Edição 02

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ANO 1 - Nº 02 - MENSAL SÁBADO, 06 DE JUNHO DE 2009 A tradicional Festa de Santa Rita, Padroeira de Extrema, iniciou-se em 09 de maio e se estendeu até o dia 24. Entre extremenses e turistas, milha- res de pessoas a prestigiaram. Os fiéis participaram com muita fé e em grande número nas diversas missas celebradas, no show do Padre Zezinho Scj, no terço luminoso e na procissão da Padroeira, enquanto as atrações culturais divertiram o bom público presente na Praça Presidente Vargas.

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Segunda Edição do Jornal o Santuário em Suas Mãos.

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ANO 1 - Nº 02 - MENSALSÁBADO, 06 DE JUNHO DE 2009

Festa de Santa Rita atraiu grande público

A tradicional Festa de Santa Rita, Padroeira de Extrema, iniciou-se em 09 de maio e se estendeu até o dia 24. Entre extremenses e turistas, milha-res de pessoas a prestigiaram.

Os fiéis participaram com muita fé e em grande número nas diversas missas celebradas, no show do Padre Zezinho Scj, no terço luminoso e na procissão da Padroeira, enquanto as atrações culturais divertiram o bom público presente na Praça Presidente Vargas.

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As festas sempre ins-piram nas pessoas o serviço voluntário na gratuidade e isso é cul-tural em nosso Brasil.

O latino-americano é festeiro nato, gosta de celebrar e festejar. Den-tre esse povo, sempre encontramos pessoas prontas para servir, co-locando-se à disposição. O serviço não acaba ofe-recido pelo tempo que sobra, se nada fazem. Ao contrário, são muito ocupados com os deve-res familiares, profissio-nais e comunitários.

Vai chegando o tem-po das reuniões: sen-tar, colher ideias, pro-gramar, elaborar cada detalhe para que tudo aconteça da melhor forma possível. Quan-to mais se envolvem,

mais animada e organizada é a festa.

Homens, mulheres, jovens e crianças se dedicam e se doam com alegria, fazendo uma experiência ímpar. Somente quem a vive sabe como é bom servir a partir de seus talentos e dons a comunidade.

Empresas colaboram na pu-blicidade!

Festa é tempo de comunica-ção e de viver a profunda ex-periência de comunhão com grupos diversos.

Festa é tempo de mutirão, pedir prendas, organizar, cozi-nhar e colocar à venda.

Festa é tempo de partilha, para se aprender que Igreja é comunidade de comunhão, se tornando, então, uma escola experimental de vida comuni-tária.

Ela se contrapõe à mentali-dade egoísta do toma lá da cá. É doação, voluntariado, dispo- sição e entrega. O povo vive

a alegria, toda a comunidade participa, se envolve, de algu-ma forma, nas colaborações, com doações, serviços dos mais diversos, e todos feste-jam.

Existem também os nega-tivos e críticos, que nos seus cantos, sem se envolverem com a comunidade, os cha-mados “espíritos de porco”, doam os palpites mais infe-lizes, os do “achismo” e do “indiferentismo”. Por que

será? Enfim, todos, de alguma

forma, participam fazendo a festa e ela se torna um tempo real de vida comunitária.

Entre desafios e limites, vão crescendo, se superando, se organizando e acontece!

E assim, esperamos que seja sempre um grande muti-rão de pessoas que amam a sua comunidade, a Igreja e se dispõem com alegria.

Festa é celebrar a vida! É sempre muito bom celebrar!

EDITORIAL O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 20092

Festa boa é festa em mutirão...

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LITURGIAO SANTUÁRIO EM SUAS MÃOS Extrema, 06 de junho de 2009 3

Celebração da palavra de Deus (II)

Ir. Veronice FernandesA presença real de Cristo na

PalavraO Concílio Vaticano II am-

pliou e desenvolveu a noção da presença de Cristo na litur-gia.

Além de estar presente nas espécies eucarísticas, Cristo encontra-se na palavra, na pessoa do ministro, nos sacra-mentos, na assembléia reunida para orar e salmodiar.

Queremos destacar aqui o valor dado à presença de Cristo na palavra: “Cristo está presente na sua palavra, pois é Ele quem fala quando na Igreja se lêem as Sagradas Es-crituras.” (SC 7). Para que os fiéis se alimentem também do Cristo presente na palavra, o Concílio recuperou a tradição de valorizar as duas mesas: pa-lavra e Eucaristia como atesta a Constituição Dei Verbum:

“A Igreja sempre venerou a Sagrada Escritura da mesma forma como sempre venerou o próprio Corpo do Senhor, por-que, de fato, principalmente na sagrada liturgia, não cessa de tomar e entregar aos fiéis o pão da vida, da mesa da pala-vra de Deus como do corpo de Cristo” (DV 21).

Portanto, as duas mesas são fontes de alimento para todas as pessoas que delas se aproxi-mam. Dessa forma, a palavra de Deus é tão venerável quan-to o Corpo Eucarístico de Je-sus Cristo. Comungamos da mesa da palavra, assim como comungamos da mesa da Eu-caristia.

Resgatando a palavra como alimento, o Concílio retomou o ensinamento da tradição e da teologia cristãs. Encontra-mos testemunhos dos Santos Padres, os quais afirmam que a palavra da Sagrada Escritura é a presença de Deus entre nós, e que especialmente a Palavra dos Evangelhos é a presença do Verbo encarnado. Assim, Inácio de Antioquia pode es-crever que busca “refúgio no evangelho, como na carne de Jesus”.

É significativo o texto de Je-rônimo (+419/420): “Quanto a mim, penso que o Evange-lho é o Corpo do Cristo e que a Sagrada Escritura é sua dou-trina”. Quando o Senhor fala

em comer sua carne e beber seu sangue, é certo que fala do mistério (da Eucaristia). Entretanto, “seu verdadeiro corpo e seu verdadeiro sangue (também) são a palavra da Es-critura e sua doutrina”. Lemos constantemente nos escritos de Orígenes a ideia da presen-ça de Cristo na palavra, por exemplo: “Como Cristo veio escondido no corpo,... assim também toda a Sagrada Es-critura é a sua incorporação”. Mais tarde, Santo Agostinho vê na Sagrada Escritura uma encarnação permanente do Verbo divino: “O verdadeiro Cristo está na palavra e na car-ne”.

Nesta mesma linha, Cesário de Arles, retomando a ideia de Orígenes, afirma que a palavra de Deus não vale menos que o corpo de Cristo: “Eu lhes per-gunto, irmãos e irmãs, digam o que, na opinião de vocês, tem mais valor: a Palavra de Deus ou o Corpo de Cristo? Se qui-serem dar a verdadeira respos-ta, certamente deverão dizer que a palavra de Deus não vale menos que o Corpo de Cristo. E por isso, todo o cuidado que tomamos quando nos é dado o Corpo de Cristo, para que ne-nhuma parte escape de nossas mãos e caia por terra, tomemos este mesmo cuidado para que a palavra de Deus, que nos é entregue, não morra em nos-

so coração enquanto ficamos pensando em outras coisas ou falando de outras coi-sas, pois aquela pessoa que escuta de maneira negligente a palavra de Deus, não será menos culpada do que aquela que, por negligência, permitir que caia por terra o Corpo de Cris-to”.

Portanto, tanto o mis-tério da palavra como o da Eucaristia conduzem ao mistério do Cristo Senhor.

Perguntas para refle-xão pessoal e em grupos:

1. Converse e ex-plique esta afirmação: Cristo está presente na palavra?

2. Como enten-der e viver o resgate do Concílio da pa-lavra de Deus como alimento?

3. Como deve ser proclamada a pa-lavra de Deus?

4. Qual é o va-lor da celebração da palavra de Deus?

* Artigo publicado na Revista de Litur-gia, São Paulo, n. 179, 2003, p.4-9

Fonte: CNBB - www.cnbb.org.br

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CATEQUESE O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 20094

Maio, mês das noivas, mês das mães, mês de Maria, mês de Santa Rita, nossa Padroeira. Maio de 2009, um ano de Santuário. Como nós, extremenses, festejamos esse mês! Como

vivenciamos com fé e louvor o quinzenário, a novena e a festa de nossa Padroeira! Foi um mês de muitas emoções, de muitos agradecimentos, de

muitas ofertas, de muita entrega, de muitas graças, de muita oração!

Iniciamos o mês com a primeira Eucaristia dos catecúmenos, dia 3. Foi uma celebração lindíssima, presidida pelo padre José Fran-co.

No dia 10, acontece-ram o Sacramento da Crisma dos Catecú-menos e a chegada da imagem de Santa Rita Peregrina, que per-correu todos os bair-ros das zonas rural e urbana da cidade.

Dia 13, abrimos a Festa de Santa Rita juntamente com a novena, quando re-cebemos os Arautos do Evangelho. Ce-lebração fervorosa! Que coral lindíssi-mo! Não deixamos de homenagear Nossa Senhora de Fátima, Virgem Santa, madrinha dos Arautos.

