Edição 015 Porto Sul

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Ano 003 - Nº 015 - Outubro e Novembro de 2012 PORTO COMPETITIVO SUL Projeto mostra o que precisa ser feito e quanto custará. E agora? SUL TRADE SUMMIT ENTREVISTA ANTAQ: Tiago Pereira Lima Principais destaques da feira ICMS Constitucional ou inconstitucional?

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Edição 015 Porto Sul

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Ano 003 - Nº 015 - Outubro e Novembro de 2012

PORTO

COMPETITIVOSUL Projeto mostra o que precisa ser feito e quanto custará. E agora?

SUL TRADE SUMMIT

ENTREVISTAANTAQ: Tiago Pereira Lima

Principais destaques da feira

ICMSConstitucional ou inconstitucional?

O DESENVOLVIMENTO ATRAVESSA FRONTEIRAS

O PORTO DE IMBITUBAENCURTA DISTÂNCIAS

Estamos crescendo em Santa Catarina e

disponibilizamos estrutura para atender

diversos estados brasileiros. Venha

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08 - 09 | Conexão

10 - 15 | PortosFATMA analisa duplicação do acesso ao Porto de ImbitubaEstudos são apresentados para nova Bacia de EvoluçãoTESC investe em infraestruturaAliança amplia seus serviços de cabotagem no Porto ItapoáPortonave conquista 19º Prêmio de Expressão EcologiaSantos Brasil planeja futuro do Terminal em ImbitubaPoly Terminais conta os dias para finalizar obraExportações aumentam 25% em São Francisco do SulTerminais privados investiram bilhões nos últimos anos

16 - 19 | Projeto Sul Competitivo

20 | Meio-ambiente Desenvolvimento Sustentável é destaque em encontro

22 - 24 | Sul Trade SummitItajaí foi sede da maior feira do Sul de Logística

26 - 27 | PanoramaCBR Logística: uma empresa que faz parte do desenvolvimento Sul CatarinenseImbituba receberá o primeiro posto temático do Sul do Brasil

28 - 30 | EntrevistaRegulação e Fiscalização Aquaviária ao longo de uma década

ICMS em xeque

Projeto mostra o que precisa ser feito e quanto custará, e agora?

31 | Segurança PortuáriaCESPORTOS/SC realiza homenagens, recebe relatórios e apresenta proposta de livro

32 | Meio Ambiente PortuárioAuditoria Ambiental: uma dica às empresas

33 | GestãoSul Catarinense Competitivo: radiografia, desafios e perspectivas

34 | ACIMACIM Porto participa da Sul Trade Sumit

[expediente]Revista Porto Sul

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Luciano Rodrigues Marcelino

Diretor ExecutivoEduardo de Oliveira

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Redação:Editora Chefe: Aline Araújo (DRT/SC 4048)

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Arte e Diagramação: Lívia Vieira

Colaboradores de Texto: Assessorias de Comunicação do Porto Itapoá,

Portonave, São Francisco do Sul, Imbituba, Itajaí, Poly Terminais, Projeto Baleia Franca e

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Impressão:CTP, impressão e acabamento COAN Gráfica

Porto Sul Editora Rua Coronel Collaço, 182, 2º piso

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Í N D I C E

PORTO

E D I T O R I A L

O Sul do Brasil, historicamente, é conhecido por seus cidadãos pró-ativos e empreendedores. Com esta essência as Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná uniram-se com outras instituições para realizar o Estudo Sul Competitivo, mapeando toda infraestrutura existente e necessária para melhorar o transporte na região. A equipe da Porto Sul conversou com especialistas e autoridades no tema sobre quais ações devem ser tomadas para que o estudo saia do papel e torne-se realidade.

Outro assunto discutido atualmente é sobre os diferentes pontos de vista em relação ao ICMS. Constitucional ou inconstitucional? Especialistas dão opiniões, enquanto o setor portuário aguarda ansiosamente por uma decisão que permita seguir em frente com os trabalhos comerciais.

A entrevista desta edição traz a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq, na palavra de Tiago Pereira Lima, Diretor Geral, no tema Regulação e Fiscalização Aquaviária. Destacando os 11 anos de existência da autarquia, os assuntos transcorrem sobre gestão pública, resoluções, planos e meio ambiente.

Também apresentamos um resumo da Sul Trade Summit, em Itajaí. Executivos, diretores, gerentes, revelam sua visão sobre as possibilidades de negócio oferecidas no evento. Destacamos também o meio ambiente através da Semana da Baleia-Franca, em que a Associação Empresarial de Imbituba – ACIM inovou realizando o primeiro Encontro de Sustentabilidade Costeiro Marinho, oferecendo à comunidade debates de alto nível sobre a importância do desenvolvimento sustentável.

A Porto Sul se tornou pauta! Na coluna da CESPORTOS/SC, Reinaldo Duarte fala sobre a homenagem que a editora recebeu por participar da missão à Europa e ainda destaca nosso novo projeto: a edição do primeiro livro sobre a história da Comissão, marcada por suas ações pioneiras no Brasil. Boa leitura!

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AÇÕES PARA UM FUTURO ECONOMICAMENTE SUSTENTÁVEL

CRESCIMENTO E COMPETITIVIDADE

PORTO SUL

E D I T O R A

C O N E X Ã O

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Com a unificação do ICMS, um dos assuntos mais polêmi-cos da atualidade e que vem sendo amplamente discutido em todo Brasil é a perda ou não da competitividade econômica entre os estados. Para Cláudio César Soares, diretor da Export Manager e consultor, esses fatores dependem dos investimentos que os estados fizerem e não diretamente da unificação da alíquota. “A unificação das alíquotas afeta a distribuição do valor arrecadado entre os Estados e reduz a possibilidade de incentivos unilaterais para que os importadores utilizem portos incentivados. Portos que não possuem incentivos e não oferecerem um diferencial competitivo com menores custos e maior eficiência podem ver suas cargas irem para portos mais próximos ou competitivos dos importadores e/ou exportadores”, explica. Já para Hugo Funaro, especialista em direito tributário, a redução da alíquota interestadual pelo Senado para produtos de origem estrangeira (ou que tenham conteúdo de Importação superior a 40%) afeta a competitividade dos estados que pretendam montar políticas de incentivos baseadas em tais produtos. “Quanto maior a alíquota do ICMS, maior a margem que o estado dispõe para reduzir o imposto e, ainda, assim, manter um certo nível de arreca-dação, de forma a atrair investimentos”, comenta. E por ser um assunto polêmico, a constitucionalidade da unificação da alíquota já foi colocada em xeque, com a ADI 4858/DF proposta no dia 20 de setembro desse ano. De acordo com Hugo, alega-se que o Senado extrapolou sua competência constitucional, pois não se limitou a fixar alíquotas interestaduais, e acabou criando um sistema de proteção à economia nacional, algo que só o Congresso Nacional poderia decidir e mediante lei complementar.

Além disso, criou-se discriminação entre produtos nacio-nais e importados vedada pelo art. 152 da Constituição e violou-se o princípio da separação dos Poderes, ao delegar-se ao CONFAZ e à CAMEX (órgãos do Poder Executivo) a competência para baixar normas complementares para dar eficácia à Resolução. “Caso o Supremo Tribunal Federal julgue procedente a ação, a alíquota de 4% nela prevista deixará de ser aplicável, voltando a valer as alíquotas de 7% e 12% previstas na Resolução SF 22/89. Não há como prever, porém, se e quando isso ocorrerá”, revela Hugo.

Como o principal beneficiado com a nova resolução é São Paulo, de acordo com alguns especialistas é certo que o Estado influenciou na decisão. “Houve lobby da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo que é, num país democrático, absolutamente normal. Mas o fator decisivo foi o rolo compressor do Governo Federal. Sozinha, a FIESP não teria poder político para fazer passar a medida”, opina Cláudio. Para Hugo, houve uma generalização da concessão unilateral de incentivos de ICMS, que, se de um lado propiciou desconcentração econômica, de outro, implicou grave insegurança jurídica, já que segundo ele, não foi observado o procedimento legalmente previsto.

“O assunto é grave e afeta diretamente o pacto federativo bem como os contribuintes que realizaram investimentos confiando na Administração Estadual, devendo a questão ser urgentemente resolvida pelo Congresso Nacional, no bojo de uma nova lei complementar que seja adequada à realidade atual e que, entre outras coisas, permita ao CONFAZ deliberar por maioria, já que a unanimidade se mostrou inviável”, conclui.

Inconstitucionalidade e perda de competitividade são alguns dos temas ainda discutidos

em xequeICMS

Os impactos reais para os portos catarinenses dependem de estudos econômicos. Segundo Hugo, como a alíquota de 4% alcança apenas os produtos importados que não tenham sofrido processo industrial no Estado com agrega-ção de, pelo menos, 60% de margem nacional, “muitas empresas ainda terão condições de usufruir os incentivos catarinenses em relação às mercadorias que comerciali-zem internamente ou em relação a produtos que industria-lizem e enviem a outros estados com agregação de margem suficiente”, diz o especialista. Para o consultor Claudio Soares, o grande mérito do período de benefícios foi ter criado no Estado de Santa Catarina uma plataforma logística internacional única no País que possui plenas condições de sobreviver sem a concessão de benefícios fiscais. “Nenhum Estado do País tem hoje quatro portos modernos, com facilidade de acesso e no centro da maior economia do Brasil que é o complexo sul-sudeste. Além disso, o Estado possui uma ampla gama de serviços como cabotagem e várias trans-portadoras rodoviárias”, diz Cláudio.

As mercadorias provenientes do Mercosul devem gozar do mesmo tratamento que se aplique ao produto nacional, por força do Tratado de Assunção. “Identidade de trata-mento supõe alíquotas idênticas, portanto, não poderiam ser aplicadas as alíquotas de 4% às mercadorias oriundas do Mercosul. Logo, estas continuariam sujeitas ao regime anterior à Resolução SF 13/2012. Entretanto, como não há qualquer ressalva na Resolução, é possível que os estados considerem que os bens importados estejam sujeitos às suas disposições independentemente do que dispõem os tratados internacionais celebrados pelo País”, comenta Hugo. Caso esse entendimento venha a se confirmar, segundo o advogado, é possível discuti-lo em juízo, com base não apenas nas questões suscitadas na ADI 4858, mas também no art. 98 do Código Tributário Nacional, que impõe a observância dos tratados pela legislação interna brasileira. Sobre o tema, Cláudio complementa que o Mercosul é de importância fundamental. “O Mercosul amplia a hinterlândia da plataforma logística de Santa Catarina”, conclui.

