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Penitência é tema de artigo do Monsenhor Nelson Rafael Continuam estudos do Doc. Pós-Sinodal sobre a Liturgia Encontro Semanal celebra a circulação da edição 200 pág. 6 pág. 3 pág. 7 T ESPECIAL REUNIÃO MENSAL VIDA CRISTÃ Capa: Ana Paula Mota semanal Edição 200ª - 18 de março de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos págs. 4 e 5 EDICAO 200 DIAGRAMACAO.indd 1 14/03/2018 17:15:49

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Penitência é tema deartigo do Monsenhor

Nelson Rafael

Continuam estudosdo Doc. Pós-Sinodal

sobre a Liturgia

Encontro Semanalcelebra a circulação

da edição 200pág. 6pág. 3 pág. 7

T ESPECIALREUNIÃO MENSAL VIDA CRISTÃ

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Desde que assumiu seu ponti-fi cado, o papa Francisco tem sido fi el mensageiro da luz de Cristo para o mundo. Pre-

ocupado com os grandes problemas que afl igem a humanidade e causam confl itos entre pessoas e nações, ele é incansável na pregação pela busca de soluções por meio do diálogo fraternal e do exercício da tolerância diante das diferenças étnicas, culturais, econômi-cas e religiosas, entre outras.

Para levar a mensagem de Amor e Paz do nosso Mestre, ele viaja pelo mundo praticamente sem descanso, indo ao en-contro dos fi éis e conversando com os dirigentes das nações, buscando sensibilizá-los para a superação da guerra, que traz prejuízos irreparáveis à humanidade. No mesmo intui-to, o papa motiva refl exões usando as redes sociais; publica documentos para formação dos membros da sua Igreja; diri-ge-se aos homens e às mulheres de boa vontade, de todas as crenças do mundo; convoca-nos à oração conjunta, para citar somente algumas das suas iniciativas que visam à promoção de uma Cultura da Paz. O Sumo Pontífi ce nos convida a pen-sar e agir como Jesus nos ensinou. Quantas lições podemos tirar dos seus atos de humildade e simplicidade!

Francisco nos dá uma aula de persistência e liderança, colocando todos os seus dons, como fé, sabedoria, simpatia, diplomacia e humildade, “a serviço” da missão de construir a paz mundial. Assim, consegue atingir católicos e não ca-tólicos com as mensagens que divulga, buscando a inclusão de todos na luta pela superação da violência entre os povos, entre os irmãos.

O segredo da energia do nosso papa, para se dedicar com tal empenho a essa causa, certamente é um compromisso ir-restrito com o Evangelho de Jesus Cristo, “Caminho, Verda-de e Vida”, com base na herança perene do ressuscitado: “Eu vos deixo a paz; eu vos dou a minha paz” (Jo 14,27). Na noite de Páscoa, no cenáculo, a saudação de Jesus é somente a pala-vra “shalom!”, que signifi ca “a paz esteja convosco!”. Coube naquela palavra todo o conteúdo da redenção dos homens.

Aprendamos com o papa Francisco as habilidades neces-sárias para liderarmos em favor da paz, começando em nos-sos lares e ambientes de trabalho e estudo. Cultivemos proxi-midade, humildade, bom humor e respeito, sendo acessíveis, modestos, colocando-nos disponíveis. Afi nal, ninguém se sente à vontade próximo de uma pessoa sisuda, a prepotên-cia não cativa, e ouvir sem retaliação cria respeito, demons-tra que nos importamos com o outro. Mas, acima de tudo, cultivemos a tolerância, a aceitação do outro em sua singula-ridade e em sua condição de irmão, porque ele é igualmen-te fi lho de Deus. Enfi m, sejamos sinal do amor de Deus por onde andarmos.

Com o profeta Isaías, queremos anunciar a paz universal como um retorno à paz inicial do Éden: “De suas espadas forjarão relhas de arados, e de suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra outra, e não se arrastarão mais para a guerra” (Is 2,4). “O lobo habitará com o cordeiro, a pantera se deitará junto ao cabrito; o bezerro e o leãozinho pastarão juntos e um menino pequeno os guiará” (Is 11,6-7).

A paz de Cristo esteja com vocês!

Março de 2018 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

EditorialUM MEDIADORINCANSÁVEL PELA PAZ ENTRE OS POVOS

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF)Redação: Fúlvio CostaRevisão: Thais de Oliveira e Jane GrecoDiagramação: Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota(Estudante de Jornalismo/PUC Goiás)

Estagiárias: Isabella Garcia e Claudia Cunha(Estudantes de Jornalismo/PUC Goiás)Fotogra� as: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

“Eu vos dou a minha paz”

Edição especial. Essa é a frase que defi ne o presente número do Encon-tro Semanal que você tem em mãos. Primeiro, por se tratar da 200ª edi-ção do jornal. Uma pequena história que já se faz sólida e muito feliz na Arquidiocese de Goiânia, desde que foi lançado este veículo de comunica-ção, em 24 de maio de 2014. Segundo, por celebrarmos, junto com a Igreja em todo o mundo, os cinco anos do pontifi cado do papa Francisco. E, também, não menos importante, tra-

zemos a despedida da irmã Thekla Färber, após 52 anos da atuação dela no Brasil e 42 na Arquidio-cese de Goiânia. Essa Missionária de Cristo embarcou para sua terra natal, a Alemanha, na última terça--feira (13), e deixou conosco o lega-do da coragem, da fé, da humilda-de e da amizade, que só se faz con-creto quando se tem amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Boa leitura!

