Ed.396 - ABR/MAI/JUN/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

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FECOMÉRCIO SESC SENAC Ações em prol do desenvolvimento do setor terciário de Minas Gerais e medidas para alavancar a economia estão na pauta de investimentos da atual gestão do governo do Estado. Em entrevis- ta ao Fecomércio Informativo, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, revela as linhas de atuação da adminis- tração pública para fomentar essa área em Minas. GOVERNO INVESTE NA RETOMADA DO CRESCIMENTO 35 FECOMÉRCIO INFORMATIVO PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS BELO HORIZONTE – ABRIL – JUNHO DE 2015– EDIÇÃO 396 TIRAGEM 150.000 EXEMPLARES COMPROVADA PELA SOLTZ, MATTOSO & MENDES AUDITORES INDEPENDENTES www.fecomerciomg.org.br PÁG 5 TURISMO NEGÓCIOS Belotur quer posicionar BH como “Capital da Inovação” até 2020 Páginas 15 JURÍDICO REGULAMENTAÇÃO Empresas serão fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho a partir de maio Página 23 ECONOMIA CENÁRIO ECONÔMICO Entenda o comportamento do comércio no primeiro quadrimestre de 2015 Página 17 ALUNOS E MEC ATESTAM QUALIDADE DE CURSOS DA FACULDADE SENAC PÁG. 5 MINISTRO DO TRABALHO DEBATE TEMAS DO SETOR TERCIÁRIO NA FECOMÉRCIO MG PÁG. 16 ESQUENTE AS VENDAS NO INVERNO 2015 Segmentos do comércio como o de roupas e calçados ten- dem a lucrar com as mudanças de estação. Uma das oportuni- dades é o inverno, que se aproxima. Porém, os empreendedores precisam de um olhar mais apurado de gestão, uma vez que os clientes estão mais cautelosos com as compras. Veja o que es- pecialistas e empresários recomendam para conquistar os con- sumidores. PÁG 4 REDE SESC: ENCONTROS E OPORTUNIDADES TECEM TRAMAS PARA UMA NOVA VIDA PÁG. 6 E 7 CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA 2015 Termina no dia 31 de maio o prazo para pagamento da Contribuição Confederativa. Prevista na Constituição Federal, ela garante ao empresariado a representatividade e a defesa de seus interesses. As contribuições patronais são os principais instrumentos utilizados pela Fecomércio MG para a manutenção e o desenvolvimento das ações de fortalecimento do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Mantenha-se em dia e tenha acesso a uma série de benefícios disponibilizados pela Federação para auxiliar na gestão do seu estabelecimento. Confira. PÁG 3 Banco de Imagens

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FECOMÉRCIO SESCSENAC

Ações em prol do desenvolvimento do setor terciário de Minas Gerais e medidas para alavancar a economia estão na pauta de investimentos da atual gestão do governo do Estado. Em entrevis-ta ao Fecomércio Informativo, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, revela as linhas de atuação da adminis-tração pública para fomentar essa área em Minas.

GOVERNO INVESTE NA RETOMADA DO CRESCIMENTO

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fecomércioinformativo

Publicação bimestral do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

belo Horizonte – abril – junHo de 2015– edição 396

tiragem

150.000exemPlarescomProvada Pela soltz, mattoso & mendes auditores indePendentes

www.fecomerciomg.org.br

PáG 5

TURISMONEGÓCIOSBelotur quer posicionar BH como “Capital da Inovação” até 2020 Páginas 15

JURÍDICOREGULAMENTAÇÃOEmpresas serão fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho a partir de maio Página 23

ECONOMIACENÁRIO ECONÔMICOEntenda o comportamento do comércio no primeiro quadrimestre de 2015Página 17

ALUNOS E MEC ATESTAM QUALIDADE DE CURSOS DA FACULDADE SENACPÁg. 5

MINISTRO DO TRABALHO DEBATE TEMAS DO SETOR TERCIÁRIO NA FECOMÉRCIO MgPÁg. 16

ESQUENTE AS VENDAS NO INVERNO 2015

Segmentos do comércio como o de roupas e calçados ten-dem a lucrar com as mudanças de estação. Uma das oportuni-dades é o inverno, que se aproxima. Porém, os empreendedores precisam de um olhar mais apurado de gestão, uma vez que os clientes estão mais cautelosos com as compras. Veja o que es-pecialistas e empresários recomendam para conquistar os con-sumidores.

PáG 4

REDE SESC: ENCONTROS E OPORTUNIDADES TECEM TRAMAS PARA UMA NOVA VIDAPÁg. 6 E 7

CONTRIbUIçãO CONFEDERATIVA 2015

Termina no dia 31 de maio o prazo para pagamento da Contribuição Confederativa. Prevista na Constituição Federal, ela garante ao empresariado a representatividade e a defesa de seus interesses. As contribuições patronais são os principais instrumentos utilizados pela Fecomércio MG para a manutenção e o desenvolvimento das ações de fortalecimento do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Mantenha-se em dia e tenha acesso a uma série de benefícios disponibilizados pela Federação para auxiliar na gestão do seu estabelecimento. Confira.

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2 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396

Palavra doPresidente

PresidenteLázaro Luiz GonzagaVice-presidentesSebastião da Silva Andrade, Glenn Andrade, José Donaldo Bittencourt Júnior, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, Osvaldo Ramiro Gomes, Marcus do Nascimento Cury, Rony Anderson de Andrade RezendeSecretáriosCaio Márcio Goulart, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Vera Lúcia Freitas Luzia, André Coelho Borges de Medeiros, José Porfiro do Carmo, Evando Avelar Duarte TesoureirosMarcelo Carneiro árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, Bento José Oliveira, Alfeu Freitas Abreu, Lizziane Martins FacundesConselho Fiscal EfetivoJosé Geraldo de Oliveira Motta, Roberto Márcio do Bom Conselho, Gilbert Lacerda SilvaFecomércio InformativoPublicação bimestral do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Contatos: (31) 3270-3348 ou (31) 3270-3404 [email protected]ção – Fecomércio MGFernanda Almada – Coord. ComunicaçãoIzabela Ventura – RevisãoDébora FrancaMariana MedinaProdução – SescLetícia Marinho – Ger. Geral de ComunicaçãoCamila Lôbo – Coord. JornalismoLetícia Orlandi – Supervisora de JornalismoMárcia Romano - RevisãoProdução - SenacRonan Aguiar – Gerente de ComunicaçãoMárcia Misson – Coord. ComunicaçãoJosie MenezesRenata GiordaniProdução Editorial: Cynara Bastos – Fecomércio MG; Helder Guimarães – Sesc; Lilian Orneles - Senac Projeto Gráfico: Prefácio ComunicaçãoImpressão: Sempre EditoraTiragem: 150.000 exemplaresComprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores IndependentesFecomércio MG:Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 170 – 120Sesc:Rua Tupinambás, 956, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070Senac:Rua Tupinambás, 1086, Centro,Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070

exPediente

LÁzARO LUIz gONzAgAPRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO Mg,

SESC, SENAC E SINDICATOS

Comunique-se conoscoE-mail: [email protected]

Telefone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961

Sebr

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inas

Mantra: Planejar bem para evitar o desperdício de tempo e de outros recursos, fazendo cada vez melhor e mais, com menos.

COOpERAçãO pARA SOlUCIONAR pROblEMAS CONjUNTURAIS

Aos governantes e parlamentares.

É sabido que muitos entraves brasileiros têm suas raízes históricas de longa data.

Geralmente países que obtiveram suas independências negociadas pacificamente herdam amarras que podem prejudicar seu desenvolvimento por tempos indefinidos. No caso do Brasil, a situação foi ainda mais parcial, pois se tratou de um arrojo familiar.

Já com os países que conseguiram suas independências pela força das armas, normalmente se desenvolvem mais rapidamente, desde que suas lideranças cultivem o patriotismo e priorizem os pilares da sustentação social, como a educação, saúde e segurança, e estabeleçam relações internacionais frutíferas.

Quanto à educação, ocorreram fatores pouco comentados: durante 300 anos, foi proibida, pela Igreja e pelos colonizadores, a entrada de livros no Brasil para a população. A primeira universidade brasileira, a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), só foi criada em 1920, para que fosse possível condecorar o rei Alberto I, da Bélgica, que visitou o país na época, com o título de Doutor Honoris Causa.

Conclui-se, portanto, que a não priorização da educação, pilar principal de sustentação ao desenvolvimento e causa da maioria de nossos problemas, foi fruto de planejamento para a dominação.

Além dos crônicos problemas de infraestrutura operacional e reestruturação jurídica, outro fator perturbador é o mosaico de partidos políticos composto por mais de três dezenas de agremiações partidárias, que abrigam grande número de lideranças,

e, pela imagem pública, nos parecem estar mais empenhados com os interesses pessoais e partidários do que comprometidos em cumprir as promessas que lhes garantiram os mandatos.

Eleições a cada dois anos mantêm o país em permanente clima eleitoral, alimentando a importante matriz das incertezas econômicas, desestimulando os investimentos na produção.

O que nos estimula é que, apesar de tantos problemas conjunturais históricos, a determinação, o comprometimento e a bravura pacífica de investidores e trabalhadores elevaram a nossa economia à condição de sétima do mundo, com grande evolução social, apesar do muito que ainda falta a ser conquistado.

Fazemos um apelo a todos os governantes e parlamentares: cultivem a boa vontade e cooperação para solucionar os problemas conjunturais internos, pois não vai faltar por parte da sociedade apoio para encontrar as melhores alternativas possíveis para os problemas externos.

É imperiosa e urgente a necessidade da retomada do desenvolvimento da economia, motor do desenvolvimento social, para não perdermos as suadas conquistas.

Até breve.Positividade divina sempre!

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rePresentatividade

CONTRIbUIçãO CONFEDERATIVA 2015EmprEsários Em dia com a contribuição têm acEsso a bEnEficíos da fEcomércio mg

IzABELA VENTURA

Termina no dia 31 de maio o prazo para pagamento da Contribuição Confederativa. Prevista na Constituição Federal, ela garante ao empresariado a representatividade e a defesa de seus interesses. O empresário em dia com as contribuições patronais tem acesso a uma série de benefícios disponibilizados pela Fecomércio MG que auxiliam na gestão do estabelecimento.

Essas contribuições são a principal fonte de custeio das entidades sindicais e garantem que elas atuem como legítimas representantes da categoria. Nesse sentido, cumprindo

sua missão, a Fecomércio MG trabalha em prol do desenvolvimento e sustentabilidade das empresas do setor terciário, a partir da coordenação, proteção e defesa das atividades e categorias econômicas do comércio de Minas Gerais. Segundo o coordenador de Arrecadação da Fecomércio MG, Hildebrando Vasconcelos, destaca-se como uma de suas principais ações a celebração das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), que buscam negociações justas entre empregadores e empregados, e a manutenção de produtos e serviços que facilitam e auxiliam a gestão das empresas.

A Contribuição Confederativa é um dos

instrumentos utilizados pela Fecomércio MG para a manutenção e o desenvolvimento das ações de fortalecimento do setor do comércio de bens, serviços e turismo. Prevista em lei (artigo 8º da Constituição Federal e 513 letra “e” da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), ela tem valores e datas de cobranças definidos em assembleia geral extraordinária de cada sindicato. O investimento varia de acordo com o número de empregados declarado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e é devido também para empresas sem funcionários. A data de vencimento para as empresas vinculadas à Fecomércio MG e à maioria dos sindicatos é 31 de maio, mas pode variar para alguns sindicatos (para tirar dúvidas, veja as informações de contato no box).

BENEFÍCIOSCom as contribuições em dia, o empresário tem

acesso aos benefícios oferecidos pela Federação (veja no quadro). Um deles é a Assessoria Econômica, que difunde o conhecimento das tendências do mercado por meio de pesquisas de opinião pública e avaliação do potencial de consumo, com a finalidade de garantir mais segurança na tomada de decisões estratégicas. A Assessoria Jurídica especializada assiste o empresariado mineiro em áreas como a tributária, fiscal e trabalhista. Outro destaque é a Assessoria em Negócios Internacionais, para orientações no âmbito de exportação, importação, preferências outorgadas pelos acordos internacionais que o Brasil participa, certificado e normas de origem, declaração de livre venda e demais vertentes ligadas ao comércio exterior.

O empresário César Chaves de Araújo, dono da clínica veterinária Vet Master, no bairro Ouro Preto, em Belo Horizonte, utiliza o serviço de consulta de cheques. “A Fecomércio MG me dá todo o suporte em relação à condição de receber os cheques e outros serviços que nos dão segurança para administrar. Hoje eu me sinto mais seguro sabendo que posso contar com a Fecomércio para me assessorar, por isso, eu tenho certeza de que meus lucros serão sempre maiores, para que possamos dar continuidade ao nosso setor empresarial”, afirma.

Fique em dia com as contribuições patronais e tenha acesso a benefícios oferecidos pela Fecomércio MG

• Assessoria Econômica;

• Assessoria Jurídica;

• Assessoria em Negócios Internacionais;

• Certificado de Origem para exportadores;

• Linhas de financiamento (BDMG);

• Descontos Unimed e Qualicorp.

Para obter mais informações sobre a Contribuição e os benefícios para as empresas representadas, acesse o site www.fecomerciomg.org.br/contribui-coes/beneficios/ ou entre em contato pelos telefones: (31) 3270-3363 – Arrecadação(31) 3270-3464 – Comercial (31) 3270-3330 – Jurídico

SAIBA MAIS

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4 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396

IzABELA VENTURA

Conhecido como a estação mais elegante do ano, o inverno é a oportunidade para des-filar com casacos e botas de cano alto. Para os empresários de segmentos como os de roupas e calçados, a mudança no clima é a chance de vender mais. No entanto, neste ano desafiador para a economia, os consumidores estão mais cautelosos com as compras, exigindo um olhar mais apurado de gestão dos empreendedores.

Para este inverno, a empresária Glória Inês Costa, dona da loja Miss Brasil Modas, loca-lizada no bairro Funcionários, em Belo Hori-zonte, fez pedidos menores de roupas porque percebeu que os clientes estão mais comedidos para comprar. “Para atraí-los, além de manter uma vitrine chamativa, negocio bastante com os fornecedores, garantindo preços mais baixos ao consumidor final”, conta.

O proprietário da Calçados Sheila, no cen-tro da capital mineira, Miguel de Sousa, já está com as vitrines repletas de botas e sapatos fe-chados, mas também tem sentido os efeitos da recessão: “Os clientes têm pechinchado muito, pensado bem antes de comprar.” Com o intuito de manter as vendas, ele pretende fazer liqui-dações antes de o inverno acabar e ser mais fle-xível nos descontos.

Segundo a supervisora de Estudos Econô-micos da Fecomércio MG, Luana Oliveira, a percepção dos empresários é reflexo de um ano de incertezas e ajustes econômicos e políticos, que já pesam no bolso do consumidor. “O po-der de compra está menor, ou seja, o dinheiro está rendendo menos do que nos anos anterio-res na hora de consumir e um dos motivos é o fato de a inflação continuar acima da meta estipulada. Esse cenário faz com que o consu-midor pense mais antes de contrair uma dívida e priorize as contas essenciais como água, luz, supermercado e telefone”, analisa.

ESTRATÉgIAS Para sobressair no concorrido mercado e

conseguir a atenção desse cauteloso consumi-dor, o especialista em comércio, gestão e tu-rismo do Senac, André Carvalho, compartilha algumas estratégias. A primeira é investir em proporcionar uma excelente experiência de compra ao cliente. “Com as facilidades da inter-

negócios

ESQUENTE AS VENDASNO INVERNO 2015Estação mais fria do ano é oportunidadE dE nEgócios para EmprEsários quE soubErEm lidar com a cautEla do consumidor

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net, o consumidor quer ter, na loja, um ambiente mais agradável do que na própria casa. Se isso acontecer, ele vai compartilhar com os amigos em vários meios disponíveis, reforçando o boca a boca.”

Outra dica é cercar-se de funcionários que entendam muito bem de cada produto e investir em tecnologia nos processos operacionais, como a coleta de dados dos clientes. É importante co-

O animal print – estampa que lembra peles de animais – é a tendência absoluta do inverno 2015, sendo essa a aposta dos empresários para agradar aos clientes mais antenados. Segundo a coordenadora do eixo de Moda e Beleza do Se-nac em Belo Horizonte, Suméia Mattar, a estação mais fria do ano está mais alegre do que nunca: estampas de flores, borboletas e cores fortes vêm com tudo nas vitrines.

Verde-esmeralda, cobalto, roxo, fúcsia, castanho e até neon são os tons da vez. Amar-rações na cintura com cintos e lenços eviden-

nhecer a fundo o perfil do público, para enviar, por exemplo, malas diretas e e-mails marketing adequados às preferências de cada um.

“Uma tendência que não muda, independen-temente da estação do ano, é manter a antecipa-ção. Fique de olho nas novidades do mercado, nos novos produtos e no que deve virar ‘febre’ entre os consumidores. Crie expectativas no cliente e, assim, fidelize-o.”

