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FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FASETE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING Eder Cordeiro da Silva ESTUDO DA LOGÍSTICA REVERSA PÓS-CONSUMO DE PRODUTOS ELETRÔNICOS Paulo Afonso/BA Julho/2010

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FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FASETE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO

COM HABILITAÇÃO EM MARKETING

Eder Cordeiro da Silva

ESTUDO DA LOGÍSTICA REVERSA PÓS-CONSUMO DE PRODUTOS ELETRÔNICOS

Paulo Afonso/BA Julho/2010

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Eder Cordeiro da Silva

ESTUDO DA LOGÍSTICA REVERSA PÓS-CONSUMO DE PRODUTOS ELETRÔNICOS

Monografia apresentada ao curso de Administração com Habilitação em Marketing da Faculdade Sete de Setembro – FASETE, como requisito para avaliação conclusiva. Sob a orientação da profª. MSc. Cynthia Mattosinho.

Paulo Afonso/BA

Julho/2010

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Dedico este trabalho a minha querida mãe, fonte de amor incondicional e apoio para a realização deste projeto.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me conduzir por um caminho provedor e possibilitar a concretização deste projeto. Á minha mãe pessoa de grande força de vontade que com todo o seu amor e dedicação me proporcionou essa realização pessoal. À minha família por toda a compreensão. À minha namorada Heide Juliane pelo ombro amigo nos momentos difíceis da minha vida pessoal e acadêmica. À minha orientadora Msc. Cynthia Mattosinho, pela transmissão do conhecimento e dedicação. Aos meus amigos pela amizade e companheirismo. Agradeço a todos que com pequenos atos, esforçaram-se para que minha conquista se tornasse realidade. A todos o meu muito obrigado!!!

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“Quando você tem uma meta o que era obstáculo passa a ser uma das etapas do seu plano”. (Gerhard Erich Boehme)

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RESUMO

Esta monografia tem por objetivo analisar a relação das usinas de reciclagem com os produtos eletrônicos pós-consumo, verificando o envolvimento da logística reversa em todo o processo destes produtos descartados por tempo de uso ou pela velocidade da modernização dos produtos deste setor. Em específico este presente trabalho faz a verificação da existência dos canais reversos de resíduos de eletro-eletrônicos, com enfoque da atuação de empresas recicladoras nestes canais, com o objetivo de investigar ações de recolhimento deste produto e o que é feito com esse resíduo nas usinas de reciclagem deste setor. Estudos apontam que o meio ambiente é altamente agredido com o descarte incorreto dos produtos eletrônicos, portanto faz se necessário a efetiva formulação de leis que obriguem os fabricantes de produtos eletrônicos a praticarem o descarte correto, já que os produtos eletrônicos possuem componentes com grande nível de poluição, o que torna a logística reversa uma vertente da administração com grande importância, pois é a área da administração que planeja o canal reverso dos produtos. Foi feita uma pesquisa de campo com as usinas de reciclagem. Por fim foi realizado um questionário com três usinas de reciclagem de produtos eletrônicos mais precisamente a Oxigênio Desenvolvimento Políticas Públicas e Sociais e a Lixo Digital Do Brasil do estado de São Paulo e a PC VIDA do estado do Rio de Janeiro para averiguar a relação das mesmas com o governo e com as empresas comercializadoras destes produtos. Para analisar a quantidade de produtos reciclados e o funcionamento da fiscalização por parte do governo sobre o trabalho desenvolvido nas usinas de reciclagem. Verificou-se que o descarte de produtos eletrônicos ainda necessita de métodos mais eficientes para que as usinas de reciclagem tenham um maior acesso a esse produto descartado. É necessário que o governo e as empresas fabricantes de produtos eletrônicos cheguem a uma determinante para que de fato a logística reversa pós-consumo de produtos eletrônicos aconteça, com o apoio do governo as usinas de reciclagem poderão ter um maior acesso ao produto descartado, possibilitando a proteção do meio ambiente e a própria saúde humana, já que os componentes desses produtos são altamente prejudiciais à saúde. Palavras-chaves: Logística Reversa, Produtos Eletrônicos, Meio Ambiente, Usinas de Reciclagem.

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ABSTRACT

This thesis aims to analyze the relationship of recycling plants with post-consumer electronic products, verifying the involvement of reverse logistics in the whole process of these products dropped by time or by the speed of modernization of products in this sector. In particular this present study is the finding of reverse channels of waste electronics, focusing on the activities of recycling companies in these channels, in order to investigate the actions of gathering this product and what is done with the residue in plants recycling of this sector. Studies indicate that the environment is highly assaulted with the incorrect disposal of electronic products, so it is necessary to formulate effective laws that require manufacturers of electronic products to practice the correct disposal, since the electronic products have components with high level of pollution, which makes reverse logistics management with an aspect of great importance, as is the area of management plans that the reverse channel of products. We conducted a field survey with the recycling plants. Finally a questionnaire was conducted with three plants for recycling of electronic products more precisely the Oxygen Public Policy and Social Development and the Digital Dump From Brazil's São Paulo state and the PC Life of Rio de Janeiro to investigate the relationship thereof with the government and the trading companies of these products. To analyze the amount of recycled products and operation of surveillance by the government on its work in recycling plants. It was found that the disposal of electronic products still requires more efficient methods for the recycling plants have greater access to this waste product. It is necessary that government and business electronics manufacturers to reach a determinant for in fact the reverse logistics post-consumer electronic products from happening, with government support the recycling plants will have greater access to the waste product, enabling protecting the environment and human health itself, since the components of these products are highly detrimental to health.

Keywords: Reverse Logistics, Consumer Electronics, Environment, Recycling Plants.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Lixo Eletrônico em aterro sanitário........................................................ 28

Figura 02 – Componentes de um computador......................................................... 32

Figura 03 - Forma de reciclagem correta................................................................. 34

Figura 04 - Tópicos importantes da reciclagem....................................................... 35

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 - Quantidade de produtos eletrônicos reciclados por mês.......................45

Gráfico 02 - Porcentagem de parcerias para o recolhimento de materiais...............46

Gráfico 03 - Destino final dos produtos eletrônicos...................................................47

Gráfico 04 – Problemas de recolhimento..................................................................47

Gráfico 05 - Produtos eletrônicos mais recolhidos....................................................48

Gráfico 06 - Assistência governamental....................................................................49

Gráfico 07 - Relação com o governo.........................................................................49

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................ 12

1.2 DEFINAÇÃO DO PROBLEMA ...................................................................... 16

1.3 OBJETIVOS .................................................................................................. 17

1.3.1 Geral .......................................................................................................... 17

1.3.2 Específicos ............................................................................................... 17

1.4 Justificativa .................................................................................................... 17

1.5 Estrutura Monográfica ................................................................................... 18

2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 20

2.1 Logística ........................................................................................................ 20

2.1.2 Logística Reversa ....................................................................................... 21

2.1.3 A responsabilidade social da logística reversa pós-consumo ................... 24

2.2 Resíduos de produtos eletrônicos ................................................................. 26

2.3 Os resíduos eletrônicos no Brasil .................................................................. 32

2.3.1 Processo de Reciclagem ............................................................................ 33

2.4 Legislação Ambiental ..................................................................................... 36

3. METODOLOGIA .............................................................................................. 40

3.1 A pesquisa ..................................................................................................... 40

3.2Procedimento de coleta de dados da pesquisa .............................................. 41

3.3 Estratégia e instrumentos de coleta de dados ............................................... 42

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................... 45

4.1 Caracterização das empresas analisadas ..................................................... 45

5. CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 51

5.1 Limitações do estudo ..................................................................................... 54

6. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 55

APÊNDICE .......................................................................................................... 59

ANEXOS ............................................................................................................. 62

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1. INTRODUÇÃO

As empresas de todo segmento, estão cada vez mais procurando em apoiar

projetos e iniciativas que visam o bem estar da sociedade, desenvolvendo atitudes e

posturas que demonstrem um novo posicionamento em sua interação com o meio

ambiente.( Tachizawa, 2007,p.24). Segundo Leite (2003) a cultura de consumo é

caracterizada pela ideia do ciclo „compre-use-disponha‟ é adotada como padrão pela

sociedade até recentemente sem questionamentos. Porém, com a percepção da

destruição ambiental a sociedade em todas as partes do globo, tem se preocupado

cada vez mais com os diversos aspectos do equilíbrio ecológico. Como reação aos

impactos dos produtos sobre o meio ambiente, as sociedades têm desenvolvido uma

série de legislações e novos conceitos de responsabilidade empresarial, de modo a

adequar o crescimento econômico às variáveis ambientais.

1.1 Considerações iniciais

Para Martins (2009), o crescimento da população gera um excedente de

subprodutos de suas atividades que supera a capacidade de adaptação do meio

ambiente, o que pode representar uma real ameaça ao meio ambiente. O potencial

de reaproveitamento que os resíduos representam, somado a um fator de interesse

mundial que é a preservação ambiental e promoção do desenvolvimento

ecologicamente sustentável, impulsiona a necessidade de reverter essa situação.

Conforme o Ambiente Brasil (2007) os REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos

e Eletrônicos) contêm, em sua maioria, substâncias perigosas e o não

aproveitamento de seus resíduos, representa também um desperdício de recursos

naturais não renováveis. Sua disposição no solo em aterros ou lixões, assim como

os pneumáticos, as pilhas e baterias e as lâmpadas fluorescentes, são igualmente

prejudiciais à segurança e saúde do meio ambiente.

O processo de reciclagem desses produtos é complexo e requer a utilização de

tecnologias avançadas, devido à diversidade de materiais de sua composição e à

periculosidade das substâncias tóxicas.