Aconteceu em Aparecida (SP), de 2 a 4 deste mês, o V Retiro de Empresá-rios, promovido pela Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil (ADCE-BR), com o tema “Sal da Terra e Luz do Mundo, protago-nismo do leigo empresário na obra de Deus”. O encontro teve como pregador Dom Levi Bonatt o, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, que marcou presença também por meio da parti-cipação de membros do Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Social Católico (IDES).

“Os dias que passamos em Apare-cida serviram para refl etirmos sobre nossa missão de leigos dentro da so-ciedade. Mais ainda, tivemos a oportu-nidade de entrar em silêncio interior e escutar a voz de Deus, que nos chama incessantemente à santidade. Trazen-do para a realidade empresarial, Dom

Levi nos mostrou alguns caminhos para se buscar essa santifi cação por meio do trabalho”, avaliou o enge-nheiro Hugo Prudente. Para Regina Cordeiro, outra participante, o reti-ro foi “uma excelente oportunidade de refl exão, sob orientação espiritu-al de Dom Levi. O sentimento é de gratidão e paz interior em um am-biente de elevada espiritualidade”.

A ADCE é uma entidade que congrega empresários, dirigentes e profi ssionais liberais que têm como missão estudar, difundir e aplicar no ambiente empresarial os princí-pios do ensinamento social cristão. Em Goiânia, a entidade, em parce-ria com o IDES, promove encontros semanais na Sociedade Goiana de Cultura (SGC), realizando momen-tos de oração e formação. Contato: [email protected]

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Protagonismo do leigoempresário é tema de retiro

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Sob a coordenação da Irmã Walde-ci Maria Jacinta Mota, ocorreu, no dia 10, a primeira reunião para formação de líderes da Pastoral da Pessoa Ido-sa, no CPDF. Esse primeiro encon-tro teve como objetivo apresentar a pastoral aos coordenadores e líderes que irão atuar nas comunidades. As próximas reuniões irão acontecer no segundo sábado de cada mês, em que será apresentada a metodologia para desenvolvimento do trabalho da pastoral. Irmã Waldeci destaca a importância da participação das paróquias na formação da pastoral: “O importante é o pessoal vir para a formação, todo segundo sábado do mês, das 13h às 15h, no CPDF. Não

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Sacramentos da Curasão estudados na Reunião Mensal de Pastoral

A segunda Reunião Mensal de Pastoral deste ano acon-teceu no último dia 10, no Centro Pastoral Dom Fer-

nando (CPDF). Os Sacramentos da Cura foram tema do encontro, que teve como assessores o padre Dilmo Franco, reitor do Seminário Inter-diocesano São João Maria Vianney, e o padre Antônio Donizeth do Nasci-mento, coordenador arquidiocesano de Liturgia e Arte Sacra.

Padre Dilmo falou sobre a Teolo-gia dos Sacramentos, baseando-se no Catecismo da Igreja Católica, que defi ne o que são e a quem são des-tinados: “Os sacramentos são sinais sensíveis (palavras e ações), aces-síveis à nossa humanidade atual. Realizam efi cazmente a graça que signifi cam em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito San-to” (CIC, n. 1084). O sacerdote tam-bém explicou os fundamentos dos dois Sacramentos da Cura, que são os da Reconciliação e da Unção dos Enfermos.

A graça especial da Unção dos Enfermos tem como efeitos, confor-me ressaltou o assessor, “a união do doente com a paixão de Cristo; o reconforto, a paz e a coragem para suportar, de maneira cristã, os so-frimentos da doença e da velhice; o perdão dos pecados, se o doente

não puder obtê-lo pelo Sacramento da Reconciliação; o restabelecimento da saúde, se isso convier à salvação espiritual; a preparação para a passa-gem à vida eterna”.

Documento Pós-SinodalNa segunda parte da reunião,

o padre Antônio Donizeth condu-ziu pedagogicamente, com os mais de 300 participantes, a leitura dos conteúdos sobre os sacramentos da cura no Documento Pós-Sinodal da Arquidiocese de Goiânia - Parte III.

O Sacramento da Penitência e da Reconciliação é conhecido como Sa-cramento da Confi ssão, porque “a declaração, a confi ssão dos pecados diante dos sacerdotes, é um elemen-to essencial deste sacramento. Ele é também uma confi ssão, um reco-nhecimento e louvor da santidade de Deus e da sua misericórdia para com o homem pecador”, enfatizou o padre. “Ainda é chamado sacramen-to do perdão, porque, ‘pela absolvi-ção sacramental do sacerdote, Deus concede ao penitente o perdão e a paz’”, explicou o sacerdote, ampara-do pela fonte do Catecismo da Igreja Católica (n. 1424).