Para os consumidores, temperaturas mais baixas são a chance de renovar o guarda-roupas com peças elegantes

ciam a forma feminina, que não deve ficar totalmente escondida, apesar das tempera-turas mais baixas. Para os calçados, as tra-dicionais botas de cano curto, médio e alto ganham detalhes com animal print e salto plataforma.

“Já quem tem negócios direcionados ao público masculino pode apostar no jeans e xadrez em camisas e blazers, arriscando em estampas de pele animal em meias e grava-tas para quebrar o visual monótono”, orienta a especialista em moda e beleza.

Estampas de animais são a tendência da estação

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IzABELA VENTURA

O setor do comércio de bens, serviços e turismo tem inegável importância para a economia de Minas Gerais e do Brasil. E tal reconhecimento não poderia ficar fora da pauta de investimentos do governo estadual, que prevê projetos para a área, conforme revelou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, em entrevista ao Fecomércio Informativo. As políticas objetivam induzir o fomento às cadeias produtivas e promover mercados considerando a realidade de cada região de Minas, com o objetivo de gerar negócios, emprego e renda. Confira as considerações de Rôso sobre o setor terciário de Minas Gerais e as ações do governo para a retomada do crescimento econômico.

Como o governo avalia a importância do setor do comércio de bens, serviços e turismo para Minas Gerais? Essa é uma das prioridades da administração estadual para este ano?

O setor de comércio e serviços, importante gerador de emprego e renda, está passando por um momento de ajustes frente a um novo ambiente econômico global. As oscilações do dólar e a adoção de medidas necessárias para a contenção da inflação impactam o poder de compra do consumidor e, por consequência, o desempenho das atividades do setor terciário. Diante desse cenário, o governo terá como linha de atuação trabalhar em políticas que possam induzir o fomento às cadeias produtivas desde a commodity, até o escoamento da produção que envolve, diretamente, ações voltadas à área.

Outras iniciativas deverão pautar-se na promoção de mercados, por meio de políticas de incentivo ao fortalecimento das rotas de turismo de negócios existentes e a indução de novas. Por isso, o conhecimento das vocações e os talentos das economias locais e regionais será um bom balizador. As políticas vão considerar a realidade de cada região mineira para reduzir desigualdades e promover a geração de negócios, emprego e renda.

Após análise da situação da economia de Minas Gerais, a partir de qual diagnóstico

o governo pretende pautar ações para a retomada do crescimento?

O trabalho para a promoção do desenvolvimento econômico será uma ação constante e prioritária neste governo. Sendo assim, é preciso estar atento ao cenário atual e suas transformações para pautarmos políticas que possam promover a retomada do crescimento. Dentro desse contexto, diversas medidas serão conduzidas para que os mercados interno e externo possam reconhecer Minas Gerais como um Estado competitivo e promissor para receber investimentos.

Outro ponto fundamental consiste na diversificação da pauta econômica e produtiva do Estado, aproveitando sua reconhecida vocação empreendedora, manifestada pelas mais de 1,5 milhões de empresas, segundo dados do Empresômetro. Por fim, a simplificação e melhoria do ambiente de negócios serão também alvo de nossas ações para uma economia mais pujante e propícia à promoção do desenvolvimento de nossa sociedade.

O ano começou com uma série de ajustes fiscais por parte do governo federal. Esse será um espelho para o âmbito estadual?

Não podemos nos abater com as crises, pois assim como elas vêm, elas vão. Os ajustes anunciados pelo governo federal são necessários para chegarmos a um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social de um país que avançou muito na última década,

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O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, fala sobre as ações do governo diante do contexto econômico atual

pOlíTICAS públICAS pARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO

“ESTAMOS MUITO OTIMISTAS PARA FAzER A NOSSA ECONOMIA AVANçAR.”

período em que conseguimos tirar 37 milhões de brasileiros da pobreza.

Estamos fazendo um grande esforço dentro da nossa casa, com a redução de todos os gastos possíveis, inclusive com o corte de 20% nas despesas com pessoal. E muito otimistas para fazer a nossa economia avançar, mesmo com a expectativa de pouco crescimento em 2015.

Para esta gestão, o governo prevê a realização de projetos que contemplem o setor terciário? Quais?

A realização de ações, programas e políticas que possam favorecer este importante setor de nossa economia sempre estará na pauta governamental. O nosso diferencial é que iremos avançar nos indicadores, contando com a massiva participação das entidades que representam e apoiam a atividade econômica para a construção de uma pauta efetiva, de diálogo e com foco em resultados de curto, médio e longo prazos.

desenvolvimento

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Contribuição Confederativa 2015

Além de defender os interesses dos

empresários, a Fecomércio MG oferece

muitos benefícios. Conheça alguns deles:

• Assessoria econômica

• Assessoria jurídica

• Assessoria em negócios internacionais

• Certificado de Origem

• Certificados Digitais

• Criação de sites e soluções web

• Linhas de financiamento

• Planos de saúde

A sua participação na Contribuição Confederativa é muito importante para um comércio cada vez mais forte.

FIQUE EM DIA ATÉ 31 DE MAIO

www.fecomerciomg.org.br/

contribuicaoconfederativa

A FECOMÉrCIO Mg TrAbALhA PArA FOrTALECEr O COMÉrCIO DE bEns, sErvIçOs E TUrIsMO.

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sindicatos

FERNANDA ALMADA

O Sistema de Excelência em Gestão Sin-dical (Segs), programa criado pela Confede-ração Nacional do Comércio de Bens, Ser-viços e Turismo (CNC), trouxe uma série de inovações para o ciclo 2015. As novidades, que privilegiam os resultados das entidades sindicais, foram apresentadas, em abril, às lideranças sindicais da Fecomércio MG pelo consultor da CNC, Leonardo Fonseca.

Desenvolvido para incentivar a excelên-cia na gestão de federações e sindicatos, o Segs capacita líderes e executivos sindicais para que tenham uma atuação mais eficaz em prol dos interesses das empresas que representam. “O programa é fundamental para profissionalizar os sindicatos e forta-

MARIANA MEDINA

Composta por entidades sindicais de dife-rentes níveis de abrangência, a estrutura do Sistema Confederativo de Representação Sin-dical do Comércio se assemelha a uma pirâ-mide e está prevista na Constituição Federal de 1988 (CF/88). “A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ocupa o topo da figura como maior órgão de representatividade dos setores no Brasil, seguido das federações e sindicatos das diferentes categorias econômicas”, expli-ca a advogada da Fecomércio MG Fernanda Vieira. De acordo com o respectivo nível de

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lecer cada vez mais sua representativida-de”, diz o presidente do Sistema Fecomér-cio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gonzaga.

As principais inovações deste ano têm o objetivo de apoiar as lideranças das en-tidades no alcance de melhores resultados. Para isso, foi desenvolvido um novo método de avaliação, baseado no modelo da Funda-ção Nacional de Qualidade (FNQ). No novo modelo “Construindo a excelência”, foi al-terado um dos critérios que mensura o nível de gestão, priorizando o foco em resultados. “Entre as novidades estão as autoavaliações e as avaliações de consenso, feitas por meio de um sistema informatizado, mais simples e objetivo, permitindo que os gestores fo-quem os indicadores essenciais para alcan-

EVOlUçãO DA GESTãO SINDICAl

A IMpORTâNCIA DO SISTEMA SINDICAl DO COMÉRCIO

çar a excelência”, explica a multiplicadora do Segs na Fecomércio MG, Nayara Alves.

As lideranças também terão a oportu-nidade de participar de capacitações a dis-tância. “Por meio dos treinamentos on-line seremos capazes de alinhar as práticas de gestão sindical entre todos os integrantes do Segs de forma rápida e eficaz”, ressalta Le-onardo Fonseca.

O consultor da CNC, Leonardo Fonseca, apresentou as novidades do Segs para as lideranças sindicais da Fecomércio MG

abrangência, cada entidade exerce funções previstas no artigo 8º da CF/88, estatutos e demais legislações específicas.

A função negocial confere poder aos sin-dicatos para celebrar Convenções Coletivas de Trabalho, nas quais são fixadas regras a serem aplicáveis nos contratos individuais de trabalho dos empregados. Já a assistencial é a finalidade conferida pela lei e respectivos estatutos às entidades sindicais para presta-ção de serviços aos seus representados, con-tribuindo para o desenvolvimento integral da comunidade.

A função de arrecadação é prerrogativa conferida em lei (CF/88 e Consolidação das

Leis do Trabalho) por meio da qual as enti-dades sindicais fixam as contribuições que deverão ser recolhidas pela respectiva catego-ria representada. E a de substituição trata-se da atribuição legal dada aos sindicatos para representar e defender os interesses da cate-goria perante as autoridades administrativas, bem como junto ao Poder Judiciário.

“Ao prever essas funções para o sindica-lismo, a Constituição protege o empresário por colocar à sua disposição uma estrutura não só com legitimidade suficiente para de-fender seus interesses, mas também com a obrigação de prestar-lhe serviços que forta-leçam o negócio”, afirma a advogada.

Indicadores prioritários a serem monitorados pelas federações e sindicatos:

• Associativismo;• Autossustentação;• Adimplência da Contribuição Sindical;• Imagem institucional da entidade ;• Ações de representação.

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O SONhO DE EMpREENDER

AFONSO MARIA ROCHADIRETOR-SUPERINTENDENTE DO SEBRAE MINAS

Durante muito tempo, trabalhar em uma empresa com carteira assinada era a única alternativa considerada segura pelos bra-sileiros que iniciavam a vida profissional. Sinal dos tempos, a realidade hoje é bem diferente. A última edição da pesquisa Glo-bal Entrepreneurship Monitor (GEM/2014) mostrou que ter o próprio negócio continua sendo o terceiro maior sonho do brasileiro – o primeiro é comprar a casa própria (42%) e, o segundo, viajar pelo país (32%). Mas, pela primeira vez, o número de pessoas que almejam se tornar seu próprio chefe (31%) é praticamente o dobro das que desejam fazer carreira numa empresa (16%).

A pesquisa GEM – realizada em 69 países, com 10 mil entrevistas no Brasil – mostrou ainda que a taxa total de empreendedorismo no país atingiu, no ano passado, o seu maior índice. Três em cada dez brasileiros adultos, entre 18 e 64 anos, possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um ne-gócio próprio. Em dez anos, essa taxa saltou de 23% (2004), para 34,5% (2014), metade correspondente aos empreendedores novos

(com menos de três anos e meio de atividade) e a outra metade, aos donos de negócios já estabelecidos há mais tempo.

Tivemos muitas mudanças nos últimos anos. A Lei Geral das Micro e Pequenas Em-presas, promulgada em 2006, favoreceu o ambiente legal e a inovação, além de faci-litar a participação das MPEs em licitações. Foi criada a figura jurídica do Empreendedor Individual, o que facilitou a formalização de negócios. O Supersimples passou por evolu-ções que permitiram reduzir a carga tributária de muitas empresas e ampliou a lista de ativi-dades que podem se enquadrar nesse sistema.

O nível educacional é outro fator impor-tante no novo cenário. Já podemos perceber, na faixa dos mais escolarizados, uma maior proporção de novos empresários movidos pela oportunidade. Abrir uma empresa dei-xou de ser uma aventura rumo ao desconhe-cido, para tornar-se uma ação planejada, com riscos calculados e bem avaliados.

O Sebrae Minas está empenhado em ofe-recer, a quem pretende abrir um negócio ou aos que já são empresários, todo o suporte

necessário para que tenham chances reais de sucesso no mercado. Muitos empreende-dores já se convenceram de que a educação e o conhecimento são fundamentais nessa jornada. Por isso, tornamos nossas capaci-tações cada vez mais adaptadas às necessi-dades dos micro e pequenos empresários.

Com base em dados da Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), traçamos um perfil dos donos de negócios no Brasil e lançamos um con-junto de soluções – Começar bem –, com atendimento presencial, oficinas e cursos para orientar e capacitar potenciais em-preendedores no planejamento do seu ne-gócio. O micro e pequeno empresário tem agora à sua disposição, um portfólio de ca-pacitações adequado às suas necessidades e estágios de evolução. O Sebrae continua de portas abertas para apresentar seus pro-dutos e serviços aos empreendedores, com o objetivo de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pe-quenos negócios.

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“ABRIR UMA EMPRESA DEIxOU DE SER UMA AVENTURA RUMO AO DESCONHECIDO, PARA TORNAR-SE UMA AçãO PLANEJADA.”

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396• 9

FERNANDA ALMADA

“O mercado dita para onde devemos ir.” A fala do presidente executivo da Fundação Dom Cabral, Wagner Furtado Veloso, traz um alerta para os empresários. Em entrevista ao Fecomércio Informativo, o líder da escola de negócios, classificada entre as 50 melhores do mundo pelo ranking de educação executiva do Financial Times em 2014, ressalta: “Os desafios estão dados, a realidade está posta. Portanto, precisamos focar a eficiência na gestão.” O executivo, que possui MBA pela Columbia University (Estados Unidos), também fala sobre custos, agilidade e competitividade das empresas. Confira.

Em um cenário econômico como o que estamos vivenciando, quais são os principais desafios a serem superados pelas empresas?

As empresas precisam fazer uma autoavaliação, olhar para seu interior e analisar se a sua estrutura está compatível com o cenário externo. É preciso, por exemplo, identificar se os custos estão adequados. É importante também que as organizações se preparem para ser dinâmicas, porque o mundo atual exige adaptabilidade e agilidade por parte delas. Isso é ser competitivo.

O que os empresários devem priorizar para alavancar seu negócio?

Os desafios estão dados, a realidade está posta. Portanto, precisamos focar a eficiência na gestão, buscando aumentar o valor competitivo da organização. Cada empresa precisa ter clara a sua estratégia de competitividade.

De que forma os empresários podem implementar uma cultura de inovação, tão importante para o sucesso de seus empreendimentos?

Inovação é uma das aliadas das empresas que buscam competitividade. Para isso, é preciso fundamentalmente trabalhar o capital intelectual da organização, motivando seus

EFICIêNCIA NA GESTãO

entrevista

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colaboradores para trilharem caminhos criativos e ideias inovadoras. Também é importante ler e ouvir o mercado para que se possa fazer diferente ou melhor do que já está sendo feito, como diz o especialista Peter Drucker.

O que as lideranças podem fazer para motivar seus colaboradores a contribuir de forma eficaz com os resultados da organização?

Primeiramente é necessário trazer o colaborador de todas as áreas e níveis hierárquicos para participar na elaboração das estratégias da organização. As pessoas se sentem engajadas e mobilizadas para algo que elas ajudaram a construir. E isso faz muita diferença em cenários desafiantes e de crise. É fundamental também que haja transparência da alta direção com relação à situação da organização e do mercado. A confiança é um elo importante na organização e sem transparência é inviável construir relações confiáveis.

Que dicas o senhor daria para os empresários do comércio de bens, serviços e turismo para que possam aproveitar as oportunidades e eliminar as barreiras ao crescimento?

Eles devem estar atentos à evolução do cenário e aptos a tomarem medidas com agilidade. Os empresários precisam ser altamente responsivos, especialmente, nos dias de hoje. O mercado é que dita para onde devemos ir. E é por isso que a gestão precisa ser priorizada, para a empresa ganhar eficiência e ser competitiva.

prEsidEntE ExEcutivo da fundação dom cabral mostra quE adaptabilidadE E inovação podEm fazEr a difErEnça Em cEnários dE crisE

“OS EMPRESÁRIOS PRECISAM SER ALTAMENTE RESPONSIVOS.”

“A gestão precisa ser priorizada”, diz o presidente executivo da Fundação Dom Cabral, Wagner Veloso

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negócios0 80 0 570 0800 | SEBRAE

Apoio técnico RealizaçãoApoio institucional

I N S C R I Ç Õ E S D E 1 / 0 4 A 3 1 / 0 7/ 1 5

O P R Ê M I O M P E B R A S I L É U M A G R A N D E O P O R T U N I D A D E PA R A V O C Ê E PA R A S E U N EG Ó C I O .

A P Ó S R E S P O N D E R A O Q U E S T I O N Á R I O D E A U TO AVA L I A Ç Ã O, O S PA R T I C I PA N T E S R EC E B E M

C O M O R E TO R N O U M A A N Á L I S E D E G E S TÃ O, G R AT U I TA , Q U E A P O N TA A S O P O R T U N I D A D E S

D E M E L H O R I A E S U G E R E C A M I N H O S PA R A TO R N A R S U A E M P R E S A M A I S C O M P E T I T I VA .

A C E S S E P R E M I O M P E . S E B R A E . C O M . B R E PA R T I C I P E . 2015

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marketing

TENDêNCIAS DE MARkETING pARA SUA EMpRESALUIz H.B. SILVAESPECIALISTA EM MARkETINg

Os consumidores estão mudando, cada vez mais, a forma com que buscam as infor-mações sobre produtos e serviços, a manei-ra como tomam as decisões de compra e o jeito com que compartilham as experiências no pós-venda. Um estudo do Google, deno-minado Momento Zero da Verdade, aponta a internet como fator determinante nas atuali-zações desses processos de consumo. Dessa forma, os canais digitais despontam-se como meios de extrema relevância no planejamen-to de marketing das empresas de pequeno, médio e grande porte, dos mais variados segmentos de atuação.