A cada dia da novena, recebemos comunidades das cidades vizinhas e dos bairros de Extrema, além de convidados, en-volvendo todos os profissionais res-ponsáveis por fazer

o progresso e o crescimento do município.

Dia 21 de maio, encerra-mento do quinzenário e da novena de Santa Rita, acon-teceu o terço luminoso no Extrema Futebol Clube. Com velas acesas, milhares de fiéis o rezaram prestando louvor à Santa Rita. Em procissão, seguiram ao Santuário para a última celebração do quinze-nário.

Dia 22, data da festa, sete missas foram celebradas, to-das com a Igreja lotada. De-votos extremenses, peregri-nos, romeiros... muita gente prestigiou.

Hora de grande emoção foi a chegada do andor de Santa Rita à porta do Santuário. A Padroeira estava dentro de um botão de rosa vermelha, magnífico!!! Não tinha como conter a emoção diante de nossa Santa Padroeira. O Arcebispo Dom Ricardo cele-brou a missa das 19h.

Dia 24, domingo, houve o encerramento da festa, com nomeação dos novos festeiros para 2010.

Devido à brilhante festa que organizaram, apresentemos nossos cumprimentos aos festeiros de 2009. Parabeni-zemos a equipe do andor pela obra de arte.

Desejamos aos futuros fes-

teiros muita garra e força, harmonia e união, fé e oração para organizarem a festa de 2010.

Como maio é o mês das noivas, aconteceram vários casamentos no Santuário de Santa Rita, todos celebrados pelo Seminarista Alexandre Acácio Nogueira. Aos noivos Rafael e Genebra, Marco e Maria, Cristiano e Grasiela, Valtecir e Daniela, votos de muitas felicidades nesta nova vida iniciada. Que Santa Rita interceda a Deus por eles, vi-sando a uma vida repleta de amor, respeito, saúde , amiza-de e harmonia.

Comemorou bodas de ouro, no dia 17 de maio, o casal Jay-me Batista de Morais e Maria Helena Wolhers de Morais. A eles, votos de muitas felicida-des e que Deus derrame sua benção protetora.

Na pia batismal de nosso Santuário, o Seminarista Ale-xandre também ministrou o primeiro sacramento da nossa Igreja a várias crianças. São elas:

Dia 10/05/09Alice Beatriz Mesquita de

SouzaDhebora de Fátima Aguer-

ra de AlmeidaEduarda de Paula Mendes

CardosoGabriel Santos Aidukas

Guilherme HullemannJoão Victor Santos de Frei-

tasRayane Bueno Carboni An-

tônioSabrina dos Santos Barbosa

Dia 24/05/09Alan de Andrade GomesAna Luiza Aparecida de

SouzaBruno Alan Santos SilvaBryan de Jesus FerreiraGabriel Pedro Gomes de

ToledoGabriela ColantuonoGabriela Isabelle SouzaJoão Pedro Aparecido de

Lima OliveiraJoão Pedro Cardoso PiresJúlia OnofreKauã Pereira da CunhaKelvin de Andrada Gomes

Murilo Santos GianiniSthefany Cecato MagalhãesThallison Cristian da RosaVitor Eduardo Santos de

Souza

Não podemos deixar de apresentar nossos sentimen-tos de pesar às famílias dos falecidos:

Benedita de Lourdes SilvaJosé Justino AlvesAníbal GonçalvesMaria de Lourdes Souza

BarbosaMaria Campos de PaulaJoão Paula de Morais NetoRita Moreira de Couto

GoulartGentil MiloniJosé Morbidelli (Zé do

Rigo)

E continuam acontecendo as reuniões de liturgia, os cursos de Batismo, a missa do quilo, a catequese infantil e muitos outros movimentos promovidos pelo Seminarista Alexandre. Uma novidade é a missa dos jovens, agora, todo último sábado de cada mês. Juventude,venha rezar conosco.

Vocês perceberam que o número de acólitos aumentou? São o Seminarista Alexandre e Padre Márcio preparando nossos adolescentes a uma vida mais dedicada a Deus e à fé. Isso é muito bom!!

Missa do Arcebispo Dom Ricardo

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Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Reconciliai-vos com Deus. Este apelo-con-vocação brota forte do coração missionário do apóstolo Paulo. Com essa veemência, ele se dirige aos Coríntios, na sua IIa. Carta. O capí-tulo quinto tem um tom quase dramático, expli-citando uma urgência para a vida da humani-dade no enfrentamento das candentes questões existenciais contempo-râneas. Paulo não vaci-la ao fazer esse apelo. Ele o faz no coração da complexidade urbana do seu tempo, em Corinto, Éfeso, Atenas e muitos outros lugares. Ele é con-victo dessa necessidade. Conhecedor do que se passa no coração huma-no e das dificuldades en-frentadas pela sociedade do seu tempo nas dife-rentes culturas por ele

freqüentadas. Por isso enfrenta grandes difi-culdades, indiferenças e zombarias. São espé-cies de venenos sutis e demolidores que transi-tam pelas veias do mun-do urbano do tempo de Paulo e de todos os ou-tros tempos. É resulta-do da perda terrível do sentido de humanidade e da referência insubsti-tuível de Deus. Que dá lugar, facilmente, aos interesses do momento-segundo da vida, como a economia, o lucro, o bem estar social e outros. E mesmo sendo segun-do tem, sim, sua impor-tância. Contudo, jamais pode substituir o susten-táculo que é a referência a Deus. Insubstituível, é a fonte inesgotável para produzir sentido e com-preensão que sustentam o equilíbrio de que a humanidade necessita para prosseguir viagem.

Referência a Deus que as culturas não podem dispensar para manter sua configura-ção progressiva e cada indivíduo precisa para não perder o prumo de sua existência. O apelo-convocação de Paulo não é um eco estreitado no âmbito estrito de uma vivência religiosa. Os Atenien-ses, em diálogo com ele, até o dispensaram, con-ta o evangelista Lucas num episódio narrado no capítulo dezessete dos Atos dos Apóstolos. Chamaram-no, ironica-mente, de tagarela. Até o levaram ao areópago de Atenas pedindo a ele que lhes contasse sobre a nova doutrina que estava pregando. As coisas que Paulo lhes dizia soavam estranhas, confessaram os seus interlocutores atenienses. Lucas anota que todos os atenienses

e os estrangeiros, no are-ópago, passavam o tem-po a contar ou a ouvir as últimas novidades. O apóstolo fermenta a curiosidade dos seus interlocutores analisan-do suas circunstâncias e sublinhando a indis-pensável busca de Deus, ainda que às apalpadelas.

Respondendo à neces-sidade de encontrá-lo, e destacando que na rea-lidade ele não está lon-ge de nenhum coração humano porque, conclui Paulo, n’Ele se vive, se move e tudo existe. Paulo sofreu oposições e tam-bém teve adesões de mui-tos que abraçaram a fé. Este apelo-convocação, reconciliai-vos, continua contemporâneo. Ele tem no seu reverso os cenários que revelam uma huma-nidade sem rumos e se en-veredando por caminhos insustentáveis na organi-zação da vida e em tudo o que diz respeito à solida-riedade e ao compromis-so de efetivação de uma civilização do amor – que é tarefa de todos. Sua re-alização é impensável e sem fecundidade quando se risca Deus da pauta dos seus processos.

Também, é indispensá-vel a consciência da res-ponsabilidade individual e comunitariamente articu-

lada do serviço de recon-ciliação que cada pessoa tem, na sua responsabili-dade social e política, e na sua vivência de fé. Paulo lembra que é Deus quem reconcilia. Reconciliai-vos com Deus é uma insistên-cia que focaliza o ponto de partida e de chegada de todo processo fecundo que envolve esta premis-sa maior. Mas, sublinha também a tarefa de cada um, constituído como em-baixadores, em nome de Deus, desta reconciliação. Um projeto que é mais abrangente do que apenas a conquista de dinâmicas que corrigem pontualmen-te os funcionamentos da sociedade - com interven-ções nos seus mecanismos nefastos e geradores destes terríveis cenários de devas-tação, exclusão e disputas ferinas que vão caracteri-zando a vida planetária.

Esta reconciliação tem um endereço pri-meiro na interioridade de cada pessoa. Essa é uma condição primeira. E nessa hora tão grave de sua história, a hu-manidade reclama pela conquista dessa grande reconciliação. Não exis-te, senão na interiorida-de, a fonte inesgotável para uma demonstração eloqüente da solidarie-dade, do respeito e do

amor para com toda a família humana. O co-ração humano é o lugar do amor que tem força de penetrar e fer-mentar todas as relações sociais. Este amor pode ser entendido como caridade social ou políti-ca. Importa ser estendido a todo o gênero huma-no. Sua fonte é o coração e a in-teligência, e não pode ser assore-ada. É incontes-tável que o ego-ísmo é o mais deletério inimigo da sociedade. A vida social e o exercício da política não podem ser pen-sados apenas nos seus meca-nismos de fun-cionamento. O amor há de ser sua fonte r e f e r ê n c i a . Deus é amor. É muito atual o apelo: Re-conciliai-vos com Deus!