Sobre esse tema, Dom Washing-ton Cruz fez um adendo, ressaltando que o confessor deve dar solenidade ao momento vivido pela pessoa, de aproximação do perdão de Deus. “A confi ssão é uma celebração e exige

veste própria e local próprio, seja no confessionário tradicional, na igreja, ou outro local apropriado na paró-quia. O arcebispo alertou, porém, que são admitidos casos em que es-sas condições não estejam presentes para que o sacramento seja adminis-trado, quando é preciso priorizar “a alegria do penitente em ser acolhido pela Igreja, na sua necessidade de confessar-se”, como durante o aten-dimento de doentes em hospitais.

O padre Antônio Donizeth fi na-lizou abordando as condições para o sacramento da Unção dos Enfer-mos, afi rmando que, por meio dele,

podemos começar um trabalho de qualquer jeito. Precisamos sentar, es-tudar juntos, olhar toda a realidade. Essa partilha de uma paróquia com outra é muito importante e acrescen-ta muito”, afi rmou.

Começa a formação de líderes da Pastoral da Pessoa Idosa

A missão da Pastoral da Pessoa Idosa é “valorizar e promover o idoso, dando-lhe a oportunidade para melhorar sua qualidade de vida, respeitando seus direitos por um processo educativo integrado

à sua família e à comunidade”. O trabalho que a pastoral desenvolve junto à comunidade de cada paró-quia é a visita aos idosos em seus domicílios, levando apoio espiritu-al e emocional, pois muitos idosos vivem em situação de abandono emocional por seus familiares. A pessoa idosa também recebe orien-tações quanto aos cuidados para evitar acidentes domésticos, mui-to comuns com o avanço da idade, cuidados com a saúde e esclareci-mentos em relação aos direitos dos idosos.

Deus nos salva, levanta e perdoa. O Documento Pós-Sinodal sobre a Li-turgia explica (pág. 81) que este sa-cramento deve ser administrado aos doentes que ao menos implicitamen-te o pediram quando estavam no uso de suas faculdades. No entanto, a orientação é clara: “Na dúvida, se o doente já atingiu o uso da razão, se está perigosamente doente, ou já está morto, administre-se este sacra-mento” (cf. cân. 1005). O sinal sacra-mental consiste em unção do doente com o óleo consagrado na fronte e nas mãos, acompanhada pela oração prevista no ritual.

A próxima Reunião Mensal de Pastoral acontecerá no dia 14 de abril, das 8h30 às 12h30, no Centro Pasto-ral Dom Fernando (CPDF). Participe!

Mais informações no site:www.pastoraldapessoaidosa.org.br

MARCOS PAULO / ELIANE BORGES

CLAUDIA CUNHA

Pe. Dilmo e Pe. Antônio assessoraram a segunda Reunião Mensal do ano

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Março de 2018 Arquid iocese de Go iânia

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O papa da Igreja em saída, da misericórdia e do encontroFÚLVIO COSTA

Quando o papa Francisco tomou posse da Cátedra de São Pedro, em 19 de março de 2013, ele des-tacou, em sua primeira

homilia, a fi gura de São José, Patro-no da Igreja, celebrado naquele dia, como homem que Deus confi ou o ofício de guardião de Maria e de Jesus, tarefa que depois se alargou à Igreja. Ao explicar sobre esse mú-nus, ele usou palavras do seu prede-cessor, São João Paulo II: “São José,

assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é fi gura e mode-lo” (Exort. Ap. Redemptoris Custos, 1).

Ainda naquela homilia, o novo pontífi ce falou sobre uma dimensão do poder que surpreendeu a todos ali presentes e aqueles que acom-panharam a posse pelos meios de comunicação em todo o mundo. “O verdadeiro poder é o serviço”, enfatizou Francisco. Em seguida,

ele concluiu sua homilia com as se-guintes palavras: “Guardar Jesus com Maria, guardar a criação intei-ra, guardar toda a pessoa, especial-mente a mais pobre, guardarmo--nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança. Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!”.

Cinco anos depois, muito se fala sobre o atual papado. Alguns já es-tudam os “Grandes temas do ponti-

fi cado do papa Francisco”, como o faz João Décio Passos, livre-docente em Teologia, professor da PUC-SP e do ITESP, membro da equipe de refl exão da Comissão Episcopal para o laicato da CNBB. Esse estu-dioso aponta os temas “Igreja em saída”; “A volta às fontes: o coração do Evangelho”; e “O Imperativo da Misericórdia”, como pontos de destaque do papado de Francisco. Para além desses temas, no entanto, apresentamos, nesta reportagem, como notórios, muitas curiosidades e números relevantes.