Portos Catarinenses Mercosul

Governo do Estado

A imprensa divulgou recentemente que foi criado um grupo de trabalho para ajustar medidas no sentido de reter as empresas no Estado. Porém, para Cláudio, a nova legislação não foi regulamentada nem entrou em vigor. “Há uma súmula Vinculante no STF que está stand by. Creio que

nada foi divulgado pelo Governo de Santa Catarina porque é complicado baixar medidas sem saber o cenário legal que teremos nos próximos meses. É momento de completa incerteza”, revela o consultor.

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AO PORTOE A BR 101

ARMAZENAGEM E LOCAÇÃO

DE MATERIAIS DE ESTIVASEGURANÇA 24H

P O R T O S

Já está em fase de liberação da licença ambiental, pela FATMA, a obra de duplicação do Acesso Norte a Imbituba (SC), no trecho de Nova Brasília ao Porto, também conhecido como Via Arterial Principal (VAP) de acesso ao Porto de Imbituba (SC). O órgão estadual de meio ambiente solicitou à Prefeitura Municipal de Imbituba informações adicionais sobre o projeto básico da obra, as quais estão sendo apresentadas nesta semana. Se os dados forem considerados suficientes para a elaboração do parecer técnico pela FATMA, o projeto será encaminhado para a Comissão de Licenciamento, que expede a Licença Ambiental Prévia (LAP).

Após a expedição da LAP, ficará pendente a expedição da Licença Ambiental de Instalação (LAI) e a previsão do valor da obra no orçamento do Governo, que é de R$ 52 milhões. Para Jeziel Pamato, Administrador do Porto de Imbituba, a duplica-ção do acesso será um marco para o Porto e para a cidade. "Este projeto está incluído no estudo Sul Competitivo, elaborado pelas Federações das Indústrias dos três estados do Sul, como prioridade viária em Santa Catarina. Além de separar os fluxos dos tráfegos da cidade e do Porto, diminuirá o número de acidentes e aumentará a segurança de todos. A via, projetada para atender ao crescente fluxo viário previsto para o Porto, otimiza as condições comerciais do Porto de Imbituba", afirma.

A LAP é uma espécie de consulta de viabilidade, em que o empreendedor da obra pergunta ao órgão se é possível construir aquele tipo de obra num determinado local. A FATMA vai consultar as legislações ambientais em vigor, federais e estaduais e, com base nessas normas, responderá se o empreendimento é viável ou não. E, se for, em quais condições legais. A LAP não autoriza a construção da obra, apenas atesta sua viabilidade naquele local. "A licença é necessária para garantir a viabilidade", explica Valdir Cunha Alves, Engenheiro Ambiental da MPB Engenharia, empresa contratada para elaboração dos estudos ambientais exigidos para o licenciamento da obra.

Sobre o Projeto Básico de Engenharia e o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental - EVTE-A, financi-ados pela Santos Brasil, operadora dos Terminais de Contêineres e de Carga Geral (Tecon Imbituba) e doados ao Município, o Diretor Superintendente da empresa em Imbituba, Bruno Figurelli, confirmou que "a ideia foi a de viabilizar material técnico ao poder público, para que de forma planejada seja possível o seu encaminhamento na esfera governamental, a inclusão como uma obra prioritária aos interesses principalmente da população e com ela evitar os tradicionais problemas de tráfego que enfrentam a maioria das cidades portuárias".

do acesso a ImbitubaFATMA ANALISA DUPLICAÇÃO

Depois da liberação ambiental faltará apenas a inclusão orçamentária da rodovia

Divulgação: Santos Brasil

ESTUDOS SÃO APRESENTADOSpara nova Bacia de Evolução

A Autoridade Portuária de Itajaí apresentou os estudos de viabilidade técnica para a construção da nova bacia de evolução do Complexo Portuário do Itajaí. Os estudos, envolvendo simulações e modelagens matemáticas, foram realizados pela empresa holandesa Arcadis e custeados pelos dois principais terminais portuários do Complexo: APM Terminals Itajaí e Portonave S/A - Terminais Portuários de Navegantes. O objetivo é garantir a competitividade do Porto de Itajaí e dos demais terminais instalados às margens do rio homônimo, com a construção de uma bacia de manobras com o diâmetro de 450 metros e que possibili-tará operações com navios com até 336 metros de comprimento e 48,2 metros de boca.

Hoje, o Complexo conta com uma bacia de evolução de 400 metros de largura, que possibilita manobras de cargueiros com até 294 metros. “Essa obra é fundamental para que o Complexo Portuário continue no mercado, uma vez que a navegação vem operando com navios cada vez maiores, o que é uma tendência mundial”, explica o superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior. “O complexo precisa estar preparado para competir de igual para igual com todos os portos do Sul do Brasil”, completa

Revista Porto Sul | Ano 003 - Nº015 - Outubro e Novembro de 2012 11

o superintendente da APM Terminals Itajaí, Ricardo Arten. O investimento previsto gira em torno de R$ 100 milhões e tratativas junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já estão em andamento.

O projeto da nova bacia de evolução iniciou com três possibilida-des de local, sendo que duas foram descartadas após os estudos de modelagem matemática e simulações por computador. Surgiu uma quarta possibilidade, a jusante do Porto Público e terminais APMT e Portonave, que segundo os estudos apresentados pelo engenheiro representante da Arcadis, Msc Luitze Perk, é a melhor opção.

Porém, a localização exige que os navios atraquem de ré. “Mas esse é um procedimento totalmente seguro pelo que constatamos em nossos estudos”, garante Perk. “O próximo passo agora é fazermos as constatações in loco, para que possamos concluir a fase de estudos e darmos início ao projeto executivo”, diz o especialista. O local apontado pela Arcadis, que fica em frente a área onde será instalado o Centro Comercial Portuário (Vila da Regata), além de oferecer maior segurança às manobras, deve apresentar um custo de implementação significativamente menor, uma vez que reduz as áreas a serem desapropriadas.

Possibilidades

TESC investe em infraestrutura

O TESC (Terminal Portuário Santa Catarina), que detém a conces-são para operar no Porto de São Francisco do Sul (SC), investe constantemente em infraestrutura, novos equipamentos e serviços diferenciados. Em 2009, concluiu obras de prolongamen-to, reforço e ampliação do berço de atracação e retroárea, bem como instalação de novos equipamentos, orçadas em R$150 milhões, que aumentaram a capacidade de operação para 300 mil TEU's/ano. Somente em 2011 foram investidos cerca de R$ 11 milhões, sem contar os recursos com as obras do Programa Nacional de Dragagem, financiado pelo PAC, que já beneficiam os usuários do porto. O Programa escolheu 10 importantes portos do Brasil para investimentos. Ao porto de São Francisco do Sul foram destinados R$ 100 milhões, o Porto conta agora com 14 metros de profundida-de. Com isso, o TESC está apto a receber navios de última geração, pois se tornou um dos mais profundos do sudeste e sul do Brasil. “O TESC hoje não tem restrição de janela de atracação e de volume”, afirma José Eduardo Bechara, diretor superintendente do Terminal.

Em 2011, o TESC construiu a primeira câmara fria do Porto de São Francisco. O local possibilita que inspeções sanitárias em produtos refrigerados sejam feitas dentro do Terminal. O contêiner de exportação ou importação entra na sala completamente sanitiza-da e climatizada a 10°C. Além de investimentos em infraestrutura, o TESC investe constan-temente em segurança, treinamento e especialização da mão de obra. Também estão previstos investimentos para ampliação de área na zona primária, bem como compra de scanner e OCR, o que deve automatizar e agilizar os processos portuários.

P O R T O S

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Até agosto, apenas uma linha de cabotagem da Aliança fazia escala no terminal, operando com transbordos para os portos de Manaus e do Nordeste. A partir de agora, duas linhas partem de Itapoá, uma sentido norte, até Manaus, e outra no sentido sul, até Zarate, na foz do Rio da Prata, na Argentina. Esta última, já existente no Terminal desde o início de suas operações.

No dia 21 de setembro, a Portonave recebeu o troféu Onda Verde do Prêmio Expressão de Ecologia, pelo projeto Gestão Ambiental: Compromisso com desenvolvimento sustentável, na categoria Gestão Ambiental. A premiação foi realizada durante o Fórum de Gestão Sustentável, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). Esta é a segunda vez que a empresa recebe o reconhecimento.

A Portonave possui um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), formado por equipe de engenheiros e técnicos que atuam na realização dos controles e na promoção das políticas ambien-tais. Entre os principais aspectos do projeto vencedor está a economia de água alcançada por meio da reutilização na área de lavação, que ocasionou redução significativa do consumo de água potável. E também a reciclagem de resíduos gerados pelo Terminal Portuário e a instalação de Ecopontos no município, por iniciativa da Portonave, que permite a popula-ção destinar seus resíduos para a reciclagem.

Pelo segundo ano consecutivo, a Portonave é finalista da premiação internacional Containerisation International Awards 2012, como operador de terminal do ano, e o resulta-do será divulgado em outubro, em Londres, na Inglaterra. Em 2011 e 2012, o Terminal Portuário também foi finalista do prêmio internacional Lloyd's List Global Awards, listado entre os melhores operadores portuários.

Sentido Norte: Itapoá, Itaguaí (Sepetiba), Suape, Pecém e Manaus

Sentido Sul: Manaus, Pecém, Santos (descarga e embarque) e Itapoá

Divulgação: Santos Brasil

Objetivo da mudança visa oferecer o serviço de cabotagem de acordo com as demandas para os Estados do Paraná e Santa Catarina, sem necessidade de transbordo para o Nordeste e Manaus

Direcionamento da nova linha de Cabotagem

de cabotagem no Porto Itapoá

19º Prêmio Expressão Ecologia

ALIANÇA AMPLIA SEUS SERVIÇOS

PORTONAVE CONQUISTA

O diretor do BRDE, Renato Vianna, entrega o troféu Onda Verde do Prêmio Expressão de Ecologia ao engenheiro de segurança do trabalho da Portonave, Gabriel Telles, e aos técnicos em meio ambiente da Portonave, Régis Silva e Jonathan Cristian dos Santos.