Fonte: www.cnbb.org.br

OPINIÃOO SANTUÁRIO EM SUAS MÃOS Extrema, 06 de junho de 2009 5

Reconciliai-vos

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ENTREVISTA O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 20096

Antes de se apre-sentar em Extrema, num show comemo-rativo ao primeiro aniversário do Santuá-rio, o renomado Padre Zezinho, SCJ, autor de clássicos da música católica como “Oração Pela Família”, Utopia, ‘Maria de Nazaré”, ‘Vocação”, “Um Certo Galileu”, entre outros, falou com exclusivida-de para “O Santuário em Suas Mãos”.

O Santuário em Suas Mãos: Como o senhor percebeu que seria além de padre, cantor e compositor?

Padre Zezinho: Eu fui percebendo aos poucos. Trabalhava com teatro, com poe-sia, escrevia e come-cei a fazer músicas. As pessoas começa-vam a pedi-las e en-tão, aos poucos, eu vi que era uma ma-neira de servir, não foi uma invenção minha. Os novos padres agora têm um caminho, Padre Fábio(de Melo), Pa-dre Marcelo(Rossi), Padre Antonio Ma-ria, o caminho que eu abri, mas, para mim, era novo e para eles, não. Eles podem fazer um projeto, eu não po-dia porque não ha-via nada parecido. Aí foi acontecendo, fui assumindo e acho que foi bom, virou um caminho para muita gente.

O Santuário em Suas Mãos: Conte um pouco sobre a sua biografia musi-cal.

Padre Zezinho: A minha biografia musical é curtinha (rs). Acho que nes-ses 40 anos(de car-reira), eu fiz umas 3000 canções, 1700 gravadas, simulta-neamente uns 3000 artigos, devo ter da-dos uns 2500 shows no mundo inteiro, leciono comunica-ção, escrevi uns 88 livros, fiz 117 cd’s. Foi um trabalho de

um pioneiro, agora estou di-minuindo. A idade chegou, tenho 68 anos, mas vejo com alegria, pois há pelo menos 400 cantores de música católi-ca no Brasil e um número ain-da maior de evangélicos. To-dos, quando me encontram, dizem que se inspiraram em mim. Não fico vaidoso com isso, só acho que valeu a pena ter sido fiel ao que propus, não ter me desanimado dian-te das dificuldades.

O Santuário em Suas Mãos: Nesses 40 anos de car-reira, o senhor tem alguma canção preferida?

Padre Zezinho: Não. Tem umas 30 que todo mundo canta, então eu deixo para que o povo escolha.

O Santuário em Suas Mãos: Quais são os principais bene-fícios que a música católica pode levar aos fiéis?

Padre Zezinho: Ela faz um sermão curto de três minutos e as pessoas guardam isso na memória. Na Igreja, houve muita gente que usou a can-ção para evangelizar, como São Francisco de Assis. Não é novidade o que eu faço, mas evidentemente da maneira como eu fiz, ficou diferente. Fazia em estádios, nas praças. Hoje, os padres fazem isso. O caminho foi feito e agora não depende mais de mim.

O Santuário em Suas Mãos: Quais são as suas ins-pirações para compor?

Padre Zezinho: Eu leio muito, sou muito amigo de livros desde a juventude. Leio muita Teologia, História, So-ciologia, Filosofia, Psicolo-gia. Leio muito, evidentemen-te, a Bíblia. Dessas leituras, nascem as canções, além do contato com as pessoas.

O Santuário em Suas Mãos: O que o senhor acha do fato de Extrema possuir o seu próprio Santuário?

Padre Zezinho: Acho uma coisa boa. A ideia de Santuá-rio é uma Igreja dedicada de maneira mais especial à cate-quese, à oração. A Paróquia tem o seu dia-a-dia, o San-tuário tem esta finalidade de concentrar momentos mais intensos de devoção. Eu acho bom que haja muitos Santuá-rios e não apenas um, que as pessoas devem andar 2000 quilômetros para visitá-lo. O Brasil tem aproximadamente uns 300 Santuários e eu acho isso muito bom. Acho que Extrema é privilegiada por ter

um lugar de oração e concen-tração na região.

O Santuário em Suas Mãos: Ter um Santuário con-tribui para o crescimento da fé dos fiéis?

Padre Zezinho: Contribui para uma catequese mais só-lida e para maiores encontros, maiores motivações. Isso, para muita gente, aumenta a fé. Outros, talvez, vejam isso como uma festa, mas, de uma maneira geral, o Santuário é um lugar de fé e devoção mais profundas.

O Santuário em Suas Mãos: Como o senhor defi-niria Santa Rita (padroeira de Extrema)?

Padre Zezinho: Santa Rita é conhecida pelo martírio, pela vida familiar que levou e pela consagração que depois fez a Deus. Ela viveu vários estágios da vida de uma mu-lher, encerrou a sua de manei-ra contemplativa e dedicada à oração e à reparação pelos pecados do mundo, portanto é um maravilhoso exemplo de santidade que devemos se-guir.

O Santuário em Suas Mãos: Por que o senhor pre-ga bastante a Oração Pela Fa-mília?

Padre Zezinho: Eu prego intensamente a Oração Pela Família, porque os pais, sozi-nhos, não dão conta do reca-do. É muito difícil, nos dias de hoje, com todas as tentações da mídia e do mundo aí fora, educar um filho. Os filhos re-cebem mensagens de tudo o que é canto e é bom saber que os pais, humildemente, que-rem ajuda. Então, orar pela família, orar pelo pai e pela mãe para que não caiam na tentação do mundo, para que eles possam criar sua família com convicção, é uma coisa fundamental. Convicção, ora-ção e humildade fazem um bom pai e uma boa mãe.

O Santuário em Suas Mãos: Atualmente, qual a sua visão sobre a Igreja Cató-lica no Brasil?

Padre Zezinho: Ela tenta fazer uma comunicação so-cial, de direitos humanos, exigente. Batem muito na Igreja Católica, criticam e condenam, porque é a Igre-ja que mais fala, a que mais mártires teve. As outras Igre-jas não tiveram quase nin-guém que morreu pelo povo. Então, os mártires são teste-munhos de que ninguém tem

maior amor do que aquele que dá a vida. A Igreja Ca-tólica tem muitos mártires que morreram em defesa dos pobres, dos índios, da terra.A última foi a Irmã Dorothy, mas não vai ser a última. Já tem seis bispos e vários padres ameaçados de morte. Eles não estão desa-nimados, continuam pre-gando sem medo. Um deles pode morrer a qualquer mo-mento, mas eles defendem o povo simples e pobre. Acho que isso é uma coisa bonita na Igreja. Batem em nós por-que defendemos a vida, so-mos contra o aborto, contra o abuso no uso do feto e do embrião. Estamos vendo que o mundo está se paganizan-do e voltando para o tempo de Jesus, em que os roma-nos, quando o pai não queria o filho, eles não levantavam o filho do chão. A criança nascia, a parteira punha ele no chão e se o pai não levan-tasse, o filho ficaria lá, era jogado no lixo ou dado em adoção para outros. Se o pai não quisesse, não precisava ter, a criança era um zero à esquerda. Era uma socieda-de em que a criança não va-lia nada, nada! O adolescen-te filho chegava até 28 anos na adolescência, porque não havia indústria e nem traba-lho, então o sujeito ficava dependendo do pai até os 28 anos. A família não queria filhos, se o pai achasse que o filho fosse uma boca a mais que incomodaria, ele pura e simplesmente o mandaria matar ou não o levantaria do chão. Essa era a sociedade

avançada romana, o mundo está voltado a isso. A Igreja abre a boca e fala que está errado, e eles batem em nós. Não tem problema, podem falar o que quiser, sou padre e não tenho medo.

O Santuário em Suas Mãos: Qual é a mensagem que o senhor deixaria aos padres que querem ingressar na carreira artística?

Padre Zezinho: Cuidado! A mídia é um cavalo chucro, você fica oito segundos em cima dela e depois, ela te derruba. Quem não sabe montar, não monte. Quem sabe, arrisque.

O Santuário em Suas Mãos: E como lidar com a mídia?

Padre Zezinho: Não aparecer demais. Apare-cer quando eu quero e não quando a mídia quiser.

O Santuário em Suas Mãos: Qual a sua opinião a respeito de o Santuário local ter o seu próprio veículo de comunicação?

Padre Zezinho: Acho que toda Paróquia deve ter um pequeno jornal ou programa de rádio, se puder. Acho ma-ravilhoso que vocês tenham esta mentalidade de que a mídia católica é importante, não só a dos outros.

O Santuário em Suas Mãos: Qual é a mensagem que o senhor daria aos cató-licos?