Nesse novo cenário mercadológico com forte apelo digital, saber quais são as oportunidades de marketing para os próximos anos é um diferencial competitivo para obter melhores resultados frente aos concorrentes. Além disso, em tempos de re-cessão econômica, investir corretamente a verba nas melhores estratégias se torna vital para o bom funcionamento de qualquer empresa.

Entre as tendências para os próximos anos, podemos citar o Content Marketing, ou Marketing de Conteúdo, como uma das estratégias mais importantes. Ela tem como meta entregar conteúdo de alta qualidade para o público-alvo, com o intuito de me-lhorar e aumentar o consumo, o engajamento on-line, a geração de leads (contatos quali-ficados), as vendas, a fidelização dos consu-midores, a reputação e a imagem empresa-rial. Como orientação, o conteúdo deve ser bem escrito, ter relevância e estar de acordo com os objetivos estabelecidos, suprir uma dúvida ou um problema do cliente e não deve ter caráter promocional.

Já as estratégias de Mobile Marketing não são apenas tendências, mas realidade em muitos segmentos em que esses dispo-sitivos, principalmente os smartphones e tablets, são responsáveis por mais acessos, interações e conversões, se compararmos com outros equipamentos como os note-books e desktops. De acordo com a revista Forbes, em 2017, 87% das vendas de dis-positivos com conexão à internet serão de smartphones e tablets. Por isso não basta

ter aplicativos móveis e um site responsivo (que se ajuste ao tamanho de diversas telas); também é preciso levar em conta a otimiza-ção do conteúdo, de acordo com os novos padrões de consumo por meio desses equi-pamentos.

Além disso, as vendas no comércio eletrô-nico brasileiro cresceram consideravelmente nos últimos anos, e a previsão futura não é diferente. Segundo o relatório Webshoppers da Ebit, a expectativa é que o e-commerce gere 122,9 milhões de pedidos on-line em 2015, com movimentação de R$43 bilhões em bens de consumo, o que representaria cerca de 20% de crescimento em relação a 2014. O amadurecimento desse mercado traz mais confiança ao consumidor brasileiro, que tem incorporado as compras pela inter-net ao seu dia a dia. Por isso, é muito impor-tante que os empresários se preparem para atender melhor e aumentar os seus lucros nos meios digitais.

“SABER QUAIS SãO AS OPORTUNIDADES DE MARkETINg PARA OS PRóxIMOS ANOS É UM DIFERENCIAL COMPETITIVO PARA OBTER MELHORES RESULTADOS FRENTE AOS CONCORRENTES. ”

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Fonte: Webshoppers/ Ebit 2015

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Quais as implicações de se contratar um profissional da contabilidade ou um escri-tório que esteja em débito com o Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG)? Aparentemente, o assunto não diz respeito ao empresariado. Mas o que poucos sabem é que o contador inadimplen-te está exercendo irregularmente a profis-são, tanto que fica impossibilitado de emitir a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore), documento con-tábil destinado a provar as informações so-bre percepção de rendimentos em favor de pessoas físicas.

De acordo com o Decreto Lei n.º 9.295/1946, artigo 12, somente poderão exercer a profissão os profissionais devida-

O dia do Profissional da Contabilidade é comemorado em 25 de abril. A categoria, formada por mais de 500 mil profissionais, tem muito o que comemorar. Mudanças im-portantes ocorreram no mercado contábil nos últimos anos, a começar pelo papel dos trabalhadores da área, que lutam para dar mais transparência aos balanços contábeis e apoiam o combate à corrupção.

No Brasil, segundo o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), os contadores e técnicos deixaram de ser coadjuvantes e tornaram-se fundamentais, não só para as empresas que atuam, mas também para a sociedade. Prova recente foi a entrada da categoria no trâmite eleitoral brasileiro. Toda a prestação de contas de candidatos, comitês financeiros e partidos políticos passou a ter a assinatura de um pro-fissional da área.

A convergência da contabilidade brasi-leira aos padrões internacionais (IFRS, na

CRCMG EM CAMpANhA CONTRA O ExERCíCIO IlEGAl DA CONTAbIlIDADE

ClASSE CONTábIl REFORçA pApEl DE pROTEçãO à SOCIEDADE

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mente habilitados, registrados no Conselho Regional de Contabilidade. Preocupado em orientar a sociedade e garantir o cumprimen-to da legislação, o CRCMG criou a campa-nha Fique em Dia na Vida e na Profissão, que será veiculada até o final de junho em todo o Estado de Minas Gerais.

Com foco nos profissionais da contabi-lidade, estudantes de ciências contábeis e empresários, a campanha sugere uma pau-sa na rotina atribulada para refletir sobre a importância de se manter em dia com ativi-dades cotidianas importantes, como a vida em família, os planos pessoais e a vida pro-fissional.

O empresariado também é chamado à re-flexão. Ao exigir que o contador ou escri-

sigla em inglês), ocorrida nos últimos anos, também abriu novos campos de trabalho e fortaleceu o papel do profissional nas orga-nizações. Há até pouco tempo, o Brasil não tinha um padrão de contabilidade pública, o que começou a mudar com a implantação, em 2010, de normas aplicadas a esse setor.

Segundo a Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais (Fecon/MG), mais do que proteção às posses e aos bens, a contabilidade precisa ser encarada como uma

tório de contabilidade que atende a sua em-presa esteja regularizado com o Conselho da categoria, o empresário está se preocupando com a saúde fiscal do próprio negócio, ga-rantindo a segurança dos procedimentos.

O profissional em situação regular tam-bém é um contador mais capacitado, apto a participar dos programas de educação conti-nuada, mantendo-se sempre atualizado com as mudanças e novidades na legislação tri-butária, que afetam diretamente os negócios.

Por isso, o CRCMG orienta os empresá-rios a se informarem sobre as condições do contador que atende a empresa, no portal do Conselho: www.crcmg.org.br. Havendo irre-gularidades, exija que seu contador fique em dia com a profissão.

profissão que tem como objetivo proteger a sociedade.

E o número de profissionais na área tende a aumentar. Segundo o Ministério da Educa-ção (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o curso de ciências contábeis ficou entre os mais procu-rados pelos estudantes de graduação em 2014, ocupando a quarta colocação no ranking, com 328.031 futuros profissionais, evidenciando o quão promissora é a carreira contábil no país.

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gestão

MARkETING ESTRATÉGICO pARA O SETOR DE SERVIçOS

CRISTIANO MOREIRACOORDENADOR CORPORATIVO DA ÁREA COMERCIAL DA FECOMÉRCIO Mg

O setor de serviços já responde pela maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasilei-ro, representando 68,5% do total produzido e gerando US$ 38,1 bilhões. No mundo, o Brasil ocupa a 29ª posição no ranking dos principais exportadores, com 0,9% do total das transações mundiais de serviços, segundo o Brasil Export.

Assim como a definição do mix de marke-ting (os “4Ps”: produto, preço, praça e pro-moção) é essencial para o posicionamento de mercado do comércio de bens tangíveis, a gestão de empresas fornecedoras de serviços exige ferramentas diferenciadas para men-surar as atividades, o controle dos processos de forma eficiente, a criação de valor para o cliente e a consequente permanência no mer-cado. Produtos como roupas, automóveis, fast-food, joias e alimentos possuem tangibili-dade dominante. Já os serviços de consultoria empresarial, transportes e contabilidade são essencialmente intangíveis. Para o setor de serviços, os “4Ps” ganham uma nova dimen-são com características intrínsecas às ativida-des, a considerar: inseparabilidade, intangibi-lidade, variabilidade e perecibilidade. Vamos analisar adiante cada uma delas.

Um serviço que segue a premissa de inse-parabilidade requer a presença do fornecedor junto ao cliente, e refere-se a todos os agen-tes humanos que desempenham um papel no processo de execução. De modo geral, são pro-duzidos e consumidos ao mesmo tempo. Para aperfeiçoar o serviço e gerar escala, o prestador pode atender a grupos maiores simultaneamen-te, trabalhar mais rápido para diminuir o tempo

médio por cliente e criar soluções para o atendi-mento responsivo. Podemos citar como exem-plos o autoatendimento nos bancos, o agenda-mento on-line em sites, compras pela internet, entre outros.

Ao contrário dos bens, os serviços não po-dem ser vistos ou analisados por nenhum senti-do antes de serem adquiridos, ou seja, seguem essencialmente o conceito de intangibilidade. Para diminuir essa ausência de percepção, po-dem ser evidenciadas características que gerem provas físicas e apresentações da empresa e do que o serviço propõe. Demonstrações como instalações, pessoas bem treinadas, equipamen-tos, materiais de divulgação (flyers, anúncios), símbolos e preços geram comunicação com o consumidor e tangibilizam qualquer serviço. Exemplos como o site de uma empresa de con-sultoria, apólices de seguro e instalações de fa-culdades retratam essa característica.

Mais um quesito que deve ser observado é a variabilidade. Na gestão de empresas de serviços, “processos” é palavra-chave. Padro-nizar a execução, assim como diminuir os ris-cos e as incertezas de variação de atendimento entre clientes, é primordial. Para isso, crie e compartilhe procedimentos, mecanismos e o roteiro efetivo das atividades por meio das quais o serviço é executado. Invista, portanto, em manuais, treinamentos e políticas internas.

Outro conceito do setor de serviços é a pe-recibilidade, que também deve ser considerada com atenção pelos empresários. Todo serviço é perdido para sempre se não for prestado no momento da procura, uma vez que não pode

“EMPRESAS DE SERVIçOS ExIgEM FERRAMENTAS DIFERENCIADAS”.

ser “estocado”. São estratégias para controlar a oscilação de demandas: levantamento de es-timativas, sistemas de reservas, realização de promoções, manutenção de rotinas de eficiên-cia para horários de pico, contratação de tra-balhadores em meio horário e outras atitudes. Segmentos como hotéis, companhias aéreas e restaurantes são atividades que exigem o mo-nitoramento constante dessa característica.

Em suma, a gestão de serviços exige uma abordagem diferente do marketing destina-do a produtos. Pense nos principais serviços da sua empresa ou aqueles vinculados à co-mercialização de alguns produtos, se são de baixo ou alto contato com os clientes. Po-tencialize as qualidades valorizadas, como confiabilidade, conveniência, credibilidade e empatia. Reduza os riscos funcionais, fi-nanceiros, sensoriais e temporais, inerentes às atividades. As características aqui citadas são desafiadoras para qualquer gestor, e a evolução delas retrata o desenvolvimento de mercados por consumidores mais exigentes e bem informados, além de empresas que buscam diferenciação e vantagens compe-titivas.

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www.fecomerciomg.org.br

A FECOMÉRCIO MG DISPONIBILIZA LINHAS DE CRÉDITO COM AS MELHORES TAXAS DO MERCADO PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS.

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MARIANA MEDINA

Em 2014, Belo Horizonte não só ganhou os títulos de “Capital do Futebol Brasileiro” e “Capital Brasileira da Hora do Planeta”, como também foi a cidade que registrou a maior evolução no quesito “Atrativos Tu-rísticos” no Índice de Competitividade do Turismo Nacional. O estudo, elaborado pelo Ministério do Turismo em parceria com o Se-brae e a Fundação Getúlio Vargas, é uma im-portante referência que comprova os avanços do setor no município, que já definiu planos de trabalho na área para os próximos cin-co anos. Até 2020, a capital mineira deverá concentrar esforços no desenvolvimento do turismo de eventos para se posicionar como “Capital da Inovação”.

“O turismo de negócios e eventos é um dos programas em destaque no nosso Plano de Marketing. Seu objetivo principal é or-ganizar a cadeia produtiva desse segmento, visando aumentar o número de eventos cap-tados e realizados na cidade”, afirma o pre-sidente da Empresa Municipal de Turismo (Belotur), Mauro Werkema. “O turismo de eventos é o ´filé mignon´ da sazonalidade, representando 27% da movimentação de re-ceitas oriundas do turismo no Brasil. O pú-blico de negócios gasta cinco vezes mais do que outros turistas e nós estamos melhorando a mobilidade e a oferta de serviços na cidade para recebê-lo”, diz.

No intuito de fortalecer a infraestrutura de captação de eventos para BH, a Belotur já adotou algumas medidas, como se filiar à Organização Mundial do Turismo e à Asso-ciação Internacional de Congressos e Con-venções (ICCA, na sigla em inglês). “Ainda neste primeiro semestre, estamos promoven-do Belo Horizonte nos mercados dos Estados Unidos e da Argentina, e criando um grupo executivo especificamente dedicado à capta-ção de eventos”, informa.

CAPITAL DA INOVAçãOA chamada “economia criativa” cumpriu

papel importante na redefinição de posi-

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bElOTUR ApOSTA EM TURISMO DE EVENTOS pARA AlAVANCAR O SETOR NA CApITAl ATÉ 2020

para o prEsidEntE da EntidadE, bH tEm vocação natural para a inovação

cionamento de BH para os próximos cin-co anos, período em que a Belotur espera que a cidade seja reconhecida nacional e internacionalmente como “Capital da Ino-vação”. “A capital tem vocação natural para a inovação, concentrando importantes po-los de economia criativa nas áreas de moda, gastronomia, medicina e tecnologia da in-formação. Daí a escolha desse slogan que sintetiza as características que nos diferen-ciam e traçam a nossa identidade para todos os segmentos e mercados”, explica.

Apesar de reconhecer que o momento econômico não favorece a expansão do tu-

rismo, o presidente acredita em boas pers-pectivas para o setor nos próximos cinco anos. “A crise também é a hora da opor-tunidade. É o momento de repensar ações e demandas, reorganizar, requalificar e pla-nejar projetos para o futuro. Sou otimista em relação a Belo Horizonte. Não temos o mar, mas possuímos posição geográfica privilegiada, economia criativa e vocação clara para o turismo de eventos e negócios. Aqui é muito mais barato fazer eventos do que em São Paulo e no Rio de Janeiro. E a cidade está melhorando na locomoção e oferta de serviços.”

A praça da Liberdade é um dos cartões-postais de Belo Horizonte

1. Orientação técnica e participa-tiva nos projetos e ações de turismo do Sistema Fecomércio MG (tais como realização de pesquisas, pales-tras e workshops, pareceres técnicos, entre outros);

2. Atuação conjunta com os par-ceiros Sesc e Senac enquanto legí-tima representante do comércio de bens, serviços e turismo;

3. Apoio aos sindicatos em ações

Conheça ações da Fecomércio MG em prol do setor de turismo no Estado:

voltadas para o desenvolvimento do turismo local;

4. Representação da Fecomércio em eventos, colegiados e trades tu-rísticos.

Veja outras iniciativas em:www.fecomerciomg.org.br

SAIBA MAIS

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16 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396

IzABELA VENTURA

O ministro do Trabalho e Emprego, Ma-noel Dias, reuniu-se, em abril, com diretores e o presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz Gon-zaga. Foram debatidos temas pertinentes à economia e ao setor terciário de Minas Ge-rais no contexto nacional. Na ocasião, foi assinado um convênio de cooperação técni-ca firmado entre o Sesc, representado pelo diretor regional, Rodrigo Penido Duarte, e o Ministério do Trabalho e Emprego de Minas Gerais.

Segundo o presidente do Sistema, Lázaro Luiz Gonzaga, o encontro foi de extrema im-portância, pois o alinhamento entre as esferas públicas de poder e as entidades representa-tivas do empresariado é fundamental para o desenvolvimento da economia de Minas e do Brasil. O ministro reforçou tal premissa, res-saltando que a geração e o aperfeiçoamento da qualidade do emprego no Brasil é um de-safio. “Precisamos estabelecer parcerias para ter competitividade mundial, por meio da

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jurídico

MINISTRO DO TRAbAlhO E EMpREGO VISITA A FECOMÉRCIO MG

RECUpERAçãO jUDICIAl É DESTAQUE EM CONGRESSO INTERNACIONAl

manoEl dias dEbatEu tEmas importantEs para a Economia nacional E o sEtor tErciário dE minas gErais

qualidade. O Brasil não será uma potência se não preparar as novas gerações para competi-rem num mercado dominado pela inovação e tecnologia”, afirmou Dias.

O ministro destacou ainda os avanços nos diálogos nas mesas de negociação conquis-tados pelo Ministério, o que tem agilizado as demandas e promovido uma mudança de cultura entre empregadores e empregados. “A soma entre capital e trabalho é o que pro-duz a riqueza de um país”, salientou.

Além dessa conquista, a assessora jurí-dica da Presidência da Fecomércio MG, Ta-cianny Machado, parabenizou o ministério pelos Grupos de Trabalho Tripartite, fato que propicia o diálogo entre empregadores, empregados e governo. Ela informou que a Fecomércio MG está acompanhando com grande atenção a implantação do eSocial, pois o sistema implicará a reformulação de processos internos das empresas, como al-teração do sistema de gestão, treinamento de pessoal e contratação de recursos huma-nos, o que gera custo operacional dos em-preendimentos.