No mesmo ano em que foi eleito papa, Francisco explicou por que escolheu esse nome para o seu ponti� cado, em en-contro com os jornalistas. Segundo ele, quando a contagem dos votos no último Conclave já passava de 2/3 e os cardeais já sabiam que ele seria o novo papa, o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Cláudio Hummes, que esteve ao seu lado durante todo o evento, o abraçou, o beijou e lhe disse: “Não se esqueça dos pobres”. Daí Jorge Bergoglio pensou em São Francisco de Assis e escolheu o nome desse santo por ser ele considerado “o homem da pobreza, da paz, que ama e guar-da a criação”, conforme palavras do próprio Francisco, o 266º papa da Igreja Católica.

Até o momento, Francisco já escreveu duas Cartas Encíclicas, Lumen Fi-dei (Luz da Fé), que destaca Jesus como luz que veio ao mundo, para que todo o que crê nele não � que nas trevas (cf. Jo 12,46), e Laudato Si’ – Louvado seja – sobre o cuidado da casa comum. Esta última, de 2015, teve repercussão para além dos muros da Igreja, pois sua essência revela a espiritualidade fran-ciscana. Entre as publicações de Francisco, destaca-se também a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho) – sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual (2013), fundamentada no ardor missionário de uma Igreja em saída, que evangeliza aqueles que não conhecem a Cristo. Já a Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia – sobre o amor na família (2016), parte das inúmeras análises feitas durante os dois Sínodos sobre a família, das situações das estruturas familiares no mundo atual e, por isso, o documento alarga a perspectiva da Igreja sobre esse importante pilar da vida cristã. Amoris Laetitia reaviva a importância do matrimônio e da família. Outra publicação que está com lançamento mundial marcado para o dia 20 de mar-ço é o novo livro-entrevista do papa Francisco, “Deus é jovem”, que dirige-se aos jovens do mundo inteiro e analisa os grandes temas da atualidade. O livro é resultado de uma conversa com o jornalista Thomas Leoncini.

Ano passado, o va-ticanista e jornalista do diário La Stampa, An-drea Tornielli, responsá-vel pela página Vatican Insider e colaborador em várias revistas ita-lianas e internacionais, publicou o livro As via-gens de Francisco – con-versas com Sua Santida-de – da editora Planeta. Na publicação, diário de viagem que retrata o papa e seu trabalho de evange-lização, Tornielli faz um apanhado das principais viagens que o pontí� ce fez, destacando curiosidades e anedotas. O livro começa com a primeira viagem internacional de Francisco, que foi justamente ao Brasil, por ocasião da Jor-nada Mundial da Juventude em 2013. Segundo o autor, o papa aceitou vir ao nosso país, compromisso que já tinha sido assumido pelo papa emérito Bento XVI, contanto que ele não tivesse que entrar em uma “lata de sardinhas para cumprimentar o povo”. A lata que o Santo Padre se referia era o papamó-vel, um blindado totalmente fechado com vidros de 5cm de espessura. E em todas as outras viagens apostólicas foi assim. Francisco sempre se utilizou de veículos utilitários, simples e abertos. Ao todo, já foram visitados 26 países. Neste ano, ele visitou o Chile e Peru, e deverá ir ainda à Irlanda e Romênia. Para 2019, está agendada a 34ª Jornada Mundial da Juventude, no Panamá.

Desde aquela primeira audiência geral, no dia 27 de março de 2013, em que re� etiu sobre a Semana Santa, “que signi� ca entrar cada vez mais na ló-gica de Deus, na lógica da Cruz, que não é em primeiro lugar a da dor e da morte, mas do amor e do dom de si que dá vida” (Catequese, 27/03/13), Fran-cisco orientou catequeses sobre os mais diversos temas, desde a criação e o cuidado com a natureza; a preocupação com os pobres; a vida de oração; até aspectos da misericórdia; o sentido do Credo; da Oração do Pai Nosso; sobre a Igreja: “iniciativa de Deus, o qual quer formar um povo que leve a sua Bênção a todos os povos da terra”; e, atualmente, sobre a missa, em que ele explica parte a parte a celebração eucarística.

Entre os posicionamentos do papa Francisco, pode-se destacar aquele sobre o perdão da Igreja às mulheres que abortaram. Por meio da Carta Apostólica Misericordia et Misera, ele concedeu a todos os sacerdotes a faculdade de absolver todas que incorreram no pecado do aborto, po-rém, ele deixou claro que essa postura não rompe com a posição da Igreja Católica sobre a interrupção da gravidez. Mas sua atitude abriu possibili-dade para o acolhimento. Outra posição de Francisco que teve bastante repercussão foi sobre o compromisso de campanha do então candidato à presidência dos Estados Unidos da América, Donald Trump, em 2016, quando este a� rmou que, caso ganhasse as eleições, daria continuidade e concluiria o muro entre Estados Unidos e México e deportaria milhares de imigrantes ilegais de seu país. O papa, sobre isso, disse que o mundo precisa de pontes, e não de muros. Francisco também tem se posicionado constantemente sobre os imigrantes e refugiados. Na primeira missa pre-sidida por ele neste ano, o pontí� ce aconselhou as pessoas a abandonar a bagagem inútil, o que chamou de conversa vazia e consumismo banal, e se concentrar em construir um mundo pací� co e acolhedor, particular-mente para refugiados e imigrantes.