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A reciclagem de computadores e de todo tipo de equipamento eletrônico é uma

grande preocupação atual. Além do desperdício e do seu grande potencial poluidor e

até mesmo tóxico, o chamado e-lixo ou lixo eletrônico, está sendo um malefício nas

cotações dos metais utilizados na fabricação de componentes e circuitos eletrônicos.

O meio ambiente está cada vez mais degradado com as mais variadas ações

antrópicas. O avanço da tecnologia faz com que os computadores sejam

descartados em curto intervalo de tempo o que aumenta o problema relacionado ao

lixo eletrônico, portanto é necessário que se implante um sistema sustentável que

regulamente e fiscalize a reciclagem efetiva de eletroeletrônicos.

Os resíduos são na verdade um problema agravante em todo mundo já que a

agressão ao meio ambiente é grande, causando danos e conseqüências

desastrosas aos seres humanos que serão percebidas ao passar do tempo. Os

resíduos são os resultados de diversas atividades que as comunidades realizam,

qualquer que seja o setor de trabalho o produzirá, os quais se lançados no meio

ambiente sem qualquer responsabilidade social prejudicará o mesmo.

À medida que uma região se desenvolve a quantidade de resíduos produzida

pela mesma aumenta, portanto é necessário que haja procedimentos que amenizam

esse descarte prejudicando menos o meio ambiente e os seres que vivem no

mesmo.

Assim, a logística reversa tem suma importância no contexto atual, pois visa

amenizar os impactos de uma sociedade consumista, por meio do reaproveitamento

e redirecionamento de produtos pós-consumo.

Segundo Rogers e Tibben-Lembke apud Chaves (2005); a Logística Reversa

pode ser definida como, processo de planejamento, implementação e controle da

eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo,

produtos acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o

ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada

disposição.

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A logística reversa planeja, opera e controla o fluxo e as informações

correspondentes de produtos de pós-venda ou de pós-consumo, o intuito da

logística reversa é ter o retorno do produto ao seu ciclo de produção ou de negócios.

Conforme o site Lixo Eletrônico (2008), com o avanço tecnológico, a questão

ambiental está em pauta no que diz respeito ao consumo exacerbado desses

produtos. Os consumidores começaram a adquirir uma consciência ambiental,

percebendo que o consumo desenfreado desses materiais causa acúmulo de

resíduos que podem provocar ações danosas ao meio ambiente e que a depender

do tipo de resíduo abordado, o dano pode se tornar irreversível, bem como tais

consumidores despertaram que a conseqüência pode agravar a si mesmo

prejudicando a sua saúde, causando danos físicos.

Diante dessa nova realidade e das exigências da sociedade, mudanças têm

sido observadas em todos os setores, particularmente no setor de produção. Essas

mudanças compõem o desenvolvimento sustentável, onde projetos são realizados

com o intuito de agredir cada vez menos o meio ambiente, conservando-o para

gerações futuras.

Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as

necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as

necessidades das futuras. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o

futuro (SWARBROOKE, 2000).

Conforme World Wildlife Fund (2008), essa definição surgiu na Comissão

Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), criada no ano de 1983

pela Assembléia Geral da ONU para discutir e propor meios de harmonizar dois

objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

A logística reversa faz com que o produto de uma determinada empresa que

se encontra em sua destinação final retorne ao ciclo de negócios, ou se enquadre

em uma disposição final adequada diminuindo os danos ao meio ambiente.

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Portanto, a logística reversa, objetiva colocar o produto de volta ao ciclo

produtivo, e para que esse produto esteja no seu clico de vida novamente é

necessário que haja uma reciclagem do mesmo e condicionamento para o uso

novamente.

De acordo com Alberto Claro (2005) o resíduo eletrônico é peculiar por um

motivo: seu ciclo de vida é curto, muito menor que a duração real da sua

produtividade. Some-se a isso a falta de incentivo à reciclagem, os altos preços para

desmontar e do tratamento dos elementos químicos envolvidos e, sobretudo, a falta

de políticas públicas, e tem-se um quadro assustador: de 20 a 50 milhões de

toneladas de novos resíduos eletrônicos jogados fora, anualmente, em todo o

mundo, segundo informam as Nações Unidas. Nos próximos cinco anos, esse

número vai triplicar.

Segundo o Cretatec Resíduos Elétricos e Eletrônicos (2010), seguido do México

e da China (0.4 kg/cap.ano), o Brasil (0.5kg/cap.ano) é o maior produtor per capita

de resíduos eletrônicos entre os países emergentes, segundo o mais recente estudo

da ONU sobre o tema. O Brasil também foi cotado como campeão em outro quesito:

faltam dados e estudos sobre a situação da produção, reaproveitamento e

reciclagem de eletrônicos: China, Índia, Argentina, Chile, Colômbia, Marrocos, África

do Sul e até mesmo o México realizam e centralizam mais informações sobre a

gestão de resíduos eletrônicos em seus países. A falta de uma lei nacional sobre

resíduos eletrônicos é vista como um dos principais obstáculos para uma gestão

eficiente do lixo eletrônico no país.

Conforme o site Lixo eletrônico (2008) a reciclagem consiste em separar os

materiais que compõem um objeto e prepará-los para serem usados novamente

como matéria-prima dentro do processo industrial. Nem sempre a reciclagem se

destina à reinserção dentro do mesmo ciclo produtivo: um computador reciclado

pode gerar materiais que vão ser utilizados em outras indústrias.

Em razão disso, essa pesquisa tem como objetivo analisar como ocorre a

logística reversa de pós-consumo dos resíduos eletrônicos, averiguando as relações

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estabelecidas entre as empresas comercializadoras de tais produtos com as usinas

de reciclagem e o cumprimento das leis estabelecidas no país a respeito da

descartibilidade de produtos eletrônicos corretamente.

1.2. Definição problema

É notório que a sociedade se preocupa cada vez mais com o equilíbrio

ambiental. O aumento de produtos descartados e a falta de canais de distribuição

reversos vêm gerando um desequilíbrio entre a quantidade de produtos descartados

e reaproveitados. No entanto, num futuro próximo, as decisões sobre a logística

reversa serão profundamente influenciadas pelos estudos de impactos no meio

ambiente (ROGERS e TIBBEN-LEMBKE, apud CHAVES, 2005).

Segundo Leite (2003), como reação aos impactos dos produtos sobre o meio

ambiente, a sociedade vem criando leis e novos conceitos sobre como progredir sem

comprometer as gerações futuras, minimizando os impactos ambientais. Atualmente,

as legislações contemplam diversos aspectos relativos à vida útil de um produto. O

processo de fabricação, matérias-primas utilizadas e disposição final são avaliadas.

O crescimento da sensibilidade ecológica tem sido acompanhado por ações

de empresas e governos, de maneira reativa ou proativa e com visão estratégica

variada, visando amenizar os efeitos mais visíveis dos diversos tipos de impacto ao

meio ambiente, protegendo a sociedade e seus próprios interesses. (LEITE, 2003,

p.21).

As empresas necessitam incluir em sua administração atitudes que visem o

manejo correto dos seus produtos pós-consumo, agindo de forma ambientalmente

correta, bem como incluindo em suas estratégias de administração novas formas de

empreendedorismo.

No descarte de resíduos eletrônicos as usinas de reciclagem destes produtos

possuem um importante papel, já que as empresas de reciclagem cuidam do destino

final dos produtos.

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Então diante da preocupação das organizações em relação aos danos dos

descartes de produtos, que prejudicam o meio ambiente e da possibilidade de lucro

com os produtos que já estavam descartados é que se formula o seguinte problema

de pesquisa: como os resíduos eletrônicos pós-consumo estão sendo tratados e a

sua relação com as usinas de reciclagem?

1.3. Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar o comportamento da logística reversa de pós-consumo de produtos

eletrônicos e o envolvimento das usinas de reciclagem deste setor.

1.3.2 Objetivos Específicos

Identificar os canais reversos de resíduos de eletro-eletrônicos, com enfoque

da atuação de empresas recicladoras nestes canais;

Verificar a existência de ações de recolhimento de resíduos eletrônicos;

Verificar o que é feito com o resíduo eletrônico no Brasil;

1.4 Justificativa

Segundo Leite (2003) a logística reversa aborda a questão no que diz respeito

ao destino do produto depois da exploração e do consumo do seu tempo de vida útil

e também o desempenho do papel da empresa diante da inutilização do seu produto

de venda. É uma área da administração que planeja, opera e controla o fluxo, e as

informações logísticas correspondentes ao retorno dos bens de pós-venda e de pós-

consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, através dos canais de

distribuição reversos, agregando-Ihes valores de diversas naturezas: econômico,

ecológico, competitivo.

O tema abordado tem como principal foco o descarte e reutilização de

produtos eletrônicos que estão ganhando uma importância crescente como uma

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estratégia de negócio lucrativa e sustentável. Em destaque a área de informática e o

desenvolvimento de métodos de recolhimento do lixo eletrônico, proveniente de seu

produto de venda e a sua consequente devolução ao fabricante para uma posterior

reciclagem, realizada de maneira adequada promovendo a fidelização do

consumidor e o fator da conscientização ecológica.

O relatório da ONU (2010) aponta que o mercado chinês pode representar uma

das maiores ameaças. O país produz cerca de 2.3 bilhões de toneladas de lixo

eletrônico atualmente, e o forte mercado informal, junto com a falta de uma rede de

coleta dos resíduos, atrapalha o desenvolvimento de usinas de reciclagem no país.

