Edição 233 - All you need is love - Gravação e Mixagem

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All you need is love - Gravação e Mixagem: Saiba como foi gravado o DVD da Banda no Cavern Club e no estúdio Abbey Road em Londres. Engenheiro de som dos Beatles acompanhou o trabalho. Instrumentos e mic foram os mesmos do quarteto de Liverpool. • Jazz em estéreo - Novo CD de Marcos Ariel usa técnica de gravação ORTF • Iluminação Cênica: Os OLEDs entram em cena. Veja as vantagens e desvantagens dos LEDs Orgânicos • Tecnologia: Conheça a nova família de Workstations Roland FA • Ableton: Como gravar em tempo real no session view • Logic: Customize sua bateria com o drummer • Reverbs: Entenda cada fenônmeno da reverberação • O som de cada técnico, com Daniel Reis e Fabiano Bastos.

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SumárioSumárioAno. 20 - abril / 2014 - Nº 233

14 Vitrine Pro

Light+soundSelecionamos alguns produtosde áudio e iluminação lança-dos na ProLight+Sound, emFrankfurt.

16 Vitrine

Conheça o novo line 210244NEO e a nova linha de alto-falantes da JBL, VTX Series.

20 Rápidas e rasteiras

A SSL vai para a estrada com aturnê de Peter Gabriel, a Robeilumina o Festival de Verão deSalvador e o Lighting and Daytem outra edição na AES.

26 Play Rec

Confira o novo CD do Bos-sacucanova e o novo trabalhode Ithamara Koorax, queinterpreta obras clássicas.

28 Gustavo VictorinoFique por dentro do que acon-tece nos bastidores do mercadode áudio.

30 O som de cada PAOs técnicos Fabiano Bastos, atual-mente com Maria Bethânia e IvanLins, e Daniel Reis, no monitor doAsia de Águia contam um pouco so-bre seus trabalhos na estrada.

72 Como anda sua audiçãoUso de equipamentos de proteçãoindividual, reduzir o tempo de ex-posição aos altos níveis sonoros euma consulta regular ao otorrinosão algumas das medidas para evi-tar a perda da audição.

90 Boas NovasVanilda Bordieri prepara CD inéditopara 2014 e novo DVD de HeloisaRosa já está em fase de mixagem.

96 Vida de ArtistaO sexto disco de Sá & Guarabyra, OParaíso Agora, de 1984, leva a duplade volta ao sucesso, com Cheiro Mi-

neiro de Flor, e preparou terreno parao próximo trabalho.

NESTA EDIÇÃO

Jazz em famíliaNovo trabalho de MarcosAriel, gravado e produzido

por Lucas Ariel, teve técni-ca de microfonação ORTF

e registra músicas executa-das no Steinway Hamburg

Concert Grand.

Reproduzir um sucesso étão difícil quanto fazê-lo.

No entanto, os integrantesdo All You Need is Love

parece que vieram aomundo com a missão de

provar que não éimpossível. A banda, nãoapenas toca músicas dosThe Beatles, mas atua e

revive o quarteto deLiverpool quando entram

no palco. A façanha foiregistrada e lançada em

DVD, gravado noslendários Cavern Club e

Abbey Road, em Londres.

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CADERNO TECNOLOGIA

60 Ableton Live

O Ableton permite gravar tudoque é tocado no Session Viewem tempo real diretamente noArrangement View.

66 Estúdio

Compreender o significado decada um dos fatores do fenôme-no da reverberação é extrema-mente importante para obter osmelhores resultados quando seusa o Reverb.

82 Vitrine

O Lancer Beam, da PLS, e o MACQuantum Wash, da Martin, são asmais novas apostas das empresas parao mercado de iluminação.

CADERNO ILUMINAÇÃO

84 Cenários e os OLEDs

Umas das tendências paracompor projetos de iluminaçãocênica, os OLEDs são capazes deproduzir brilhos mais intensos emais contrastes.

48 Tecnologia

Os integrantes da nova família deteclados workstations Roland FAcausam boa impressão principal-mente pela seleção de efeitosprofissionais com qualidade deestúdio.

52 Logic Pro

Explorar os recursos avançados doDrummer permite mais flexibili-dade e resultados mais realistas emais variação.

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaColaboraram nesta ediçãoAlexandre Coelho e Ricardo SchottEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeonardo Costa / All You Need is LoveFoto: Andrea Simões

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.

Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinaglia

atenderá aos pedidos de números atrasados enquantohouver estoque, através do seu jornaleiro.

Novo som da Fundição ProgressoA casa, que já faz parte da cena cultural carioca, vem passandopor processo de reforma da sonorização, e teve participação da

empresa Tukasom.

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siga: twitter.com/BackstageBr

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

m um mês em que a agência classificadora de riscos Standard& Poor´s rebaixou a nota da Eletrobras e, consequentemente,

a do Brasil frente aos investidores internacionais, é mais notórioainda o risco iminente de um colapso energético no país, emborarepresentantes do governo brasileiro insistam em negar.

O plano adotado de reduzir o valor da tarifa nas contas de energiaelétrica pode ter sido um tiro no pé da saúde do setor elétrico bra-sileiro. À época, uma das justificativas para tal medida (a de redu-ção das tarifas) era que o Brasil produzia energia em demasia e,portanto poderia se dar ao luxo de derrubar os preços para consu-midores residenciais e industriais. O que ninguém esperava ouprevia era que o verão seria implacável, especialmente nas regiõesSul e Sudeste, e que a estiagem pegaria de surpresa o alto escalão doGoverno, com episódios parecidos de seca só vistos há mais demeio século.

Assim como os governantes, o setor privado, indústrias e empre-sas não possuem bola de cristal, mas podem, sim, adotar uma pos-tura mais madura: guardar reservas para tempos difíceis.

Desde a longínqua Revolução Industrial, capítulos de crises mun-diais vêm se repetindo e mostrando que reservas e objetivos fazemtoda a diferença quando se enfrenta episódios de variáveisincontroláveis, como foi o caso da estiagem deste ano. Entrar emcampo jogando apenas com o time titular com a indubitável cer-teza da vitória não é recomendável nem para aqueles que possuemo dom da premonição.

Porém, há um outro fator que a grande midia, o governo e os “in-telectuais politicamente corretos” insistem em esconder que é oroubo de energia (os famosos gatos) que chegam aos 30% nasgrandes cidades. Ou seja, no Brasil não é só a ganância do governona forma de impostos e incompetência com a causa pública quecorrói a economia, mas o roubo também.

Boa Leitura,

Danielli Marinho

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Aondeo raio cai

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MAC QUANTUMwww.martin.com

A Martin apresentou uma série de novas soluções de iluminação entreelas o MAC Quantum Profile e o Martin ShowDesigner 6. O MACQuantum Profile possui a mais recente tecnologia LED, que entregamuma saída de luz superior. Estabelecendo novos padrões de desempenho etamanho combinado, esta luminária leve oferece uma estrutura compactaúnica que oferece baixo consumo de energia e movimento de precisão. OShowDesigner versão 6 é a maior atualização para o programa 3D Designde Iluminação de Martin desde 2007. A mais recente interação apresentauma completa nova interface de usuário, projetada para aumentar a pro-dutividade, bem como a capacidade de arrastar e soltar todos os elementosde design, como truss, acessórios e texturas, além de combinar oDirectX11 com a mais recente tecnologia 3D para melhorar o tempo deprocessamento em qualquer hardware de vídeo.