FRANCISCO

PUBLICAÇÕES

VIAGENS APOSTÓLICAS

CATEQUESE

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Quando convocou o Ano Santo da Misericórdia (2015-2016), o papa Francisco expli-cou: “A Igreja é chamada, neste tempo de grandes mudanças, a oferecer mais vigorosamen-te os sinais da presença e pro-ximidade de Deus. É o tempo para permanecermos vigilan-tes”. O Jubileu começou em 8 de dezembro de 2015, Festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, e se estendeu até 20 de novembro de 2016, Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. A abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, e a concessão de aberturas de Portas San-tas pela primeira vez nas dioceses do mundo inteiro, por seus respectivos bispos, tornou mais próximo de todo o povo de Deus esse tempo de graça em que a Igreja celebrava o cinquentenário do Concílio Vaticano II, para fazer memória desse grande acontecimento. O Ano nos fez lembrar que, “nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da mise-ricórdia que o da severidade e deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os � lhos dela”.

CAPA

Março de 2018Arquid iocese de Go iânia

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O papa da Igreja em saída, da misericórdia e do encontro

Não um, mas dois sínodos quis o papa sobre a família, “luz nas trevas do mun-do”. O primeiro, extraordinário, realizado no Vaticano, de 5 a 19 de outubro de 2014, com o tema “Os desa� os pastorais sobre a família no contexto da evan-gelização”; o segundo, ordinário, um ano depois, de 4 a 25 de outubro de 2015, sobre “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Ao todo, foram cerca de 5 semanas que envolveram bispos e sacerdotes, religio-sos e religiosas, e casais na qualidade de peritos ou auditores. Embora a mídia tenha dirigido seu foco apenas para a comunhão para divorciados em segunda união, o olhar do sínodo abraçou muito mais: da beleza e força do testemunho de muitas famílias no mundo à valorização da mulher; da importância dos avós à tutela das crianças e dos doentes; das ameaças do fanatismo, individualismo e do gênero, homossexualismo, insegurança no trabalho, entre outros.

Das várias canonizações já realizadas pelo papa Francisco, nos cinco anos do seu ponti� cado, certamente três foram aquelas que mais chamaram a atenção do mundo. São elas a dos papas João XXIII e João Paulo II, e da freira fundadora das Missionárias da Caridade, Santa Teresa de Calcutá. Das duas pri-meiras, cerca de 800 mil participaram da celebração, a primeira a ser transmi-tida em tecnologia 3D e em cinemas para diversos países no mundo, incluin-do o Brasil. Em outubro do ano passado, ele também canonizou 30 mártires brasileiros do Rio Grande do Norte. O grupo, que inclui 27 leigos, inclusive três crianças, dois padres diocesanos e um camponês, foi assassinado por holan-deses calvinistas em 1645. Para este ano, Francisco deve canonizar mais um papa: Paulo VI, líder da Igreja Católica nos anos de 1960 a 1970, um dos perío-dos mais turbulentos da história contemporânea. Ele foi beati� cado em 2014.

Em entrevista ao Jornal O São Paulo, da Arquidiocese de São Paulo, monse-nhor Dario Edoardo Viganò, prefeito da Secretaria para a Comunicação do Vati-cano, a� rmou que a reforma das estruturas de comunicação da Santa Sé é uma resposta às transformações encabeçadas principalmente pelas tecnologias da informação. Monsenhor Dario nasceu no Rio de Janeiro, pois seus pais passaram dez anos no Brasil, mas ele tem cidadania italiana. As reformas conduzidas por ele, a pedido de Francisco, uni� caram os vários departamentos de comunicação do papa, como a Rádio Vaticano, o jornal L’Osservatore Romano, o CTV, a Sala de Imprensa, os sites e aplicativos. O monsenhor explicou que uma única central de informações permitirá um melhor “� uxo” das notícias, uma presença multimídia coordenada e uma simpli� cação das estruturas administrativas. Ousado, o sacer-dote disse ainda na entrevista que aplica à Santa Sé um famoso modelo de mer-cado: o da Disney, mas sem perder os valores do Evangelho, com rigor e e� cácia no uso do dinheiro. Aplicar mal o dinheiro da Igreja é como “roubar dos pobres”, declarou. “Não é possível usar o que as pessoas dão à caridade e aos pobres para cobrir os nossos custos. “Viganò demonstrou ainda que é necessário “transfor-mar custos em investimentos”. Mas, no � m das contas, para ele, a comunicação deve ser fruto de um verdadeiro “deixar-se seduzir pelo Evangelho”.