Em visita à Fecomércio MG, o ministro Manoel Dias assinou convênio de cooperação técnica

Gerais e proporcionar à comunidade local di-reta e indiretamente interessada, a oportuni-dade de se atualizar nessas questões”, expli-cou o sócio do Jasa, José Anchieta da Silva.

Para o advogado, a recuperação judicial é uma das questões que norteiam o atual cená-rio da economia brasileira, e é um dos desafios apresentados pela legislação específica da área, que tem apenas dez anos no Brasil. “A Lei Bra-sileira de Falências e de Recuperação de Em-presas é muito nova e a ação de recuperação judicial é onerosa e invasiva. Em um cenário de crise, a relevância desses assuntos é ainda maior para os empresários.”

O Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac foi um dos patrocinadores do evento, e o pre-sidente, Lázaro Luiz Gonzaga, comandou um dos painéis de discussões. A palestra inicial abordou o tema “Os contratos empresariais no curso da recuperação judicial”, sob a vi-são do professor da Universidade de Lisboa, Antonio Menezes Cordeiro. A realização do congresso também teve o apoio especial do Instituto dos Advogados de Minas Gerais (Iamg), da Academia Mineira de Letras Ju-rídicas e de outras instituições jurídicas e empresariais, como o Instituto Brasileiro de Estudos de Recuperação de Empresas.

MARIANA MEDINA

Importante medida para evitar a falência de empresas, a recuperação judicial foi o tema de maior destaque nos debates do primeiro Con-gresso Jurídico Internacional de Direito Empre-sarial Moderno, realizado em Belo Horizonte nos dias 12 e 13 de março, por iniciativa do es-critório José Anchieta da Silva Advocacia (Jasa). “Os grandes centros do Brasil, como Rio de Ja-neiro, São Paulo e Brasília, já têm o hábito de discutir as rápidas transformações que ocorrem na legislação empresarial internacional. Por isso quisemos trazer essa experiência para Minas

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economia

COMpORTAMENTO DO COMÉRCIO NO pRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2015LUANA OLIVEIRASUPERVISORA DE ESTUDOS ECONôMICOS DA FECOMÉRCIO Mg

O cenário econômico de 2015 é uma con-sequência do processo de crescimento, estimu-lado quase exclusivamente via consumo. Os baixos resultados começaram a aparecer ainda em 2013, quando o volume de vendas do co-mércio varejista restrito em âmbito nacional foi de 4,3%, e se agravaram neste ano. Para tentar reverter esse quadro, logo no início de 2015 houve uma reorientação da política fiscal e mo-netária em busca da solidez de pilares econô-micos responsáveis por criar um ambiente que reduzisse os riscos de investimentos e, assim, promovesse melhores resultados em 2016.

A política via consumo trouxe bons re-sultados para o comércio, a exemplo do ano de 2010, quando o varejo cresceu 10,9%, estimulado pela redução de alguns impostos e isenção de outros, somado ao aumento do consumo das famílias. Porém, essa política não se sustentou, principalmente porque não foi acompanhada de investimentos. Assim, o empresário do comércio de bens, serviços e turismo começou a vender menos do que em períodos anteriores.

Dados divulgados pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril retratam essa tendência de queda no

comércio, uma vez que o volume de vendas varejistas no país em fevereiro para as séries sem ajustes reduziu 3,1%, sobre igual mês de 2014, acumulando -1,2% no ano e -0,9% nos últimos 12 meses. Para Minas Gerais, o volume de vendas sem ajuste variou -5,2% em relação ao mesmo período do ano ante-rior, acumulando -2,6% no ano e 1,1% nos últimos 12 meses.

A área de Estudos Econômicos da Feco-mércio MG realiza mensalmente uma análise do comércio de Belo Horizonte, e os dados do primeiro quadrimestre de 2015 mostram uma perda média de 24,8% no volume de vendas. Mesmo realizando promoções, investindo em vitrines atraentes e oferecendo descontos para atrair os consumidores, o empresariado da capital mineira amargou sucessivas que-das em seu faturamento nos primeiros quatro meses do ano. Contudo, os empresários estão se mostrando atentos a essa realidade.

Entre eles, 58,6% estão conseguindo man-ter o nível dos estoques no volume ideal: 1,2 ponto percentual acima do primeiro quadri-mestre de 2014.

Isso se deve principalmente ao fato de es-ses empresários terem reduzido o número de

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“ESTIMA-SE UM REAQUECIMENTO DA ECONOMIA, MESMO QUE EM RITMO MAIS LENTO, APENAS EM 2016.”

pedidos para seus fornecedores, já que as ven-das estão aquém dos anos anteriores. Porém, mesmo com o volume de pedidos dentro da atual realidade econômica, os empresários de BH estão perdendo volume de vendas.

Um fator que influencia diretamente os negócios do comércio é o poder de compra do consumidor, que vem caindo com os au-mentos dos impostos e das contas de água e energia, além da inflação alta. Isso faz com que a confiança da população na economia diminua, tornando-a mais cautelosa na hora de comprar. A renda das famílias também passa a ficar mais comprometida, pois são priorizados os gastos essenciais e produtos de menor valor.

Esse cenário de ajustes e incertezas na eco-nomia afeta toda a cadeia do empresariado do setor terciário. Por isso, é importante que as empresas estejam atentas para minimizar o im-pacto entre o volume esperado das vendas e o realizado, pois estima-se um reaquecimento da economia, mesmo que em ritmo mais lento, apenas em 2016.

SAIBA MAIS

Acesse as pesquisas da área de Estu-dos Econômicos da Fecomércio MG em: www.fecomerciomg.org.br.

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notas emPresariais

índices econÔmicos

COMO ATUALIZAR SUA DÍVIDA PELO INPC: FEVEREIRO/2014

Mês/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

JANEIRO 1,55377079 1,45919390 1,40153765 1,31642793 1,24097780 1,16855337 1,10697602 1,04207291

FEVEREIRO 1,54312324 1,44991445 1,38931171 1,30416875 1,23468092 1,15790069 1,10004573 1,02687516

MARÇO 1,53575163 1,44543360 1,37965413 1,29716406 1,22988437 1,15191075 1,09305021 1,01510000

ABRIL 1,52795904 1,44254851 1,36992764 1,28865891 1,22767456 1,14504051 1,08416010 1,00000000

MAIO 1,51824229 1,43465789 1,35999965 1,27944689 1,21986741 1,13832439 1,07576910 _

JUNHO 1,50380576 1,42610128 1,35417669 1,27219538 1,21319484 1,13435415 1,06935298 _

JULHO 1,49024453 1,42013671 1,35566792 1,26940269 1,21004871 1,13118683 1,06657987 _

AGOSTO 1,48165096 1,41687789 1,35661755 1,26940269 1,20486778 1,13265929 1,06519512 _

SETEMBRO 1,47854601 1,41574529 1,35756785 1,26409350 1,19947016 1,13084993 1,06328121 _

OUTUBRO 1,47633151 1,41348372 1,35027636 1,25843056 1,19196081 1,12780485 1,05809654 _

NOVEMBRO 1,46898658 1,41009948 1,33796706 1,25441643 1,18355755 1,12096696 1,05409099 _

DEZEMBRO 1,46342556 1,40490134 1,32432650 1,24730678 1,17720067 1,11494625 1,04853376 _

Fonte: IBGE - Elaboração: Fecomércio MG | Estudos Econômicos Como atualizar:1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2005. 2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/05 é 1,7646343. 3) R$ 200,00 vezes 1,7646343 = R$ 352,93 que é o valor em 01/04/2015.

Fonte: FGV, IBGE, IPEADElaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

* Nova Poupança (MP 567/2012)Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

A CNA, rede de escolas de idiomas, já conta com 50 unidades em Minas Gerais e ainda prevê muitas oportu-nidades na capital e no interior, fa-zendo com que o Estado seja um de seus principais mercados. Neste ano, a empresa já inaugurou sete unidades e tem expectativa de que outras duas sejam abertas, no segundo semestre, em Caratinga e Uberaba.

O WALMART vai investir R$ 150 milhões na expansão da plataforma logística de e-commerce em Minas Gerais. O investimento contempla a construção de um novo Centro de Distribuição em Betim, além das in-versões em tecnologia e mercadorias nos CDs em operação na mesma ci-dade e em Vespasiano. A expectativa é que o empreendimento de 65 mil metros quadrados inicie suas opera-ções em 2016 e utilize plena capaci-dade em 2017.

O CENTRO OFTALMOLógICO DE MINAS gERAIS, empresa com sede em Belo Horizonte, está perto de concluir um ciclo de investimento iniciado em 2011 e estimado em R$ 22 milhões. O montante foi direcio-nado para a construção de sua segun-da unidade, instalada no bairro Santo Agostinho, e uma reforma geral da matriz, prevista para ser concluída no final deste ano.

A AçãO CONTACT CENTER, empre-sa mineira especializada em recupe-ração de crédito, pretende expandir suas operações com a abertura da terceira unidade em Belo Horizon-te. O empreendimento vai gerar 700 empregos diretos em um primeiro momento, podendo chegar aos qua-tro mil a médio prazo. O aporte acon-tece no cenário de forte expansão da demanda por telecobrança, uma vez que há um aumento da inadimplên-cia no país.

POUPANÇA / TR / SALáRIO / SELIC

2014 2015

JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI

POUPANÇA (*) 0,5467 0,6059 0,5605 0,5877 0,6043 0,5485 0,6058 0,5882 0,5169 0,6302 0,6079

TR 0,1054 0,0602 0,0873 0,1038 0,0483 0,1053 0,0878 0,0168 0,1296 0,1074 -

SALáRIO MÍNIMO (R$) 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 724,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00

SELIC (%) 0,9487 0,8660 0,9073 0,9505 0,8425 0,9613 0,9351 0,8224 1,0400 - -

ÍNDICES DE PREÇO %

ÍNDICES%2014 2015

Acumulado12 meses (1)

MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR

IGP-DI (FGV) -0,45 -0,63 -0,55 0,06 0,02 0,59 1,14 0,38 0,67 0,53 1,21 - 3,46

INCC-DI (FGV) 2,05 0,66 0,75 0,08 0,15 0,17 0,44 0,08 0,92 0,31 0,62 - 7,34

IGP-M (FGV) -0,13 -0,74 -0,61 -0,27 0,20 0,28 0,98 0,62 0,76 0,27 0,98 1,17 3,55

INPC (IBGE) 0,60 0,26 0,13 0,18 0,49 0,38 0,53 0,62 1,48 1,16 1,51 - 8,42

IPCA (IBGE) 0,46 0,40 0,01 0,25 0,57 0,42 0,51 0,78 1,24 1,22 1,32 - 8,13

IPCA (IPEAD) 0,64 0,20 0,01 0,18 0,46 0,41 0,77 0,59 2,23 0,57 1,25 - 8,53

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Page 19: Ed.396 - ABR/MAI/JUN/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396• 19

jurídico

Fonte: IBGE - Elaboração: Fecomércio MG | Estudos Econômicos Como atualizar:1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2005. 2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/05 é 1,7646343. 3) R$ 200,00 vezes 1,7646343 = R$ 352,93 que é o valor em 01/04/2015.

1Preços e condições obtidos pela negociação coletiva da Qualicorp com as operadoras de saúde parceiras. ²De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora de saúde escolhida e do plano contratado. Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Abril/2015.

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20 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396

fiQue Por dentro

SAlDO NEGATIVO NA bAlANçA COMERCIAl

INSTITUIçõES DE DESTAQUE pARA O COMÉRCIO INTERNACIONAl

vocÊ sabia?

No ambiente internacional existem institui-ções que possuem papéis de intermediar, fisca-lizar, regulamentar e promover a cooperação entre os países. Em relação ao comércio inter-nacional, destacam-se três instituições especí-ficas: General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Conheça:

General Agreement on Tariffs and Trade (GATT):

O GATT foi criado em 1947, como a orga-nização responsável pelas negociações e deli-berações do sistema de comércio multilateral internacional. A instituição foi substituída pela OMC após as rodadas de negociações do Uru-guai e atualmente o papel do GATT concentra--se na responsabilidade do Conselho Comercial

(Goods Council), que é constituído por países membros da OMC. O Conselho possui dez co-mitês, cada um relativo a um assunto comercial específico, como agricultura, acesso a merca-dos, medidas anti-dumping e outros.

World Trade Organization (WTO) - Orga-nização Mundial do Comércio (OMC):

A Organização Mundial do Comércio (OMC) – World Trade Organization (WTO), na sigla em inglês – é fruto das negociações da rodada do Uru-guai, tratadas de 1986 a 1994, e do GATT. Nessa ocasião o objetivo era discutir as barreiras técnicas do comércio entre os países. A OMC é a única ins-tituição global que lida com as regras de comércio entre as nações. No coração da entidade estão os acordos da OMC, negociados e assinados pelos signatários da Organização, e ratificados nos par-lamentos de cada país. O objetivo da instituição é

ajudar produtores de bens, serviços, exportadores e importadores a conduzir seus negócios.

International Monetary Fund (IMF) - Fundo Monetário Internacional (FMI):

O FMI é uma organização criada em 1945, composta por 188 países. Ela trabalha global-mente para promover a cooperação monetária, estabilidade da segurança financeira, facilitar o comércio internacional, buscar o crescimento econômico sustentável e reduzir a pobreza no mundo.

Ban

co d

e im

agen

s

Segundo o Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial brasileira no acumulado

analisado em abril registrou saldo negati-vo de US$ 50 milhões. O valor auferido é resultado da diferença entre as transações

de exportações, que atingiram a quantia de US$ 11,884 bilhões, e das importações, que somam o valor de US$ 11,934 bilhões.

Esse resultado é fruto da queda de expor-tações de alguns produtos básicos da pauta brasileira, como minério de ferro, soja em grão, farelo de soja, carne suína, entre ou-tros. Houve decréscimo ainda das vendas ao exterior de produtos semimanufaturados, como açúcar bruto, ouro em forma semima-nufaturada, óleo de soja e ferro-ligas. Com relação aos manufaturados, a queda se apre-sentou na redução de exportação de açúcar refinado, automóveis, motores e geradores, e outros. Referente ao desempenho anual do comércio exterior brasileiro, até a quarta semana do mês de abril, os valores atingi-dos pelas exportações foram de US$ 54,659 bilhões, e as importações de US$ 60,266 bilhões, o que reflete o saldo deficitário de US$ 5,607 bilhões. A corrente do comércio anual é de US$ 114,925 bilhões.

Ban

co d

e im

agen

s

Page 21: Ed.396 - ABR/MAI/JUN/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396• 21

comércio exterior

O CâMbIO E O COMÉRCIO INTERNACIONAl

É certeza que as variações cambiais sofridas pelos países afetam políticas e a estrutura comer-cial dos mesmos. Os efeitos das alterações cam-biais são diversos, trazem impactos domésticos sobre a inflação, podem comprometer o cresci-mento e a renda dos Estados e, consequentemen-te, afetam o desempenho do comércio internacio-nal. Como reação a esses impactos, muitos países adotam medidas com o intuito de garantir o forta-lecimento, a proteção de seus parques nacionais e a defesa de seus interesses.

O desalinhamento cambial é fator responsá-vel por fazer com que os governos tomem medi-das que muitas vezes podem comprometer a efi-cácia do comércio internacional. Por exemplo, a desvalorização de uma moeda, caso vivido pelo real atualmente, se traduz em políticas que in-centivam as atividades de exportações, e restrin-gem importações. Ou seja, sempre que houver efeitos relativos às mudanças cambiais os países reagirão para amenizar os impactos das mes-mas, a fim de não comprometer suas respectivas políticas de comércio.

Toda essa discussão nos leva a questionar a

Feco

mér

cio

MG

NAIARA SERPAANALISTA DE NEgóCIOS INTERNACIONAIS DA FECOMÉRCIO Mg

CUrsOs COMEX 2º sEMEsTrE DE 2015

13/08: Fundamentos de Comércio Exterior + Fundamentos

de Câmbio Financeiro

10/09: habilitação no radar

09, 16, 23 e 30/10: Analista de Comércio Exterior

05/11: Como importar da China

03/12: siscoserv

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real eficácia de alguns princípios estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e o General Agreement on Tariffs and Trade (GATT), órgãos responsáveis pelas deliberações do comércio entre as nações. Os efeitos oriundos do desalinhamento cambial podem comprome-ter os princípios básicos das regras de comércio estabelecidas por esses órgãos e já aceitas junto aos países. Existem riscos à execução das normas, uma vez que o controle das atividades relativas ao câmbio pode comprometer toda a discussão, as ferramentas e medidas que já existem para regu-lar o mercado. Esse risco é ainda maior, posto que não é papel do GATT e da OMC a responsabili-dade de controle do câmbio. Essa tarefa cabe ao Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição que não é dotada de poderes regulatórios, como no caso dos outros dois órgãos citados, que pos-suem mecanismos de fiscalização, julgamento e punição aos acusados de transgressão às políticas comerciais internacionais.

