Edição 106

32
1 09.DEZ.2011 1 09.DEZ.2011

description

A história de "Vivi do Loló", que conheceu droga pior, o crack, e tornou-se a pedinte mais conhecida – e muitas vezes desprezada - de Caxias

Transcript of Edição 106

Page 1: Edição 106

109.DEZ.2011 109.DEZ.2011

Page 2: Edição 106

22

Page 3: Edição 106

309.DEZ.2011

Os zumbis também amam

HQCX Dilemas de amor e sexo no futuro

Como o campeão brasileiro saiu de São Braz para erguer a taça com São Jorge

A Voges fornece o motor que impulsionará o Aeromóvel

Geni presidente, Spiandorello vice e debates sobre o Samae

Ela perdeu o avô, o pai e o filho. Hoje, tenta ganhar algo nas ruas

6

1216

9

11

6

30

O ator-vendedor que não é gentalha

Haverá uma Gisele Bündchen em Caxias?

Recados cheios de esperança para Noel

O espírito do Natal mora no interior

O que um skate é capaz de fazer por um jovem

10

8

137

21Fotos: 6: Divulgação/O Caxiense | 8, 10 e 16: Maurício Concatto/O Caxiense | 21: Maicon Damasceno, Arquivo/O Caxiense

Page 4: Edição 106

4

Na edição 101, cobrado por um leitor, expus neste espaço minha opinião sobre qual deveria ser a punição a Harty Moisés Paese (PDT) por ter apresentado atesta-dos médicos falsos para justificar faltas na Câmara de Vereadores. Disse que ele deveria ter o mandato cassado. Houve quem achou a posição rigorosa demais. Na semana passada, Paese renunciou e, envolto também em um drama pesso-al – foi detido pela Brigada Militar com cocaína –, foi o assunto de capa da nossa edição anterior.

Pouco depois do fechamento da revista, seus colegas da Comissão de Ética da Câ-mara de Vereadores deram, finalmente, o parecer sobre o caso. E recomendaram, mesmo com a renúncia, a cassação do mandato. Sinal de que a opinião defen-dida aqui não era tão radical assim, nem isolada.

A propósito da reportagem de capa, 2 comentários de leitores no Twitter. De Vanessa K.:

E de Daniel Dalsoto:

No último fim de semana, O CAXIEN-SE foi um aniversariante tímido. Mas nossos leitores não esqueceram a data. Um dos primeiros a lembrar e celebrar foi Leo Portella, futuro (e promissor) jornalista e nosso assinante desde as primeiras edições.

Leo analisou nossa trajetória em seu blog (http://umfuturojornalista.blogspot.com) e nos surpreendeu, afirmando que a revista já ganhou até um apelido: “a Veja caxiense”.

No Facebook, ele escreveu:

Matheus Teodoro, outro jovem leitor, destacou um aspecto diferente: “Uma revista adepta das novas tecnologias e com conteúdo alternativo que prende a nossa atenção!”.“Revista inovadora e completa”, definiu Miguel Pieruccini. No meio político, o aniversário também foi lembrado. A deputada estadual Maria Helena Sartori (PMDB) parabenizou a equipe no Twitter:

O presidente do Sindiserv, João Dorlan (PT), seguindo a mesma linha, comple-tou:

Elogios generosos como estes – e muitos outros, que não temos espaço para reproduzir aqui – recompensam nosso trabalho e nos incentivam, sempre, a continuar avançando. Em breve, O CA-XIENSE anunciará mais uma novidade – que, esperamos, agradará os leitores pelos próximos 2 anos, 2 décadas...

Felipe Boff, editor-chefe

DIGA!Opiniões sObre O CasO paese | nOssOs presentes de aniversáriO

Diretor administrativo

Luiz Antônio Boff

Editores-chefes

Felipe Boff Paula Sperb

Editores

Marcelo AramisJaisson Valim

Colunistas

Renato HenrichsRoberto Hunoff

Camila Cardoso BoffCarol De BarbaJosé Eduardo CoutelleRobin Siteneski

Gesiele LordesCaroline Dall’AgnolElisa Rossi Kemmer

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivos de contas

Pita Loss Suani CampagnolloGustavo Fabião

ASSINATURASAtendimento

Tatyany Rodrigues

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

Redes sociaisTwitter: @ocaxienseFacebook: O Caxiense Revista

Foto de capaMaurício Concatto/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538www.ocaxiense.com.br

“Dois anos de O CA-XIENSE. Surgiu como uma opção de jornalis-mo na cidade e tornou-se leitura obrigatória todas as semanas. Com suas 105 edições e com muita história contada, é a vez do leitor agra-decer por tudo! E que venham os próximos aniversários!”

“Gostaria de parabeni-zar o @ocaxiense pela excelente reportagem sobre o caso Harty Paese”

“2 anos de sucesso e inovação no jornalis-mo de Caxias e do RS. Sucesso!”

“2 anos de sucesso, arrojo, ousadia e jorna-lismo ético e democrá-tico em Caxias. Sucesso sempre”

“E aqui em casa rolan-do um debate com a minha mãe sobre a ma-téria de capa da revista @ocaxiense. Parabéns pela edição 105”

Page 5: Edição 106

509.DEZ.2011

509.DEZ.2011

Page 6: Edição 106

6

BASTIDORESskate leva Caxiense à eurOpa | O persOnagem que nãO é gentalha | a Caça pOr uma nOva gisele desembarCa em Caxias

Zumbis prenunciam 2012

Transformando o clima natalino em uma espécie de Halloween fora de época, um grupo de fãs do terror pretende dar vida aos mortos pelas ruas centrais de Caxias do Sul. Roupas rasgadas, rostos ensanguentados, olheiras profundas, grunhidos e passos vagarosos caracterizam a Zombie Walk, que, desde 2007, vagueia por estas plagas. Este ano, o movimento dá as caras neste sábado (10).

O grupo sai às 16:00 da Rua Alfredo Chaves, em frente ao Parque dos Maca-quinhos. A mobilização segue pela Júlio de Castilhos até a Feijó Jr. e retorna pela Sinimbu até a Praça Dante Alighieri.

O movimento é inspirado em uma onda de reverência a zumbis que já acontece por todo o mundo e em cidades do Brasil.

Sem placas ou cartazes, cada participante fica livre para prestar sua homenagem. Vale desde a roupa velha e manchada – incrementada com um sangue artificial, é claro – até fantasias de personalidades que já morreram. Muito organizado, o grupo, composto por pessoas de todas as idades, procura manter a ordem. Evitam tocar nas pessoas e nas vitrines e fazer sujeira nas ruas. Afinal,o objetivo é diversão, e não vandalismo.

O primeiro flashmob em Caxias ocorreu por iniciativa da professora de informática Cíntia Dutra, de 25 anos. Fascinada por filmes de terror, iniciou uma mobilização pelas redes sociais. Deu certo. Cerca de 70 pessoas foram ao encontro, média que se manteve durante as outras 3 edições.

O Zombie Walk reúne os mais dife-rentes gêneros cinematográficos, além do terror. Vai da comédia – os espectadores confundem zumbis com vestibulandos ou, ainda, com manifestantes contra a violên-cia no trânsito – ao drama – acham que a passeata é entretenimento de desocupados. Também tem suspense: os menos corajo-sos tratam de se afastar e evitar qualquer tipo de contato.

Há espaço até para romance. Foi assim com Cíntia. Ela conheceu o professor de História Rafael Rosa, de 33 anos, durante a Zombie Walk de 2007. Por isso, a cada movimento, o casal tem duplo motivo para comemorar: a adesão do público e mais um ano de namoro.

Afinal, os zumbis também amam!

Rafael (de chapéu) e Cíntia (de bailarina) lideram os zumbis em movimento que se iniciou em 2007 |Divulgação/O Caxiense

Page 7: Edição 106

709.DEZ.2011

BOAGENTE

Mau

ríci

o C

onca

tto/

O C

axie

nse

Foi vendo outras pessoas andarem de skate que ele se apaixonou pelo esporte. Hoje, aos 23 anos, Patrik Mazzuchini, que começou a praticar aos 13, no bairro Rio Branco, onde mora, é o Cam-peão Gaúcho de Skate Amador 2011. Quantos prêmios já ganhou, não sabe dizer. Foram mui-tos. Em Caxias, no Estado, fora... As viagens, ali-ás, foram e são tantas que ele largou os estudos, no 1º ano do ensino médio – uma derrapada.

A bordo do mundo do skate profissional, Pa-trik fez sua viagem mais marcante para a Ar-gentina, a primeira internacional. Mas o talento sobre rodas promete superá-la em breve. Como prêmio pelo título estadual, Patrik ganhou pas-sagens para o Chile e para a Espanha, que deve aproveitar em breve.

Primeiro colocado no ranking do Circuito Gaúcho Amador de Street Skate 2011, feito pela Federação Gaúcha de Skate, ele também con-quistou uma das 5 vagas para as finais do Campe-onato Brasileiro de Skate Amador, em São Paulo, nos dias 18 e 19 de dezembro.

“Quando conto para as pessoas que vivo do skatismo elas ficam surpresas”, diz o competidor, que sempre teve o apoio da família para seguir a carreira que escolheu.

Um campeãosobre rodinhas

Page 8: Edição 106

8

CAMPUS O desafio para o qual milhares de

vestibulandos se prepararam (ou não) será na manhã deste domingo. Os par-ticipantes do vestibular da UCS devem estar no local da prova às 8:30, portan-do um documento de identificação pessoal, com foto, e o comprovante de pagamento da taxa de inscrição. As provas terão duração de 5 horas para os candidatos que não utilizarão a nota do Enem e 4 horas para os demais.

FSGAs inscrições podem ser feitas até esta se-gunda-feira (12). São 16 opções de curso. Quem ainda está em dúvida sobre a escolha pode entrar em contato com os coordenado-res de curso da FSG e agendar um horário para visitar a faculdade. A prova ocorre na terça-feira (13). Os candidatos devem estar no local às 18:00. O custo é de R$ 50.

FtecAceita inscrições para as provas do vestibu-lar até esta sexta-feira (9). As provas ocorrem no sábado (10) e custam R$ 25. São 22 cursos de curta duração, que podem ser concluídos em 2 anos.

AnhangueraEstá com as inscrições abertas para 15 op-ções de cursos de graduação (incluindo a formação de tecnólogo). A prova é dia 18, um domingo. As inscrições podem ser feitas até o sábado anterior (17), por R$ 25.

Anglo-AmericanoVocê pode agendar o horário de sua prova do vestibular. São 14 horários disponíveis, de janeiro a março de 2012. A inscrições pode ser feita até 30 de março, e o valor é de R$ 35. Há 12 opções de cursos.