Padre Zezinho: Serenida-de, coragem. Não tenham medo de pensar e de falar como católicos. Preparem-se para o martírio porque, de fato, ser católico hoje é mui-to difícil, mas vale a pena.

Padre Zezinho concede entrevista exclusivaSANTUÁRIO SANTA RITA DE EXTREMA COMEMORA 1 ANO

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CALENDÁRIOO SANTUÁRIO EM SUAS MÃOS Extrema, 06 de junho de 2009 7

Calendário paroquial- junho de 2009

CELEBRAÇÕES DEBATIZADOS NO

SANTUÁRIO

- Dia 14, às 11h- Dia 28, às 11h

CELEBRAÇÃO DECASAMENTOS

- Dia 12, às 9h – Casamento no Santuário de Waldomiro e Quitéria- Dia 20, às 15h – Casamento no Santuário de Marcos e Maria- Dia 26, às 20h – Casamento na Comunidade São Cristóvão de Waldomiro e Cleomilda- Dia 27, às 17h – Casamento

no Santuário de Willian e Elen

ADORAÇÃO DOSANTISSIMO SACRA-

MENTO NO SANTUÁRIO.

- Dia 5, das 13h às 18h45.CELEBRAÇÃO DE ORDE-NAÇAO PRESBITERAL

- Dia 13, às 10h – Será ordena-do Sacerdote o Diácono José Luiz Faria Junior em Brazó-polis.- Dia 27, às 10h – Será ordena-do Sacerdote o Diácono Elton Cândido Ribeiro em Itajubá (S. José Operário)

2. ENCONTROS

- Dia 2, às 19h – “Infância Missionária” no Salão Paro-quial- Dia 2, às 19h – “Conselho Econômico” no Escritório Paroquial - Dia 3, às 20h20 – “Pastoral Familiar” no Salão da Igreja Santíssima Trindade- Dia 3, às 19h – “EPAL” no Santuário- Dia 4, às 19h – Pais dos ca-tequizandos da Catequese de Iniciação no Salão Paroquial- Dia 6, das 8h às 11h – Curso de Espiritualidade - Apostola-do da Oração e Vicentinos- Dia 7, às 14h – Curso de Batismo no Salão Paroquial

- Dia 9, às 19h – Estágio Pasto-ral (Crisma)- Dia 13, das 9h às 11h30 – Manhã de Espiritualidade com Acólitos (GOV)- Dia 16, às 19h – COSEPA em Itapeva- Dia 17 e dia 18 – Reunião do Clero- Dia 18, às 19h – Pais dos ca-tequizandos da Catequese Pré-Eucaristia no Salão Paroquial- Dia 20, das 8h às 09:30 – Formação para catequistas- Dia 20, às 19h – Comissão da Juventude- Dia 21, das 13h30 às 15h45 – Encontro para Agentes da Pastoral do Batismo- Dia 23, às 19h – Infância

Missionária no Sa-lão Paroquial- Dia 23, às 19h – Reunião com os Festeiros de São Cristóvão- Dia 24, às 20h30 – Assessoria da Juventude Mis-sionária no Salão Paroquial- Dia 25, às 19h – Pais dos catequi-zandos da Cate-quese Eucaristia no Salão Paroquial- Dia 26, às 19h – Estágio Pastoral (Crisma)

1. CELEBRAÇÔESMISSAS

- Dia 2, às 19h – Comunidade São Benedito: Bairro Frontei-ra - Primeira Eucaristia- Dia 3, às 19h – Comuni-dades Santíssima Trindade: Bairro Agenor- Dia 3, às 19h – Comunidade Santa Cruz: Bairro Barreiro- Dia 4, às 19h – Comunida-des São Sebastião: Salto de Cima - Dia 4, às 19h – Santuário- Dia 5, às 19h – Santuário (Campanha do Quilo)- Dia 5, às 19h – Comunidade São Benedito: Pessegueiros- Dia 6, às 19h – Santuário- Dia 6, às 19h – Comunidade Nossa Senhora Aparecida:

Juncal- Dia 6, às 19h – Comunidade Imaculada Conceição: Bairro Godoy- Dia 7, às 9h – Santuário- Dia 7, às 11h – Comunidade São Cristóvão: Bairro São Cristóvão- Dia 7, às 16h – Santuário- Dia 7, às 19h – Santuário- Dia 10, às 19h – Comuni-dade São Sebastião: Bairro Posses- Dia 10, às 19h – Comunida-de Nossa Senhora Aparecida: Bairro Rodeio- Dia 10, às 19h – Comunida-de Pires- Dia 11, às 9h – Santuário- Dia 11, às 16h – Santuário (com a Procissão de Corpus Christi)

- Dia 12, às 16h – Santuário (Enfermos)- Dia 12, às 19h – Comuni-dade Santo Antonio: Bairro Roseira (Festa)- Dia 12, às 19h – Comunida-de Nossa Senhora Aparecida: Bairro Salto do Meio (Festa de São Benedito)- Dia 12, às 19h – Comunida-de Furnas- Dia 13, às 19h – Santuário- Dia 13, às 19h – Comuni-dade Santo Antonio: Bairro Roseira (Festa)- Dia 14, às 9h – Santuário- Dia 14, às 11h – Comuni-dade Santíssima Trindade: Bairro Agenor- Dia 14, às 16h – Santuário- Dia 14, às 19h – Santuário- Dia 18, às 19h – Santuário

- Dia 18, às 19h – Comunida-de São Pedro: Bairro Jardim- Dia 19, às 19h – Comuni-dade São Nicolau: Bairro Matão- Dia 20, às 19h – Santuário- Dia 21, às 9h – Santuário- Dia 21, às 11h – Comuni-dade Santíssima Trindade: Bairro Agenor- Dia 21, às 16h – Santuário- Dia 21, às 19h – Santuário- Dia 22, às 19h – Santuário (Novena Perpétua de Santa Rita)- Dia 23, às 19h – Comunida-de São Brás: Bairro São Brás- Dia 24, às 19h – Comunida-de Bela Vista- Dia 25, às 19h – Comunida-de Nossa Senhora Aparecida - Morbidelli

- Dia 25, às 19h – Santuário- Dia 26, às 16h – Com. Recanto S. Francisco: B. Lages - Dia 27, às 19h – San-tuário- Dia 27, às 19h – Co-munidade Vila Rica- Dia 28, às 9h – San-tuário- Dia 28, às 11h – Comunidade Santíssi-ma Trindade: Bairro Agenor- Dia 28, às 16h – San-tuário- Dia 28, às 19h – Santuário - Dia 30, às 19h – Comunidade Santa Cruz: Bairro Forjos

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FESTA DE SANTA RITA O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 20098

Dos dias 09 a 24 de maio, a Festa de Santa Rita, organizada pelo Santuário, movimentou a cidade com atra-ções religiosas e culturais. Milha-res de pessoas, computando ex-tremenses e turis-tas, prestigiaram o evento.

Dezenas de barracas, conten-

do alimentos, bebidas e produtos variados, foram instaladas na Praça Pre-sidente Vargas, que no dia 10, em comemoração ao primeiro aniversário do Santuário, recebeu um show do famoso Pe. Zezi-nho, Scj, acompanhado pelo Grupo Vozes da Fé.

No dia 16, o Festival de Música Sertaneja, na Praça Presidente Vargas, contou com a participa-ção de 21 duplas serta-nejas e um bom público.

A vencedora foi Paraná & Piazinho, de Pouso Alegre – MG. Durante a festa, ocorreram outras diversas apresentações culturais.

No dia 21, centenas de fiéis estiveram no cam-po do Extrema Futebol Clube para rezar o terço luminoso. Após a oração, se dirigiram ao Santuário, onde aconteceu a cele-bração de encerramento do quinzenário de Santa Rita.

Houve missas nas co-munidades rurais e no Santuário. No dia 22, data da Padroeira, um bolo foi cortado na Praça Presidente Vargas e o Ar-cebispo da Arquidiocese de Pouso Alegre, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, a qual a Igreja Católica de Ex-trema está inserida, ce-lebrou uma épica missa no Santuário, antecedida pela procissão de Santa Rita, que percorreu ruas

do Centro até chegar ao local da celebração. A imagem da Santa estava num andor decorado por rosas.

No dia 23, o Show de Prêmios, ocorrido por meio de bingo, também na Praça Presidente Var-gas, sorteou um dvd, uma bicicleta, um vale-compras dos Supermer-cados Kurihara no valor de R$ 250, uma televisão 20’ e uma moto 125cc. O dinheiro arrecadado será

revertido em obras assis-tenciais para o Santuário.

Dia 24, o Leilão de Gado atraiu aficionados por pecuária a um ter-reno situado ao lado da Sefex. A renda também será destinada à Igreja.

*Confira nesta edição mais detalhes sobre a Festa de Santa Rita

Obs: Na próxima edição do Jornal O Santuário, o valor arrecadado pela Festa de Santa Rita será divulga-do.

