Edição 122

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1 9.MAR.2012

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Atenta às novas tecnologias e às preocupações sociais, uma parcela da nova geração se arrisca em uma economia competitiva e dá o salto que os mais velhos muitas vezes evitam, abrindo a própria empresa

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O futuro incerto da dupla CA-JU

O perfildos jovensempresários caxienses

115 quilômetrosde solidariedade

Romantismode raça

Caxias mais de mesa e outras pérolas

Um caxiensenas pistas internacionais

Um cowboycom jaqueta de cetim

Quando a terceira idade tem orgulho de se dizer “melhor”

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29Fotos: 5: Paulo Pasa/O Caxiense. 8 e 20: Divulgação/O Caxiense. 10 e 12: Maurício Concatto/O Caxiense.

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Uma pessoaerrada numanoite insólita

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A lista dos deputados surdos ao clamor popular antipedágio

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Capa 121: Um abacaxi e um pepino representaram a situação dos pedágios na primeira página da última edição. O go-verno estadual precisa resolver a situação e, pelas medidas tomadas até agora, os indícios são de que os contratos não serão renovados, mas estamos vigilantes. De um lado da cancela, o usuário fica sobrecar-regado pela tarifa que subiu 346% em 14 anos. Do lado do guichê, a concessionária Univias aplica somente R$ 4 em melhorias das estradas a cada R$ 10 arrecadados. Como no Diga! anterior, reforçamos aqui a posição de O CAXIENSE: somos contra a prorrogação dos pedágios. Quem também adota a mesma postura é o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), que emitiu medida cautelar para que o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) não modifique cláusulas do contrato e, portanto, não prorrogue a concessão que deve terminar em 2013. A medida é um pedido do Ministério Público de Contas. Também são contra a prorrogação dos pedágios 31 deputados estaduais de 8 partidos. Os parlamenta-res protocolaram na última semana um projeto que proíbe a renovação, prorro-gação ou adiamento dos atuais contratos, envolvendo assim a Assembleia Legisla-tiva na defesa do interesse da sociedade. Entretanto, 24 deputados não assinaram o projeto (você pode conferir a lista dos deputados que não assinaram o projeto na página 9 desta edição). Dos três represen-tantes de Caxias do Sul na Assembleia, apenas Maria Helena Sartori (PMDB) não assinou. Os outros dois, Marisa Formolo

(PT), coordenadora da Frente Parlamen-tar contra a Prorrogação dos Pedágios, e Alceu Barbosa Velho (PDT), fundador da Associação dos Usuários de Rodovias (Assurcon/Serra), deixaram sua assinatu-ra no projeto. Na última semana, Alceu fez uma grave denúncia de que os polos de Caxias serão prorrogados por mais 5 meses além do previsto. Segundo ele, o Daer e as concessionárias teriam mudado o calendário sem informar a sociedade. Univias e Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra) negam. Na edição 121, apontamos a falta de transparência das concessionárias e do Daer, que não conse-guem fornecer informações básicas sobre arrecadação e investimento, como um dos 7 motivos para não prorrogar os pedágios. Transparência é um princípio básico para o desenvolvimento de qualquer sociedade. A imprensa também precisa ser transpa-rente e por isso deixamos explícita nossa posição. O CAXIENSE enviou os exem-plares da edição 121 para os 24 deputados que não assinaram o projeto contra a prorrogação. Continuaremos vigilantes.

Capa 122: Na edição desta semana, o empreendedorismo e a criatividade de jovens empresários inspirou a criação de duas opções de capa. Agradecemos Cristina Nora Calcagnotto, coordenadora da Cia. Municipal de Dança, o bailarino Pedro Coelho, modelo da capa, Dora Ballet, que cedeu o linóleo, e ao Teatro São Carlos.

Paula Sperb, diretora de redação

DIGA!Função social do Jornalismo | Transparência | criaTividade

DIRECAO

Diretor Executivo - Publisher

Felipe BoffDiretora de Redacao

Paula SperbDiretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Editores-chefes

Marcelo AramisJaisson Valim

SubeditoraCarol De Barba

Fabiana SeferinGabriel IzidoroRafael MachadoRobin Siteneski

Dimas Dal RossoGesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

ASSINATURASAtendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

FOTO DE CAPAMaurício Concatto/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) [email protected]

Produção da capa 122 | Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

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Apesar de as evidências dizerem o contrário – a reincidência, por exem-plo, atinge 64,8% no Estado –, Antônio Varlei de Oliveira Severo, de 52 anos, acredita que é possível, sim, recuperar os presos. Diretor da Penitenciária de Caxias do Sul (PICS) desde janeiro de 2011, ele defende que, para isso, é necessário dar condições para que os apenados desenvolvam atividades durante o período de cárcere e assegurar um emprego fora da cadeia.

Atendendo a exigências do Ministério Público e da Justiça, Severo opera uma transformação no presídio, que havia sido parcialmente destruído com um motim em 2007 e com um incêndio em 2010, levando à proibição do ingresso de detentos do semiaberto em março de 2011. Desde novembro, o diretor comanda uma reforma nas galerias danificadas pelo incêndio e a constru-ção de 3 salas de estudos, um ambiente para professores e um laboratório de informática, com 12 computadores fornecidos pelo governo federal. O in-vestimento atinge R$ 45 mil, sem contar os materiais de construção e outros equipamentos fornecidos por entidades e empresas parceiras.

Uma nova aposta do diretor está na instalação de mais uma oficina, onde 20 detentos já recebem instrução de Leitura e Interpretação de Desenho e de Metrologia Dimensional Básica para trabalhar no local. Hoje, uma média de 150 presos estuda e outros 162 detentos trabalham em oficinas e trabalhos inter-nos nas cozinhas, limpeza, reciclagem e barbearia. “Detentos estudando e sendo empregados após o período na peniten-ciária representam menos reincidentes. Se têm trabalho eles não voltam para o crime”, aposta Severo.

A parceria com as empresas traz be-

nefícios para todos os lados. As indús-trias têm mão de obra de baixo custo, com níveis altos de produtividade. Em troca, detentos recebem a diminuição de um dia de pena a cada 3 trabalhados e, em parte dos casos, até remuneração. E a sociedade ganha a perspectiva de redução de motins.

Para o promotor público Rodrigo López, o presídio vive sua melhor época. Considera a construção das salas de aula como um avanço, a exemplo da reforma dos alojamentos antes ocupados por presos do semiaberto.

Mas o presídio tem ainda muito a me-lhorar. Um dos mais graves problemas é a superlotação. A população carce-rária supera em 70% a capacidade. A estrutura também precisa de melhorias, aponta López. “A maior necessidade está na construção de um albergue, para os detentos do regime aberto, que ocupam o mesmo espaço do semiaberto”, cobra.

Severo reconhece que o presídio ainda precisa melhorar. Mas isso não o desa-nima – nem torna suas metas menos ambiciosas. “Esta era uma das piores pe-nitenciárias do estado. Pretendo tornar este um presídio modelo dentro de um ano,” planeja.

BASTIDOREScorrida pela solidariedade | caxias no You Tube | um Jovem campeão no karT | a raça do romance

Severo na fé nos presos

Detentos trabalham no presídio | Antônio Varlei de Oliveira Severo | Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

Presídio de Caxias

298 527Capacidade Ocupação

Jaime Maria Rocha | Paulo Pasa/O Caxiense

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59.MAR.2012

O atleta caxiense Jaime Maria Rocha, de 44 anos, já esteve em 3° lugar no ranking brasileiro de ultramaratona – corridas com mais de 43 km. Este ano, pela segunda vez, ele decidiu correr por algo maior que uma medalha. No sábado (24), Rocha iniciou uma jornada de 210 km para arre-cadar alimentos para institui-ções carentes. Infelizmente, o desafio não foi cumprido, mas a boa ação continua. Quem quiser ajudar, pode contatar com Jaime pelo telefone 8115-7392 .

8:15Depois de comer uma bela pizza no café da manhã, rica em carboidratos, fonte de energia, aguardo o início da jornada em frente à catedral, com minha família, amigos e o treinador. Ele me passa al-gumas orientações e começo um pequeno aquecimento. Também acerto os últimos detalhes de meu equipamen-to. Na bolsa de hidratação, levo água com sal, que retém líquidos e me manterá hidra-tado por mais tempo. 8:38Inicio a corrida ao lado de um

amigo, Marcos Meneguzzi. Ele pretende me acompa-nhar por uns 3 ou 4 km. A presença dele é um grande incentivo. 8:55Meu amigo encerra seu trajeto na UCS. Daqui, sigo sozinho até o posto no início da Rota do Sol. Em frente à placa que impõe a dimensão de meu desafio, paro por al-guns segundos para uma foto. Respiro fundo e leio: Torres 204 km. 9:44Chegando ao posto, encontro mais companheiros. Mário Chaves, Alexandre Ferreira e o ciclista Adriano Lango-ne me acompanham pelos próximos 15 km. Estou bem disposto e o frio não inco-moda.

15:00Próximo a Lajeado Grande, pela primeira vez, reencontro minha família. Não me sinto cansado, mas tenho fome. Durante todo o trajeto pesso-as buzinam e acenam. Sempre respondo – vai que eu precise da ajuda deles, ou vice-versa?

22:30No último encontro com meu apoio, troquei a bolsa de hidratação por uma mochila mais pesada, com alimentos e água. Meu ritmo está sendo comprometido por uma forte dor no estômago e náuseas, mas não penso em parar.

2:00Comecei a ter vômitos e precisei parar. Não consigo sequer caminhar. Minha família veio ao meu encontro, em uma lanchonete fechada na estrada. Uma viatura da Polícia Rodoviária Estadual que retornava de um acidente parou por alguns minutos e ofereceu ajuda. Os policiais foram bastante prestativos. Vou permanecer parado por mais um tempo esperando a dor passar.

3:00Já percorri um total de 110 km, a dor no meu estômago não passa e o frio está causan-do muito incômodo. Estou muito desapontado, mas decido abandonar a corrida para não comprometer minha saúde. Volto para casa já com planos de encarar novamente o desafio.

...um ultramaratonista pela solidariedade19 hORAS NA vIDA DE...

Jaime Maria Rocha | Paulo Pasa/O Caxiense

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CAMPUS A UCS abre inscrições para o

Programa de Orientação Vocacio-nal, direcionado a estudantes do segundo e terceiro ano do ensino médio, vestibulandos e adultos em fase de reorientação profissional. Os encontros serão semanais e vão até junho, com atividades que trabalham o autoconhecimento. Há 5 opções horários: segundas, das 16:30 às 18:30 ou das 19:00 às 21:00; quartas, das 14:00 às 16:00; e quintas ou sextas-feiras, das 17:00 às 19:00. O programa também dá oportunidade aos acadêmicos do curso de Psicologia de colocarem em prática os conhecimentos de aula. Interessados se inscrever até quinta (5), na Sala 117 do Bloco E. Informações pelo 3218-2187.