SSLwww.solid-state-logic.com

A SSL também apresentoudurante a Prolight+Soundum trio de grandes novida-des para a sua gama de plug-insNative Duende. Três no-vos plug-ins (X-saturador eX-ValveComp, projetado pa-

ra trazer um pouco de saturação analógica eemulação de distorção para o seu DAW digitale o X-Phase, elaborado para entregar freqüên-

cia alta precisão correção de fase específica), além do novo software para o Summing Remote Controlled daSSL. O novo software será uma atualização gratuita e permite que todos os recursos do Sigma possam ser con-trolados a partir de um iPad ou iPhone via Open Sound Control (OSC), um protocolo que permite a comu-nicação rápida, precisa e flexível entre os dispositivos.

DPAwww.dpamicrophones.com

A DPA Microphones vai apresen-tar na Prolight+Sound 2014, emFrankfurt, o d:facto. O premiadomicrofone recebeu novos acabamentos, em ouro e níquel, tornando-o ideal para vocalistas que queremincrementar suas performances no palco. O instrumento promete reproduzir no palco o verdadeirosom de estúdio graças ao seu som extremamente natural. Além de usá-lo com a alça DPA, com fio, o d:facto oferece aos cantores e engenheiros um benefício adicional, que é um sistema de adaptador destate of the art, que permite a integração com vários sistemas sem fio profissionais.

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ROBIN LEDBEAM 1000www.robe.cz

Esse novo potente aparelho utiliza a mais recentetecnologia LED, com base em uma matriz de LEDsmultichips de 15W RBGW e uma ótica revolucio-nária desenvolvida especialmente para um alto ren-dimento sob circunstâncias diversas. O equipamen-to pode ser usado como beam ou wash, e apresentaum sistema óptico único que permite zoom de 4 a 60graus com controle de facho completo, dando umfacho intenso e extremamente fechado para longoalcance ou um wash uniforme e suave. O movimentorápido de pan e tilt é ideal para criar efeitos surpre-endentes e espetaculares.

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VTX F SERIESwww.harmandobrasil.com.br

A Harman, através da JBL Professional, lançou a VTX F Series, uma linhapremium de alto-falantes de duas vias multiuso, projetada para somar aodesempenho top de classe dos VTX Series line arrays da JBL. A F Series in-clui três modelos: os alto-falantes full-range F12 e F15 e o subwoofer F18S.Os alto-falantes VTX F12 e F15 apresentam o diafragma duplo de duplo

driver JBL D2 utilizado na linha fullsize de alto-falantes VTX V25e no monitor de referência M2. Tanto o F12 quanto o F15 sãootimizados para uso com o amplificador i-Tech HD da Crown esistemas de gestão de amplificação vRack, também da Crown.

NDH 21-4Swww.amercobrasil.com.br

Toda a tecnologia inserida neste produto está além do seu tem-po. Com lançamentos surpreendentes apresentados naProLight & Sound 2014, em Frankfurt, a CIARE, através deseu distribuidor oficial no Brasil, estará presente na AES ExpoBrasil 2014 e, dentre os lançamentos, a empresa vai apresentaro NDH 21-4S. O equipamento é um subwoofer de 21”, bobinade 4”-100 mm, com 2000 Watts RMS, resposta de frequênciade 20 - 350 Hz, Nominal FS 29 Hz e sensibilidade de 98 dB SPL(1w/1m). Confira mais detalhes no site do distribuidor oficialAmerco Brasil.

210244 NEOwww.taigar.com.br

O modelo LINE 210244NEO tem entre suas ca-racterísticas potência de 1320 WRMS, compo-nentes 2x10" TGR + 2 driver B&C, sensibilida-de média de 105,7 dB 1W/1m, impedância - MF 8Ohms / HF 16 Ohms, resposta de frequência de80 Hz – 20KHz, dimensões de A 314x L 840x P407mm e peso de 35 Kg.

CATALINA MAPLEwww.sonotec.com.br

A série Gretsch Catalina Maple foi projetada para o músico queestá à procura de uma bateria de qualidade e com ótimo custo-be-nefício. Seja no palco ou no estúdio, ela oferece timbres com proje-ção, facilidade na afinação, brilho e foco perfeitos, chegando àsfrequências agudo, médio e grave com peso e definição. Construídoem 100% Maple, esse kit profissional oferece acabamento laqueadoem novas cores e novo escudo redondo da série. Todos os cascos sãode 7 folhas, com 7,2mm e foram equipados com as características dohardware “Gretsch Classic”, incluindo o corte nas bordas de 30º,tom holder ball-and-socket totalmente ajustável com 12,7mm e afamosa configuração de 5 canoas (uma característica padrão daGretsch por mais de 50 anos) para os tons 10? e 12?.

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MC500www.beyma.com

Os novos produtos da família MC 500 são os três especiaiswoofers 10” (10MC500), 12” (12MC500) e o 15” (15MC500), quesão os únicos com características competitivas e construídos em bo-bina de voz com imã cerâmico de 2,5”. Graças à tecnologia Maltcross -sistema de refrigeração da Beyma -, os alto-falantes suportam até 1000W de potência, o que reduz drasticamente as perdas devido ao efeito de com-pressão de energia. A indicação de aplicação são os programas de frequências baixa emédia/baixa. Os três modelos estão preparados para grandes deslocamentos (8 mm Xmax) esão muito sensíveis e lineares para uso em banda larga (acima de 97 dB 1w/1m).

GATOR GRR10Lwww.proshows.com.br

O case GRR10L da Gator é um rack luxo construído empolietileno militar leve no padrão 19” e comporta 10 unidades deperiféricos. Possui frente e traseira removível, fechos de borbole-tas de alta resistência, confortáveis alças laterais, trilhos de fixa-ção frontal e traseira. Para facilitar o transporte conta com doisrodízios e alça retrátil. Vem com acabamento preto fosco. Entresuas características, destacam-se ainda alças de transporte e late-rais confortáveis e peso de 8,16kg.

CSR-5515Awww.csr.com.br

A CSR-5515A é uma caixa acústica ativa biam-plificada com 300W RMS e saída para 3 caixas passivasde 8Ù. Ela vem equipada com um sistema Bass-Reflexde 2 vias e woofer de 15”, além de corneta com drive detitânio de 1". Com resposta de freqüência de 40Hz -

20kHz (±3dB) e sensibili-dade de 103dB, o equipa-

mento também possui1x entrada de linha(XLR ou 2x RCA) comcontrole de volume;1x entrada para mi-crofone (XLR ou P10)com controle de volu-me, 1x saída de linha(XLR ou P10), 1x saí-da de 8Ù para 1 caixa

passiva de 8Ù speakon 4vias (Sistema +1 e -1), 1x

saída de 4Ù para 2 caixaspassivas de 8Ù speakon 4 vias

(Sistema +1 e -1). A equalização consiste em Grave(±12dB) e Agudo (±12dB), além de alimentação poruma chave seletora de 127V (60Hz) ou 240V (50Hz). Asalças laterais e superior facilitam o transporte.