Em uma análise feita pelo Instituto de Pes-quisa Econômica Aplicada (Ipea), constata-se, por exemplo, que as tarifas (um dos instrumen-

tos utilizados na proteção comercial) têm seus efeitos anulados devido às alterações do câm-bio. Isso compromete todo o esforço de nego-ciações durante anos, relativo às concessões, abertura comercial, mecanismos de defesa e outros recursos dos países signatários da OMC.

O alto grau de influência que as alterações cambiais podem causar não se restringe apenas aos efeitos que impactam o cenário econômico dos países. Todavia, as mesmas se apresentam como um risco oferecido a todo o arranjo comercial glo-bal existente. Esse assunto já vem sendo analisado em grupos como o G-20 e pela própria OMC, mas ainda não há consenso acerca do tema.

É fato que o câmbio é uma das variáveis que mais impacta e compromete as relações comer-ciais entre os países. Esse tema não pode ser ne-gligenciado, e deve ser discutido, a fim de se en-contrar mecanismos eficazes para atuarem como ferramentas que amenizem seus efeitos. Isso é necessário para que se evite o comprometimento das regras comerciais internacionais, e, sobretu-do, que haja retrocesso na história do comércio internacional.

Vagas limitadas. Valores

especiais.

Page 22: Ed.396 - ABR/MAI/JUN/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

22 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396

jurídico

FIQUE ATENTO àS MUDANçAS COM O NOVO ESOCIAl

MARCELO MORAISADVOgADO DA FECOMÉRCIO Mg

O governo federal, por meio da Receita Fede-ral do Brasil (RFB), busca implementar um siste-ma informatizado em todos os planos da estrutura de Minas Gerais. Para isso, desenvolve o eSocial, que visa tratar da Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhis-tas. Assim, a RFB, o Ministério do Trabalho e Emprego, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Caixa Econômica Federal irão com-partilhar e cruzar todas as informações enviadas pelos contribuintes.

Com o eSocial, o envio de um arquivo eletrô-nico reunirá as informações atualmente enviadas por intermédio da Relação Anual de Informa-ções Sociais (Rais); da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP); do Livro de Registro de Empregados; do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Declaração de Imposto de Renda Re-tido na Fonte na Fonte (Dirf); do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT); do Perfil Profissio-gráfico, entre outros.

Por meio da Resolução nº 01, de 20 de feve-reiro de 2015, o Comitê Gestor do eSocial modi-ficou alguns pontos do Manual 1.1 e aprovou o Manual de Orientação 2.0. Denota-se que foram realizadas modificações importantes, desde a dis-ponibilização de um material mais compreensí-vel – nas versões anteriores estava em linguagem própria para profissionais que trabalham com in-formática –, a alterações de prazos para cumpri-mento das obrigações.

As modificações provenientes desse manual proporcionaram alguns avanços, por exemplo, na contratação dos empregados, ocasião em que deverá ser enviado apenas um registro prelimi-

Albe

rto

Wu

“OS EMPRESÁRIOS DEVEM FICAR ATENTOS AO ESOCIAL, UMA VEz QUE ESSE PROgRAMA AFETARÁ DIRETAMENTE SUA ATIVIDADE.”

nar de admissão do trabalhador até o final do dia imediatamente anterior ao início da prestação do serviço. Se o empregador optar, poderá enviar as informações completas de admissão do trabalha-dor até o final do dia imediatamente anterior ao do início da prestação do serviço, ficando, nesse caso, dispensado do envio das informações do registro preliminar do trabalhador. No antigo manual 1.1, todas as informações deveriam ser enviadas obri-gatoriamente antes do início do trabalho.

As informações do afastamento temporário ocasionado por acidente do trabalho, agravo de saúde ou doença decorrentes da função com du-ração de até 30 dias devem ser enviadas até o dia sete do mês subsequente. Os dados dos eventos não periódicos (como a condição de trabalho di-ferenciada, reintegração, entre outros) que não

tenham prazo específico devem ser envia-dos até o dia sete do mês subsequente ao da ocorrência, ou antes do envio dos eventos mensais de remuneração a que se relacio-nem. É preciso, no entanto, certificar-se de se antecipar ao vencimento dos prazos de envio para o dia útil imediatamente ante-rior, quando não houver expediente bancá-rio nas datas indicadas.

Na ausência de ocorrência de eventos definidos como periódicos (como a folha de pagamento), o empregador deve enviar um evento específico informando que não possui movimentações na primeira com-petência em que essa situação ocorrer, de-vendo tal informação ser ratificada na com-petência de janeiro de cada ano, enquanto permanecer tal situação.

Entretanto, um ponto que não foi devi-damente tratado no Manual 2.0 refere-se à data em que o eSocial começará a funcio-nar, presumindo-se que, segundo a Circular 657/2014, o marco inicial seria a publicação do novo documento. Assim, após seis meses da publicação do Manual 2.0, estará disponí-vel um ambiente de testes. Transcorrido esse prazo, o eSocial seria obrigatório após mais seis meses, para as empresas que tenham fa-turamento superior a R$3,6 milhões.

Os empresários devem ficar atentos às modificações que estão sendo realizadas no eSocial, uma vez que esse programa afeta-rá diretamente sua atividade, pois deverá adaptar ou até modificar as operações reali-zadas para conseguir atender aos preceitos necessários.

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Page 23: Ed.396 - ABR/MAI/JUN/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396• 23

jurídico

FERNANDA ALMADA

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fiscalizará, a partir de maio, hipermercados, su-permercados, minimercados, açougues, padarias, peixarias e o comércio varejista de hortifruti-granjeiros em todo o Estado de Minas Gerais. A fiscalização de empresas pertencentes a esses segmentos já ocorre de forma rotineira, desde 2013, em razão da existência de um projeto do MTE direcionado a esses segmentos econômicos. “Além de verificar o cumprimento de instalações sanitárias, disponibilização de água potável, en-tre outros itens da Notificação Coletiva feita em 2013, retornaremos às empresas que tiveram suas máquinas e equipamentos de açougue e panifica-

IzABELA VENTURA

Reduzir o volume de processos judiciais e melhorar as relações entre empregadores e funcionários. Esse é o objetivo da Central de Ações de Consignação em Pagamento no Foro Trabalhista de Belo Horizonte que, desde ou-tubro de 2014, quando foi criada, conseguiu diminuir em 7% o volume de ações judiciais, desafogando a Justiça da capital.

A consignação em pagamento é uma ação que tem por finalidade pagar ou entregar deter-minado bem ao credor que por algum motivo se recusou a receber. Ela também pode evitar

MARIANA MEDINA

A Fecomércio MG participou do I Workshop de Negociação Coletiva da Con-federação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no dia 13 de março, em São Paulo. O evento integra a agenda de atividades da Câmara de Nego-ciação Coletiva do Comércio (CNCC). “A CNCC objetiva a convergência de posições

EMpRESAS SERãO FISCAlIzADAS pElO MTE A pARTIR DE MAIO

CENTRAl DE AçõES DE CONSIGNAçãO EM pAGAMENTO

WORkShOp DE NEGOCIAçãO COlETIVA

ção interditadas e não requisitaram a suspensão das interdições”, explica a Auditora-Fiscal do Trabalho, Julie Teixeira.

Seguindo seu papel de orientar os empresários do comércio mineiro de bens, serviços e turismo, a Fecomércio MG elaborou, em conjunto com o MTE, uma cartilha com os destaques das Normas Regulamentadoras (NRs). “Temos um papel edu-cativo com os nossos representados e, por isso, é essencial conscientizá-los sobre as normas vi-gentes e a fiscalização que será feita pelo órgão”, explica a advogada da Federação Juliana Mattos.

Uma das medidas prioritárias para as em-presas do segmento de padarias, açougues e supermercados é verificar se o maquinário está adequado à NR-12, ou seja, protegido. “Se iden-

tificarmos máquinas em desconformidade com a legislação, temos o dever de interditá-las até que a situação seja regularizada para evitar aci-dentes de trabalho”, ressalta a Auditora-Fiscal do Trabalho. Questões como o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual e prote-ções contra quedas nos andares acima do solo também devem ser observadas.

a multa prevista na CLT pelo atraso no paga-mento das verbas rescisórias.

Antes da Central, somente na diretoria do Foro de BH, havia mais de sete mil ações do tipo tramitando, o que representa o movimen-to processual de três varas do trabalho. Hoje, há 500 processos a menos, número que ten-de a cair ainda mais nos próximos meses, de acordo com o juiz-diretor do Foro de Belo Horizonte, Danilo Siqueira de Castro Faria.

Segundo ele, a judicialização das ações de homologação dos termos de rescisão de traba-lho (para funcionários com mais de um ano de prestação de serviços) ocorre quando o sindica-

to laboral correspondente ou o empregador (por não acionar o sindicato) não faz sua parte e, então, recorre à Justiça para o procedimento, sobrecar-regando-a. “Nossa atuação tem parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Fazemos diagnósticos dos sindicatos que se recusam a ho-mologar as rescisões e encaminhamos a questão ao MPT, que age junto aos responsáveis pela judi-cialização desnecessária”, afirma Siqueira.

“Nosso objetivo é reduzir essas ações e, con-sequentemente, os custos para o poder judiciário, a um patamar aceitável, a ponto de poder, final-mente, extinguir a Central de Ações de Consigna-ção em Pagamento”, conclui.

patronais nas negociações coletivas de traba-lho do comércio em todo o Brasil”, explica a assessora jurídica da Presidência da Feco-mércio MG, Tacianny Machado.

Na ocasião, foi lançado o Sistema de Nego-ciação Coletiva que auxiliará no cumprimento dos objetivos da CNCC. “Trata-se de um banco de dados que reúne as Convenções Coletivas de Trabalho do país inteiro, auxiliando-nos a obter informações sobre cláusulas negociais como o

índice médio de reajuste salarial que está sendo praticado no Brasil”, afirma a advogada.

A experiência da Federação mineira em ne-gociações coletivas também foi apresentada no workshop. “Compartilhamos os resultados positivos que conseguimos com o trabalho de capacitação de lideranças sindicais. A presença delas nas mesas nas negociações coletivas ga-rante mais êxito aos processos, que fluem com rapidez”, ressalta.

Para mais informações, consulte a cartilha em: www.fecomerciomg.org.br

ACESSE:

Page 24: Ed.396 - ABR/MAI/JUN/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

24 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 396

ObRIGAçõES SOCIAISE FISCAIS | MAIO 2015

ObRIGAçõES SOCIAIS E FISCAIS | jUNhO 2015

PIS – DCT No mês de admissão

SALáRIOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFIP / CAGED Até o dia 7

SPED / CONTRIBUIÇõES Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de abril de 2015

DCTF – MENSAL Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de abril de 2015

RETENÇãO PIS/COFINS CSLLARTIGO 30 – LEI 10.833/03

Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção

IR FONTE – SALáRIOS, AUTôNOMOS, ALUGUÉIS Até o último dia do 2º decêndio

INSS – SALáRIO Até o dia 20

SIMPLES NACIONAL – RECOLHIMENTO Até o dia 20

COFINS / PIS / FATURAMENTO Até o dia 25

CARNÊ LEãO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SOCIAL ESTIMATIVA / TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SINDICAL PATRONAL No vencimento da guia

Âmbito federal

PIS – DCT No mês de admissão

SALáRIOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFIP / CAGED Até o dia 7

SPED/CONTRIBUIÇõES Até o 10° dia útil do mês, referenteao mês de março de 2015

DCTF – MENSAL Até o 15° dia útil do mês, referenteao mês de março de 2015

RETENÇãO PIS/COFINS CSLL ARTIGO 30 – LEI 10.833/03

Até o último dia útil da quinzenaseguinte ao da retenção

IR FONTE – SALáRIOS, AUTôNOMOS, ALUGUÉIS Até o último dia do 2º decêndio

INSS – SALáRIO Até o dia 20

SIMPLES NACIONAL – RECOLHIMENTO Até o dia 20

CONFINS/PIS/FATURAMENTO Até o dia 25

CARNÊ LEãO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SOCIAL ESTIMATIVA/TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SINDICAL PATRONAL No vencimento da guia

Âmbito federal

Âmbito estadual

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes Até o dia 09

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

EFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPI

Âmbito municiPal

ISSImposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05 Ver legislação local

IPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

Âmbito estadual

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos

Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

Até o dia 09

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

EFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPI

Âmbito municiPal

ISSImposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05Ver legislação local

IPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

jurídico

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Patos de Minas recebe nova agência sesc serviços

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eventos itinerantes eMocionaM o Público

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sesc reforça laços coM instituição Portuguesa

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Publicação do coMércio de bens, serviços e turisMo de Minas gerais – sisteMa fecoMércio Mg, sesc, senac e sindicatos

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redesesc

encontros e oPortunidades teceM traMas Para

uMa nova vida

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2 • FEcomércio inFormativo • Edição 396

artigo

“Todas as placas que vejo na rua já consigo ler. Estou muito feliz, volto para casa e já fico na expectativa de chegar o dia seguinte, para ir ao Sesc. A professora é maravilhosa.” O depoimento é de Maria Madalena de Jesus, de 71 anos, aluna do Sesc Alfabetização na unidade Santa Luzia, e exemplifica todo um universo de atividades ofere-cidas pelo Sesc ao público de menor renda.

O Programa de Comprometimento e Gratuida-de (PCG) é voltado preferencialmente a trabalha-dores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes, cujo rendimento bruto familiar não ultrapasse o valor de três salários mínimos. O objetivo é ampliar o acesso dessa população aos serviços prestados pelo Sesc em áreas como edu-cação, saúde, cultura, esporte, lazer e assistência.

O programa reforça nosso compromisso em contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade, é claro, mas também, acima de tudo, oferece uma oportunidade de recomeço e desen-volvimento humano para pessoas como a senhora Maria Madalena. Mais de 3,7 milhões de cidadãos agarraram essa oportunidade de transformação em 2014, sendo 1,8 milhões em ações educativas; 432 mil em serviços de saúde; mais de 830 mil em ações culturais; 342 mil na recreação e 354 mil nas atividades de assistência.

Em relação a 2013, esses índices representam um crescimento de 36,5% no número de pessoas que tiveram acesso aos nossos produtos e serviços de excelência por meio do PCG. Uma vitória para

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ExcElência, gratuidadE E oportunidadE RodRigo Penido duaRtediRetoR Regional do SeSc

o Sesc, uma conquista imensurável para o se-nhor Gildécio Silva Brito, 68 anos, de Alme-nara. Quando chegou à unidade, ele precisou fazer o cadastro com a digital. Hoje, já assina o próprio nome e conhece as letras do alfabeto. “Não passo mais vergonha”, disse ele à nossa instrutora Kátia Carvalho, que, mesmo traba-lhando com essa realidade todos os dias, não deixa de se emocionar.

Colaboradores como Kátia sabem que escrever o nome pela primeira vez é, muitas vezes, o início

“o PRogRama de comPRometimentoe gRatuidade moStRa a imPoRtância do tRabalho do SeSc em todo o PaíS eem minaS geRaiS.”

de uma jornada em busca da cidadania plena, guia-da pelo Sesc. Jornada essa que pode começar tanto aos 15 anos – idade mínima para entrar no Sesc Alfabetização – ou aos 93 anos, idade de nossa aluna mais velha, a senhora Maria Rosa de Jesus. Para ela, o projeto significa poder ler a Bíblia sozinha, e isso basta.

Mas a alfabetização pode também levar às au-las de informática, que levam aos cursos livres, que levam aos encontros da Rede Sesc e à par-ticipação nos diversos grupos que oferecemos. Os filhos dos participantes passam a frequentar o Projeto Habilidades de Estudo (PHE) e os Colé-gios Sesc, por exemplo. Em apenas dois anos, os Colégios atingiram uma importante marca para contribuir com esse caminho: 97% dos estudan-tes são atendidos com bolsas integrais. Desse total, 70% são dependentes de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo.

A autoestima e a autonomia, alcançadas natu-ralmente ao longo do caminho, são a plataforma para uma vida repleta de bem-estar. É o que nos conta a aluna Benvinda Maria de Jesus Brito, 73 anos, também de Almenara: “meu sonho sempre foi sair lendo de tudo e ter um computador. Agora eu já posso ter, pois consigo ler, mesmo com difi-culdade. Já vejo as palavras no papel e nas paredes e sei o que está escrito”. O Programa de Compro-metimento e Gratuidade mostra a importância do trabalho do Sesc em todo o país e em Minas Ge-rais, oferecendo serviços de qualidade com pouco ou nenhum custo, para quem precisa apenas de uma oportunidade para ser feliz.

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institucional

Patos de Minas recebenova agência sesc serviços

Christiano senna

O Sesc está ampliando a sua atuação em Minas Gerais por meio das agências Sesc Ser-viços e, em 2015, passa a oferecer seus produ-tos em mais cidades. Em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, a inauguração foi realizada no dia 6 de maio. A infraestrutura inclui Central de Atendimento, CineSesc e Projeto Habili-dades de Estudo (PHE), tudo seguindo o novo conceito, moderno e dinâmico.