MurialdoO vestibular está programado para o dia 19 (uma segunda-feira), às 19:30. As inscrições para os 3 cursos disponíveis podem ser feitas até o dia 18. O custo é de R$ 20.

UCS: FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1.130, PETRÓPOLIS. 3218-2100 | FACUL-DADE DA SERRA GAÚCHA: OS 18 DO FORTE, 2.366. 2101-6000 | FACULDADE DE TECNOLOGIA (FTEC): GUSTAVO RA-MOS SEHBE, 107, CINQUENTENÁRIO. 3027-1300 | ANHANGUERA: SINIMBU, 2.590, SÃO PELEGRINO. 3223-3910 | AN-GLO-AMERICANO: FEIJÓ JÚNIOR, 1.049, SÃO PELEGRINO. 3536-4404 | MURIALDO: MARQUêS DO HERVAL, 701, CENTRO. 3039-0245

Briga por uma vaga

+ VESTIBULARES

... Kiko Jr.

Anderson Bertoni | Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

MEIA hORA NA vIDA DE...

Se Caxias do Sul fosse a vila do Chaves, certamente o papel de Kiko seria de Anderson Roberto Bairros Bertoni, de 40 anos. O ator tem passagem pelo programa Balanço Geral, da Record, onde vivia o cô-mico Lindosmar, e até pelo cinema – intepretou um policial no filme 400 contra 1. Atualmente, ensina os caxienses a se vestir fazendo jus à trilha “Que bonita a sua roupa...”, anunciando as promoções das lojas Essência Jovem, como ele próprio narra abaixo. Quem não comprar é gentalha, hein!

14:15Cliente olhando a vitrine. Momento de usar meus dotes de comerciante. “Que tal uma rasteirinha? Uma blusa? Um vestido? Não deu!”. Mas ela entrou na loja, agora é com as vendedoras.

14:25Distante meia quadra, uma fã, de uns 20 anos, já vinha gritando “É o Kiko”, toda emocionada. Ela estava mais feliz do que a Chiquinha quan-do voltou da casa das tias. Muito gratificante receber esse carinho das pessoas.

14: 38Entre um pirulito e outro para a criança, convenço a irmã mais velha a ver a nova coleção de vestidos da loja. Tão lindos que poderiam per-feitamente ser levados para passar o verão em Acapulco.

14: 41Depois da vitória do Inter no último Gre-Nal, até me sinto entre seme-lhantes. Em qualquer direção que olho, só vejo colorados. Fortes lem-branças do Chapolin. Mas devo ser discreto: a última vez que falei sobre futebol, um pedestre me beliscou.

14: 45Uma criança me pergunta pelo Chaves. Tive que dizer que ele ficou no barril dormindo. Coitadinhos... Mas, apesar da ilusão, me realizo em saber que posso levar alegria a esses pequenos.

Page 9: Edição 106

909.DEZ.2011

O olheiro que descobriuo Pelé das passarelas

Dilson Stein | Nair Lotterman, Divulgação/O Caxiense

Não é à toa que somos a terra da über model Gisele Bündchen. O Rio Grande do Sul ainda é responsável por abastecer 50% do mercado brasileiro de profissionais dessa área, e o responsável por caçar boa parte desses talentos, inclusive Gisele, é o scouter Dilson Stein. Nesta sexta-feira (9), ele participa de uma seleção de modelos em Caxias, no Personal Royal Hotel, das 9:00 às 15:00.

Como você descobriu que tinha talento para caçar outros talentos?

Comecei minha carreira em 1985. Eu era bancário em Horizontina, mas queria ser modelo, então fiz um curso em Porto Alegre. Trabalhei por quase 2 anos e, numa visita à minha cidade natal, recebi o convite para dar meu primeiro curso de modelo. Aceitei e foi ali que começou uma nova histó-ria na minha vida. Com a experiên-cia do trabalho, a gente aprende a enxergar longe quando olha para um menino ou menina, consegue visuali-zar o futuro dele como modelo.

Quais as principais habilidades que um olho bom para reconhecer supermodelos deve ter?

Primeiro, com certeza, um scouter deve manter os olhos bem abertos. O que eu procuro observar num pos-sível talento é o rosto, a pele, a altura e o corpo, pois existe diferença para passarela e comercial. É um conjunto, na verdade. E sempre foi fundamen-tal, hoje mais do que nunca, o lado da personalidade. A gente já descobriu modelos em todos os lugares, na roça, no shopping...

E como você consegue perceber que o empacotador do supermerca-do leva jeito para modelo?

(risos) A gente tem a questão dos dois perfis (comercial e passarela), que conforme os traços, a altura, a pessoa pode se encaixar, mas acho que é um feeling que nós temos. E tem dado ótimos resultados.

Como é a rotina de um scouter?Eu formei equipes em todos os

estados. Quando há esse tipo de seleção que haverá em Caxias, elas vão na frente e fazem todo trabalho

de scout. São em torno de 20 agências de modelos parceiras nossas. Depois desse primeiro treinamento, eles pas-sam por uma nova avaliação comigo. Quem seguir adiante vai para uma terceira etapa, com várias palestras importantes, inclusive com o pai da Gisele, o sociólogo Valdir Bündchen. Aliás, a questão da família é funda-mental. Os pais, antes de colocarem seus filhos nessa carreira, têm que pesquisar e se informar muito sobre a vida de modelo.

Quais as 3 características mais importantes que os aspirantes a modelo devem ter?

Existem as medidas padrão inter-nacional – 89cm de quadril, 1,70 de altura, entre outras. Mas é importante salientar que tem que ter saúde, en-trar nas medidas de forma saudável. Ninguém vai contratar uma modelo com cara de doente.

O que a Gisele tem que as outras não têm?

A Gisele eu descobri com 13 anos, e fiquei impressionado com os traços dela. Além de um grande talento e beleza, ela tem estrela. Ela é muito determinada e mostrou uma perso-nalidade forte já com 13 anos. Tem profissionalismo, atitude, ou seja, foco na carreira, determinação, disposição para trabalhar, para se preparar.

Você acha que vai encontrar outra Gisele na vida?

O Brasil ainda tem muitos talentos para serem descobertos. Tem outras que estão no caminho para serem supermodelos. Para mim, a Gisele representa para moda o que o Pelé re-presentou para o futebol. Muitos bons jogadores vão surgir, mas nenhum será o Pelé.

Descobrir Gisele não é o suficien-te para ficar rico e decretar o fim da temporada de caça?

Que bom se pudesse, mas não dá. Tenho um grupo de empresas, um trabalho marcante em todo país, reve-lando muitas modelos. Não dá para se aposentar ainda. Eu estou com toda a energia e pretendo continuar por pelo menos mais uns 2, 3 anos.

Page 10: Edição 106

10

Nº 9.847: “A bicicleta que eu tinha um caminhão esmagou”Oi, meu nome é Gustavo, tenho 3 anos e moro no Bairro Industrial.

Gostaria de pedir através desta carta uma bi-cicletinha, pois a que eu tinha um caminhão passou por cima, aqui na minha rua, a esma-gou e eu fiquei sem ela. Desde já agradeço a quem puder atender o meu pedido.

Nº 2.217: “Amamos o Natal”Querido Papai Noel, me chamo Yans, tenho 10 anos e estou no 4º ano. Tenho um irmãozinho chamado

Gregori, que tem 6 anos, estuda na mesma escola que eu e está no 1º ano. Sabe, Papai Noel, o Gregori nasceu no Natal, por isso nós amamos o Natal. Meu pai e minha mãe traba-lham, mas nem sempre podem nos dar tudo o que nós gostaríamos. Mas, Papai Noel, se fosse possível, nós dois gostaríamos de ganhar bicicletas bem bonitas. Obrigado por ter lido nossa carta.

Nº 12.696: “Pode ser usado, não importa”Querido Papai Noel, meu nome é Guilherme Gonçalves Silva, tenho

10 anos e queria que você me desse de Natal um Playstation 2. Pode ser usado, para mim não importa. Minha mãe e meu pai ganham muito pouco, então me lembrei de você, por isso que estou pedindo. Ficarei muito feliz se pudesse me dar o “play”. Um feliz Natal e um

grande abraço do Gui!

Nº 12.521 – “Sei que o senhor reali-za sonhos, então...”Querido Papai Noel. Meu nome é Marle Gilnei, tenho sete anos, estou

na 1ª série. Eu pedi para a minha mãe uma bicicleta se eu passasse de ano, mas ela não tem como comprar para mim. Somos em 3 irmãos (2 guris e 1 menina), e a minha mãe diz que se ela dá para um, tem que dar para todos. Ela não tem como dar, somos pobres. A minha mãe trabalha de faxineira e o meu pai de auxiliar de pedreiro, mas agora ela tá desempregada. Então me lembrei que agora é Natal, e por isso escrevi para o senhor. Sei que o senhor realiza sonhos, então lhe peço que por favor realize o meu. O meu sonho é ter uma bicicleta para brincar. Muito obrigada, te espero.

Nº 15.448 – “Agradeço pelo resto da minha vida”Oi, Papai Noel, me chamo Vinícius. Vou fazer 6 anos dia 25.01.12 e

gostaria de ganhar de Natal uma bicicletinha de rodinhas, para aprender, ou 1 piscina, ou material escolar. Eu agradeço muito, pelo resto de minha vida.

* A numeração segue a ordem de cartas dispo-nibilizada pelo projeto Papai Noel dos Correios no Estado – até o início da semana, já eram mais de 17 mil.

Para: Papai Noel. De: crianças sonhadorasA solidariedade não faz greve.

Chegando ao final de um ano conturbado, os Correios convocam a ajuda dos caxienses para alegrar o Natal de crianças pobres, evocando a folclórica figura que, pelo menos na fantasia, nunca deixa de entregar uma encomenda. Por via das dú-vidas, e para dar uma mão ao bom velhinho, a revista O CAXIENSE selecionou 5 das cerca de 1 mil car-tinhas reunidas na agência central da cidade.

Elas contêm pedidos (na maioria, singelos) de crianças de até 10 anos e passaram por uma triagem dos Correios, que prioriza os remeten-tes de bairros mais carentes. Para “adotar” uma delas é só passar na agência da Sinimbu, 1.951, no Centro, escolher a carta, comprar o presente, embalá-lo em papel pardo – escrevendo no pacote o número do pedido – e, até o dia 23, levá-lo aos Correios, que farão a entrega.

Nas esperançosas correspondên-cias, o videogame parece ser o cam-peão, mas a boa e velha bicicleta ainda povoa os sonhos da meni-nada. Ah: para dar uma forcinha também aos pequenos, publicamos trechos dos textos já corrigidos. Afi-nal, para o Papai Noel, a única nota que vale é a do comportamento.

