo na mensu-ração dos efeitos patrimoniais decorrentes da decisão arbitral para antever, para efeito de fluxo de caixa, eventual desembolso ou redução de previsão de recebimento.

O perito contador tem o papel de auxi-liar as partes na indicação e arrecadação dos documentos essenciais para produzir prova com o objetivo de se obter uma sentença lí-quida. O árbitro ou o tribunal arbitral tam-bém podem contratar um perito contador, que emitirá laudo sobre questões envolven-do a escrituração e documentação contábil, cálculo de valores devidos, demonstrativos de excesso ou falta de pagamentos e outras questões envolvendo aspectos patrimoniais.

vez expandindo o evento para Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Um momento único para o profissional contábil participar de uma programação bem planejada e trabalhada. A convenção acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de junho e a Fecon-MG participará com um es-tande divulgando o movimento sindical com ações modernas e pontuais, a representativi-dade contábil e o seu desenvolvimento e orga-nização, além de benefícios para o profissio-nal da área.

A cidade de Varginha sediará, nos dias 30 e 31 de julho, o ii Congresso de Contabilida-de do Sul de Minas, mais uma iniciativa da Fecon/MG, Sindcont-Varginha e instituto de Pesquisa e Estudos Contábeis (ipecont) para aproximar cada vez mais o profissional con-

Estima-se que, entre a instalação do proce-dimento e a sentença arbitral, sejam consu-midos 180 dias.

Outro aspecto interessante é que as par-tes escolhem livremente as regras de direito que serão aplicadas, sem violar os bons cos-tumes e a ordem pública.

Por ser um trabalho conjunto, harmônico e não engessado pelo Código de Processo Civil, o resultado prático é a agilidade no desenvolvimento dos trabalhos e prestação jurisdicional mais eficaz, em benefício de todos. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.

tábil do movimento sindical e da luta para melhoria contínua da classe. Serão realizadas palestras com temas diversos e disponibili-zadas oportunidades únicas de negócios. O evento é uma parceria entre a Fecon-MG e o Sindicato dos Contabilistas e Auxiliares de Contabilidade de Varginha.

Já o objetivo do Vi Encontro dos Contabi-listas do Estado de Minas Gerais (Vi Eicon--MG) é propiciar aos profissionais contábeis momentos de cultura, esporte, lazer e intera-ção familiar. Haverá uma peça teatral focada em temas contábeis, campeonatos esportivos, espaço infantil e um delicioso jantar dançante, que trazem bons momentos de descontração e interatividade. O encontro ocorre nos dias 25, 26 e 27 de setembro, no Sesc Venda nova.

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WaLteR RooseveLt coutinHovice-presidente do conselho Regional de contabilidade de minas Gerais

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 13

jurídico

A NECESSIdAdE dO REGISTRO dA MARCAJean maia Leite e FRedeRico FRanco oRziLadvoGados da oRziL & Leite – pRopRiedade inteLectuaL

Sem dúvida, uma das mais importantes pro-vidências de um empresário atualmente é bus-car a devida proteção de suas marcas. Elas ga-rantem o retorno de seus investimentos, assim como a lealdade e preferência do consumidor. A individualização de um serviço ou produto com a utilização do sinal da empresa o distin-gue dos demais concorrentes e quando o nome da marca é articulado, traz à memória do con-sumidor a natureza e a procedência do produto onde, inconscientemente, serão valorados as qualidades e os defeitos.

Marca, segundo a Lei de Propriedade in-dustrial (Lei 9279/96), é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distin-gue produtos e serviços, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas. A marca re-gistrada garante ao seu titular o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica.

no Brasil, o sistema de proteção às marcas é o Sistema Atributivom, com algumas exce-ções ao Sistema Declarativo, no qual, em regra, o registro será concedido ao primeiro deposi-tante que preencha os requisitos, quais sejam: anterioridade, novidade, veracidade, licitude e distintividade.

A marca é registrada no instituto nacional de Propriedade industrial (inPi) e poderá ser requerida tanto por pessoas jurídicas quanto por pessoas físicas – essas, com ressalvas. O inPi separou em classes os ramos de ativida-des dos produtos e serviços, ou seja, a marca para ser requerida tem que estar situada na classe adequada ao objeto social da empresa.

Em nossa legislação impera o Princípio da Especificação, que tem como consequência dar proteção à marca apenas nas classes nas quais venham a ser registradas. Em outras palavras, a lei permite a existência entre símbolos seme-lhantes em ramos mercadológicos distintos.

Uma marca pode ser registrada com a apre-sentação figurativa, nominativa e mista. A for-

ma mista é uma das modalidades mais utiliza-das, uma vez que são depositadas, ao mesmo tempo, a expressão nominativa e a figura/logo-tipo.

Depositar um pedido de marca não signifi-ca que ela será registrada. Somente depois do exame substantivo, no qual todas as condições de registrabilidade são verificadas e buscas de anterioridades são efetuadas, é que seu pedido será decidido. Entretanto, ao depositar o regis-tro, já nascem alguns direitos, principalmente, o de defender a futura marca registrada.

Basicamente esse processo leva de três a cinco anos no Brasil e passa por algumas eta-pas, como: a comunicação do pedido de registro para que terceiros se oponham; o deferimento; a concessão, que possibilita a terceiros pedirem a nulidade.

Os registros das marcas devem ser feitos por um profissional especializado dada a complexi-dade da matéria, podendo ser um advogado ou agente de propriedade industrial para proceder com o pedido e analisar todos os pontos técni-cos para o êxito.

“a maRca ReGistRada GaRante o diReito de uso excLusivo no teRRitÓRio nacionaL em seu Ramo de atividade econÔmica.”

Assim, para que os empresários se prote-jam de ações judiciais que visem indenizações e abstenção de uso de marca ou de nome em-presarial, é necessário proceder com o pedido de registro. Afinal, há que se preservar a ideia, a criação de marketing e os investimentos des-pendidos.

Principais notícias do comércio

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jurídico

dESApOSENTAÇÃO: A ApOSENTAdORIA juSTAtiaGo FeRReiRa GonzaGaadvoGadoRosa amasiLes & advoGados associados

A aposentadoria é preocupação constante para a maioria dos profissionais de todo o mundo, e o Brasil está entre os países em que mais pessoas têm dúvidas sobre como irão se sustentar quando a vida profissional chegar ao fim. É o que mostra uma pesquisa da Accenture com mais de 8 mil trabalhadores de 15 países, com idade entre 25 e 60 anos.

Segundo o levantamento, 90% dos brasi-leiros se dizem preocupados com sua situa-ção financeira após a aposentadoria. É mais do que a média global, de 82%, e o quinto país em que o índice é mais alto. Apenas 13% da população do Brasil está confiante de que a atual situação financeira será suficiente para o sustento após o fim da vida profissional.

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Tanto que muitos brasileiros que se apo-sentaram mais jovens permanecem laborando na expectativa de melhorar seus vencimentos. Mas, e quando o corpo não aguentar mais os esforços do labor diário? Restará apenas aquele benefício anteriormente concedido para custe-ar a fase de vida mais cara?

A alternativa para aumentar a renda pode estar na chamada desaposentação ou desapo-sentadoria. Trata-se do ato de renunciar ao atu-al benefício para obter um novo em condições mais favoráveis. Mas é viável apenas para os segurados que continuaram trabalhando ou tra-balharam por algum tempo depois de aposen-tados.

Mas se engana aquele que acha simples esse tipo de procedimento. O instituto nacional do Seguro Social (inSS) não permite ao segurado a renúncia ao seu benefício de aposentadoria, conforme o § 2º do art. 18 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 (Plano de Benefícios).

Ocorre que o benefício previdenciário é um direito patrimonial disponível, sendo, portanto, passível de renúncia, especialmente quando for possível ao segurado obter benefício ainda mais vantajoso.

“a aLteRnativa paRa aumentaR a Renda pode estaR na cHamada desaposentadoRia.”

Porquanto não exista qualquer previsão legal expressa quanto à desaposentação, quer se considere a Constituição Federal ou a legislação infraconstitucional, e tampouco norma proibitiva, a saída para obtenção de um provento maior é a Justiça.

O principal argumento das ações em tra-mitação sobre o tema é o de que é injusto que os beneficiários que continuam traba-lhando não tenham como reaver as contri-buições feitas após a aposentadoria.

Outro ponto que merece destaque é a questão da necessidade de devolução dos va-lores referentes aos proventos recebidos até o momento da concessão da nova aposenta-doria. Segundo jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça os valores recebidos a título de benefício de aposentadoria são ver-bas de natureza alimentar e irrepetíveis, pois se destinaram a garantir a subsistência do trabalhador.

Portanto, as expectativas são muito po-sitivas para os mais de meio milhão de bra-sileiros que, segundo a Previdência Social, possuem esse direito.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 15

turismo

FECOMÉRCIO MG NA bORSA INTERNAzIONALE dEL TuRISMO

maRiana LimaanaLista de tuRismo da FecomÉRcio mG

Minas Gerais esteve presente na Borsa in-ternazionale Del Turismo (BiT), uma das mais importantes feiras de turismo do mundo, que aconteceu em fevereiro deste ano em Milão, na itália. A delegação mineira fez parte de um gru-po brasileiro de 19 pessoas, o maior da feira. Tive a honra de participar como uma das re-presentantes do Estado pela Fecomércio MG e percebi que o evento vem seguindo tendências internacionais ao adotar, desde 2014, o progra-ma de hosted buyer, no qual compradores são convidados a participar para realizar negócios com expositores.

Muitas feiras internacionais adotam essa modalidade no intuito de garantir que opera-dores, organizadores de eventos e demais for-necedores do mercado MiCE (Meetings, in-centive, Congresses and Exibithions) tenham a oportunidade de estar em contato com os prin-cipais compradores e contratantes do mundo.

Outra particularidade da BiT é a forma de montagem dos estandes dos expositores. Além de se dividirem por regiões, o que agrega e for-talece a venda do destino, muitos apostaram nos espaços para encontros em grupo, em vez dos tradicionais encontros individuais. isso permi-

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“muitos apostaRam nos espaÇos paRa encontRos em GRupo, em vez dos tRadicionais encontRos individuais.”

tiu que os expositores apresentassem o destino tanto por meio de um vídeo, que sensibilizou os clientes, quanto por meio de um bate papo. Esse formato de apresentação também pode ser visto em outras feiras internacionais que con-tam inclusive com estandes de dois andares, no qual o segundo é destinado a trabalhos em grupo.

Algumas feiras de turismo brasileiras co-meçaram recentemente a oferecer o programa de hosted buyer, mas muitos expositores nacio-nais ainda não possuem um trabalho de inteli-gência de participação em eventos desse tipo para aproveitarem ao máximo os clientes agen-dados. A ideia de encontros em grupo pode – e deve – ser utilizada nesses casos, para maximi-zar a comercialização do destino.

A itália receberá, entre os dias 1º de maio e 31 de outubro, a Exposição Mundial 2015. A Expo é o terceiro maior evento do mundo, atrás da Copa e das Olimpíadas, e é realizada a cada cinco anos, sempre em um país diferente. “nu-trir o Planeta, Energia para a Vida” é o tema do evento que reunirá mais de 150 países, in-cluindo o Brasil, em 110 hectares para tratar do passado e do presente da alimentação, com o

objetivo de traçar cenários futuros para a área. O Brasil pretende mostrar, durante os meses

de duração do evento, sua capacidade tecno-lógica para ampliar a produção de alimentos e atender às demandas mundiais de forma sus-tentável. De acordo com a Apex Brasil, em 50 anos, a produção brasileira de grãos passou de 17,2 milhões de toneladas para 150,8 milhões. Essa é uma excelente época para empresários do setor alimentício visitarem o país europeu, conhecerem tendências mundiais do setor e se prepararem para o que está por vir.

Aproveitando toda a visibilidade italiana com a Exposição Mundial 2015, e a importân-cia da BiT para o país, havia na feira um gran-de estande da Expo com informações sobre o evento e divulgação de ações que acontecerão durante os próximos meses.

Além dos encontros realizados, a partici-pação na BiT e outros grandes eventos é ex-tremamente importante para acompanhar as tendências internacionais e apresentá-las aos empresários brasileiros, que precisam se adap-tar ao mercado globalizado competitivo onde não há mais limites territoriais e destinos de di-versos continentes concorrem entre si.