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TRANSMISSOR SEM FIO PARA GUITARRAwww.lyco.com.br

Este produto foi projetado para eliminar os limites da conexãocom fio, dando total liberdade de movimento ao músico parase deslocar pelo palco ou pela plateia. O LYCO GWT-01está disponível em duas versões: com o transmissor 90º(graus) estilo Gibson e 135º (graus) estilo Fender. Ambostêm fácil sincronização com o receptor via infravermelho.O transmissor, com seu pequeno circuito alimentado poruma única pilha AAA, o que dá mais de 6 horas de duração, possui alta qualidade sonora. Já o receptor, com seudesign especial, é menor que os receptores dos sistemas sem fio para guitarras convencionais.

PE-640PRO IN EAR SYSTEMwww.lyco.com.br

A LYCO está lançando o In Ear System PE-640PRO, que possui alta estabilidade de sinal. Elepertence à mesma família do legendário PE-640,com novos recursos como entrada USB que funci-ona com MP3, permitindo que antes de começaruma apresentação, ponham músicas ou mensagensde fundo. O usuário pode utilizar 40 frequênciasdiferentes operando em UHF, selecionadas livre-mente. Também podem ser usados quantos recep-tores forem necessários, devido à potência de saídade até 100mW.

ARRAYCALC SIMULATION V7.6.11www.dbaudio.com

O d & b software de simulação ArrayCalc é a ferramenta de pla-nejamento para os sistemas D & B. Possui uma caixa de ferramen-tas completa para todas as tarefas associadas com eletroacústica,projeto, previsão de desempenho, alinhamento, parâmetros desegurança etc. Desde que foi lançado, foram introduzidasmelhorias significativas como a de entrada de dados para definirplanos de escuta em três dimensões, a coluna de xC – Series, bemcomo o amplificador D80, juntamente com funções de exporta-ção para o novo software de controle remoto, o R1 d & b V2.Agora chamado Venue, o controle de entrada permite que o usu-ário crie uma representação das áreas de público em um determi-nado local em três dimensões. A inovadora função de medição deArena constrói modelos virtuais usando dimensões determina-das com uma distância, sem que haja necessidade de pré-defini-ção dos modelos de arena.

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Técnicos de áudio e iluminaçãoparticipam de workshopDia 18 de fevereiro, a Gobos do Bra-sil realizou o primeiro Workshop daK-array, que reuniu 98 profissio-nais. Durante o evento, os partici-pantes puderam conhecer os pro-dutos da marca italiana e tambémficar por dentro das ferramentasque oferecem as melhores soluçõespara sonorizar pequenos, médios egrandes ambientes.No dia 19 foi a vez dos profissio-nais de iluminação participaremdo 1° Lighting Day de 2014, tam-bém promovido pela Gobos. Pa-lestras, debates e troca de experi-ências entre palestrantes e convi-dados, além de uma apresentaçãode sincronismo entre áudio e ilumi-nação deram a tônica do encontro.Os participantes ganharam assina-turas digitais da Revista Backstage,além de dois exemplares de cadaum dos Livros "Caderno de ilumi-nação: arte e ciência", da arquitetaJamile Tormann; "Conceito de Ilu-minação Cênica", de Roberto GillCamargo, e "Luz e Arte", do Pro-fessor Valmir Peres.O Lighting Day também está sen-

do programado pela ABRIP paraacontecer durante o ano nas em-presas associadas, como Digicabo,Grand MA, Hot Machine, HPL,Robe, Unilamps, entre outras, e du-rante o encontro da AES - AudioEngineering Society, entre os dias13 e 15 de maio no Pavilhão Ama-relo do Expo Center Norte, emSão Paulo.

BEYMA TEM NOVO SITEA empresa reformulou o site e ino-vou no design privilegiando umanavegação mais fácil aos usuários.Uma das inovações está no menude produtos, que oferece diversaspossibilidades de pesquisar de ma-neira fácil e rápida. Por exemplo,clicando em cada produto, abre-seuma página com mais informaçõescomo tecnologia usada, gráficos,resposta de freqüência etc.Visite www.beyma.com

DPA MICROPHONESNO OSCAREnquanto os olhos dos telespecta-dores estavam fixos nos atores quemarcaram o 86 Annual AcademyAwards, no Teatro Dolby, na noite dedomingo (02/03), os ouvidos do pú-blico foram ajustados para os acom-panhamentos da orquestra, que to-cou remotamente a partir do CapitolRecords. O coordenador do projetode sonorização precisava de umaforma de isolar o som e, para conse-guir isso para o piano, por exemplo,foi usada uma combinação demicofrones d: dicate 4011A Car-dióide e d: vote 4099 . Também foiposicionado um par de d: dicate4011E Hanging Microfones parabateria da orquestra.Usando a combinação de d: dicate4011As e d: vote 4099s, foi possívelfechar a tampa do Piano Steinway,dando à platéia ao vivo e aostelespectadores um som primitivodo instrumento durante as diferentesentradas dos apresentadores, transi-ções e outras apresentações musi-cais durante todo o evento. Um paradicional de d: dicate 4011Es tam-bém foi aplicado como overheadspara os tambores, o que lhes permitiucaptar o ambiente completo do kit.

SSL NA TURNÊ DE PETER GABRIEL

Quando o popstar Peter Gabrielretomar a sua turnê Back to Frontem abril, três consoles SSL Live

também estarão no rider paraacompanhar o cantor pela estra-da. Uma ficará no FOH, outra nomonitor e mais uma para o siste-ma de monitoramento. Para oengenheiro de FOH do cantor,Ben Findlay, com a Live, o somrealmente soa maravilhoso e faza mixagem do som ao vivo muitofácil. Para ele, é possível ter bas-tante separação e claridade. OEQ é bem musical, nunca fica ás-pero e os dinâmicos são transpa-rentes, mesmo com uma com-pressão de sinal mais apertada.

Dickie Chappell, Dee Miller e Ben Findlay

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Robe no Festival de Verãode Salvador

Cerca de 100 movings da Robe fo-ram usados pela empresa de locaçãoLuzbel Iluminação no Palco Princi-pal na 16º edição do Festival de Ve-rão, em Salvador (BA).O evento atraiu mais de 120.000 pesso-as nos quatro dias de duração e contoucom um design de iluminação criadopor Junior Luzbel, que dirige a empresalocal juntamente com o irmão, RicardoLuzbel, e o sócio Ricardo Gordilho. Omapa de iluminação incluiu 36 x ROBINPointe, 12 x ROBIN MMX Spot, 24 xLEDWash 1200, 14 x ColorSpot 1200EAT e 12 x ColorBeam 700E AT.A criação do design durou duas sema-nas, durante as quais Junior consultouos técnicos que estavam trabalhandocom ele em relação à montagem, e tam-bém procurou atender aos riders dasbandas para poder criar um mapa que seadequasse à maioria delas. O palco tinhamedidas que variavam de 20 a 26 metrose passarelas laterais de 26 metros e passa-rela frontal de 19 metros que se estendiapelo meio do público. A maior parte dosaparelhos Robe foi montada sobre trêsestruturas em forma de U gigantes naparte aérea do palco, junto com seis es-truturas diagonais - três a cada lado dopalco - e duas estruturas com forma deletra E - uma a cada lado do painel deLED ao fundo. Diversos LEDWash fo-

ram montados na house mix para ilu-minar a fachada cênica rodeando o pal-co e ajudando na fotografia quando oscantores e os bailarinos andassem pelapassarela. A montagem de iluminaçãodo palco Principal foi realizada em cin-co dias por oito técnicos da Luzbel. Olighting designer Paulo Lebrão tam-bém ajudou a fazer a fotografia juntocom Junior - programando e operan-do os 12 LEDWash na FOH, enquan-to os técnicos Viny, da MA Lighting; eAdriel, da Luzbel, coordenaram a sala deprogramação (Estúdio 3D) onde todosos designers das bandas puderam anteci-padamente programar seus shows.Carlos Umbelino, da empresa de loca-ção Apple Produções, de São Paulo,também esteve presente ao Festivalpara dar suporte nos Pointe, bem comoo técnico Emerson, também de SãoPaulo, que cuidou das luzes LEDWash edos canhões na FOH. No total a equipefoi formada por 13 pessoas, que traba-lharam antes, durante e depois do festi-val. O sistema de controle foi da MALighting, com suporte do especialista daempresa, Paulo Lebrão. Dois consolesgrandMA light e um grandMA ultra-light foram usados na FOH ligados emrede e também havia um MA on PCcommand wing e um grandMA2 lightno Estúdio 3D para programação.