A aula inaugural do curso de Gestão da Qualidade, da FTSG, terá palestra com o gerente de qua-lidade da empresa Suspensys, do Grupo Randon, e um dos diretores do Comitê de Desenvolvimento e Qualidade da CIC-Caxias, Gilnei Garcia Lafuente. A palestra ocorre na quarta-feira (04) e é aberta à co-munidade mediante inscrição gra-tuita pelo telefone 3022-8700.

O criador e coordenador do mo-vimento Quero Ver Porto Alegre, que luta pela qualificação da pai-sagem urbana da capital gaúcha, Mário Verdi, será o palestrante da aula inaugural do curso de Design da FSG, na segunda-feira (2), às 14:30, no auditório da instituição. Sócio-fundador da Verdi Design, ele é presidente da Associação dos Profissionais em Design do estado e consultor em design estratégico. O evento é aberto ao público.

Orientação vocacional

Gestão da Qualidade na FTSG

Palestra sobre design

UCS: FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1.130. PETRÓPOLIS. 3218-2800 | FACUL-DADE DE TECNOLOGIA DA SERRA GAÚ-CHA: MARECHAL FLORIANO, 889. 3022-8700 | FACULDADE DA SERRA GAÚCHA: OS DEZOITO DO FORTE, 2366. 2101-6000

Pérolas caxienses no YouTubeOs eleitos do ranking não elevaram a importância do nome de Caxias diante da nação. E nem são um motivo de orgulho para alguns de seus protagonistas. Mas, para nossa alegria, essas 5 joias que Caxias fez o favor de compartilhar na rede mundial de computadores valem uma meia hora de boas risadas. Veja os vídeos em www.ocaxiense.com.br.

Esse mais de mesaCom mais de 2 milhões de visua-lizações em apenas uma versão, o choque mais famoso do Brasil ga-nhou até montagem funk (também disponível no YouTube) e é hors concours em qualquer bate-papo sobre Festa da Uva. Para o jorna-lista Lasier Martins, no entanto, a trapalhada foi bem traumática. Além do mal-estar que perdurou por 3 semanas, a queda fez com ele fraturasse uma costela.

Ai se eu te grudo pelas crinaCansado de ouvir a plateia pedir Michel Teló em pleno Paiol, um bar dedicado ao nativismo, o baterista do Grupo Macuco, Rodrigo Silveira, decidiu criar o que chamou de “versão gaudéria para Ai se eu te pego”. O vídeo ao vivo da música, estrelada por um “guasca da Vacaria” – cidade natal do músico e sede do maior rodeio gaúcho –, já teve quase 300 mil vi-sualizações. Tem até gente pedindo gravação em estúdio.

Vera no ChevettãoNão é o Chevette, nem o clássico adesivo “Tá nervoso? Vai pes-car!”, nem a ex-barbeira Vera (ela

Quero te dar (beijinho)Funknejo. Só o gênero já diz muito sobre o clipe da banda caxiense Gaiola Sertaneja. A versão local do hit de Valesca Popozuda – que já adiciou o vídeo entre seus favoritos – tem roupas provocantes, coreo-grafia de axé, chroma key tosco e até lambida no piano, aos 1:30.

Louco na Praça DanteO vídeo flagrou uma verdadeira operação de batalha com pelo menos 6 brigadianos, 4 bombeiros e 3 guardas municipais para tirar um indivíduo de cima do outdoor da então candidata a soberana da Festa da Uva Kelin Zanette, ao lado da Catedral. Não se sabe como nem por que o “louco” foi parar ali, mas quem gravou o vídeo advertiu que ele iria parar no YouTube. E em dose dupla. As duas versões juntas – uma mais e outra menos aproximada – têm cerca de 3 mil visualizações.

TOP5

Foto

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frequentou mais aulas depois da gravação e garante ter melhorado) que fazem o sucesso desse vídeo. A alma da história é o legítimo gringo Valdemar, o pai da moto-rista. Em versão cidade e praia, os bordões “Tu tá roçando tudo as capoeira! Não vai me bater nesse auto!” atraíram quase meio milhão de visualizações e já têm pelo menos dois covers.

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O automobilismo era uma sim-ples atividade de lazer da famí-lia até que, aos 7 anos, Matheus Dall’Agnol Stumpf, de 22 anos, ga-nhou um kart do pai. Um ano de-pois, ele já conquistou o primeiro título, no GP Festa da Uva 98. E a a presença de Matheus nos pódios por todo o Brasil tornou-se rotina. Na adolescência, entre viagens e estudos, o jovem piloto cansou do da rotina difícil e abandonou as pistas. “Conversei com o meu pai, que me apoiou na decisão. Foi uma questão pessoal, já não tinha mais tempo para os amigos...”. Mas a

paixão pela velocidade falou mais alto. “Pouco tempo depois, já tive vontade de voltar”, lembra. Ma-theus também é campeão gaúcho (2003) e tetracampeão de Fórmula 1.6 (2010) e bicampeão brasileiro de Gran Turismo (2010). Agora, o estudante de Engenharia Mecânica e mais novo contratado da BMW prepara-se para o IBERGT, um campeonato com etapas em Portu-gal e na Espanha. Além disso, dis-putará a tradicional 24 Horas de Spa-Francorchamps, na Bélgica. Ayrton Senna é o segundo maior ídolo. O primeiro é o pai.

Um caxiense em alta velocidade

EXPOCOmER / PANAmÁNo período de 21 a 24 de março, o presidente

Getulio Fonseca e o diretor executivo, Odacir Conte representaram o SIMECS na Feira Expocomer 2012, no Panamá. O SIMECS participou com um espaço es-pecial. O evento contou ainda, com a participação de empresas e entidades brasileiras no Centro de Con-venções Atlapa. A edição de 2012 contou com as pre-senças do Presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, bem como do mandatário da Guatemala, Otto Pérez Molina, e de Frederico Humbert – Presidente da Câ-mara de Comércio, indústria e Agricultura do Panamá. Os dirigentes receberam no stand do SIMECS a visita do Embaixador Brasileiro no Panamá, Adalmio Senna Gonem e do Secretário Ruy H. D. de Almeida. Na oportunidade, foi mostrada a potencialidade de nossa região e das empresas fi liadas ao SIMECS. Também foram mantidos contatos com representantes de outros países, em especial Guatemala, Costa Rica, Colômbia, Chile, Cuba, El Salvador. O Panamá está construindo um muro de 30 km e outro canal paralelo ao atual. Ai-nda, muitas obras públicas, na cidade, e construções, bem como restauração de prédios. Verifi ca-se, portan-to, oportunidades para as empresas do SIMECS, em especial para caminhões, guindastes, gruas, motores, ônibus e equipamentos em geral. A Expocomer é di-rigida a 50 milhões de consumidores, distribuídos entre América Central, Caribe e alguns países da América do Sul.

AUTOmECHANIKA 2012 / OPORTUNIDADEO SIMECS informa às empresas do seu segmento

que já está sendo formando o grupo que irá expor e visitar a Feira Automechanika 2012, em Frankfurt, Alemanha. Trata-se de uma importante iniciativa do SIMECS para as empresas metalmecânicas de Caxias do Sul e região, especialmente as de pequeno porte e que ainda não tiveram a oportunidade de participar de uma feira fora do Brasil. A Missão Técnico-Comercial 2012 ao exterior será realizada no mês de setembro. A Automechanika é considerada uma das mais im-portantes feiras no segmento automotivo mundial. O evento que acontece de 11 a 16 de setembro é refer-ência internacional em tecnologia automotiva, sendo líder na apresentação de inovações, tendências e tec-nologia no setor de automóveis e similares. Inúmeros expositores apresentam soluções inovadoras nas áreas de equipamento original, adaptação, acessórios para automóveis e carregamento de baterias, elimi-nação de resíduos e reciclagem. A última edição da Automechanika acolheu 4.471 expositores e cerca de 155.000 visitantes oriundos de 181 países. Mais de 85% do espaço de exposição para a Automechanika 2012 já está reservado. As empresas interessadas em

expor e visitar a Automechanika, devem entrar em con-tato com o SIMECS, através do fone: (54) 3228.1855.

FEIRA DA mECÂNICA Já está defi nido o grupo de empresas do segmento

metalmecânico que o SIMECS levará para visitar a Feira Internacional da Mecânica, de 23 a 26 de maio de 2012, no Parque do Anhembi em São Paulo. A Feira da Mecânica apresentará uma ampla variedade de máquinas e equipamentos voltada para a produção, reunindo as principais empresas do setor com o maior número de compradores em busca de lançamentos, tecnologia e negócios. O SIMECS também irá propiciar ao grupo uma visita técnica à empresa Romi, em Santa Bárbara d’Oeste-SP. Fundada em 1930, a Romi é hoje uma empresa de renome internacional, cujos produtos e serviços são utilizados pelos mais variados setores da indústria. Os negócios da Romi são compostos dos seguintes produtos: Máquinas-Ferramenta (máquinas e equipamentos para trabalhar metal por arranque de cavaco), notadamente Centros de Torneamento, Tor-nos CNC, Tornos Convencionais, Centros de Usina-gem e Mandrilhadoras, Peças de ferro fundido cinzen-to, nodular e vermicular, fornecidas brutas ou usinadas.

PALESTRA NO SImECSTendo por local o auditório do SIMECS, será real-

izada no dia 11 de abril a palestra: “As Lideranças e as Relações Trabalhistas”. Para tratar deste tema, o SIMECS promoverá a vinda a Caxias do Sul do ad-ministrador de empresas Domingos Antonio D´Angelo Junior, profi ssional que durante 35 anos foi superinten-dente/gerente de Recursos Humanos em empresas nacionais e multinacionais (Lacta, Sabesp, Cosipa, ki-bon, Grupo Simão entre outros). Atualmente é Asses-sor de Recursos Humanos do Sindicato Patronal das Indústrias do Cacau e Balas de São Paulo. D´Angelo Junior também é membro do grupo Diógenes, CRI – Comitê de Relações Industriais, GRETIA – Grupo de Relações Trabalhistas das Indústrias de Alimentação e do Grupo de estudos da FIESP. Entre os assuntos em pauta, está o cenário político econômico e a orga-nização do Trabalho nas empresas. Informações e in-scrições junto ao SIMECS, fone: (54) 32281855.

OPORTUNIDADES COm A CHINAEm parceria com a Câmara de Comércio e Indústria

Brasil-China, o SIMECS realizou no mês de março a palestra: A China e suas Oportunidades. O presidente do SIMECS Getulio Fonseca abriu o evento, o qual contou com a participação de empresários e repre-sentantes das empresas dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e metalmecânico de Caxias do Sul e região. A apresentação esteve a cargo da Presidente da Câmara Brasil-China, Uta Schwietzer. Ela abordou aos participantes as oportunidades de negócios com a China para o empresário brasileiro. A palestra teve como objetivo tratar das oportunidades atuais e possi-bilidades de negócios entre as empresas brasileiras e a China, atração de investimentos, aumento do comércio exterior, e estabelecimento de relações institucionais e

intercâmbios diversos com aquele país.