Crédito: Edson Junkes

Em setembro as linhas de cabotagem operadas pelo armador Aliança Navegação tiveram adaptações em suas escalas, incluindo o Porto Itapoá em duas de suas linhas. A partir desta mudança o Porto Itapoá será escala direta (sem transbordo) tanto para linhas que operam em terminais no extremo sul do continente - Buenos Aires (ARG) e Monte-video (URU), como as que operam ao norte, como Pecém (CE) e Manaus (AM).

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Os recentes investimentos realizados pela Santos Brasil no Porto de Imbituba (SC), foram significativos: cerca de R$ 280 milhões, que incluem a ampliação do cais e a compra de dois portêineres. Com os navios cada vez maiores operando no mercado, a tendência é que a empresa continue na busca de aliar os diferenciais do Porto com a atração de novos parceiros comerciais e frentes de investimentos.

Para Caio Morel Correa, Diretor de Operações, a fase principal de investimentos já foi concluída, agora, o trabalho é colocar definitivamente Imbituba entre os principais portos do Brasil. “Em Imbituba, navios maiores estão sendo alocados nos serviços tradicionais já existentes. O mais significativo para o Porto é o da Europa, da Maersk, do qual temos muitas expectativas, já que começou a operar no início do mês de setembro”, revela.

Para o Diretor, o Porto de Imbituba, em breve, terá os princi-pais destinos do mercado. “O Porto é muito competitivo, tem uma BR duplicada a apenas 6 quilômetros dele - distância bem menor do que os portos concorrentes - , e ainda está bem equipado”, afirma Caio.

Em relação à economia, o porto traz muitos trabalhadores e turistas, a receita do município cresceu exponencialmente com o investimento da Santos Brasil e isso fomenta a econo-mia da cidade. “Temos uma área de dois milhões de metros quadrados, que compramos em uma licitação do BRDE, e a equipe comercial está trabalhando ativamente para trazer indústrias que tenham necessidade de operação portuária. Estamos atualmente no processo de licenciamento, que define como vai ser dividida a área”, comenta.

Além das empresas, um pátio de triagem faz parte dos projetos da Santos Brasil para o complexo industrial. E para que isso aconteça o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) precisa definir como o pátio regulador vai funcionar. Uma ideia que está sendo discutida é a de que o local possa servir também como parada para os motoristas, uma área segura e com restaurantes. “Isso agora é uma grande discussão

nacional por causa da nova lei dos caminhoneiros que define um horário para jornada. E a grande questão é que não existe local para que eles parem e cumpram a legislação. Dentro deste contexto, nós achamos muito interessante este tipo de estabelecimento dentro do pátio”, analisa.

Sobre a duplicação do acesso ao Porto, o diretor afirma que a Prefeitura Municipal de Imbituba, a quem doaram o projeto, está trabalhando em duas frentes para que ela saia do papel: uma no Governo Federal, no DNIT, e outra com o Governo do Estado. No Estado, ela estaria no pacote de recursos que o Governo Federal concedeu a Santa Catarina em contrapartida à unificação do ICMS. “Estivemos com o Governador Raimundo Colombo e com os diretores da FIESC, o projeto está lá e estamos com a expectativa de que no ano que vem ele seja iniciado, trazendo mais competitividade ao Porto de Imbituba”, espera o Diretor.

planeja futuro do Terminal em Imbituba

SANTOS BRASIL

Caio Morel Correa, Diretor de Operações da Santos Brasil

P O R T O S

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conta os dias para finalizar obras

aumentam 25% em São Francisco do Sul

POLY TERMINAIS

EXPORTAÇÕES

A empresa está em uma fase de crescimento acelerado, a prova disso está não só na movimentação de contêineres/mês que vem evoluindo a cada dia, mas também em estrutura e capacidade logística que está em renovação constante. Quem visita o terminal, depara-se com investimentos em alta tecnologia, atendimento de qualidade e uma equipe extremamente qualificada.

"Obras em geral dão muito trabalho, geram imprevistos, desgastes físicos e mentais, mas as obras na Poly Terminais estão surpreendendo a todos pela agilidade e solidez. O Terminal investe diariamente em termos de estrutura e não poupa esforços para garantir a qualidade de seus serviços. Estimamos permanecer neste ritmo de crescimento por muito tempo, evoluímos de 80.000 m² para 245.000 m² em um período muito curto e novos planos estão sendo projetados para o próximo ano. Esta movimentação toda é símbolo de nosso crescimento, parceria dos clientes e uma equipe muito focada em nossos projetos." disse o diretor do Terminal.

A Poly Terminais, com menos de dois anos de operação, conta os dias para finalizar as obras de expansão, que possibilitarão dobrar a capacidade de armazenamento em pátio e armazenamento na área coberta no Terminal. Segundo o Diretor da empresa, Ricardo Miglino, a Poly Terminais foi estruturada a fim de atender a demanda que mais cresce no país, focada nos clientes, consequentemente no aprimo-ramento constante.

O Terminal compreende a área alfandegada e retroportuária, com diversas operações, entre elas: operação de carga e descarga de navios; embarque e desembarque de cargas especiais; unitização e desunitização de contêineres; pesagem de contêineres e carga solta; marcação, remarcação de volumes; etiquetagem, marcação e colocação de selos fiscais; consolidação e desconsolidação documental; paletização, desmanche, separação e remontagem de paletes; transporte rodoviário; transporte de contêineres, carga solta, distribuição e trânsito aduaneiro (DTA/DTC).

Além dos serviços prestados pela Poly Terminais, a empresa recebeu recentemente a certificação do Selo Social e está inserida em diversos projetos sociais e programas ambientais junto à comunidade e aos próprios colaboradores, como por exemplo: Programa Papa Pílula, Gerenciamento de Resíduos (Recicláveis e Não-Recicláveis), Programa de Educação Social, entre outros.

As exportações de mercadorias subiram 25% no Porto de São Francisco do Sul, em agosto. Foram 758.403, contra 606.298

toneladas se comparado ao mesmo mês do ano passado. O milho, os motores elétricos e as bobinas de aço foram os responsáveis por este resultado. As importações cresceram 43%, de 136.113 para 194.085 toneladas.

Neste mesmo período o total de carga movimentada registrou avanço de 16%, de 987.017 para 1.140.152 toneladas. No acumulado geral dos oito meses, a movimentação teve um aumento de 15%, se relacionada ao ano anterior, de 6.364.357 para 7.294.132 toneladas. Em dados percentuais, a exportação do milho em grãos foi a mercadoria que mais contribuiu para esse crescimento, de 37.300 para 687.351 tonela-das, avanço de 1.743%, seguido da soja em grãos com 37%, de 2.007.367 para 2.758.382 toneladas.

Em Santa Catarina o TESC já investiu US$ 86 milhões desde a sua implementação

investiram bilhões nos últimos anosTERMINAIS PRIVADOS

Os dados da ABRATEC – Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público, revelam que os investimentos realizados pelos terminais brasileiros no período de 1995 a 2011 são de USD 2,8 bilhões. Para o Presidente da Associação, Sérgio Salomão, trata-se de um valor expressivo já que são recursos de empresas privadas as quais, para atender à essência da Lei n°8.630 (Lei da Modernização de Portos), ingressaram na atividade portuária para privatizar os serviços em substituição às Companhias Docas. “Esse valor foi investi-do na construção de berços de atracação e pátio para armaze-nagem de contêineres, aquisição de modernos equipamentos e especialização de mão de obra”, explica Salomão.

Em Santa Catarina, o TESC – Terminal Santa Catarina S/A., em São Francisco do Sul, que é afiliado à ABRATEC investiu desde a implementação do terminal até 31 de dezembro de 2011 US$ 86 milhões.

“Além de todo o investimento em infraestrutura, investimos também em treinamento e programas de capacitação de mão de obra. Desde a implantação do terminal já foram R$ 162 milhões e temos previsão de novos investimentos para ampliação de área na zona primária, bem como compra de scanner e OCR, o que deve automatizar e agilizar os processos portuários. Estes números capacitam o TESC a receber navios de grande porte, e movimentar 300 mil TEUs ano, acompa-

nhando as tendências mundial de crescimento dos navios.” Explica José Eduardo Bechara, diretor superintendente do TESC. Para Salomão, todos os terminais de contêineres brasileiros associados à ABRATEC operam com padrões internacionais de eficiência e qualidade, o que também explica os expressivos investimentos realizados. “Para inserir o Brasil na rota mundial do contêiner, não era mais possível que fossem movimenta-dos oito contêineres por hora, como acontecia quando a operação portuária era estatal. Agora, já se alcança níveis médios de 50 contêineres por hora, cabendo registrar que em operações específicas realizadas no porto de Santos a média de movimentação chega a 100 unidades por hora”, diz o Presidente da Associação.

Segundo dados da ABRATEC, a movimentação nos portos brasileiros tem sido crescente. Em 2011, foram movimenta-dos 5.216.219 milhões de contêineres, o que representou aumento de 9% comparativamente ao ano de 2010, quando os terminais localizados em Santa Catarina totalizaram a movimentação de 771.598 mil contêineres.

Sobre a cabotagem, Salomão acredita que já se verifica o ressurgimento desse tipo de navegação no Brasil, no que se refere ao transporte de cargas contêinerizadas. O desenvolvi-mento que se verifica atualmente na região Nordeste, pode ser considerado como fator de grande impacto no crescimen-to da cabotagem no País, pois tanto a demanda por matéria prima e a oferta de produtos acabados tendem a aumentar as transações na região. Estimativas dão conta de que o cresci-mento médio da cabotagem será entre 6% e 7% ao ano até 2021.

Projeto mostra o que precisa ser feito e quanto custará, e agora?SUL COMPETITIVO:

O Projeto Sul Competitivo está concluído e elaborou o planejamento estratégico da infraestrutura de transporte e logística de cargas dos estados do Sul do Brasil: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, dentro do contexto do Mercosul. O projeto foi dividido em duas fases e nove etapas. E após um ano de estudos, com mais de 180 entrevistas presenciais em cinco países, foi apresentado. O estudo foi realizado pelas federações das indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Macrologística, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e BRDE.