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LIGHTING DAY NA AESSHURE PROMOVE TREINAMENTODE RF E CERTIFICAÇÃO AXIENTNos dias 17 e 18 de fevereiro a Pride Music e a Shure realizaram um treinamento de"Advanced Wireless" e "Certificação Axient", ambos no Hotel Sofitel, em Copacabana(RJ). O evento teve como público-alvo empresas e profissionais de áudio que irãotrabalhar nos eventos relacionados à Copa do Mundo.O primeiro dia foi dedicado ao treinamento em "Advanced Wireless”, que consistiuem explicar os conceitos avançados em RF e os aspectos técnicos de operaçãodos sistemas da Shure para os grandes espetáculos como os sistemas sem fioULX-D e Axient, e os sistemas de monitoração pessoal PSM900 e PSM1000.No segundo dia, a "Axient Certification” focou no treinamento avançado ecertificação para uso do sistema Axient por profissionais de áudio. Ao final doencontro, os participantes receberam uma certificação, garantindo prestação deserviço de qualidade nos seus trabalhos para seus clientes. A certificação Axienttem como objetivo capacitar profissionais para o uso correto do equipamento e detodos estes recursos, elevando a qualidade do serviço e satisfação dos clientes.

Em 2014, a ABRIP - Associação Bra-sileira de Iluminação Profissional rea-liza o 5º encontro da Lighting WeekBrasil (LWBR) junto à 18ª Conven-ção da AES - Audio EngineeringSociety -, que acontecerá de 13 a 15de maio. Dessa forma, a LWBR 2014deixará de acontecer nas mesmasdatas e locais da Expomusic.Com a mudança de data, o LWBRdeve reunir cerca de 8 mil profissio-nais do Brasil e do mundo. O objeti-vo da Exposição é integrar profissi-onais de áreas que na maioria dasvezes atuam juntas, o que torna fun-damental e vital a troca de informa-ções. “É a oportunidade de multipli-car seus contatos, colocando seutrabalho e experiência em evidên-cia”, avalia Esteban HumbertoRisso, da Gobos do Brasil. “Partici-pe do 2º Lighting Day de 2014. Ociclo de palestras e debates acon-tecerá na quarta-feira, dia 14 demaio”, convida Esteban.

SIBELIUS 7.5 JÁ ESTÁDISPONÍVEL

O Avid Sibelius 7.5, nova versão dosoftware de composição e notaçãomusical, já está disponível para omercado. A versão 7.5 traz funciona-lidades que aceleram o fluxo de tra-balho, permitindo que compositoresse concentrem no processo criativo,produzindo suas partituras de formamais rápida e eficiente. Entre as no-vas funcionalidades estão: Navega-ção Acelerada, Playback aindamais expressivo, Colaboração ecompartilhamento facilitados, Inte-gração completa com o App Scorche suporte em idioma local para o Rus-so e Português Brasileiro, além do In-glês, Francês, Alemão, Italiano, Espa-nhol, Japonês e Chinês simplificado.

TRATORE DISTRIBUIRÁ MÚSICA PELA APPLE

A Tratore acaba de ser atestadapela Apple como a distribuidorabrasileira de música digital ofici-al para a iTunes Store. A empresabrasileira, que detém a liderançana distribuição de títulos inde-pendentes no país, com 35% domercado, é a primeira na Améri-ca Latina a receber essa chancelada Apple. Com isso, a Tratorecumpre todos os padrões de qua-lidade para distribuir músicasdigitais para a iTunes Store,loja virtual da Apple que ven-de álbuns e faixas de músicasaos internautas. Com essa parce-ria, a Tratore, que trabalha, porexemplo, com Elza Soares, Toqui-nho, Yamandu Costa, Fresno, A

Banda Mais Bonita da Cidade,espera alavancar o crescimentode 5% do faturamento anualpara 30%, em 2014.

Júlio Ferraz

Raimundos lançaCantigas de Roda

A banda Raimundoslançou, em março,seu mais novo tra-balho. Cantigas deRoda contou com oapoio de fãs que co-laboraram através

do projeto Catarse e foi gravado nosStudios Firewater em Los Angelescom produção de Billy Graziadei do

Biohazard. A versatilidade de Digãocomo compositor está evidente aolongo do álbum e o frontman apresen-ta vocais seguros e afiados. Marquimtraz novos elementos para o processocriativo e os riffs poderosos marcam oCD. O baixo poderoso de Canissoresgata a sonoridade original e asbaquetas de Caio mantêm o peso, ou-tra marca registrada da banda.

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PAINEL DE LED,ELIS - A MUSICAL

Diferentemente do que ficou en-tendido na reportagem Elis – AMusical, edição 231, o painel deLED é de propriedade da empre-sa Led Vision, empresa que for-nece para todos os espetáculosda empresa Aventura Entreteni-mento. No espetáculo foram usa-das 49 placas de painel de reso-lução 06mm SMD real pixel FullHD / Refresh rate: 2800 Hz / tama-nho da placa: 0,96m x 0,96m,peso de 20kg por placa, perfa-zendo a metragem total de 45metros quadrados. Para o paineldo fundo, foram 40 placas, sendo3 tiras com 3 placas, além de sis-tema de processamento LedSync SDI / Image Pro HD Barco ecabeamento em fibra óptica.

SGM NA PROLIGHT + SOUND

Foram diversos motivos para co-memoração, entre eles o grandenúmero de visitantes no estandeda empresa durante os quatrodias de feira. Outro destaque foio conceito de iluminação desen-volvido pelo lighting designer

CALREC ÁUDIO FOICOMPRADA PELAELECTRA PARTNERSA Calrec Áudio anunciou que, comsua aquisição pela Electra Partners,passará a se tornar uma empresairmã da Allen&Heath, que a Electratambém adquiriu no ano passado.Comemorando seu 50º aniversárioeste ano, a Calrec Áudio é dedicadaexclusivamente à produção deconsoles para mixagem de áudiopara broadcast. Ao longo dos últi-mos 50 anos, a Calrec desenvolveuconsoles digitais que se tornaramos queridinhos das emissoras demaior sucesso do mundo."Estamos entusiasmados em traba-lhar com a Electra Partners, na medi-da que continuamos a desenvolver onosso negócio em mais mercados in-ternacionais", disse Roger Hen-derson, diretor da Calrec.