PRÊmIO DISTINÇÃO INDÚSTRIAAs empresas do SIMECS têm até o dia 9 de abril

para efetuar a inscrição ao Prêmio Distinção Indústria FIERGS 2012. A premiação tem como objetivo desta-car produtos, linha de produtos com base em elemento inovador e sistemas de solução produtiva integrada. As inscrições são feitas por empresas industriais estabe-lecidas no Rio Grande do Sul que apresentem avanços tecnológicos, design, inovação e tenham viabilidade de utilização e comercialização, atendendo aos de-mais requisitos do regulamento. O prêmio, realizado nos anos pares, permite uma inscrição por empresa e distingue até três participantes. Para candidatar-se, a empresa deverá entregar a fi cha de solicitação de inscrição com informações técnicas e promocionais, catálogos, folhetos, DVDs, CDs e laudos técnicos de laboratórios ou entidades ofi ciais, no setor de Eventos da Presidência da FIERGS. Informações pelo telefone (51) 3347-8702.

EVENTO INOVAÇÃO Em VERANÓPOLISDando continuidade aos eventos de interiorização,

o SIMECS realizará dia 03 de abril na ACIV – Associa-ção Comercial e Industrial de Veranópolis o encontro: Inovar para crescer. A palestra contará com a partici-pação de empresários e profi ssionais das empresas metalmecânicas da cidade de Veranópolis. A apresen-tação estará a cargo do engenheiro Reneu Hartemink, pós-graduado em fi nanças e marketing. Hartemink abordará os aspectos ligados à Inovação e seus im-pactos na competitividade; Tipos de inovação; Manual de Oslo; Gestão da Inovação na empresa; Orgão de apoio a inovação; Instrumentos de apoio a inovação; Apoio estadual sobre o tema.

IBAmA / TAXAA Comissão de Meio Ambiente do SIMECS informa

que vence no dia 31 de março o prazo para a renova-ção do Cadastro Técnico Federal do Ibama e o envio do Relatório Anual de Atividades. A fi nalidade do Ca-dastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Naturais, é o controle e monitoramento das atividades potencial-mente poluidoras ou a extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigo-sos ao meio ambiente, assim como de produtos e sub-produtos da fauna e fl ora. As empresas devem fi car atentas a esta necessidade para que se mantenham legalizadas, prevenindo-se de multas e autuações.

SImECS - Sindicato das Indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul - Rio Grande do Sul. web Site: www.simecs.com.br -

E - mail: [email protected]

SIMECSEXPOCOmER / PANAmÁ

SIMECS

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Atração em Caxias neste fim de semana (veja detalhes na página 23), o Raça Negra popularizou o samba em uma época que o ritmo era visto como som das favelas. Os eternos apaixonados e sofredores de amor se identificaram com as letras melosas e românticas da banda, transformando a década de 90 na época de ouro do gêne-ro. À frente do grupo nestes 28 anos, o líder e vocalista da banda, Luiz Carlos da Silva, contou a O CAXIENSE por que o Raça Negra ainda faz sucesso.

Você é o responsável pela com-posição da maioria das músicas. De onde você busca inspiração?

Não consigo fazer música sob encomenda. Eu tenho que ter uma história que vivi ou alguém me contou. Por isso, 99 % das letras são baseadas em histórias reais.

Isso significa que você e os demais integrantes da banda já sofreram de dor de cotovelo ou foram traídos?

Com certeza. Várias vezes. A música Tarde demais foi escrita devido a essas grandes desilusões amorosas.

A vida de músico é uma vida cigana, conforme a música?

Sim.

E você já perdeu amores em função desse estilo de vida?

Várias vezes. O músico não tem tempo para relacionamentos mui-to sérios, está sempre na estrada. Não é toda mulher que está sujeita a esperar por ele. Além disso, a música é eterna, nem tem prazo de validade. Não são todas que aguentam a rotina de um músico.

Você acha que música que vira hit é aquela que é feita de coração?

Com certeza. Normalmente, as pessoas que sofrem de amor

acham que a dor delas é a pior do mundo. Quando escutam uma música que trata disso se iden-tificam e gostam. No DVD que gravamos em Goiânia, tivemos a participação de famosos cantores que cantaram músicas que marca-ram a vida deles, como Alexandre Pires, Belo, Michel Teló.

Pro dia nascer feliz, de Cazu-za, que vocês cantaram, levou o banda ao topo das paradas. Nesta época vocês participaram uma campanha nacional sobre Aids. Atualmente, qual é campanha que vocês fazem?

Alertamos para falta de me-mória do brasileiro. As pessoas lembram da morte de artista como Whitney Houston, por exemplo, e esquecem de grandes nomes como Wando e Nélson Gonçalves. No Estados Unidos, milhares de pessoas se reúnem para lembrar de Frank Sinatra. A mídia de lá cultua muito as celebridades e faz a população nunca esquecer. No Brasil, isso não ocorre. Porém a pior falta de memória é na polí-tica. O brasileiro vota na pessoa, não no partido. A maioria vota em quem paga, independentemente se essa pessoa tem um plano político. As eleições deveriam acabar.

Você se candidataria a algum cargo político?

Deus me livre! Preferiria virar advogado. Se é para me favorecer à custa dos outros faria advocacia, assim não teria de me preocupar com eleições e seria para o resto da vida.

Funk é música?Não gosto, por isso não vou falar

se é musica ou não. A letra mexe com o sexualismo da criançada, fala muito de malandragem, assim como era o samba no inicio. Acre-dito que o funk também evoluirá com o samba. Basta que as letras mudem.

O samba romântico do Raça Negra

Luiz Carlos da Silva | Divulgação/O Caxiense

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99.MAR.2012

O samba romântico do Raça Negra

O pacote tem o desafio de frear os sinais de desaqueci-mento na indústria. Um levantamento do Simecs aponta que, no primeiro bimestre, as empresas locais do ramo apresentaram um resultado 10% pior do que o mesmo pe-ríodo do ano passado.

Caxias deu uma amostra de sua capaci-dade de mobilização na segunda-feira (26). Numa rara união, mais de 1 mil empresá-rios e trabalhadores da cidade encheram 25 ônibus e protestaram contra a ameaça de desindustrialização, personalizada pelos produtos chineses.

O município representou quase metade dos manifestantes em Porto Alegre. O go-vernador Tarso Genro recebeu uma carta com 22 pedidos, como redução na taxa de juros e medidas para atenuar a sobrevalo-rização cambial. O petista prometeu levar o documento à Brasília.

As primeiras manifestações mostram que o empresaria-do local aprovou o pacote industrial, lançado pelo Palácio Piratini na quarta-feira (28). Os empresários gostaram da proposta de o governo do Estado se preocupar em valori-zar as empresas já “enraizadas” no Estado, em vez de prio-rizar a atração de novas multinacionais.

Surdos ao clamor popular

Erro político

Quem receberá a revista O CAXIENSE

Decepção em Caxias

Alerta

Otimismo localA força de Caxias

É um erro político o deputado se negar a assinar o projeto antiprorrogação dos pedágios. O gesto faz com que o eleitorado tenha a impressão de que ele é favorável a um modelo que, conforme mostrou O CAXIENSE, castiga os motoristas com uma tarifa que subiu 90% além da inflação, mas não oferece in-vestimento condizente com o preço pago.

Confira o nome de de-putados que, até terça-feira (27), não haviam assinado o projeto que proíbe a prorrogação das atuais concessões de pedágio, conforme o cruzamento da lista dos autores da proposta (divulgada pelo PT, que encabeça o movimento) com a relação de parla-mentares disponível no site da Assembleia Le-gislativa:

● Adilson Troca (PSDB)● Adolfo Brito (PP)● Alexandre Postal (PMDB): presidente● Catarina Paladini (PSB)● Edson Brum (PMDB)● Ernani Polo (PP)● Frederico Antunes (PP)

● Gilberto Capoani (PMDB)● Giovani Feltes (PMDB)● Heitor Schuch (PSB)● João Fischer (PP)● Jorge Pozzobom (PSDB)● Lucas Redecker(PSDB)● Luciano Azevedo(PPS)● Mano Changes (PP)● Marcelo Moraes (PTB)● Márcio Biolchi (PMDB)● Marco Alba (PMDB)● Maria Helena Sartori (PMDB)● Miki Breier (PSB)● Pedro Pereira (PSDB)● Pedro Westphalen (PP)● Silvana Covatti (PP)● Zilá Breitenbach (PSDB)

O clamor popular pelo fim do atual modelo de pedágio se tornou insuficiente para convencer um grupo de 24 deputados estaduais a assinar o projeto que proíbe a renovação dos contratos de pedágio.

Mas o Plenário vai dar uma força para que eles revejam a posição e apareçam como coautores da proposta – ou pelo menos aprovem a medida quando entrar em votação. Na manhã de quinta (29), a coluna enviou, via Correios (foto), a edi-ção 121 da revista O CAXIENSE. A reportagem de capa traz 7 argumentos para evitar a prorrogação.

Caxias do Sul e municípios vizinhos se mobi-lizam há 14 anos contra o pedágio. Por isso a es-tranheza de que a deputada Maria Helena Sartori (PMDB) seja a única representante do município que não pôs a assinatura no projeto antiprorro-gação das atuais concessões. A expectativa é de que tenha sido apenas um lapso, passível de cor-reção.

Outros dois deputados locais – Marisa For-molo (PT) e Alceu Barbosa (PDT) – se mostram atentos às demandas e vigilantes para evitar qualquer ação contra os interesses da população.

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UmA NOvA GERAçãO DE EmPRESáRIOSSObE AO mERCADOJovens de 25 a 34 anos integram a faixa etária que mais monta empresa no país. Mas, com pouca grana, eles precisam apostar na criatividade, nas tecnologias e nas preocupações sociais para se diferenciar – e sobreviver – em uma economia competitiva

por Rafael Machado

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ser os chefes de si próprios, em vez de buscar um trabalho com carteira assi-nada.

A exemplo de outras faixas etárias, a geração dos 25 anos aos 34 anos faz subir as taxas de empreendedorismo no Brasil. A surpresa é que ela aparece como a mais representativa: do total dos novos empreendedores, 22,2% têm essa idade, de acordo com estudo do Global Entrepeneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae e o Instituto Bra-sileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).

Caxias do Sul segue a tendência na-cional, conforme de analistas. De acor-do com Carlos Renato Barbosa da Silva, gerente da Incubadora Tecnológica da Universidade de Caxias do Sul (ITEC-UCS), esses novos empresários se ca-racterizam pelo espírito visionário, pois são capazes de identificar oportunida-des de mercado que propiciam o de-senvolvimento de produtos ou serviços inovadores. “A maioria dos profissionais que nos procura para abrir uma empre-sa são jovens que estão terminando a fa-culdade, que se formou há pouco tempo ou que estão cursando pós-graduação ou mestrado. Quase todos estão traba-lhando em empresas da cidade e muitas vezes lá mesmo, no dia a dia, observan-do situações e o mercado, identificam oportunidades e decidem investir ne-las”, diz Silva.