Feira de Turismo na Itália mostra tendências do setor

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16 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 17

economia

O pORquê dAS pREVISõES

caio GonÇaLveseconomista da FecomÉRcio mG

A vida é um jogo de escolhas repleto de pontos cruciais que exigem decisões com potencial para marcar uma trajetória, seja de um indivíduo ou de uma empresa. E não há nada melhor do que tentar antever o que acontecerá no futuro.

nem sempre percebemos, mas as escolhas estão presentes em todo o nosso cotidiano. Se decidimos levantar ou não após o des-pertador tocar, o que tomaremos no café da manhã, se optamos por uma comida saudável ou não no almoço. É claro que existem ní-veis diferentes de dificuldades nas escolhas. A profissão a seguir ou a compra de ações de determinadas companhias, neste momento, são decisões mais difíceis. Não é diferente no dia a dia das empresas e entidades, em que as resoluções estão completamente inse-ridas na busca por bons resultados e outros objetivos que impactam a sociedade. Com isso, cresce a necessidade de tentar anteci-par o que vem pela frente. Saber quais serão as consequências das decisões tomadas no presente, os próximos passos, como se com-portarão posteriormente as informações que temos hoje, entre outras coisas. O olhar para

o futuro e o conhecimento sobre ele se torna atrativo por todos.

A utilização de informações sobre a pos-teridade nos orienta no presente e faz com que fiquemos mais conscientes das nossas decisões atuais. Mesmo que não exista uma certeza absoluta sobre o que acontecerá, ter conhecimento das possibilidades já é um grande passo.

Para isso, a ciência propõe métodos para tentar prever o que está por vir e, assim, pos-suir maior controle sobre aquilo que se tenta decidir. Estamos na era da informação e não faz sentido não usá-la em benefício próprio e das organizações. Se possuímos mais co-nhecimento, tomamos decisões mais cons-cientes.

não há dúvidas sobre a importância dos indivíduos e das empresas, de suas expectati-vas e de suas ações em conjunto para a econo-mia; e nada mais natural do que acompanhar os movimentos dela e conhecer o contexto no qual todos nós estamos inseridos.

nessa linha, a economia possui um ramo chamado Econometria – um mix de estatísti-ca, matemática e economia – que, entre ou-

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“estamos na eRa da inFoRmaÇÃoe nÃo Faz sentido nÃo usÁ-La em beneFício das oRGanizaÇÕes.”

tras preocupações como testar as teorias eco-nômicas, fornece técnicas para previsão que permitem as estimativas de valores futuros de determinadas variáveis.

A área de Estudos Econômicos da Feco-mércio MG está em fase de testes em seus pri-meiros modelos de previsão com o intuito de fortalecer ainda mais as análises, os estudos e as pesquisas desse setor, que trata e dissemina as informações econômicas de maneira sim-plificada e com qualidade. Tudo isso para for-necer um insumo a mais para a tomada de de-cisões dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais.

acompanhe as pesquisas da área de estudos econômicos no portal da Fecomércio mG: www.fecomerciomg.org.br

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notas emPresariais

índices econÔmicos

COMO ATuALizAR SuA DÍviDA PELO iNPC: FEvEREiRO/2014

Mês/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

JAnEiRO 1,53065786 1,43748783 1,38068924 1,29684556 1,22251778 1,15117069 1,09050933 1,02657168

FEVEREiRO 1,52016869 1,42834642 1,36864517 1,28476874 1,21631457 1,14067647 1,08368213 1,01160000

MARÇO 1,51290674 1,42393223 1,35913125 1,27786825 1,21158937 1,13477564 1,07679067 1,00000000

ABRiL 1,50523007 1,42109005 1,34954945 1,26948962 1,20941243 1,12800759 1,06803280 –

MAiO 1,49565786 1,41331680 1,33976913 1,26041463 1,20172141 1,12139138 1,05976662 –

JUnHO 1,48143607 1,40488748 1,33403279 1,25327099 1,19514810 1,11748020 1,05344595 –

JULHO 1,46807657 1,39901163 1,33550184 1,25051984 1,19204877 1,11435999 1,05071409 –

AGOSTO 1,45961083 1,39580129 1,33643735 1,25051984 1,18694491 1,11581055 1,04934993 –

SETEMBRO 1,45655207 1,39468554 1,33737351 1,24528963 1,18162759 1,11402810 1,04746450 –

OUTUBRO 1,45437052 1,39245761 1,33019048 1,23971093 1,17422994 1,11102833 1,04235695 –

nOVEMBRO 1,44713484 1,38912371 1,31806429 1,23575651 1,16595168 1,10429214 1,03841099 –

DEZEMBRO 1,44165655 1,38400290 1,30462664 1,22875262 1,15968936 1,09836100 1,03293642 –

Fonte: iBGE – Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos EconômicosComo atualizar:1) Por exemplo: uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em janeiro de 2008.2) na tabela o fator de atualização referente a janeiro de 2007 é 1,53065786.3) R$ 200,00 vezes 1,53065786 = R$ 306,13 que é o valor em 01/03/2015.

Fonte: FGV, iBGE, iPEADElaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

* nova Poupança (MP 567/2012)Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

baHamas, rede de supermercados com sede em Juiz de Fora, terá apor-tes que podem ultrapassar os R$ 60 milhões em 2015. O grupo já dá como certo inaugurar quatro novas lojas em Minas Gerais e o terminar a expansão do Centro de Distribui-ção, localizado na mesma cidade da matriz. Com as novas lojas, o grupo terá 37 unidades espalhadas pelo Estado, além da expectativa de ge-ração de pelo menos 900 empregos.

eLetRozema, empresa do Grupo Zema com sede em Araxá, captou R$ 130 milhões por meio da emis-são de debêntures. Parte dos recur-sos será usada no projeto de abertura de 25 novas lojas neste ano, orçado em R$ 20 milhões. O dinheiro tam-bém será utilizado na extensão do prazo da dívida da empresa e para compor seu capital de giro.

LocaLiza, empresa belo-horizon-tina que oferece serviços de loca-ção de veículos, prevê a aquisição de cerca de 74 mil carros para a renovação da frota das divisões de aluguel e gestão de frotas. O inves-timento estimado é da ordem de R$ 2,3 bilhões, porém, as aquisições para a expansão da frota não estão incluídas nesse total, o que indica que o aporte pode ser ainda maior.

paRk idiomas, rede de franquias mineira de ensino, vai abrir 24 unidades em 2015, sendo 18 em cidades de Minas. O investimento necessário para a abertura de cada unidade vai de R$ 105 mil a R$ 240 mil, sendo que o montante va-ria conforme a reforma necessária para adequação do ponto, tamanho e porte do imóvel.

POUPAnÇA / TR / SALáRiO / SELiC

2014 2015

ABR MAi JUn JUL AGO SET OUT nOV DEZ JAn FEV

POUPAnÇA (*) 0,5267 0,5461 0,5607 0,5467 0,6059 0,5605 0,5877 0,6043 0,5485 0,6058 0,5882

TR 0,0459 0,0604 0,0465 0,1054 0,0602 0,0873 0,1038 0,0483 0,1053 0,0878 0,0168

SALáRiO MÍNiMO (R$) 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 788,00 788,00

SELiC (%) 0,8227 0,8659 0,8245 0,9487 0,8660 0,9073 0,9505 0,8425 0,9613 0,9351 –

ÍNDiCES DE PREçO %

ÍNDiCES%2014 2015

Acumulado12 meses (1)

MAR ABR MAi JUn JUL AGO SET OUT nOV DEZ JAn FEV

iGP-Di (FGV) 1,48 0,45 -0,45 -0,63 -0,55 0,06 0,02 0,59 1,14 0,38 0,67 4,06

inCC-Di (FGV) 0,28 0,88 2,05 0,66 0,75 0,08 0,15 0,17 0,44 0,08 0,92 6,99

iGP-M (FGV) 1,67 0,78 -0,13 -0,74 -0,61 -0,27 0,20 0,28 0,98 0,62 0,76 3,98

inPC (iBGE) 0,82 0,78 0,60 0,26 0,13 0,18 0,49 0,38 0,53 0,62 1,48 1,16 7,68

iPCA (iBGE) 0,92 0,67 0,46 0,40 0,01 0,25 0,57 0,42 0,51 0,78 1,24 1,22 7,70

iPCA (iPEAD) 0,65 0,92 0,64 0,20 0,01 0,18 0,46 0,41 0,77 0,59 2,23 7,53

Minas Gerais aumentou volume de vendas em 2014ao contrário do brasil, que registrou

queda nas vendas do comércio de varejo em 2014 em comparação com 2013, minas Gerais teve resultados melhores de um ano para o outro. o volume de vendas do comércio varejista restrito do estado variou 2,6% em 2014 em relação ao ano anterior.

Já para o comércio varejista ampliado, que considera o mercado varejista e atacadista de veículos e motocicletas, partes e peças e também o setor de

giro econÔmico

material de construção, os resultados ainda foram negativos. a variação alcançou -0,2% em 2014, melhor do que os -0,4% de 2013.

para o economista da Fecomércio mG caio Gonçalves, os resultados fracos registrados desde 2013 são consequência do esgotamento do processo de crescimento, que foi estimulado quase exclusivamente pelo consumo. segundo ele, essa política não é sustentável por longos anos, principalmente se não vier acompanhada

de investimentos.“com um ano de ajustes em 2015, novos

desafios estão por vir. porém, há uma esperança de melhorias. está havendo uma reorientação da política fiscal e monetária em busca da solidez de pilares econômicos essenciais para criar um ambiente que reduza os riscos de investimentos, e assim, promover o crescimento. essa reorientação, se persistir, possibilitará melhores resultados em 2016”, analisa.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 19

jurídico

izabeLa ventuRa

Você sabia que é obrigatório colocar o cardápio de preços de um restaurante ou salão de beleza na entrada do estabelecimento para o cliente decidir se quer entrar ou não? Ou que é proibido escrever o valor de um produto com as letras da mesma cor do fundo do papel exposto na vitrine? Esses e outros aspectos legais que tornam as relações de consumo mais transparentes no país estão sendo esclarecidos junto ao empresariado mineiro, na parceria firmada entre a Fecomércio MG e o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MG).

Entre as ações desenvolvidas, estão a produção de uma cartilha informativa, a realização de palestras e outras formas de divulgação para conscientizar fornecedores e consumidores. “O Procon tem autoridade para gerar políticas de defesa do consumidor e fiscalizar as práticas de venda, mas não agimos com o intuito único de punir infratores, mas também de educar o nosso público. Essa parceria é uma forma de estar em contato com o empresário e o cidadão, compartilhando informação e conhecimento, que é uma das

EquILíbRIO NASRELAÇõES dE CONSuMO

nossas políticas”, afirma a assessora jurídica do Procon, Christiane Pedersoli.

Segundo o advogado da Fecomércio MG Marcelo Morais, a parceria é inovadora e a aproximação entre as duas entidades tem grande potencial para gerar benefícios ao comércio. “Com a disseminação de conhecimento, os empresários poderão melhorar a qualidade dos serviços prestados. Já estamos colhendo resultados positivos com os nossos representados”, ressalta.

Um dos frutos da parceria é a cartilha “Afixação de Preços de Produtos e Serviços para o Consumidor”. O material explica, de forma didática, a legislação que orienta a quais especificações a afixação de valores deve atender. Segundo o coordenador do Procon-MG e promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Fernando Abreu, problemas em relação à disposição de preços dos produtos nas vitrines e gôndolas são recorrentes nas estatísticas de fiscalização do órgão. “Com a parceria, a representatividade da Fecomércio MG pode ser ampliada para formar uma rede para propagar informações úteis às empresas do comércio de bens, serviços e turismo”, afirma.

Aprenda a montar gôndolas e vitrines obedecendo à legislação

- deixe os preços visíveis e escritos de forma clara, sem deixar margem de dúvidas ao consumidor.

- exponha no mesmo local o preço à vista e o parcelado, especificando o número e valor das prestações, taxa de juros e demais acréscimos e encargos.

- nunca coloque um cartaz com um único preço em uma vitrine com vários produtos.

- cuidado com o famoso “a partir de”: pode-se divulgar que há peças com preços a partir de determinado valor, mas cada produto deve ter uma etiqueta individual com o respectivo preço.