Michale Rahr, um dos mais dinâ-micos e interativos.Segundo o presidente da empresaPeter Johansen, foi a melhor ex-periência de feira de todos ostempos. “Este show honesta-mente não poderia ter sido me-lhor para a SGM e todo mundoestava falando sobre design deiluminação de Michael Rahr. Oestande foi permanentementelotado ea qualidade do tráfegofomos capazes de dirigir até oestande foi excepcional. Eu acre-dito que este foi um verdadeirodivisor de águas no desenvolvi-mento contínuo da SGM ", con-cluiu Johansen.

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

Músico e escritor, AriFrello faz parte da novageração de artistas do suldo Brasil que têm sidoreferência de boa música.Suas primeiras apresen-tações em 2008 começa-ram por Santa Catarinae em pouco tempo já ha-viam se estendido por

mais de 30 cidades pelo Brasil e Argentina. Seu projetoAri Frello One Man Band tem como inspiração o DeltaBlues, Bluegrass e Soulthern Rock, dando uma carac-terística marcante a este trabalho que tem conquista-do o público apreciador do gênero. Seu novo CD ASimple Man Until The End, o segundo de sua carreira,traz um modern blues, com pegada rock e alma do in-confundível blues do Mississipi. Destaques para TheLife of Train, Never Lose Faith in You e à canção que dánome ao disco, A Simple Man until the End.

A SIMPLE MAN UNTIL THE ENDAri Frello

A voz divina, aveludadae inconfundível de Itha-mara e seu novo traba-lho por si só dispensamqualquer comentário.Qualquer elogio a maisé over. Vamos nos aterapenas aos comentáriosao repertório escolhido.Iluminada e O Trenzinho

do Caipira já valeriam por todo o CD, mas a cantora nospresenteia ainda com a belíssima interpretação daÁria das Bachianas Brasileiras nº 5, de Villa-Lobos, OCanto do Pajé, também do maestro Villa-Lobos, e deCorpo e Luz, ária da ópera Tristão e Isolda, entre outrasigualmente belas canções. Com produção musical deArnaldo DeSouteiro e produção executiva de RenataCarneiro (Arte Nova Produções), e arranjos de RodrigoLima, Filipe Bernardo e Arnaldo DeSouteiro, o CD foigravado nos estúdios Cia dos Técnicos e Ecosom.

OPUS CLÁSSICOIthamara Koorax

Com um repertório quereúne o melhor do PopInternacional (MichaelJackson, Corinne BaileyRae) e da música brasi-leira (Tim Maia, TomJobim, Jackson do Pan-deiro), é o ritmo brasi-leiro que dá o tom nosarranjos do Sambanova.

Mas é definitivamente a mescla de ritmos que confereum sabor universal a qualquer uma das músicas do seurepertório, distanciando totalmente o projeto de um tra-dicional grupo de covers. Cada músico do Sambanovatraz na bagagem uma influência diferente que vai do jazzà música nordestina, do rock à música latina. E se utili-zam desta variedade de raízes para compor a sonorida-de característica do projeto. O resultado é uma basemusical muito bem construída onde instrumento ouritmo algum destoa do conjunto harmônico que resul-ta desse encontro.

SAMBANOVASambanova

Nossa onda é essa! é o quar-to disco de estúdio destetrio de produtores for-mado por Alex Moreira,Marcelinho Da Lua e Mar-cio Menescal. Contandocom a participação deconvidados notáveis eparceiros de longa data,além daquele esquema

quente das batidas extraídas do vinil, o trabalho unepassado e presente e resulta em algo único, que é o somdo BossaCucaNova. O trio de produtores alcançou ta-manho sucesso em seus discos, que se desdobrou em umabanda de êxito internacional, com passagens por festivaisconsagrados e palcos famosos como Roskilde Festival,North Sea Jazz, Hollywood Bowl, Womad festival, Get'sBossa Nova Japan, entre outros.

NOSSA ONDA É ESSA!Bossacucanova

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

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CURIOSIDADEA tecnologia para fabricação e monta-gem de amplificadores para instrumen-tos musicais parece ter estacionadonuma mesmice confortável para a in-dústria. Enquanto lá fora os inglesesainda tentam mudar esse cenário, poraqui apenas a novata Borne pareceapostar em novidades arrojadas.

COMO ASSIM ?!?Rick Martin fazendo a música da Copa doMundo no Brasil? Alguém tá de sacanagemcom a gente...

CONSELHONão perguntem ao Rogério Raso, presi-dente da Santo Angelo e um dos maioresfabricantes de cabos do mundo, o que eleacha da carga tributária brasileira. Oexecutivo tem números que assustam atéo mais otimista dos tributaristas. Coisasdo Brasil ainda medieval.

REPERCUSSÃOInteressante o retorno recebido damatéria “Boas e Baratas” na edição defevereiro. O volume de e-mails foi cu-rioso também pelo seu conteúdo.Quem já tinha algum dos instrumen-tos citados no texto ratificou a opiniãodesse colunista. Quem sabe, repetir adose com outros instrumentos? Com apalavra os leitores.

PRÊMIO AÇORIANOSSer jurado do maior prêmio de músicado sul do país é motivo de orgulho. OPrêmio Açorianos concedido pela pre-feitura de Porto Alegre aos melhores ar-tistas do RS é um ícone da história mu-sical dos pampas. Fazer parte dele é umaresponsabilidade que me inspira e trazdescobertas que mostram a riqueza damelhor música do mundo... A músicabrasileira.

BABAQUICETodos os espetáculos musicais em ter-ritório chinês são precedidos de umaaprovação prévia do governo daquelepaís. Os artistas precisam enviar comantecedência as letras das músicas queserão apresentadas no espetáculo para“avaliação” dos censores chineses. OsRolling Stones foram impedidos de to-car Honky Tonk Women e Let's SpendThe Night Together no mês passado por-que um burocrata de olho puxado en-tendeu que essas músicas “atentam aosbons costumes e à família chinesa”. Ostextos entre as músicas também sãomonitorados e se em nome daquela di-tadura alguém não gostar do que foidito, o artista desce do palco diretopara a cadeia. A censura aumentou de-pois que a imprensa internacional des-cobriu verdadeiras fortunas de dirigen-tes chineses e seus familiares em paraí-sos fiscais. Agora dá para entenderporque tem gente por aqui que amatanto aquilo lá ...

ONIPRESENTEA briga pelos direitos autorais e sua le-gislação parece não ter mais fim. A cadaencontro de artistas, novas discussõesalimentadas por ideias opostas se cho-cam em contradições e suspeitas sobre anova lei que regula a matéria e o Ecad. Ea tal Paula Lavigne tá lá de novo...

CHUTE AO BALDEA atriz Fernanda Azevedo, vencedorada 26ª edição do Prêmio Shell, não foi

A luta por espaço nummercado competitivo

como o brasileiro estárendendo bons frutos aosconsumidores e exigindo

criatividade e talentopor parte das empresas

importadoras efabricantes. Mesmotendo o preço como

referencial, outrosfatores passaram a ser

avaliados comodecisivos pelos

consumidores. Diante doavanço da tecnologia esuas mazelas, nunca osuporte e a assistência

técnica foram tãovalorizados na hora de

decidir uma compra.Agora, para vender

“marca diabo” é precisodar o endereço e

currículo do chifrudo.

GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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nada sutil no seu discurso na noitede premiação. A artista criticouduramente a empresa patrocina-dora do evento por ter apoiado aditadura na Nigéria. O constrangi-mento geral foi apenas o início darepercussão. Não concordandocom a empresa ou a premiação, aatriz deveria simplesmente nãoaparecer na solenidade e/ou distri-buir uma nota à imprensa com osseus motivos e sua crítica. Comofez, ficou no mínimo grosseiro enebuloso, afinal ela foi buscar oprêmio. Irritada, a direção da em-presa já avalia inclusive a extinçãoda premiação.