Os levantamentos brasileiros refor-çam as observações do gerente. Dos 21,1 milhões de novos empresários do país, 22,2% têm pós-graduação e ou-tros 19,2% fizeram a faculdade. Essa formação dá mais condições para que os novos empreendedores apresentem novidades no mercado, como a turma do Coletivo Labs, que criou um espaço de coworking para incentivar a criati-vidade de outros jovens empresários, o grupo da Ambe, que atua na tão falada sustentabilidade, ou outros exemplos listados nas páginas seguintes.

A capacidade de inovação aparece como critério principal para a partici-pação na incubadora, que oferece es-trutura e assessoria administrativa aos novos empresários. Silva afirma que a instituição mantém um edital perma-nente à disposição das empresas, que ficam livres para apresentar seus pro-jetos. Se a instituição considerar o pro-duto ou serviço diferenciado, ele ganha uma chance para entrar no mercado. “Cada empresa tem de 24 a 36 meses para permanecer trabalhando aqui co-nosco, mas a maioria acaba saindo an-tes porque cresce rapidamente e precisa aumentar a sua estrutura física”, diz o gerente.

O estudante de ciências da compu-tação Felipe da Rosa Lobo, de 18 anos, trabalha na Flip Studio, empresa que de-

senvolve aplicativos para iPad e iPhone na incubadora. Ele se surpreende com a rapidez com que a tecnologia da em-presa chega ao mercado. “O mais legal do nosso trabalho é ver que cada pro-jeto evolui rapidamente. A gente coloca as ideias no papel e logo já estão sen-dos usadas pelos clientes. Além disso, a necessidade do mercado nos mostra, a cada dia, novas possibilidades de apli-cação e atualização dos nossos próprios produtos”, diz o estudante.

A inovação livra a nova geração dos percalços comuns a qualquer empresa iniciante. Os jovens empresários re-clamam das dificuldades de gerenciar as empresas e o acesso às tecnologias de produção – essenciais para quem está atento às novidades. A Ambe, por exemplo, tenta driblar os obstácu-los com estudos. Fez uma pesquisa de mercado, buscou assessoria com um especialista italiano. Agora tenta en-contrar alternativas para a aquisição de maquinário, agravado pela exigência de imensas quantias na conta bancária. “Queremos começar a processar os ma-teriais que recebemos. Em um primeiro momento, a ideia é fazer, pelo menos, o processamento do plástico, mas isso de-manda um investimento muito alto em tecnologia”, diz o sócio Rodrigo Pierini.

Que ninguém duvide, porém, da ca-pacidade dessa gurizada para superar os problemas. Fôlego, eles têm de sobra.

Eles cresceram em meio a computadores, jogos eletrônicos e comunica-ção instantânea. Muitos jamais tocaram em uma máquina de escrever, ouvi-ram um disco de vinil ou receberam um fax. Agora, começam a chegar no mer-cado. Cheios de ideias e influenciados pelas novas tecnologias, optam por

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Para alguns empreendedores, a liber-dade de criar e gerar o próprio negó-cio, dividindo isso com os clientes, é a maior motivação. Esse foi o incentivo principal para Samir Madi, de 26 anos, fundar em novembro do ano passado a Coletivo Labs, que, inspirado pelo con-ceito de coworking, oferece um espaço para ser compartilhado por trabalhado-res autônomos de diferentes áreas, mas valores semelhantes, com a intenção de estimular a trocar experiências com outros empreendedores.“Trabalhei em diferentes empresas na área de informá-tica, mas foi depois de um ano e meio trabalhando na indústria que vi que re-almente o meu negócio era abrir uma empresa. Percebi que viver sob as regras de uma empresa não era o que eu queria para mim”, diz.

Ele conta que, antes de abrir o Co-letivo Labs com os sócios Geraldine Moojen e Lucas De Ross Rossi, traba-lhou também por conta, mas não sentia interesse por parte das empresas no tra-balho dele. E foi pensando em casos as-sim que planejou o formato do Coletivo Labs. “Aqui, reunimos cabeças pensan-

tes e proporcionamos a troca de ideias. Pessoas que se encontram aqui crescem umas com as outras, e indicam os ser-viços delas para o mercado. Criamos o lugar pensando em pessoas que preci-sam de uma estrutura de trabalho mas que não precisam arcar com grandes custos”, diz Samir.

Muitas experiências boas surgiram no convívio entre os profissionais que utilizam o espaço – o aluguel é a fon-te de receitas da empresa. Ali, Samir já viu nascer empresas dos mais variados segmentos, além da realização de ofici-nas para debate sobre temas diversos. Funcionam como cursos, mas baseadas no conhecimento de seus participantes. Segundo o empreendedor, o mais inte-ressante é que elas surgem por iniciativa externa, ou seja, os profissionais é que procuram pelo espaço para a difusão de ideias entre os interessados. “Já tive-mos oficinas de fotografia e grafite, por exemplo, que aconteceram depois que os profissionais nos procuraram. Eles não querem ‘vender seu peixe’, mas dis-seminar o conhecimento que eles têm em suas áreas de atuação”, diz Samir.

Samir Madi |Maurício Concatto/O Caxiense

COmO SE ESCREvE O COlETIvO DE IDEIAS, COm 4 lETRAS

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Há novos empreendimentos locais que, em pouco tempo, ganharam di-mensões internacionais. É o caso da La-eff e, grife caxiense fundada em março de 2011 por Frederico Franke, 37 anos, e Karen Franck, de 33 anos.

Um diferencial da Laeff e é trilhar o caminho oposto ao da maioria das em-presas do segmento. Primeiro, trabalha a consolidação da marca e de seus pro-dutos no mercado externo para, poste-riormente, focar as ações no mercado nacional. Por isso, as coleções estão sendo apresentadas em feiras interna-cionais como a Who’s Next Prêt-à-por-ter Paris e a London Fashion Week.

De acordo com Frederico, a ideia de criar a marca veio em 2008, quando o casal retornou a Caxias do Sul, depois de passar um tempo no Exterior. “Es-távamos morando em Londres quando tivemos a ideia de criar a marca, mas voltamos para Caxias do Sul devido a problemas de saúde do meu pai, o que acabou sendo a oportunidade perfeita do casamento virar, também, um negó-

cio. A ambição de criar um produto in-ternacional com alma brasileira”, conta o empreendedor.

Hoje, ele vê a marca consolidada no cenário internacional, com participa-ção nos maiores eventos de moda do mundo, fruto da experiência profi ssio-nal adquirida pelo casal nos Estados Unidos e Europa – ele como profi ssio-nal de Comércio Exterior e ela como profi ssional de Moda.

Para Frederico, mesmo em pouco tempo no mercado, a empresa já é refe-rência em seu segmento.

“Sempre brincamos com o pessoal da SoulBranding, agência de Caxias que faz nosso material promocional, que eles criaram mais que uma marca, e sim uma referência dentro do nosso mercado. Em nossa primeira feira no Exterior, em janeiro deste ano em Paris, representantes do consulado Brasileiro na França e agentes comercias da Asso-ciação Brasileira das Indústrias Têxteis (ABIT) fi caram impressionados com nossa marca”, conta o empresário.

A cultura também ganha aten-ção dos novos empreendedores de Caxias do Sul. O publicitário Eduardo Iotti, de 24 anos, criou o projeto Curto Circuito com o objetivo de divulgar as bandas in-dependentes da cidade. “A ideia surgiu de uma forma engraçada. O meu tio Carlos Henrique Iotti (cartunista) ia apresentar um pro-grama sobre rock gaúcho na rádio Radicci. Na noite anterior, eu to-mei um porre e não compareci à apresentação do programa, con-forme eu havia combinado com ele. Ele fi cou muito bravo comigo, e resolvi investir em um programa meu”, conta.

Depois dali, as ideias foram surgindo e o projeto ganhou for-ça. A ideia é usar a internet como plataforma de apresentação de um talk-show com bandas locais, com uma hora e meia de duração. O programa pode ser ouvido on-line, nas quartas-feiras à noite, ou

baixado para ouvir em qualquer lugar e horário. De acordo com Iotti, assim que foi lançada a ideia, 3 bandas se interessaram em par-ticipar. Com o tempo e a divulga-ção do projeto, esse número deve aumentar, espera o empreendedor. “Se forem muitas bandas e a gente ver que um programa por semana não vai dar conta, podemos fazer dois, e há também a possibilidade de alguma rádio se interessar pelo programa e, nesse caso, não des-carto a possibilidade de passar a veiculá-lo em uma dessas rádios”, afi rma.

A edição online será comple-mentada por uma revista trimes-tral, que servirá como uma espécie de guia cultural. A viabilidade fi -nanceira do negócio está baseada na comercialização de anúncios nos programas de rádio e na pu-blicação impressa. A revista terá 2 mil exemplares e será distribuída em pontos culturais da cidade.

A mODA DE TRANSFORmARO CASAmENTO Em NEGÓCIO

A EmPRESA QUE NASCEUDEPOIS DE Um PORRE

de Caxias do Sul. O publicitário Eduardo Iotti, de 24 anos, criou o projeto Curto Circuito com o objetivo de divulgar as bandas in-dependentes da cidade. “A ideia surgiu de uma forma engraçada. O meu tio Carlos Henrique Iotti (cartunistagrama sobre rock gaúcho na rádio Radicci. Na noite anterior, eu to-mei um porre e não compareci à apresentação do programa, con-forme eu havia combinado com ele. Ele fi cou muito bravo comigo, e resolvi investir em um programa meu”, conta.

Depois dali, as ideias foram surgindo e o projeto ganhou for-ça. A ideia é usar a internet como plataforma de apresentação de um talk-show com bandas locais, com uma hora e meia de duração. O programa pode ser ouvido on-line, nas quartas-feiras à noite, ou

A mODA DE TRANSFORmAR

Eduardo Iotti |Maurício Concatto/O Caxiense

(ABIT) fi caram impressionados com

Frederico Franke |Divulgação/O Caxiense

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vERDE, A COR DA NOvA TECNOlOGIAA EmPRESA QUE NASCEUDEPOIS DE Um PORRE

Rodrigo Pierini, ao lado dos sócios |Maurício Concatto/O Caxiense

Frederico Franke |Divulgação/O Caxiense

Especializada no gerenciamento de resíduos tecnológicos, a Ambe se tor-nou um exemplo de empresa caxiense, mas nasceu bem longe da Serra, do ou-tro lado do Pacífi co.