TOP5

Triagem das cartas para Papai Noel, nos Correios | Maurício Concatto/O Caxiense

Page 11: Edição 106

1109.DEZ.2011

rObertO hunOff

A meta do Sistema Feco-mércio era recolher, em todo o estado, 100 toneladas de equipamentos de informáti-ca e telefonia e 20 mil celu-lares pós-consumo. Mas os volumes chegaram, respec-tivamente, a 549 toneladas e 37 mil aparelhos. Só em Caxias o volume ficou pró-ximo de 84 toneladas e 1,2 mil celulares. Em razão do êxito da campanha, o SESC Caxias do Sul, localizado na Rua Moreira César (ao lado do Corpo de Bombeiros), continuará como posto de fixo de coleta.

Para elevar as vendas de eletrodomésticos, o governo reduziu, e zerou em alguns casos, os percentuais do IPI sobre televisões, refrigerado-res, máquinas de lavar roupa e tanquinhos. Esta semana, a Associação das Indústrias de Móveis do RS encami-nhou ofício ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, requerendo o mesmo be-nefício pelo prazo de seis meses. O presidente reelei-to da entidade, Ivo Cansan, sustenta que a concessão servirá como forma de com-pensação das perdas sofridas e manutenção dos empregos.

A assembleia de acionistas da Lupatech aprovou a ven-da da Steelinject Injeção de Aços para a Forjas Taurus, de Porto Alegre. O valor fi-xado é de R$ 14 milhões, ex-cluído o prédio industrial e a dívida avaliada em quase R$ 2 milhões. A alienação ainda depende de consentimento dos detentores de bônus per-pétuos da Lupatech Finance Limited, e da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social.

Na reunião-almoço da CIC, em comemoração ao Dia Internacional do Voluntário, o também jornalista Ricardo Voltolini afirmou que sus-tentabilidade, nos dias atuais, tem o mesmo grau de importância que tinha a qualidade uma década atrás. Segundo ele, ninguém mais produz informações de que tem qualidade na sua fábrica, porque ela virou re-

gra no mercado. “A sustentabilida-de é o próximo passo e quem não a tiver terá enormes dificuldades para seguir adiante.” Mas para que a empresa passe a exercitar esta estra-tégia, Voltolini fixou uma regra in-dispensável: o líder da organização deve acreditar apaixonadamente na ideia e a praticar, estendendo-a aos demais colaboradores.

Com projeção de faturamento de R$ 440 milhões neste ano, em alta de 10% sobre 2010, o Grupo Voges tem como uma das estratégias de crescimento o desenvolvimento de produtos para nichos de mercado. Um dos primeiros é o sistema for-mado por motor e inversor de fre-quência que acionará o ventilador que criará o fluxo de ar para a mo-vimentação do Aeromóvel, de Por-to Alegre. O equipamento de 500 HP, desenvolvido em parceria com a Emerson Controls Techniques, é

de alto rendimento e terá aplicação específica no Aeromóvel, que entra em operação a partir do segundo semestre de 2012. Outro nicho é o motor a prova de explosão, que deve chegar ao mercado no primei-ro bimestre de 2012 para atender demandas específicas de vários se-tores. Um dos principais mercados é o da exploração de petróleo. Nesta semana a Voges Motores conquis-tou a ISO 14001:2004, que define o que deve ser feito para estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental.

Nesta semana, o empresariado caxiense teve a oportunidade de manter contato com 2 consultores que trouxeram à tona temas pouco debatidos na cidade. César Souza, considerado um dos 10 palestran-tes mais influentes do Brasil, deu a seguinte dica para empresários que foram à sua palestra no Simecs:

quem não formar novas lideranças está ameaçado de sair do mercado. Segundo ele, formar e não impor lí-deres deixou de ser modismo para tornar-se necessidade. Lembrou que há 5 anos a queixa era a falta de capital, de mercado e de tecnolo-gia. “Hoje faltam pessoas engajadas para tocar os negócios”, resumiu.

Prioridades: novos líderes...

Alienação

Nichos para crescer Direitos iguais

Lixo eletrônico

... e sustentabilidade

Rogé

rio

Aver

/Div

ulga

ção

Page 12: Edição 106

12

Tribunal de Justiça do Estado vai analisar, finalmente, a legali-dade da greve dos profissionais da rede municipal de saúde. Será

na quinta-feira (15).Neste domingo (11), a greve

patrocinada pelo Sindicato dos Médicos completa 8 meses.

O prefeito José Ivo Sartori está bem cotado junto às lideranças do PMDB do Rio Grande do Sul.

Nos últimos dias, foi indicado para a presidência estadual do

partido e também para disputar o governo do Estado em 2014.

Diante desses assuntos, Sartori mantém a mesma linha de sem-pre: permanece calado.

Elói Frizzo (PSB) assume o ônus governista. Fez a defesa da proposta do Executivo para utilização do Fundo Municipal de Recursos Hídricos no paga-mento de juros e amortizações de empréstimos contraídos pelo Samae.

O próprio Elói defendeu a criação do fundo, no ano passa-do, com a finalidade de custear a implantação de novos sistemas de abastecimento de água.

Alguns vereadores estão in-conformados com o número de projetos de lei encaminhados em regime de urgência à Câma-ra – entre eles, o que aumenta o número de táxis na cidade.

Os projetos devem ser avalia-dos até a próxima quinta-feira, dia 15, quando termina o ano legislativo. É preciso mais tem-po para debatê-los, reclamam esses parlamentares.

Ana Corso (PT) classificou como consequência de má ges-tão a necessidade de ampliar as funções do Fundo Municipal de Recursos Hídricos. Lembrou que, dos R$ 130 milhões ini-ciais, o custo do Sistema Mar-recas já ultrapassa a casa dos R$ 200 milhões.

Segundo ela, as dificuldades financeiras do Samae se devem à falta de critérios no processo de indenizações do Marrecas.

Bares, restaurantes e boates serão obrigados a acrescentar o slogan Se beber, não dirija em seus cardápios. A proposta, que teve aprovação unânime na Câmara, foi encaminhada pelo agora ex-vereador Moisés Paese (PDT), que renunciou ao man-dato.

Argumento utilizado pelo proponente: ingestão de bebi-das alcoólicas e trânsito não combinam.

A peemedebista Geni Peteffi (foto) e o tucano Fran-cisco Spiando-rello serão eleitos presidente e vice da Câmara Mu-nicipal na votação marcada para a próxima quinta-feira (15).

A eleição de ambos atende ao acordo pluriparti-dário firmado pe-los parlamentares no início da atual legislatura.

Mais disputada que a eleição para a presidência do Legislativo está a indicação para cargos de assessorias.

O advogado Daiton Fonseca, hoje na Comissão de Orçamen-

to, só não assumirá a direção-geral da Casa se não quiser. E, se Spiandorello for o presidente da Comissão de Orçamento, ou-tro advogado, Fábio Vanin, será o assessor.

Donos do Poder? A Cidadania Além do Voto é o título do livro em que Rodrigo Beltrão se debru-ça sobre aspectos específicos da história política recente. O verea-dor petista analisa os 2 processos de participação implementados

aqui, o Orçamento Participativo e o Orçamento Comunitário. E constata a despreocupação com a realização de plebiscitos ou refe-rendos. Se alguém quiser promo-ver um, não há regulamentação a respeito.

Abraçada por alguns, a mo-vimentação de Rodrigo Beltrão (PT) para se tornar o vice de Geni tem chance zero de prosperar, ga-rantem os vereadores mais expe-

rientes da Casa.Ainda mais com a confirmação

de Renato Nunes (PRB) na presi-dência da Comissão de Direitos Humanos.

Nova Mesa Ônus governista

Pouco debate

Na pauta do TJ

Ao futuro Se beber...

Nas comissões

Má gestão

Além do voto

Chance zero

Mau

ríci

o C

onca

tto/

O C

axie

nse

renatO henriChs

PLENARIO

Page 13: Edição 106

1309.DEZ.2011

Ônus governista

Pouco debate

Tite,o titã

por Carol De Barba

Como o guri “batizado” por Felipão superou a pobreza, as lesões e a pressão para se tornar campeão no comando de um dos times de torcida mais apaixonada do país

Era um jogo importante entre a escola Emílio Meyer e o poderoso time do colégio Cristóvão de Mendoza, do técnico Luiz Felipe Scolari, o Feli-pão. Embora o time fosse bastante competente, Felipão procurava armar-se contra os adversá-rios, e foi exatamente o que aconteceu ao receber a dica: “marca o Tite, no meio-campo, que quan-do ele dispara, ninguém mais pega. É o camisa 8”. Felipão repetiu aos meninos: marquem o 8.

Durante a partida, porém, quem incomodava não era o camisa 8. O responsável pelas investi-das bem-sucedidas do Emílio Meyer também se posicionava no meio-campo, só que com outro número nas costas, o 10. Imaginando estar enga-nado, o técnico imediatamente vociferou à equipe “não é o 8, é o 10! O Tite é o 10!”. O Tite original era mesmo o camisa 8, mas a confusão de Felipão acabou por batizar Adenor Leonardo Bacchi com um novo apelido.

Foi esse apelido que os narradores gritaram como o mais novo técnico campeão brasileiro, pelo Corinthians. Mas, entre os familiares, o vito-rioso foi Ade. Adenor foi um menino que já nas-ceu com a bola nos pés, na comunidade de São Braz, interior de Caxias. “Eles jogam desde que eram desse tamanho”, diz orgulhosa a mãe, Ivone,

Ivone, mãe e fã número 1 do treinador |Maurício Concatto/O Caxiense

Page 14: Edição 106

14

O Tite jogador: no Guarani e no Caxias (1º à esquerda, agachado), indicado por Felipão (4º da esquerda para a direita, de pé) |Fotos: Acervo Pessoal de Tite/O Caxiense

erguendo a mão a menos de um me-tro do chão e incluindo o outro filho, Ademir, o Miro, na jogada. De acordo com ele, o esporte amador era incen-tivado na localidade, mas o irmão de-monstrou talento suficiente para ir além do elenco da seleção da turma da rua. Depois que se mudaram para o bairro de Lourdes, mais próximo do Centro, e foram estudar no colégio Emílio Meyer, Tite logo se destacou nos times de fute-bol e basquete da escola. No Cristóvão, onde cursou o ensino médio, o meio-campo também virou titular.