LOUDNESSPor que os operadores de PA temessa paixão louca pelos graves?Raro o show nacional em que a sa-turação dessas frequências não éirritante. Depois de descobriremque volume não é qualidade, al-guns técnicos precisam agora en-tender que grave saturado é coisade DJ de subúrbio.

LOGÍSTICAO preço das passagens aéreas e aesculhambação dos nossos aero-portos estão trazendo de volta ovelho hábito de viajar de ônibus.Comum entre os sertanejos, a prá-tica de utilizar um ônibus supere-quipado como base logística dedeslocamentos para os espetáculoscomeça a ser adotada também porartistas de outros segmentos musi-cais pelo país. Viagens de até milquilômetros passaram a ter umanova definição logística para em-presários e contratantes que ten-tam viabilizar espetáculos compri-midos em seus custos pela deca-dente malha aeroviária brasileira.

DUELO DE TITÃSA briga ente a Sennheiser e a Shure

pela liderança mundial no segmen-to de microfones tem trazido inte-ressantes alternativas aos consumi-dores mundo a fora. Enquanto osalemães apostam na tecnologia ena inovação, os americanos focamna confiabilidade e na história damarca. Nessa briga do rochedocom o mar, o marisco tá balançan-do em ondas que trazem preçoscada vez mais interessantes peloacirramento da concorrência. Osalemães lideram na Europa e noOriente Médio. Os americanos semantêm no topo nas Américas ena Ásia.

RETRAÇÃOO que parecia irreversível começaa mudar. As caixas amplificadaspareciam soberanas na conquistadefinitiva do mercado de áudio depequeno e médio porte. A coisanão é bem assim. Alguns técnicosestão voltando ao velho sistema decaixas passivas empurradas poramplificadores modulares. O mo-tivo parece ser a confiabilidade doequipamento e a facilidade de re-posição e manutenção.

SEM NOÇÃOTem gente anunciando guitarrasnovas da Gibson por menos de 800dólares no site Mercado Livre. Opior é que ainda tem quem acreditee compre a falsificação. Depois vãoreclamar da ruindade do instru-mento para o bispo.

RARIDADENo mês que vem a casa de leilõesJulien's Auction vai realizar umencontro que promete sacudircom os fãs dos Beatles no mundointeiro. Marcado para acontecernas dependências do Hard RockCafé de New York, o evento terácomo estrela a venda da guitarraRickenbacker 425, de 1962, que

George Harrison usou nos primei-ros discos e shows do quarteto fan-tástico. O lance inicial é de 400 mildólares, mas a previsão é de que oarremate do instrumento fique per-to de um milhão de dólares. Deze-nas de interessados do mundo in-teiro já pediram credenciamentopara o leilão que terá ainda outraspeças iconoclastas dos Beatlescomo atração.

RIO DAS OSTRAS JAZZ &BLUESO mega baixista nova-iorquinoMarcus Miller é o primeiro nomeconfirmado pela produção domaior festival de jazz e blues daAmérica Latina. Excepcional-mente previsto para o mês deagosto desse ano (a data normal éjunho) por conta da Copa doMundo, o Rio das Ostras Jazz &Blues parece se reinventar a cadaano oferecendo atrações total-mente gratuitas e com um nívelinvejável de qualidade. Eventoimperdível para quem gosta deboa música.

PERGUNTA DESELEGANTEDepois de assistir reiteradamenteao Grammy, me vem uma pergun-ta... “Por que os artistas gringos in-sistem em se vestir de idiotas naspremiações?”. E por favor, não mevenham com discursos de van-guarda ou excentricidades. É es-quisitice mesmo...

JORNALISMO ALIENÍGENATentei assistir um especial da sérieMundo S/A da Globo News sobre aFender e desisti no meio do pro-grama. O jornalista, o produtor e oeditor visivelmente não sabiamnada de guitarras, história e muitomenos do mercado de instrumen-tos musicais. Na terceira bobagem,eu desliguei a tv.

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abiano Bastos trabalha, há três anos,como técnico de PA da cantora Maria

Bethânia e, há 11, é técnico de monitor deIvan Lins. Com tamanha responsabilidadee com a experiência acumulada ao traba-lhar com dois dos nomes mais consa-grados da música brasileira, o técnicodiz que o seu segredo é pensar e agircomo se fosse um dos músicos da banda.Como se fosse mais um somando para

Alexandre Coelho

[email protected]

Revisão Técnica:

José Anselmo “Paulista”

Fotos: Divulgação

F que o som saia ‘redondo’.Da mesma forma que essa postura é natu-ral, a adaptação a artistas de diferentes es-tilos também ocorre de forma automática,segundo Fabiano. Ainda assim, às vezes,alguém exige uma mudança na forma deo técnico trabalhar, especialmentequando o assunto é monitor. E, em suaavaliação, quem faz monitor, faz sompara o artista e para os músicos. Ou seja,

PARTE 17

O somDE CADA PA

O somDE CADA PA

Fabiano Bastos,profissional que

trabalha comMaria Bethânia e

Ivan Lins; eDaniel Reis,

técnico do Asa deÁguia, contam

detalhes de como éatuar em estilos

musicais tãodistintos da

música brasileira.

Daniel Reis

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o conceito, timbre e mixagem do téc-nico são as últimas coisas em questão.O profissional é avaliado pela habili-dade em perceber o que a banda e oartista querem e gostam.“Por isso, técnico de monitor deve irdiretamente para o Céu, sem escalas. Eunão passo mais por isso, o único monitorque eu faço é o do Ivan Lins. Só que, nes-se trabalho, o conceito, os timbres e amix prevalecem muito. Dei sorte. Nãofaço mais monitor de ninguém na vida!O técnico de monitor tem que ser psi-cólogo também, e eu faltei a essa aula nocurso”, brinca. “Mas minha peculiari-dade, na verdade, são os efeitos. Usomuitos durante todo o show”.Enquanto Fabiano Bastos trabalha comMPB, Daniel Reis é especialista em axémusic. Técnico de monitor do Asa de

Águia há 10 anos, ele tem como pre-missa usar sempre as melhores ferra-mentas disponíveis e mexer só no querealmente precisa ser mexido no áudio.Para ele, o jeito como a banda toca e oquanto os músicos são entrosados é oque define o som geral.Como curiosidade, Daniel cita o fatode vários engenheiros de áudio vin-dos de fora do Brasil terem mixadoartistas da axé music na década de 90.“E fizeram um ótimo trabalho”, elo-gia. “Estamos aqui apenas para ser a‘cola’ entre as notas musicais que osmúsicos mandam”.Na praia da música baiana, Daniel con-ta que seu maior desafio é deixar o somna medida certa para o vocalista do Asade Águia, Durval, que, segundo o técni-co, tem um ouvido muito peculiar e