O sócio Rodrigo Pierini, de 27 anos, conta que estava morando na Austrália, com os então amigos e hoje sócios Da-niel Pinto, de 26 anos e Samuel Sirena, de 29 anos. Na ocasião, conheceram o italiano Filippo Culasso, empresário e consultor de logística reversa (que es-tuda a melhor maneira de aproveitar os resíduos industriais). Uma conversa com o europeu rendeu a inspiração para criar uma empresa de gerenciamento de resíduos tecnológicos.

Hoje, a Ambe recicla todos os tipos de equipamentos que utilizam ener-gia elétrica, desde eletrodomésticos até computadores e telefones. “Desde que a ideia surgiu, em 2009, fomos organizan-do o projeto da empresa, que concluí-mos em abril de 2011. Apresentamos esse projeto ao consultor e ele fi cou um mês e meio aqui em Caxias para fazer-mos juntos o estudo de viabilidade eco-nômica do negócio”, conta Rodrigo.

Em fevereiro deste ano, colocaram a ideia em prática, instalando a empresa em um pavilhão do bairro Cristo Re-dentor. De lá para cá, já foram procura-

dos por muitas empresas e também por pessoas físicas para o descarte de equi-pamentos eletrônicos.

A receita da empresa vem da ven-da dos equipamentos recolhidos para empresas de Caxias do Sul, de outros Estados e até da Itália. “Teve um caso em que eu atravessei a cidade para reco-lher uma caixa de sapatos com alguns equipamentos, o que nos faz pensar na questão dos custos. Mesmo assim, só pretendemos começar a cobrar pela co-leta no segundo semestre”, conta o em-preendedor.

A motivação, porém, vai além da via-bilidade econômica. Os empreendedo-res se preocupam com a contribuição ambiental e social que o negócio gera. “Estamos levantando a bandeira da Po-lítica Nacional de Resíduos Sólidos. Há uma lei que diz que as empresas são res-ponsáveis pelo descarte de seus resídu-os sólidos e queremos contribuir com esse trabalho”, diz Pierini.

No aspecto social, a contribuição acontece com o aproveitamento de al-guns equipamentos recebidos. Quando um computador, por exemplo, chega à empresa precisando de pequenos repa-ros, a equipe coloca-o novamente em condições de uso e doa para entidades benefi centes da cidade.

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O baile dos brotosDepois de perder o vigor da juventude e o grande amor de suas vidas, eles encontraram um lugar para esquecer da idade, fazer amigos e afogar as mágoas em água mineral. Descobriram que ainda têm fôlego para encontrar novos namoros

por Fabiana Seferin

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Ela olha no relógio, ainda falta uma hora para sair, mas já é hora de se arru-mar. Vai direto para o banho de musa. Massageia suavemente os cabelos lon-gos de um preto brilhante como nos comerciais de xampu. Seca-se com uma toalha felpuda e deslisa as mãos com creme hidratante em cada curva do corpo. Com a chapinha, a franja ganha cuidado especial – reta sobre a testa, ao estilo do corte de cabelo mais ousado de Sabrina Sato – e os cachos se trans-formam em impecáveis fios lisos quase até a cintura. Parte para a maquiagem básica: base, blush, sombra, batom, de-lineador e rímel. Os tons da maquia-gem combinam com a cor do vestido. E o traje da vez, feito sob encomenda, é vermelho. A rainha do baile está pronta. Os canutilhos bordados no vestido bri-lharão mais do que canutilhos de outras festas: vão refletir a luz do sol das 15:00 de uma quinta-feira. Antes de entrar no táxi, ela retoca o batom. Agora, sim, pode seguir para o baile da terceira ida-de no Velho Fogo de Chão, onde será – sempre é – a estrela do dia.

Sandra Oliveira Luz, de 66 anos, car-rega a faixa – não que seja necessário – para ser identificada como Rainha de Honra do Velho Fogo de Chão, no bairro Lourdes. Sua simpatia e alegria despertaram a atenção dos frequenta-dores do baile logo que ela começou a frequentar a casa, aos 49 anos. Foi eleita Rainha do Carnaval. A partir de então, não parou de ganhar títulos. Diante da corte de amigos que conquistou em 17 anos de assiduidade, ela cumpre com dedicação o papel de soberana. Entre as funções que mais gosta, está a de cupi-do. “Fui responsável pelo casamento de vários casais aqui”, diz a rainha, apon-tando para uma senhora sentada em uma mesa ao lado da pista de dança.

A flecha de Sandra acertou Geni Oli-veira Azevedo, de 77 anos, pelo menos duas vezes. “Estava ficando em depres-são, quando meu médico disse que deveria sair e me divertir. Ele me reco-mendou o baile. Minha tristeza passou”, revela a receita que a fez superar o luto pela morte do primeiro marido. A soli-dão da viuvez é a principal responsável por lotar as casas de baile de terceira idade. E Geni venceu duas. Aos 66 anos, apaixonou-se por um gaiteiro que toca-

va no Fogo de Chão. Trocaram olhares por semanas seguidas, depois dançaram algumas vezes. E ele foi morar na casa dela. Depois de 3 anos juntos, o gaiteiro, 17 anos mais jovem que Geni, morreu do coração. E ela já sabia como lidar com a perda. Em menos de um ano co-nheceu o terceiro companheiro e “ca-sou” embora esse não fosse alguém para se casar. Durou um ano e meio. “Ele be-bia muito. Não gosto disso. Para se di-vertir não é preciso beber”, conta Geni. Solteira e dispensada do luto, ela segue à procura do par perfeito: não porque precise de um namorado, mas porque a busca a diverte. “Sou feliz aqui. Conhe-ço pessoas, danço bastante. Venho to-dos os domingos às 16:00 e vou embora por volta das 22:00.”

Nos relacionamentos amorosos nas-cidos em bailes de terceira idade, a demora na paquera é compensada no passo seguinte. Beijo na boca é tabu. Primeiro deve haver a conquista: pa-quera e dança – a cantada é dispensável. Depois começam os encontros fora do baile e já se pode chamar o relaciona-mento de namoro. Em pouco tempo, já estão morando juntos. “Com os idosos tudo acontece muito rápido. Logo que se gostam começam a namorar e casar”, explica a rainha Sandra, que há 11 anos tem um namorado que conheceu no baile.

Os bailes têm iluminação opaca e cheiro de talco, um aroma adocicado propício aos romances tardios e à convi-vência pacífica. “Nos 30 anos que temos o baile, nunca houve brigas ou pessoas passando dos limites do respeitável”, garante a proprietária Julieta Perini, de 77 anos. No bar, ela serve refrigerantes, água mineral e até água da torneira. São poucos os que pedem cerveja. Com a visão prejudicada pelo tempo, os fre-quentadores precisam de claridade para flertar com os pretendentes. Há mesas e cadeiras para todos, fundamental para descansar as pernas e recuperar o fôlego. Na pista, cada par dança ao seu modo, uns mais lentos, outros mais rá-pidos. Há quem perca o ritmo, há quem dance sempre o mesmo, em qualquer música. As mulheres mostram uma vai-dade despreocupada com o nosso tem-po. Usam roupas e acessórios e promo

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“Ele era um pé-de-valsa. Emendáva-mos uma música na outra. Bailá-

vamos nas festas de clubes e nos

salões de igreja. Em casa, ligávamos o

toca-discos e flutu-ávamos pela sala”, lembra Maria, que

vai ao baile para lembrar do marido falecido há 3 anos,

o último homem com quem dançou.

vem um desfile de décadas. Privile-giam o conforto para os pés com cal-çados rasteiros. Quem não dispensa o salto alto não esquece de levar na bolsa um chinelinho. Os homens dançam de alpargatas, botas, sapatos sociais e tênis; bombachas, jeans, camisa ou camisetas coloridas, não necessariamente com a combinação mais comum. Vestem-se para uma festa onde o bom humor é mais valorizado do que a aparência. O pedreiro aposentado Volmir da Sil-va Lupin, de 66 anos, mais conhecido como Catarina, gosta de “tomar uma cervejinha de vez em quando para dar uma descontraída”. Vestindo uma cami-sa branca e um jeans desbotado – que combina com o cabelo grisalho – ele não disfarça a idade na procura por uma companheira. Há 4 anos separado, é exigente: “Ela deve ser bem dançadei-ra, magra de visual, grossa de dinheiro e curta de vida”, brinca Catarina, que se considera o Rei da Dança e um ex-celente marido, pois cozinha, limpa e é carinhoso.

No entanto, nem todos que vão ao baile estão a procura de um par. Maria Bampi Tozz, de 80 anos, vai para matar a saudade do marido. Ele faleceu há 3 anos, mas o luto ainda faz Maria cho-rar ao lembrar dos bons tempos. “Ele era um pé de valsa. Emendávamos uma música na outra. Bailávamos nas festas

de clubes e nos salões de igreja. Em casa, ligávamos o toca-discos e flutuávamos pela sala...”, recorda Maria, que há um ano frequenta os bailes e decidiu nunca mais dançar. Cléria Boeira, de 66 anos, também entrou em depressão assim que perdeu o marido, aos 45 anos. Depois de diversas internações no hospital e muita medicação, Cléria foi estimulada por amigas e filhos a buscar outro re-médio. Passou a frequentar os bailes da terceira idade no Clube Calhambeque. Nos primeiros 3 anos não dançou, se sentia fragilizada, não superava a sau-dade dos 10 anos de casamento. Com o tempo, foi se soltando, e hoje não para mais. “Não tomo mais remédio, não te-nho mais depressão. Venho quase todos os dias da semana”, conta a ex-princesa do Calhambeque.

A aposentada Amanda Schwantes, de 81 anos, também deixou de lado a vida tranquila que tinha em casa para cair na dança. Viúva há mais de 20 anos, ela frequenta os “bailinhos”, como se refere, há 18 anos.

Dança com todo mundo, embora perceba que os convites têm sido cada vez mais escassos. Apesar de não ter namorado, assume que tem “paqueras”, conquistas da simpatia e de uma pro-dução vaidosa que não demora mais de 15 minutos: batom rosa claro, pó, saia abaixo dos joelhos e blusas largas para

Amanda Schwantes |Maurício Concatto/O Caxiense

Lurdes Castilhos e Sandra Oliveira Luz, soberanas do Fogo de Chão|Acervo pessoal, Divulgação/O Caxiense

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não marcar o corpo. Acostumada a dançar desde pequena, Aman-da acompanhava os pais nas fes-tas do distrito de Santa Lúcia do Piaí. Naquela época, “ficava feio” uma mulher negar convites para dançar. Amanda se recusou e levou um tapa bem aceito pela sociedade da época. “Não fiquei ofendida com a agressão, era algo visto como normal”, lembra. Fre-quentadora assídua do bailão, o destino é sempre o mesmo nas tardes de quarta a domingo: os bailes do Sesc e do Velho Fogo de Chão. Investe no visual e vai de ônibus mesmo. “ É melhor do que a cavalo, o que eu fazia quando era moça. No Interior não existia carro, o meio de transporte era o cavalo, sendo às mulheres só per-mitido andar de lado, com as per-nas unidas”, relembra a delicada Amanda, que espalha cheiro de alfazema pelo salão.

