Edição 111 Nely Capuzzo em 1956 Fundada pela Irmã … · tusiasmo dos cantos, danças e ritos de...

4
INFORMATIVO Pequena Casa da Criança Fundada pela Irmã Nely Capuzzo em 1956 www.pequenacasa.org.br PRESIDENTE: Irmã Pierina Lorenzoni • SITE: www.pequenacasa.org.br • E-MAIL: [email protected]TIRAGEM: 1.000 exemplares REPORTAGEM, TEXTOS E FOTOS: Karilson Mello e Gabriel Guidotti • PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Carlos Tiburski • SUPERVISÃO: AJor - Agência Experimental de Jornalismo do IPA • CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DO IPA: Profª e Jornalista Lisete Ghiggi - MTB 4685 REVISÃO: Lisete Ghiggi EXPEDIENTE Nov/Dez de 2013 Edição 111 F oi com muita fé e devoção que as crianças, os representantes da co- munidade e colaboradores parti- ciparam da celebração de Natal da Pequena Casa da Criança. Na missa, presidida pelo frei Luis Car- los Susin, da Paróquia São Judas Tadeu, todos foram convidados a refletir sobre a relação de Jesus com o Pai, com os anjos e os homens, em especial, no mundo de hoje. Após convidar os presentes a contem- plar o amor de Deus, que se manifesta com o nascimento do Menino Jesus, o frei ressaltou: “Ao testemunharmos que o Criador se fez carne e habitou entre nós, altera-se a compreensão das rela- ções humanas e do mundo, pois, assim como Deus partilha da natureza humana, também o homem é dignificado”. E ao en- cerrar a homilia, enfatizou: “É ao Senhor Deus que todos devemos amar e acolher”. Para a Igreja e a Pequena Casa da Criança, que lutam para que os direitos não sejam desrespeitados, o Natal é um momento especial para lembrar a digni- dade humana e, desta forma, negar toda a forma de violência e exclusão. Celebração de Natal

Transcript of Edição 111 Nely Capuzzo em 1956 Fundada pela Irmã … · tusiasmo dos cantos, danças e ritos de...

Page 1: Edição 111 Nely Capuzzo em 1956 Fundada pela Irmã … · tusiasmo dos cantos, danças e ritos de ofertório. Elas também partilharam e re - ceberam os ... de cantos e danças

INFORMATIVO

Pequena Casada Criança

Fundada pela Irmã Nely Capuzzo em 1956 www.pequenacasa.org.br

PRESIDENTE: Irmã Pierina Lorenzoni • SITE: www.pequenacasa.org.br • E-MAIL: [email protected] • TIRAGEM: 1.000 exemplares

REPORTAGEM, TEXTOS E FOTOS: Karilson Mello e Gabriel Guidotti • PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Carlos Tiburski • SUPERVISÃO: AJor - Agência

Experimental de Jornalismo do IPA • CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA DO IPA: Profª e Jornalista Lisete Ghiggi - MTB 4685 • REVISÃO: Lisete Ghiggi

EXPEDIENTE

Nov/Dez de 2013Edição 111

Foi com muita fé e devoção que as crianças, os representantes da co-munidade e colaboradores parti-ciparam da celebração de Natal da

Pequena Casa da Criança.Na missa, presidida pelo frei Luis Car-

los Susin, da Paróquia São Judas Tadeu, todos foram convidados a refletir sobre a relação de Jesus com o Pai, com os anjos e

os homens, em especial, no mundo de hoje. Após convidar os presentes a contem-

plar o amor de Deus, que se manifesta com o nascimento do Menino Jesus, o frei ressaltou: “Ao testemunharmos que o Criador se fez carne e habitou entre nós, altera-se a compreensão das rela-ções humanas e do mundo, pois, assim como Deus partilha da natureza humana,

também o homem é dignificado”. E ao en-cerrar a homilia, enfatizou: “É ao Senhor Deus que todos devemos amar e acolher”.

Para a Igreja e a Pequena Casa da Criança, que lutam para que os direitos não sejam desrespeitados, o Natal é um momento especial para lembrar a digni-dade humana e, desta forma, negar toda a forma de violência e exclusão.