Os resultados preliminares utilizando as cargas de 2010 indicam que os eixos de integração que compreendem a Ferrovia Norte-Sul e as rodovias BR-116, BR-163 e BR-277 são os eixos que trazem maior competitividade à Região Sul. Utilizando as cargas potenciais de 2020, os eixos rodoviários que compreendem as rodovias BR-116, BR-101 e BR-153 continuam sendo os eixos que trazem maiores ganhos econômicos para a região. Incluindo todos os projetos nacionais e internacionais que são necessários para solucionar os problemas de transporte do Sul do país seriam necessários quase R$ 70 bilhões sendo que mais de 65% deste valor seria de responsabilidade do Brasil.

Transporte de cargas

Cruzando a demanda de infraestrutura gerada pelas cadeias produtivas, com a oferta disponível de infraestrutu-ra, identificaram-se os principais gargalos logísticos do Sul. O trecho rodoviário entre Criciúma e Florianópolis já está 277% acima da capacidade, sendo considerado crítico. Se nada for feito em termos de infraestrutura e logística o acúmulo aumentará para 411% em 2020.

Sobre infraestrutura, foi feito um levantamento de todos os portos e terminais públicos e privativos de cada estado. Para cada um, foi feita uma caracterização geral das condições dos berços e armazenagem e levantado o histórico de movimentação por tipo de produto.

Este mesmo levantamento foi feito também com os princi-pais aeroportos, caracterizando a situação atual dos mesmos e levantando o histórico de movimentação e as principais rotas aéreas disponíveis.

Para cada um dos 79 Eixos de Integração, foram mapeados todos os projetos de transporte necessários para a sua melhoria ou viabilização.

Melhorias em eixos de integração nacional.

Novos eixos em potencial de integração nacional.

Novos eixos em po-tencial de integração internacional

Eixo aeroportuário

733 24 1

21

9EIXOS

Gargalos logísticos

Infraestrutura

16

P R O J E T O S U L C O M P E T I T I V O

Dos 51 projetos prioritários

22 são em Santa Catarina

RODOVIÁRIOS

FERROVIÁRIOS

PORTUÁRIOS

Pavimentação da Ligação entre BR-101 e ItapoáConstrução do Acesso Rodoviário ao Porto de ItajaíConstrução do Contorno da Grande Florianópolis Duplicação do Acesso ao Porto de Imbituba Construção da BR-285 entre São José dos Ausentes e Timbé do Sul (RS/SC)Adequação da BR-282 entre São Miguel Oeste e Entroncam BR153 Adequação do Acesso Norte a Chapecó Construção do Contorno Leste de Xanxerê Duplicação da BR-280 entre Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul

Adequação da Ferrovia ALL entre Mafra e São Francisco do SulConstrução do Contorno Ferroviário de Jaraguá do Sul Construção do Contorno Ferroviário de Joinville Construção do Contorno Ferroviário de São Francisco do Sul Construção da Ferrovia Norte-Sul entre Panorama e Rio Grande (RS/SC/PR/SP)Construção do Terminal Rodo-Ferroviário em Coronel Freitas Construção do Trecho Ferroviário entre São Fsco do Sul e Paranaguá (SC/PR)

Dragagem no Porto de Imbituba Ampliação da Área Portuária do Porto de Imbituba Construção do Berço 401 no Porto de São Francisco do Sul Recuperação do Berço 201 no Porto de São Francisco do Sul Derrocagem de Lajes na Bacia de Evolução do Porto S.Francisco Sul Construção do Terminal Mar Azul em São Francisco do Sul

P R O J E T O S U L C O M P E T I T I V O

18

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É preciso uma força tarefa, reunir a parte política e empresarial. O estudo foi apresentado em Brasília, na presença de ministros, governadores, os três senadores de Santa Catarina e deputados. A ação conjunta para que se faça a cobrança desse trabalho para reduzir o custo do transporte, envolve os organismos federais, estaduais, municipais, empresas - através das federações, ONGs e universidades, permitindo maior competitividade para os três estados do Sul. Todas as obras seriam prioritárias, mas uma coisa é o ideal, outra é o possível. A priorização considera economia e benefícios. O critério inclui retorno do investimento e impacto sócio ambiental positivo, o que é lógico, rápido e impacta toda uma mesorregião. O trabalho agora é para implantar as ações conjuntas e discutir as aplicações.

Mário Cezar de Aguiar Olivier GirardPresidente da Câmara para assuntos de Transporte e Logística da FIESC Diretor da Macrologística

Santa Catarina tem uma estrutura de logística bastante diversificada. São três portos públicos, dois grandes terminais privados, e diversos outros TUP menores. Mas só tê-los não é suficiente. É preciso ver os portos como um “elo”, ou seja, não focar apenas nos problemas pontuais de cada porto, é preciso olhar o sistema como um todo. O novo berço está com a Licença Ambiental Prévia e o Projeto Executivo concluídos. Estamos na fase da solicitação à SEP – Secretaria de Portos, para que o Projeto seja incluído como obra prioritária no PAC. Além da construção do Berço, o Projeto agrega uma retroárea (com trinta mil metros quadrados). Com isso, a vantagem é que o projeto permite a organização operacional do porto e amplia a área de armazenagem, que é um dos principais gargalos dos portos brasileiros.

O Porto de Imbituba aparece nos projetos prioritários do Sul Competitivo por sua importante função de opção para a produção industrial e agroindustrial catarinense. Ao agregar novos terminais para expansão do complexo portuário de Imbituba e ainda com a pavimentação da BR-285, alcançando as cargas do Rio Grande do Sul e mesmo da região fronteiriça da Argentina, entre Misiones e Entre Rios, estarão completadas as condições para otimizar o atendimento às novas demandas do comércio exterior.

Paulo César Corsi

Antônio Ayres

Presidente do Porto de São Francisco do Sul

Presidente Porto Itajaí

Construção do Berço 401 em São Francisco do Sul

Construção do Acesso Rodoviário ao Porto de Itajaí

Porto de Imbituba está envolvido em quatro obras

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Foto: Jonnes David

O projeto que temos para o acesso ao Porto já está no Governo Federal, no DNIT, e está em parte implantado. É uma via expressa portuária, que vai da BR-101 ao Porto, exclusiva para caminhões de contêineres. Esse projeto vai desafogar o trânsito local porque atualmente os caminhões se misturam à malha urbana. A primeira etapa já está 75% pronta, e segunda, que vai até o Porto, precisa da desapropriação de áreas ocupadas antes do início da obra. Foram feitos vultosos investimentos privados para alargar este gargalo, mas precisamos de outros principalmente nos acessos terrestres.

Jeziel PamatoAdministrador do Porto de Imbituba

PROJETOS EM SC

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A multimodalidade precisa ser privilegiada, mas levando em conta a particularidade de cada região, já que o mais importante é reduzir o custo do frete, priorizando os modais mais baratos para cada tipo de carga e destino. A maior parte das obras é federal, algumas já estão no PAC, mas entre estar no plano e ser realizada existe um passo muito grande. Há um plano de implementação que envolve uma força tarefa multiorganizacional para que as obras saiam do papel. No âmbito federal quem assume é o ministério da integração nacional, mas também a EPL (Empresa de Planejamento e Logística) já esta utilizando nossos projetos como fonte de dados para os próximos estudos.

19Revista Porto Sul | Ano 003 - Nº015 - Outubro e Novembro de 2012

A rodovia SC-415, de responsabilidade do Governo do Estado, que liga a BR-101, até Itapoá, passando por Garuva, foi inaugurada oficialmente em janeiro deste ano e, com certeza foi um importante e indispensável investimento. A rodovia acabou se caracterizando como uma espécie de acesso dedicado ao Porto Itapoá, suportando toda a movimentação do Terminal sem gargalos e congestionamento. O exemplo da SC 415 é notório para referenciarmos os investimentos públicos com o objetivo do desenvolvimento econômico sustentável. Esta obra foi realizada pelo próprio Porto Itapoá.

Hoje, o principal gargalo é o investimento público na infraestrutura de transporte. O Brasil precisa de mais e melhores rodovias, ferrovias, e outras formas de transporte, para fazer escoar toda a produção do país. Acreditamos que o esforço político está caminhando para isso. Mas a abertura e flexibilidade para os investimentos privados também precisa ser um viés a ser pensado e implantado, com intuito de agilizar a solução desses gargalos, e onerar o mínimo possível os cofres públicos.

Patrício JúniorPresidente do Porto Itapoá

Pavimentação da ligação entre BR-101 e Itapoá

BR-285 entre São José dos Ausentes e Timbé do Sul

A BR-285 inicia em São Borja (RS) e se estende até a BR-101 em Araranguá (SC). A Serra da Rocinha conta com um caminho de 740 km de extensão, e a obra que é aguardada há 50 anos, hoje está parada por um trecho de apenas 30 km de estrada de chão, comprometendo todo um percurso entre dois Estados. Faltam apenas 30 km no lado catarinense e o IBAMA diz não poder liberar a obra por não ter as licenças ambientais.