No Brasil, duas iniciativas recentes buscam minimizar os danos provocados

pelo eletrônico. Um grupo de empresários criou um serviço personalizado de lixo,

enquanto a Universidade de São Paulo inaugurou um centro de reciclagem de

eletrônicos.

A sociedade se preocupa cada vez mais com o equilíbrio ambiental. O

aumento de produtos descartados e a falta de canais de distribuição reversos vêm

gerando um desequilíbrio entre a quantidade de produtos descartados e

reaproveitados. Outrora, as empresas pensavam na logística reversa como um

problema estritamente ambiental. Atualmente, elas estão interessadas na logística-

reversa por planejar o retorno dos materiais aos fornecedores.

O estudo deste tema despertou interesse pelo fato de que se observa um

corrente aumento de consumo de produtos da área de informática, devido à sua

constante atualização, porém a reciclagem dos eletroeletrônicos que são

descartados não é comentada, ou não existem informações sobre o recolhimento

deste material desencadeando danos ao meio ambiente.

1.5 Estrutura Monográfica

O corpo do presente trabalho está organizado em capítulos, cada um com sua

descrição. O primeiro capítulo é sobre o conceito de logística, bem como as

empresas analisam e englobam sua definição. A questão ambiental foi levantada

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com a posição da sociedade atual em relação aos produtos descartados no meio

ambiente o que leva as empresas a reformular seus procedimentos em relação ao

produto.

No segundo capítulo mostra- idéias e concepções de autores na área de

logística, logística reversa, logística reversa de pós-consumo e produção, bem como

autores que relatam os danos causados ao meio ambiente no lançamento de

produtos no mesmo e a questão do pensamento da sociedade atual que detém uma

certa preocupação com o destino final deste produto ao ser descartado.

O terceiro capítulo apresenta a metodologia de pesquisa, como foi realizado o

estudo para a concretização do trabalho. As pesquisas utilizadas, pesquisa

bibliográfica que é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados,

revestidos de importância, por seres capazes de fornecer dados atuais e relevantes

com o tema, e a pesquisa de campo que procede à observação de fatos e

fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos

mesmos.

No quarto capítulo, encontra-se à análise e interpretação desses dados, com

base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar

o problema pesquisado. As considerações finais são apresentadas no quinto

capitulo, no qual os resultados serão relatados e comentados.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão apresentados os conceitos de reciclagem, logística

reversa, bem como definições de logística, em específico será abordado a relação

das usinas de reciclagem com o resíduo eletrônico. No decorrer o estudo faz um

relato da responsabilidade socioambiental em relação ao descarte do resíduo

eletrônico e o enquadramento das usinas de reciclagem do desempenho de suas

atividades com esse tipo de resíduo.

2.1 Logística

Logística, de acordo com a Associação Brasileira de Logística – ASLOG

(2007) é definida como:

O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem eficientes e de baixo custo de matérias primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente.

A logística é o processo de gerenciar estrategicamente sem aquisição,

movimentação e armazenagem de materiais de peças e produtos acabados (e os

fluxos de correlatos).

Um dos objetivos mais importantes da logística é conseguir criar mecanismos

para entregar os produtos ao destino final num tempo mais curto possível, reduzindo

os custos. Para isso, os especialistas em logística estudam rotas de circulação,

meios de transportes, locais de armazenagem (depósitos) entre outros fatores que

influenciam na área (SANTOS, 2009).

Segundo Bussinger (2008), durante muitos séculos, a Logística esteve

associada apenas à atividade militar. Por ocasião da Segunda Guerra Mundial,

contando com uma tecnologia mais avançada, a logística acabou por abranger

outros ramos da administração militar. Assim, a ela foram incorporados os civis,

transferindo a eles os conhecimentos e a experiência militar. Podemos dizer que a

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logística trata do planejamento, organização, controle e realização de outras tarefas

associadas à armazenagem, transporte e distribuição de bens e serviços.

Com o desenvolvimento do capitalismo, sobretudo a partir da Revolução

Industrial, a logística tornou-se cada vez mais importante para as empresas num

mercado competitivo. Isto ocorreu, pois a quantidade de mercadorias produzidas e

consumidas aumentou muito, assim como o comércio mundial. Atualmente, com a

globalização da economia, os conhecimentos de logística são de fundamental

importância para as empresas.

A definição mais recente de logística é dada segundo o CLM - Council of

Logistics Management norte-americano, Conselho de Administração Logístico

segundo a qual:

A logística é um processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo de armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. (NOVAES, 2000, p.36).

A logística empresarial possui função integrada, apesar de as empresas

terem atividades como suprimento, transporte, estocagem e distribuição de produtos,

a integração dessas atividades no mercado é novidade, pois uma atividade está

relacionado à outra, bem a destinação final do produto pós-consumo, já que a

população está conscientizada dos malefícios dos resíduos de qualquer

especificação. A logística também engloba o estudo e definição dos fluxos de

informações que colocam os produtos em movimento, com o propósito de

providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.

2.1.2 Logística Reversa

Segundo Rogers e Tibben-Lembke, apud Santana, (2009), as atividades da

logística reversa consistem basicamente em coleta de materiais usados, danificados

ou rejeitados, produtos fora de validade, e a embalagem e transporte do ponto do

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consumidor final até o revendedor. Com o retorno do produto, a empresa dispõe de

algumas opções de disposição.

De acordo com a Associação de Brasileira de Logística existem empresas

que não possuem capacitação para recondicionar seus produtos. Nesses casos,

essa função é delegada a firmas terceirizadas mais precisamente, no ano de 2001, o

Council of Logistics Management -CLM - define a logística reversa como:

Logística Reversa é definida como a parte do processo da cadeia de suprimento que planeja, implementa e controla de modo eficiente e eficaz o fluxo direto e reverso e o estoque de bens, serviços e informação entre o ponto de origem e o ponto e consumo com o propósito de atender os requisitos dos clientes.

A logística moderna engloba, entre outros, os fluxos de retorno de peças a

serem reparadas, de embalagens e seus acessórios, de produtos vendidos

devolvidos e de produtos usados (consumidos) a serem reciclados.

Conforme Souza (2006), a definição do Council of Supply Chain Management

Professionals – CSCMP (2006) é:

[...] um segmento especializado da logística que foca na movimentação e gerenciamento de produtos e recursos após a venda e após a entrega ao consumidor, incluindo retorno de produtos e reparos.

A logística reversa é vista como uma área da logística empresarial que

planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, ela faz

com que o produto já descartado retorne ao ciclo produtivo depois de ter passado

por um processo de reciclagem, ou recondicionamento do mesmo envolvendo

diversas vertentes de natureza: econômica, social, legal, logístico, entre outros.

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Dentre várias definições encontradas, Leite (2003, p. 17) define bem o termo

como sendo:

A área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros.

Ainda conforme Leite (2003), para compreender as diferenças principais entre

os bens de pós-consumo e de pós-venda podem ser obtidas a seguir com o

conceitos de:

Pós-consumo: vida útil encerrada podendo ou não ser retornado ao ciclo

produtivo, pode ser reaproveitado na fabricação de um mesmo produto ou distinto,

fluem por canais de reuso, desmanche e reciclagem até a destinação final.

Exemplos: coleta de lixo, desmanche de automóveis e computadores.

Pós-venda: sem uso ou pouco uso, devoluções por qualidade, defeitos de

fabricação ou funcionamento, avarias no produto ou na embalagem, submetem-se a

consertos ou reformas para retornar ao mercado sob forma de liquidação, pontas de

estoque. Exemplo: excesso de estoques, erros na expedição dos produtos a partir

da fábrica.

Devido ao aumento crescente do descarte dos produtos de utilidade após seu

primeiro uso, motivado pelo nítido aumento da descartabilidade dos produtos em

geral, não encontrando canais de distribuição reversos de pós-consumo suficiente

devidamente estruturados e organizados, provoca desequilíbrio entre as

quantidades descartadas e as reaproveitadas, gerando um enorme crescimento de

produtos de pós-consumo. Gerando o que é um dos grandes problemas da

atualidade que é a disposição do resíduo eletrônico.

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Analisando os conceitos sobre logística reversa entende-se que um da

administração que se refere a todas as atividades logísticas de coletar, desmontar e

processar produtos elou materiais e peças usados a fim de assegurar uma

recuperação sustentável (amigável ao meio ambiente).

Conforme Cezar (2008), a logística reversa por ser uma área no qual emite

custos a maioria das empresas não possui interesse em sua implantação, já que o

procedimento logístico, diz respeito ao fluxo de materiais que voltam à empresa por

algum motivo (devoluções de clientes, retorno de embalagens, retorno de produtos

e/ou materiais para atender à legislação). Como é uma área que normalmente não

envolve lucro ao contrário, apenas custos, muitas empresas não lhe dão a mesma

atenção que ao fluxo de saída normal de produtos.

A logística reversa contempla uma variedade de atividades. Os produtos são

retomados a partir do consumidor final ou por algum membro da cadeia de

suprimento, como atacadistas ou vendedores diretos. Independente da forma, o

produto deverá ser coletado e separado para o envio ao próximo estágio.

Em Stock (apud Leite 2003, p.15) encontra-se a seguinte definição:

Logística reversa: em uma perspectiva- de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na· fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de matérias, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura.

Embora a logística reversa seja uma vertente da área administrativa ainda

em processo de desenvolvimento nota-se que é de grande importância para o

desencadeamento politicamente e ambientalmente correto dos resíduos dos

produtos pós-consumo, efetivizando uma sociedade com ações de sustentabilidade.