A família de Tite era pobre – mal ti-nha dinheiro para comprar os unifor-mes, e a costureira Ivone confeccionava até os sapatos das crianças com pedaços de couro – e o futebol representava, mais do que uma paixão, a esperança de mudar de vida. Tanto que, aos 16 anos, o jovem trocou o emprego de office boy em uma revenda Volkswagen pelas ca-tegorias de base do Esporte Clube Ju-ventude. Para que ele não fosse treinar com fome, Ivone economizava ao má-ximo alguns trocados das costuras. “Ela pegava o dinheiro e colocava no bolso da minha roupa”, lembra Tite.

No Ju, como era alto, queriam que atuasse na zaga. Ele teria desperdiçado ali algumas de suas habilidades se não fosse a indicação de Felipão, que jogava no Caxias. O rival tratou de tirar do Ju e da zaga o camisa 10 que atazanou o time do Cristóvão, devolvendo-o ao meio-campo. “Com 17 anos ele já estreou nos profissionais. O pessoal veio me dizer que ele tinha ‘subido’, eu nem sabia o

que significava”, lembra Ivone, com os olhos cheios d’água.

Tite ficou no Caxias de 1978 até 1984, quando foi vendido para o Esportivo de Bento Gonçalves. Em 1985, mudou-se para São Paulo, contratado pela Portu-guesa e, no ano seguinte, pelo Guarani, de Campinas. No último time, ao mes-mo tempo em que participou das cam-panhas de vice-campeão brasileiro de 1986 e 87 e paulista de 1988, também sofreu as lesões no joelho que o tirariam de campo, aos 28 anos. Ao todo, foram 6 cirurgias, um tempo parado que lhe deu a chance de concluir a graduação em Educação Física, pela PUC Campinas.

Depois da formatura, Tite voltou para o interior gaúcho, para outro Guarani – o de Garibaldi. “Eu não conseguia mais jogar, mas o Celso Freitas, que era o técnico, insistiu muito”, conta Tite, que atuou em apenas 3 partidas do Cam-peonato Gaúcho e acabou assumindo a vaga de preparador físico da equipe. Faltando poucos jogos para o final da competição, Freitas foi contratado por outro clube e, pela insistência do dire-tor, Gilberta Piva, Tite acabou virando técnico e descobrindo o gosto e a habi-lidade para a função. “Faltavam 5 par-tidas, nós ganhamos 4. E se abriu para mim outro canal profissional em que eu me realizei”, relembra o treinador, que permaneceu no comando até 1991.

A ascensão do técnico Tite come-çou no ano seguinte, quando ele pas-sou a treinar o Veranópolis. Durante quatro anos e meio comandou o VEC, conquistando o troféu da Segunda Di-

visão do Campeonato Gaúcho de 1993. O fiel roupeiro do clube há mais de 20 anos, Otávio Alves de Oliveira, também fez parte dessa trajetória. Desde que se conhecem, antes dos jogos importan-tes, Oliveira costuma ligar para Tite e desejar força, cumprindo o pacto que selaram no tempo em que o roupeiro ajudava o técnico a apitar os treinos co-letivos. “Quando ele foi embora, deixou uma carta dizendo que eu sempre seria o interino dele”, orgulha-se.

Oliveira também conta que Tite aju-dava muitos jogadores com problemas pessoais, como o zagueiro que ficou impossibilitado de atuar após um deslo-camento na coluna. O técnico buscava o ex-atleta em casa quase diariamente para assistir aos treinos e, no sábado, o deixava em casa com uma cesta básica. “Eu ainda faço isso de maneira geral. Não gosto muito de falar, porque parece hipocrisia querer divulgar”, conta Tite.

O primeiro grande título da carreira veio 7 anos e diversos clubes do interior depois, quando venceu o Campeonato Gaúcho de 2000, pelo Caxias. Contra-tado em dezembro de 1998, o treinador permaneceu no comando da equipe por um ano e meio. “O Tite é um trabalha-dor, sujeito estudioso, conhecedor do futebol. Tivemos vários momentos de alegria, algumas decepções, divergên-cias em relação a questões do esporte, mas temos uma amizade até hoje”, conta Marcos Vinicius Caberlon, diretor de futebol do Caxias e membro da dire-toria também naquela época. No final da década de 90, enquanto o Juventude prosperava com o patrocínio da Par-

Page 15: Edição 106

1509.DEZ.2011

Para que o garoto não fosse para o treino com fome, a mãe se esforçava para economizar algunstrocados das costuras

O coração de mãe agora é corintiano |Maurício Concatto/O Caxiense

malat, o Caxias entrava em campo na raça e na coragem. “Em nível regional, conquistar o campeonato pelo Caxias contra o Grêmio de Ronaldinho, o In-ter de Lúcio e o Juventude da Parmalat foi muito especial”, avalia Tite.

A pressão para vencer era tão grande que, mesmo contra a vontade de outros dirigentes, Caberlon bancou a perma-nência do técnico até em momentos de crise, confiando no bom resultado a longo prazo. “Enquanto dirigente, foi uma experiência muito boa trabalhar com ele, e tenho certeza que o contrário também”, conclui Caberlon.

O volante Márcio Hahn, que inicia-va sua carreira e fazia parte do elenco do Caxias nesse período, lembra com carinho do “paizão” Tite. “Não sou só eu que falo, outros jogadores também. Passaram-se 11 anos e ele continua as-sim com os atletas, quer unir o grupo, fazer um grupo coeso, forte”, avalia. Como um bom pai, Tite também sabia – e ainda sabe – aproveitar todo o po-tencial de seus atletas. “Ele sabe o nível que podemos atingir. Exige para tirar o melhor de cada um e esse título é a co-roação do trabalho dele com os atletas”, elogia Hahn.

Depois da grande conquista à frente do Caxias, Tite entrou para o hall dos

grandes clubes, como a dupla Gre-Nal, São Caetano, Corinthians (sua primei-ra passagem pela equipe foi entre 2004 e 2005), Atlético (MG), Palmeiras, e os árabes Al Ain e Al Wahda. Foi campeão da Copa do Brasil (2001), da Copa Sul-Americana (2008) e da Copa Suruga Bank (2009).

Nesses quase 25 anos de profissão, a maior parte deles passados longe de casa, Tite nunca se afastou da família. “Caxias é meu núcleo. São Braz, onde eu nasci, a chácara onde fico com a mãe e o Miro, é onde tenho paz, posso reunir os amigos para um churrasco, ver fotos, contar histórias. Sou bastan-te feliz fazendo isso”, revela o técnico. Seu irmão conta que aqui, além de des-cansar, recuperar as energias, tomar chimarrão, rezar na capelinha e comer o arroz com feijão de dona Ivone, ele ainda arrisca uns toques de bola. Toda terça, os amigos de Tite se reúnem no centro esportivo que o técnico mantém em Ana Rech para formar o time Car-rossel e, quando pode, ele troca o apito pelas chuteiras. “A gente ‘se acha’ muito bom. Para a nossa idade, pelo menos. O nome foi inspirado no carrossel holan-dês”, explica Miro.

Se a rotina de trabalho está muito apertada e ele não consegue viajar antes dos jogos, liga para a mãe para pedir a

bênção e trocar confidências com Miro. Os dois se consideram mais do que ir-mãos, se é que isso é possível. “Quando ele volta, fazemos tudo juntos”, conta Miro, que já foi torcedor fanático, bom entendedor e conselheiro de tantos ti-mes quanto o irmão treinou.

Hoje, Miro e Ivone são corintianos realizados com a maior conquista da carreira de Tite, confirmada no do-mingo (4). “Está caindo a ficha agora. A conquista se torna muito grande em função do time e do apelo popular e de mídia que ele tem. Depois desses com-promissos todos, quero chegar em casa e rever jogo, as reportagens e curtir um pouco”, analisa Tite, que aproveitará as férias nas próximas semanas – parte delas, obviamente, em Caxias.

Seu futuro no Corinthians será de-cidido após a eleição dos dirigentes do clube, mas a possibilidade maior, ele acredita, é de permanência. “Só não quero passar o que passei no Grêmio, onde eu sentia que não era o profissio-nal com quem eles gostariam de estar trabalhando”, afirma. Convites para voltar ao Exterior e o descanso da apo-sentadoria, por enquanto, também es-tão fora de cogitação. “Agora que estou conquistando títulos... Deixa como está que tá bom”, comemora.

Page 16: Edição 106

16por Gesiele Lordes

A história de uma mulher que perdeu a juventude, a saúde, a vergonha e um

filho. Uma mulher que a mãe tentou libertar acorrentando a um poste. Uma

mulher cujo nome da droga colou-se ao seu próprio nome. A “Vivi do Loló”,

que também é vítima de uma droga muito pior: o crack

ANTESE

DEPOIS DO

LOLÓ

A sorridente Viviane, adolescente |Arquivo de Família, Divulgação/O Caxiense

Page 17: Edição 106

1709.DEZ.2011

A sisudaViviane, adulta |Maurício Concatto/O Caxiense

Page 18: Edição 106

18

em seu estabelecimento para trocar as moedas da esmola – cerca de R$ 5 por vez. A empresária se impressionou com Vivi ter sobrevivido ao rigores do inver-no deste ano, uma tarefa que se tornou menos árdua graças a um refúgio. “Ela dormia no autoatendimento do Banco do Brasil e do Banrisul”, admirou-se.

Do outro lado da rua, em um bazar, o depoimento seguiu a mesma linha. Caroline Belló, de 16 anos, filha do dono do estabelecimento, já presenciou muitas façanhas de Vivi. Uma das cenas mais inusitadas foi quando a pedinte deitou em plena Pinheiro Machado, no horário de pico. “Ela ficou uns 10 minu-tos ali deitada. Os carros iam desvian-do”, lembrou a jovem.

Outra situação ocorreu no ônibus. A jovem embarcou na mesma linha de Vivi, que estava disposta, naquele dia, a deixar os passageiros boquiabertos. “Ela tirava a roupa e não estava nem aí.”

Caroline enumerou outras peripécias. E, quando deu uma pausa no relato, uma voz familiar surgiu, e não muito longe dali. Era a voz de Vivi.

Enquanto atravessava a multidão que ocupava a calçada, as pessoas evitavam a todo custo qualquer tipo de contato com a andarilha. Uns fingiam que não ouviam e a ignoravam, outros emitiam um “não tenho” carregado de desdém. Com os pedestres, o rendimento não estava bom. As senhoras, desconfiadas, corriam quando ela se oferecia para ajudar com as sacolas. Ela conseguiu 2 pêssegos – mastigados com muita von-tade. E foi só, em 10 minutos. Era hora

de mudar de público, ir para a rua. Para o meio da rua.