A iniciativa 24 horas para o Senhor, criada pela Santa Sé, acontece todos os anos, desde 2013, para ser vivida em caráter mundial nas dioceses, já que incentiva a promoção de momentos de oração e de con� ssão, de anúncio do Evangelho e de vigília, que ajudem a viver a Quaresma, preparando para a Páscoa. A proposta é que as igrejas � quem abertas durante 24 horas para que os � éis possam participar do Sacramento da Reconciliação. “Desejo que, inclusive neste ano, o momento privilegiado de graça, do caminho quaresmal, seja vivido em tantas igrejas para que possam experimentar o encontro alegre com a misericórdia do Pai, que todos acolhe e perdoa”, dis-se Francisco. Nesta quinta edição da iniciativa, o papa também encontrou os Missionários da Misericórdia, que, por desejo do próprio Santo Padre, continuam com sua missão de levar o Sacramento da Reconciliação aos cinco continentes, dois anos após o Jubileu da Misericórdia. Na Itália, a ini-ciativa chegou também às prisões, graças à disponibilidade dos capelães, como antecipou à Agência Sir o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o arcebispo Rino Fisichella.

Com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, nos dias 3 a 28 de outubro deste ano, acontecerá em Roma a XV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos. A iniciativa permitirá aos jovens expressar seus dese-jos, suas incertezas e suas expectativas. Ainda que participem das sessões os Padres Sinodais que depois do fórum debaterão e darão um documento no � nal da Assembleia, a Santa Sé está ouvindo os jovens. Por isso, dispo-nibilizou um questionário on-line que já foi respondido por mais de 65 mil jovens. Outros 3 mil se cadastraram via e-mail desejando ser informados sobre o evento. Destes, a maioria deixou uma re� exão, um pensamento, um agradecimento ou uma crítica. Há também um Documento Preparató-rio, além de per� s nas redes sociais, e foi realizado um Seminário Interna-cional no ano passado, que tratou da situação dos jovens. Continuando o processo de escuta, nos próximos dias 19 a 24 de março, acontecerá a reu-nião pré-sinodal, em Roma, que contará com a participação de 315 jovens, sendo cinco brasileiros.

No dia 23 de fevereiro, aconteceu o Dia de Oração e Jejum pela Paz, propos-to pelo papa Francisco. O objetivo foi levar todo o povo a pedir a Deus o dom da paz, especialmente para a República Democrática do Congo e Sudão do Sul. “Diante da trágica persistência de situações de con� ito em diversos lugares do mundo, convido todos os � éis a um Dia especial de oração e jejum pela paz, no próximo 23 de fevereiro, sexta-feira da primeira semana de Quaresma”. Com essas palavras, Francisco anunciou um Dia de oração e jejum pela paz durante a oração do Ângelus do dia 4 de fevereiro. O papa acrescentou: “oferecemo-lo em particular pelas populações da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul. Como noutras ocasiões semelhantes, convido também os irmãos e as irmãs não católicos e não cristãos a associarem-se a essa iniciativa nas modalidades que considerarem oportunas, mas todos juntos”. Foi um dia especial em que a Igreja em todo o mundo se uniu em jejum e oração, a exemplo do ano passado, em que ele convocou para o “Um minuto de oração pela paz”.

ANO DA MISERICÓRDIA

SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA

CANONIZAÇÕES

REFORMA DA COMUNICAÇÃODO VATICANO

24 HORAS PARA O SENHOR

SÍNODO SOBRE A JUVENTUDE

DIA DE ORAÇÃO E JEJUM PELA PAZQuando convocou o Ano

Santo da Misericórdia (2015-2016), o papa Francisco expli-cou: “A Igreja é chamada, neste tempo de grandes mudanças, a oferecer mais vigorosamen-te os sinais da presença e pro-ximidade de Deus. É o tempo para permanecermos vigilan-tes”. O Jubileu começou em 8

Festa da Imaculada Conceição de Nossa

e se estendeu até 20 Festa de

Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do . A abertura da Porta

Santa na Basílica de São Pedro, e a concessão de aberturas de Portas San-

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Após 52 anos no Brasil,irmã Thekla Färber volta para a Alemanha

Março de 2018 Arquid iocese de Go iânia

6 ESPECIAL

Encontro Semanal: 200 edições a serviço da Igreja de Goiânia

Em 24 de maio de 2014, por oca-sião do início do Ano Mariano Mis-sionário na Arquidiocese de Goiâ-nia, o Jornal Encontro Semanal chega-va a todas as paróquias com a pro-posta de promover uma verdadeira cultura do encontro, centralizada na pessoa de Jesus Cristo. Como bem expressa acima o trecho da mensa-gem do papa, o desejo da Igreja de Goiânia com este veículo de comu-nicação era infl amar o coração de cada pessoa, tornando-a mais próxi-ma e incluída nos diversos âmbitos da Igreja.

Quatro anos se passaram e este jornal continua suas atividades de maneira ininterrupta, com a mes-ma proposta, levando a “Alegria do Evangelho” a todas as comunida-des. Já são 200 edições e muito con-

“No contexto da comunica-ção, é preciso uma Igreja que consiga levar calor, in� amar o coração” (Papa Francisco)

teúdo produzido até aqui. O Encon-tro, ainda que esteja fi sicamente em uma plataforma em papel, tida por muitos como ultrapassada, continua atual e cumprindo sua missão, pois é base de conteúdo para os demais veículos de comunicação da Igreja de Goiânia.