2.1.3 A responsabilidade social na logística reversa pós-consumo

Devido à crescente inovação tecnológica, os produtos estão sendo

descartados em pouco tempo de uso, o acúmulo destes produtos é um grande

problema urbano, diante da preocupação com meio ambiente e também com a

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25

saúde humana, é necessário que as empresas detenham um planejamento para

todo o ciclo de vida deste produto, mantendo a responsabilidade social e ambiental.

Existem diversos tipos de coleta de pós-consumo, são: coleta domiciliar do

lixo, aterros sanitários e lixões, coleta seletiva domiciliar e a coleta informal.

Conforme Leite (2002), um dos indicadores do crescimento da

descartabilidade de produtos é o aumento do lixo urbano em diversas partes do

mundo. Os diversos tipos de bens produzidos em algum momento passarão a ser de

pós-consumo. A disposição final segura o desembaraço dos bens usando-se um

meio controlado que não danifique, de alguma maneira, o meio ambiente e que não

atinja, direta ou indiretamente, a sociedade. Essa disposição é a mais viável já que

beneficia o meio ambiente e o homem.

Os canais de distribuição reversos de bens de pós-consumo constituem-se

nas diversas etapas de comercialização pelas quais fluem os resíduos industriais e

os diferentes tipos de bens de utilidade ou seus materiais constituintes, até sua

reintegração ao processo produtivo, por meio dos subsistemas de desmanche,

reciclagem ou reuso.

A logística reversa de pós-consumo é definida por Leite (2003,p.18) como:

A área de atuação da logística reversa que equaciona e operacionaliza igualmente o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral que retomam ao ciclo de negócios ou a ciclo produtivo por meio dos canais de distribuição reversos específicos.

Um bem é chamado de pós-consumo quando é descartado pela sociedade. O

momento do descarte pode variar de alguns dias a vários anos. As diferentes formas

de processamento e comercialização, desde sua coleta até a integração ao ciclo

produtivo como matéria-prima secundária, são chamadas de canais de distribuição

reverso pós-consumo.

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26

A descartabilidade de um produto é que dá início ao processo de logística

reversa. “O foco de atuação da logística reversa envolve a reintrodução dos produtos

ou materiais à cadeia através do ciclo produtivo” (CHAVES e MARTINS, 2005, p.

13).

É perceptível que a sociedade se preocupa cada vez mais com o equilíbrio

ambiental. O aumento de produtos descartados e a falta de canais de distribuição

reversos vêm gerando um desequilíbrio entre a quantidade de produtos descartados

e reaproveitados. Antigamente, as empresas pensavam na logística reversa como

um problema estritamente ambiental. Atualmente, elas estão interessadas na

logística reversa por planejar o retomo dos materiais aos fornecedores. (ROGERS &

TIBBEN-LEMBKE, 1998).

Os produtos de Pós-Consumo são bens que podem ser utilizados no final de

sua vida útil, integralmente ou parcialmente, podendo também serem reaproveitadas

suas partes e material constitutivo. O principal objetivo da Logística Reversa de Pós-

Consumo e o de agregar valor no decorrer da cadeia logística a um produto

inservível ao proprietário original, ou que ainda possua condições de utilização, ou

que tenha sido descartado após o final de sua vida útil ou mesmo que se enquadre

como resíduo industrial (LEITE, 2003).

O aumento da responsabilidade ambiental por parte das empresas,

atualmente, é fator preponderante no entendimento dos processos de recuperação

de resíduo pós-Consumo (MENDES, e CAETANO DA SILVA, 2005). Além disso, a

crescente preocupação das empresas com a imagem institucional perante as críticas

da sociedade referente às questões ambiental tem transformado a adoção de

políticas da Logística Reversa como vantagem competitiva, além de possíveis

benefícios econômicos oriundos dos desdobramentos propostos por estas políticas.

2.2 Resíduos de produtos eletrônicos

Os computadores estão presentes em nossa vida de uma forma nunca vista

anteriormente. Seja em casa, na escola, na faculdade, na empresa, ou em qualquer

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27

outro lugar, eles estão presentes no cotidiano de todas as pessoas independente da

classe econômica ou social.

Os programas de computadores possuem avanços em um curto intervalo de

tempo, bem como todo equipamento o que faz com que as pessoas adquiram tais

equipamentos na mesma velocidade em que são lançados no mercado de trabalho e

a partir passam a descarte o produto menos avançado tecnologicamente, como são

produtos que possuem várias composições químicas se forem lançados no meio

ambiente causam vários· danos.

De acordo com Lixo Eletrônico (2008), resíduo eletrônico é o nome dado aos

resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos (o que

inclui televisores, telemóveis, computadores, geladeiras e outros dispositivos). Tais

resíduos, descartados em lixões, constituem-se num sério risco para o meio

ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, tais

como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com o solo, estes produtos

contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar. Além disso, causam

doenças graves em catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados nos

lixões.

Conforme a OXIL (2008), o crescimento nas vendas de equipamentos de

informática já resulta em aumento da geração de lixo eletrônico, com o descarte de

máquinas obsoletas. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

(Abinee) aponta para 10,1 milhões de computadores. Essa troca cada vez mais

rápida de equipamentos gera preocupação em relação ao aumento do passivo

ambiental. Com o objetivo de fazer frente a esse processo, surgiu, em 1999, a Oxil,

empresa brasileira pioneira em sistema de manufatura reversa no País.

Especializada no gerenciamento de resíduos de grandes fabricantes de

equipamentos de informática, telefonia e fabricação de novos produtos.

Uma vez encerrada a etapa inicial de consumo e uso de eletrônicos, ou seja,

depois que a pessoa ou organização que comprou determinado equipamento já o

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28

usou ao máximo, ainda existe uma série de alternativas antes do efetivo descarte

para a reciclagem.

O produto que possui um longo período de vida útil pode se destina ao seu

uso novamente depois de passar um recondicionamento. Os Canais reversos de

reuso diz respeito à reutilização dos materiais ou produtos classificados como bens

duráveis, cuja vida útil estende-se por vários anos. “Nos casos em que ainda

apresentam condições de utilização podem destinar-se ao mercado de segunda

mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de vida útil” (LEITE,

2003, p. 57).

De acordo com a FUNAGUAS (2007), devido à modernização a vida útil dos

eletro-eletrônicos tem sido cada vez mais curto. O lançamento de novo

equipamentos provoca o descarte de milhares de produtos provocando o acúmulo

de lixo eletrônico. Ressaltando que cada um desses aparelhos possuem substâncias

tóxicas que provocam alterações nos organismos dos seres vivos. Um computador,

por exemplo, têm vários elementos químicos que podem causar sérios danos

ambientais, além de metais preciosos, que podem e devem ser reaproveitados. A

grande questão é saber como reciclar os dejetos eletrônicos da melhor maneira.

Podemos observar esse descarte desenfreado na figura abaixo, onde possui um

número exorbitante de monitores descartados de maneira errônea no meio

ambiente.

Figura 01 – Lixo Eletrônico em aterro sanitário Fonte: www.ban.org

Segundo dados do IBGE (2007), mais de 25% do lixo produzido nas cidades

brasileiras são recicláveis ou re-aproveitáveis. Os efeitos da reciclagem afetam

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29

diretamente o meio ambiente, seja pela economia de energia, diminuição do lixo

produzido destinado a lixões e aterros sanitários, reduzindo, assim, as áreas

utilizadas para depósito de lixo e minimizando a retirada de matérias-primas do meio

ambiente.

O lixo eletrônico constitui o problema de coleta de resíduos de maior

crescimento no mundo. É uma questão que tende agravar cada vez mais na medida

em ocorre o desenvolvimento industrial. Nos locais onde esse lixo é descartado,

muitos dos catadores tem contado direto com o produto sem ter noção do que ele

pode lhe causar, é um problema de saúde pública. O lençol freático é contaminando

na medida em que as substâncias tóxicas que compõem esses eletrônicos penetram

no solo e o alcança, o que pode causar danos a partir do momento em que a água

seja utilizada.

A produção e o consumo de eletrônicos são elementos totalmente

interdependentes. A indústria de computadores juntamente com o apoio da mídia

incentiva a população fazendo com que ela adquira o mais novo produto sendo que

tal produto possui apenas um pequeno detalhe como novidade, e este consumismo

exagerado contribui para o aumento de resíduos eletrônicos que agravante para o

meio ambiente e para os próprios consumidores.

Segundo Leite (2003), a sociedade vivencia a cultura do consumo,

caracterizada pela idéia do compre-use-disponha, o que propicia incentivo à pouca

durabilidade e utilidade dos bens consumidos, porém tem-se observado o

aparecimento de uma nova cultura que seria reduza-reuse-recicle, visando manter

uma maior responsabilidade da sociedade perante o meio ambiente.

É necessário reduzir o consumo desenfreado dos produtos eletrônicos para

que ocorra a diminuição do lixo eletrônico, e o consumidor deve consumir com

responsabilidade social e ambiental, apesar de ser um meio mais caro, faz se

necessário para que se utilize a natureza como fonte de matéria-prima por longo

período de tempo.

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30

O crescimento da sensibilidade ecológica tem sido acompanhado por ações

de empresas e governos, de maneira reativa ou proativa e com visão estratégica

variada, visando amenizar os efeitos mais visíveis dos diversos tipos de impacto ao

meio ambiente, protegendo a sociedade e seus próprios interesses (LEITE, 2003).

É de suma importância reutilizar os equipamentos para estender sua vida útil,

qualquer equipamento eletrônico, principalmente aqueles que têm um alto nível de

processamento de informação como os computadores que com o uso adequado tem

uma vida útil por um longo período.