Apesar de serem bailes in-dicados para idosos, há sempre aqueles que frequentam as festas antes de chegar aos 60. José Má-rio Gonçalves, de 55 anos, é um pão. Considerado “gatão” pela mulherada, diz não saber da fama que tem. “Venho apenas para es-

pairecer, me divertir com amigos, não tenho namoradas”, descarta a ideia de ser o centro das atenções. Após passar por um divórcio con-turbado, quer recuperar o tempo perdido. Sempre gostou de dan-çar, algo que a ex-mulher odiava. Há 3 anos, todas as sextas-feiras, bate ponto no bailão. Há rumores de que mulheres já teriam se de-sentendido no banheiro por cau-sa dele. José Mário nunca ouviu falar do escândalo. De qualquer forma, mantém o peito inflado, uma pele lisa e charmosos cabelos grisalhos. E a modéstia também arranca suspiros.

O baile realiza sonhos. Lurdes Castilhos, de 77 anos, realizou o dela. A Rainha da Primavera se orgulha de carregar a coroa, a faixa e a alegria por onde passa. Otimista, se recuperou rápido do trauma de ser deixada pelo mari-do depois de 30 anos de casamen-to. Um mês depois da separação já estava dançando nos bailes. “Ele não valia minhas lágrimas. Queria mais é me divertir. Hoje, vivo o máximo que posso dos meus dias”, conta Lurdes que des-cobriu a fórmula da juventude: buscar a felicidade enquanto há tempo.

Baile da terceira idade no Sesc |Maurício Concatto/O Caxiense

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por Dimas Dal Rosso

As 10 mil ruas da cidade de Los Angeles servem de cenário para o motorista anônimo que é dublê de dia e à noite vende sua habilidade atrás do volante para criminosos que precisam de um piloto de fuga. No início do longa, em uma ótima cena de perseguição de carro, sem diálogos, o caráter do herói é apresentado: lembra muito um pistoleiro solitário dos filmes western. Em vez de um cavalo, ele tem um carro. Em nenhum momento conhecemos o nome do protagonista. Tudo o que se sabe sobre o misterioso e intros-pectivo herói, que só fala quando é muito necessário, vem da boca dos outros e de suas ações.

Falamos de um dos filmes mais injustiçados deste ano. Depois de receber o prêmio de Melhor Direção em Cannes, Drive não recebeu nenhuma grande indi-cação ao Oscar – foi indicado apenas à Melhor Edição de Som – nem ao Globo de Ouro. A pro-dução independente, baseada no livro homônimo de James Sallis, é a primeira aventura do diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, não tão conhecido pela tri-logia Pusher, no cinema america-no. Com uma fotografia espeta-cular, a produção nos remete a clássicos hollywoodianos como Operação França e Bullit. Uma curiosidade bastante irônica é que o diretor não dirige carro por que foi reprovado diversas vezes na prova de habilitação.

Na trama, o herói interpreta-do por Ryan Gosling é testado quando, aos poucos, começa um relacionamento com a garçonete Irene (Carey Mulligan), casada com um presidiário e mãe de um menino. Logo que sai da cadeia,

o marido já faz dívidas com a máfia e coloca a sua família em perigo. Para acabar com a amea-ça, o piloto introspectivo se pro-põe a dirigir para um assalto que quitará a débito. O plano acaba por dar errado, e agora ele tem que salvar a própria vida e derru-bar os chefões Nino (Ron Perl-man) e Bernie (Albert Brooks).

O gênero de Drive é ação, mas ele foge bastante do esperado para filmes hollywoodianos deste tipo. Mesmo assim, é desenvol-vido com símbolos genuínos da cidade do cinema, como garçonetes de dinners, a máfia judaica e dublês de blockbus-ters. Além disso, vale lembrar que a Academia não levou em conta as boas atuações de Albert Brooks e de Carey Mulligan, os dois mereciam uma indicação de melhor ator/atriz coadjuvante.

Um dos poucos pontos negativos do longa é que Refn tentou transformar a jaqueta de escorpião, usada por Gosling, em ícone da cultura pop. Como chapéu de herói do Velho Oeste, a jaqueta acompanha o perso-nagem o filme inteiro. Em uma das cenas, a jaqueta branca de um tecido brilhante fica ensopa-da de sangue. No outro dia, ele ainda a veste. A desnecessária coadjuvante já pode ser com-prada em sites americanos.

Drive é mais do que um filme que merece ser assistido. Refn criou um herói de presença, um John Wayne dos tempos modernos. É imperdível.

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Um herói do século XXI

PLATEIAespelho, espelho meu... Quem é mais linda do Que Julia roberTs? | o irmão do blues | mulheres em cena | corpo de luzoberTs

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Um herói do século XXI

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Julia ROBERTS. Lily COLLINS. Armie HAMMER. Nathan LANE. De Tarsem SINGHESPElHO, ESPElHO mEU

A aguardada releitura de uma das fábulas mais populares da história, com Julia Roberts no papel da madrasta, chega a Caxias em pré-estreia, com sessões somente na quinta-feira (5). Lily Collins vive Branca de Neve, a princesa exilada na floresta que irá liderar um bando de 7 anões na missão de impedir o casamento da rainha má com o príncipe (Armie Hammer) apenas para salvar o reino de seus problemas financeiros. Um dos pontos altos da produção é o figurino, assinado pela ganhadora do Oscar Eiko Ishioka. Julia Roberts checou a distender um músculo da coxa ao tentar se movimentar em um enorme e trabalhado vestido que pesava quase 30 kg. Pré-estreia.

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PEQUENOS ESPIÕES 4De acordo com o Internet Movie

Database, a ideia para este filme surgiu no set de Machete, outro projeto em que Robert Rodriguez e Jessica Alba trabalharam juntos. Jessica já estava vestida para gravar quando a fralda de sua filha praticamente explodiu. Vendo a habilidade da atriz em trocar a criança sem sujar o figurino, Rodri-guez pensou “que tal uma mãe espiã?”. Uma agente aposentada é convocada de volta à ação e incorpora ao time seus dois enteados e o filho bebê. 4ª semana.

IGUATEMI 13:30

L 1:29

JOGOS vORAzESO primeiro longa do que muito provavelmente virá a ser uma

franquia, baseada em uma série de livros da escritora norte-ame-ricana Suzanne Collins, conseguiu uma rara façanha: surpreen-der a positivamente os especialistas. O roteiro, que aparenta ser apenas de um filme de ação – até meio juvenil –, é pano de fundo para uma forte crítica social. Buscando referências em clássicos como 1984 e O Senhor das Moscas, Jogos Vorazes se passa em uma sociedade futurista em que os reality shows chegaram ao ponto mais extremo: mais do que lutar por um prêmio, os par-ticipantes colocam a sua própria vida em jogo. Transmitidas ao vivo pela televisão, as batalhas são uma forma dos 12 distritos da Capital (antiga América do Norte) aumentarem a arrecadação e quitarem seus tributos com o governo. 2ª semana.

IGUATEMI 15:00-18:15-21:15CINÉPOLIS 15:30-18:30-21:40

13:10-16:10-19:00 12 2:24

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22

Sam WORTHINGTON, Liam NEESON. Rosamund PIkE. De Jonathan LIEBESMAN.

FÚRIA DE TITãS 2A trama se passa 10 anos após o primeiro filme. Perseu, que

depois de derrotar o monstro Kraken leva uma vida mansa de pescador com seu filho, Helius, é novamente envolvido em uma batalha mitológica quando Zeus é capturado por Ares e Hades. Ao lado de Andrômeda, do semideus Agenor e do deus caído Hefesto, ele terá que deter os irmãos maus antes que eles consigam libertar os Titãs da prisão no inferno de Tártaro. A crítica ficou divida – há quem considere super-ficial, há quem ache a qualidade superior ao primeiro –, mas um ponto é quase certo: será mais um blockbuster mitológi-co de bom desempenho nas bilheterias. Estreia.

CINÉPOLIS 13:20-15:20-17:20-19:20-21:303D 16:15-20:15 3D 14:10-18:10-22:20IGUATEMI 14:00-16:10-19:15-21:45 3D 15:403D 20:00-22:00

12 1:39

De Chris RENAUD e Kyle BALDA.

Dongyu ZHOU, Shawn DOU, Meijuan XI. De Zhang YIMOUA áRvORE DO AmOR

O drama de época chinês conta a história de Jing, que é mandada para um período de reeducação no campo, durante a revolução cultural do país, após a prisão de seu pai pelo governo da China. Lá, a garota se apaixona por Sun, o filho de um oficial, e terá que rever suas convicções ao escolher entre viver o amor ou lutar por ideal. O filme é dirigido por Zhang Yimou, que tem no currículo os épicos indicados ao Oscar O Clã das Adagas Voadoras, Herói e A Maldição da Flor Dourada.

ORDOVÁS SEX. (30) 10:30 SÁB.(31) e DOM.(1) 20:00 10 1:55

O lORAX - Em bUSCA DA TRÚFUlA PERDIDACom forte apelo ecológico, a animação fez sucesso nos Es-

tados Unidos. A história é baseada em um conto de um es-critor popular na América do Norte, Dr. Seuss Theodor Suss Geisel – O Grinch e Horton e o Mundo dos Quem também foram baseados em suas obras. Ted é um garoto de 12 anos que mora em uma cidade do futuro onde tudo é artificial. Quando a garota dos seus sonhos expressa o desejo de ver, ao menos uma vez na vida, uma árvore de verdade, ele vai em busca de uma fofa criaturinha que guarda os mistérios da natureza.

CINÉPOLIS 3D 13:00-15:00-17:00-19:10IGUATEMI 14:20-16:30-18:30-20:30. 3D 13:40-18:00

1:27

PROJETO XBaseado em fatos reais, o filme conta a história de 3 adolescentes

que resolvem dar uma festa para entrar para a história. No entanto, o evento acaba saindo completamente fora do controle dos jovens, causando destruição pela vizinhança. O longa é narrado no estilo Bruxa de Blair, e mais da metade foi, de fato, filmado em câmeras portáteis ou de celulares. 3ª semana.

CINÉPOLIS 21:10 18 1:28

GUERRA É GUERRAA workaholic Lauren provoca uma verdadeira guerra ao conquis-

tar, através de um site de relacionamentos, o coração de dois agentes da CIA. Apesar de trazer Reese Witherspoon em uma persongaem mais sensual e ousada do que de costume, o híbrido de comédia romântica e ação resulta numa trama bem água com açúcar. 3ª se-mana.

CINÉPOLIS SEX. (30) a QUA. (4) 14:00-16:00-18:00-20:10-22:10IGUATEMI 15:30-17:30-19:30-21:30

12 1:41

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239.MAR.2012

“Cheia de manias, toda dengosa, menina bonita”, você pode relembrar os 28 anos de carreira do Raça Negra em Caxias. O vocalista Luiz Carlos e conjunto pretendem mostrar que os primeiros cabelos brancos não vão tirar a grupo da estrada. No repertório, sucessos antigos como Cigana e Pensando em Você, e mais novidades do álbum 2012 – uma delas trilha sonora de novela.