Para o diretor regional do Sesc em Minas Gerais, Rodrigo Penido, com a abertura das novas agências Sesc Serviços, a instituição for-talece o seu compromisso com a interiorização das ações, levando iniciativas de bem-estar so-cial para mais pessoas. “Faz parte dos nossos objetivos que os serviços e produtos cheguem a todos os trabalhadores do comércio, seus de-pendentes e a sociedade. Já caminhamos muito nesse sentido, levando ações para vários mu-nicípios, com os eventos itinerantes, unidades móveis, cursos na área da saúde, Rua de Lazer, Circuito Sesc de Corridas, entre outros. Ago-ra, ampliamos nossa presença, sempre com a chancela da qualidade”, destaca. E a chegada do Sesc a Patos de Minas era aguardada com grande expectativa. De acordo com o presiden-te do Sindcomércio local, Sebastião da Silva Andrade, “os moradores ouviam falar de Sesc, mas não conheciam de perto o trabalho. Então, essa agência vai ser um sucesso absoluto. Esta-mos muito bem servidos”.

A agência Sesc Serviços Patos de Minas tem 360m² e, na Central de Atendimento, os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e a população em geral conhecem mais sobre tudo que é oferecido pelo Sesc nas áre-as de educação, saúde, turismo, esporte, lazer, cultura e assistência. Os interessados podem fazer a matrícula e, também, adquirir pacotes para roteiros nacionais e internacionais, além de reservas nas unidades de hospedagem.

Já o CineSesc possui uma estrutura com 30 poltronas e oferece uma nova alternativa de la-zer e divertimento para toda a família. Serão exibidos diversos filmes nacionais e internacio-nais que se destacaram nos circuitos comercial e alternativo. Sempre com entrada gratuita.

A educação no município também ganhou reforço, com o Projeto Habilidades de Estudo (PHE). Ele oferece acompanhamento pedagó-gico e atividades extracurriculares a estudantes do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano. São 80 vagas, divididas nos períodos da manhã e da tarde. Para participar, o aluno precisa ter en-tre seis e 11 anos, estar matriculado em escolas públicas e possuir renda familiar bruta de até três salários mínimos, sendo, preferencialmen-te, filho de trabalhadores do comércio de bens,

serviços e turismo. Os estudantes são atendidos no contraturno escolar, durante quatro horas di-árias, de segunda a sexta-feira, ampliando as-sim o tempo dedicado aos estudos.

Também está previsto que a cidade receba, ain-da em 2015, uma edição do Sesc no Parque, que

reunirá as principais atividades e serviços da ins-tituição em um só lugar; e uma edição do Ciclo Sesc, passeio ciclístico que promove um estilo de vida saudável, ao mesmo tempo em que possibilita aos participantes conhecer e preservar o patrimônio histórico e cultural das cidades por onde passa.

Com a abertura das novas agênCias, a instituição fortaleCeo seu Compromisso Com a interiorização

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A infraestrutura inclui Central de Atendimento, CineSesc e Projeto Habilidades de Estudo (PHE)

Sesc Serviços Patos de Minas

Sesc Serviços Santos Dumont

Sesc Serviços Palladium (BH)

Sesc Serviços Pouso Alegre

Unidades já existentes

E o Sesc vai crescer ainda mais nos próximos me-ses. Além de Patos de Minas, estão previstas as inaugu-rações das agências Sesc Serviços Palladium, em Belo Horizonte; Santos Dumont, na Zona da Mata; e Pouso Alegre, no Sul de Minas, totalizando 45 unidades fixas.

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eventos do sesc eMocionaM Público coM edições esPeciais

escondidinho de frango coM leguMes

minas ao luar e sesC Chorinho e samba na praça realizam apresentações Comemorativas históriCas em diamantina e bh

cultura

Estamos no outono e o frio está se aproxi-mando. A nutricionista do programa Mesa Bra-sil Sesc, Maíra Dias Bittencourt, preparou uma dica saudável, barata e nutritiva. Segundo a pro-fissional, a receita original leva apenas a carne e o purê de batata ou mandioca. Para enriquecê-la com minerais e vitaminas, foram adicionados cenoura, chuchu e abóbora. “Com a adição dos legumes, a receita ganha vitamina A, fibras, vita-minas do complexo B, potássio, cálcio, fósforo e ferro, nutrientes essenciais à manutenção de um organismo saudável”, explica.

A manipulação adequada e o aproveitamento de alimentos é pauta constante no Mesa Brasil, que oferece oficinas sobre o tema durante todo o ano. A receita de escondidinho de frango com legumes é uma criação da instituição social parceira Creche do Menino Deus, publicada na edição especial Melhores Receitas, cartilha do concurso Mesa Brasil: Nutrição, Sabor e Arte.

Receita

ingRedienteS:

Recheio:500 g de frango200 g de cenoura200 g de chuchu100 g de queijo4 dentes de alho1 cebolaTempero a gosto

PuRê:300 g de batata300 g de moranga5 colheres de leite em pó1 colher de manteiga1 cebola ralada

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saulo penaforte e ana Cláudia gonçalves

O Minas ao Luar Especial Diamantina, rea-lizado no dia 24 de abril, foi um grande encon-tro de amantes da música brasileira. Essa é uma das melhores formas de descrever essa edição, realizada na terra que viu o evento itinerante nascer, em 1994.

Aproximadamente quatro mil pessoas acom-panharam a inesquecível participação de um íco-ne da música nacional, o cantor e compositor To-quinho. Ele convidou a cantora paulistana Anna Setton, que o acompanha em turnês no Brasil e no exterior; e a abertura foi realizada pelo coral Colônia Diamantina e por Sanducka e Banda.

Toquinho falou da importância do Sesc e também do Minas ao Luar para valorização da música nacional. “Essa é uma iniciativa incrível, que apresenta shows de qualidade, de graça, nas praças das nossas cidades. Isso é maravilhoso e precisa continuar. É uma honra fazer parte des-sa história. O Sesc é uma das poucas coisas que funcionam no Brasil”, afirmou.

Emoção também Em bHOutra edição histórica dos projetos itineran-

tes musicais da instituição foi o Sesc Chorinho e Samba na Praça Especial Dia Nacional do Choro, realizado na Praça de Santa Tereza, em Belo Horizonte, no dia 25 de abril. Um público de cinco mil pessoas dançou e cantou ao som do Conjunto Época de Ouro, Quatro a Zero, Flor de Abacate e da dupla francesa Aurélie & Ve-rioca, com participações especiais de Hamilton de Holanda e Toninho Ferragutti.

O analista de relacionamentos empresariais Guilherme Dias de Castro assistiu ao evento pela segunda vez – a primeira havia sido em sua

cidade natal, Piranga, na Zona da Mata. “O pro-jeto é imperdível. Aproxima a família com boa música. Por já ter assistido e gostado muito, fiz questão de trazer todo mundo”, contou.

O assessor de Cultura do Sesc, Célio Balo-na, observa que tanto o Minas ao Luar quanto o Sesc Chorinho e Samba na Praça têm objetivos comuns e cumprem seu papel ao promoverem grandes shows, gratuitos, para toda a população. “Com essas ações, promovemos a cultura de forma irrestrita, levando atrações de qualidade a todas as regiões do Estado. A resposta do públi-co é a maior recompensa para todos que traba-lham no Sesc”, conclui.

Sesc Chorinho e Samba na Praça e Minas ao Luar lotaram as praças de BH e Diamantina com suas edições especiais

O Minas ao Luar voltou à cidade que viu o projeto nascer

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modo de PRePaRoTempere e cozinhe o frango, depois desfie. Rale a cenoura, o chuchu e a cebola. Refogue e junte ao frango. Cozinhe a batata e a moranga com sal. Prepare o purê com leite e manteiga. Coloque em uma vasilha o frango com o chuchu e a cenoura. Cubra com o purê, salpique queijo e orégano e leve ao forno por dez minutos.

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receita Mesa brasil

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sesc reforça Parceria vitoriosa coM instituição Portuguesa

correndo Pelas ruas de Minas gerais

segurança aliMentar é Pauta na saúde

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Sesc

acontece

Gestores do Sesc e da Fundação Inatel (Por-tugal) participaram de uma agenda de encontros e visitas técnicas entre 23 e 26 de abril, em Belo Horizonte, para reforçar o protocolo de coopera-ção e comemorar a ampliação das ações conjun-tas. Desde a assinatura da parceria com a institui-ção portuguesa, em 2012, o Turismo Social do Sesc se internacionalizou: foram sete excursões para roteiros em Portugal e na Espanha, sendo que para 2015 já há mais dois grupos confirma-dos e outros dois previstos.

Em abril, chegou ao Brasil o primeiro grupo de passageiros portugueses. A recepção e o ro-teiro pelas regiões Sul e Sudeste do país foram intermediados pela Gerência de Turismo do Sesc. Outros três grupos de visitantes estão previstos para este ano. O diretor regional do Sesc, Ro-drigo Penido Duarte, destacou a satisfação em ter a Fundação Inatel como parceira e lembrou a evolução empreendida nos últimos anos. “Essa é uma parceria vitoriosa, que nos permitiu ampliar

ainda mais o que é oferecido ao trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo, seus depen-dentes e a sociedade em geral, dentro da diretriz da internacionalização do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos e da tão necessária globalização. A parceria ainda nos permite uma constante troca de experiências e a capacitação recíproca no que tange às melhorias das áreas--fins e à excelência na prestação de serviços das Instituições envolvidas”, avalia.

O vice-presidente da Fundação Inatel, José Manuel da Costa Soares, explica que essa cooperação se torna concreta em torno de dois eixos muito importantes: o social, que permite a troca de experiências e o aperfeiçoamento mútuo; e o econômico, que permite às duas organizações gerar valor e ampliar ações. “O Inatel tem grande experiência nas áreas do turismo, esporte e cultura, mas queremos reforçar nossas ações educativas. Podemos aprender muito com o Sesc”, definiu Soares.

As belezas de Poços de Caldas serviram de cenário para a primeira etapa do Circuito Sesc de Corridas em 2015. A prova foi realizada no dia 19 de abril e contou com mais de 580 ins-critos de diversas cidades de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, nos trajetos de 5 e 10K, além da caminhada de 2,5K.

Para 2015, estão previstas etapas em várias regiões mineiras. Em maio, o Circuito passa por Uberlândia e Montes Claros. Belo Horizonte re-ceberá a competição junto com o Sesc no Parque, em julho. Depois, as provas desembarcam em Uberaba, em setembro, e Sete Lagoas, em novem-bro. Saiba mais em www.circuitosesc.com.br.

Com o objetivo de incentivar a prática de atividade física por meio da corrida de rua, pro-movendo qualidade de vida e hábitos saudáveis, o Sesc realiza diversas provas em Minas Gerais desde 2012. Só em 2014, foram mais de 4.600 atletas profissionais e amadores em seis eta-pas realizadas nas cidades de Poços de Caldas, Montes Claros, Belo Horizonte – duas provas -, Uberaba e Sete Lagoas. A iniciativa faz parte da campanha MOVE Brasil, que busca aumentar o

número de praticantes de atividades físicas até 2016, além de expandir e facilitar a oferta de es-porte em todo o país.

O Dia Mundial da Saúde (7/4) foi lembra-do no Sesc com uma campanha em 21 unidades em Minas, além do Sesc Mineiro Grussaí (RJ). Definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o tema em 2015 foi Segurança Alimen-tar. Segundo a OMS, 2 milhões de pessoas mor-rem, por ano, vítimas de doenças provocadas por alimentação não segura no mundo.

Para contribuir com a prevenção, a programa-ção foi elaborada para levar as informações de forma educativa e lúdica a públicos de realidades distintas – de estudantes da rede pública a profis-sionais de diversas empresas. Teatro, dinâmicas, exibição de filmes, palestras e blitze educativas en-

sinaram sobre os cuidados com as refeições, desde a preparação até a ingestão dos alimentos.

O carregador Bruno Edgard Cordeiro traba-lha há 12 anos na CeasaMinas, onde o Sesc rea-lizou ações. Durante o esquete teatral, ele apren-deu a relação entre os bons hábitos de higiene e a alimentação adequada. “Aqui é muita correria e temos que ficar sempre atentos, para não es-quecer essas regras. Vou fazer um esforço ainda maior para aplicar essas orientações”, disse.

Para a coordenadora de projetos de Saúde do Sesc, Ednamar Fernandes, o objetivo da cam-panha foi alcançado. “Conseguimos levar in-formação sobre o tema para públicos variados, promovendo bem-estar e qualidade de vida”, concluiu.

O vice-presidente da Fundação Inatel, José Manuel da Costa Soares (esq.), e o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, celebraram a parceria vitoriosa

Poços de Caldas recebeu a 1ª etapa de 2015 Várias regiões mineiras receberão etapas neste ano

O carregador Bruno Cordeiro: aprendizado

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assistência

sesc oferece novas oPortunidadesPara PoPulação e instituiçõesrede sesC ação Comunitária é projeto-Chave para desenvolvimento e CapaCitaçõesCibele neves

Pincel, tinta e um pequeno vaso em cerâ-mica. Peças simples? Sim. Mas instrumentos que foram fundamentais para mudar uma vida. “O Sesc foi o ponto de partida para que eu me reerguesse. No começo foi somente aprender a pintar, mas depois percebi minha capacidade e o meu valor como pessoa. Posso construir o que quiser e hoje tenho novos sonhos: quero ser restauradora”. Em 2012, a técnica em con-tabilidade Joana D’arc Silveira Rezende, 47,

moradora de Belo Horizonte, passava por um sério processo de depressão: perdeu o empre-go, a saúde ficou comprometida, emagreceu muito, se viu sem rumo.

Ela buscou tratamento médico e especialis-tas indicaram alguma atividade que exercitasse a criatividade. Uma amiga indicou o curso de pin-tura em cerâmica oferecido pela Rede Sesc Ação Comunitária por meio da oficina Sesc Criativo. Foram 20 horas, seis dias – menos de uma se-mana, portanto - de aprendizado. Bastou para ser o começo da mudança. A cada aula, o gosto pela pintura e pela arte ia tomando forma e as angústias e crises ficando pra trás, preenchidas pela percepção de valor próprio e autoconfiança.

No mesmo ritmo, ela se empolgou e fez outras oficinas do Sesc. “É como se durante cada encontro eu fosse me desligando dos pro-blemas, passando a amar a pintura, e me ven-do transformando objetos e também a minha vida. Nos momentos difíceis sempre me lem-bro disso”, contou Joana. A partir daí ela não parou. Está aplicando as técnicas aprendidas e se aperfeiçoando na restauração de pintura de móveis e outros objetos, que é o que pretende estudar. “Descobri na arte uma maneira de me expressar, e com o Sesc a certeza de que posso me superar”, declarou.

A história dela se assemelha à de muitas ou-tras pessoas: ao receber uma chance, que pode

parecer pequena, mudam o rumo da traje-tória. E o Sesc tem buscado oferecer

essas oportunidades para um nú-mero cada vez maior de pes-

soas, ampliando os contatos de sua rede. No caso de

Joana, por exemplo, o vínculo com o Sesc

se deu por meio de uma institui-ção social, que solicitou o curso

do Sesc Criativo. Essa instituição faz

parte da Rede Sesc Ação Comunitária, porta de entrada para as ações e projetos

da área de assistência.

rEdE dE contatos, valorização E dEsEnvolvimEnto

A Rede é um espaço aberto à participação de diversos atores sociais, que busca oferecer um momento de compartilhamento de experiências entre o Sesc e os parceiros envolvidos. A proposta é reunir, mensalmente, representantes de ONGs, associações de bairros, instituições públicas e privadas, Centros de Referência de Assistência (CRAs), Centros de Apoio Comunitário – CACs, instituições apoiadas pelo Programa Mesa Brasil e outras organizações de atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social. “O objetivo maior é fomentar o desenvolvimento local de comunidades por meio de parcerias”, explica a coordenadora de Trabalho Social do Sesc, Andreia Duarte Oliveira Costa.

Por meio da Rede, são promovidos encon-tros, microcapacitações, acesso a serviços do Sesc Ação Comunitária, a exemplo das oficinas; e, também, a atividades dos parceiros envolvi-dos. As reuniões da Rede foram iniciadas no começo de 2014, em Belo Horizonte e Lavras, Sul de Minas. No segundo semestre do mesmo ano foram expandidas para mais 12 municípios (Almenara, Teófilo Otoni, Governador Valada-res, Muriaé, Juiz de Fora, Januária, Paracatu, Araxá, Uberaba, Uberlândia, Poços de Caldas e Bom Despacho). Atualmente, a Rede está pre-sente em mais de 60 cidades, envolvidas e em articulação, além de mais de 500 comunidades populares, instituições públicas, privadas e do terceiro setor. Cada parceiro multiplica os co-nhecimentos para grandes grupos, em suas co-munidades de origem.