O descarte de lixo eletrônico com responsabilidade no Brasil ainda é um

processo em andamento devido a sua característica de país subdesenvolvido. Os

indivíduos podem se conscientizar fazendo doações destes eletrônicos que

deixariam de ser lixo eletrônico e passariam a ser utilizados por instituições que não

possuem poder aquisitivo para acompanhar a tecnologia de ponta.

Sobre a descartabilidade dos aparelhos eletrônicos, conforme Leite (1998a):

Eletrodomésticos, automóveis, computadores, embalagens, telecomunicações etc. Têm seus custos reduzidos e uma obsolescência acelerada, gerando produtos de ciclo de vida cada vez mais curtos. A descartabilidade entra em um momento histórico no fim de nosso século.

Segundo a Philiphs (2007), a empresa faz parte de uma iniciativa global,

batizada de Solving the e-waste Problem (Stesp), ou seja, resolvendo o problema do

lixo eletrônico. Lançada oficialmente, em março de 2007, a iniciativa inclui membros

como com a Organização das Nações Unidas (ONU), governos, ONGs, empresas

como Hewlett-Packard, Microsoft, Dell, Ericsson e Cisco Systems, bem como

companhias de reciclagem. Um dos seus principais objetivos é padronizar os

processos de reciclagem em termos mundiais, para colher componentes valiosos no

lixo eletrônico, aumentar o ciclo de vida dos produtos e harmonizar a legislação e as

políticas mundiais que tratam do tema.

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Analisando a questão do lixo eletrônico nas cidades brasileiras observa-se

que de acordo com a Assembléia do Governo, no Rio Grande do Sul, a questão do

lixo eletrônico já é projeto de lei 203/91 que está sendo discutido na Câmara dos

Deputados para definir a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O artigo 33 do

projeto, que regulamenta a logística reversa e a reciclagem, teve seu texto alterado e

produtos eletro-eletrônicos ficaram fora, por pressão da indústria.

É importante que quando esse projeto de lei sobre a Política Nacional dos

Resíduos Eletrônicos for aprovado tenha como principal objetivo amenizar a

agressão contra o meio ambiente e que venha garantir a conservação do mesmo e

não dar prioridades a determinadas empresas devido a sua posição no mercado.

A composição do lixo eletrônico possui resíduos tóxicos, de difícil reciclagem

e manejo. É uma grande ameaça ao meio ambiente e a saúde das pessoas, por seu

potencial contaminante. Este lixo está se transformando em um problema para as

organizações ecologistas e as autoridades estatais.

Conforme Smaal (2009), a vida moderna está cada vez mais veloz, e as

novidades que antes demoravam anos para chegar ao Brasil, atualmente podem ser

conhecidas em tempo real. Os lançamentos são mundiais e cada vez mais há novos

produtos sendo oferecidos no mercado.

Sabe-se que muitos dos materiais utilizados no computador devem ser

retirados da natureza, iniciando já na extração o impacto sob o meio ambiente. Isso

faz com que cada vez mais seja necessário trabalhar com a reciclagem. Cada

computador utiliza matérias diversas que podem ser reciclados. Na figura abaixo

observa-se os componentes de um computador.

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Figura 02 – Componentes de um computador. Fonte: http://www.idite-minho.pt/index.php.

É notável que o descarte inadequado de computadores no meio ambiente é

extremamente prejudicial ao ser humano já que composto por metais altamente

contaminantes, podendo causar danos à saúde, bem como prejudica todo o ciclo de

vida do ecossistema onde foi realizado o descarte incorretamente.

2.3 Os resíduos eletrônicos no Brasil

Conforme o Smaal (2009), o Brasil produz 2,6Kg de lixo eletrônico por

habitante ao ano, o equivalente a menos de 1% da produção mundial de resíduos do

mundo, porém, a indústria eletrônica continua em expansão.

Uma parte do lixo é formada por eletrodomésticos, e na outra metade estão

incluídos computadores, celulares, esse número cresce a cada dia, devido a

modernização desses aparelhos e o consumismo exacerbado das pessoas.

Como a população ainda pratica o descarte errôneo de resíduos eletrônicos, o

lixo eletrônico se torna um vilão da saúde pública, com o descarte do lixo eletrônico

sem responsabilidade ambiental os componentes desses aparelhos possuem um

grande poder de contaminação. O mercúrio, muito utilizado em computadores,

monitores e TVs de tela plana, pode causar danos cerebrais e ao fígado.

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Segundo o IBGE (2008), os brasileiros produzem diariamente cerca de 228

mil toneladas de lixo, das quais a maior parte não vai passar por um processo

adequado de recolhimento e destinação.

O lixo é classificado de acordo com a sua origem (domiciliar, industrial,

hospitalar) e sua composição (orgânico e inorgânico), enquanto que as sucatas

eletrônicas são classificadas como lixo eletrônico ou e-lixo.

A partir do momento em que estes elementos tóxicos são enviados para

lixões e contaminam tanto o solo como a água, todos aqueles se utilizam dessas

fontes será contaminado pelos detritos. Podendo causar danos a saúde humana e

mudanças em todo o ecossistema.

2.3.1 Processo de reciclagem

A usina de reciclagem é um conjunto de máquinas e funcionários que

separam do lixo aqueles produtos que podem ser reciclados e a massa principal se

transforma em matéria prima para novos produtos.

Segundo Leite (2003, p.125):

A percepção e crescente sensibilidade com relação ao meio ambiente tornou-se obrigatória em declarações de missões empresarias. As estratégias de gestão de meio ambiente passaram a ser parte integrante da reflexão empresarial, pelo menos nas empresas líderes e ditas excelentes em seus setores.

Segundo Costa (2008), devido à responsabilidade social muitas empresas

tem em plano de marketing todo o planejamento do destino do produto pós-

consumo, já que os seus consumidores já possuem a consciência ambiental.

Portanto essas empresas fazem todo o trajeto do seu produto desde a sua compra

até o seu descarte. Existem empresas que disponibilizam no próprio site o trajeto e

como entrar em contato para que esse descarte do produto seja ambientalmente

correto. Essa atitude é efetuada com o intuito de evitar a degradação ambiental e

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34

agradar todos os envolvidos com a produção do produto e principalmente o seu

cliente.

Ainda conforme Costa, 2008, faz-se necessário que essas empresas tenham

em posse certificados que comprove que suas atividades estejam de acordo com a

legislação ambiental, e a partir disso adquirir o consentimento da licença ambiental

pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –

IBAMA, atestando desta forma o correto gerenciamento de resíduos sólidos

industriais.

Muitas vezes as empresas não possuem pessoal capacitado o que dificulta a

realização do processo, bem o maquinário necessário para tais procedimentos

possuem valores muitos altos, tornando mais difícil a sua concretização.

Conforme o site Lixo Eletrônico (2009) é preciso reciclar os aparelhos

eletrônicos que não serão mais utilizados. Existem várias empresas que lidam com a

reciclagem destes materiais, como por exemplo, a Canon que possui um programa

de reaproveitamento de impressoras, ou é possível fazer doações de computadores

para organizações que trabalham com a inclusão digital.

Na figura 03 pode-se observar melhor um exemplo de reciclagem correta:

Figura 03 – Forma de reciclagem correta. Fonte: www.conei.sp.gov.br. 2008.

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35

O computador é descartado são separadas as peças que o compõe e

posteriormente ocorre à trituração dessas peças, forma-se um pó que empacotado e

acondicionado para que sejam extraídas substâncias químicas das mesmas.

Encontra-se alguns modos para dar finalidade aos produtos eletrônicos que

são descartados, como doações para pessoas carentes que não podem

acompanhar essa modernização, esse consumismo da sociedade atual, como a

doação para os museus digitais e para ONGs que trabalhem com inclusão digital.

Portanto para que o meio ambiente seja respeitado devem-se seguir os

seguintes tópicos que estão citados na figura 04:

Figura 04 – Tópicos importantes da reciclagem.

Fonte: http://www.lixoeletronico.org.2008

Há uma necessidade de uma aprovação da política brasileira de resíduos

eletrônicos para que o descaso nesse âmbito seja amenizado. A questão da

descaracterização ocorre no momento da reciclagem a total transformação das

peças, embora exista aquelas peças que no qual não se consegue realizar a

descaracterização e em seguida ocorre a reciclagem, onde as peças inutilizadas dão

origem a matérias-primas para a formação de um novo produto.

A maioria do lixo eletrônico captado no Brasil é processado da seguinte

forma: as partes valiosas mais expostas ou aquelas que não podem ser

descaracterizadas são separadas manualmente. Todo o restante é, em essência,

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36

moído, para em seguida ser acomodado em contêineres e enviado para fora do

país.

De acordo com o Lixo Eletrônico (2008) que existem pouquíssimas empresas

no Brasil que realizam todo o processo de separação e preparação de materiais para

a reciclagem. O material é separado e os resíduos perigosos são enviados para

refinarias fora do Brasil. Praticamente não existe mão de obra especializada na área

no Brasil, e eles precisam capacitar à força de trabalho dentro da própria empresa.

De acordo com a norma européia (2008), chamada WEEE (Resíduos de

equipamentos elétricos e eletrônicos), restringe o uso de algumas substâncias

tóxicas na produção, e prevê que só haja três destinos possíveis para o lixo

eletrônico: reciclagem, incineração ou exportação.

2.4 Legislação Ambiental

Como instrumento para a preservação ambiental, o ser humano tem as leis

que regem a forma de agir com o meio ambiente. Embora muitas vezes estas leis

sejam desobedecidas, Deve-se utilizar os meios existentes a fim de manter os

recursos e ambientes naturais remanescentes.