Fique por dentro das próximas ações da parceria entre as entidades no portal da Fecomércio mG (www.fecomerciomg.org.br).

feComérCio mg e proCon se unem em ações de ConsCientizaçãode empresários e Consumidores

a assessora jurídica do procon-mG, christiane pedersoli, e a responsável pelo setor de fiscalizações do órgão, Regina sturm, ministraram palestra, em fevereiro, no “xxxiii encontro do procon-mG com Fornecedores – precificação/afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor”. o evento ocorreu na sede da Fecomércio mG com a participação de empresários, vitrinistas e advogados. no encontro, vários profissionais tiraram dúvidas sobre a legislação e descobriram que montar uma vitrine atraente e correta do ponto de vista legal demanda alguns cuidados.

Palestra esclarece regras de precificação

Regina orienta que cada vírgula é importante na organização das vitrines e gôndolas, e a informação deve ser entendida pelo consumidor sem a necessidade de cálculos, no caso de parcelamento e incidência de juros.

as representantes do procon-mG mostraram ainda vários casos de infrações cometidas por empresários que foram fiscalizados pelo órgão, como uma loja de travesseiros que expunha apenas o preço de uma marca de produtos – a mais barata –, levando o cliente a pensar que aquele era o preço de todos os travesseiros. “esse é um dos artifícios ilegais usados por alguns

Palestra sobre regras de afixação de preços esclareceu dúvidas dos profissionais

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MG

empresários para atrair os consumidores”, adverte Regina.

o conteúdo completo da cartilha elaborada pelo procon e pela Fecomércio mG está na página do

Jurídico em nosso portal. acesse:www.fecomerciomg.org.br/produtos-e-servicos/juridico/

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fiQue Por dentro

bALANÇA COMERCIAL dE FEVEREIRO dE 2015Segundo dados do Ministério do Desen-

volvimento, indústria e Comércio Exterior (MDiC), a balança comercial brasileira no mês de fevereiro de 2015 teve como resul-tado negativo o valor de uS$ 2,842 bilhões. Tal cifra é consequência das importações que superaram os valores exportados. O to-tal das vendas ao exterior foi de US$ 12,092 bilhões, enquanto as importações foram de uS$ 14.934 bilhões.

vocÊ sabia?

JuLiana peixoto cHaves GomesanaLista de comÉRcio exteRioR

Para as empresas que optam por internacio-nalizar produtos ou serviços, é extremamente importante realizar um estudo prévio e detalha-do sobre o país de destino. Deve-se considerar, entre outros aspectos de igual relevância (am-biente político, socioeconômico, conhecimen-tos das regulamentações locais, etc), a cultura local. Estudiosos do assunto desenvolveram pesquisas que permitem entender melhor a cultura de outros países. Partindo do princípio de que a mesma não é inata e sim aprendida, é primordial, ao estudarmos outras realidades, não termos uma visão etnocentrista. isso quer dizer que não se deve buscar entender outras culturas sob a sua própria ótica, mas compre-

ender os costumes e valores dentro do contexto daquele país.

Esses aspectos são tratados minuciosamen-te pelo marketing internacional e não raro são necessárias alterações nos nomes dos produtos, cores das logomarcas, serviços mais customi-zados de acordo com a necessidade local e que muitas vezes divergem do que é oferecido no país de origem. Por exemplo, o nome original do produto pode ter como significado uma pa-lavra de baixo calão ou uma conotação estranha no país a ser comercializado. Podem ocorrer também alterações no nome em vez de se op-tar pela tradução literal, a fim de se inserir no contexto requerido para aquele país. no caso do MC Donald´s, ao se instalar na Turquia, por exemplo, houve a alteração das cores da logo-marca em uma de suas franquias devido à riva-

lidade entre dois clu-bes de futebol da capital is tambul . As cores o r ig ina i s m u n d i a l -mente co-nhecidas da logomarca da empresa (o vermelho e o amarelo) deram lugar ao preto e ao branco no estabelecimento que se localizava próximo ao estádio no qual as cores da franquia americana eram as mesmas predominantes no time rival.

CURSOS COMEX 1º SEMESTRE DE 2015

26/03: Como Importar da China

16/04: Siscoserv

08, 15 e 22/05: Importação – Avançado

11/06: Programa Brasileiro de OEA –

Operador Econômico Autorizado

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no acumulado de 12 meses (período de março/2014 a fevereiro/2015), as expor-tações alcançaram uS$ 218,937 bilhões, enquanto as importações chegaram a uS$ 222,716 bilhões. Essas cifras levam a um saldo negativo na balança comercial de US$ 3,779 bilhões, o que representa um retrocesso em relação ao superávit apresentado no acu-mulado do período anterior de março/2013 a fevereiro/2014, que foi de US$ 1,423 bilhão.

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comércio exterior

FECOMÉRCIO MG SEdIA ENCONTRO pARA MELHORIAS NO SISTEMA dO CERTIFICAdO dE ORIGEM ONLINE

Há mais de 40 anos a Fecomércio MG está habilitada pelo governo brasileiro e por órgãos internacionais, como a Associação Latino Americana de Desenvolvimento e integração (Aladi), a emitir um importan-te documento no processo de exportação: o Certificado de Origem. Ele atesta a origem da mercadoria e, para países que façam par-te de acordos comerciais específicos, po-derão ser concedidas reduções ou isenções tarifárias aos seus signatários.

Ao longo dos anos, a entidade tem ofe-recido esse serviço à comunidade empresa-rial de forma segura e precisa, o que garante a credibilidade da instituição perante seus clientes. Em busca de um sistema mais efi-caz, a Fecomércio MG sediou a 4ª reunião do Grupo Técnico de Gestores e Coordena-dores da atividade de Emissão de Certifica-do de Origem, no dia 5 de fevereiro, para discutir o aperfeiçoamento da ferramenta CnC COD BR.

O núcleo de negócios internacionais da Federação mineira contou com a participa-

Feco

mér

cio

MG

JuLiana peixoto cHaves GomesanaLista de comÉRcio exteRioR

Por que emitir o seu Certificado de Origem na Fecomércio MG? • Emissão online do Certificado de origem.• Assessoria para emissão com equipe altamente qualificada.• Agilidade no atendimento – certificado liberado no mesmo dia.• Preço competitivo.• Redução de gastos com emissão e envio.

A Fecomércio MG oferece o que há de novo nos serviços de exportação:SISTEMA DE EMISSÃO DE CERTIFICADOS DE ORIGEM ON-LINE

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ção de representantes da Confederação na-cional do Comércio (CNC), das Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo dos Estados do Amazonas, Goiás, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, além do represen-tante da empresa Solyos, desenvolvedora do sistema.

O evento contribuiu para a troca de ideias e experiências na emissão do certificado, a fim de aprimorá-lo, bem como para estrei-tar as relações com as demais federações. O objetivo é que os debates possam resultar, no futuro, em ações articuladas em conjunto que visam fortalecer ainda mais os serviços prestados no âmbito do comércio exterior.

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jurídico

Atenta ao seu papel de capacitação das lideranças sindicais patronais, a Fecomércio MG esclarece, aos dirigentes sindicais, os as-pectos das Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho, com o objetivo de aperfeiço-ar cada vez mais as negociações de trabalho celebradas no Estado de Minas Gerais para o setor do comércio de bens, serviços e turis-mo. Os temas foram tratados em dezembro de 2014 no 1º Simpósio de negociação Coletiva

Para promover em Minas Gerais uma conven-ção jurídica de caráter internacional, foi realizada, em março, a edição única do “Congresso Jurídico internacional – O Direito Empresarial Moderno”, no auditório de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. O evento contou com painéis liderados por au-toridades que presidem as instituições empresa-

manter uma sinergia para gerar resultados positivos e construir soluções jurídicas para o sistema sindical do comércio de bens, serviços e turismo. esse é o objetivo da integração entre as equipes Jurídicas da Fecomércio mG e da confederação nacional do comércio de bens, serviços e turismo (cnc), em prol da segurança jurídica e representatividade dos empresários. entre os benefícios da união estão o fortalecimento da rede de proteção para as empresas e a discussão e atualização de temas de interesse dos sindicatos patronais e empresários do setor terciário.

para a assessora jurídica da presidência da Fecomércio mG, tacianny machado, a divisão sindical da cnc propicia um suporte de extrema relevância no que tange ao acompanhamento nacional de assuntos jurídicos que afetam diretamente o setor empresarial e o sistema sindical. do mesmo modo, por meio da iniciativa de se criar a comissão nacional de negociação coletiva do comércio (cncc), as

CApACITAÇÃO dAS LIdERANÇAS SINdICAIS

CONGRESSO juRídICO INTERNACIONAL

Sintonia na área jurídica

Fecomércio MG, quando foram promovidos debates pertinentes aos sindicatos e ao empre-sariado do setor terciário.

“É imprescindível que os sindicatos repre-sentados pela Fecomércio MG busquem cada vez mais o aperfeiçoamento das cláusulas negociais, tendo em vista o reconhecimento, pela Constituição Federal, das convenções e acordos coletivos de trabalho (art. 7º, XXVi), o que demonstra o poder indescritível da ne-

gociação coletiva. Daí a importância desses encontros ante os desafios constantes que as relações de trabalho impõem aos empresários e suas instituições representativas”, afirma a assessora jurídica da Presidência da Fecomér-cio MG, Tacianny Machado, que foi a mo-deradora dos painéis. “Simpósios como esse proporcionam maior integração entre nossos sindicatos e um diferencial no momento da negociação coletiva”, completa.

riais mineiras, como o presidente do Sistema Fe-comércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga, e registrou presença de especialis-tas do campo do Direito Empresarial da Europa, América Latina, São Paulo e Minas.

O idealizador do evento, o advogado José An-chieta, ressalta que a iniciativa foi motivada pela celebração dos 25 anos do escritório José Anchie-

ta da Silva Advocacia (Jasa), do qual ele é presi-dente; dos 100 anos do instituto dos Advogados de Minas; 10 anos da Lei brasileira de Falências e de Recuperação de Empresas; e os 30 anos da Academia Mineira de Letras Jurídicas. “O con-gresso foi de grande importância, pois não há precedentes na história recente de Minas Gerais um evento dessa magnitude”.

federações patronais passaram a discutir, em âmbito nacional e de forma articulada e organizada, cláusulas negociais visando ao aperfeiçoamento das relações de trabalho do setor terciário.

o coordenador sindical da Fecomércio mG, Júlio Linhares, ressalta que essa integração permite a troca de experiências e o posicionamento alinhado às diretrizes nacionais, por meio de um diálogo aberto, propositivo e construtivo. “a aproximação

evidencia à sociedade e aos empresários do comércio que as entidades trabalham de forma coordenada na defesa dos interesses das empresas mantenedoras desse sistema”.

a área Jurídica da Federação tem contato permanente com a divisão sindical da cnc por meio de diversas ações. confira algumas delas em nosso portal: www.fecomerciomg.org.br, nas notícias do setor.

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Membros da área Jurídica da CNC e da Fecomércio MG

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395• 23

jurídico

MudANÇAS NAS REGRASdA pREVIdêNCIA SOCIAL

manueLa coRRadi caRneiRo dantasadvoGada da FecomÉRcio mG

Com a promulgação da Constituição Fe-deral de 1988, foi instituído o sistema da se-guridade social, formado pela previdência, pela saúde e pela assistência social, cuja re-gulamentação geral ocorreu em 24 de julho de 1991, com a aprovação da Lei nº. 8.212 – que trata da organização da seguridade social e institui o seu plano de custeio – e com a edi-ção da Lei n° 8.213, que dispõe sobre os pla-nos de benefícios da previdência social.

nesse contexto, a previdência passou por transformações ao longo do tempo e a mais recente foi realizada por meio de duas Medi-das Provisórias (MPs) em tramitação no Con-gresso nacional, que criam regras mais rígidas para reduzir o pagamento de benefícios como pensão por morte, auxílio-doença, abono sala-rial, seguro-desemprego e seguro defeso. Elas entraram em vigor em 1º de março de 2015, em razão de seus períodos de vacância.

Um dos objetos de mudança foi o abono salarial. Se antes bastava trabalhar um mês durante o ano e receber até dois salários míni-mos, após a alteração das regras haverá carên-cia de seis meses de trabalho ininterruptos e o pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado.