Nosso arcebispo, Dom Washing-ton Cruz, e seus auxiliares, Dom Levi Bonatt o e Dom Moacir Silva Arantes, continuam a apostar neste veículo, uma vez que ele chega se-manalmente ao público proposto, presente nas mais de 120 paróquias da Arquidiocese e nas milhares de comunidades espalhadas pelos 27 municípios que integram esta Igre-ja particular. Fazemos um apelo, porém: para que essa comunica-ção seja efi caz, é fundamental que haja disposição por parte das paró-quias e comunidades em acolher, distribuir o jornal e incentivar, por parte das lideranças, o envio de notícias. Só assim seremos todos agentes apaixonados pelo anúncio do Evangelho.

mou. “Qualquer palavra sobre irmã Thekla é supérfl ua. Seu testemunho fala mais alto porque fez por mere-cer a nossa amizade e nós agradece-

O domingo 11 de março foi uma data histórica, seja para a Paróquia São Pio X, no Setor Fama, como tam-

bém para a Arquidiocese de Goiâ-nia. É que a irmã Thekla Färber, da Congregação das Irmãs Missioná-rias de Cristo, foi homenageada na missa em ação de graças pelos 52 anos de sua atuação no Brasil e 42 anos na Arquidiocese. A missa foi presidida pelo arcebispo Dom Wa-shington Cruz e concelebrada pelo administrador paroquial, padre Fre-dy Alexander.

Dom Washington Cruz, em sua homilia, disse que a Igreja de Goi-ânia aprecia muito irmã Thekla pelo seu trabalho, ação e coragem de Nossa Senhora. A despedida da religiosa, conforme o arcebispo, é na verdade a partida para um pla-no maior na obra de Deus. “Ela vai para continuar sua missão até o fi m, mas agora em sua terra natal”, afi r-

mos por todos esses anos em que ela não anunciou Cristo com palavras, mas com obras”, continuou Dom Washington.

Além dos paroquianos e amigos da religiosa, marcaram presença várias religiosas da mesma congre-gação que atuam em Goiânia e tam-bém em outros países, como Ale-manha, Congo e Áustria. Estiveram presentes a superiora geral da Con-gregação, irmã Hidelgard Schreier, que veio de Munique, Alemanha; irmã Karolina Schweihofer, austría-ca e vice-coordenadora Geral; irmã Christine Rod, que é coordenadora na Alemanha-Áustria; irmã Brigitt a Raith, austríaca e coordenadora no Congo, África do Sul e Tanzânia, na África; e irmã Petra Pfaller, coorde-nadora no Brasil.

Após a missa, foram apresenta-das várias fotos em um telão para toda a comunidade, com a história missionária da irmã Thekla. Foi um momento de muita emoção para todos os presentes. As palavras da religiosa foram de agradecimento pelo acolhimento que teve duran-te todos esses anos em Goiânia. A festa foi encerrada com um café da manhã comunitário.

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Ir. Thekla (ao centro, com Dom Washington) foi para sua terra natal, na terça-feira, dia 13

Agentes da Pastoral da Acolhida na Paróquia Santa Luzia, do Setor Novo Horizonte

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7VIDA CRISTÃ

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com os Apóstolos e demais Discí-pulos, reunidos no Cenáculo com a presença maternal de Maria, Mãe da Igreja. Soprou sobre eles e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão

perdoados; a quem os retiverdes, se-rão retidos”. Nosso Senhor confi ou à sua Igreja esse Ministério Sagrado de distribuir o Perdão de Deus aos cristãos contritos e humilhados. E a Igreja exerce esse Ministério, esse

Serviço misericordioso, por meio do Sacramento da Penitência, da Con-fi ssão Sacramental. Deus não olha o número nem o tamanho de nossos pecados. Ele quer saber se estamos arrependidos e convertidos. “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”...

Uma Confi ssão bem feita nos traz a reconciliação com Deus, o Perdão dos nossos pecados; a Reconciliação com a Igreja, que foi prejudicada pe-los pecados que cometi; a Recupera-ção do Estado de Graça, da Amizade de Deus, perdida quando pequei; a Paz e a Serenidade da consciência, e a Consolação do Espírito; o Cresci-mento das forças espirituais no com-bate cristão constante para “não cair nas tentações” e “livrar-se do malig-no”, como rezamos na oração que o Senhor nos ensinou.

Jesus Cristo, sabendo que o ser humano é fraco e que a graça do Batismo não suprimiu essa fragili-dade humana nem a inclinação ao pecado (ou seja, a concupiscência), instituiu esse Sacramento para a

Conversão dos batizados que se afastaram Dele pelo pecado.