O estado de SC tem uma característica diferente dos demais estados do Sul, temos somente duas rodovias Federais que cortam nosso estado de Sul a Norte e uma que liga o Oeste ao Leste (BR-282). Nossas rodovias estão alem das demandas, não temos hidrovias e as poucas ferrovias que temos são precárias e não correspondem ao potencial do nosso estado.Cláudio Alberto Damo

Presidente da Aciva

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O BRDE sente-se hoje como o braço direito financeiro do sul. O trabalho agora é sensibilizar o governo com o detalhamento dos eixos e projetos que já entram no Pacto por Santa Catarina e no PAC. Cada um tem suas prioridades, alguns aguardamos saber o custo e o prazo, para que passemos para o cronograma de operacionalização. O BRDE sempre vai ser parceiro, nos firmamos como banco estratégico do sul e fomos os primeiros a nos sensibilizar pelo Sul Competitivo.Renato Vianna

Diretor de Planejamento do BRDE

PRINCIPAIS OBRAS

20

M E I O A M B I E N T E

A cidade, reconhecida como Capital Nacional da Baleia, mostra sua preocupação com a preservação ambiental global, não apenas de sua visitante ilustre, como também de todo o ecossistema em que está inserida: a Área de Preservação Ambiental (APA). Organizado pela Associação Empresarial de Imbituba (ACIM), durante quatro dias, o Encontro estimulou debates entre autoridades no tema, com o objetivo de difundir a cultura ambiental do município entre cidadãos e turistas. Ficou claro que é possível existir desenvolvimento sustentável, mantendo o diálogo entre as partes interessadas em defender indústria e natureza, agindo de maneira colaborativa. Os fóruns foram abertos com o tema “Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca APABF: Implicações e possibilidades econômicas.” O palestrante, Justo Werlang, gestor do projeto Gaia Village, falou sobre a importância de ações práticas para a sustentabilidade. “O atual modelo econômico hegemônico está baseado no consumismo. Essa dependência fica clara quando vemos que os remédios que são dados às crises econômicas são estímulos ao consumo. O modelo econômico atual cria a exaustão dos recursos naturais, gerando sua inviabilidade. A APABF veio para ficar e exige certa mudança na sociedade. Pode ser percebida como instrumento de qualificação para seus membros, uma grande oportunidade”, define Werlang.

Maria Elisabeth da Rocha, Chefe da APABF, considera o seminário um marco, fazendo da semana um momento de reflexão profunda sobre onde vivemos e estamos. “Não temos dois planetas Terra. Por isso temos áreas de proteção definidas por legislação, que permite pessoas vivendo dentro dela e a realização de atividades econômicas. Não falamos em restrições absolutas, mas sim de oportunidade de compatibilidade da vida humana, animal e econômica. Unidades de preservação não são ameaças. A baleia-franca é muito mais que pesquisa científica e observação”, destaca.

Bruno Figurelli, Superintendente da Santos Brasil em Imbituba, destacou o trabalho da empresa em dialogar com a APA em seu trabalho no Terminal de Contêineres no Porto de Imbituba. “Quando viemos para Imbituba, não imaginávamos o desafio que teríamos. Precisamos ter uma extrema preocupação sobre nossa ocupação em outros ecossistemas. A baleia fica seis meses e vai embora, mas a água permanece. Minha preocupação também é com o esgoto, a geração de águas pluviais, pelo fato de estarmos nos desenvolvendo e criando mais espaços construídos. Hoje a Santos Brasil apoia o Projeto Baleia Franca, basicamente pelo cunho de pesquisa pela espécie, o que vai permitir conhecermos a melhor forma de preservar e manter a espécie aqui e o habitat em torno”, informa. Ainda no Encontro foram debatidos os temas: Plano Nacional de Resíduos Sólidos e sua repercussão no Município; Pesca e Sustentabilidade; Conservação na Região Sul e Turismo no Território da APABF e Baleia Franca Austral: 30 anos de Pesquisa.

Para Karina Groch, palestrante e Diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca, o Encontro de Sustentabilidade Costeiro Marinho proporcionou uma oportunidade singular para o debate de assuntos extremamente importantes para a gestão do territorio da APA da Baleia Franca e para a proteção das baleias-francas, nesta que é a principal área de concentração reprodutiva da espécie no Brasil. “No momento em que estamos começando a planejar a elaboração do Plano de Manejo da APA, torna-se imprescindível analisarmos de que forma estamos tratando nosso ambiente e como isso afeta a proteção das baleias-francas. É preciso avaliar e definir as medidas necessárias ao ordenamento das atividades antrópicas nesta região, proporcionando a coexistência do homem e das baleias-francas de forma sustentável”, acredita.

é destaque em encontroDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O Encontro de Sustentabilidade Costeiro Marinho 2012, realizado em Imbituba (SC), trouxe um novo foco à Semana da Baleia-Franca

A Marco Zero Logística e Distribuidora Ltda há três

anos atende e viabiliza as necessidades logísticas

das empresas da região sul do país, através do

Porto de Imbituba. Com escritório localizado

estrategicamente em frente ao porto, disponibiliza

seus serviços através de corpo técnico

especializado, além de parceiros operacionais e

comerciais. Oferece estrutura física para

r eceb imen to , manuse i o , i n speç ões e

armazenamento dos mais diversos produtos

operados nas importações, exportações e

distribuição no mercado interno.

m rcz rm rcz r

22

S U L T R A D E S U M M I T

"Com a Santos Brasil agora em Imbituba os mercados catarinense e do sul do País são o nosso foco de mercado. A Feira nos proporciona a oportunidade de mostrar os investimentos e dar destaque a Imbituba, que vem sendo uma alternativa para as cargas catarinenses e gaúchas. Estamos vindo com força total, em um porto natural, que trabalha sem restrições de atracação e desatracação. Estamos criando um porto que atenderá a demanda dos três estados do sul."

"Para a Portonave, o evento proporcionou excelentes oportunidades de contato com parceiros e clientes e a realização de novos negócios. Além disso, a integração entre os setores logísticos e a realização de debates que podem reforçar o crescimento do setor foram contribuições da Trade Summit para todos os participantes."

SUL TRADE SUMMIT

Nos dias 20 e 21 de setembro, a cidade de Itajaí (SC) sediou a maior feira do Sul e a segunda maior de Logística do Brasil, a 5ª Sul Trade Summit. Confira as fotos e alguns depoimentos dos participantes do evento.

Paulo Pegas | Santos Brasil

Osmari de Castilho Ribas | Portonave

"A Mercosul-Line está neste mercado há bastante tempo e temos uma escala semanal em Itajaí. Alguns dos nossos principais clientes embarcam daqui, com material de construção, alimentos, bebidas, papel. Na feira recepcionamos os clientes, atuais e futuros, explicamos sobre cabotagem, apresentamos a Mercosul-Line, falamos de infraestrutura e a vantagem do modal. Nos dois dias o movimento foi muito bom em nosso stand, e foi bastante produtivo para nós."

Luiza Bublitz | Mercosul-Line

"A Estrada é uma empresa de transporte rodoviário de cargas oriundas do comércio exterior. Atualmente nosso principal negócio, em termos de portos, é Santos, mas já temos operações em Itajaí e Itapoá, onde possuímos filiais, pois acreditamos muito no futuro de Santa Catarina. Na feira temos a possibilidade de atender o cliente que tem mais tempo para ouvir, aqui ele já vem preparado e é muito bom, gostamos muito de feiras de negócios."

Sergio Ricardo Giraldo – Estrada

Stand Estrada Transportes Stand Santos BrasilStand Portonave Stand Mercosul-Line

Revista Porto Sul | Ano 003 - Nº015 - Outubro e Novembro de 2012 23

"A feira é sempre uma vitrine para receber todos aqueles clientes que operam conosco durante todo o ano e nos dois dias é possível ter acesso a todas as informações e contatos através do evento. Em relação a negócios a feira é importante, mas é relativo, porque os negócios não são feitos aqui, mas os contatos sim. Santa Catarina é o nosso principal mercado, 58% do nosso negócio está em Itajaí, agora estamos abrindo uma transportadora em Itapoá e estamos firmando uma parceria com a Santos Brasil em Imbituba também."

"estar em uma feira como essa é importante para criar relacionamentos, estreitar laços com fornecedores e clientes, que é na verdade o grande objetivo de estar aqui. Quando nossa primeira abordagem é feita, criamos um laço maior com o cliente, uma confiabilidade maior, pois ele já vem conhecendo a Multilog, então pulamos algumas etapas, facilitando o contato.

A Multilog é o primeiro Porto Seco de Santa Catarina, e

"Juliane Wolff de Araújo Silva – MultiLog Porto Seco

"A matriz da DHL no Brasil é em São Paulo, temos 13 filiais no país. No Sul temos filiais em Curitiba, Joinville e Porto Alegre atendendo aos três estados. Essa feira para nós é importante porque conseguimos cobrir clientes em potencial da região que vieram nos prestigiar este ano. Mesmo sendo uma empresa global é indispensável a presença local, não há como atuar em logística sem estar perto dos seus fornecedores e pontos de distribuição."

Fabiana Longo – DHL Logistics

"A Sul Trade Summit é de extrema importância para a APM Terminals Itajaí, considerando nosso foco e presença local mesmo sendo uma empresa global. Estar próximo de nossos clientes em um ambiente como este torna-se primordial para que as relações comerciais sejam estreitadas e fortalecidas através de um tratamento diferenciado e focado nas necessidades do mercado."

Ricardo Arten | APM Terminals Itajaí

Eduardo Guimarães – Ega Solutions

Stand Porto do Rio Grande

Stand Columbia LogísticaStand Ega Solutions

Stand Multilog Stand Interporti Logística

Stand Log-in Logística Stand Localfrio

Stand DHL Global Stand Heusi

Stand SoftwayStand APM Terminals

S U L T R A D E S U M M I T

"A Prosegur é pioneira nos serviços de segurança portuária. Buscamos divulgar essa nossa especialidade como um diferencial, com equipe treinada e capacitada em ISPS-CODE, por isso buscamos participar de feiras portuárias desse nível. Somos a empresa líder do setor que possui equipe treinada e preparada para atuar em instalações Portuárias e Portos Secos. Buscamos apresentar nossas Soluções Integradas, um mix de produtos e serviços adequados para cada cliente, que podem incluir serviços como: equipe de consultoria, Vigilância Ativa, Tecnologia voltada para o Controle de Acesso e CFTV e o Sistema OCR."

Sandro Tadeu Carvalho | Prosegur

"O Porto Itapoá considera a Sul Trade Summit um evento de grande representatividade para o setor logístico em caráter nacional e internacional e principalmente, por ser realizada no estado de SC, onde o Porto Itapoá esta localizado, oferecendo uma série de serviços diferenciados para os todos exportadores/importadores na região Sul-Sudeste, especialmente Santa Catarina, Paraná e São Paulo."

Ricardo Trotti | Porto Itapoá

26

P A N O R A M A

uma empresa que faz parte do desenvolvimento do Sul Catarinense

CBR Logística:

A CBR Logística, localizada em Imbituba (SC), é especializada em serviços de apoio logístico nas áreas de projetos e operacionalizações. Por estar em constante contato com exportadores e importadores, o diretor da empresa, Lito Guimarães, acompanha de perto a evolução do mercado, e por isso acredita que para os próximos anos um intenso desenvolvimento no setor portuário de Imbituba irá ocorrer e que isto oferecerá novas oportunidades de negócios a todos. “Queremos participar oferecendo nossa expertise e nossa estrutura para o apoio das necessidades dos atuais e futuros clientes, que utilizarão Imbituba para suas movimentações de cargas”, explica Lito.