“Ô tia, dia 5 de dezembro eu tô de aniversário...”, era seu novo argumento comovedor. Também não surtiu efeito. “Problema é teu. Tu não sabe a raiva que eu sinto quando tu me chama de tia”, respondeu uma entregadora de panfle-tos que disputava a atenção dos moto-ristas com Vivi. Tensão. A maior parte das pessoas que a conhece esperaria um escândalo neste momento. Mas havia muito ainda a ser descoberto.

Era hora de fazer o primeiro conta-to. Ela estava parada, em frente a uma lancheria. Em pé, com braços rígidos, segurava as mangas da blusa de malha que, mesmo encardida, revelava já ter sido bege um dia. Vestia uma calça de moletom azul escuro, com manchas mais claras, quase no mesmo tom ama-relo queimado que agora coloria seu cabelo. Entre um apelo e outro de “eu tô com fome”, ia parando quem passava por ali, mesmo tendo que se deslocar rapidamente, uma vez que as pessoas mantinham proposital distância.

Nada, nem uma moeda.Para falar com ela, buscou-se a apro-

ximação. Agora, era ela quem manti-nha uma distância, alimentava uma desconfiança. “Por que tu quer saber o meu nome? Tu some da minha fren-te...”, ameaçou. Mais tarde, saberia que o medo dela era de que seu nome fosse usado em uma macumba. Melhor obe-decer.

A diretora da escola Tem Gente Tea-

trando, Zica Stockmans, já havia passa-

do por situações semelhantes enquanto se encontrava com Vivi para conhecer melhor a inspiração para a personagem do monólogo O torto e seu duplo: o ab-jeto como porta para o jogo, trabalho que, em 2009, rendeu sua monografia num curso de pós-graduação. Foi tam-bém uma de suas apresentações mais marcantes, em que precisou deixar de lado o que sua família poderia pensar ao vê-la em cenas de sexualidade aflora-da, exposição necessária para manter a peça fiel ao tema.

Mais do que aperfeiçoamento cênico, a experiência provou a Zica que Vivi não é apenas a “ferida” do conserva-dorismo caxiense, como a própria atriz classificou, mas um estado de espírito ao qual qualquer ser humano pode estar vulnerável. “Quantos de nós, nas mes-mas condições, faríamos um alinha-mento diferente?”, questiona. Para Zica, a mulher não é nem vítima, nem mons-tro, é apenas diferente. “Gostamos do normal. O que não está nesses padrões nos assusta e causa negação”, avalia.

A informação, que a própria Vivi transmitiu a Zica, era de que sua fa-mília morava no bairro São Vicente, extensão do Jardelino Ramos, o Burgo. Na busca por parentes daquela mulher, começou-se a percorrer o local, beco a beco – sempre com a mesma expli-cação: “procuro aquela moça que está sempre em São Pelegrino e, às vezes, até tira a roupa...”. Enfim, um morador deu a primeira luz. “Ah, eu conheço. Mas o nome dela é Daiane, a Pita. Ela mora na Toca da Onça”.

Ora, ora, ora! Esta seria a grande des-

Fim do dia. O fluxo de pessoas no bairro São Pelegrino aumenta à medida em que o sol se põe. O ponto de ônibus e a pista de trânsito começam a ficar peque-nos para tantos trabalhadores, mães, estudantes e clientes das lojas que carac-terizam a região como um dos principais pontos comerciais de Caxias do Sul. Mesmo com tanta gente, em meio a tanto agito, é impossível não perceber Vivi do Loló, também conhecida como Pita. Especialmente quando ela tira a roupa.

A aparição de Vivi, a andarilha mais famosa da cidade, é tão frequente por ali que já se tornou previsível. São diversas vezes por dia. “Ela faz parte do bair-ro”, definiu a comerciante Cíntia Tonini, de 43 anos, que costuma receber a “Loló”

Page 19: Edição 106

1909.DEZ.2011

Eloci Borges, mãe de Vivi |Maurício Concatto/O Caxiense

Zica interpretou Vivi nos palcos.

Para a atriz, ela é uma “ferida” no

conservadorismo caxiense. “Quan-

tos de nós, nas mesmas condi-ções, faríamos

diferente?”

coberta desta reportagem: como uma artista, ela tinha um pseudônimo e, erroneamente, todos cha-mavam a Daiane de Viviane.

Chegando à tal Toca da Onça, foi preciso apenas uma pergunta para saber que a casa procurada fi-cava no fim do corredor. A irmã de Daiane foi um pouco resistente no início, mas logo aceitou falar. “A minha irmã era bonita. Mas as drogas...”. Mas, quando ela se ofereceu para mostrar as fotografias, veio a surpresa: aquela garota não era a Loló. Para acabar com qualquer dúvida, a moça indicou onde Daiane estava dormindo. Fato: não era a mulher procurada. Aquela que estava deitada no peque-no quarto-sala se chamava Daiane Schneider. Mas compreende-se a confusão iniciada pelo vizinho. Não fosse a ausência dos dentes superiores – os de Viviane são tortos e manchados, mas ainda existem –, a moça facilmente se passaria por Viviane. Seus cabelos também são curtos e loiros, ela é igualmen-te mirrada, usuária de drogas e, segundo os vizi-nhos, tem o hábito de tirar a roupa quando con-trariada.

Desfeito o engano, volta-se a procurar Viviane Borges. Penúltima de 10 irmãos, dois deles já mor-tos, ela nasceu em 5 de dezembro de 1980. Até o início da adolescência, sua vida seguiu dentro dos parâmetros da normalidade. Apesar do apego ao pai e ao avô materno, soube lidar bem com a morte deles durante a infância. Na escola, aplicava bem sua inteligência e era uma aluna dedicada. Em casa, nunca causou preocupações. Mas a boa filha e es-tudante dedicada mudou radicalmente quando en-trou na adolescência.

Rua Pinheiro Machado. Cerca de 15:30. Tenta-

tiva de um segundo encontro. Não foi difícil iden-tificar quem era aquela mulher que falava com to-dos os motoristas e caminhava no meio da rua sem prestar muita atenção nos veículos. Desta vez, foi Vivi quem puxou conversa. “Ô, tia, tô precisando da tua ajuda. Me ajuda aí, por favor...”.

Com a esperança de receber algum trocado, ela contribuiu para que o diálogo fluísse. “Eu moro na vila (Zona do Cemitério), com uma mulher e 5 crianças”. Sobre sua família, ela lamenta as perdas. “Todos morreram: meu pai, meu nenê, meu padas-tro, meu vô...”.

Mas quando as perguntas começaram a ficar mais diretas, sobre sua dependência química, ela hesitou. Em pé, mudou de assunto, lendo a placa do carro. “Vocês são de Farroupilha?”, perguntou. Ao contrário do esperado, ela não só conseguiu ler a placa do carro, como também demonstrou uma maneira muito sutil de desviar de perguntas emba-raçosas. Depois de um pouco de insistência, veio a resposta óbvia: ela usa crack e loló.

Apesar da esperteza – e talvez principalmente por isso –, era preciso ouvir alguém que pudesse confirmar todas as respostas de Viviane, alguém que tivesse ainda mantivesse vínculo com ela. O ca-minho era localizar a mãe dela, que, diferentemen-te dos rumores que correm por aí, garante nunca ter deixado de dar atenção à filha.

Page 20: Edição 106

20

Eloci Teresinha Borges, de 56 anos, criou os 10 filhos com o salário de em-pregada doméstica, função que exerce há 40 anos – muitos deles em casas de famílias de renome na cidade. Viúva do terceiro marido, esforçou-se para satis-fazer os caprichos dos filhos. “Todo mês eu tinha que comprar latinhas de atum e, naquela época, era caro”, conta, lem-brando que uma das filhas não comia outro tipo de carne quando criança.

Os cuidados foram insuficientes para impedir Viviane de cair nas drogas. Di-ferentemente de todos os outros irmãos, que nunca se envolveram com entor-pecentes e já constituíram famílias, ou estão planejando uma, Viviane tomou o rumo indesejado pela mãe aos 14 anos. No início, Eloci custou a acreditar no que os vizinhos contavam: sua filha andava se prostituindo. Imagine, a filha que ia bem na escola quando criança fa-zendo isso?

Com o tempo, os rumores começa-ram a se confirmar. A empregada do-méstica descobriu que, nos vários dias em que Viviane ficava fora de casa, es-tava em companhia das más amizades, usando maconha. “Ela era uma guria boa. Daí começou a sair com os amigos e foi onde tudo começou”, culpou. Eloci conta que há cerca de 5 anos Vivi saiu definitivamente de casa. Antes, ficava dias e dias fora, mas voltava por um prato de comida e um banho quente.

Hoje, sempre que vai para o Centro, a mãe procura a filha e a leva para comer alguma coisa, mas nem sempre é pos-sível encontrá-la. “Hoje eu fui por lá e não encontrei ela. Não sei se ela não está internada...”.

Diante de tantas dúvidas, o coração de mãe deve estar sempre à espera do pior. “O telefone toca de madrugada e eu já imagino alguma coisa. A gente se prepara para tudo”. Em um dos sustos, estava em um acampamento próximo a São Marcos quando recebeu a notícia: sua filha havia sido esfaqueada. Che-gando em Caxias, acompanhou Vivi e coube a ela autorizar a cirurgia para ti-rar a ponta quebrada da faca, que ficou alojada em sua coluna. “Ela ainda puxa um pouco a perna para caminhar.”

A própria Viviane mencionou a agressão, contando que um homem ten-tou estuprá-la e, diante da resistência, acertou-lhe com uma faca. Em outro drama, há 10 anos, Viviane engravidou. No 6° mês de gestação, deu à luz um menino, que aguentou apenas 2 dias na incubadora. “Deu sífilis e tudo quanto é tipo de doença”, diz Eloci. “Ela não es-quece o filho.”

O mais próximo que a mãe já chegou de libertar a filha foi acorrentando-a em casa. Há 4 anos, Viviane voltou pra casa para um tmepo. Passou 6 meses vivendo com a mãe e um irmão. Uma

corrente prendia seu tornozelo a uma viga de concreto, mas permitia que ela circulasse por todos os cômodos. “Ela ficou gorda e bonita”, lembra Eloci. No entanto, em um momento de descuido, o irmão esqueceu a chave da cadeado em cima da geladeira, facilitando a fuga de Viviane. Depois daquele dia, a mãe só soube que a filha foi internada, tantas vezes que ela nem sabe precisar. Nem a presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Maria de Lurdes Fontana Grison, aponta um número exato. Sabe dizer que Viviane já foi internada pelo menos 7 vezes em uma clínica de recu-peração em Porto Alegre. A andarilha resistiu, e o Município não pode mantê-la em tratamento caso não haja aceita-ção do paciente. “Ela não é uma assassi-na para ficar presa. Ela é uma usuária de drogas”, afirmou. Em uma época, Vivi ficou 3 meses em uma comunidade te-rapêutica, mas não quis prosseguir com o tratamento. “Ela fica um tempo e volta para a rua”, diz Maria de Lurdes.