Segundo Irigaray (2007), para conservar o meio ambiente apresenta uma

Política Ambiental comprometida em garantir a integridade ambiental, preservando

as espécies sejam elas animais ou vegetais que habitam o meio. Prevenção da

poluição através da diminuição dos mais variados tipos de resíduos, essas políticas

ambientais são responsáveis pela a melhoria continua em todos os processos e

práticas relacionadas ao meio ambiente.

Ainda conforme Irigaray (2007), existe um projeto que apóia a necessidade de

um comprometimento das empresas com o destino final dos produtos eletrônicos, já

que as substâncias que os compõem são bastante maléficas aos seres humanos, a

nível de informação do perigo dos componentes do lixo eletrônico seguirão alguns

exemplos: o chumbo, que é encontrado no computador, nos celulares e em

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aparelhos de televisão, pode causar danos nos sistema nervoso e sanguíneo. Já o

mercúrio, usado nos computadores, monitores e televisores de tela plana, podem

causar danos no fígado e no cérebro.

O projeto da Política Nacional dos Resíduos Sólidos define claramente a

atribuição de responsabilidade de coleta, reciclagem e deposição adequada dos

resíduos eletroeletrônicos aos respectivos produtores, importadores, distribuidores e

comerciantes.

Abaixo se encontra o trecho da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em

sua versão consolidada aos 24 de abril de 2009 da subemenda substitutiva global de

plenário ao Projeto de Lei no. 203, de 1991:

Art. 33. Estão obrigados a estruturar e implementar sistema de logística reversa, mediante retorno dos produtos e embalagens após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I - agrotóxicos e outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso observado as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II – pilhas e baterias; III - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; IV – pneus; V – produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

O que faz com que as empresas possuam a responsabilidade sócio-ambiental

com os produtos que colocam em circulação no mercado. De acordo com o site Lixo

Eletrônico (2008), no Brasil não há uma legislação em âmbito federal que trate

claramente do papel das empresas no que se refere à fabricação, ao recolhimento e

ao descarte desses produtos. O que agrava o problema do descarte dos resíduos

eletrônicos.

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Algumas empresas possuem programas de preservação ambiental,

reciclando o seu produto, como por exemplo, a Motorola, com o projeto ECOMOTO,

que recupera os produtos descartados e muitos dos seus componentes são

reaproveitados.

A sensibilidade ecológica, tanto da sociedade como das organizações

empresariais, tem se transformado recentemente pela crescente “visibilidade” dos

citados efeitos, seja por serem realmente evidentes ou por informações sobre suas

conseqüências, percebidas nos desastres ecológicos (LEITE, 2003, p.125).

De acordo com a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou em

09 de junho de 2009 o Projeto de Lei 33/2008, que estabelece normas e

procedimentos para reciclagem e gerenciamento do lixo eletrônico. O projeto, na

prática, obriga as empresas que fabricam, importam ou vendem produtos eletrônicos

a reciclar ou reutilizar os produtos que vendem.

Ainda de acordo com a publicação da Assembléia Legislativa do estado de

São Paulo, caso não seja possível reciclar o produto, as empresas devem se

responsabilizar pela neutralização do lixo eletrônico, de modo que ele não cause

prejuízos ao ambiente. Se as empresas responsáveis não cumprirem a lei, elas

ficarão sujeitas a diversas punições, que podem ser desde simples advertências até

multas diárias de 14 mil reais.

Muitas cidades já possuem leis próprias sobre a questão dos resíduos

eletrônicos, isso é de grande importância para a preservação ambiental. O aumento

do volume do lixo eletrônico é crescente, portanto os projetos de lei que protejam a

conservação do meio ambiente devem ser revigorados para que as conseqüências

não sejam tão desastrosas. Segundo a abinne (Associação Brasileira da Indústria

Elétrica e Eletrônica), 2009, a região nordeste possui projetos de leis, como o do

estado da Bahia que é o PL 16.280/07 que discorre sobre o Gerenciamento e

destinação de lixo tecnológico e o PL 16.341/07 que é a Política Estadual de

Reciclagem de materiais.

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No dia 10 de maio do corrente ano foi realizado um convênio entre a Cempre

- Comitê de Eletroeletrônicos do Compromisso Empresarial para a Reciclagem e o

Ministério do Meio Ambiente, para que juntos possam realizar um trabalho qualitativo

e quantitativo no que diz respeito ao mapeamento, análise de quantidade de

produtos eletrônicos, bem como entrelaçar a relação do consumidor com a

responsabilidade socioambiental devolvendo a empresa de produção aquele

eletroeletrônico de pós-consumo. Incentivando a elaboração de políticas públicas

que abordem o descarte politicamente e ambientalmente correto dos produtos

eletrônicos. O desenvolvimento deste projeto é importantíssimo para que o descaso

com o meio ambiente seja amenizado.

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40

3. METODOLOGIA

Metodologia é o estudo dos métodos. Os métodos são os caminhos que são

necessários para atingir algum objetivo. A metodologia é escolhida de acordo com

tema e a meta que se deseja alcançar com o trabalho. Sendo que a mesma é ligada

às correntes filosóficas do conhecimento cientifico. Para Ruiz (1996, p. 137), o

método trata-se de um ''[...] conjunto de etapas e processos a serem vencidos

ordenadamente na investigação dos fatos ou na procura da verdade". É

basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivíduo que realiza quanto da

sociedade no qual esta se desenvolve. A pesquisa como atividade regular também

pode ser definida como o conjunto de atividades orientadas e planejadas pela busca

de um conhecimento. A metodologia que será utilizada neste trabalho terá como

objetivo esclarecer e expor todo o conhecimento adquirido através das várias

revisões teóricas sobre o resíduo eletrônico e sua respectiva reciclagem.

3.1 A pesquisa

A pesquisa científica é um procedimento formal, com método de pensamento

refelexivo, que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho para

conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. (LAKATOS E MARCONI,

2001, p.155). Este trabalho foi elaborado pelos métodos de pesquisa exploratória e

descritiva. A pesquisa foi baseada em um estudo de campo, do tipo investigativo.

De acordo com Gil (2002), a pesquisa exploratória é desenvolvida com base

em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos,

possibilitando o pesquisador adquirir mais fatos do que ele poderia mediante

observação direta. Segundo Malhotra (2001), a pesquisa descritiva visa descrever

algum fenômeno sendo baseada em indagações pré-planejadas e estruturadas que

são realizadas com amostras grandes e representativas de forma a garantir

informações detalhadas e com clareza da situação problema.

Devido a este contexto, a revisão da literatura sobre o fenômeno estudado

abrange diversos níveis e perspectivas de análise para a compreensão do tema.

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41

Para isto, faz-se necessário à interação do objeto de estudo com um suporte teórico,

que consiste num levantamento bibliográfico. Este abrange a leitura, análise e

interpretação de livros, periódicos e textos científicos ou não, que após serem

submetidos a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de

leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que é sempre acompanhada de

anotações e fichamentos que, eventualmente, servirão à fundamentação teórica da

pesquisa em questão (MARCONI & LAKATOS, 2002, p. 121).

A pesquisa de campo procede à observação de fatos fenômenos exatamente

como ocorrem na real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, a

análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica

consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

A pesquisa de campo é desenvolvida principalmente nas ciências sociais. A

pesquisa de campo é aquela em que o pesquisador coleta seus dados, investigando

os pesquisados no seu meio, utilizando para tais questionários, que podem ser

abertos – com questões dissertativas, fechados – com questões objetivas ou mistos

– com dois tipos de questões no mesmo instrumento de pesquisa; entrevistas;

protocolos verbais, observações, etc. (PRESTES, 2007)

3.2 Procedimento de coleta de dados

A pesquisa bibliográfica e o estudo de campo foram os procedimentos

técnicos utilizados nesta pesquisa. Segundo Koche (1997), a pesquisa bibliográfica

é a que se desenvolve tentando um problema, utilizando o conhecimento disponível

a partir das teorias publicadas em livros ou obras congêneres.

Para iniciar uma pesquisa de campo, primeiramente faz-se necessário uma

análise minuciosa de todas as fontes documentais que sirvam de suporte à

investigação projetada.

Os contatos diretos e a pesquisa de campo são realizados com pessoas que

podem fornecer dados ou sugerir possíveis fontes de informações diretas. Foi

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42

realizado um questionário de caráter investigatório com o intuito de adquirir

informações sobre os procedimentos com os resíduos eletrônicos, bem como foi

feita uma pesquisa para obter conhecimento dos pontos de coletas para reciclagem

e suas respectivas perspectivas.

O questionário foi construído com o estudo de artigos e livros sobre resíduos

eletrônicos, foram elaboradas perguntas sobre o procedimento das usinas de

reciclagem com os produtos eletrônicos e a relação com o governo e as empresas

que fabricam os produtos eletrônicos. Devido à localização das usinas de reciclagem

ser na região Sudeste nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, fez se necessário

realizar a pesquisa através do envio do questionário por e-mail, onde ocorreu uma

troca de informações. Foi realizado o contato indireto através de telefonemas onde

foram esclarecidos os objetivos da pesquisa e o intuito do questionário. Essas

empresas foram escolhidas por estarem relacionadas a reciclagem de resíduos

eletrônicos.

Como a questão da reciclagem dos resíduos eletrônicos ainda é recente no

país o questionário foi realizado com três usinas de reciclagem. O questionário

realizado foi baseado em roteiros pré-elaborados, podendo sofrer alguma

interferência a depender das respostas dos entrevistados, mas contendo em sua

maioria perguntas objetivas.

3.3 Estratégia e Instrumentos de coleta de dados

Toda a pesquisa monográfica irá se basear na pesquisa bibliográfica com a

revisão teórica e na pesquisa de campo, no qual vai relatar os questionamentos

feitos com empresas que desenvolvem a logística reversa de seus produtos

apontados sobre o tema.