Para o seguro-desemprego, a carência de seis meses de trabalho passa a ser de 18 meses na primeira solicitação, 12 meses na segunda e seis meses na terceira. Em caso de pensão por morte, antes não havia prazo mínimo de casamento; agora o falecido tem que ter tido 24 meses de contribuição previdenciária e

será exigido tempo mínimo de casamento ou união estável de 24 meses, sendo que o valor do benefício varia de acordo com o número de dependentes e o prazo para pagamento, de acordo com a idade.

Em relação ao auxílio-doença, o teto será a média das últimas 12 contribuições e empre-sas arcam com o custo de 30 dias de salário antes do inSS. Anteriormente, o benefício era de 91% do salário do segurado, limitado ao teto do inSS e as empresas arcavam com o custo de 15 dias de salário antes do inSS.

Entretanto, as medidas realizadas pelo go-verno contrariam os próprios objetivos sociais que o sistema previdenciário deve cumprir, como combater pobreza; repor renda; preser-var o status social do aposentado; cobrir a po-pulação trabalhadora e garantir-lhe cobertura no futuro e têm como objetivo economizar R$ 18 bilhões por ano aos cofres públicos.

Além disso, no caso específico do segmento empresarial, as mudanças irão gerar impacto econômico nas empresas, uma vez que elas terão que arcar com mais 15 dias de afastamento do empregado em caso de auxílio-doença. A título de exemplo: no Estado de Minas Gerais um funcionário do comércio varejista de bebidas que recebe R$ 874, no caso de afastamento por auxílio-doença superior a 15 dias, pela nova regra da previdência social gerará um custo adicional de 168% para empresas desse segmento, segundo pesquisa realizada pela área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG.

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“um dos obJetos de mudanÇa Foi o abono saLaRiaL. (...) HaveRÁ caRência de seis meses de tRabaLHo ininteRRuptos.”

Como trata-se de um pacto que precisa ter apoio político, as mudanças na previdên-cia precisam ser feitas com muito cuidado e é importante construir o convencimento dos partícipes, o que não foi feito pelo governo até o momento – ele apenas editou as medi-das provisórias alterando as regras, sem dis-cuti-las com as partes interessadas. Por isso, mudanças nas regras da previdência preci-sam ser transparentes e entrar em vigor gra-dativamente. É necessário respeitar quem já adquiriu seus direitos e os que estão no meio do caminho para adquiri-los, para que possam completar os requisitos por meio das regras de transição.

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Fique por dentro das últimas notícias da área Jurídica no portal da Fecomércio mG: www.fecomerciomg.org.br

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24 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 395

ObRIGAÇõES SOCIAISE FISCAIS | MARÇO 2015

ObRIGAÇõES SOCIAIS E FISCAIS | AbRIL 2015

PiS – DCT no mês de admissão

SALáRiOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFiP / CAGED Até o dia 7

SPED / COnTRiBUiÇõES Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de fevereiro de 2015

DCTF – MEnSAL Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de fevereiro de 2015

RETEnÇãO PiS/COFinS CSLLARTiGO 30 – LEi 10.833/03

Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção

iR FOnTE – SALáRiOS, AUTônOMOS, ALUGUÉiS Até o último dia do 2º decêndio

inSS – SALáRiO Até o dia 20

SiMPLES nACiOnAL – RECOLHiMEnTO Até o dia 20

COFinS / PiS / FATURAMEnTO Até o dia 25

CARnÊ LEãO / iRPJ ESTiMATiVA / TRiMESTRAL Até o último dia útil do mês

COnTRiBUiÇãO SOCiAL ESTiMATiVA / TRiMESTRAL Até o último dia útil do mês

COnTRiBUiÇãO SinDiCAL PATROnAL no vencimento da guia

Âmbito federal

PiS – DCT no mês de admissão

SALáRiOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFiP / CAGED Até o dia 7

SPED/COnTRiBUiÇõES Até o 10° dia útil do mês, referenteao mês de janeiro de 2015

DCTF – MEnSAL Até o 15° dia útil do mês, referenteao mês de janeiro de 2015

RETEnÇãO PiS/COFinS CSLL ARTiGO 30 – LEi 10.833/03

Até o último dia útil da quinzenaseguinte ao da retenção

iR FOnTE – SALáRiOS, AUTônOMOS, ALUGUÉiS Até o último dia do 2º decêndio

inSS – SALáRiO Até o dia 20

SiMPLES nACiOnAL – RECOLHiMEnTO Até o dia 20

COnFinS/PiS/FATURAMEnTO Até o dia 25

CARnÊ LEãO / iRPJ ESTiMATiVA / TRiMESTRAL Até o último dia útil do mês

COnTRiBUiÇãO SOCiAL ESTiMATiVA/TRiMESTRAL Até o último dia útil do mês

COnTRiBUiÇãO SinDiCAL PATROnAL no vencimento da guia

Âmbito federal

Âmbito estadual

indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes Até o dia 09

Guia nac. informação Apuração iCMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

indústrias sem prazo específico Até o dia 15

iPVA – 3ª Parcela A partir do dia 19/03/2015, de acordo com o final da placa

EFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPi

Âmbito municiPal

iSSimposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05 Ver legislação local

iPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

Âmbito estadual

indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos

Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

Até o dia 09

Guia nac. informação Apuração iCMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

indústrias sem prazo específico Até o dia 15

EFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPi

Âmbito municiPal

iSSimposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05Ver legislação local

iPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

jurídico

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sescFecomércio inFormativo

Publicação do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais – sistema Fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

sesc e PreFeitura de belo horizonte se unem Pela cultura

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Palco sesc emociona Público no carnaval da caPital mineira

PÁgina 8

medsesc e odontosesc jÁ Percorrem as estradas

PÁgina 6

www.sescmg.com.br

2015 em ritmode aPrendizado

tanto no ensino Formal quanto na educação comPlementar, aProximadamente 4 mil alunos começaram o ano com Foco em conhecimento

e em novas oPortunidades. na Foto, o colégio sesc teóFilo otoni.

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2 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395

artigo

Qual é o elemento comum entre a preserva-ção de uma nascente e o aproveitamento integral de um alimento? A resposta é sustentabilidade. Em tempos de escassez hídrica e energética e de campanhas que pedem economia a cidadãos e empresas, destacam-se ações permanentes, dura-douras, focadas no presente e no futuro, como as realizadas pelo Sesc em Minas Gerais.

Entre as nossas unidades fixas, cinco con-tam com área verde preservada, totalizando 2,5 milhões de metros quadrados – uma contribuição direta para recarga do lençol freático e proteção de nascentes. Paralelamente, há programas de revitalização para preservação de lagos e manan-ciais; bem como de gestão dos reservatórios, a fim de evitar o desperdício.

A preocupação é mais do que justificada: di-vulgado em novembro de 2014, o estudo Plano da Água nas Cidades, desenvolvido pela or-ganização ambiental The Nature Conservancy (TNC) em conjunto com o C40 Cities Climate Leadership Group e a International Water Association, mostrou que duas em cada cinco fontes de água das cidades médias e grandes localizam-se em áreas que registraram perdas significativas de floresta na última década.

As ações incluem a utilização de energia

solar em diversas áreas do Sesc, projetos de modernização que privilegiam o uso racional de recursos, carboneutralização dos eventos e pla-nejamento de novas unidades com estruturas e sistemas ambientalmente eficientes. Além dessa atuação direta, somos parceiros de atividades focadas no futuro: educação ambiental e cons-cientização ecológica, tanto junto aos colabora-dores, quanto aos alunos de escolas adotadas e dos Colégios Sesc. Participamos ainda de confe-rências nacionais e internacionais sobre a aliança entre sustentabilidade e qualidade de vida.

Sabemos, no entanto, que uma das chaves para enfrentar as crises que estamos vivendo é evitar o desperdício. Não basta reduzir o con-sumo. Deve-se repensar o modelo de desenvol-vimento. A Unesco fez um estudo para medir quantos litros de água gasta-se na produção de alimentos. Para que 1kg de carne bovina chegue à nossa geladeira, por exemplo, são necessários

15 mil litros. Um litro de leite, por sua vez, exige mil litros de água. Ciente de seu papel, o Sesc de-senvolve um programa permanente de aprovei-tamento integral dos alimentos, combate ao des-perdício e segurança alimentar: o Mesa Brasil.

Buscamos onde sobra, junto aos nossos par-ceiros doadores, e entregamos onde falta, nas instituições sociais cadastradas. Só em 2014, foram distribuídas quase 2 mil toneladas de doações, complementando mais de 19,2 mi-lhões de refeições. Para que essa rede contri-bua de forma ainda mais perene para um futuro digno, o Sesc oferece palestras sobre aprovei-tamento integral, capacitação de profissionais que lidam com o preparo dos produtos e ofici-nas de geração de renda.

A consciência sobre hábitos alimentares e combate ao desperdício é levada também às crianças, por meio do Turminha do Mesa, de forma lúdica e interativa. E esta é a essência da sustentabilidade: a educação, um dos pilares do Sesc. Preparar as novas gerações para o uso racional dos recursos é uma das bases para o mundo sustentável.

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Da nascenteà mesa RodRigo Penido duaRtediRetoR Regional do SeSC

“Não basta reduzir o coNsumo. deve-se repeNsar o modelo de deseNvolvimeNto.”

Saiba mais sobre o Mesa Brasil e veja dicas na página 4!

Conheça o Pantanal Mato-Grossense com o SescDe 21 a 26/05/2015

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395 • 3

leonaRdo abReu

O projeto Circula Cultura, parceria en-tre o Sesc e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Fundação Municipal de Cultura (FMC), já está gerando os primeiros resultados, com a realização de atividades formativas durante o mês de março. Foram realizadas videoconferências com o tema História das Artes Cênicas, com intermedia-ção do Departamento Nacional do Sesc (DN). A atividade, realizada no Sesc Palladium, foi aberta a artistas locais e estudantes de artes.

Firmado em dezembro de 2014, o foco do acordo está em ações socioculturais desen-volvidas dentro de um programa amplo, be-neficiando a população da cidade. Como re-torno, esperam-se a mobilização de público e a projeção institucional tanto do Sesc como da PBH. “O Sesc e a prefeitura já são par-ceiros. O Circula Cultura apenas oficializou essa cooperação que sempre foi proveitosa para os dois lados. Agora iremos potencia-lizar os produtos de cultura e arte realizados por ambos”, explica Jorge Cabrera, gerente de Cultura do Sesc.

O trabalho conjunto vai permitir também otimizar os custos, o que irá viabilizar diver-sas ações de grande porte. “Trabalhando de maneira colaborativa com a Fundação, ha-verá uma troca de realizações nos espaços parceiros, o que irá gerar economia. Além disso, é uma oportunidade para divulgar centros como o Sesc Palladium e o Espaço da Diversidade Cultural Sesc Venda Nova como equipamentos de excelência”, comple-ta Cabrera.

Milena Pedrosa, gerente do Sesc Palladium e integrante da comissão que trabalha na for-matação do programa da parceria, partilha desse pensamento. “O contato que já havia entre as duas instituições facilitou as nego-ciações. Essa oficialização é superpositiva para o cenário cultural de Belo Horizonte e para a população”, conclui.

A progrAmAção

Foram criadas subcomissões no Sesc e na Fundação Municipal de Cultura, que es-tão trabalhando na definição dos próximos eventos. As atividades realizadas em con-junto estão previstas para todo o ano de 2015 e contemplam os seguintes produtos do Sesc: Palco Giratório (projeto do DN com espetáculos e manifestações de diver-sos gêneros e linguagens em itinerância pelo país); Sonora Brasil (projeto do DN que atua na formação de ouvintes musicais e traz programações identificadas com a his-tória da música no Brasil); atividades for-mativas do DN e do Sesc Palladium.

Além disso, inclui ações realizadas nas unidades Sesc Floresta e Sesc Tupinambás: Cine Sesc (exibição de filmes fora do circui-to comercial); Rodas de Conversa (encon-tros para discutir assuntos relacionados à cultura); Quarta no Tom (sessões musicais para os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo que estão finalizando o expediente de trabalho) e o Curso de Corte e Costura, com edições especiais no Centro de Referência da Moda da PBH, ampliando o número de vagas.

Pelo lado da FMC, estão a Virada Cultural, o Festival da Arte Negra, o Festival Internacional de Quadrinhos, o Festival Internacional de Literatura, o Noturno

nos Museus, e o Programa Adote um Bem Cultural, que terão parte da programação realizada no Sesc Palladium e no Espaço da Diversidade Cultural Sesc Venda Nova.