SÁB. (31). 23:30. R$ 35 a R$ 60. All Need Master Hall

O bar mais blues do estado vai ferver ao som de Curtis Salgado. O cantor, nascido na capital americana, serviu de inspiração para um personagem do filme The Blues Brothers (Irmãos Cara de Pau – 1979), e já cantou junto com a lenda da guitarra Carlos Santana.

SÁB. (31). 22:00. R$ 25 e R$ 15. Mississippi

+ SHOWS

Pagodeira das antigas

O verdadeiro irmão cara de pau

MUSICA

SEXTA-FEIRA (30)

Kako e marcela 22:00. R$ 30 e R$ 20. ArenaDelta Jam 23:00. R$ 12 e R$ 8. AristosHardRockers 22:00. R$ 10. Bier HausDan Ferreti e Dj marcelo Heck 22:00. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13Festa Friends 22:00. R$ 40 e R$ 20. CathedralFreak me 22:00. R$ 10. Level Cultblackbirds 22:00. R$ 18 e R$ 12. Mississippimaurício e Daniel 20:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolEletro Acústico 23:30. R$ 20. PortalToolbox 23:00. R$ 12 e R$ 10. Vagão Classicbacardi Flavours 22:00. R$ 30 e R$ 20. Xerife

SábADO (31)

Raça Negra 23:30. R$ 35 a R$ 60. All Need Master Halllustrando os Trastes e Fator 80 23:00. R$ 10 e R$ 8. Aristosbanda Opera lizz 22:00. R$ 10. Bier HausJoão villaverde e Filhos de Yê 23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13Alemão Ronaldo 22:00. R$ 30 e R$ 20. La BarraFesta Teatro 22:00. R$ 15 e R$ 12. Level CultCurtis Salgado (EUA) 22:00. R$ 25 e R$ 15. MississippimC Jean Paul 23:00. R$ 20 a R$ 70. Movebarbaquá 20:00. R$ 8 e R$ 6. Paiol

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24

The End 22:30. R$ 40 e R$ 35. Pepsivinny lacerda 23:30. R$ 20. PortalAC/DC Cover RS 23:00. R$ 20 e R$ 15. Vagão Classic

DOmINGO (1º)

Sambaneles 22:00. R$ 20. Portal

TERçA-FEIRA (3)

Cris Caberlon 22:00. R$ 10. Bier Haus

QUARTA-FEIRA (4)

vintage Pop Rock 22:00. R$ 10. Bier Haus

QUINTA-FEIRA (5)

Robledo Rock e Domênico Anzolin 22:00. R$ 10. Bier Haus

+ SHOWS

A AC/DC Cover RS ostenta orgulhosamente o título de ser uma das melhores bandas cover de Angus Young e cia que, bem, dispensam apresentações. Se dizem que o rock é música do diabo, esses caras vão direto para o inferno. Não faltarão Highway to Hell, You Shook Me All Night Long e as novas do álbum Black Ice.

SÁB. (31). 23:00. R$ 15 e R$ 12. Vagão Classic

A sonoridade psicodélica e multifacetada da Mindgarden, inspirada pela con-tracultura dos anos 60, virou CD, com apoio do Financiarte. O álbum de estreia do quarteto, masterizado no lendário estúdio londrino Abbey Road, tem influ-ências de Radiohead, Pink Floyd, Led Zeppelin, Queens of Stone Age, The Mars Volta e Jimi Hendrix, e elementos de sons regionais, jazz, grunge e post-rock. A banda, que começou em 2009 com uma proposta de música instrumental, incluiu letras em inglês neste trabalho. Os primeiros singles de Marcelo Moojen (guitar-rista e vocalista), Luis Fernando Alles (guitarrista), Rafael Kubiczewski (baixis-ta) e Mateus Mussatto (baterista) foram disponibilizados gratuitamente no site http://soundcloud.com/mindgardenmusic/.

SÁB. (31). 21:30. Gratuito (sugere-se doação de alimentos). Casa das Oficinas

Som infernal

Psicodelia contemporânea

Rica

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Com a festa The End, a Pepsi Club fecha suas portas em grande estilo. Os DJs convidados fazem a balada Disco-rama, dedicada ao poprock dos anos 80. A noite comemora, também, o aniver-sário do ex-BBB caxiense Flávio Steffi e tem a presença VIP da ex-BBB e musa da edição 2012 do reality Laisa Porte-la, que será capa da Playboy de abril.

SÁB. (31). 23:00. R$ 40 e R$ 20. Pepsi

Despedida com... bbbs!

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259.MAR.2012

PALCO

Nariz vermelho sexy

Cartolas e coelhos

bonecos folclóricos

Um grito afro

No espelho, a dor

Em Cinta-liga/Desliga, do Núcleo Trom-pas de Falópio, Aline Tanaã Tavares, Grasie-la Müller e Odelta Simoneti, interpretam 3 palhaças. A peça é uma caricatura dos de-sejos, cotidiano e esteriótipos do universo feminino. As 3 buscam desesperadamente por um amor. Você, moreno-alto-bonito-e-sensual, pode ser o príncipe, a vítima. Quei-ra ser.

★ ★ ★ ★ ★DOM. (1°). 20:00. R$ 15 e R$ 7,50. Teatro Municipal 12 0:50

Em A Magia do Sorrir, da Cia da Alegria, palhaços apresentam truques de magia. A peça conta com 4 atores. E as mágicas po-dem dar errado. Essa é a graça.

TER. (3) e QUA. (4). 19:00. R$ 7. Teatro Municipal. L 0:50

A clássica história do Negrinho do Pas-toreio, de Simões Lopes Neto, é relembrada por meio de um teatro de bonecos apresen-tado pelo grupo Molhados na Chuva. Na narração, um jovem, filho de escravos é cas-tigado após perder o cavalo de seu patrão.

QUI. (5). 20:30. R$ 10 e R$ 5. Teatro Municipal. Livre. L 0:35

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mAQUIAGEm ARTÍSTICAPepe Pessoa vai minis-

trar uma oficina de ma-quiagem artística na Casa de Teatro, espaço da Tem Gente Teatrando, no dia 28 de abril, das 9:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00. A oficina é gratuita e limi-tada a 20 vagas. Interessa-dos devem entrar em con-tato pelo fone 3221-3130. Ao longo do ano, uma vez por mês, a casa vai ofere-cer outras 8 oficinas sobre diversos temas. Todas são gratuitas, têm 20 vagas e estão com inscrições aber-tas.

+ OfICINA

Bárbara é uma escritora negra, filha de Iansã, que relembra histórias de sua vida. Em cada personagem, o texto mistura de-poimentos para mostrar as várias faces da mulher negra brasileira. O monólogo Sete Ventos é interpretado por Débora Almei-da, também autora da dramaturgia.

SEX. (30). 20:30. R$ 15 e R$ 7,50. Teatro Municipal 15 1:00

A busca incessante pelo corpo perfeito, a bulimia, a anorexia e a autoflagelação. Esse é o enredo de Gordas, monólogo de Ana Woolf, interpretado pela atriz argentina Natália Marcet, elogiada pela profundida-de e poesia com que desenvolve o texto.

SÁB. (31). 20:30. R$ 15 e R$ 7,50. Teatro Municipal 15 0:58

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26

ARTE

Rodrigo Bello Marroni convida a uma viagem sensorial em sua exposição Fronteiras do Corpo. Os visitantes podem conferir nas duas galerias do Ordovás um trabalho produzido por meio da manipulação digital de fotografias, que exibem partes do cor-po humano. Nas imagens abstratas, curvas e linhas da anatomia humana perdem sua verdadeira característica entre tons vazados que estimulam a criatividade do observador, na tradução do que visualiza. Em seus espaços estão expostas 4 imagens em impres-são fineart, na sala de exposição ao lado do Zarabatana, e uma projeção na galeria.

Fronteiras do Corpo Rodrigo Bello Marroni. A partir de QUA. (4). SEG-SEX. 09:00-19:00.

SÁB. 15:00-19:00. Ordovás.

Além dos limites

CAMARIM

A Varsóvia Educação e Cultura e De Guerrilha Produções Artís-ticas recebem até o dia 9 de abril inscrições de artistas para o Fes-tival Brasileiro de Música de Rua em www.festivalbrasileirodemusi-caderua.blogspot.com. Financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, o festival vai realizar diversos shows em pontos de ôni-bus e locais públicos de grande circulação, de 16 a 20 de maio. A organização prevê cachê de R$ 222,65 por músico, para cada apresentação de 90 minutos (se-rão duas para cada atração: uma durante o festival e outra no show de encerramento, com todos os participantes). Até a segunda (26), 23 músicos/grupos haviam se inscrito – apenas 3 são caxien-ses. E olha que nem precisa passar o chapéu... Espera-se que a baixa procura se deva ao hábito brasi-leiro de deixar tudo para a última hora e não ao hábito caxiense de reclamar de barriga cheia.

Em uma dessas casas antigas que a área central de Caxias es-conde, no endereço 933 da Rua La Salle, em São Pelegrino, a de-signer de moda Leandra Pedro-so inaugurOU a Dona Nicoletta Concept. A loja parece um ateliê/galeria e tem cara de casa de vó. Vende-se de tudo. Além de bolsas customizadas, especialidade de Leandra, os objetos de decoração – sala, cozinha, banheiro e jardim –, de arte e antiguidades estão or-ganizados, cada um no seu cômo-do. Todos querem a banheira-sofá da foto. Leandra avisa que é difícil conseguir uma assim, mas se pro-põe a tentar. Essa ela não vende. O espírito da loja é este mesmo: promover o desejo de compra por mostrar cada coisa no seu devido lugar, como uma banheira na sala de visitas.

mudança de hábito

Novidade retrô

Marcelo araMis

Autumn Miriam Cardoso de Souza. SEG-SEX. 10:00-19:00 DOM. 16:00-19:00

Devaneios Digitais Tiago Sozo Marcon. SEG-SEX. 08:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal. Fotografias

Claro que está acontecendo dentro de sua mente, mas porque esta significa que não é real Júlia Martinato. Termina SÁB. (31). SEG-SEX. 09:00-19:00. Farmácia do Ipam.

Figurinistas de Rainhas Coletiva. Termina SÁB. (31). TER-SÁB. 09:00-17:00. Museu Municipal.

Mulheres a flor da pele Mila Magnabosco. Encerra SÁB. (31). SEG-SÁB. 10:00-22:00. DOM. 14:00-20:00. San Pelegrino.

Arte da História Felipe Vitória. A partir de TER. (3). SEG-SEX. 09:00-19:00. Farmácia do Ipam.