Fabiano Bastos

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uma percepção musical muito grande.“Ele sabe o que quer ouvir. Muitas vezes,temos que trabalhar segundo ‘o gostodo freguês’. Quando faço som para ele,faço só para ele. Qualquer outro artistame chamaria de maluco, mas é o jeito.Atendo a ele e interpreto seus pedidos,o que o confortou ao longo desses 10anos”, alegra-se.Estilos à parte, Fabiano Bastos acreditaque, para um técnico ‘tirar’ um som dequalidade de um sistema, ele dependede uma soma de fatores. Mas um, em es-pecial, segundo ele, faz toda a diferença:a pessoa estar bem. Afora isso, paraFabiano, alguns elementos são essen-ciais e mais importantes do que umbom equipamento, como bons músi-

cos e bons instrumentos. Só então,bons equipamentos de áudio e umacaptação adequada podem fazer algu-ma diferença.“Se todos esses elementos estiverem nopalco, com uma empresa atendendo atodas as suas solicitações, o trabalho setorna fácil. Aí, vira obrigação tirar umsom de qualidade. Quando isso nãoocorre, quando falta alguma coisa des-sas citadas, aí começa a complicar. Equando você encontra um equipamen-to que não tem nada do que você pediu?Está tudo errado e você ainda assimconsegue executar um bom trabalho.Aí você é um alquimista de mão cheia,pois transformou um monte de porca-ria em som”, compara.Daniel Reis concorda. Para ele, tecnica-mente, a presença de bons músicos nabanda responde por 90% do trabalho.

De resto, bom senso e equipamentos dequalidade garantem o sucesso de qual-quer sonorização. No caso de Daniel,um bom equipamento significa, essen-cialmente, uma Lexicon 480L. “Ela dáuma dimensão à mix in-ear que nuncaconsegui obter com nenhum outroprocessador”, garante.No que diz respeito ao alinhamento,Daniel diz que o certo é receber o siste-ma de sidefill, ou PA, devidamente ali-nhado pelo engenheiro do sistema.Com isso garantido, sua única provi-dência é tocar a música One Drop, dodisco Kaya N’ Gan Daya, de GilbertoGil, apenas para fazer pequenos ajus-tes pessoais de timbre. “Sempre tra-balho com PA ou sides de primeira

qualidade e empresas de primeira li-nha, que me dão esse conforto. Naépoca em que eu pegava qualquer PAna estrada, sempre usei o Smaart ousoftwares similares, a fim de tentarresolver os problemas”, recorda.Já Fabiano Bastos é do time dos que nãoabrem mão de um bom microfone – nocaso dele, um Shure SM58 – para testarbem os timbres de voz no PA. “Fico quenem um maluco falando ‘alô, alô, um,dois, som...’, até encontrar um confortocom o qual os meus ouvidos estão acos-tumados”, conta.Ao contrário de Daniel Reis, Fabianonão tem uma música específica com aqual gosta de avaliar o alinhamentodo sistema. Ele usa várias, dependen-do do trabalho que esteja realizando.Ou seja, procura ouvir no PA músicasque tenham a ver com a sonoridade

Por isso, técnico de monitor deve ir

diretamente para o Céu, sem escalas. Eu não

passo mais por isso, o único monitor que eu

faço é o do Ivan Lins. (Fabiano)““

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do show em que ele irá trabalhar.Da mesma forma, Fabiano não usasoundcheck virtual. Em vez disso,prefere fazer a passagem de somcom a banda, sempre que possível.

Quando não dá, a passagem é com osroadies que, segundo ele, quando sa-bem tocar bem algum instrumento,ajudam muito. Com essa parceria, ficafácil para o técnico chegar a caracte-rísticas próprias que definam a suaforma de trabalhar e o seu som. “Umacaracterística pessoal é que eu me co-bro muito, me exijo muito e aprendo

Fabiano Bastos

Há três anos como técnico de PA da cantora Maria Bethânia e há 11 como técnico demonitor de Ivan Lins, Fabiano Bastos trabalhou recentemente na Ópera de Pequim.Com Ivan Lins, esteve presente em alguns dos grandes festivais de jazz internacionais,dividindo o palco com grandes nomes da música mundial. Com Maria Bethânia, nomais recente show da cantora, teve o desafio de incluir um piano acústico no palco aolado da banda da artista, “o que é sempre uma preocupação...”, reconhece. “Mas eue o Zé Ianaconni (monitor), passamos por isso com muita tranquilidade”.Fabiano começou a carreira como roadie. Depois de alguns anos de aprendizado naestrada, trabalhou como técnico de vários artistas, como Gal Costa, Orlando Moraes eAlcione. A parceria com a cantora maranhense acabou marcando a sua trajetória.“Até hoje sou lembrado como ‘o técnico da Marrom’. Quando as pessoas associam omeu nome, elas logo dizem: ‘Fabiano? Da Alcione?’. Foram muitos anos com a mesmaartista, sou muito grato à Alcione por muitas coisas”, elogia.

Daniel Reis

Há 10 anos, Daniel Reis é técnico de monitor da banda baiana Asa de Águia. Nesseperíodo, trabalhou, paralelamente, em estúdios e unidades móveis com todos os gran-des nomes da axé music. A lista inclui desde as musas do carnaval baiano Ivete Sangalo,Claudia Leitte e Daniela Mercury, passando pelo cantor Saulo, até grupos como BandaEva, Harmonia do Samba e Psirico, entre outros. Recentemente, Daniel Reis passou atrabalhar também no segmento de transmissão para TV, área na qual já somou a seucurrículo o áudio do evento Fifa Draw, realizado em dezembro de 2013.

sempre”, confessa Fabiano.Já Daniel Reis passa o som com osroadies em shows ao vivo e usa osoundcheck virtual quando o traba-lho é em unidades móveis. Mas quan-

do o assunto é o técnico ter uma so-noridade própria, Daniel rechaça.“Não gosto muito de identidade so-nora. Ouvi isso de um grande enge-nheiro de áudio e tomei como lema:‘Todo dia, faça diferente, equalize di-ferente, use um compressor diferente,invente, seja criativo, ninguém gostade mesmice’”, sentencia.

Na época em que eu pegava

qualquer PA na estrada, sempre usei o

Smaart ou softwares similares a fim de

tentar resolver os problemas (Daniel)

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pós mais de três décadas de carrei-ra, o pianista e flautista Marcos

Ariel decidiu reforçar a relação com opiano e com a música carioca, sem es-quecer a estreita relação com o jazz. Oresultado é o CD Jazz Carioca. Nele,além de “traduzir” oito temas conheci-dos do gênero musical norte-america-no para o jeito brasileiro de tocar, Arielmostra porque é um dos maiores com-positores da música instrumental brasi-leira em três temas próprios. “O Musico

no Parque, fiz quando o Lucas, meu filho,

A nasceu. A Valsa da Alice, também fizquando a minha filha nasceu, e a Ponteio

da Manhã é uma música muito refe-rencial da minha carreira”, explica Mar-cos Ariel.Antes do Jazz Carioca, Marcos já haviagravado dois discos de piano solo: Piano

Brasileiro, no início dos anos 1990, e Pi-

ano com Tom Jobim, dedicado à obra doMaestro, do ano 2000. O atual é o resul-tado de uma maior aproximação do mú-sico com o piano, deixando de lado aflauta. “O João Donato deu uma entre-

Aos 35 anos decarreira, Marcos

Ariel lança álbumsolo de piano pela

Biscoito Fino. Odisco foi gravado e

produzido pelofilho, Lucas Ariel.

JAZZ CARIOCA

Miguel Sá

[email protected]

Fotos: Divulgação

em família

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vista contando sobre quando lar-gou o trombone; ele tocava trom-bone também. Mas tem uma horaque tem que se dedicar a um só ins-trumento. Então realmente eu es-tou muito mais com o piano agora.É uma lua de mel com o piano”,ressalta o compositor.