Com o acordo, o Sesc aumenta sua pre-sença junto à sociedade. O presidente do Sistema Fecomércio MG, Lázaro Luiz Gonzaga, reforça os princípios de inclusão social, crescimento humano e desenvolvi-mento. “A parceria é fundamental para po-tencializar nosso cenário artístico, evitando até que nossos profissionais tenham que sair do estado para evoluir. Queremos ca-pacitar pessoas continuamente para multi-plicar soluções em torno dos problemas so-ciais”, destaca. “Ampliamos nossa presença e nosso papel de democratização da cultu-ra, sempre primando pela qualidade e pelo respeito aos clientes, chancela do Sistema Fecomércio MG”, afirma o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, também avaliou a importância do Circula Cultura para a capital. “A parceria vai conferir mais capilaridade e sensibilidade aos processos de definição cultural, uma vez que as unidades do Sesc estão muito próximas do cidadão”, comenta. Para o presidente da FMC, Leônidas Oliveira, a principal beneficiada será a população da Grande BH. “Quando levamos a cultura para todos os cantos da cidade, quem ganha é o cidadão”, finaliza.

JUntOs PeLa cULtURaSeSc e prefeitura de Belo Horizonte Se unem para potencializar açõeS culturaiS

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Da esquerda para a direita: Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura; Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte; Lázaro Luiz Gonzaga, presidente do Sistema Fecomércio MG; e Rodrigo Penido Duarte, diretor regional do Sesc, na cerimônia de assinatura do protocolo de intenções, em dezembro de 2014

O Sonora Brasil, que traz atrações identificadas com as raízes musicais do país, fará parte da programação

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4 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395

mesa brasil

temPeRatURas aLtas, DesPeRDíciO zeROconHeça aS dicaS do meSa BraSil para conServar oS alimentoS neSte verão

loRena oteRo

Depois das férias, da volta às aulas e do Carnaval, os lares brasileiros voltam à rotina. Tanta comemoração exigiu alterações nos cardá-pios, o que deixa o responsável pelo planejamen-to doméstico com uma missão: lidar com o ex-cesso de alimentos na despensa ou na geladeira.

Para evitar o desperdício, em primeiro lugar, é preciso fazer um plano detalhado das próximas compras semanais, adquirindo apenas o estrita-mente necessário e em locais de boa procedência.

Na hora de servir, evite pôr à mesa tudo o que foi produzido, mantendo a maior parte nas panelas. Dessa forma, caso haja sobra, ela não foi exposta e nem manuseada em excesso, o que permite o reaproveitamento em outras receitas. “Um arroz pode virar bolinho e uma carne pode virar recheio para uma torta. O que já foi exposto, quando sobra, precisa ser jogado fora e assim perdemos todas essas possibilida-des”, explica Luciana Araújo Vacari, nutricio-nista do Mesa Brasil, programa de segurança alimentar e nutricional do Sesc.

De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), cerca de 20% do desperdício ocorre nas residências, re-sultado das compras em excesso por falta de planejamento ou mesmo pelo armazenamento inadequado dos alimentos. Um exemplo são as verduras. Ao chegar em casa, as folhas devem ser lavadas, secas e acondicionadas em vasilhas plásticas hermeticamente fechadas, o que evita o apodrecimento da hortaliça.

SAúde, Sempre

É preciso também ter atenção às altas tempe-raturas desta época do ano, que propiciam a multi-plicação de microrganismos causadores de doen-ças de origem alimentar. Fazer a higienização

adequada durante o pré-preparo é fundamental para eliminação de bactérias. Outra dica é evi-tar deixar refeições prontas em temperatura am-biente. Comidas quentes, enquanto estão sendo servidas, devem conservar o calor, portanto, é necessário mantê-las em recipientes fechados e reaquecidos constantemente.

Saladas, sobremesas e refeições que serão consumidas em poucos dias devem permanecer na geladeira. Para conservação de alguns tipos de legumes crus durante longos períodos, uma orientação é utilizar o branqueamento. A técnica consiste em imergir o alimento cortado em cubos na água fervendo por alguns minutos, seguido da imersão em água gelada. Depois, é só envolver os pedaços em papel filme e levar ao freezer. O choque térmico inativa as enzimas que iniciam o processo de deterioração. Já para preservar car-nes, frutas e laticínios, basta congelar.

progrAmA meSA BrASil SeSc

O Mesa Brasil Sesc atua no combate à fome e ao desperdício de alimentos, por meio de parce-rias com empresas que repassam produtos sem valor comercial por apresentarem pequenos de-feitos ou mesmo por estarem em um alto grau de maturação, mas que ainda estão próprios para o consumo. O programa funciona como uma pon-te, que busca onde sobra e entrega onde falta. Em 2014, foram arrecadados mais de 1,8 mil to-neladas de alimentos, complementando mais de 19 milhões de refeições em Minas Gerais. Todo esse trabalho é fruto do esforço de centenas de voluntários e empresas doadoras parceiras. Com as dicas apresentadas nesta página, a intenção é fazer com que essas práticas se tornem hábitos incorporados ao cotidiano das famílias brasilei-ras. Tente começar em sua casa! Você percebe-rá que, com o tempo, sua saúde, seu bolso e o Planeta só terão a agradecer. Veja mais informa-ções em sescmg.com.br.

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ApreNdA A FAZer o gelAdo de mArAcUJÁ e reFreSQUe-Se No Verão

Uma bebida gelada é ótima alia-da para aliviar altas temperaturas. Melhor ainda se ela for nutritiva e saudável. O Programa Mesa Brasil Sesc oferece uma receita que pro-mete fazer a alegria de crianças e adultos, além de aproveitar inte-gralmente os ingredientes. Confira:

Ingredientes 1 xícara (chá) de água fervente1 xícara (chá) de açúcar3 maracujás200g de leite em pó2 potinhos de iogurte naturalGelo

Modo de preparoBata no liquidificador a água, o açúcar e o leite em pó, até formar um leite condensado.

Adicione o suco dos maracujás, o io-gurte, o gelo e sirva. Use as semen-tes da fruta para decorar os copos.

Para aproveitar todos os ingredien-tes, você também pode levar as cas-cas ao forno, até que fiquem secas e quebradiças. Bata no liquidificador e armazene a farinha em um recipiente fechado e seco, fora da geladeira.

Obs.: A farinha de maracujá, quan-do consumida regularmente, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue, contribui para a saciedade, diminui o colesterol e combate a prisão de ventre.

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395 • 5

acontece

ChRiStiano Senna

O Sesc levou mais de 2.4 mil crianças em uma viagem por outras épocas, durante as Miniférias No Túnel do Tempo. As atividades foram realizadas em 16 unidades espalhadas pelo estado e resgataram brincadeiras que di-vertiram meninos e meninas ao longo dos anos.

Para as crianças, o mês de janeiro foi uma oportunidade de descobrir novas formas de di-versão, conhecer o jeito que os pais brincavam e fazer amigos. De forma lúdica, as equipes de monitores e recreadores utilizaram esse contex-to para ensinar conceitos como a importância do respeito às regras e do trabalho em equipe.

Já os pais puderam contar com a tranqui-lidade de saber que os filhos estavam em se-gurança, brincando e aprendendo. O auxi-liar administrativo do Senac em Governador Valadares Ednaldo Ataíde de Souza conta que o início das brincadeiras era aguardado com ansiedade pela filha, Amanda Souto, de cinco anos. “Só de ver a estrutura e a ornamentação, ela adorou. É uma iniciativa importante para os trabalhadores do comércio e para os colabora-dores do Sistema. Fiquei sabendo pela intranet e me apressei para garantir a vaga”, ressalta.

No Sesc Santa Luzia, a trabalhadora do comércio Vânia Souza se emocionou. “Meus

dois filhos acharam ‘tudo de bom’. A Maria Luiza, que tem Síndrome de Down, foi muito bem acolhida. Achei impressionante e até cho-rei quando a vi no encerramento. Ela gosta de dançar, sempre treina, mas nunca se apresenta. Ela só teve coragem porque se sentiu bem. A equipe foi maravilhosa, estamos super feli-zes”, celebra Vânia.

Para encerrar as atividades, os participantes fizeram apresentações de dança e teatro para os pais e convidados, em eventos que mostraram a sintonia das crianças durante as duas semanas de atividades. Fique atento ao sescmg.com.br e saiba quando serão as próximas Miniférias do Sesc!

FéRias cOm gOstO esPeciaLPaRa miLhaRes De cRianças

Atividades ao ar livre e brincadeiras do passado agradaram aos “viajantes do tempo” em 16 unidades

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sesc estaLagem OURO PRetO Recebe PRêmiO QUaLity bRasiLana Cláudia gonçalveS

O Sesc Estalagem Ouro Preto comemora uma grande conquista. A unidade recebeu o Prêmio Quality Brasil no segmento Hotelaria, chance-lado pela Sociedade Brasileira de Educação e Integração e pela Quality International Company. A cerimônia aconteceu em dezembro de 2014, em São Paulo, e reuniu instituições do Brasil que se destacaram na prestação de serviços nas áreas eco-nômica, educacional, social, cultural e sustentável.

O diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, ressalta que o prêmio confirma a atuação

da instituição de acordo com os princípios do turismo social e com os valores que regem o Sistema Fecomércio MG. “Ficamos muito orgu-lhosos. Trabalhamos sempre focados na quali-dade, no desenvolvimento e na sustentabilidade social, econômica e ambiental. Considero uma vitória de todos os colaboradores e um reconhe-cimento especial para a equipe de Ouro Preto”, afirma.

Além de diploma e troféu, a pousada recebeu o Selo Quality, uma identificação de excelência no mercado. “É uma justa homenagem pelo de-sempenho do hotel junto aos seus clientes, com o

compromisso de qualidade e da responsabilidade social com a comunidade”, diz Patric Cardoso, gerente do Sesc Estalagem Ouro Preto.

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ana Paula RaChid

Para usufruir da vasta gama de atividades do Sesc nas áreas de Cultura e Educação, os traba-lhadores do comércio de bens, serviços e turismo não precisam necessariamente sair do seu local de trabalho. A instituição realiza, gratuitamente, uma série de iniciativas em empresas e instituições.

Um dos projetos é o Leitura em Movimento. A iniciativa leva para as organi-zações atividades que estimulem e resgatem o gosto pelo hábito de ler. Após a sensibilização inicial, com uma atividade artística, é disponi-bilizado um acervo de aproximadamente 130 livros, que permanece no local por 120 dias.

Outro exemplo tem foco no desenvolvimen-to sustentável local. Para facilitar a articulação com as comunidades, foi criado o Rede Sesc Ação Comunitária, um espaço para troca de experiências entre comunidades, instituições públicas, privadas e do terceiro setor, tanto em BH quanto no interior.

A iniciativa contempla cinco ações: Sesc Dialogar – rodas de conversas para oferecer a grupos comunitários orientações sobre temas do cotidiano e relacionamentos em geral; Sesc Corpo Sonoro – oficinas que estimulam o co-nhecimento de conceitos musicais aplicados ao corpo; Sesc Ação Social – ações voluntárias que visam à integração comunitária, ao acesso à cultura local e à socialização em comunida-des e instituições; Sesc Criativo – conjunto de cursos de trabalhos manuais que promovem a integração social, a cidadania e a geração de renda; e o Sesc Costurando Vidas – curso de formação humana e fortalecimento de gênero, exclusivo para mulheres.

ana Cláudia gonçalveS

As carretas e os caminhões OdontoSesc e MedSesc já estão percorrendo os primeiros muni-cípios a serem atendidos em 2015. As sete unida-des móveis de saúde deixaram a capital em janeiro e fevereiro com mais de 35 profissionais prontos para cumprir a missão da instituição: promover o bem-estar social.

Os consultórios itinerantes de Odontologia, Mamografia e Oftalmologia chegam a localidades mineiras com o objetivo de atender, gratuitamente, aos comerciários e seus dependentes, além da po-pulação de baixa renda familiar e em situação de vulnerabilidade social. O projeto permite rapidez

para os que aguardam pelos procedimentos e pe-las consultas.

Atualmente, a comunidade de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, rece-be o MedSesc Mamografia. O projeto é voltado para a saúde da mulher, mas está apto a atender também os homens que necessitarem do exame de imagem. Até março, devem ser realizados 320 exames de ultrassonografia (mama, ginecológica, abdômen total, vias urinárias, prostático e obstétri-co), 270 exames de mamografia, além das ações de educação em saúde.