A CBR foi fundada em Imbituba em 1999, a partir do interesse de um cliente de São Paulo, que buscava um porto alternativo para receber as cargas de importação. “O nome inicial era Consórcio Bom Retiro, composto por três empresas. Ele foi escolhido em homenagem ao pai de um dos participantes deste Consórcio, Dr. Otávio Ribeiro de Castro, figura exponencial na história portuária daqui. Quando transfor-mamos em empresa, utilizamos as três iniciais, CBR, que já era relativamente conhecida pelo mercado”, afirma o Diretor. Atualmente, a CBR desenvolve um serviço completo na cabotagem, ancorado principalmente no produtor de arroz do sul de Santa Catarina. Além da movimentação da carga geral e contêineres, presta o serviço de logística no embarque de Iron Ore Fines (óxido de ferro). Esta movimentação oferece volumes substanciosos de carga ao Porto de Imbituba.

A CBR possui atualmente dois endereços de pátios de cargas. O primeiro com área de 8.000 m² e o segundo com área de 20.000 m², além de um armazém de 3.500 m². Ambos estão estrategicamente localizados a aproximadamente 2,5 km do Porto, com acesso por via de tráfego rápido. Estas condições permitem oferecer qualquer tipo de serviço de retaguarda na movimentação de cargas, bem como de contêineres vazios.

Sobre o crescimento da região como pólo portuário a empresa confia numa visão de vanguarda dos governos, principalmente o municipal, focando no planejamento isento da infraestrutura urbana.

“A competitividade ficará naturalmente mais acirrada, nossos concorrentes são excelentes especialistas, numa região do País que detém o maior número de Terminais de contêineres por quilômetro de costa, disputando o mercado palmo a palmo. As oportunidades já se apresentam, e serão aproveitadas pelos que melhor estiverem preparados. Temos certeza de que o serviço a ser prestado com excelência será o segredo do sucesso do desenvolvimento previsto para a região”. A empresa também participa de projetos desenvolvidos pela comunidade, sejam sociais, assistenciais, de desenvolvimento econômico ou ligados ao meio ambiente. “Buscamos participar e interagir com os órgãos de classe, instituições de ensino e principalmente com a comunidade portuária de Imbituba. Temos especial interesse em colaborar na participação da boa formação dos nossos jovens. Serão eles que herdarão o que hoje está sendo construído por nossa geração”, conclui.

Sobre a empresa

Revista Porto Sul | Ano 003 - Nº015 -Outubro e Novembro de 2012 27

A baleia-franca será o tema do novo empreendimento localizado em Imbituba (SC). O Autoposto Baleia-Franca será o primeiro no Sul do Brasil totalmente personalizado para atender turistas, moradores locais e o público em geral que se interessa pela preservação da espécie e pelo meio ambiente. Por isso, o autoposto fez uma parceria com o Projeto Baleia Franca, que há 30 anos trabalha em prol da conservação da espécie em Santa Catarina. “Será doado ao PBF um espaço de 110 m² onde teremos um centro interpretativo dedicado à vida das baleias-francas, bem como um escritório de apoio às nossas atividades e venda de souvenirs exclusivos”, diz Karina Groch, Diretora de Pesquisa do Projeto Baleia Franca. Entre as atrações do autoposto estão um aquário que ficará dentro do restaurante e uma réplica em tamanho real de uma baleia-franca adulta. “A escultura está em fase de finalização, é feita com fibra e representará a espécie em seu tamanho médio natural, cerca de 15 metros. Sem dúvida um atrativo para quem visitar o local”, revela Charles Martins, idealizador do empreendimento. Em relação à geração de renda para o Município, o local irá contratar 120 pessoas que ocuparão diversos cargos, a

temático do sul do BrasilIMBITUBA RECEBERÁ PRIMEIRO POSTO

O autoposto terá como tema a baleia-franca, patrimônio ecológico mundial

seleção já está na fase final, segundo Charles. “Além da economia, o autoposto levará o nome de Imbituba para outras partes do Brasil, por ser o primeiro no Sul a possuir um posto temático e o segundo do tipo com a bandeira Ipiranga em todo País”, diz Charles. Ainda segundo o empresário, Imbituba foi escolhida por ser uma cidade que a cada dia está se revelando com grande potencial para atrair investidores.

“O prefeito de Imbituba tem visão empreendedora e não mediu esforços para trazer o empreendimento para a região. Parabenizo-o por estar transformando as margens da BR-101 em uma grande área industrial com um enorme potencial econômico”, conta Charles. Para o Prefeito José Roberto Martins empreendimentos como esse são importantes para a Cidade. “Ver a realização de grandes empreendimentos como esse, nos deixa muito otimista com o presente e o futuro de Imbituba, pois a cidade é destacada pelos principais segmentos como a de maior potencial de crescimento no sul do Brasil, e este posto temático, além de comprovar isso, eleva o potencial turístico e as belezas de nossa cidade”, conta José Roberto.

Os 35 mil m², área total do terreno, abrigarão, além do posto de combustíveis com bandeira Ipiranga, um restaurante, 44 banheiros, entre eles oito para deficientes físicos, uma minifazenda e a área destinada a Polícia Militar. A data da inauguração está prevista para o mês de dezembro.

E N T R E V I S T A

28

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ - foi criada em 2001, e é vinculada ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de Portos da Presidência (SEP) da República. Possui independência administrativa, autonomia financeira e funcional e tem como principais objetivos a implementação das políticas formuladas pelo Ministério dos Transportes, pela SEP e pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte - CONIT, além de regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária, exercida por terceiros.

A ANTAQ traz em suas ações o Programa de Modernização da Gestão Pública que discute, em conjunto com o Ministério dos Transportes, iniciativas de planejamento estratégico do setor. Quais são essas iniciativas?

TPL: Existem 27 iniciativas para viabilizar o cumprimento dos objetivos estratégicos da ANTAQ. Algumas já estão em fase de implementação, outras ainda na etapa de finalização de propostas. Em relação às atividades finalísticas da agência, o foco prioritário é a fiscalização, com melhorias nos processos e na coordenação das Unidades Administrativas Regionais. Outras iniciativas – como a adoção de uma agenda regulatória e a utilização da metodologia de análise do impacto regulatório – estão em fase final para implementação ao longo de 2013. Dentre as iniciativas que já estão implantadas destaco a criação da nova Superintendência de Fiscalização e Coordenação das Unidades Administrativas Regionais, o Planejamento Operacional e Orçamentário, o Plano Diretor de Tecnologia da Informação, a Carta de Serviços e o Programa de Qualidade de Vida no Trabalho.

Existem metas do mapa estratégico para o ano de 2020. No queconsiste esse planejamento?

REGULAÇ ÃOE FISCALIZAÇ ÃO

AQUAVIÁRIAao longo de uma década

A Antaq - Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ao longo dos seus 11 anos de existência contribuiu com a efetiva implantação em consolidação institucional, estrutural, organizacional e funcional do novo modelo de regulação e fiscalização aquaviária.

Com medidas que incluem a criação de importantes projetos como, por exemplo, a GMA (Gerência de Meio Ambiente), o PGO (Plano Geral de Outorgas) e o EVTE (Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica), entre outros, foi possível que o aumento na movimentação de cargas nos portos públicos e terminais privativos crescesse mais de 67,5%.

Os números não negam: em 2002, 529 milhões de toneladas de cargas foram movimentadas no País, já em 2011, foram 886 milhões de toneladas. Porém, mesmo com índices positivos, ainda há muitos desafios pela frente, principalmente quando nos referimos ao modal hidroviário, que ainda é pouco explorado no Brasil – menos de 5% das cargas transportadas utilizam este meio de transporte.

À frente da direção-geral da autarquia, Tiago Pereira Lima, concedeu uma entrevista exclusiva à Revista Porto Sul e revelou os planos e desafios da ANTAQ para melhorar o sistema hidroviário brasileiro.

iago Pereira Lima, 52 anos, é Talagoano, de Maceió. Econo-

mista, formado pela Universidade de

Brasília (UnB), tem pós graduação pela

Escola Superior de Administração

Fazendária e pela Fundação Dom

Cabral. Iniciou sua vida profissional no

Instituto de Pesquisas Econômicas

Aplicadas – IPEA no ano de 1977, tendo posteriormente

ingressado através de concurso público na Secretaria do Tesouro

Nacional. Ocupou inúmeras funções públicas e privadas ao longo

de sua carreira, tais como auditor-chefe de fundação pública,

secretário de controle interno, diretor-geral de tribunal superior,

superintendente de empresas de comunicação, assessor

parlamentar e secretário executivo do Conselho Nacional do

Serviço Social da Indústria (SESI).

SOBRE A ANTAQ

Revista Porto Sul | Ano 003 - Nº015 - Outubro e Novembro de 2012 29

MEIO-AMBIENTE

E ANTAQ

A Gerência de Meio Ambiente da ANTAQ monitora a qualidade ambiental no Subsetor de Transportes Aquaviários, por meio do acompanhamento quanto ao atendimento das conformidades ambientais pelos portos e demais instalações portuárias, orientando-os e capacitan-do-os para o cumprimento dessas conformidades. Nesse sentido, atua em articulação com os órgãos públicos intervenientes nos portos para a harmonização de suas ações e tem o objetivo de promover a incorporação das regras ambientais nas suas regulamentações e nos proces-sos de fiscalização da ANTAQ.

Entre as ações da ANTAQ durante os 11 anos de existência algumas ganharam destaque em áreas ambientais como, por exemplo, o Índice de Desempenho Ambiental (GMA). No que consiste esse Projeto?

TPL: O IDA é um resultado numérico da gestão ambiental para instalação portuária, resultante da aplicação de um questionário específico sobre as conformidades ambientais. A partir daí, pode-se classificar a gestão segundo um grau de atendimento às conformidades ambientais.