Celebração de Natal

Page 2: Edição 111 Nely Capuzzo em 1956 Fundada pela Irmã … · tusiasmo dos cantos, danças e ritos de ofertório. Elas também partilharam e re - ceberam os ... de cantos e danças

2

IINFORMATIVO DA PEQUENA CASA DA CRIANÇA | NOVEMBRO/DEZEMBRO - EDIÇÃO 111 | 2013 | www.pequena casa.org.br | @pequenacasa

Palavra da Ir. Pierina

Caros leitorese leitoras!Concluímos mais um ano, com muitas

esperanças e sonhos realizados que nos levam à gratidão a Deus, Senhor da vida e da história. Muitas pessoas chegaram até a Pequena Casa no decorrer de 2013 para abraçar a causa dos empobrecidos e colaborar no desenvolvimen-to da missão que aqui realizamos, cada pessoa com seu jeito e com seus dons. Louvado seja Deus por tanta generosidade!

Sempre medito no amor de Deus e o sinto muito forte e presente em todos os momentos da caminhada, mesmo nos mais difíceis. Sim, porque em cada pessoa que se aproxima para receber ajuda em nossa Instituição, ali está o rosto de Jesus que nos pede acolhida, amor, compaixão.”Tudo o que fazeis ao menor dos meus irmãos, é a mim que fazeis”(Mt 25,40).

A todos que se agregam à Pequena Casa, aconselho a leitura do evangelho de S. Ma-teus, capítulo 25, para ver o que acontece com quem pratica o bem neste mundo e qual a recompensa que receberá de Deus: “Eu estava com fome e me deram de comer; eu estava com sede e me deram de beber (...). Eu estava sem roupa e me vestiram, eu estava enfermo e vocês me visitaram, me acolheram, me deram remédio (...), pelo atendimento voluntário dos médicos, terapeutas, enfermeiras, dentistas (...).

Eu estava na prisão e vocês cuidaram dos meus filhos”. Quantas maravilhas realiza-das, quantas pessoas auxiliadas, tudo porque ainda existe muita solidariedade e amor ao próximo neste mundo. Temos muitos desafios financeiros e carências porque a demanda é muito grande. Mas continuamos contando com a solidariedade e ajuda das pessoas sen-síveis que, mesmo não podendo fazer o bem sozinhas, se juntam à Instituição e unem forças e recursos para que possamos continuar a ca-minhada e lutar por uma sociedade mais justa e fraterna. Tudo isso para que não precisemos mais ouvir o relato de crianças que chegam até nós, doentes e famintas, enquanto outros esbanjam alimentos e gastam em superficia-lidades. O mundo que Deus quer não é o da desigualdade social e sim de direitos iguais, de justiça e de amor. Desejo a todos que 2014 seja um ano muito melhor e que venha com muitas bênçãos de Deus!

BANCO DO BRASILAgência: 2814-2 – Conta: 5356-2

BANRISULAgência: 051 – Conta: 06.026.359.1-6

Se você quiser fazer doação de roupas ou alimentos, nosso endereço é:

Pequena Casa da CriançaRua Mário de Artagão, 13 - Partenon

Fone: (51) 3336-5090

As crianças da Pequena Casa agradecem sua colaboração.

Colabore com a Pequena Casa da Criança

Doadores• Elisabete • Sabrina • Sirlei • Jornal Sprint Final • Procuradores do Município de Porto Alegre • Correios de Porto Alegre • Colégio Anchieta • Grupo Viver a Vida • Competence • LPBK • Silvia Bona e esposo • Liliana • Gisele

Dança na consciência negra

Na última semana de novembro, de-dicada à consciência negra, rea-lizou–se, no Ginásio da Pequena Casa da Criança, uma celebração

afro-católica. Na presença dos represen-tantes da Pastoral Afro e da comunida-de, e ao som de atabaques, a celebração foi enriquecida com louvor e danças, manifestações de fé da cultura negra, confirmadas no versículo 4 - do Livro dos Salmos (Sl 150), ao proclamar que ‘Louvemos a Deus com dança e tambor’.

As crianças participaram com en-tusiasmo dos cantos, danças e ritos de ofertório. Elas também partilharam e re-ceberam os frutos da terra, distribuídos como gratidão a Deus.