Em Cataguases, a população está sendo aten-dida pelo caminhão MedSesc Oftalmologia. Na cidade da Zona da Mata também haverá 320 con-sultas de oftalmologia para diagnóstico do glau-coma, confirmação de grau e procedimento para identificação da catarata, de processos inflamató-rios, entre outros problemas da visão. Serão reali-zados ainda 320 exames de ultrassonografia, além das ações de educação em saúde.

As cinco carretas OdontoSesc também estão na estrada. As equipes atendem casos de baixa e mé-dia complexidade, tais como tratamento de canal, cirurgias simples, remoção de tártaro, limpeza e es-covação supervisionada, confecção e fixação de co-roas e pontes e radiografias odontológicas para pa-cientes em tratamento, entre outros procedimentos.

Desde o fim de janeiro, dentistas, técnicos em saúde bucal e analistas da Regional Triângulo do Sesc atendem à comunidade de Planura. A equipe da Regional Zona da Mata realiza o projeto em Santos Dumont, em parceria com o Sindicato do Comércio local. Em fevereiro, as carretas de Belo Horizonte e da Regional Leste estacionaram em Bela Vista de Minas, a 120 quilômetros da capital, e em Gonzaga, a 80 quilômetros de Governador Valadares.

A previsão é que as sete unidades móveis de saúde retornem à capital até abril e já sigam no mesmo mês para nova rota de municípios.

em movimento

saúDe sem FROnteiRas: meDsesc e ODOntOsesc cOmeçam 2015 em sete mUnicíPiOsprojetoS traBalHam em parceria com SindicatoS e prefeituraS para promover maiS Saúde

cULtURa e eDUcaçãO aLém Das UniDaDesSeSc promove açõeS e atividadeS em empreSaS e inStituiçõeS

Os consultórios itinerantes de Odontologia, Mamografia e Oftalmologia atendem a população de baixa renda

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Para lembrar o Dia Mundial da Saúde (7 de abril), o Sesc, integrado ao Sistema Fecomércio MG, promove a Semana da Saúde. As atividades serão realizadas em 21 unidades em todo o estado. Abordando o tema Segurança Alimentar, os colabo-radores desenvolverão ações educativas para incentivar o aproveitamento integral dos alimentos, com dicas para o consumo, o armazenamento e a higienização.

Vem Aí: SeSc promoVe SemANA dA SAúde em ABril

Leitura em Movimento, na Montreal Informática, e Sesc Criativo: projetos que levam o Sesc até as empresas

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Pesquisa inédita realizada pelo Sesc, em par-ceria com a Fundação Perseu Abramo, em 2013, revelou que 58% dos entrevistados não leram nenhum livro nos últimos seis me-ses. Entre os que leram, 42%, a média era de apenas 1,2 livros lidos nesse período.

cOmO PaRticiPaR - Para mais informa-ções sobre o Leitura em Movimento e os serviços da Rede Sesc Ação Comu-nitária, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (31) 3270-8100.

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395 • 7

educação

sesc cOmeça 2015 em RitmO De aPRenDizaDOcom diverSoS projetoS e ampla atuação em minaS, área de educação oferece oportunidadeS para criançaS, jovenS e adultoSCibele neveS

O mês de fevereiro foi marcado por intensa movimentação e retorno dos trabalhos na área de Educação do Sesc. Tanto no ensino formal, por meio dos Colégios Sesc e do Sesc Alfabetização, quanto na educação complementar, com o retor-no e a ampliação do Projeto Habilidades de Estudo (PHE) e dos cursos de Corte e Costura, Inglês e Informática, aproximadamente quatro mil alunos começaram 2015 com foco no co-nhecimento e em novas oportunidades, contando com a possibilidade de estudar gratuitamente.

Em seu segundo ano de atuação, as três unidades dos Colégios – Centro de Educação Infantil Sesc Contagem-Betim, Colégio Sesc em Governador Valadares e Colégio Sesc em Teófilo Otoni – receberam os quase 500 alunos para o retorno do ano letivo. Para os estudantes do Ensino Médio, o primeiro dia de aula contou com o palestrante Flávio Tófani, conhecido como “Tio Flávio”. Ele falou aos alunos e famílias de Teófilo Otoni sobre empreendedorismo pessoal e desafios do mercado de trabalho.

Em apenas dois anos, os Colégios podem se orgulhar de terem alcançado uma importan-te marca: 97% dos estudantes são atendidos no Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG), com bolsas integrais. Desse total, 70% são dependentes de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo.

E não foram apenas os alunos que iniciaram o ano adquirindo novos conhecimentos. Cerca de 70 colaboradores das três unidades de en-sino participaram, entre os dias 6 e 8 de feve-reiro, do 2º Encontro Pedagógico dos Colégios

Sesc. Em meio a palestras e oficinas, profes-sores, diretores, coordenadoras pedagógicas e analistas de educação renovaram ideias e fo-ram estimulados a atuar de maneira cada vez mais inovadora.

FAmíliA preSeNte

O envolvimento com a família é muito im-portante também para o Projeto Habilidades de Estudo. Nas dez unidades em que está implan-tado, foram realizadas aulas inaugurais em fe-vereiro. A proposta foi apresentar às famílias o trabalho, enquanto os alunos se divertiam com brincadeiras e jogos.

O PHE recebe hoje duas mil crianças em Minas Gerais para acompanhamento pedagógico, atividades extracurriculares, esportivas, culturais e cuidados com a saúde, gratuitamente, aos estu-dantes do Ensino Fundamental (de 6 a 11 anos) matriculados na rede pública. Os resultados são acompanhados de perto pelos pais e responsá-veis, que participaram também dos eventos de encerramento, realizados em dezembro de 2014 com a presença de 4,5 mil pessoas.

Segundo a gerente geral técnica social do Sesc, Érica Freitas, as inovações educacionais alcança-das por meio de uma proposta pedagógica dife-renciada têm atingido o objetivo de educar com alegria e provocar a curiosidade, trabalhando a

formação integral do indivíduo. “Em pouco tem-po, já somos reconhecidos como referência em acessibilidade e qualidade na prestação de servi-ços em educação. Mas não paramos por aqui: te-mos a consciência de nossa responsabilidade e de que há muito o que fazer para o desenvolvimento social e humano”, afirma.

creScimeNto proFiSSioNAl e pArA A VidA

Sem evasão e com novos inscritos, o Sesc Alfabetização também começa o ano com re-sultados mais que positivos. Atualmente, a ida-de dos 238 participantes varia de 16 a 96 anos. O projeto tem oferecido, desde agosto de 2014, oportunidades a jovens e adultos. Ele está im-plantado no Sesc Tupinambás (BH), Sesc Santa Luzia e Sesc Almenara, atendendo pessoas do Vale do Jequitinhonha. “É maravilhoso, já leio todas as placas que vejo na rua. Espero aprender mais e mais, pois quero ler minhas correspondên-cias, a Bíblia e o jornal da igreja”, conta Maria Madalena de Jesus, aluna do Sesc Alfabetização em Santa Luzia.

A oportunidade de incrementar o currículo motivou milhares de pessoas. Foram mais de 2,6 mil inscritos nos cursos de Corte e Costura, Informática e Inglês, concorrendo a 1,5 mil va-gas no perfil do Programa de Comprometimento e Gratuidade.

Para o estagiário em Ciências Contábeis Fabiano Pereira, é uma oportunidade para a fu-tura carreira. “Está muito bom, atendendo às expectativas. E o fato de ser gratuito é funda-mental, pois ainda sou estudante”, avalia. No Curso de Informática, 92% dos estudantes tam-bém vão estudar gratuitamente. Nas três turmas de Corte e Costura e nas 16 turmas de inician-tes em Inglês, 100% receberam bolsa integral, que inclui o material didático.

Do acompanhamento pedagógico às aulas de informáti-ca, oportunidades para diversas fases da vida

Colégio Sesc em Governador Valadares: qualidade e gratuidade com a chancela do Sistema Fecomércio MG

O estudante Fabiano Pereira: Curso de Inglês gratuito é oportunidade para a futura carreira. À direita, uma nova chance no Sesc Alfabetização e no Curso de Corte e Costura

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É possível desfrutar de projetos da Educação também fora das unidades. Um exemplo é o Planetário Sesc, equipamento com ambientes distintos e projeções do espaço que levam conhe-cimentos sobre os astros, os planetas e o sistema solar para vários lugares, encantando crianças, jovens e adultos. O roteiro 2015 começou em fevereiro no ViaShopping, em Belo Horizonte, e permanece na capital até 31 de março. Em abril, segue para Poços de Caldas.

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8 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395

cultura

FOLia em bh FicOU mais bOnita cOm O PaLcO sescprogramação encantou foliõeS de todaS aS idadeS com atraçõeS variadaS, Boa múSica e lazer na rua

Emoção, alegria, variedade de estilos, inclusãode todos os públicos: o Palco Sesc, montado na praça da Pampulha, abriu o Carnaval de rua de Belo Horizonte nos dias 13 e 14 de fevereiro com a presença de mais de 30 mil pessoas. Edições es-peciais do Minas ao Luar, Causos e Violas das Gerais, Sesc Chorinho e Samba na Praça e da Rua de Lazer encantaram moradores e turistas.

A festa – cuja produção, estrutura e comuni-cação visual foram realizadas pelas equipes do Sesc – integrou a programação oficial da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). O Minas ao Luar Especial de Carnaval foi o abre alas, com as clássicas marchinhas da Bandinha do Marcão e um verdadeiro bloco em meio ao público. A apresentação de Rodrigo Miranda e Banda trouxe, em seguida, sambas e músicas populares memoráveis. Para encerrar o primeiro dia, a bateria da Escola de Samba Beija-Flor (RJ), campeã carioca de 2015, subiu ao palco para um show com muitas cores e energia.

Segundo o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, o evento vai ficar na memória. “É nossa missão apoiar e democratizar a cultura. Trabalhamos com muito empenho para trazer essa alegria a famílias, grupos de amigos e ao público de todas as idades”, declarou.

A administradora Vanessa de Carvalho foi uma dessas pessoas que levou a família toda. “Sempre passamos o Carnaval no interior, mas neste ano optamos por ficar em BH, pois acha-mos que esse evento seria excelente. Com essa iniciativa, o Sesc proporcionou um Carnaval para todos, de forma democrática”, afirmou.

O músico Adilson de Souza confirmou: não iria embora enquanto não acabasse o evento. “Tudo muito bem planejado e programado. É uma alegria poder participar, estou aprovei-tando muito”, celebrou ele, que tem Síndrome de Down e se sentiu 100% incluído na folia.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, destacou a importância da promoção de atividades que fomentam a cultura. “A qua-lidade de vida se manifesta de muitas formas, entre elas no festejar e no viver com alegria e de maneira saudável. Para tanto, é preciso le-var o lazer, a criatividade e as expressões artís-ticas aos espaços públicos. E isso só é possível porque, além da vontade popular em celebrar, a prefeitura pode contar com parcerias tão im-portantes como a do Sesc”, pontuou.

Um diA iNteiro de FeStA

No sábado (14), as atividades começaram à tarde, com a Rua de Lazer, que ofereceu ofici-nas temáticas de pintura facial e confecção de máscaras, além de brincadeiras com os recrea-dores. No fim da tarde, começou a edição es-pecial do Causos e Violas das Gerais, com o já

tradicional Carnaviola. Os músicos Chico Lobo e Pereira da Viola, acompanhados de Renato Caetano e do contador de casos Tadeu Martins, levantaram a plateia ao som de hinos consagra-dos da música mineira tradicional. O pequeno Enzo, de cinco anos, aproveitou as duas atra-ções. Incrementou sua fantasia de Batman e dançou muito. A mãe, Renata Souza, avaliou que a programação permitiu conhecer outras manifestações culturais. “Isso facilita o contato das crianças com as tradições. Aproveitamos muito”, contou a administradora.