Festa de Santa Rita teve diversas atrações

Pe. Zezinho Scj e o Reitor do Santuário, Pe. Zé Franco Imagem de Santa Rita sendo carregada por devotos Missas receberam um grande número de fiéis

Arcebispo Dom Ricardo Pedro durante missa Leilão de gado recebeu um bom público Fernandão ajudando no leilão de gado

Stand do Santuário Festival sertanejo aconteceu no dia 16 de maioTradicional bolo de Santa Rita

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“O Santuário em Suas Mãos” relatou a opinião de vendedores e público da Festa de San-ta Rita. Confira.

PÚBLICO

“Curti a festa. Está até melhor do que no ano passado e bem melhor do que imaginava antes de vir para cá. O que

destaco é a brincadeira do bingo para ajudar a Igreja e as pessoas par-ticipantes, do modo que elas recebem a gente.”

Ricardo de Araújo Soa-res (Guarulhos - SP)

“A festa aqui é boa de-mais. Apesar de morar em Bragança Paulista, venho todo ano. Eu gos-to de tudo, principalmen-

te das missas. Esta festa melhora a cada ano.” Se-bastiana de Oliveira (Bra-gança Paulista - SP)

“Estava em Joanópo-lis e fui convidado a vir até aqui. O que mais me agrada é o povo e as bar-racas.” Alexandre Alves (Atibaia – SP)

“A festa é muito boa,

a cada ano tem uma coisa diferente. Achei que não seria tão legal, mas superou as minhas expectativas. O que eu mais gosto é a comida oferecida. Eu venho em todos os anos.”

Maria José (Extrema)

COMERCIANTES

Produtos comerciali-zados na barraca: meias, guarda-chuvas, brinque-dos, entre outros.

“A festa rendeu, foi bastante produtiva. Par-ticipei no ano passado, mas neste ano foi me-lhor.”

André Paulino de Lima (São Paulo – SP)

Produtos comercia-lizados na barraca: ali-mentos.

“Trabalhamos há oito anos na festa. A festa foi

mais produtiva do que no ano passado, quan-do teve 15 dias. Com menos dias de festa, as pessoas têm pouco tem-po para gastar, e assim, vêm mais.”

Andréia da Silva Cardo-so (Itaquaquecetuba – SP)

Produtos comercia-lizados na barraca: ali-mentos

“Conseguimos vender bem. O que mais vendeu foi o churros prestígio.”

Vitor Hugo (Balneário Camboriú – SC)

Produtos comercia-lizados na barraca: ali-

mentos“Todas as

festas de San-ta Rita são um sucesso. Vem muita gente de fora, gente daqui. A festa é mui-to bonita, é sempre mui-to boa para a gente. Valeu bastante a pena partici-par.”

Magali de Je-sus Juliana

Ins t i tuição: Recanto Jóia (Extrema)

FESTA DE SANTA RITAO SANTUÁRIO EM SUAS MÃOS Extrema, 06 de junho de 2009 9

O Show de Prêmios movimentou a Festa de Santa Rita. Milhares de pessoas compareceram à Praça Presidente Vargas para participar do even-to, ocorrido por meio de bingo no sábado, 23. Os brindes oferecidos foram um dvd, uma bicicleta, um vale-compras dos Su-permercados Kurihara no valor de R$ 250, uma televisão 20’ e uma moto 125cc.

Os premiados residem em Extrema, exceto o

ganhador da moto, que é de Itapeva-MG. Os vencedores foram Car-los Aparecido de Mora-es, dvd; Tuanhi Marques de Oliveira, bicicleta; Vani de Oliveira, vale-compras; Leda Márcia Gonçalves de Souza, televisão e Rafael Silva Martin, moto.

Rafael não se con-tinha de felicidade. “Não esperava ganhar a moto , mas o que im-porta é participar e aju-dar a Igreja”, disse.

Show de Prêmios atrai milhares de pessoas

Rafael(centro) levou a moto Entrega do vale-compras no valor de R$ 250,00

Um dos principais momentos religiosos da Festa de Santa Rita, o terço luminoso, costume de grandes Santuários europeus, reuniu cen-tenas de fiéis no cam-po do Extrema Futebol Clube, dia 21 de maio. A oração aconteceu em caminhada pelo local, iluminado apenas sob lanternas, propiciando

os sentimentos de reco-lhimento e oração aos presentes.

A cada mistério reza-do, o terço contempla uma passagem marcante da vida de Jesus Cristo, desde o nascimento até a ressurreição. “Vem en-tremeado pelas orações da Ave Maria e do Pai Nosso, portanto o terço além de ser uma oração

de louvor à Santíssima Virgem, é também uma oração bíblica recitada por todos os cristãos ca-tólicos. Luminoso para nos recordar que deve-mos estar sempre com a lâmpada da fé acesa nas mãos”, explica o Padre José Franco, Reitor do Santuário.

Após o terço, os fiéis se dirigiram por meio

de oração e cânticos cató-licos ao San-tuário, onde, em seguida, houve a ce-lebração de encerramento do quinzená-rio de Santa Rita, inicia-do no mês de fevereiro.

Terço luminoso reúne fiéis

Participantes e comerciantes comentam a Festa

Alexandre Alves Magali Juliana (dir.)

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DIVERSÃO O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 200910

Ingredientes:1 xícara (chá) de água ferven-

do; 1 xícara (chá) de banha derre-tida; leite; 3 ovos; 5 xícaras (chá) de polvilho azedo; 2 xícaras (chá) de queijo minas ralado; 1 colher (sopa) sal; 1 colher (café) de tem-pero caseiro.

Modo de Preparo:

Numa vasilha, escaldar o pol-vilho com a água e a banha. Adi-cionar os outros ingredientes, amolecendo a massa com o lei-te. Amassar bem. Engordurar as mãos para enrolar as bolinhas. Por em tabuleiro untado. Assar em for-no quente. Depois de crescidos, di-minuir o fogo para secarem.

Pão de Queijo Rápido

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Diz o Catecismo Católico: “A oração não se reduz ao sur-gir espontâneo de um impulso interior; para rezar é preciso querer. Não basta saber o que as escrituras revelam sobre a oração; também é indispensá-vel aprender a rezar. E é por uma transmissão viva (a sa-grada Tradição) que o Espírito Santo, na “Igreja crente e oran-te”, ensina os filhos de Deus a rezar”(cfr.nº 2650-fls.680).

A Igreja, através dos tempos, adotou diversas formas de ora-ção e maneiras de rezar. Uma

delas é a novena, que consiste em uma sequência de orações durante nove dias. Na Paró-quia de Santa Rita de Extrema, desde os primórdios da sua ins-talação, tornou-se hábito fazer a novena em louvor à santa antes do dia 22 de maio, data de realização da festa para ho-menageá-la.

O que se tornou novidade foi a iniciativa do Padre José Fran-co ao criar, no dia 22 de agosto de 2007, a “novena perpétua” em devoção à Santa Rita. A re-alização da novena é marcada

para todos os dias 22 de cada mês, quando os devotos come-çaram a se reunir no Santuário a fim de ouvir a palavra de Deus, meditar, louvar, agradecer e suplicar. Partilham-se experiên-cias de vida cristã, comunicam-se favores e graças recebidas por intercessão da Padroeira.

Desde o dia 22 de agosto de 2007 até 7 de fevereiro de 2008, quando se deu a promulgação do decreto que elevou a Matriz a Santuário de Santa Rita, a co-munidade rezava pedindo uma graça a Deus, cuja intenção

estava somente no coração do Padre José Franco. Esse intui-to depositado aos pés da Santa era, justamente, a da elevação da Matriz a Santuário e a de ter no mesmo as relíquias da Padroeira com a imagem fac-símile.

Outro modo de rezar que se iniciou na Paróquia, a partir de 8 de fevereiro de 2008, é o “quinzenário”. Essa forma de oração já existe nas Igrejas onde se venera Santa Rita de Cássia. É constituído de 15 quintas-feiras seguidas, quan-do a comunidade se reúne para louvar Deus por intercessão de Santa Rita. Foi escolhida a quinta-feira, por ser o dia da semana dedicado à Eucaris-tia, relembrando assim, a vida eucarística da Padroeira. A se-quência dos dias formando o quinzenário faz lembrança ao período o qual a Santa viveu como religiosa agostiniana no Mosteiro de Cássia.

Para compor o quinzená-rio, o Padre José Franco teve a cooperação do Padre Jésus Andrade, da Paróquia de São Benedito, de Itajubá, onde existe uma Igreja dedicada à Santa Rita. A celebração tem duas dimensões litúrgicas que tiveram suas origens, uma no ofício das comunidades e a outra nas antigas novenas,

dedicadas aos Santos Padroeiros, contendo “exposição do Santís-simo Sacramento, o canto das ladainhas e a bênção do Santíssimo Sacramento”. Essa foi uma forma encontrada de resgatar costumes antigos da Igreja, que trazem uma mística es-pecial e levam a comu-nidade a rezar.