Oferendas

O ato afro-católico de celebrar ao som de cantos e danças é rico, diversificado e abre espaço para a criatividade do gesto e das expressões litúrgicas.

No ofertório, o pão e o vinho simbo-lizam a gratidão aos frutos da terra e ao trabalho. Tudo o que Deus, por sua mise-ricórdia nos concede, como: os frutos da terra (flores, vegetais, frutas e legumes), os dons e talentos humanos, bem como o trabalho, são ofertados durante a cele-bração. Assim como o Corpo e o Sangue de Jesus são partilhados na comunhão, no final da missa, o que faz parte do ofer-tório é repartido entre os participantes.

Page 3: Edição 111 Nely Capuzzo em 1956 Fundada pela Irmã … · tusiasmo dos cantos, danças e ritos de ofertório. Elas também partilharam e re - ceberam os ... de cantos e danças

3

IINFORMATIVO DA PEQUENA CASA DA CRIANÇA | NOVEMBRO/DEZEMBRO - EDIÇÃO 111 | 2013 | www.pequena casa.org.br | @pequenacasa

Projetos, Construções e Reformas3268-7900

Os alunos da Educação Infantil e do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental da Pequena Casa da Criança assistiram, participaram e se divertiram, no dia 13 de novembro,

do espetáculo “Oficininha”, promovido por Beto Herrmann, um dos mais consagrados cantores e compositores que se dedica ao público infantil.

A história envolvente de um marinheiro que navegava de cidade em cidade, combina teatro, música e interação com o público. Com seu ca-risma, Beto rapidamente cativou todas as crianças que cantavam e dançavam.

O espetáculo promove o entretenimento e propaga valores humanitários e sadios. Também valoriza a inteligência, a socialização e a capaci-dade de percepção das crianças.

Celebração de Ação de Graças

No dia 28 de novembro, a equipe de colaboradores e as crianças atendidas pela Pequena Casa da Criança participaram de dois en-

contros muito especiais, onde comemo-raram o Dia Nacional de Ação de Graças. Para homenagear a data, os pequenos realizaram um ato simbólico de doação de brinquedos.

O Dia Nacional de Ação de Graças teve origem em 1621, na festa celebra-

da em gratidão a Deus pela boa safra, que garantiu a sobrevivência da frágil colônia de ingleses “peregrinos”, recém--chegados na América do Norte. Mais tarde, esse dia foi oficializado e difun-dido. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, na quarta quinta-feira do mês de novembro, como celebramos até hoje. A data surge com um decreto

presidencial e marca no país a cultura cristã de reconhecer a presença de Deus na vida do povo. Ela é um anúncio da chegada de um novo tempo: o Advento, que nos conduz ao Natal e simboliza a gratidão que sentimos, quando nos aproximamos de Deus.

A virtude da gratidão está presente na Bíblia, onde se aprende que é próprio das almas nobres agradecer sempre e por tudo o que recebemos.

Espetáculo “Oficinha”, com Beto Herrmann

Page 4: Edição 111 Nely Capuzzo em 1956 Fundada pela Irmã … · tusiasmo dos cantos, danças e ritos de ofertório. Elas também partilharam e re - ceberam os ... de cantos e danças

4

IINFORMATIVO DA PEQUENA CASA DA CRIANÇA | NOVEMBRO/DEZEMBRO - EDIÇÃO 111 | 2013 | www.pequena casa.org.br | @pequenacasa

Entrevista

Carlos Tiburski e a filha Clara Costa Tiburski

Anuncie!Ao anunciar aqui, vocêdivulga a sua empresa e ajuda quem precisa.

51 3388 8550

Criativo e irreverente, Carlos Tibur-ski, responsável pelo projeto gráfi-co e diagramação do Informativo da Pequena Casa da Criança, é o

nosso entrevistado dessa edição. Pai da Clara, 7 anos, é o mais antigo funcionário do curso de Jornalismo do IPA. Influen-ciado pelo pai jornalista e o irmão progra-mador visual, ele relata um pouco da sua história que inclui uma entrada precoce no mercado de trabalho, onde angariou a ex-periência que hoje coloca em prática com profissionalismo na área da Comunicação.

Pequena Casa da Criança – Como foi a tua trajetória até chegar à pro-gramação visual?