Mesmo com esperança escassas, a mãe de Viviane não deixa de sonhar. Se tudo der certo e conseguir terminar de erguer a casa que está fazendo entre as praias de Arroio do Sal e Figueirinha, até o ano que vem, deseja levar Vivia-ne para o novo endereço. Mas, quando para e pensa sobre a vida da filha, o rea-lismo golpeia o otimismo:

“Se ela viver até lá...”.

Viviane, nas ruas de São Pelegrino |Maurício Concatto/O Caxiense

Page 21: Edição 106

2109.DEZ.2011

PLATEIAUma menina (já nem tão menina assim) malUqUinha |Umas meninas malandrinhas |as meninas e os meninos moderninhos na 3ª idade

Não há grandes efeitos de iluminação, carros alegóricos, decoração luxuosa ou parque temático. A matéria-prima do Natal do interior de Caxias é a simplicidade – mais comum no presépio do que na casa do Papai Noel. Em eventos que incluem teatro, dança, coral e a chegada – meio intrusa – do Papai Noel, os distritos mostram que o fruto do seu trabalho não está só nos parreirais. E o envolvimento comunitário têm atraído cada vez mais os caxienses urbanos. No site O CAXIENSE, confira a agenda completa do nosso Natal rural.

ANA RECHNo 21° Encanto de Natal, são os adultos que irão aproveitar

mais. A sexta-feira vai levar o público a uma viagem no tempo com canções da década de 60 da banda Tia Chica. Quem for mais caseiro, pode aproveitar a Feira de Artesanato e Gastronomia, de quarta a sexta, a partir das 19:00, e aos fins de semana, a partir das 16:00. Mas o que ninguém pode perder é a tradicional Encenação do Presépio Vivo – a melhor da cidade – que conta com 150 atores e costuma constranger o Bom Velhinho.

CRiúVAA bandeira vermelha da religiosidade de Criúva também tre-

mula no Natal. O Divino Natal de Criúva terá uma procissão e duas missas: a Missa do Galo e a Missa Festiva, que encerra a fes-tividade em janeiro.

GALÓPOLiSA abertura do 6ª Magia de Natal no Vale Iluminado fica por

conta dos alunos da Escola Estadual Ismael Chaves Barcellos, que, depois de saírem da escola de lata, irão transmitir todo entusias-mo à plateia. A cerimônia também terá a premiação da Mais Bela Árvore de Natal.

SANTA LúCiA DO PiAíConhecido pelas prociss’oes com velas, o Natal de Santa Lúcia

reserva o fim de semana para as crianças. Na tarde de sábado, os pequenos irão lotar a Praça Central para a chegada do Papai Noel, onde haverá sorteios de brindes e diversas apresentações de dança, desde o balé clássico da Escola José Venzon Eberle até o Grupo Italiano Fare Amici. A noite se encerra com show de fogos de artifício.

Beleza interior Distritos caxienses não ignoram o Papai Noel, mas é a magia do presépio que atrai visitantes para as festas natalinas comunitárias

Encanto de Natal, em Ana Rech | Maicon Damasceno, Arquivo/O Caxiense

Teatro/Presépio Música Coral Missa ProcissãoPapai Noel Dança

Page 22: Edição 106

22

CINE

“Assim que ela entrou na nossa sala, todas as meninas quiseram ser lindas. E todos os meninos quiseram crescer na hora só pra casar com ela.” No filme inspirado na obra de Ziraldo, Paola Oliveira, além de linda, é amiga da turma, não dá tarefa de casa e envolve os alunos nas aulas mais divertidas da escola.

GNC 13:30 (ExCETO DOM)-17:10-19:20 L 1:30

UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA

Paola OLiVEiRA, Chico ANySiO. De André PiNTO e César RODRiGuES

ENTRE SEGREDOS E MENTIRASDepois de uma depressão na vida real e de Melan-

colia, Kirsten Dunst volta ao cinema em uma história real: o caso de desaparecimento mais misterioso de Nova York.

ORDOVÁS SEx. 22:00 SÁB.-DOM. 19:30 Qui. 20:00 16 1:58

A PELE QUE HABITODepois de perder a mulher, queimada em um aci-

dente de carro, um cirurgião desenvolveu uma pele impenetrável. E essa não é a parte mais absurda quan-to o resto do filme. A grande descoberta precisa ser testada...

★ ★ ★ ★ ★

CiNÉPOLiS 16:45 16 2:13

AMANHECER – PARTE IDepois de perder a virgindade, ter uma filha e fi-

nalmente ser transformada em vampira, tudo o que Bella queria era aproveitar a intimidade com Edward, que nos outros 3 filmes da saga Crepúsculo tinha medo de machucá-la. Mas agora o casal tem que traiu o movimento vampiro, mano, vai enfrentar a ira dos chefes dos vampiros.

GNC 16:30-17:20-19:00-19:40-21:30-22:10 CiNÉPOLiS 16:50-19:15-21:50

12 2:10

OPERAÇÃO PRESENTEPapai Noel é o chefe de uma moderna empresa fa-

miliar. No entanto, a tecnologia que dispensa renas e promete atender 100% do público-alvo falha. Por causa de uma só criança no mundo, um herói – uma espécie de estagiário da empresa – vai recorrer a ve-lhos procedimentos para manter o mito da satisfação completa ou a dura realidade de volta.

GNC 14:30 CiNÉPOLiS (3D) 14:30-22:10 L 1:37

NÃO TENHA MEDO DO ESCUROA mudança de uma família, uma garotinha intro-

vertida, uma mansão sombria do século 19, um his-tórico misterioso, um porão escuro onde uma crian-ça jamais deveria entrar. Já viu esse filme? Não, deve estar confundindo. É estreia.

uCS 20:00 12 1:39

GATO DE BOTASAqueles olhinhos misericordiosos em Shrek 2

escondiam um passado cabeludo. O filme conta a verdadeira história do justiceiro mais canastrão das histórias infantis. Ao lado da gata Kitty, ele quer rou-bar a Gansa dos Ovos de Ouro. Senhor, senhora, se-nhorio... Felino, não reconhecerás! Estreia.

CiNÉPOLiS 3D 12:40-14:50-13:45-15:55-17:00-18:05-19:10-20:15-21:20 22:20 GNC 3D 14:00-16:00-18:00-20:00-22:00 | 13:20-15:30-17:40-19:50 (Exceto SEx. e SEG.) | 11:00-13:20 (SEx. e SÁB.) 15:30-17:40-19:50 (SEx.) 21:50

L 1:30

Page 23: Edição 106

2309.DEZ.2011

Halle BERRy, Sarah Jessica PARkER, Jon BON JOVi. De Gary MARSHALLNOITE DE ANO NOVO

Uma penca de celebridades interpreta gente comum com expecta-tivas típicas de Réveillon. No primeiro segundo do ano, todos querem paz e alguém para beijar na hora dos fogos de artifício.

GNC 14:15 (Exceto SEG.) 16:45-19:10-21:40 (Exceto QuA) 10 1:58

O PALHAÇONa pré-estreia em Paulínea, onde foi rodado, teve tumulto na en-

trada do cinema. Depois das celebridades, uma plateia de mais de 500 pessoas assistiram ao filme naquele dia. A história do palhaço melan-cólico, de Selton Melo, já prenunciava o sucesso de bilheteria. O filme está há 7 semanas em cartaz.

GNC 15:10-21:10 CiNÉPOLiS 13:05-15:00 10 1:30

OS MUPPETSEm um revival, eles precisam arrecadar US$ 10 milhões para salvar

o antigo teatro onde se apresentavam, ameaçado pela exploração de petróleo. Só na semana de estreia, o filme já arrecadou US$ 11 mi-lhões. 2ª semana.

GNC 13:10-15:20 (Exceto SEG.) 15:20 (SEG.)CiNÉPOLiS 15:05-17:30–20:50 L 1:38

AMANHÃ NUNCA MAISPara reconquistar a esposa, o personagem de Lázaro Ramos só pre-

cisa chegar a tempo, com o bolo, para o aniversário da filha. E vai enfrentar um inferno. Conforme a Lei de Murphy, o filme tem grande chance de dar certo. 2ª semana.

CiNÉPOLiS 13:00-14:55 12 1:17

O ZELADOR ANIMAL“A melhor maneira de atrair uma fêmea é sendo visto com outra

fêmea”. É com esse tipo de conselhos que animais falantes pretendem ajudar o zelador do zoológico demarcar seu território.

uCS 18:00 L 1:42

OS SMURFSNo dia 18, o UCS Cinema entra em férias e retorna só no final de

janeiro. Se não deu deu tempo de assistir o filme em 19 semanas, aproveite esta. E torça para que eles não voltem em 2012.

uCS 16:00 L 1:43

Page 24: Edição 106

24

O repertório de Entre Elas se inicia com Ô Abre Alas, sem exigir o maior es-forço vocal do coral de meninas que têm entre 8 e 17 anos. Descendentes de ale-mães, elas também tiram de letra a interpretação de Lotte Lenya, em Die Moritat Mackie Von Messer, e Marlene Dietrich, em Lili Marleen. Mas o maior desafio das garotas que também cantam em inglês, espanhol e francês não são os idiomas. Entre cantoras como Janis Joplin, Edith Piaf, Mercedes Sosa e Elis Regina, elas buscam a força da expressão feminina. No fim, questionam a si e a plateia: “quem sabe eu ainda sou uma garotinha...”.

SÁB. 20:30. R$ 10. Teatro Municipal

Em 2006, Cido, entediado com a epidemia de bandas cover e tributos, juntou os amigos e montou a banda Ladrões de Diamantes, com a proposta de experimentar novos estilos. As letras indie são carregadas de reflexões sobre o mundo, a com-plexidade dos relacionamentos humanos, os problemas de adaptação à sociedade e os dilemas da juventude urbana contemporânea. Neste sábado, e eles dividem o palco do Vagão Classic com convidados.

★ ★ ★ ★ ★

SÁB. 23:30. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic.

Nós não temos um ícone pra definir o estilo musical de Cucastortas. Eles in-vestem em música autoral carregada de ideologias libertárias. Misturam ritmos latinos com tradicionalistas gaúchas. Samba com milonga e tango... E fazem um rock coerente. Portanto, ficam com o ícone das estrelas.