O terço luminoso é outra prática de oração específica dos Santu-ários e que se iniciou na cidade de Extre-ma. Em Lourdes, na França e em Fátima, Portugal, assim como no município de Aparecida do Norte, acontece comumen-te. Com velas acesas, caminhando pelas ruas, os fiéis em pro-cissão rezam o ter-ço. Nesta Paróquia, acontece no campo do Extrema Futebol Clube.

Assim, a Paró-quia de Santa Rita de Extrema escreve a sua História, sina-lizando a presença de Deus em cada ato vivido.

HISTÓRIAO SANTUÁRIO EM SUAS MÃOS Extrema, 06 de junho de 2009 11

Novos temposMaria Vanda Olivotti

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PASTORAL DA JUVENTUDE O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 200912

Atentos aos anseios e buscas presentes na vida de adolescentes e jovens, vêm aconte-cendo no Santuário de Santa Rita de Extre-ma, desde novembro de 2008, momentos de reflexão acerca da vida e com as diferentes re-alidades que ela apre-senta.

A partir daí, surgiu a ideia de formar o Grupo Opção de Vida (GOV), que tem por objetivo proporcionar momentos de encon-tro com a palavra, consigo mesmo e, aos

poucos, tentar perceber a mis-são a qual Deus confia a cada um.

Se toda vida é vocação, como afirma o Papa Paulo VI, todos nós temos alguma e re-cebemos de Deus uma missão que vai sendo revelada e des-coberta conforme caminha-mos. Como diz a canção, “ca-minho se faz caminhando”.

No encontro de maio, tive-mos oportunidade de olhar para a nossa realidade fami-liar, modelos, valores vividos e transmitidos hoje. A temáti-ca foi desenvolvida por meio de oração, dinâmicas, música e partilha.

Na troca de experiências,

é satisfatório perceber como cada um traz em si o desejo, o sonho de ser feliz. E a par-tir dessa realidade de buscas, contribuir, ainda que de forma pequena, para ser alguém que faz a diferença na vida da co-munidade cristã e no mundo.

O próximo encontro acon-tece no dia 13 de junho de 2009, às 9hs, na Igreja Santís-sima Trindade, a convite dos Padres José Franco e Márcio Mota de Oliveira. As reuni-ões são animadas pelas Irmãs Apostolinas(*), que têm por carisma a missão vocacional.

Convide seus amigos e suas amigas.

Dúvidas? Entre em contato

pelo email [email protected] ou pelo telefone (35) 3435-1066.

(*) – Essas Irmãs têm como missão ajudar em todas voca-ções: matrimonial, vida con-sagrada feminina, masculina

e sacerdotal.O GOV é para todos os jo-

vens que o desejarem.Faça você essa experiência.

Venha, e se gostar, poderá voltar!

Seja bem-vindo!

GOV é para você, jovem inteligentee que busca acertar na vida.Você já sabe o que é?

Que Nossa Se-nhora e a paz de Nosso Senhor Je-sus Cristo estejam com vocês. Muitas vezes nos pergun-tamos: “O que é preciso fazer ou como deveremos agir para sermos Santos???” E sem-pre achamos que para sermos SAN-TOS é preciso fazer coisas extraordiná-rias ou precisamos nos privar de várias coisas de que gos-tamos para alcan-çar a Santidade. Mas, na verdade, não precisamos de muita coisa, o que precisamos é ser-mos nós mesmos, simplesmente JO-VENS.

Olhem só a car-ta que o Papa João Paulo II deixou para os jovens de

todo o mundo. Ele diz clara-mente o que precisamos fa-zer para atingir a santidade: “Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos de Santos de calças jeans e tênis. Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos. Precisamos de San-tos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se “lascam” na faculdade. Pre-cisamos de Santos que te-nham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castida-de. Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualida-de inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos com-prometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais. Precisamos de San-tos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo. Precisamos de Santos que bebam Coca-Co-

la e comam hot-dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem d i s c m a n . Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham ver-gonha de tomar um refri ou co-mer pizza no fim de semana com os amigos. Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de músi-ca, de dança, de esporte. Pre-cisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, ale-gres, companheiros. Precisa-mos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mun-

do, mas que não sejam mun-danos”.

Sejamos Santos. Legal, né? Essa carta diz tudo. Agora, com as dúvidas es-clarecidas, mãos à obra. E para começar, participe dos encontros do Grupo de Jo-vens JUSV. Você vai des-

cobrir como servir Deus, pode ser bem legal e di-vertido. Os encontros são todos os domingos, a par-tir das 17h, na Igreja San-tíssima Trindade – Bairro Agenor. E vamos procurar seguir SEMPRE MAIS AL-TOOOO!!! Valeu!

O Grupo JUSV tem um convite para você!

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A equipe de coordenação geral das pastorais paroquiais pensa como e com a Igreja a Pastoral Familiar Paroquial

“O matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade. A Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferece sua ajuda a quem, já conhecendo o valor do ma-trimônio e da família, procura vivê-lo fielmente, a quem, in-certo e ansioso, anda à procura da verdade e quem está impedi-do de viver livremente o projeto

familiar.” (Família Consortio) “A família Cristã, de fato, é a

primeira comunidade chama-da a anunciar o Evangelho à pessoa em crescimento e levá-la, através de uma catequese e educação progressiva, à ple-nitude da maturidade cristã.” (Família Consortio)

O desígnio de Deus sobre o matrimônio e a família

Deus é amor. A pessoa no matrimônio se doa totalmente e para sempre. Os deveres da família cristã são quatro:

- Formação de uma comuni-dade de pessoas;

- Estar a serviço da vida;- Participação no desenvolvi-

mento da sociedade;- Participação na vida e na

missão da Igreja. Uma Pastoral Familiar a ser-

viço de valores da família, espi-ritualidade conjugal e familiar, jovens e noivos que procuram o jeito cristão e verdadeiro de amar, casais em dificuldade e que estão à procura de ajuda,

casais que vivem uma segun-da união, pais que têm os seus filhos na catequese, e que têm filhos envolvidos no mundo das drogas, valoriza:

- A Semana Nacional da Fa-mília;

- As celebrações;- Dia das Mães;- Dia dos Pais;- Dia das Crianças;- Novenas, grupos e famílias;- Romarias, festas de padro-

eiro;-Retiros para casais;-Encontros de reflexão para

jovens com o tema namoro.Organiza:

- Visitação a famílias;- Celebrações com as famí-

lias;- Encaminhar as famílias

para os sacramentos da iniciação cristã (Batismo,

Eucaristia e Crisma);- Outras Iniciativas para a

vida familiar.Estrutura paroquial da

Pastoral Familiar

- Equipe central permanen-te;

- Um casal ou dois responsá-veis em cada comunidade;

- Um casal de cada grupo de casais;

- RCC (renovação caris-

mática católica), ovisa(orientação para a vivência sa-cramental), círcu-los bíblicos, outros movimentos fami-liares, encontro de noivos, pastoral da segunda união, pias dos acólitos, cate-queses e outros.

Caso não haja objetivos a serem atingidos, anda-se sem rumo. As pri-meiras metas são setas para a reali-zação do caminho que desejamos atin-gir. Com a orienta-ção da Igreja Cató-lica, se tornam bem claras. Pretendemos fazer esse caminho, considerando ava-liações, revisões e crescendo a partir de sugestões das fa-mílias envolvidas no processo. Convida-mos todos os casais e grupos, que desejam caminhar conosco, para se unirem à Igre-ja. Juntos crescere-mos.

PASTORAL FAMILIARO SANTUÁRIO EM SUAS MÃOS Extrema, 06 de junho de 2009 13

De repente, saí do meu in-dividualismo e deixei brotar algo dentro de mim. Nesse exato momento, começou mi-nha responsabilidade: educar para a vida. Nenhum pintor pode retratar numa tela, ne-nhum poeta pode descrever em versos a vida que desabro-chava dentro de mim. Quando olhava meu corpo, imagina-va aquele rostinho, a cor dos olhos, dos cabelos... Fechando os olhos, ouvia até o choro e a palavra que expressa a tão su-blime missão de educar: “ma-mãe”. Sim, porque gerar um filho implica um compromisso sério com a educação. Educar para a vida é fazer do fruto de um grande amor, um cidadão

feliz a serviço da vida. A mãe é a primeira educadora. Tudo foi esquecido, as dores, preo-cupações, fragilidades, quan-do recebi essa missão tão su-blime. De repente, me perdi no espaço da minha maternidade e percebi que meu bebê crescia e eu já não podia prendê-lo em meus braços, pois deveria des-cobrir os próprios caminhos, tinha vida própria, pertencia ao mundo e não a mim.

A mim, ficou somente a in-cumbência de educá-lo na prá-tica da fé, da justiça, do amor, do desenvolvimento de seus talentos. Percebendo, sensivel-mente, o que norteava minha postura de mãe com relação à vida vocacional de um filho,

sabia que mais dia, menos dia, eu o veria se afastar de minha casa em busca da realização de um coração adolescente.