Para Malhotra (2001), o objetivo principal é possibilitar a compreensão do

problema enfrentado pelo pesquisador. A pesquisa exploratória permitirá um

aprofundamento no tema em perspectiva e uma melhor compreensão dos fatos, pois

Page 42: Eder Cordeiro da Silva - pessoas.feb.unesp.br

43

foram pesquisados vários autores sobre o tema em estudo, bem como material

como livros e artigos científicos já elaborados, para dá embasamento ao trabalho.

No mês de Fevereiro de 2010 foram enviados por e-mail questionários

contendo 15 perguntas para três empresas de reciclagem de resíduos eletrônicos,

que se localizam na região sudeste do país mais precisamente nos estados de São

Paulo e Rio de Janeiro onde as perguntas foram relacionadas aos procedimentos

das empresas com os resíduos e o envolvimento das mesmas com o governo.

Dessas empresas de reciclagem duas delas trabalham com a reciclagem

propriamente dita, enquanto a terceira empresa não faz a reciclagem dos resíduos

eletrônicos, ao invés disto realiza a melhoria destes produtos para posteriores

doações mantendo projetos com o governo federal.

A organização não governamental do estado de São Paulo, OXIGÊNIO

DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIAIS é uma organização

civil de interesse público - OSCIP, com personalidade jurídica de direito privado, sem

fins lucrativos, constituída em 27 de junho de 1988. Essa instituição contribuiu com o

trabalho de pesquisa o que pode ser verificado no anexo A. Essa organização não

realiza a reciclagem propriamente dita, porém desenvolvem projetos ambientais um

deles é o CRC que é um recondicionamento de computadores retornando-o a sua

funcionalidade e posterior uso promovendo a inclusão digital.

A segunda empresa que auxiliou respondendo a pesquisa monográfica, a sua

participação comprovada pode ser observada no anexo B, foi a LIXO DIGITAL DO

BRASIL que se localiza no estado de São Paulo, que coleta e separa materiais

eletroeletrônicos e de informática e devolve o material à cadeia produtiva, ou seja, o

que antes era sucata volta a ser reutilizado como insumo.

E a terceira empresa a contribuir foi a PC VIDA que se encontra no estado do

Rio de Janeiro, cujo objetivo é reduzir os impactos que os resíduos dos

equipamentos eletro-eletrônicos causam ao meio ambiente e refletir conjuntamente

sobre aspectos de regulação, responsabilização estendida de produtores, cadeias

de negócios de recondicionamento e reciclagem. Reciclando os equipamentos

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44

eletro-eletrônicos significa transformar os materiais contidos nos equipamentos

(plástico, metas e placas de circuito impresso) novamente em matéria prima, para a

indústria em geral. Por motivos de comunicação essa empresa não possui sua

participação comprovada, o que não diminui a transparência da pesquisa.

Após o retorno dos questionários por e-mail, as respostas foram analisadas, foi

realizado um cálculo para obter a porcentagem correta e de acordo com a resposta

houve uma interpretação baseada na atividade da empresa e sua função e a partir

dessas informações os resultados obtidos foram tabulados e expostos em forma de

gráficos.

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45

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Caracterização das empresas analisadas Foi realizado um questionário de caráter investigatório com empresas de

reciclagem da região sudeste do país dos estados de São Paulo e do Rio de

Janeiro. O questionário aplicado foi previamente semi-estruturado, conforme o

apêndice A.

O questionário foi realizado em Fevereiro de 2010, foram enviados por e-mail

para 3 empresas, para fazer uma análise de como as empresas de reciclagem

procedem, e também para verificar a quantidade de resíduos eletrônicos.

Gráfico 01 – Quantidade de produtos eletrônicos reciclados por mês.

Fonte: Pesquisa realizada no mês de Fevereiro de 2010.

Após a tabulação dos dados obtidos foi possível observar que as empresas

possuem uma grande capacidade para reciclar os resíduos eletrônicos. E a partir

dessas informações foram feitos gráficos para uma análise mais detalhada do

procedimento das usinas de reciclagem em relação aos resíduos eletrônicos. O

gráfico 01 apresenta que 67% das usinas reciclam mais de uma tonelada por mês, e

apenas 33% não realizam a reciclagem propriamente dita, essas empresas fazem

67%

33%MAIS DE UMA

TONELADA POR

MÊS

NÃO REALIZAM

RECICLAGEM

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46

doações para ONGs de inclusão digital, ou enviam os aparelhos eletrônicos para

museus digitais.

Gráfico 02 – Porcentagem de parcerias para o recolhimento de materiais.

Fonte: Pesquisa realizada no mês de Fevereiro de 2010.

De acordo com o gráfico 02, a maioria das usinas possui parcerias para

aquisição do material a ser reciclado, essa parceria se dá através do compromisso

dá empresas de produtos eletrônicos em fornecer pontos de coleta para o

consumidor devolver aquele produto que está inutilizado e posteriormente ser

entregue as usinas de reciclagem, no entanto 33% disseram não possuir parceria e

67% possuem parcerias.

As usinas de reciclagem possuem uma responsabilidade social onde parte dos

materiais recuperados são doados para ONGs e instituições filantrópicas. Onde

produtos eletrônicos que seriam desmanchados voltam a ter funcionalidade.

33%

67%

NÃO POSSUEM

POSSUEM

PARCERIAS

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47

Gráfico 03 – Destino final dos produtos eletrônicos.

Fonte: Pesquisa realizada no mês de Fevereiro de 2010

No gráfico 03 foi abordado qual o destino dos resíduos eletrônicos e 50%

fazem a melhoria desses produtos, para posterior utilização seja em ONGs que

necessitam de aparelhos para o desenvolvimento de suas atividades, ou escolas da

zona rural que necessitam da inclusão digital e os outros 50% fazem a

transformação para novos produtos, utilizando algumas peças. Essa porcentagem foi

obtida devido à resposta de uma das empresas de reciclagem que marcou as duas

alternativas.

Gráfico 04 – Problemas de recolhimento.

Fonte: Pesquisa realizada no mês de Fevereiro de 2010.

50%50%

FAZEM MELHORIAS

FAZEM

TRANSFORMAÇÃO

66%

34%

POSSUEM

PROBLEMAS

COM

TRANSPORTE

OUTROS

PROBLEMAS

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48

De acordo com o gráfico 04, cerca de 66% possuem problemas com o

transporte em relação a capitação e recebimento destes materiais e 34% possuem

outros problemas que não foram citados diretamente, porém analisando os outros

questionamentos sobre a relação com o governo, pode-se dizer que um desses

problemas é a ausência em alguns estados de órgão governamental responsável

pela fiscalização do cumprimento correto do descarte do resíduos eletrônicos.

Gráfico 05 – Produtos eletrônicos mais recolhidos.

Fonte: Pesquisa realizada no mês de Fevereiro de 2010.

Em relação ao gráfico 05 determina os materiais eletrônicos mais recolhidos

pelas empresas, onde 76% são computadores, 12% micro system e 12% outros

tipos de eletroeletrônicos. Observa-se que o produto eletrônico mais recolhido é o

computador, devido a sua velocidade de modernização, o computador é descartado

em um curto intervalo de tempo o que aumenta a ação antrópica para a degradação

ambiental se o descarte não for realizado corretamente, já que os componentes do

computador são bastante poluidores.

12%

12%

76%

COMPUTADORES

MICRO SYSTEM

OUTROS TIPOS DE

ELETROELETRÔNICOS

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49

Gráfico 06 – Assistência governamental.

Fonte: Pesquisa realizada no mês de Fevereiro de 2010.

Como a atividade de reciclagem requer apoio de vários órgãos já que é uma

área com poucas leis formuladas, foi observado se havia algum órgão do governo

que prestava assistência a atividade executada e como pode ser observada no

gráfico 06. 67% disseram não e 33% disseram sim, mencionando a ajuda do

Ministério do Desenvolvimento. O que nos mostra que a legislação ambiental de

resíduos eletrônicos necessita ser empregada de forma que realmente seja

cumprida, mais para que isso ocorra o governo precisa efetivar os projetos de lei da

área com um maior rigor.

Gráfico 07 – Relação com o governo.

Fonte: Pesquisa realizada no mês de Fevereiro de 2010.

67%

33%DISSERAM

NÃO

DISSERAM SIM

34%

33%

33%

ÓTIMA

REGULAR

RUIM

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50

Ainda analisando a assistência dos órgãos do governo, questionou-se sobre a

relação com os mesmos e 34% disseram ótima, 33% regular e 33% ruim, podendo

ser observada no gráfico 07. O governo ainda precisa melhorar e viabilizar os meios

de negociação com as usinas de reciclagem, o que possibilitaria um desempenho

melhor das usinas em suas funções.

As usinas de reciclagem foram questionadas quanto ao meio de transporte que

é utilizado para o recolhimento dos resíduos eletrônicos e todas as empresas

afirmaram utilizar o transporte rodoviário pela viabilização do mesmo, facilitando o

recolhimento.

A demanda de produtos eletrônicos descartados é grande no mercado, devido a

rapidez com que é feito novos lançamentos, para uma maior eficiência no

recolhimento, foi questionado a divulgação das empresas e constatou-se que as

mesmas utilizam algum meio de divulgação para informar aos clientes os serviços

prestados por elas.

Como as usinas de reciclagem de produtos eletrônicos reciclam resíduos

altamente contaminantes, foi questionado se para o desenvolvimento desta atividade

é necessário alguma licença ambiental, onde todas afirmaram que ter a licença

ambiental é primordial para o funcionamento legal da empresa.