Desde 2006, a ANTAQ avalia o desempenho das instalações portuárias na gestão ambiental por meio do Sistema Integrado de Gestão Ambiental (SIGA), no qual são coletadas

informações sobre o tratamento das conformidades ambientais nos portos organizados, como a situação do licenciamento de suas instalações e principais estudos ambientais realizados. E é a partir do SIGA e, complementar-mente a ele, que a ANTAQ está introduzindo outro acompa-nhamento da gestão ambiental, o Índice de Desempenho ambiental - IDA, para acompanhar esse monitoramento.

Você acredita que o Projeto mobilizará a estrutura de gestão do porto, colocando o tema ambiental no centro da agenda portuária?

TPL: Sem dúvida alguma, hoje os gestores portuários veem seu trabalho avaliado e valorizado e com isso sentem-se apoiados a continuarem a desenvolverem ações nessa temática.

Desde 2006 a ANTAQ vem promovendo maciçamente a Gestão Ambiental nos portos, quais são as principais ações e quem são os beneficiados?

TPL: Todas as atividades são voltadas para o acompanha-mento da Gestão Ambiental nos portos públicos e demais instalações portuárias, com essas iniciativas, todos os agentes que direta ou indiretamente tratam de questões que impactam o meio ambiente são beneficiados. A proximidade da GMA com os gestores ambientais dos portos e com os demais órgãos reguladores em nível federal propiciam uma melhor harmonização das normas regulató-rias.

O Índice de Desempenho Ambiental foi desenvolvido pelo Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes – CEFTRU, da Universidade de Brasília (UnB), sob a coordenação da GMA/ANTAQ. É subdividido em quatro categorias: econômico-operacional, sociológico-cultural, físico-químico e biológico-ecológico, os quais têm por objetivo avaliar o desempenho dos portos quanto à governança ambiental, gestão das operações, educação e saúde pública, consumo de água, qualidade do ar e ruído e biodiversidade, entre outros.

MAIS SOBRE O PLANO

TPL: O planejamento estratégico específico da ANTAQ tem como horizonte o ano de 2015, sem que isso obste sua articulação ao planejamento estratégico macro desenvolvido pelo setor de transportes. Como exemplo, das metas desenvolvidas no âmbito desta instituição, cito a prioridade estabelecida para a redução do número de prestadores de serviço irregulares (fenômeno relevante na região amazônica) e a melhoria da produtividade na entrega de produtos e serviços destinados à sociedade.

E N T R E V I S T A

30

O que é o Plano Nacional de Integração Hidroviária?

TPL: : O Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH) tem dois objetivos principais: a realização de estudos e simulações logísticas sobre o transporte de cargas nas principais e potenciais hidrovias brasileiras, como também a identificação de possíveis áreas para novas instalações portuárias, estudo que constituirá o Plano Geral de Outorgas para Terminais Hidroviários – PGOH.

O Brasil conta com 15 mil quilômetros de vias navegáveis, é possível aumentar esse número?

TPL: Este número esta sendo levantado pela Superintendência de Navegação Interior da ANTAQ e pelo que já foi levantado este número será bem superior a 13.000km.

As alterações da Resolução nº 2.510-ANTAQ, publicada no Diário Oficial da União reduz o patrimônio líquido exigido para a exploração da navegação de apoio portuário. Agora, o valor mínimo necessário é de R$ 1,25 milhão. Para uma empresa operar no apoio marítimo, o patrimônio mínimo pedido continua sendo de R$ 2,5 milhões.

Órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mudou a norma para autorização de pessoas jurídicas que vão operar nas navegações de longo curso, cabotagem, apoio marítimo e apoio portuário. Por quê?

TPL: Após um amplo debate em que a ANTAQ ouviu empresas do setor, órgãos do governo e usuários, foram realizadas alterações na norma para a outorga de autorização à pessoa jurídica que tenha por objeto o transporte aquaviário nessas modalidades.

As alterações realizadas visam fomentar o mercado aumentan-do o número de empresas atuando na navegação marítima e de

apoio e acompanhar a dinâmica de um setor muito especializa-do e necessário ao desenvolvimento do país.

Dentre as principais novidades destaco a valorização dos requisitos técnicos relacionados às embarcações e a diminuição do patrimônio líquido necessário para a obtenção de outorga na navegação de apoio portuário.

A nova norma diferenciou o patrimônio líquido mínimo para as empresas obterem autorização nas navegações de apoio marítimo e apoio portuário, após a constatação das distintas capacidades econômico-financeiras das empresas que atuam nos dois mercados.

No apoio marítimo, permaneceu a necessidade de patrimônio líquido mínimo de R$ 2.500.000,00, enquanto no apoio portuário houve uma redução para R$ 1.250.000,00.

As empresas de navegação de apoio portuário demonstraram ao longo dos anos uma menor capacidade de investimentos em embarcações, bem como tiveram dificuldades em cumprir com o requisito de patrimônio líquido de R$ 2,5 milhões de reais.

Desta forma, para a comprovação de que a empresa tenha boa situação econômico-financeira, deverão ser apresentados os seguintes valores mínimos de patrimônio líquido:

a) Oito milhões de reais, para a navegação de longo curso;b) Seis milhões de reais, para a navegação de cabotagem;c) Dois milhões e quinhentos mil reais, para a navegação de apoio marítimo;d) Um milhão e duzentos e cinquenta mil reais, para a navega-ção de apoio portuário.

Entre as demais alterações realizadas, foi retirada a necessida-de de apresentação do índice de liquidez maior do que um como requisito para a comprovação da boa saúde econômico-financeira, uma vez que tal índice não espelhava corretamente a situação econômico-financeira da empresa.

Em relação às Microempresas - ME ou Empresa de Pequeno Porte – EPP, as mesmas ficaram dispensadas de comprovar os valores de Patrimônio Líquido, bem como da auditagem do balanço.

PLANOS E ANTAQ

RESOLUÇÃO E ANTAQ

Confira a entrevista na íntegra em www.portosuleditora.com.br

O Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH) visa oferecer estudos sobre as hidrovias nacionais, com diagnós-ticos, simulações, escolha de melhores rotas e análise de áreas de influência; e o Plano Geral de Outorgas Hidroviário (PGOH), que indicará novas áreas para a construção de instalações hidroviárias.

A CESPORTOS de Santa Catarina, em reunião ex-traordinária no Salão Social da Poly Terminais em Itajaí, recebeu os relatórios da missão realizada a Portos Europeus, feitos por cada um

dos participantes da comissão que viajou, com as impressões individuais sobre os procedimentos, equipamentos de segurança utilizados nos portos visitados e também para outras questões extras que foram verificadas, como infraestrutura adjacentes de hidrovias, ferrovias, entre outras.

Os relatórios, que são confidenciais, possuem fotos, destaques dos principais pontos que foram observados como interessantes tanto para serem implantados aqui, quanto os que estão aquém do que já existe no Brasil e em Santa Catarina. Estes relatórios serão reunidos em um único documento técnico e logo após, encaminhado para o Ministro da Justiça.

O relatório também serve como forma de aprimoramento, já que na primeira missão realizada pela CERPORTOS/SC aos Estados Unidos - New York e New Jersey -, os relatórios não foram reunidos, foram apenas comentados em reunião, não sendo elaborado um documento para arquivo. Na viagem para a Europa, a Comissão se organizou de uma forma melhor e assim, conseguiu provocar a coleta de informação e dar um prazo para a entrega do documento.

Além dos relatórios, a CESPORTOS/SC está criando uma tradição em homenagear os parceiros e colaboradores com uma medalha, que possui a logo totalmente personalizada gravada nela, com o objetivo de fortalecer institucionalmente a Comissão. Os integrantes da comitiva e os patrocinadores da missão receberam placas e medalhas como símbolo de agradecimento e que circulará pelas mesas e escritórios do Estado.

Em razão do pioneirismo da CESPORTOS/SC, a primeira a ter site, logo e sede, em uma entrevista com a editora da Revista Porto Sul, Aline Araújo, ainda na Europa, surgiu a ideia de registrar em um livro a história da CESPORTOS de Santa Catarina. No evento, a

CESPORTOS/SC realiza homenagens,recebe relatórios e apresenta proposta de livro

proposta foi apresentada e a Comissão aprovou por unanimidadea publicação do material, que tem a previsão de ser lançado dezembro.

S E G U R A N Ç A P O R T U Á R I A

Reinaldo Garcia Duarte Chefe da DEPOM/SR/DPF/SC

Coordenador da CESPORTOS/SCGerente Regional da Polícia Federal no sistema Porto sem Papel

Revista Porto Sul | Ano 003 - Nº015 - Outubro e Novembro de 2012 31

Porto Sul recebe homenagem

Comissão da CESPORTOS/SC

C O L U N A

Todo empresário quer a “firmeza” de seu negócio, ter lucro e estabilidade, ou seja, quer colher os louros do seu trabalho. Para al-cançar este objetivo, uma das avaliações importantes

a serem feitas é sobre a situação ambiental de sua empresa, que deve estar em conformidade com a legislação.

Uma irregularidade ambiental pode ocasionar algumas situa- ções de punição à empresa, como advertência, paralisação das atividades e/ou multa, podendo haver inclusive punições ao(s) responsável(is) pela empresa.

Fundamentalmente, todo empreendimento deve possuir uma autorização ambiental e esta pode, ou não, impor à empresa o gerenciamento e monitoramento específico das suas atividades, com a consequente apresentação de relatórios periódicos ao órgão ambiental licenciador.

A preocupação com o meio ambiente não deve estar apenas nos limites físicos de empresa, deve haver a responsabilidade sobre os produtos e resíduos gerados, cujas destinações devem estar em conformidade com a legislação ambiental.

Como está a situação ambiental de sua empresa? Você está atendendo todas normativas ambientais? Seu licenciamento ambiental está em dia? Quando vence a sua licença ambiental? Seu empreendimento precisa de licença ambiental? Você está atendendo todas as exigências da licença ambiental que possui? Sua empresa está provocando algum tipo de contaminação ao meio ambiente? Você está dando a destinação correta aos seus resíduos e efluentes? Se você é empresário, não pode ter dúvidas ao responder a estas perguntas.

O objeto de uma Auditoria Ambiental é obter informações relacionadas a estas e outras perguntas, havendo no trabalho averificação da situação ambiental da empresa.