O meu bebê, já com 17 anos, decidiu cursar uma fa-culdade. Possuindo maturi-dade necessária para sair de casa, enfrentou muitos obstá-culos, principalmente o medo de enfrentar a vida longe da família. Em janeiro de 1997, sai a lista dos aprovados no vestibular da Unesp. Uma nova vida a esperava, uma mistura de sonhos e medos invadira seus pensamentos. Faltava apenas uma semana para iniciar uma nova etapa em sua vida, quando, no meio da noite, acorda em lágrimas pedindo ajuda. As lágrimas eu não conseguiria mais en-xugar simplesmente com ca-rinho, embalando-a em meus braços, ou trocando suas fral-das molhadas e, ela me dizia entre soluços: “Eu não queria ter sido aprovada!” Com es-forço sobre-humano, ao invés de dizer então não vá, lhe dis-se: “Quantos jovens no Brasil inteiro gostariam de estar no seu lugar. Aproveite sua chan-ce, experimente. Talvez todo

esse medo que se instalou dentro de você se desfaça na tentativa de superar esse obs-táculo”.

Chegou enfim o dia, ansio-samente, esperado por nós duas. O despertador tocou às 5h, o sol ainda não tinha nascido nem no horizonte e muito menos em nossos cora-ções. Era chegada a hora da primeira separação e o corte do cordão umbilical que nos unia com tamanha intensi-dade. Lágrimas e sorrisos se misturaram, o orgulho de vê-la dar o primeiro e mais decisivo passo de sua vida se confundia com a dor da des-pedida. No final daquele dia, quando falamos pelo telefo-ne, ela me disse: “Mãe, chorei o dia todo!” Do outro lado, ouvindo isso, era como se a ouvisse chorando no berço, a apenas alguns passos de mim, mas a distância que nos sepa-rava era grande demais para que eu pudesse acariciá-la. Eu só tinha em mãos um meio de ajudá-la: com palavras sábias de uma mãe que deseja a reali-zação profissional e pessoal de seu filho, respondi-lhe: “Ama-nhã será um novo dia, dia de

conhecer seus no-vos amigos e iniciar uma nova etapa de sua vida, como no dia em que você con-cluiu o pré-primário e mudou-se para uma outra escola, iniciando o primário”. Primei-ro dia de aula, amigos novos, os trotes, a nova casa sob sua adminis-tração, decisões a serem tomadas sozinhas enri-queceram sua autoesti-ma e segurança.

Se eu não entendesse que ser mãe não é jul-gar-se dona da vida do filho a ponto de inibir ou impedir sua aspira-ção vocacional, mas acompanhar e orien-tar sem imposições, deixando-o livre e se-guro para conquistar com esforço próprio seus ideais de vida, hoje, minha filha não seria uma arqui-teta bem-sucedida.

Regina LuciaLambert Moreira

Psicóloga – educadora e consultora familiar

Reflexão e Vida - Educar para a vida!

Como pensamos a Pastoral Familiar

A psicologa Regina Lúcia Lambert Moreira (a segunda da direita para a esquerda)

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A Reitoria do San-tuário de Santa Rita de Extrema comunica aos interessados que havendo em vista a praça recém-reforma-da com grandes possi-

bilidades para realização de even-tos diversos, e já tendo recebido pedidos de mudança dos horários das missas nos dias de realizações de algumas promoções, faz saber a todos: são inviáveis quaisquer trocas de horários das missas, pois

isso passaria a ser prejudicial à participação dos fiéis nas celebra-ções.

Todos os que delas participam já têm o costume de estar naquelas missas e naqueles horários. Gera-ria confusão quanto aos dias com

movimentação desses horários. Para o beneficio maior da re-

ligiosidade em nossa cidade, re-conhecendo o valor inigualável que temos nas missas e sendo o nosso Santuário o ponto central de encontro da vida dos cristãos

católicos extremenses e romeiros, julgamos ser impossível reali-zar qualquer mudança, a não ser acrescentar mais horários com o seu crescimento, quando se fizer necessário.

Extrema, 22 de maio de 2009.

Comunicado

GERAL O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 200914

Tenho paixão pelo ser humano, adoro o seu criador. Poder procriar a criação de Deus Pai, para mim, era um sonho. Hoje, tenho um filho lindo, maravilhoso, de ape-nas três anos de vida. São 40 meses de in-tensa relação, afinida-de e amizade, seja nas dificuldades durante a noite, na educação diária, levando às au-las todos os dias, ou andando a cavalo nos finais de semana. Nas-

ci em Extrema, tive minha formação pessoal e espiritual em Lorena, onde sou devoto de N.S.Graças. Morando há cinco anos em Extrema, me apaixonei por Santa Rita de Cássia, conheci e admirei a sua história, mas não tinha ainda uma experiência pesso-al com ela.

Pedi, pedi muito, supliquei ao lado de Santa Rita para que diante das minhas difi-culdades, que fizesse possível, em minha vida, aquilo que, para mim, julgava impossível. Sempre em minhas orações e também nesta novena, con-

versei com Santa Rita sobre isso e, no último dia 14 de maio, fui buscar meu filho na escolinha onde estuda. Como de costume, quando che-go, me escondo uns minuti-nhos para observá-lo brincar. Quando me vê, é uma gran-de alegria a dele e a minha também. Nesse dia, ele me viu logo no portão de entrada e veio correndo com o sorri-so no rosto. Muita alegria e também velocidade. A alegria era recíproca, peguei-o pelos braços, o balancei sob minhas pernas e joguei-o para cima como sempre brincávamos,

mas, como que num relam-pejo, seu corpinho soltou-se de minha mão, passou sobre minha cabeça e como um mo-vimento circense num mortal de costas, caiu no cimentado da escola. Na verdade, quem viu a queda de Kaique disse que ele caiu em “câmera len-ta”, tocando primeiro o bum-bum no solo, depois as cos-tinhas e por último a cabeça.

Quando eu olhei para ele caindo, tive a certeza de que uma mão divina e delicada fora usada para que ele não morresse ou sofresse um só arranhão ou fratura, apenas

o susto e um desconforto na região do bumbum. Levei Kaique para Bragança Pau-lista, onde foi submetido a vários exames e radiografias, e graças a Santa Rita de Cás-sia, hoje, ele está vivo, sem sequelas, nenhum arranhão ou trauma psicológico.

“Obrigado, querida San-ta Rita de Cássia por poupar meu filho querido de um mal maior e a mim de um trauma eterno. Sou eternamente gra-to por esta Graça recebida. Santa Rita de Cássia, rogai por todos nós!” Amém!

Deny Mauro Alves Morais

“Tenho paixão pelo ser humano”Graça Alcançada

Igreja é o Povo de Deus que se orga-niza para fazer co-munhão e construir a unidade. Nessa dimensão, percebe-mos os dons sendo colocados a serviço do bem da comuni-dade, pois já diz a Sagrada Escritura: “Existem dons di-ferentes, mas o Es-pírito é o mesmo; diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo; diferen-tes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a

utilidade de todos. A um, o Espírito dá a palavra de sa-bedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito; a outro o mesmo Espírito dá a fé; a outro ain-da, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o poder de fazer mi-lagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ain-da, o dom de as interpretar. Mas é o único e mesmo Es-pírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer (1Cor 12,4-11)”.

As velas queimadas no velei-ro, oferecidas à Santa Rita de Cássia conforme a intenção e oração pessoal neste Santuá-rio, são coletadas e recicladas.

Cada uma custa R$ 0,55, valor que cobre seu custo e soma no trabalho de evangelização da comunidade.

D. Laura aprendeu a fazer velas com o Pe. Márcio, expe-riência que ele trouxe da Paró-quia Nossa Senhora do Car-mo, em Cambuí - MG, onde trabalhou como Seminarista, Diácono e Padre. Hoje, D. Laura até ensina outras pesso-as. Feitas com a reciclagem da parafina coletada nos veleiros, essas velas são utilizadas na Semana Santa, em procissões dos padroeiros nas comuni-dades (por ocasião de suas festas), no terço luminoso de Santa Rita, nos batizados, en-tre outros eventos.

Agradecemos a Deus pelo motivo de muitos dons se-rem colocados a serviço da

comunidade. Quem deseja aprender a preparar vela e a nos ajudar oferecendo seus dons, basta se informar na Se-

cretaria Paroquial, deixando nome e telefone.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós! Amém.

Aprenda a fazer velas

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GERALO SANTUÁRIO EM SUAS MÃOS Extrema, 06 de junho de 2009 15

Em 2006, a Assembléia Geral da CNBB aprovou por unanimidade a realização, para 2009, do Ano Catequé-tico, comemorando os 50 anos do primeiro, ocorrido em 1959. “A iniciativa é re-sultado da importância e da valorização que a Igreja vem dando à catequese, como ficou expresso no processo de elaboração do Diretório Nacional de Catequese”.