Carlos Tiburski – Filho de profes-sores, a mãe com atuação em Língua Portuguesa e o pai em Literatura, estou entre três irmãos: Evaldo, Ana e Júlia. Desde os 14 anos estagiava, e aos 17 fui emancipado para assumir juridicamente uma empresa que, em dissolução, perdia um dos sócios.

Pequena Casa – Como foi o início da tua carreira profissional ?

Carlos – Comecei na área, aos 16 anos, na empresa de meu pai, João Car-los Tiburski. Juntos fazíamos a edição do jornal mensal Terceira Margem. O nome é uma referência ao livro de Guimarães Rosa, A Terceira Margem do Rio, um in-formativo estilo Pasquim. Foi lá que tive a oportunidade de conhecer nomes como Gelson Radaelli, Iberê Camargo, Migueli-to de Assis Medeiros e os chargistas Bier e Corvo. Foi nesse ambiente instigante que comecei a diagramar o informativo. O pai ensinava as teorias e a paixão pelo

of ício. Já o meu irmão repassava a técni-ca de diagramar em régua de paica, hoje considerada artesanal.

Pequena Casa – Como foi tua en-trada no IPA?

Carlos – A minha entrada ocorreu na abertura do curso de Jornalismo no IPA. Fui, portanto, o primeiro técnico a ser contratado pelo curso. Agradeço muito a confiança e o aprendizado que tive ao lado do professor Sander Neves, o primeiro coordenador do curso de Jor-nalismo. 

Pequena Casa – Jornalismo sem-pre foi tua ambição?

Carlos – Jornalismo sempre foi uma possibilidade em função do ambiente em que vivia, com o pai e tio jornalistas, mas não foi a primeira escolha. No primeiro vestibular que prestei na UFRGS, optei por Geologia e História. Passei, mas re-solvi não fazer o curso.

Pequena Casa – No IPA tu és o res-ponsável pela diagramação do infor-mativo da PCC. Como a instituição entrou na tua vida?

Carlos – Faço a diagramação do in-formativo desde 2009 e já são 44 edições desde então. O trabalho voluntário surgiu de uma proposta, um desafio lançado pe-la professora Lisete Ghiggi, que envolvia os estagiários da Agência Experimental de Jornalismo (AJor), na época a Cla-rissa Madalozzo e a Rafaela Haygertt. A Pequena Casa da Criança surgiu do de-safio lançado e do compromisso em aju-dar com uma pequena parte nessa obra maior que a instituição presta.

Pequena Casa – Na organização dos elementos visuais, qual foi a tua proposta com a diagramação do in-formativo?

Carlos – Inicialmente deixei as esta-giárias opinarem muito sobre a proposta visual do informativo. Era um trabalho também de aprendizado na AJor, mas a proposta original delas não foi aprovada. Era muito legal e voltada ao público mais jovem, mas não se adequava ao perfil do parceiro. E aqui está uma das lições des-se segmento. Você tem que fazer o que é bom para o cliente e não para o seu currículo.

Pequena Casa – Qual a tua opinião sobre a Pequena Casa?

Carlos – O informativo é uma forma de prestar contas do que foi feito e captar mais recursos e adesões para manter esse projeto social. Colaboro com um peque-no tijolo a cada edição, porque acredito na caridade e no trabalho que realizam na Pequena Casa ao oferecer melhores condições para crianças carentes. É um trabalho que dá orgulho participar. 

Pequena Casa – O que tu esperas do futuro?

Carlos – Espero muitas coisas... que o mundo mude e que as pessoas mudem. Não sei o que vai ocorrer pri-meiro, espero que seja a reforma íntima do ser humano. Principalmente espero ter uma vida simples e dedicar meu tempo para estar ao lado da minha filha, vê-la crescer e dar os primeiros passos nas suas escolhas. Ser aquele cara chato que diz não, mas que vai estar sempre do lado dela.

Pequena Casa – Quais tuas expec-tativas em relação ao futuro da Pe-quena Casa?

Carlos – Além de aumentar o nú-mero de colaboradores, compartilho o sonho de ver a instituição continuar a sua atuação social em uma nova sede. E para que isso aconteça é preciso que o poder público junto com as empresas compreendam a sua importância para a sociedade e invistam num novo es-paço f ísico.