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279.MAR.2012

CINEmAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 15 (NOITE), R$ 23 (3D). TER. R$ 8, R$ 12 (3D). SEX.SÁB.DOm. R$ 17 (MATINE E NOITE), R$ 23 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOm. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

mÚSICA:ALL NEED mASTER HALL: RUA CASTELNOVO, 13351, CAPIVARI. 3028-2200 | ARENA: BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARISTOS. AV. JÚ-LIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13: DOUTOR AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | CASA DAS OFICINAS: RUA DR. AUGUSTO PESTANA, 50 | CATHEDRAL. FEIJÓ JÚNIOR, 1.023. SÃO PELEGRI-NO. 3419-0015 | HAVANA. RUA DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTA-ÇÃO. 3215-6619. | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | mISSISSIP-PI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | mOVE: GASTON LUIS BENETTI, 849. PARqUE SANVITTO - CIDADE NOVA. 8407-4942 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PEPSI CLUB. VEREADOR MáRIO PEZZI, 1.450. LOURDES. 3419-0900 | PORTAL BOwLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | XERIFE COUNTRY BAR: ILáRIO SANTO PASqUALI, 34. NOSSA SENHORA DE FáTIMA. 3025-4971 | ZARABATANA. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ ZOLO. 3228-9046.

TEATROS:CASA DE TEATRO. OLAVO BILAC, 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130 | TEATRO mUNICIPAL: DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 |

GALERIAS:CATNA CAFÉ: JÚLIO DE CASTILHOS, 2546. SÃO PELEGRINO. 3221-5059 | GALERIA mUNICIPAL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, (54) 3221.3697 | FAR-mÁCIA DO IPAm. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | mUSEU mUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221.2423 | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316.

LEgENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

músicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

DançaClássico Contemporânea Flamenco Forró Folclore Jazz Dança do Ventre Hip hop Salão

ArtesDiversas Escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite Desenho Acervo Vídeo

ENdERECOS A

carol De BarBa

Além de lançar uma minico-leção cuja renda ajuda crianças carentes a celebrarem a Páscoa, a marca infantil Dedeka também participa da Chocofest, que vai até 8 de abril, em Gramado. Den-tro do estande da marca, o gigante Ovo Moro no Mundo, os peque-nos podem colocarem a mão na massa no Fogão Mágico da Vovó Coelha, participam de contação de histórias e concorrem a brin-des. O ovo gigante fica na Praça Major Nicoletti, ao lado da Rua Coberta e em frente à Igreja Ma-triz.

Acreditando que um produto sustentável precisa necessaria-mente ter qualidade, ser atraente e durável, o empresário Rodrigo Schiavenin e o designer Francisco Ailton dos Santos idealizaram a grife Ora+. Após muita pesquisa de materiais, métodos de fabri-cação e tendências, a dupla de Flores da Cunha desenvolveu bol-sas, almofadas e mais peças regi-das pelo equilíbrio ambiental em cada pequeno detalhe da coleção – desde o tecido (lona composta por 65% de algodão cru, 30% de fio reciclado e 5% garrafas pet) e a estamparia (feita com tinta à base d’água) às linhas, fitas e botões. A primeira coleção, que remete à te-mática indígena, está disponíel na loja online www.oramais.com.br.

Ecologicamente corretos

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ePáscoa na moda

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FUTEbOl:Campeonato municipal de Futebol – Séries Ouro e PrataSÁB (31) e DOM. (01). Gratuito, Estádio Municipal, campo do Ma-drid, campo da Frangosul, Enxutão, Campo do bairro Fátima, Campo do Estrela e campo do Sagrada Família.

FUTEbOl SETE:Futebol Sete master – Jogos do Sesi (masculino)Voges x GuerraFras-le x Pisani PlásticosSÁB. (31). 15:00 e 15:45. Gratui-to. Sede Campestre Fras-le

RUGbY:Campeonato Gaúcho de RugbySerra Rugby x CharruaSÁB. (31). 16:00. Gratuito. Gi-násio S.E.R. Santa Lúcia

ENXUTÃO: LUIZ COVOLAN, 1.560, MA-RECHAL FLORIANO | SESI: CIRO DE LA-VRA PINTO. BAIRRO FáTIMA. 3229-6500 | ESTÁDIO mUNICIPAL: JÚLIO DE CASTI-LHOS, S/M. BAIRRO CINqUENTENáRIO | ESTÁDIO PASSO D’AREIA: RUA PADRE HILDEBRANDO. N° 1100. PASSO D’AREIA. PORTO ALEGRE | ESTÁDIO CENTENÁ-RIO: THOMAZ BELTRÃO DE qUEIROZ. BAIRRO MARECHAL FLORIANO. 3026-5050

ARQUIBANCADAa dupla ca-Ju TenTa engrenar no gauchão | a largada nos Jogos escolares | FuTebol com 7 ou com 11 Jogadores

Pela Taça Farroupilha – o segundo turno do Gauchão 2012 –, o Juventude joga contra o São José, no Passo D’Areia. Após uma série de maus desempenhos, o time, que também está preocupado com a Copa do Brasil e a Série D, reforçou a equipe com o volante Cléber Mon-teiro, que atuou 9 anos no futebol europeu.

SÁB (31). 16:00.

Estádio Passo D’Areia

Será dada a largada para os Jogos Escolares Prof. Luiz César dos Santos, neste sábado (31). Serão 11 mil alunos de 96 escolas. A competição vai até dezembro. Na abertura, 6 modalidades de minirrústica estão programadas. No decorrer do ano, os alunos também serão inscritos para modalidades como futsal, atletismo, badminton, xadrez, basquete, handebol, vôlei e futebol.

SÁB (31). 14:00. Gratuito. Centro Esportivo do Sesi

Já classificado na final do Es-tadual e confirmado na Série C, o Caxias vem cumprindo tabela nesta segunda fase do Gauchão. De qualquer forma, quer o apoio da torcida para vencer o Cerâmica em casa.

DOM (1º). 18:00.Estádio Centenário

Reforço alviverde

Estudantes no esporte

Apoio da torcida+ ESPORTE

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: vinte (20) dias. Natureza: Cancelamento de protesto. Processo: 010/1.11.00000-5 (CNJ: 0000115-49.201118.21.0010). Requerente: Bazei Indús-tria e Comércio de Plásticos Ltda. Requerido: Bobinatec Indústria e Comércio de Embalagens Ltda. Objeto: CITAÇÃO de Bobinatec Indústria e Comércio de Em-balagens Ltda., atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de qUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), conte-star, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor da inicial.

Caxias do Sul, 26 de dezembro de 2011. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Sílvia Muradás Fiori. Audante Substituta: Andréia Gaio.

30.MAR.2012

Page 29: Edição 122

299.MAR.2012

GaBrieliziDoro

ARENA

Restou o diagnóstico

Quem vai treinar do Caxias na Série C?

Quem vai treinar o Juventude na Série D?

Foi sem querer querendo

Agora que os pudores de fingir que a dupla CA-JU ain-da tem algo a fazer na tal Taça Farroupilha já sucumbiram à realidade – independen-temente dos resultados do meio de semana –, o momen-to permite o resgate da sensa-tez, para salvar a parte mais importante da temporada.

E não é a ilusão de um final feliz no Gauchão. O que de melhor podia acontecer – a

Taça Piratini grená – e o que precisava acontecer – a per-manência na primeira divi-são de ambos – foi garantido. A emergência consiste em re-solver a verdadeira priorida-de do ano, que apresenta ren-dimentos e reconhecimento concreto sem a necessidade de implorar pelas migalhas de má-vontade da Metrópole (yes, nós somos colonos): o Campeonato Brasileiro.

Antes que as hostes da defesa cega contra os ím-pios da mídia se levantem em fogo e enxofre na sal-vaguarda do bastião grená, um breve aparte: a menos que algo tenha se altera-do nos últimos dias, Paulo Porto tem contrato com o Caxias apenas para o Gau-chão.

Se o Caxias tem convic-ção de sua serventia para o Brasileiro, seria do melhor tom que tornasse isso pú-blico e oficial o mais cedo possível. Do contrário, vale o mesmo: trate de provi-denciar o sucessor.

Para o Gauchão, resta trabalhar para evitar um fiasco na final contra o In-ter. Sim, aposto no Inter. O Caxias já viu contra si e o coirmão o preço do despre-paro.

A coluna fechou antes do jogo em Ijuí, portanto, a dúvida ainda procede: será Alexandre Barroso, mes-mo? Nada contra o profis-sional, mas... sério?

Neste caso, um indicati-vo parece bem claro quan-to aos planos alviverdes para o Brasileiro. A maior parte do vestiário terá o refil trocado. Depois da humilhação no Beira-Rio, é impossível manter a base do grupo. O ambiente ex-plodiu. E Barroso já avisou que 90% dos novos contra-tados são indicações suas.

Depois de 2010, quando, por birra com a imprensa, o Juventude manteve Osmar Loss até atirar uma divisão pelo ralo, o clube volta a se entregar aos braços de um treinador. Ok.

Prometi, agora conto: da vez que fiz o João Havelange sangrar.

Copa do Mundo de Futsal 2008, vip lounge do Maraca-nãzinho (não existe isso, eles improvisaram). Canapés, acepipes, décadence avec élé-gance.

Estou lá dentro, suado, com uma camisetinha dois números menor. Havelange, a 50 centímetros de distân-cia, tem uma assessora que lhe explica minhas inten-ções, em francês.

Havelange conversa com “o senhor”, diz ela. Olho em volta e confirmo: “o senhor” sou eu.

Até a terceira pergunta, vamos bem. Na hora de en-gatar a quarta, um farol ver-melho se acende na narina direita dele. O homem segue

falando.O primeiro pingo cai na

gravata. E abre caminho para uma pequena torrente. Ha-velange continua sem freio na resenha. Não faço mais a menor ideia do assunto. Sei que a qualquer momento ele vai tombar para frente e re-ceberei uma descarga elétri-ca dos guarda-costas.

Finalmente ele passa um lenço no nariz e percebe o vazamento. A assessora vem socorrê-lo. E agradecer “o senhor” pelo fim da entrevis-ta. Saí no lucro: sem levar o taser e com uns 3 risoles no bucho.

Quase certeza que o episó-dio não tem qualquer rela-ção com o presente estado de saúde do homem que tornou a Fifa maior que a ONU. A despeito dos meios.

Estupidez FC – o time mais forte do momento. Muitos ditos torcedores (no caso, em São Paulo) estão conseguindo reali-zar o sonho de ganhar as crônicas acima dos times. Pena que é na página policial.

O Farrapos, o Serra e o Walkyrians – ilustres representantes da região no (cada vez melhor) Campeonato Gaúcho de Rugby. A peleia vai para a segunda rodada.

O Esportivo e o Glória – dois dos representantes da região na Divisão de Acesso (faça-me o favor) do Gauchão. O Brasil-Fa deu uma melhorada, depois de patinar na arrancada.

José

Cru

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Br, D

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