À noite, o público se emocionou com o encerramento do Palco Sesc e a presença de Toquinho, um dos mais consagrados músicos da MPB, em apresentação ao lado da cantora paulistana Ana Setton. “Tocar aqui me agrada sempre. Por se tratar de um evento gratuito e ao ar livre, a motivação foi maior”, revelou. A edição especial do Sesc Chorinho e Samba na Praça trouxe também o grupo Flor de Abacate, que desde 2012 acompanha o projeto itinerante pelo estado. (Colaboraram nesta matéria: Ana Paula Rachid, Anderson Rocha, Christiano Senna, Leonardo Abreu e Lorena Otero)

Uma multidão acompanhou, emocionada, a programação preparada pelo Sesc na Pampulha

Vanessa trocou as festas do interior pelo Palco Sesc; Adilson (de branco, à direita), festejou a inclusão

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sesc PaLLaDiUm Recebe Festivais tRaDiciOnais De bhmaiS de 14 mil peSSoaS paSSaram pelo centro cultural durante a programação eSpecial

ana Paula RaChid

Pelo quarto ano consecutivo, o Sesc Palladium foi um dos centros culturais de Belo Horizonte que recebeu parte da programação da 9ª edição do Verão Arte Contemporânea (VAC) e da 41ª Campanha de Popularização Teatro & Dança. No total, foram 27 atrações de diversas manifestações artísticas, vistas por um público superior a 14 mil pessoas.

A tradicional campanha levou ao palco do Sesc 22 peças, da comédia ao drama, passando pelos espetáculos infantis e musicais. Já com o Verão

Arte Contemporânea, dando continuidade à parce-ria de anos anteriores, houve uma edição especial do Projeto Parede, que trouxe o artista carioca João Lelo e sua obra Tropikania. Outro fruto desse traba-lho com o VAC foi o espetáculo Sarabanda, dirigido por Ricardo Alves Jr. e Grace Passô, que conquistou o público com um diálogo entre teatro e cinema.

A participação do Sesc Palladium nos dois eventos segue as diretrizes de formação de pú-blico e de inserção no contexto cultural de Belo Horizonte, ampliando o número de atividades gra-tuitas e a preços acessíveis.

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O coletivo feminino A.N.A, acompanhado da cantora Ná Ozzetti, integrou o Verão Arte Contemporânea

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PUBLICAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS – SISTEMA FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS | WWW. MG . SENAC .BR

OPORTUNIDADE DE RECOMEÇAR SENAC LEVA CAPACITAÇÃO A QUEM CUMPRE

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Unidade Vitrine:referência inoVadora em ambiente edUcacional

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Motivados pela missão do Senac de “con-tribuir para o desenvolvimento da sociedade por meio de ações educacionais inovadoras”, damos continuidade ao nosso projeto de ex-pansão e investimento em infraestrutura. O grande destaque deste ano é a finalização da Unidade Vitrine, que está sendo executada em Divinópolis, na região Central do Esta-do. Desenvolvido pelo Núcleo de Inovação e pela Assessoria Técnica da Diretoria, em parceria com a Superintendência Educacio-nal, o projeto é uma referência inovadora em metodologias e ambientes educacionais, com espaços modernos que atendem às expectati-vas dos nossos clientes e parceiros. A ideia é implantar esse conceito em outras regionais e promover uma comunicação única entre os ambientes educacionais das unidades do Se-nac em Minas.

Polo de desenvolvimento regional, Divi-nópolis foi escolhida como piloto desse pro-jeto porque atrai pessoas dos municípios vizi-nhos que buscam na cidade produtos e servi-ços necessários para o seu cotidiano, além de exercer grande influência sobre a moda. Daí a necessidade de investir na expansão da uni-dade, que ganhará uma nova estrutura física localizada em um ponto estratégico: o centro comercial. O espaço terá 25 salas pedagógi-cas (19 a mais do que o anterior), 14 dessas voltadas, exclusivamente, para a prática. En-tre elas, os laboratórios de Saúde, Manicure, Estética, Hardware e Redes de Computadores, Moda e Modelagem, Confecção, Supermerca-do Didático, Salão-Escola etc.

Outros diferenciais da Unidade Vitrine são: a Sala Multiúso; a Sala Interativa para os docentes; o Espaço Inovação, que pode-rá ser usado por alunos e professores como uma extensão da sala de aula para a prática de atividades; o Espaço Rede de Carreiras; a Modateca – biblioteca específica de moda com bibliografias sobre o assunto e amostra-gens de tecidos, botões, aviamentos e aces-sórios – e o Hall Foyer ou Vitrine de Moda, onde ficarão expostos os principais trabalhos

desenvolvidos pelos alunos.O projeto foi baseado em visitas técnicas

feitas em instituições parceiras e em pesqui-sas cujos dados revelam a importância da in-fraestrutura para os alunos antes da escolha de uma escola. A Unidade Vitrine tornará o nosso ambiente educacional ainda mais com-petitivo, com a introdução de novas tecno-logias e ambientes pedagógicos modernos que possibilitam aliar a teoria à prática, pois aproximam-se muito dos utilizados pelas empresas no mercado real.

Saem ganhando os alunos (nosso público principal), que serão preparados para respon-der de forma rápida e eficiente aos estímulos e oportunidades do mercado de trabalho; as empresas da região, que passarão a contar com uma oferta maior de mão de obra qua-lificada para o comércio de bens, serviços e turismo; e o Senac em Minas, que inova mais uma vez ao atrelar as mais recentes tecno-logias de mercado aos cursos da instituição.

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ARTIGO

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Acontece

Incentivador da gastronomia em geral e formador de mão de obra para o segmento de bares, restaurantes e similares, o Senac é parceiro do Comida di Buteco pelo 9º ano consecutivo. O evento tem início no dia 10 de abril, na capital e no interior de Minas.

Neste ano, aproximadamente 250 profissionais dos botecos participantes desse concurso gastronômico recebem orientações sobre as boas práticas na manipulação de alimentos. Experts do Senac em segurança alimentar percorrem os 125 estabelecimentos inscritos para o evento nos municípios de Belo Horizonte (45), Montes Claros (15), Ipatinga (11), Coronel Fabriciano (5),

Timóteo (4), Uberlândia (15), Juiz de Fora (15) e Poços de Caldas (15). O objetivo é instruir proprietários, cozinheiros, garçons e quem lida direta ou indiretamente com os alimentos a respeito dos procedimentos exigidos pela legislação.

“Essa ação eleva a satisfação e o envolvimento dos participantes”, avalia o gerente regional do concurso, Filipe Pereira. O proprietário do bar Já Tô Inno, Washington Grenfell, vencedor na capital em 2014, aprovou a iniciativa. “Foi a primeira vez que meus funcionários tiveram uma orientação coletiva sobre segurança alimentar com um profissional da área”, disse.

O Senac também levará orientação sobre as boas práticas na manipulação de alimentos para o local de encerramento do evento, a Saideira, prevista para acontecer no dia 16 de maio, em Belo Horizonte.

Boas práticas no comida di Buteco

aline BarBosa, da rede comunicação

O Mês do Empreendedor possibilitou 30 dias de programação especial em Poços de Caldas

Profissionais dos estabelecimentos ParticiPantes do concurso

recebem orientações sobre segurança alimentar

“Há oito anos participando do Comida di Buteco, é possível destacar os ganhos que temos com a parceria entre o Senac e o concurso. Os consultores da instituição, sem-pre com muita atenção, nos passam orientações tanto na parte de cuidados, manu-seio e armazenamento dos alimentos, quanto na limpeza e higienização do ambiente. Todo o aprendizado foi relevante para a organização geral do estabelecimento e para manter a qualidade do evento.”

Robson Guimarães PortesProprietário do Rancho’s Bar, em Ipatinga

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Profissionais do Senac percorrem botecos levando

orientação sobre segurança alimentar

Simplesmente Retrato

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4 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395

Simplesmente Retrato

Em foco

Ao estilo RonAldo FRAgA

O Senac em Minas firmou parceria com um dos maiores nomes da moda brasileira: Ronaldo Fraga. O estilista mineiro, que iniciou seus estudos sobre moda na instituição, agregará aos cursos e ao portfólio do Senac novidades e inovações da área.

O objetivo é qualificar ainda mais os alunos para que atendam à real demanda do segmento, tornando-os diferenciados e com fácil absorção no mercado de trabalho. Ronaldo Fraga se reuniu com instrutores do Senac das unidades Belo Hori-zonte, Montes Claros e Divinópolis para discutir a nova proposta de trabalho. Para ele, o desafio é proporcionar aos estudantes um aprendizado de modo diferente. “Além de utilizar a criatividade, as técnicas e as inovações, vamos trabalhar tam-bém a apropriação cultural”, diz.

A escolha do estilista para essa parceria não foi aleatória. “Ele valoriza nosso país e nossa cultura, resgatando o valor do artesanal e do que é feito à mão. Seu estilo de trabalhar está muito conectado com a formação do nosso aluno”, explica a espe-cialista em Moda do Senac, Andrea Azevedo.

Oliver Lima Bredariol

Chef Adair Candeias serve tepam yaki para os

participantes da oficina

Ronaldo Fraga com a equipe do Senac no Núcleo de Criação e Design - PlugMinas

Aline BARBosA, dA Rede ComuniCAção

AlexAndRe FARid

senAC nA modAO Senac oferece diversos cursos de capacitação na área, como Costureiro, Aperfeiçoamento

em Corte e Costura, Confecção de Peças Íntimas, Consultoria de Imagem, Desenhista de Moda, Vitrinista e Modelista, além do recente Técnico em Produção de Moda.

Parceria com estilista mineiro inova cursos na área da moda

FestivAl do jApão em minAs

O Senac ajudou a ampliar os conhecimentos da gastronomia nipônica dos visitantes do 4º Festival do Japão em Minas. O evento aconteceu de 27 de fevereiro a 1º de março, no Expominas, em Belo Horizonte. “Achei que fosse comer apenas peixe cru, mas provei pratos deliciosos, criativos e bem diferentes do que eu imaginava”, contou Wesley de Araújo Santos, que não gostava de comida japonesa até participar de uma das oficinas gratuitas promovidas pela instituição.

As sete oficinas, realizadas no SenacMóvel, a carreta-escola da instituição, foram bastante disputadas, principalmente pelo público jovem, que anotava atentamente as aulas ministradas pelo chef Adair Candeias. Especialista em

Público do evento exPlora sabores da

culinária niPônica no senacmóvel

culinária japonesa, ele ensinou como preparar o missoshiro (uma espécie de sopa de tofu) e o sunomono (que se assemelha a uma salada de pepino), sempre acompanhados de diferentes pratos principais, como tepam yaki, okonomy yaki, sopa de lombo, guioza, shabu-shabu e salmão assado marinado no saquê.

Ellen Soares Corrêa e o namorado, Ado Viana, mantêm um portal, um canal no YouTube e uma página no Facebook, todos dedicados à cultura nipônica. Eles contam que aprenderam conceitos importantes na oficina da qual participaram. “A comida japonesa é mais fácil de preparar do que eu imaginava e tem um sabor ímpar”, diz Ellen. O chef Adair fez um balanço

positivo da participação do Senac no evento: “Os alunos, com certeza, saíram das oficinas com uma noção muito boa da culinária do Japão, que é extremamente rica.”

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Oportunidade. Para quem está privado de liberdade, essa palavra significa, sobretudo, a chance de transformação. O Senac tem contribuído para mudar a realidade de várias pessoas nessas condições. Há cerca de um ano, instrutores e parceiros da instituição percorrem unidades do sistema prisional e da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) para promover palestras e cursos gratuitos relacionados ao mercado de trabalho. Os conteúdos visam à qualificação de quem tem, na inclusão social, a esperança de recomeçar. “Nossa proposta é prepará-los para retornar ao mercado, ampliando suas perspectivas”, explica a coordenadora do Rede de Carreiras do Senac, Ana Roberta da Cruz.

As ações são parte do Programa Regresso, iniciativa do Instituto Minas pela Paz. Além de palestras e cursos, são oferecidos treinamentos e workshops a recuperandos e a funcionários da Apac, bem como orientação profissional a apenados do sistema prisional. Desde 2013, foram atendidas cerca de 800 pessoas em 12 cidades mineiras. “Nosso objetivo é capacitá-las para que trabalhem dignamente, em equipe

e com atitude empreendora”, diz o professor Tio Flávio, que atua junto ao Senac por meio do Projeto Tio Flávio Cultural. “O que se propõe é a qualificação para que essas pessoas vislumbrem outras realidades e a sociedade possa recebê-las”, complementa o gerente de projetos do Instituto Minas pela Paz, Enéas Melo.