★ ★ ★ ★ ★

SÁB. 20:30. Livre (doação de agasalhos). Teatro do SESC

MUSICA+ SHOWS

Malandragem de meninas

Rock experimental

Cucastortas

Dou

glas

Tra

ncos

o, D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

SEXTA

André e Karina 23:30. R$ 20 e R$ 30. ArenaRafa Gubert e Tita Sachet 23:30. R$ 10. AristosHard Rockers 22:00. R$ 10. Bier HausAdriano Trindade 23:30. R$10 e R$ 20. Boteco 13Sunset Riders 23:30. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingBlues Heads 22:00. R$ 12 e R$ 18. MississipiDJ Leticia Sartoretto 23:00. R$30 (Passaporte para sexta, sábado e domingo). Nox VersusJaimar e Alexandre 22:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolMiss Take 22:00. R$ 10. The KingHigh Voltage 00:30. R$ 10 e R$ 12. Vagão BarDjs Juli Baldi, JoJô, Gabriela Etchart e Paulinho S. 23:30. R$ 20. Vagão ClassicRodeio Drive 23:30. R$ 40 e R$ 20. Xerife

SáBADO

Beijo Vulgar e Tony e Ulisses 23:00. R$ 12. AristosIzzi e Louise 22:00. R$ 10. Bier HausCasa da Sogra 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13Puracadência R$ 15 e R$ 20. Cond BarDJ Fran Bortolossi 23:00. R$ 20 e R$ 30. HavanaAcervo 22:00. La BarraTita Sachet e The Cotton Pickers 22:00. MississipiDJs Cléber Mix, Luciano Mayer e Gui Correa

Page 25: Edição 106

2509.DEZ.2011

O Clube Juvenil está todo iluminado. Pelo 3º ano consecutivo, a sede social recebe a Noite Encantada. Das janelas do prédio his-tórico, 100 crianças, de 5 entidades assisten-ciais, dublam 12 canções – não somente na-talinas – de compositores como Guilherme Arantes, Gonzaguinha e Toquinho. A Escola Hellen Keller, especializada na educação de deficientes auditivos, também estará presen-te. Na janela central, eles são o destaque em interpretação.

Qui. SEx. 20:30. Livre. Clube Juvenil. 1:00

Eles praticavam meditação quando desco-briram que suas vozes, juntas, têm uma ener-gia extraordinária. Desde então, Nenung e Irínia e seus colegas de banda compõem can-ções sobre o que vivem e acreditam. Em tem-po de crise existencial, The Dharma Lover’s refletem sobre o amor e o ideal de felicidade.

SEx. 20:00. Livre. Zarabatana.

Cantar com as mãos

Pratique o desapego

Luiz

Cha

ves,

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

+ SHOWS23:00. R$ 40 e R$ 60. MoveDJ Feeling 23:00. R$ 30 (Passaporte SEX-DOM.). Nox VersusGrupo Paiol 22:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolDJ Ferris 23:00. R$ 40 e R$ 20. PepsiA4 + Dj Eddy 11:30. R$ 10. Portal BowlingBanda Marcial de Canela18:00. Livre. Praça Pedavena, Ana RechBlindsnake 00:30. R$ 12 e R$ 15. Vagão Bar.DJs Luciano Lancini e Nóia 23:30. R$ 40 e R$ 20. Xerife.

DOMINGO

DJ Tati D 18:00. R$30 (Passaporte SEX. SÁB. DOM.). Nox VersusDeclara Samba 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingDomingueira Zarabatana 16:00. Livre. Zarabatana

SEGUNDA (12/12)

Electric Blues Explosion 22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississipi

TERÇA (13/12)

Toco e Buja 22:00. R$ 8. Bier HausMaurício Santos 21:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13Flávio Ozelame Trio 22:00. R$ 12 e R$ 18. MississipiVII Alegro Guitar Festival 21:00. R$ 15. Teatro Municipal

QUARTA (14/12)

Disco 22:00. R$ 8. Bier Haus Maurício Santos 22:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13The Blugs 22:00. MississipiMaurício e Daniel 21:00. Livre. Paiol

QUINTA (15/12)

Robledo e Domênico 22:00. R$ 10. Bier HausDisco 22:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13HardRockers 22:00. R$ 12 e R$ 18. MississipiMacuco e Evânio 22:00. R$ 15 e R$ 5. PaiolEduardo e Ezequiel 23:30. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingSérie Grandes Nomes 20:30. Livre. Zarabatana

Page 26: Edição 106

26

PALCO

Duas horas do melhor de Dora

Raízes espraiadas

3ª idade moderninha

CUERDAS y TACONESContemplado pelo Financiarte

2010, o espetáculo do grupo La Cueva faz releituras dos melhores trabalhos nos 10 anos da escola em duas sessões. A direção é das bai-larinas e coreógrafas Elisabete da Cunha e Renata Pontalti.

SEx. Qui. 21:00. R$20 e R$ 40. Teatro Municipal. 1:10

SONHOS CIRCENSESOs integrantes do Núcleo de Ar-

tes Circenses prestam uma home-nagem ao palhaço, que tem data comemorativa no dia 10 e costuma ser esquecido nesta época de Papai Noel. Na peça, uma menina se apaixona pela magia do circo. Em sonho, vive intensamente a magia do picadeiro.

SÁB. 19:00. Gratuito. Escola Municipal Pe. Antônio Vieira.

0:50

PERSONAGENS DE UM TEMPOCom 200 bailarinos, a Endan-

ça Jazz & Cia. faz um compacto – nem tão compacto assim – dos 15 anos da escola. Além do jazz, o carro-chefe do grupo, o repertório apresenta outras modalidades de dança.

QuA. Qui. 20:00. R$ 25. uCS

Teatro. 2:45

DANÇA MAGIA E ENCANTONa apresentação de fim de ano,

o grupo de dança do ventre Nujum El Sahara – as estrelas do deserto – divide o palco da milenar dança de pés descalços com os tênis moder-nos. A 3ª edição do festival conta com a participação das meninas de Galópolis, com a dança de rua.

SÁB. 20:30. R$ 15. Casa deTeatro. 1:00

As melhores obras da Escola Dora Ballet terão duas sessões neste fim de se-mana. Com 130 bailarinos, o espetáculo Divertissements apresenta coreografias que renderam o prêmio Sul em Dança 2011 de Maior Conjunto de Obras e o III Brasil em Dança de Melhor Escola Clássica.

SÁB. DOM. 20:30. R$20 e R$25. Teatro São Carlos. 1:20

Destaque em performance e pesquisa em danças gaúchas, o grupo Os Gaudé-rios faz a última apresentação. Com 8 casais e 5 músicos, eles dançam as influên-cias do folclore argentino e uruguaio na dança tradicionalista. O espetáculo Sem Fronteira tem chula, malambo, boleadeiras e chacareras.

DOM. 15:00. Gratuito. Estação Férrea. 0:45

O espetáculo Momentos e Entre Tecidos carrega a maior bandeira de Mariste-la Gadens: a dança como atividade para todas as idades. O elenco conta com bai-larinos da Instituição Caxiense de Auxílio aos Necessitados e da escola In Dance. O ingresso para assistir ao espetáculo são dois quilos de alimento não perecível, que serão entregues para a instituição. A apresentação é divida em duas partes. Em Momentos, 22 idosos de 60 a 90 anos apresentam dança moderna e contem-porânea, com direção de Maristela. Nos outros 45 minutos, o espetáculo segue com Entre Tecidos, do elenco jovem e adulto, dirigidos por Maribel Gadens.

DOM. 18:00. Teatro municipal. 1:30

Mau

ríci

o C

onca

tto,

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

Page 27: Edição 106

2709.DEZ.2011

À luz do luar, entre sombras, o patrimônio se revela Coletiva. SEG-SEX. 8:30-20:00. Câmara de Vereadores

Chuvas Marcos Clasen. SEG-SEX. 10:00-19:30. DOM. 16:00-9:00. Catna Café

Coleção Primavera Verão 2011 Coletiva. SEG-SEX 9:00-19:00. SÁB. 9:00-15:00. Arte Quadros

Disparo de Arte Coletiva. SEX. 9:00-22:00. SÁB. 15:00-22:00. DOM. 15:00-19:00. Ordovás. Até DOM(11).

Imagens Ordinárias – Uma noiteno Museu Liliane Giordano e Myra Gonçalves.TER-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Hip-Hop Caxias Marcos Sikorski e Jonahtan Souza. SEG-SEX. 8:30-18:30. SÁB. 8:30-12:30. Farmácia do Ipam

O ciclo e as estações Giovana Mazzochi e Marcos Clasen.SEG-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás.

O Ventre e o Leite 5 ★ Bruno Segalla. SEG-SEX. 9:00-12:00. 14:00-7:00. Instituto Bruno Segalla

Projeto Carretera Austral – Umaexpedição de 12.000 km pelonosso continente Lucas Brentano. SEX-SÁB. 8:00-20:00. Sesc

Todo dia é dia de DIVERSÃO, todo dia é dia de PUC Coletiva. SEG-DOM. 10:00-22:00. San Pelegrino

Na Imagem da Pátria o Retratode um Povo Coletiva. SEG-SEX. 10:00-16:00.Até SEX(9). Coordenadoria daJuventude

ARTE CAMARIM

“Eu nem sei se eu quero que elas sejam apresentadas como mulheres. Mais importante é elas perceberem o potencial transfor-mador que essas mulheres con-quistaram através do cantar”, diz Cristiane Ferronato, regente do coral Meninas Cantoras de Nova Petrópolis, que apresenta o espe-táculo Entre Elas, no sábado, no Teatro Municipal. No palco, 23 meninas entre 8 e 17 anos são de-safiadas a interpretar Chiquinha Gonzaga, Lotte Lenya, Edith Piaf, Marlene Dietrich,Judy Garland, Carmem Miranda, Edith Piaf, Dolores Duran, Mercedes Sosa, Gal Costa, Janis Joplin, Rita Lee, Elis Regina, Madonna e Cássia Eller. Conforme a regente, a deli-cadeza e a força, as meninas e as mulheres se confundem no espe-táculo: típico da fase de transfor-mação e do poder “transgressor, irreverente, romântico, anárqui-co, vanguardista, moral e imoral” das homenageadas.

Em 2012, quando completa 30 anos, o Ballet Margô Brusa vai se renovar. A escola abriu inscri-ções para balé clássico de reper-tório, dança contemporânea para adultos e dança de rua. O grupo de Matheus Brusa, uma surpresa à cena da dança contemporânea por ter elenco infantil, vai atender as solicitações dos adultos, com uma turma à noite. Conforme a coreógrafa Katherine Brusa, para se inscrever é necessário ape-nas disponibilidade. “A dança se adapta às possibilidades do corpo de cada um.” Informações pelo fone 3222-5338.