Sabe-se que as usinas de reciclagem de resíduos eletrônicos, reciclam produtos

eletrônicos que foram descartados, foi analisado se essas empresas possuem algum

programa relacionado à educação ambiental, onde todas confirmaram possuir

projetos em comunidades oferecendo cursos, palestras promovendo a inclusão

digital.

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51

5. Considerações finais

Este capítulo apresenta a conclusão referente ao que foi traçado nos objetivos

geral e especifico deste corrente trabalho monográfico. No desenvolvimento do

trabalho foram apresentados conceitos de logística reversa em especifico sobre a de

pós-consumo de produtos eletrônicos. O estudo foi sobre o procedimento das usinas

de reciclagem de resíduos eletrônicos.

Uma crescente preocupação com a preservação do meio ambiente tem

levado empresas a adotar novas táticas de mercado, assim como países a criar leis

apropriadas. Com a absolescência de equipamentos eletrônicos é necessário uma

solução imediata e eficaz.

O avanço do mercado de tecnologia traz um efeito colateral, que é o acúmulo

de resíduos eletrônicos. Essa questão do lixo é contínua e crescente, então a partir

dessa necessidade surgiram empresas que possuem a função de coleta e

posteriormente reciclar estes produtos eletrônicos que foram descartados.

O lixo eletrônico é um problema agravante, polui o solo podendo deixá-lo

infértil contamina os lençóis freáticos e como os seus componentes são

quimicamente nocivos agride a saúde do homem, podendo mudar também o ciclo

dos ecossistemas onde são lançados irregularmente.

Nesse contexto, o desenvolvimento da logística reversa pós-consumo dos

produtos eletrônicos faz-se necessário em todas as cidades que possuam um

grande fluxo de comércio desses produtos, para que haja o descarte correto por

parte do consumidor final, até sua reintegração ao ciclo de negócios e/ou produtivo,

sem causar maiores impactos ambientais.

As empresas de reciclagem responderam um questionário onde continha

perguntas relacionadas aos resíduos eletrônicos recolhidos, a partir daí foram

obtidas informações para desenvolver os objetivos da pesquisa, uma vez que foi

analisada a quantidade de lixo eletrônico descartado e a questão ambiental,

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52

referente a criação de leis ambientais para os produtos eletrônicos serem

descartados corretamente.

De acordo com o estudo de campo, constatou-se que o processo de logística

reversa de produtos eletrônicos no país ainda está em desenvolvimento, já que não

existe por parte do governo uma fiscalização efetiva para que imponha o descarte

correto desses produtos, observado na pequena quantidade de leis efetivas sobre

resíduos eletrônicos.

Os objetivos do estudo foram alcançados uma vez que foram analisadas nesta

pesquisa as ações de recolhimento dos resíduos eletrônicos, como pontos de

coletas e parcerias com as empresas fabricantes. E qual o procedimento desses

resíduos ao chegar à usina de reciclagem, como separação dos componentes para

posterior reciclagem ou melhoramento dos resíduos para voltar a reutilizar o produto

sendo este o objetivo geral, e dentro das poucas informações recolhidas das usinas

de reciclagem de resíduos eletrônicos foi possível apresentar resultados relativos

aos seguintes objetivos específicos: identificar os canais reversos de resíduos de

eletro-eletrônicos, pontos de coleta de resíduos, por exemplo, locais de venda e

distribuição destes produtos, com enfoque da atuação de empresas recicladoras

nestes canais; o que é feito com os resíduos eletrônicos e verificar a existência de

ações de recolhimento de resíduos eletrônicos.

No intuito de verificar qual o produto eletrônico mais descartado, já que a

modernidade é uma grande influência, detectou-se que são os computadores, sem

conhecimento das substâncias químicas que compõem um computador a população

descarta de qualquer forma sem nenhuma preocupação com o meio ambiente e com

a própria saúde.

Segundo ficou comprovado no referencial teórico, às empresas já estão se

conscientizando dá necessidade e do enquadramento da lei para a descartibilidade

de produtos eletrônicos, com segmentos adequados.

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53

Verificou-se pela dificuldade de encontrar usinas que reciclam resíduos

eletrônicos observada na quantidade de amostras descrita na metodologia que as

empresas de reciclagem ainda estão em processo de adaptação para o

cumprimento de todas as exigências da lei em relação à reciclagem de produtos

eletrônicos.

Como constatado na pesquisa o governo não possui nenhum método eficaz

de fiscalização dessas empresas que trabalham com produtos eletrônicos para que

as obrigue o descarte correto do resíduo eletrônico. Faz se necessário que os

projetos de lei de resíduos eletrônicos sejam efetivados, fazendo com que o descarte

incorreto de produtos eletrônicos seja punido o que acarretará num maior

regularização das empresas na descartibilidades dos seus produtos de venda.

A legislação ambiental está cobrando das empresas mais responsabilidades

por todo o ciclo de vida de seus produtos principalmente na fase de descarte. Diante

desta exigência, a logística reversa está contribuindo para proteção do meio

ambiente. Já que os resíduos eletrônicos são compostos por componentes

considerados prejudiciais ao meio ambiente e a saúde humana.

Visto que o lixo eletrônico e a logística reversa podem estar interligados,

foram realizados questionários com empresas que reciclam produtos eletrônicos,

onde buscou esclarecer como esses produtos eletrônicos são descartados e a real

funcionalidade da usina de reciclagem. Que é de suma importância para a

preservação do meio ambiente.

Este trabalho mostra a importância da usinas de reciclagem de resíduos

eletrônicos para o descarte correto dos produtos eletrônicos e para o bom

funcionamento da logística reversa pós-consumo das empresas fabricantes destes

produtos, bem como a necessidade de uma rigorosa fiscalização e contribuição do

governo para o desempenho total das usinas recicladoras.

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5.1 Limitações do estudo

Como a reciclagem de resíduos eletrônicos ainda está em processo de adaptação e

desenvolvimento houve uma dificuldade no recolhimento de informações. Os

estudos bibliográficos na área ainda são em números pequenos, bem como a

quantidade de usinas de reciclagem de resíduos eletrônicos, ficando a pesquisa um

tanto restrita para maiores comparações. Mas, no entanto não foi motivo de

impedimento para que o estudo fosse relatado e analisado.

Na pesquisa a amostra pretendida seria um número maior de usinas de

reciclagem, porém a localização das mesmas e quantidade das usinas que

trabalham com lixo eletrônico no país, é relativamente pequena, por ser um tema

considerado novo no mercado. Porém a participação das empresas que

responderam ao questionário foi de suma importância para um conhecimento

relativo do trajeto pós-consumo dos produtos eletrônicos e do envolvimento do

governo no descarte desses produtos que afetam o meio ambiente e

consequentemente o homem.

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55

6. REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

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FACULDADE SETE DE SETEMBRO - FASETE

CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING

Questionário

Apêndice A

- Esta pesquisa monográfica tem como objetivo verificar a existência de ações de

recolhimento de resíduos eletrônicos, bem como averiguar o procedimento desse

lixo eletrônico nas usinas de reciclagem. Este questionário foi elaborado pelo aluno

Eder Cordeiro, Graduando em Administração pela Faculdade Sete de Setembro –

FASETE. Desde já agradeço a participação e a atenção dispensada.

Dados gerais do entrevistado Empresa:________________________________________________________ E-mail:__________________________________________________________ Cidade:__________________ Estado: _______________________________ 1) Qual é a capacidade máxima de reciclagem da empresa?

____________________________________________________________

2) Possui alguma forma de parceria/convênio com empresas/instituições para

aquisição do material a ser reciclado?

( ) Sim Quais?__________________________________ ( ) Não

3) O que é feito com a reciclagem dos produtos eletrônicos?

( ) Novos produtos ( ) Melhoria dos produtos velhos 4) Quais os principais problemas na capitação e recebimento destes materiais?

( ) Transporte ( ) Mão de obra especializada ( ) Outros

5) Em relação ao recolhimento qual o tipo de transporte utilizado pela empresa?

( ) Ferroviário ( ) Aéreo ( ) Marítimo ( ) Rodoviário

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6) Quais os materiais eletrônicos mais recolhidos pela empresa? ( ) Computador ( ) Televisores ( ) Micro system ( ) Outros Quais? 7) Qual a quantidade total que é reciclada por mês?

( ) < 1t ( ) > 1t ( ) Outros

8) As empresas que descartam os produtos ajudam no processo de recolhimento do produto? ( ) Sim ( ) Não 9) A empresa utiliza algum meio de divulgação/marketing para informar aos clientes a existência de usinas de reciclagem de produtos eletrônicos? ( ) Sim ( ) Não 10) É necessária licença ambiental para exercer a atividade?

( ) Sim ( ) Não

11) A empresa desenvolve algum tipo de programa relacionado à educação

ambiental internamente ou em comunidades locais?

( ) Sim Qual?__________________________________ ( ) Não

12) Existe no município onde está sediada a propriedade algum órgão que preste

assistência à atividade exercida?

( ) Sim Qual?___________________________________ ( ) Não

13) Como classificaria sua relação com os órgãos de estado (fisco e outros)?

( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim

14) Existe uma fiscalização por parte do governo que obrigue as empresas a realizarem o descarte correto dos produtos eletrônicos, mantendo contato com as usinas de reciclagem? ( ) Sim Qual?________________________________________ ( ) Não 15) A empresa já sofreu algum tipo de penalidade em relação ao não cumprimento de suas obrigações determinadas por esta legislação? ( ) Sim Qual? Por quê? _____________________________ ( ) Não

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ANEXO

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ANEXO A

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ANEXO B