AUDITORIA AMBIENTALuma dica às empresas

A Portaria MMA nº 319, de 15 de agosto de 2003 define Auditoria Ambiental como “o processo sistemático e documen- tado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências que determinem se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a estes, estão em conformidade com os critérios de auditoria estabelecidos na Resolução CONAMA nº306, de 2002, e para comunicar os resultados deste processo”.

A normativa Estadual de Santa Catarina, especificamente a Lei Estadual nº 14.675, de 13 de abril de 2009 (Código Estadual do Meio Ambiente), possui as Auditorias Ambientais como um de seus Instrumentos, distinguindo-as em Auditoria Ambiental Voluntária, realizada pela Empresa e Auditoria Ambiental Fiscalizadora e Licenciadora, realizada pelo Órgão Público.

Para o empresário, a melhor forma de Auditoria Ambiental é a Voluntária, realizada por profissionais independentes, com curso de formação específico em Auditoria Ambiental, onde as fragilidades da empresa serão apresentadas aos gestores do empreendimento, dando a este a oportunidade de se regularizar ambientalmente perante a sociedade e aos órgãos ambientais.

O Auditor poderá, dependendo da empresa, ser assessorado por outros profissionais de conhecimento técnico específico. Já o resultado da Auditoria Ambiental é um Relatório que aponta as regularidades e irregularidades da empresa. Para as regularida- des poderão ser indicadas formas de potencializá-las, já para as irregularidades serão indicadas as soluções cabíveis.

Por fim, caso haja dúvidas em se fazer uma Auditora Ambiental, basta colocar na balança o custo de um dia sem operação da empresa e o custo da dita Auditoria. Fica a dica!

M E I O A M B I E N T E P O R T U Á R I O

Juliano Roberto CunhaEngenheiro Sanitarista e Ambiental

MPB Engenharia

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D a s c i n c o m e s o r r e g iões catarinenses o sul apresenta enorme desafio ao crescimen-to sustentável, com seus 33 municípios, sendo 17 na AMUREL, 15 na AMESC e 11 na AMREC, que corresponde a

15% do total de municípios de SC. Politicamente, a AMUREL conta com a Secretaria de Desenvolvimento Regional - SDR de Tubarão, Laguna e Imbituba, a AMESC com a SDR de Criciúma e a AMESC, com a SDR de Araranguá e geograficamente, o sul catarinense compreende uma área de 9.709,247 km², com uma população estimada em 902.478 habitantes, segundo o Censo de 2006 e com densidade de 93,0 hab/km².

O sul catarinense, de acordo com a Secretaria de Planejamento do Estado de SC, traz como indicadores chave o IDH médio de 0,810 (PNUD 2000), PIB de R$ 7.208.840.529,00 (IBGE 2003) e PIB per capita de R$ 8.329,28 (IBGE 2003). Possui 10,18% da área total de SC e 15,38% da população catarinense. Lamentavelmente, o sul apresenta também o penúltimo IDH do Estado (0,810 para 0,840 de média de SC), estando somente na frente da região Serrana (0,782) e o último PIB de SC (8.329,28 correspondentes a 8,45%).

Os fatores agregadores regionais do sul catarinense, segundo estudos do programa Prosperidade do Sul Catarinense (2010), são sua diversidade de etnia, faixa litorânea comum, diversidade econômica, potencial energético, disponibilidade energética, ensino universitário sólido, problemas comuns, agentes estrutu- rantes comuns e sua própria história no entorno do segmento ferroviário pelo transporte de carvão mineral.

Da perspectiva da etnia, o sul é a região mais italiana do Estado com65% da população de descendentes de italianos. A influência italiana está presente na religiosidade, cultura, arquitetura, culinária e na vitivinicultura. Os agentes estruturantes comuns são a BR-101, Ferrovia Tereza Cristina, Aeroporto Regional e o Sistema Portuário. Da perspectiva histórica, o sul tem destaque empreen- dedor, considerando que o descobrimento do Brasil, foi em 1500, a fundação de São Francisco do Sul, em 1658, a fundação de Florianópolis, em 1675, a fundação de Laguna, em 1676, a fundação de Tubarão, 1870, a fundação de Araranguá, 1880 e afundação de Criciúma, 1925.

SUL CATARINENSE COMPETITIVO: radiografia, desafios e perspectivas

Já os seus fatores desagregadores regionais também são sua própria história de modelo de desenvolvimento orientada ao curto prazo e não alinhada ao Plano Nacional de Desenvolvimento Regional, visão egocêntrica de associativismo e a sua dissociação política regional, com campanhas microrregionais.

Num âmbito federal, por meio do Ministério da Integração Nacional, com sua Secretaria de Programas Regionais, instituiu por meio do Decreto nº 6.047, de 22 de fevereiro de 2007, o Programa Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR, com o objetivo de reduzir as desigualdades de nível de vida entre as regiões brasileiras, promover a eqüidade no acesso a oportunida- des de desenvolvimento e orientar os programas e ações federais no Território Nacional, atendendo ao disposto no inciso III do art. 3º da Constituição. O PNDR traz alguns desafios a enfrentar como a: desintegração e descontinuidade das políticas públicas; pouca transversalidade e convergência das políticas federais; financia- mento do Desenvolvimento Regional (FNDR); desconhecimento da PNDR; superação do clientelismo e coorporativismo; rotatividade de profissionais; representatividade dos fóruns; pouca autonomia dos fóruns mesorregionais; configuração espacial dos “territórios” e; falta de carteira de “projetos estruturantes”.

No âmbito das entidades associativistas o sul catarinense carece do espírito da convergência de propósitos, da sinergia de esforços, do desenvolvimento de novas lideranças por meio do mecanismo do rodízio de papeis e responsabilidades e de fomento de valores em prol da coletividade e de seus próprios associados, independente dos interesses pessoais, na maioria das vezes com fins meramente políticos partidários.

No geral, o cenário é de desenvolvimento e a hora é agora, entretanto, sem um espírito de convergência, sem uma formação de um cluster em nossas áreas vocacionais e sem um Plano de Estado (e não somente Planos de Governo), permaneceremos na eminência de ficar assistindo pela janela o crescimento de outras regiões passar pela nossa BR, pelo nosso Porto, pela nossa Ferrovia e pelo nosso Aeroporto.

G E S T Ã O

Luciano Rodrigues MarcelinoSócio-Diretor do Grupo STANDARD Consultoria,

Doutor em Eng. de Produção

Revista Porto Sul | Ano 003 - Nº015 - Outubro e Novembro de 2012 33

A C I M

O Núcleo ACIM Porto, da Associação Empresarial de Imbituba, focado em ações para divulgar os trabalhos realizados no Porto de Imbituba, fazer novos contatos e encontrar oportunidades, participou da última edição da feira Sul Trade Summit, em Itajaí. As principais empresas do setor portuário fizeram-se presentes e o Núcleo fez questão de estar representado, mostrando que está ativo e atento às questões da logística.

Para o coordenador, Lito Guimarães, é importante participar destas oportunidades, pois os contatos geram muitas possibilidades de negócios. “Procuramos participar das principais feiras portuárias para conhecer novos players, rever antigos parceiros e divulgar Imbituba. Como coordenador do Núcleo, trouxe informações do que estamos trabalhando em Imbituba e me dispus a levar para o Núcleo o que foi debatido aqui durante os fóruns e na feira”, afirma.

Lito comenta que os temas e os debatedores do fórum foram bem escolhidos principalmente pela atualidade dos assuntos tratados. “Em minha opinião, dentre outros de grande importância, o principal debate versou sobre a relação entre portos públicos, terminais concedidos e terminais privados. Há atualmente um grande impasse, que precisa ser melhor encaminhado. Não há segurança jurídica para conforto de novos investimentos e o país não pode prescindir do capital represado, que aguarda a definição do novo marco regulatório do setor. Tenho certeza de que não poderemos deixar de considerar a necessidade de contar com capitais privados em novos portos privados. A questão da origem da carga (própria ou de terceiros), precisa ser alterada. As vantagens e desvantagens entre um e outro sistema se equivalem. Talvez alguns ajustes necessários e possíveis, sejam importantes. Entendo que o governo esteja

considerando isto nas futuras propostas. O fundamental, além de garantir viabilidade ao investidor, é garantir serviços eficientes a preços competitivos aos tomadores do serviço. Dessa forma, com uma competição bem balizada, viveríamos no melhor dos mundos”, afirma.

O vice-coordenador do núcleo, Paulo Pegas, gerente comercial do TECON Imbituba, representou o Grupo Santos Brasil. O nucleado Emilson Costa, também esteve presente, colaborando ativamente na recepção dos visitantes.

O Núcleo também está organizando um café da manhã de negócios que terá como principal convidado o Professor Sílvio dos Santos, um dos coordenadores do LabTrans (Laboratório de Transportes da UFSC). O evento ocorrerá na última semana de outubro, juntamente com a reunião do CAP, congregando os nucleados, conselheiros e convidados. O objetivo será debater as novas propostas do Governo Federal para o setor portuário, a serem definidas no novo marco regulatório, que se espera até lá, já esteja publicado.

A partir de janeiro de 2013 o ACIM Porto pretende divulgar o Porto de Imbituba em missões comerciais por Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

participa da Sul Trade Summit ACIM PORTO:

Reunião de negócios

Emilson Costa, Paulo Pegas e Lito Guimarães

CBR Logística

(48) 3255 3849 | (48) 9113 5106

E-mail: [email protected]

Av. 21 de junho, 400 - Bairro Village

Imbituba/SC - Brasil

A CBR Logística é um terminal retro portuário que dá

suporte as operações de contêineres ao Porto de

Imbituba.

Consolidada no mercado há 12 anos é reconhecida pela

qualidade e profissionalismo nos serviços prestados.

Com duas unidades localizadas estrategicamente à 1,5 km do

Porto de Imbituba, a empresa oferece estrutura própria de

transporte, armazéns e terminais para movimentação de

contêineres, grãos e cargas gerais.

Dentre os serviços oferecidos

estão, principalmente:

• Armazéns para cargas secas;

• Ova e desova de contêiner;

• Transporte;

• Movimentação de contêineres.

Logí

stic

a