De Edith Piaf a Cássia Eller

Novos passos

Foram 2 anos de envolvimento descompromissado. Vivi Pas-qual escolhia seus melhores desenhos. O artesão Gastão Alfredo de Souza os transformava em bordados. Serviriam um dia para aplicar em alguma roupa ou acessório, pensava a artista. O resulta-do são 10 pesados bordados que não servem para nada do que ela havia planejado. Vivi pinta, Gastão borda e Jerônimo Ferrigo – O Jê, do Zarabatana – divaga em observações escritas sobre as obras. Esta é mais uma exposição da artista que não borda, mas, em 14 anos de arte, já pintou em todo o tipo de superfície.

SEG-SEx. 10:00-19:30. DOM.16:00-19:00. Catna Café.

Dos pincéis às linhasmarCelO aramis

Dou

glas

Tra

ncos

o,D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Page 28: Edição 106

28

Muita gente pensa que fazer roupa para criança é fácil e mais barato, mas é bem o contrário. Os tecidos devem tocar com suavida-de a pele delicada dos pequenos e ao mesmo tempo ter qualidade para resistir a muitas lavagens. Para ser confortável, a modela-gem deve se adequar perfeitamen-te a esses corpos com proporções tão particulares. A coleção deve seguir tendências infantis, para a criança não parecer um mini adulto. Em Caxias, existem várias marcas que seguem esses precei-tos e conseguem, ainda, construir uma identidade. É o caso da Little Body e da Dedeka.

O olheiro que descobriu tops como Gisele Bündchen, Carol Trentini e Alessandra Ambrósio, Dilson Stein, promove em Caxias seleção para novos modelos. A função começou quinta e segue nesta sexta, das 15:00 às 20:00, no Personal Royal Hotel.

A Dedeka já está com a cabe-ça no Inverno 2012. A coleção Noite no Museu acaba de sair do forno, levando os pequenos a uma viagem educativa e divertida pelo museu dos brinquedos, dos transportes, da arte, das ciências naturais e planetários através da estamparia. Na versão online da coluna você vê um editorial con-ceito com as peças mais bacanas.

Crianças com estilo

Seleção

História para vestir

CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 15 (NOITE), R$ 23 (3D). TER. R$ 8, R$ 12 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 17 (MATINE E NOITE), R$ 23 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) | UCS. FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1130, PETRÓPOLIS. 3218.2100. R$ 10 (INTEIRA). R$ 5 (MEIA).

MÚSICA:ARENA. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11.366. SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13. AUGUSTO PESTANA. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3221-4513 | COND BAR. ÂNGELO MURATORE, 54. DE LAzzER. 3229-5377 | ESTÁDIO ALFREDO JACONI. HÉRCULES GALLÓ, 1.547, CENTRO | LA BARRA. CEL. FLORES, 810, SÃO PELEGRINO | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | NOX VERSUS. DARCy zAPAROLLI, 111. VILLAGGIO. 3027-1351 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. SÃO LEOPOLDO. 3213-1774 | PEPSI CLUB. VEREADOR MÁ-RIO PEzzI, 1.450. LOURDES. 3419-0900 | Portal Bowling‎. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIzzO. 3220-5758 | THE KING PUB. TRONCA, 2802. RIO BRANCO. 3021.7973 | VAGãO BAR. CORONEL FLORES, 789. SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3223-0007 | VAGãO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1.343. CENTRO. 3223-0616 | XERIFE. HILÁRIO PASQUALI, 34. UNIVERSITÁRIO. 3025-4971 | ZARA-BATANA. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3228-9046

TEATROS:CASA DE TEATRO. OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221.3130 | ESTAÇãO FÉRREA. AUGUSTO PESTANA. SÃO PELEGRINO | ESCOLA MUNICIPAL PE. AN-TôNIO VIEIRA. R. JOÃO BATISTA MONTANARI, S/N. BAIRRO SÃO JOSÉ | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462. PIO X. 3221-5233 | TEATRO MUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | TEATRO SãO CARLOS. FEIJÓ JÚNIOR, 778. SÃO PE-LEGRINO. 3221-6387 | UCS TEATRO. FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1130. PE-TRÓPOLIS. BLOCO M. 3218.2100

GALERIAS:ARTE QUADROS. FEIJÓ JÚNIOR, 975, SALA 1.007, SÃO PELEGRINO | CATNA CAFÉ. JÚLIO DE CASTILHOS, 2546. CENTRO. 3221-5059 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | INSTITUTO BRUNO SE-GALLA. 3027-6243. ANDRADE NEVES, 603,CENTRO | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221.2423 | ORDOVÁS. LUIz ANTU-NES, 312. PANAzzOLO. 3228-9046 | SACCARO. AV. THEREzINHA PAULETTI-SANVITTO, 344. 3283-1333 | SAN PELEGRINO. RIO BRANCO, 425. SÃO PELE-GRINO. 3022-6700 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462, PIO X. 3221-5233

LEGENdA

ENdERECOS

Duração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Aventura Comédia Drama Documentário Infantil Romance Suspense Terror Ficção Científica

MúsicaBlues Coral Eletrônica Funk MPB Pagode Pop Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

DançaContemporânea Flamenco Jazz Folclórica Dança de Rua Tango Dança do Ventre Clássico

ArtesDesenho Diversas Escultura Fotografia Pintura

A

Div

ulga

ção/

O C

axie

nse

CarOl de barba

Page 29: Edição 106

2909.DEZ.2011

ARQUIBANCADAdespedida no fUtebol | basqUete rUmo ao bi | Vôlei Vai a porto alegre | dispUta interna do tênis no jUVenil | lazer no parqUe

PARA MEXER COM O CORAÇÃO DO TORCEDOR

+ ESPORTE

O centroavante Washington saiu do Caxias para somar, ao longo de 20 anos, nada menos que 600 gols em partidas oficiais, defendendo clubes como Atlético Paranaense, Flumi-nense, São Paulo e, o auge, vestindo a sonhada camisa amarelinha da Se-leção Brasileira. Para seguir jogan-do, e balançando as redes, superou até um problema cardíaco, corrigi-do com cirurgia – o que lhe valeu o apelido de Co-ração Valente.

Wa s h i n g t o n Cerqueira Ste-canella, porém, jamais esqueceu Caxias. Tem fa-mília e negócios aqui, sempre es-teve na cidade, e agora voltou de vez. Nos gramados, porém, apenas para se despedir, 11 meses depois de ter anunciado a aposentadoria. E a grande festa não poderia ser em ou-tro lugar que não o Estádio Cente-nário. O Jogo da Paz, cuja renda será revertida para a ONG Anjos Volun-tários, não tem espaço para rivalida-des. Prova disso é a escalação de ído-los alviverdes como o ex-zagueiro e

hoje técnico Picoli e do meio-campo Lauro no time Amigos de Washing-ton – que terá, ainda, Gilmar Rinal-di, Conca, Ricardo Berna, Flávio Conceição e Marquinhos, entre ou-tros. Do outro lado, um presentão ao torcedor do Caxias, no time Craques Grenás, com Paulo Turra, Gilmar,

Gil Baiano, Del-mer, Adão e Jajá. Nas arquibancadas, torcedores de Ju, Caxias ou qualquer clube. “A gente quer convocar tor-cedores dos mais variados times para assistir ao jogo jun-tos, misturados, cada um com sua família”, disse Wa-shington.

Os técnicos con-vidados ainda não haviam confirma-

do presença, mas por si só valeriam o ingresso: o comandante do Penta, Luiz Felipe Scolari, e o atual cam-peão brasileiro, Tite. Enfim, um jogo imperdível. Para matar a saudade e para ficar com saudade depois.

TER. 19:30. R$ 10 e R$ 30 (à ven-da no Iguatemi, nos guichês da Safe Park). Centenário.

Começa a decisãoAgora é hora de decidir, em busca

do bicampeonato estadual. Depois de vencer a Sogipa, na última segun-da-feira (5), por 105 a 80, o Caxias do Sul basquete faz o primeiro jogo dos playoffs finais nesta sexta contra o invicto Bira, de Lajeado.

Os times se enfrentam de novo no domingo (11), em Lajeado, e na

quarta-feira (14), ainda sem data e local definidos. Como o título fica com a primeira equipe a vencer 3 partidas, é de se esperar que os playoffs tenham ainda 2 jogos extras.

SEX. 19:00. R$ 3. Ginásio do Clube Juvenil. DOM. 20:00. Complexo Es-portivo Univates, Lajeado.

TÊNIS: Master do Ranking Interno de Tênis do Clube Juvenil SEX-DOM. Horários diversos, combinados entre os atletas. Juvenil

VÔLEI: Campeonato EstadualSÁB. A partir das 10:00. UCS x Languirú | UCS xFruki | UCS x Notre Dame | UCS x GrêmioNáutico União | UCS x Sogipa. Infantil. Ginásioda Sogipa, Porto Alegre. DOM. A partir das 9:00. UCS x Associação Vôlei Futuro | UCS x Languirú | UCS x Dakota | UCS x CFJ Logemann. Mirim. Ginásio do GSE Geraldo Santana, Porto Alegre.

LAZER: Jogos Adaptados, Ritmo e Movimen-to, Conviver, Convive Tchê e Caxias Ativa – programas da Smel.QUA-QUI. 15:00. Parque dos Macaquinhos.

ESTÁDIO CENTENÁRIO: THOMAS BELTRÃO DE QUEIROz, 898, MARECHAL FLORIANO | JUVENIL: MARQUêS DO HERVAL, 197, MADUREIRA | UNIVA-TES (LAJEADO): AVELINO TALLINI, 171, UNIVER-SITÁRIO | SOGIPA (PORTO ALEGRE): BARÃO DO COTEGIPE, 400, SÃO JOÃO | GERALDO SANTANA (PORTO ALEGRE): LUIz DE CAMÕES, 337, SANTO ANTÔNIO | PARQUE DOS MACAQUINHOS: DOM JOSÉ BARÉA, S/N, EXPOSIÇÃO

Edso

n Pe

reir

a, D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Page 30: Edição 106

30

Page 31: Edição 106

3109.DEZ.2011

Page 32: Edição 106

32

Você que namora na banca, é apaixonado pelo site, paquera a assinatura

do vizinho, manda cantadas nas redes sociais...

É hora de assumir um relacionamento sério!

Assine O Caxiense e ganhe uma camiseta exclusiva.

3027-5538

Promoção válida também para paixões à primeira vista.