Esse trabalho tem contribuído para elevar a empregabilidade de egressos. Há seis meses, o gerente administrativo de uma padaria em Lagoa da Prata, Cleiton da Silva, contratou um recuperando como auxiliar de panificação. “Valeu a pena. Resolvi contratá-lo também pela contribuição social desse gesto. Não é fácil uma pessoa assim ser reintegrada à sociedade, pois o preconceito existe. Às vezes, ela volta a cometer crimes por falta de oportunidades”, acredita. Antes da chegada do colaborador, Cleiton se reuniu com os demais. “Deixei claro que ele era recuperando e deveria ser respeitado.” Além de favorecer as estatísticas, como a redução da reincidência, a empresa que contrata um egresso pode receber incentivos financeiros e acompanhamento multidisciplinar.

Caminho da inClusãoApós quatro anos fora do mercado,

Vanderson Gonçalves soube aproveitar a chance de trabalhar em um posto de gasolina, em Belo Horizonte. “A experiência está sendo muito boa. O trabalho é a base de tudo: sem ele a pessoa acaba voltando ao crime. Meus planos são continuar trabalhando, cuidar da família e esquecer o passado”, diz.

Também são parceiros do Programa Regresso a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

CAPA

Fotos: Simplesmente Retrato

QualifiCação para uma vida nova

Vanderson resume a chance que recebeu: “o trabalho é base de tudo” Diretor da Faculdade Senac Unidade Contagem, Paulo Leite, durante palestra na Apac

adriana linhares

Senac oferece orientação profiSSional e paleStraS a egreSSoS de

unidadeS priSionaiS de MinaS

Empresários interessados em contratar egressos podem acessar www.minaspelapaz.org.br e obter mais informações. Outra opção é buscar currículos no perfil desejado no site www.rededecarreiras.com.br.

Saiba MaiS:

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Giro

Por um mundo mais verde e melhor

Luis Fernando de Godoi

literatura em Prosa, verso e entretenimento

Aprendizes produzem mudas para arborizar a cidade

Jovens aprendizes do Senac foram às ruas sensibilizar a população sobre a importância de se cuidar do lugar onde vivemos. Em Al-fenas, no Sul de Minas, estudantes da insti-tuição plantaram mais de 150 mudas de árvo-re na cidade. Isso significa que 1 km da Ave-nida Mário Vieira Barbosa será transformado em área verde. Os alunos também recolhem o lixo na avenida, incentivando a população a manter o local limpo. A iniciativa, realizada desde março de 2014, teve o apoio da Unife-nas (Universidade José do Rosário Vellano). “Atualmente, produzimos nossas mudas, en-tre elas, as frutíferas, como caqui, lichia, pês-sego, manga e ameixa”, observa o orientador

Literatura e muito entretenimento esperam pelos visitantes do Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços) e da Feira Nacional do Livro na cidade. Completando dez anos em 2015, o Flipoços conta com a participação do Senac desde a primeira edição. A instituição levará ao evento o SenacMóvel, a carreta-escola sobre rodas, que reproduz internamente o ambiente de sala de aula, disponibilizando infraestrutura pedagógica de última geração. Uma programação especial será oferecida ao público. Os interessados em obter mais informações podem acessar o site www.mg.senac.br ou ligar para 0800 724 4440.

Neste ano, o cartunista Ziraldo será o patrono do festival. Os escritores Ignácio de Loyola Brandão, Luis Erlanger, Thalita Rebouças, Babi Dewet, Antonia Pellegrino, José Miguel Ribeiro e Toninho Vaz também marcarão presença no evento.

de cursos do Senac Luíz Fernando de Godoi. Em Araxá, no Alto Paranaíba, os aprendi-

zes colocaram “curativos urbanos” nos espa-ços sujos e depredados e nas ruas e calçadas com buracos. A ação foi realizada na região central do município. Tudo para chamar a atenção da população sobre o cuidado com a cidade, “machucada” pelo vandalismo e pela falta de iniciativa da sociedade. “Com esse projeto, percebemos o quanto podemos fazer algo por Araxá. Para isso, torna-se im-portante o apoio dos governantes”, lembrou a aprendiz Ana Luiza Masson. Segundo ela, a maior parte dos problemas na estrutura urba-na é ocasionada pela ação do próprio homem.

Flipoços contará com programação especial do senac e sesc

FliPocinhosNo Festival Literário, a ser realizado de 25 de abril a 3 de maio, no Espaço da Urca, os

pequenos terão um local só para eles: o Flipocinhos. Comandada pelo Sesc desde 2012, a iniciativa levará atrações diversas a estudantes de escolas da região e ao público em geral. Haverá oficinas de arte, participação de escritores, apresentações artísticas de alunos dos cursos de Arte e Cultura do Sesc Poços de Caldas, exibições do CineSesc, entre outras atividades.

A programação terá também o evento “Livro ao Pé da Árvore” - estrutura com pufes e um móbile cheio de obras literárias penduradas nos “galhos”. Já a contação de histórias para o público infanto-juvenil terá as presenças de profissionais de Minas e São Paulo.

renata giordani

saiba mais:

Informações sobre os cursos do Programa Jovem Aprendiz do Senac estão disponíveis no site www.mg.senac.br.

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Em foco

Mais educação, Mais eMprego

Que a educação profissional é fundamen-tal para o crescimento do Brasil ninguém tem dúvida. Empresas de todos os setores demandam, cada vez mais, pessoas com formação voltada para o mercado de traba-lho. Segundo o superintendente educacional interino do Senac, Bernardo Trindade, “o principal objetivo da educação profissional é a criação de cursos com duração reduzida voltados para acesso ao mercado, tanto para estudantes quanto para profissionais que buscam ampliar suas qualificações. Essa é uma das razões que explicam a grande pro-

Samara VieiraLarissa Silva Gláucia RodriguesRoberta Borato

Márcia, Felipe, Vitor e Hyago colhem os frutos de se investir na educação

alexandre Farid

cura por esses cursos nos últimos anos.” Na modalidade educação profissional, os cur-

sos vão desde a formação inicial e continuada (aprendizagem comercial e capacitação), nível técnico à graduação tecnológica. Para quem está em busca do tão sonhado emprego, quer mudar de profissão ou pretende abrir seu pró-prio negócio, o Senac oferece inúmeras op-ções. É o caso de Vitor Ernane, que tinha 17 anos quando ingressou no curso de Aprendi-zagem Comercial em Serviços Administrati-vos. Durante um ano, dividiu seu tempo en-tre as atividades teóricas no Senac em Uber-

lândia e a prática na área de e-commerce da empresa Armazém Martins. “Graças ao bom aproveitamento que tive no curso, fui efeti-vado”, conta.

Ao se formar como depiladora no Senac em Divinópolis, Márcia Ferreira encontrou o caminho para a independência financeira. Em pouco tempo, montou um salão e, agora, con-ta com uma clientela fiel. O trabalho ainda ajuda a custear o estudo do filho. “O Senac me abriu novas portas e não pretendo parar por aqui”, planeja. Hoje, ela frequenta outro curso na instituição, o de Cabeleireiro.

Da aprenDizagem comercial à pós-graDuação, senac ajuDa mineiros

a conquistarem espaço no mercaDo De trabalho

alto índice de eMpregabilidadePesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, em 2014, mostra que mais de 70% dos ex-alunos de

cursos técnicos de nível médio conseguem emprego no primeiro ano depois do curso. Foi o que ocorreu com Hyago Rodrigues. Ao se formar pelo curso Técnico em Logística do Senac em São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas), no ano passado, foi logo contratado pela Peneira Alta Armazéns Gerais. “Meus professores trabalhavam na área de logística. Isso me ajudou a ter uma visão bem prática da profissão e conseguir o emprego”, comenta.

reMuneração valorizada no ensino superiorCom um portfólio de mais de 300 cursos, o Senac também contempla a educação superior (graduação e pós-graduação). A procura por

essa modalidade, geralmente, é motivada pela vontade de aprimorar a carreira e obter aumento salarial. Segundo dados do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário de pós-graduados é até 107% maior.

Diretor da 11E Consultoria, o advogado e administrador de empresas Felipe Ansaloni optou pelo MBA em Gestão Pública do Senac, finalizado em 2011. Hoje, além de advogar, ele presta consultoria, treinamentos e ministra aulas em faculdades. “O MBA no Senac me proporcionou novas possibilidades de relacionamentos profissionais, aprofundamento de conhecimentos não vistos na graduação e visão prática dos temas abordados no curso”, avalia.

Page 40: Ed.395 - FEV/MAR/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

8 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 395

Muitas riquezas e belos locais podem ser encontrados no Centro-Oeste mineiro. Quem visita a região não deve deixar de conhecer alguns pontos interessantes, como o Parque Estadual da Serra da Canastra, que preserva a área das nascentes do rio São Francisco e a cachoeira Casca d´Anta.

dicA do dEscubrAmiNAs.com

O CentrO-Oeste mineirO e seus atrativOs

Os cânions compõem a beleza natural da região

André Rocha

Fotos: Ana Carolina Trindade

Ana Carolina Trindade

Saiba maiS:

descubraminas.com

JOsie menezes

Também é por lá que se encontra o lago de Furnas, considerado um verdadeiro paraíso para quem procura contato direto com a natureza. Cachoeiras e piscinas naturais são encontradas às margens desse famoso “mar de Minas”, in-dicado para a prática de esportes náuticos e de aventura.

O Velho Chico, também conhecido como “o rio da integração nacional”, é um atrativo à parte. Há paredões de impressionar em Igua-tama e Lagoa da Prata - local onde o rio São Francisco possui os cenários mais bonitos de todo o seu percurso.

COmO tudO COmeçOuA história do Centro-Oeste de Minas está

fortemente ligada aos tropeiros – responsáveis pela condução de tropas de mulas nos séculos

dicA do cHEF

Na 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada em janeiro, o Senac preparou um jantar inspirado na carreira da atriz Dira Paes (na foto, com a gerente regional do Senac – Zona da Mata, Cíntia Gomes, e o conselheiro da instituição Wainer Pastorini Haddad).

Nesta edição do Fecomércio Informativo, o chef executivo Ronie Peterson, responsável pela criação do menu na Pousada Senac Tiradentes, apresenta um dos pratos elaborados: o carpaccio de búfalo com pesto de castanha-do-pará. Ele conta que buscou referências na trajetória da artista na TV e no cinema, e em sua origem paraense, ressaltando que esse Estado tem o maior rebanho de búfalos do país.

um CarpaCCiO dignO de estrela

ingredienteS:• 150g de filé de búfalo congelado cor tado bem fininho (pode-se usar um fatiador de frios)• 25ml de azeite virgem• 1 dente de alho• Salsinha a gosto• Queijo do Marajó ralado (o quanto baste)• Sal e pimenta• 1 ovo cozido a uma temperatura de 75°C por 13 minutos

• Ovos batidos e farinha d’água para empanar• Óleo para fritura• Alcaparras fritas a gosto• Brotinho

modo de preparo:Com o auxílio do liquidificador ou pro-cessador, bater a castanha, o alho, o azei-te, o sal e a pimenta, finalizando com queijo do Marajó ralado. Reservar.Após cozinhar o ovo em baixa tempera-tura, retirar e colocar em água gelada por alguns minutos até ficar totalmente frio. Quebrar a casca, retirar com cuidado o ovo e, em seguida, empanar no ovo bati-do cru e na farinha d’água; fritar em óleo quente até dourar.

18 e 19. A partir do momento em que as minas de ouro foram descobertas e as terras começaram a ser ocupadas, surgiu a necessidade do abastecimento de vários produtos, sobretudo de gêneros alimentícios.

Os próprios tropeiros resolviam, muitas vezes, fixar moradia nesses locais que serviam de repouso, nascendo, assim, as cidades. Iniciavam-se, então, as atividades de plantio, a criação de gado muar (mula) e bovino e o estabelecimento de casas de comércio, já que o tino comercial “estava no sangue”. Hoje, percebe-se a forte presença da herança cultural do “tropeirismo” no falar, nas devoções e na culinária mineira.

montagem:• Dispor no prato raso as fatias de filé de búfalo de forma a cobrir todo o pra-to; espalhar o pesto, colocar o ovo frito e finalizar com as alcaparras crocantes e os brotos.

receita:Carpaccio de búfalo com pesto de castanha-do-pará, acompanhado de ovos mollet empanados na farinha d’agua e fritos e finalizados com al-caparras crocantes.