O “Ano Catequético” con-siste num momento forte de motivação e convocação para o trabalho de anunciar a palavra de Deus. O tema proposto é “Catequese, ca-minho para o discipulado”, seguindo as propostas do Documento de Aparecida.

O lema escolhido cita o Evangelho de Lucas (20, 32. 35): “Nosso coração arde

quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão”.

O objetivo geral do Ano Catequético é “dar novo impulso à catequese como serviço eclesial e como ca-minho para o discipulado”.

Dentre os objetivos especí-ficos, destacam-se:

a) intensificar a formação ca-tequética dos catequistas, dos agentes de pastoral, dos religio-sos, dos ministros ordenados;

b) estimular a dimensão catequética nas comunida-des, na perspectiva da pasto-ral de conjunto;

c) educar para a vivência de uma fé comprometida com as urgentes mudanças da nossa realidade, tendo presente o princípio da inte-ração fé-vida;

d) dar a devida ênfase à catequese com adultos e jo-

vens. O Ano Catequé-

tico terá sua cul-minância com a 3ª Semana Brasileira de Catequese, que se realizará de 7 a 11 de outubro de 2009 em Itaici Indaiatuba – SP. Este será um texto muito rico e impor-tantíssimo para que se possa dar um novo impulso, não somente à pastoral catequética, mas a toda ação evan-gelizadora da Igreja. Cabe a cada um, em seu tempo oportuno, conhecer para poder viver e ajudar a co-munidade a crescer caminhando, ouvin-do e agindo com e como Jesus.

Ano Catequético Nacional em 2009

Todos os dias 22, o Santu-ário celebra às 19h a Novena Perpétua de Santa Rita. Quem participa dessa missa, recebe indulgência plenária concedi-da pelo Papa Bento XVI, na ocasião da elevação da Igreja

Matriz a Santuário de San-ta Rita de Extrema, por sete anos.

Busquemos a exemplo de Santa Rita, viver o amor, o perdão e a paz, pois é o Sacra-mento da Reconciliação que

nos une a Deus e aos ir-mãos. Já ouvimos que Rita, quando j o v e m , desejava c o n s a -g r a r - s e ao Se-n h o r na vida re l ig io -sa. En-t r e t a n -to, seus pais a fizeram c a s a r com um homem que eles

mesmos escolheram. Ela os perdoou por essa atitude e nunca se revoltou.

O gênio mau do marido en-cheu de terríveis sofrimentos a vida de Santa Rita, mas suas

orações, seus sacrifícios e peni-tências conseguiram para ela a graça de perdoá-lo. Graças a esse perdão, ajudou-o a mudar de vida. Porém, Deus havia de pedir-lhe um gesto ainda mais generoso: conseguir que os filhos dela não se tornassem criminosos, vingando a morte do pai. Diante da persistência dos rapazes em seus planos de vingança, a Santa se voltou à misericórdia de Deus, supli-cando-lhe que levasse seus fi-lhos antes de se tornarem as-sassinos. A prece foi aceita.

Não há dúvida alguma de que Santa Rita, com seu exem-plo de vida, nos ensina a perdo-ar, a amar e a promover a paz entre as famílias. Por diversas vezes, Deus concedeu e con-cede a nós a graça do perdão, mas, também por diversas ve-zes, não o aceitamos, preferin-do nos vingar contra o Altís-simo e o irmão. Eis o coração humano, ora aberto e sensível para acolher, amar e perdo-ar, ora fechado e insensível às

mesmas qualidades. Por meio da sua

palavra, de seus ges-tos e ações, Deus quer transformar de maneira positiva a vida de cada ser hu-mano. Para que isso venha acontecer, é preciso a abertura do coração, aceitá-lo e deixar ser con-duzido (a) por ele, como fez Santa Rita.

Venha à comuni-dade, venha fazer essa experiência de fé. Abra seu coração e muitas graças serão alcançadas. Traga flores a Santa Rita. Deixe em escrito os seus pedidos e ações de graças para serem depositados aos pés da Padroeira.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós! Amém!

Dia 22 de junho - Novena Perpétua de Santa Rita

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EM FOCO O SANTUÁRIO EM SUAS MÃOSExtrema, 06 de junho de 200916

A celebração de Cor-pus Christi (Corpo de Cristo) surgiu na Ida-de Média e consta de uma missa, procissão e adoração ao Santís-simo Sacramento.

Comemorada desde a chegada dos portu-gueses, a festa é uma das mais tradicionais do Brasil. O hábito de se fazer o tapete com folhas e flores vem dos imigrantes açorianos. Essa tradição pratica-mente desapareceu em Portugal continental, onde teve origem, mas foi mantida nos Açores e nos lugares os quais chegaram seus imi-grantes, como Floria-nópolis.

Em todo o Brasil, essa comemoração adquiriu contornos do barroco português. Corpus Christi é cele-brado desde a época colonial, a partir da profusão de cores, música, expressões de grandeza. A tra-dição de fazer os tapetes de ruas acon-tece em inúmeras cidades, geralmente com voluntários que começam os prepa-rativos dias antes da solenidade e varam a noite trabalhando.

História da

Solenidade de Corpus Christi

No final do século XIII, em Lieja, Bélgica, um movimen-to eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon deu origem a vários costumes, como a Festa de Corpus Christi.

Santa Juliana de Mont Cor-nillon, priora da Abadia na-quela época, foi a enviada de Deus para propiciar a festa. Nasceu na cidade de Retines, Bélgica, no ano 1193. Ficou órfã muito pequena, sendo educada pelas freiras agosti-nianas em Mont Cornillon(a mesma congregação de San-ta Rita). Quando cresceu seguiu o caminho religioso e mais tarde, conseguiu ser superiora de sua comunida-de. Morreu no dia 5 de abril de 1258, na casa das monjas cistercienses, em Fosses e foi enterrada em Villiers.

Desde jovem, possuiu uma grande veneração ao Santís-simo Sacramento e sempre esperava que houvesse al-guma festa especial em sua honra. Esse desejo, dizem ter se intensificado pela vi-são que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com mancha negra, significando a ausência da solenidade. Ju-liana comunicou as aparições a Dom Roberto de Thorete, então Bispo de Lieje, ao dou-to Dominico Hugh, mais tar-de Cardeal legado dos Países Baixos, e a Jacques Pantale-ón, Arquidiácono de Lieje,

posteriormente Papa Urba-no IV.

O Bispo Roberto ficou im-pressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o di-reito de ordenar festas para suas dioceses, convocou sí-nodo em 1246 e ordenou que a celebração fosse feita no ano seguinte. Ao mesmo tempo, o Papa determinou que um monge, de nome João, escre-vesse o ofício para a ocasião. Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outu-bro de 1246, mas a festa foi celebrada, pela primeira vez, no ano seguinte, na quinta-feira posterior à Festa da San-tíssima Trindade. Mais tarde, um Bispo alemão conheceu os costumes e estendeu-os por toda a atual Alemanha.

O Papa Urbano IV, naque-la época, tinha a corte em Orvieto, ao norte de Roma.

Muito perto dessa localidade, está Bolsena, onde aconteceu um milagre entre 1263 e 1264: um Sacerdote que celebrava a santa missa teve dúvidas sobre a consagração ser algo real. No momento de partir a sagra-da forma, viu sair dela sangue, do qual foi se empapando o corporal. A venerada relíquia foi levada em procissão a Or-vieto. Hoje, se conservam os corporais, dos quais se apóiam o cálice e a patena durante a missa - Orvieto. Também po-de-se ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue. O Santo Padre, movido pelo prodígio, e pela petição de vá-rios bispos, faz com que se es-tenda a festa do Corpus Christi a toda Igreja, por meio da bula “Transiturus”, de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira após a oitava de Pentecostes.

Em seguida, segundo biógra-

fos, o Papa Urbano IV encar-regou um ofício, a liturgia das horas, a São Boaventura e San-to Tomás de Aquino. Quando o Pontífice começou a ler em voz alta o de Santo Tomás, São Boaventura foi rasgando o seu.

A morte do Papa Urbano IV (2 de outubro de 1264), pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a di-fusão da festa. Mas o Papa Clemente V, no Concílio Ge-ral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção da comemoração.

Em 1317, é promulgada uma recopilação de leis pelo Papa João XXII, assim, a fes-ta fica estendida a toda Igreja. As procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram comuns a partir do século XIV.

Na Igreja, a festa de Cor-pus Christi é conhecida nos calendários de sírios, armê-nios, coptos, melquitas e nos rutínios de Galícia, Calábria e Sicília.

Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente, ela foi introduzida na Igreja de Deus e que o costume seja levado em procissão por ruas e lugares públicos. Nisso, os cristãos expressam sua grati-dão e memória por tão inefá-vel e verdadeiramente divino benefício, pelo qual se faz novamente presente a vitória e triunfo sobre morte e res-surreição de Jesus Cristo.

O mês de junho e as festas litúrgicas maiores

Tapete para procissão de Corpus Christi na Paróquia de Ouro Fino