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assistência

E foi em uma das reuniões da Rede que Geo-vane Donizette Lucinda, 29, percebeu como a Associação de Catadores de Materiais Reciclá-veis (Acamar), em Lavras, da qual é presiden-te, podia crescer e contar com outras pessoas. Ele participa dos encontros desde o começo. “Com a Rede, surgiram novos parceiros e es-tamos mais fortalecidos, pois as orientações e microcapacitações que recebemos são para o dia a dia”, disse. Segundo Geovane, o trabalho da associação foi ampliado e ele já foi convi-dado para repassar informações sobre a coleta seletiva para outros municípios. “Eu achava que mesmo estando na cidade há 16 anos, as pessoas e instituições nos conheciam, mas não. Aqui nos encontros da Rede Sesc é que estão nos reconhecendo”, explica.

atuação ampla E divErsificadaAlém das reuniões mensais, as oficinas do

Sesc Criativo contribuem para o desenvolvimen-to comunitário, com base nos eixos de trabalho. São eles: Sustentabilidade, Humano-social, Eco-nômico, Gênero e Ação Comunitária. Em cada um dos eixos, o Sesc realiza iniciativas diversas, entre elas: as microcapacitações, o Sesc Criativo (cursos e oficinas de trabalhos manuais), o Sesc Costurando Vidas (curso de formação exclusivo para mulheres), o Sesc Dialogar (rodas de con-versa sobre temas cotidianos) e o Sesc Ação So-cial (iniciativas voluntárias em prol da integração e acesso à cultura). Tudo isso a fim de oferecer ações de geração de renda, empoderamento femi-nino e estímulo ao protagonismo.

A dona de casa Joana Aparecida de Olivei-ra Silva, 38, de Governador Valadares, partici-pou do Sesc Costurando Vidas e descobriu que confeccionando bonecas de pano ela poderia aprender sobre diversos temas, discuti-los, conhecer pessoas e se sentir mais valorizada como mulher. “Cuido da minha mãe, então minha rotina está muito restrita ao ambiente doméstico. Quando fiz o curso, percebi que a cada aula, com os diversos temas abordados, ia me descobrindo”, conta. E acrescenta: “Duran-te as atividades, tirei um tempo pra mim e para minha autoestima, algo que nunca tinha feito antes, pela falta de tempo e por achar que não merecia. Sou grata ao Sesc porque, sem dúvi-da, não sou mais a mesma”, finaliza.

voluntariado em ação

A atuação da Rede Sesc tem dado oportunidade também para que pesso-as comuns levem seus conhecimentos e habilidades para públicos cada vez mais diversos . É o caso do Sesc + Grupos: Vo-luntários, do Sesc Floresta, em Belo Ho-rizonte, cujos participantes ensinam a téc-nica do bordado livre. As alunas fizeram parte de exposição temática sobre a es-critora Cora Coralina, no Centro Cultural Salgado Filho, em BH, entidade inscrita na Rede Sesc e que participa dos encon-tros mensais.

O trabalho dos voluntários reflete em resultados positivos para quem recebe e também para quem faz. A aposentada Maria José de Souza Cruz, 69, acreditava que não poderia bordar, em razão de uma artrite, inflamação degenerativa na articu-lação. No entanto, ela aprendeu a técnica nas atividades do grupo, e não só conti-nuou bordando como foi uma das instru-toras da exposição sobre Cora Coralina. “Superei minhas dificuldades, graças a esse apoio. Tive um incentivo enorme no Sesc e tenho bordado mais, a cada dia que passa. Foi muito gratificante poder ensi-nar outras pessoas”, conclui.

O Grupo de Voluntários do Sesc Floresta ensina o bordado em diferentes lugares, o que proporciona um resgate da cultura dessa arte junto a associações de bairro, centros culturais, comunidades quilombolas, Centros de Refe-rências de Assistência (CRAs), hospitais, insti-tuições de longa permanência para idosos e sis-tema de medidas socioeducativas para menores em privação de liberdade. Assim, as atividades voluntárias não se resumem aos cursos de bor-dado e trocas de experiências entre o grupo, mas se desdobram em intervenções de visitas solidárias e diversas exposições, como “Minha vida é um bordado com Guimarães Rosa” e “Minha vida é um bordado...Bordando Minas”.

E as ações do Sesc + Grupos: Voluntá-rios não param. A partir de maio, as unida-des Venda Nova e Desportivo, na capital, também desenvolverão a atividade, com capacitação dos participantes por meio de reuniões, cursos, palestras e visitas insti-tucionais solidárias. Após a preparação, os voluntários iniciarão as atividades nas comunidades e instituições.

Maria José de Souza Cruz, 69: superação

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cultura

coleção sesc Mestres de Minas hoMenageia artesãos saulo penaforte

O artesanato tem significativa importância no contexto econômico e cultural de Minas Ge-rais. Ao longo do tempo, diversos mestres arte-sãos mineiros ganharam notoriedade no Brasil e também no exterior graças ao talento, cria-tividade e versatilidade na produção de peças primorosas.

O Sesc reuniu, nos últimos anos, um dos mais importantes acervos do segmento, fru-to do trabalho de profissionais que fizeram verdadeiras escolas de arte por meio de suas criações. Toda essa riqueza cultural pôde ser vista pelo público na exposição Coleção Sesc Mestres de Minas – Dia do Artesão, entre 27 de março e 10 de maio, no Centro de Arte Popular – Cemig, na capital.

Ao todo, 77 obras de artistas de diversas regi-ões do Estado ficaram expostas. Entre eles, Ge-raldo Teles de Oliveira (GTO), Ulisses Pereira, Dona Izabel, Dona Zefa, Ana do Baú, Noemisa Batista, Jacinta Francisca, Elia e Amaury.

A ceramista Marlúcia Temponi fez questão de conhecer a exposição. “Essa coleção real-mente emociona. É a representação máxima do cotidiano de pessoas simples de Minas Gerais que esculpem verdadeiras poesias a partir do

próprio universo, muitas vezes sofrido. É uma fonte de inspiração inesgotável”, avalia.

Para o secretário de Estado de Cultura de Mi-nas Gerais, Ângelo Oswaldo, a exposição reafir-ma a qualidade do acervo permanente do Sesc. “Essa mostra permite que as pessoas tenham acesso à riqueza e à diversidade da arte minei-ra, em uma de suas mais belas manifestações. O artesanato e a arte popular são vertentes sig-nificativas e abundantes da cultura do Estado”,

observa. “A significativa coleção é uma amos-tra de como o ato criador é possível para todos. Esses artesãos encontraram na arte uma nova forma de existir e de ser. O Sesc acredita no po-tencial dessa arte feita por autodidatas, que já foi fonte inspiradora de grandes artistas brasileiros, tais como Tarsila do Amaral, Guignard, Guima-rães Rosa, Villa-Lobos, Carlos Drummond de Andrade, entre outros”, conclui Jorge Cabrera, assessor técnico de Cultura do Sesc.

Incentivar o mercado literário é uma das for-mas de garantir a produção de qualidade para crianças, jovens e adultos. É por isso que, mais uma vez, o Sistema Fecomércio MG participou da Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas (Flipoços), que neste ano foi realizada de 25 de abril a 3 de maio, no Espaço Cultural da Urca, no Centro de Poços de Caldas, no Sul de Minas. O Sesc comandou o espaço Flipocinhos, dire-cionado ao público infanto-juvenil; e o Senac levou duas carretas-escola, que realizaram 36 oficinas nas áreas de gastronomia e de informá-tica e gestão. Além disso, o Sesc Santa Luzia, na Região Metropolitana de BH, sediou a segunda edição do Festival Literário – Flit do município, entre 27 e 30 de abril.

Durante os dois eventos, foram realizadas palestras, oficinas, intervenções teatrais e po-

éticas, contação de histórias e exibição de fil-mes. Autores de renome encontraram-se com o público, a exemplo de Ziraldo, Ignácio Loyola Brandão, Luis Erlanger, João Carrascoza e Nel-son Cruz. Milhares de pessoas participaram das atividades nas duas cidades, sendo 359 pessoas só nas oficinas do Senac em Poços de Caldas.

E o objetivo de levar a magia da leitura foi alcançado. A confirmação vem do pequeno Luis Felipe Costa Silva, de apenas 11 anos. Ele não escondeu o encantamento. “É tudo muito legal e diferente do jeito que aprendemos na escola. O artista cria as histórias na hora com música e fantasia. É lindo”, garantiu o estu-dante do Sul de Minas. A auxiliar de limpeza Valéria Fabiana Pereira também acompanhou a programação. “No mundo digital, as pessoas perdem o contato com os livros e com deter-

minadas histórias. Nem sempre o computador traz as informações mais importantes. Essa é uma forma realmente atrativa de apresentar o universo da leitura”, avaliou.

O autor, ilustrador e artista plástico Nelson Cruz, um dos destaques em Santa Luzia, se de-clarou emocionado com o que viu em sua cida-de natal. “Temos que defender a literatura com ações espontâneas e iniciativas criativas como essa. É muito importante para a formação dos cidadãos, da infância à fase adulta”, afirmou. Durante o Flit, foram oferecidas atividades vin-culadas à Semana de Formação Artística e ao CineSesc. A partir do dia 25 de junho, será a vez do 1º Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI-BH), com a presença do Sesc na programação prevista para o Parque Municipal e o Teatro Francisco Nunes.

O Sesc reuniu, nos últimos anos, um dos mais importantes acervos do artesanato mineiro

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Em Poços de Caldas, teatro lotado e muita interação com autores consagrados, como Ziraldo

Em 2015, além das atividades para crianças e jovens, o Flit ofereceu uma programação para o público adulto

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Serviço orienta para contratação de peSSoaS com deficiênciapág. 3

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Senacfecomércio informativo

belo HoriZonte – abril–JunHo de 2015 – edição 396

pág. 5

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2 • FEcomércio inFormativo • Edição 396

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Pesquisa divulgada pela Confederação Na-cional do Comércio de Bens, Serviços e Turis-mo (CNC) revelou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) teve queda de 19,5% em março deste ano, comparado com o mesmo período de 2014. A tendência ao pes-simismo mostrada pelo estudo é compreensível neste momento de incertezas na economia.

Precisamos ficar mais atentos, mas isso não quer dizer que devemos nos acomodar e acei-tar esse cenário passivamente. É justamente nos momentos de crise que surgem as gran-des oportunidades. Porém, só os empresários mais bem preparados conseguem enxergá-las e colocá-las em prática. Há muitos exemplos de empresas que conseguiram crescer, criando empregos e gerando renda, enquanto a maioria passava por dificuldades.

Mas, como estar bem preparado para su-portar os abalos da economia? A resposta está na educação. É o investimento em qualificação que irá ajudar o empresário na ampliação do olhar crítico, na percepção de cenários e ten-dências e na inspiração para encontrar soluções criativas e inovadoras, que se tornarão os seus diferenciais competitivos.

Vamos dar como exemplo o segmento de cosméticos. Numa crise, empresários menos preparados irão demitir funcionários e dimi-nuir preços para reduzir custos e tentar manter seus clientes. Não digo que estejam errados, mas, se os concorrentes tiverem a mesma es-tratégia, todos entrarão numa situação em que a sobrevivência do negócio ficará insustentá-vel. É justamente nesse momento que a crise ataca com mais força.

Porém, se em vez disso uma dessas empre-sas matricular seus vendedores num curso de estética para que eles possam ensinar os clien-tes a melhor forma de aplicar os produtos? Essa loja, com certeza, irá sobressair. Muitas

“É justamente nos momentos de crise que surgem as grandes oportunidades.”

Educação é difErEncial em tempos de criseluciano fagundesdiretor regional do senac

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pessoas estão dispostas, inclusive, a pagar mais caro para ter esse tipo de serviço.

A tecnologia digital é outro importante recurso que pode ajudar a manter sua em-presa saudável em períodos de crise. Inovar, geralmente, é sinônimo de simplificar. Você irá aprender muito simplesmente ouvindo a pessoa mais importante para o seu negócio: o cliente. Crie canais de diálogo com ele, seja nas redes sociais, seja no contato direto na sua loja ou no escritório. Só assim você saberá in-cluir valor naquilo que vende.

Por fim, esteja atento aos novos tempos. Ofereça aos clientes produtos e serviços que poluam menos, demandem menos energia e estejam atrelados a causas sociais. Lembre--se: crises não avisam quando chegam. Por isso, a qualificação deve ser constante. As-sim, sua empresa sentirá bem menos os im-previstos da economia e se manterá à frente da concorrência.

Conheça o portfólio de cursos do Senac pelo site www.mg.senac.br

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FEcomércio inFormativo • Edição 396 • 3

semanas especiais trazem reflexões para a sociedade

Dois eventos anuais do Senac promovem reflexões importantes com as comunidades espalhadas pelos municípios de Minas Gerais. São eles: a Semana da Saúde e a Semana da Mulher. As edições deste ano reuniram milha-res de pessoas numa programação pra lá de especial, realizada em mais de 40 unidades do Senac no Estado.

No período de 6 a 11 de abril, a Semana da Saúde disponibilizou uma programação gra-tuita, que incluiu palestras, workshops, ofi-cinas, teatros e atendimentos à população. O tema “A pessoa idosa como protagonista das transformações sociais e pessoais” repercutiu positivamente e correspondeu às expectativas do público ao desmitificar e desvendar os se-gredos do envelhecimento saudável. As ativi-dades focaram os assuntos que dizem respeito à qualidade de vida do idoso, como alimenta-ção correta; atividade física e reabilitação; se-xualidade; uso da tecnologia; doenças comuns na terceira idade; finanças pessoais, previdên-cia privada e mercado de trabalho. Houve, ainda, um serviço especial: atendimentos gra-tuitos de aferição de pressão arterial e dicas de alimentação, realizados por alunos do Senac, sob orientação dos instrutores.

Quem participou teve a chance de atentar--se sobre a importância de se preparar melhor

acontece

O idoso e a mulher foram o foco das ações realizadas pelo Senac em mais de 40 unidades

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para as mudanças sociais e culturais decorri-das do envelhecimento da população. No Bra-sil, o número de idosos saltou de 15,5 milhões para 23,5 milhões de 2001 a 2011, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE).

A especialista em Saúde do Senac e co-ordenadora do evento, Danielle de Moura Mota, explica que ações eficazes devem ser adotadas para que essa faixa etária não cresça somente em termos quantitativos, mas também em qualidade de vida. “Para que isso se torne realidade é preciso que a sociedade se conscientize das necessárias mudanças de mentalidade na questão do en-velhecimento humano”, ressalta. O evento cumpriu esse objetivo, pois sensibilizou boa parcela da população mineira, atingindo di-retamente um público de 5.500 pessoas, que multiplicarão os conceitos apresentados du-rante a Semana.

empreendedorismo femininoA edição 2015 da Semana da Mulher ofe-

receu programação gratuita e simultânea nas unidades do Senac, entre os dias 9 e 13 de março. O evento possibilitou a percepção da valorização do público feminino no âmbi-to profissional e pessoal com a ação “Casa,

Josie Menezes

família e trabalho: uma missão possível”. Com o tema Empreendedorismo Feminino, foram abordados os diferentes espaços que ela tem ocupado na sociedade: o mercado de trabalho, os desafios e a busca por qualifi-cação e reconhecimento, aliados às funções de mãe e esposa.

“Foi possível perceber como a mulher está se preparando cada vez melhor e com muita criatividade para competir no merca-do de trabalho. As palestras nos mostraram como elas contribuem para o crescimento de uma sociedade justa e igualitária”, analisa a orientadora de cursos do Senac em Curvelo, Cinthia Paula Pereira.

Nas unidades do interior de Minas, mais de quatro mil pessoas estiveram presentes às atividades propostas. Já na capital, a Sema-na da Mulher contabilizou aproximadamen-te dois mil participantes. Além de palestras sobre marketing, gestão, negócios e saúde, a programação contou, ainda, com oficinas de cuidados com a pele, de amarração de len-ços e atendimentos diversos de consultoria de imagem, spa das mãos, quick massagem, análise capilar e automaquiagem. Houve, também, a exibição do filme Zuzu Angel (Dir. Sérgio Rezende, 2006, Brasil), no Plug-Minas, em Belo Horizonte.

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4 • FEcomércio inFormativo • Edição 396

em foco

inclusão no mErcado dE trabalho: oportunidadE para EmprEsários E funcionários

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade, um desafio e uma necessidade tanto para quem contrata quanto para aqueles que estão à procura de empre-go. Além de valorizar os profissionais, essas contratações são uma exigência para empre-sas que tenham cem ou mais funcionários, de acordo com a Lei de Cotas nº 8.213, de 24 de julho de 1991.

Por meio do Rede de Carreiras - portal do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac -, os empresários do comércio de bens, servi-ços e turismo são orientados, gratuitamente, quanto ao recrutamento, às questões legais e à preparação do ambiente de trabalho.