E quando foi instituído esse Sa-cramento do Perdão? – Nós lemos, no capítulo 20 do Evangelho de João, que Jesus Ressuscitado se encontrou

Na Liturgia da Missa do 1º domingo da Quaresma, na oração do Prefácio, dizemos: “Ó Deus, vós

concedeis aos cristãos esperar com alegria, cada ano, a festa da Páscoa. De coração purifi cado, entregue à Oração e à prática do Amor Frater-no, preparamo-nos para celebrar os Mistérios Pascais, que nos de-ram Vida Nova e nos tornam fi lhos e fi lhas vossos”.

E como vamos esperar a Páscoa “de coração purifi cado”? Como po-demos purifi car nossos corações? – Recebendo o Sacramento de Cura, chamado Sacramento da Penitên-cia, da Reconciliação, do Perdão, da Confi ssão, da Conversão.

MONS. NELSON RAFAEL FLEURYColaborador na Paróquia N. Sra. Auxiliadora (Catedral)

Sacramento da Penitência

“Deus não olha o número nem o tamanhode nossos pecados. Ele quer saber seestamos arrependidos e convertidos”

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“Na verdade, este homem era Filho de Deus!” (Mc 15,39)

Março de 2018 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

8 LEITURA ORANTE

DIÁCONO JOSÉ VICTOR CABRAL DUTRASeminário São João Maria Vianney

No dia 25, celebramos o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor. Com essa celebração, iniciamos a Semana Santa, a Semana Maior

do ano litúrgico. As leituras falam da per-seguição, do sofrimento e da entrega de Je-sus, que se fez o Servo do Senhor; realçam sua fi delidade à missão, que lhe fora confi a-da pelo Pai, de salvar a todos que acolhem sua Palavra. Jesus se associa a todos os so-fredores e sofredoras do mundo, a todos os pequenos, oprimidos e injustiçados, e convoca-nos a segui-lo nesse caminho.

A história da Paixão e Morte de Jesus Cristo não é algo distante ou sem interes-se. Toda a humanidade, cada pessoa, está envolvida nela, dela participa de alguma maneira e dela é chamada a dar testemu-nho. Na verdade, cada um de nós pode-rá exercer o papel de Pedro, que nega o

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraA exemplo de O nome de Deus é misericórdia (2016), o livro As Viagens de Francisco – Conversas com Sua Santidade se aprofunda no carisma e pon-ti� cado do papa Francisco. O italiano Andrea Tornielli, vaticanista e jor-nalista do diário La Stampa, mais uma vez traz uma empolgante leitura a partir de entrevistas com o papa, fazendo um apanhado de suas viagens apostólicas, desde a primeira, que teve como destino o Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em 2013, até sua passagem por Cuba, Estados Unidos, Coreia do Sul, entre tantas outras. O livro é recheado de curiosidades e anedotas, que pode ser resumido como um diário excep-cional de viagem, permitindo ao leitor conhecer uma obra de evangeli-zação sem precedentes, capaz de sacudir a consciência de qualquer um, independentemente de seu posicionamento religioso.

Autor: Andrea TornielliOnde encontrar: Livrarias Católicas

Mestre, mas se deixa atingir pelo olhar misericordioso de Cristo (Mc 14,72). Pode acontecer que façamos o papel de Pedro, Tiago e João, que, em vez de vigiar, ador-mecem, enquanto Jesus sofre a agonia de sua hora. De repente, poderá se manifes-tar em nós a fi gura de Pilatos. Ou ainda seremos o povo, preferindo Barrabás a Cristo. Por vezes, talvez contra nossa von-tade, fazemos o papel de Simão Cirineu, ajudando Jesus a carregar a Cruz.

Importa que, por entre os altos e baixos da vida, reconheçamos no Filho do Ho-mem quem ele é e digamos como o ofi cial romano, um pagão: “Na verdade, este ho-mem era Filho de Deus!” (Mc 15,39).

Texto para oração: Mc 15,1-39 (página 1264 – Bíblia das Edições CNBB)

1º) Ambiente de oração: procure uma posição cômoda e um local agradável. Silencie e invoque o auxílio do Espí-rito Santo.2º) Leitura atenta da Palavra: leia o texto mais de uma vez. Tente compreender o que Deus quer lhe falar.3º) Meditação livre: refl ita sobre o que esse texto diz a você. Procure repetir frases ou palavras que mais chama-ram a sua atenção.4º) Oração espontânea: converse com Deus, peça perdão, louve, adore, agradeça. Faça seu pedido de fi lho e fi lha muito amados. Fale com Deus como a um amigo íntimo.5º) Contemplação: imagine Deus em sua vida e lembre-se daquilo que ele falou a você nessa Palavra que acabou de ler. Se possível, escreva os frutos dessa oração/contemplação;6º) Ação: para que a sua Lectio Divina seja frutuosa, é ne-cessário que você realize algo concretamente (como aju-dar o próximo, pedir perdão, falar sobre o amor de Deus, visitar um doente etc.) e que isso seja resultado de sua oração.

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor – Ano B. Liturgia da Palavra: Is 50,4-7; Sl 21(22); Fl 2,6-11; Mc 15,1-39

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