Segundo a coordenadora do Rede de Car-reiras, Ana Roberta da Cruz, a plataforma permite o cadastro de vagas e currículos. Para ela, as empresas têm dificuldade em cumprir a lei de cotas, pois não conseguem selecionar profissionais com o perfil adequado às vagas em aberto. Por outro lado, os candidatos não encontram com tanta facilidade as oportuni-dades de trabalho. “Facilitamos esse encon-tro”, explica.

qualificaÇÃo para os contratados O Senac também oferta capacitação para

pessoas com deficiência que já estejam inse-ridas profissionalmente. Empresas interessa-das em qualificar seu quadro de funcionários podem contar com o portfólio de cursos e orientadores disponíveis pela instituição. O Senac leva a formação para o ambiente da organização, adaptando o conteúdo progra-mático para o número de alunos, de turmas e tempo disponível. A Unimed-BH, por exem-plo, realiza a capacitação de duas turmas por ano no curso de Auxiliar Administrativo.

Outro trabalho de qualificação desenvol-vido pelo Senac é o Programa de Aprendiza-gem Comercial para pessoas com sofrimento mental. A ação é uma parceria entre a Supe-rintendência Regional do Trabalho e Empre-go de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Saúde e o Supermercado Verdemar. O Se-nac oferece formação profissional para esse

público, oportunizando atividades práticas e teóricas que favoreçam a inserção e perma-nência do jovem no mercado. O Verdemar é a primeira empresa em Minas Gerais a parti-cipar do projeto. Treze aprendizes trabalham

no estabelecimento e recebem qualificação da Aprendizagem Comercial em Serviços de Supermercado do Senac.

Saiba mais: www.rededecarreiras.com.br ou 0800 724 4440.

“A qualificação de todos os nossos aprendizes é compartilhada com o Senac; a introdução da pessoa com deficiência, portadora de sofrimento mental, acon-tece com o aparato de uma capacitação exclusiva para esse fim. A seriedade e competência da instituição, já conhecidas em Minas Gerais, nos dão a confiança ne-cessária para acreditarmos nessa parceria, que se fortalece a cada dia.”

O instrutor e os aprendizes do Verdemar, que foram capacitados pelo Senac

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FEcomércio inFormativo • Edição 396 • 5

capa

formação dEtalEntos na prática

No Hotel Senac Grogotó, em Barbacena, estudantes de Hotelaria têm a oportunidade de conhecer a realidade do mercado Em escala de 1 a 5, a Comissão

Avaliadora do Ministério da Educação (MEC) concedeu aos cursos da Facul-dade Senac as seguintes pontuações*:

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Quem decide ingressar no Ensino Superior precisa ir além da escolha do curso. Ao eleger a instituição, é fundamental levar em conta critérios que refletem a qualidade. Bem con-ceituados pela Comissão Avaliadora do Mi-nistério da Educação, os cursos da Faculdade Senac têm investido em diferenciais estratégi-cos e competitivos. Entre eles, destacam-se as vivências práticas oferecidas aos alunos. Nas unidades da instituição, sediadas em Belo Ho-rizonte, Contagem e Barbacena, o calendário acadêmico dá ênfase a atividades que desen-volvem habilidades profissionais.

Um exemplo é o Núcleo de Consultoria Contábil da Faculdade Senac Unidade Conta-gem. No local, alunos de Ciências Contábeis esclarecem gratuitamente dúvidas fiscais, fi-nanceiras, contábeis, gerenciais e de processos a empresários do comércio, com orientação e acompanhamento dos professores. “Houve uma mudança no contrato social da minha em-presa e gostei da solução que me deram no Se-nac. Eles atenderam às minhas expectativas”, avalia o proprietário da loja Multilar, em Belo Horizonte, Antônio Cardoso.

Ainda em Contagem, alunos da graduação tecnológica em Gestão da Qualidade desen-volvem, durante o curso, treinamentos e fer-ramentas de qualidade em empresas interes-sadas. O curso de Administração, que figura com quatro estrelas no Guia do Estudante (Editora Abril), proporciona a aplicabilida-de de conhecimentos por meio da empresa simulada, metodologia do Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). No Núcleo de Empresa Júnior, es-tudantes do curso também atendem empre-sários por meio de pesquisas, diagnósticos e orientações. Entre os clientes, destaca-se o BIG Shopping em Contagem.

qualificaÇÃo para os contratados

Localizado em Barbacena, o Hotel Senac Grogotó funciona como um laboratório para

acesse:

www.mg.senac.br/faculdade e obtenha mais informações sobre os cursos de graduação.

alunos da graduação tecnológica em Hotela-ria. Primeiro hotel-escola da América Lati-na, o local sedia aulas práticas e é referência em educação profissional. “Estava, de início, mais focada em ingressar na área financeira, mas, após as práticas optei pela recepção, pois achei interessante o contato com as pessoas”, conta a ex-aluna do curso Juana Queiroz, que hoje trabalha no Hotel Mercure, no Estado do Rio de Janeiro.

Já quem cursa a graduação tecnológica em Gastronomia, na capital, experimenta a rotina de uma cozinha comercial no Restaurante--Escola do Senac, com acompanhamento de professores e do chef executivo do espaço. Os acadêmicos ainda atuam em vários eventos no Estado, reforçando ações extensivas. A aluna Isabella Machado auxiliou o preparo de um festim no Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, em 2014. “Foi importante essa aproximação com a prática, pois eu ainda não tinha tido essa experiência. Aprendi a ter jogo de cintura e a lidar com imprevistos”, disse.

NOTA 4 : Bacharela-do em Ciências Contábeis, graduações tecnológicas em Gastronomia, Hotelaria e Gestão da Qualidade.

NOTA 3: Bacharelado em Administração

*A nota leva em conta aspectos como a titulação e a experiência profissional do corpo docente, a infraestrutura e a orien-tação didático-pedagógica.

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6 • FEcomércio inFormativo • Edição 396

giro

montes claros em dia com a segurança alimentar

educação profissional e tecnologia na zona da mata

Controle da qualidade da água, além da conservação e do manuseio correto dos alimentos. Essas foram algumas das orientações que funcionários de bares e restaurantes de Montes Claros receberam do Programa Senac de Segurança Ali-mentar. Entre setembro de 2014 e abril deste ano, a consultora da instituição Ma-ria das Graças Pôncio percorreu 15 esta-belecimentos para fornecer informações sobre boas práticas de higiene e manipu-

lação de alimentos.A ação reforça exigências da legisla-

ção e integra o Projeto de Desenvolvi-mento de Bares e Restaurantes de Montes Claros, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Senac e a Vigilância Sani-tária do município. Proprietário dos bares e restaurantes Mapa de Minas na cidade, Tancredo Macedo avalia a consultoria. “Trabalho há 18 anos no ramo e nunca

Consultora Maria das Graças orienta a funcio-nária Hélia Mendes, do Restaurante Tom, um dos mais bem avaliados na cidade

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tive um treinamento parecido. Não sabia que não sabia de tanta coisa. Foi espeta-cular e muito enriquecedor”, disse.

A consultora Maria das Graças Pôn-cio informa que os estabelecimentos que atingirem 80% de aprovação nas práticas avaliadas irão receber uma de-claração de conformidade, válida por um ano. Além disso, a proposta é ins-tituir um selo de qualidade e seguran-ça dos serviços prestados, em parceria com as demais instituições.

soBre o programa O Programa Senac de Segurança Ali-

mentar abrange ações para melhoria do desempenho de empresas do setor de comércio de bens, serviços e turismo no segmento de alimentação. Para tanto, profissionais da área promovem consul-torias conscientizando quem manipula alimentos direta e indiretamente.

Acesse www.mg.senac.br para conhe-cer o Programa de Segurança Alimentar do Senac.

Empresários da Zona da Mata de Minas Gerais devem estar atentos à programação do Senac nos próximos meses. Na região, haverá dois eventos de profissionalização que podem contribuir para a qualificação de suas equi-pes. Em São João del-Rei, será realizada a 1ª Semana da Educação Profissional, no mês de junho. Na cidade de Barbacena, em maio, o evento será voltado para o setor de tecnologia, o Conexão em Redes.

Na Semana da Educação Profissional, a programação contará com palestras e oficinas com foco na gestão e no empreendedorismo.

tecnologia ou se interessa pela cultura tecnológica e suas novas ferramentas, aplicações e seus desafios. O Cone-xão em Redes será um evento gratuito e aberto ao público. As atividades irão ocorrer nos dias 27 e 28 de maio, na uni-dade do Senac, no Centro, e na praça dos Andradas, onde ficará a Unidade Móvel de Informática e Gestão.

Acesse www.mg.senac.br e confira a programação completa dos eventos na se-ção Unidades Educacionais - Barbacena e São João del-Rei .

“Serão abordadas diferentes possibili-dades para a qualificação e inserção de profissionais no mercado de trabalho”, explica o diretor da unidade, Heider Ro-cha. Para isso, de 15 a 19 de junho, haverá palestras e oficinas nos turnos da tarde e noite, com temas diversos como empreen-dedorismo, plano de negócios, controle de finanças etc.

conexÃo em redes Em Barbacena, a oportunidade será

voltada para quem atua no segmento de

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FEcomércio inFormativo • Edição 396 • 7

entreviSta

o núcleo de criação e design do senac, ins-talado no plug minas, é um grande incentivo aos futuros profissionais de minas?

As escolas livres e os projetos inovadores, como o do Plug Minas, me interessam muito. A educação profissional é uma grande aposta. Quando entrei no PlugMinas, fiquei fascinado com o lugar. É um espaço que dá o direito de escolha para o jovem, que pode optar por cur-sos de capacitação em teatro, dança, moda e novas tecnologias.

Nossa intenção é estimular o olhar, trazer [para o Núcleo] oficinas e profissionais do mer-cado, que venham acrescentar conteúdo à grade curricular.

o que o mercado espera do profissional de moda?

Que ele tenha um olhar difuso da área. Não basta ser um ótimo criador, é preciso saber o que está acontecendo com o país, entender um pouco de economia, da importância de um produto original, das questões comerciais que o Brasil estabelece com outros países, como a China. Outra coisa importantíssima é a técnica, é buscar um repertório. Esse repertório está na leitura, na cultura, no cinema, nas exposições, na arte, na própria história do país. Um livro que você lê, uma coisa que te emocione e até te

ronaldo fraga redesenha cursos de moda do senac

Formado pelo curso de Figurinista do Senac, hoje, Ronaldo traz sua expertise para a sala de aula

ex-Aluno dA instituição, o estilistA Mineiro destACA A iMportânCiA do repertório Cul-turAl, literário e ArtístiCo nA ForMAção do Futuro proFissionAl

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arro incomode, você pode falar sobre isso por meio

do seu trabalho...Entender o trabalho como a escrita pessoal do seu tempo.

o que é esse olhar difuso?É ter um olhar do mundo, trazer o mundo

para o seu trabalho. Daí você pode falar de sus-tentabilidade, de apropriação cultural, dessa questão tão falada e tão pouco entendida que é a economia criativa.

qual a relação entre o seu trabalho e a cultu-ra brasileira?

No segundo grau (hoje Ensino Médio), tive um professor de OSPB [Organização So-cial e Política do Brasil], que falava muito da apropriação cultural brasileira. Essa disciplina foi tão importante para minha formação! Na UFMG, no curso de estilismo, os professores tinham uma bagagem cultural gigantesca. Foi uma geração que trabalhou pelo fim da ditatu-ra, pelas ‘Diretas Já’. Daí comecei a perceber a importância da moda, não só como segmento econômico, mas como um vetor cultural pode-rosíssimo.

como o senac e outras instituições de moda podem contribuir para colocar no mercado um profissional diferenciado?

O Senac deve repensar o novo profissional, com mais personalidade, mais difuso, que en-tenda a importância do ofício e de suas possi-bilidades. Porque você pode se especializar em modelagem, em corte, em criação, mas, quando você entende a potencialidade disso, nunca fica desempregado, nunca vai ter crise para o seu trabalho.

quais as dicas para aqueles que querem se destacar no segmento?

Existe um desfoque de achar que todo mun-do tem que desfilar num grande evento, tem que estar no São Paulo Fashion Week, ser famoso, que a peça mais importante é o criador. Mas quem é o criador, ainda que desenhe muitíssi-mo bem, se não tem bons modelistas, pilotistas,

boas costureiras? Nos Estados Unidos, no Ja-pão, na Europa, o estudante passa por todo o processo de aprendizagem, de pesquisar, criar, desenhar, modelar sua própria roupa, escolher seus tecidos, costurar sua peça e apresentar. Isso é muito importante para entender a dimen-são e as possibilidades desse mercado.

para onde caminha a moda brasileira no ce-nário atual?

O Brasil passa por um momento de de-sindustrialização, que é muito sério. Mas sou otimista. Isso vai ser revisto, refeito, a moda é o segundo setor que mais emprega. Hoje, os países europeus estão reforçando a assinatu-ra, a sua identidade, mesmo que esse produto seja produzido em países asiáticos. O mundo encolheu e você tem que pensar num desenho, num produto que possa ser bem desenvolvido e aceito em qualquer parte do mundo. Nosso país não pode abrir mão da sua indústria, pelo seu tamanho, pelo contingente de pessoas que precisam ser empregadas. A indústria da moda nunca vai acabar no Brasil. Existem várias formas de trabalho, tem muita gente hoje que ganha dinheiro com a volta da roupa sob me-dida. Então, esse é um caminho. Mas antes de qualquer coisa, em tudo, você tem que impri-mir personalidade.

“entender o traBalho como a escrita pessoal do seu tempo.”

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Acesse www.mg.senac.br e conheça os cursos de moda oferecidos pelo Senac.

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8 • FEcomércio inFormativo • Edição 396

profiSSãodica do deScubraminaS.com

o quE faz um produtor dE moda?

Guimarães Rosa já dizia que “Minas são muitas”. Um Estado único, que alia cultura a um rico patrimônio histórico e a uma va-riedade de atrativos naturais, como os encontrados no semiári-do mineiro, no Norte de Minas. O local se destaca por ter a pecuária extensiva e a agricultura familiar como base de sua economia, mes-mo com a pouca disponibilidade de recursos hídricos.

Composta por cidades impor-tantes e desenvolvidas, como Bo-caiúva, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora e Salinas, a região possui áreas que constituem um pa-trimônio geológico e arqueológico inestimável. Entre os atrativos, es-tão 12 parques estaduais e nacionais de preservação ambiental, com des-taque para o Vale do Peruaçu, que abriga mais de 140 cavernas, 80 sítios arqueológicos e pinturas ru-pestres, além da tribo indígena dos Xakriabás. A reserva está localizada a 45 km do município de Januária,

cidade às margens do rio São Fran-cisco, com belas praias pluviais e cachoeiras lindíssimas.

tradiÇÃo queVem da coZinhaA culinária diversificada é outro

ponto forte do Norte de Minas. Ci-dade-polo da região e a sexta maior em população do Estado, Montes Claros é um município próspero e que se mantém fiel às suas tradi-ções. Carne de sol, arroz com pequi e frango caipira com pirão são espe-cialidades da gastronomia montes--clarense. Eventos populares, como folia de reis e festas juninas, acon-tecem todos os anos.

A região também é conhecida como um dos principais centros produtores da bebida que faz parte da história e da cultura brasileira, a cachaça. O município de Salinas produz, anualmente, cerca de 5 mi-lhões de litros, comercializados sob mais de 50 marcas em todo o país e no exterior.

Pense em um desfile onde os mo-delos caminham impecáveis e harmo-niosamente pela passarela. Ou imagine uma campanha publicitária, um show e até mesmo uma peça de teatro, nos quais os personagens geralmente apa-recem vestidos com muito bom gosto. Você sabe quem é o profissional que trabalha nos bastidores para que tudo seja feito no tempo certo e sem erros?

É o produtor de moda, a pessoa responsável por fazer com que tudo funcione da melhor maneira possível em uma produção que leva em conta desde o som, a iluminação, a forma como os modelos irão desfilar, até a contratação de cabeleireiro, de maquiador e a disposição dos convidados. “O produtor de moda, dentro de campanhas, editoriais de revistas, desfiles e eventos, é o braço direito do estilista ou de quem está promovendo a ação. É uma área que exige muito do profissional, mas, em contrapartida, oferece um leque diversificado de oportunidades de trabalho”, revela a diretora do Núcleo de Criação e Design do Senac, Juliana Ribas.

Para ser um produtor de moda, é preciso estar antenado e de olho nas tendências do mercado, além de es-tudar e pesquisar muito. E para quem quer seguir carreira na área, o Senac em Minas oferece o curso Técnico em Produção de Moda. Com 800 horas/aula e duração média de dez meses, o conteúdo, dividido em dois módulos, abrange desde a história da arte da moda, processos criativos e marketing, até empreendedorismo e comunicação aplicados a negócios do setor. Realizado no Núcleo de Cria-ção de Design, no Plug Minas, é o primeiro curso técnico da instituição no Estado, na área de moda.

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O navio a vapor Benjamim Guimarães, na cidade de Pirapora,é um dos principais atrativos do Norte de Minas