A IDEIA

A “cerimônia de renovação de vo-tos” de Marcos Ariel com o pianoteve a condução do filho, LucasAriel. O técnico de som começoucomo assistente há onze anos noestúdio da gravadora Biscoito Fi-no, onde trabalha. “Eu e meu pai játínhamos um plano de gravar umdisco juntos, e ele apareceu comessa ideia de tocar os standard dejazz com uma pegada única de cho-ro samba e bossa nova, com essaonda dele carioca”, explica Lucas.As primeiras sessões aconteceramdurante o carnaval de 2012, ondequase todo o repertório foi grava-do. A conclusão ficou condiciona-da aos espaços na agenda tanto deMarcos como do estúdio. “Aindapassou um ano até conseguirmosterminar de gravar tudo”, relembrao produtor e técnico de som. Final-mente, em dezembro de 2013, oCD foi lançado pela Biscoito Fino.

GRAVANDO...

Marcos Ariel gravou o disco to-cando no Steinway Hamburg Con-cert Grand de cauda inteira, do es-túdio da gravadora. A ideia de re-gistrar apenas um músico tocandopiano pode até parecer simples.Afinal de contas, são poucos ca-nais, não precisa juntar instru-mento na hora da mixagem, nãotem muita frequência para em-bolar. Mas, na prática, não é bemassim. “O desafio na hora que vocêvai microfonar um pianão dessecom um músico tocando é conse-guir tirar o som real do instrumen-to. Nestes 14 anos de existência, a

Biscoito lançou MPB, choro, sambae música erudita também. Basica-mente temos uma especialidade detirar um som acústico, natural. Oque eu quis retratar foi a emoção detocar um piano daquele. Quandoouve o disco, parece que você está

tocando o piano. Que você é o pia-nista tocando”, detalha Lucas Ariel.Para atingir o objetivo, Lucas usoudois Neumann U87 posicionadossegundo a técnica de microfo-nação ORTF, que permite ao téc-nico de som trabalhar bem a esté-

Eu e meu pai já tínhamos um plano

de gravar um disco juntos, e ele apareceu

com essa ideia de tocar os standard de

jazz com uma pegada única de choro

Lucas Ariel

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reo. Para o ambiente, um par de micro-fones da marca Blue, modelo Mouse.“Não coloquei os microfones do ambi-ente muito distantes do piano. Boteina altura do tampo. Durante o discointeiro eu usei essa configuração atépara poder manter a sonoridade”, de-talha o produtor.Para os U87, Lucas usou pré-amplifica-dores Germanium 500, da Chandler.Para os microfones de ambiente, foramusados os Vintech X73. Na gravação,não foi usada a mesa Euphonix CS2000.Dos pré, o sinal ia diretamente para oPro Tools HD. A captação foi feita semo uso de compressão e a única equa-

lização feita foi um pequeno acréscimoacima de 10 kHz.Na mixagem dos quatro canais gravados– L&R do piano mais dois de ambiente– Lucas Ariel usou o plug-in de equa-lização com a assinatura de GeorgeMassemburg para tirar pouco menos de2dB na região das média altas. Além daequalização, foi usado também um pou-co de reverb da Lexicon 480L. “Ummedium hall bem suave”, detalha Lucas.A masterização foi feita usando o ProTools HD. Apenas aí foi usado um poucode compressão do plug-in ML4000 parapoder trabalhar confortavelmente ovolume entre as faixas. Antes da com-

Piano Steinway microfonado na tecnica ORTF

Blue Mouse para ambiente Neumann U87 na tecnica ORTF

“Não coloquei osmicrofones do

ambiente muitodistantes do piano.Botei na altura dotampo. Durante o

disco inteiro eu useiessa configuração

até para podermanter a

sonoridade(Lucas Ariel)

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pressão, Lucas manteve o plug-in de George Massemburg li-gado para cortar uma ou outra frequência que viesse a sobrarapós alterações de volume. Tudo monitorado por meio dascaixas B&W 705. “Nessa hora também escuto alguns CDs,principalmente os masterizados pelo Luis Tornaghi e peloCarlos Freitas, para dar uma referência”, coloca o técnico desom e produtor.

RESULTADO

Além do resultado técnico do disco, muito comemorado e elo-giado, ficou também a alegria de um trabalho em família realiza-do em perfeita sintonia. “O estúdio da Biscoito Fino é um dosmais completos em termos de microfonação. Está em um nívelmundial. E o Lucas, meu filho, está muito craque. Ficou um somlindo”. Lucas respondeu na mesma moeda. “Fluiu tudo muitobem, foi super emocionante”, comemora.

Ambiencia na altura do tampo do piano

Monitores B&W

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m nome que ainda conquista fãspelo mundo inteiro, The Beatles

parecem ter voltado aos palcos quandoa banda All You Need is Love entraem cena. O sucesso e o reconheci-mento do quarteto brasileiro que in-terpreta as músicas da banda britânicade Liverpool rendeu dois volumes deDVDs com 64 músicas gravadas nosemblemáticos Cavern Club e no estú-

U

[email protected]

Fotos: Andrea Simões / Divulgação

dio Abbey Road. O segundo volume,com lançamento previsto para esse mêsde abril, será um álbum duplo com 32músicas (as demais fazem parte do pri-meiro volume, com três discos), comvídeos em preto e branco, já que a ideia éentrar no clima dos anos sessenta.Segundo Cayo Felipe, responsável peladireção de vídeo, edição e finalização,mixagem e masterização, o repertório

Gravado no Cavern Club e Abbey Road, em Londres, o DVD da banda cover dos TheBeatles, All You Need is Love, é fiel à sonoridade original da banda de Liverpool. Para

conseguir um som mais próximo possível ao do quarteto de Liverpool, a banda teveacesso até aos mesmos equipamentos usados por Paul, Ringo, John e George.

ALL YOU NEEDIS LOVE

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foi baseado no próprio repertóriodos Beatles, tanto no Cavernquanto em Abbey Road. “NoCavern foi como um bom ‘infer-ninho’. Sistema Alesis de 32 ca-nais digitais, console SoundcraftMH3 e microfones da Sennheiser(os dois últimos são patrocinado-res na casa). Sem muito o que ela-borar, foram duas apresentaçõesno mesmo dia”, explica.A primeira apresentação foi demanhã no "palquinho", que origi-nou um dos DVDs do volume 1(DVD triplo, sendo DVD 1 Ca-vern Club, DVD 2 Abbey Road eDVD 3 Documentário. O volumedois será o DVD 1 Cavern Club eDVD 2 Abbey Road), e o segundoshow foi à noite no palco maior,onde Sir Paul McCartney toca atéhoje de vez em quando.Quem conhece o Cavern Clubsabe o quanto o lugar é pequeno e

abafado. Segundo Cayo, a gravaçãosó não deu tanto trabalho no vídeopor conta da fotografia de lá sermaravilhosa. “É história pra tudo

quanto é lado em suas paredes”,comenta. Quanto ao áudio, Cayoexplica que, como a banda já fazesse trabalho há muitos anos, foibem afiada e com o repertório namanga. “Quase não foi preciso fa-zer overdubs quando de volta ao

Brasil. Captação, nada de especial.Somente o cuidado para não ‘tim-brar’ demais as coisas, pois a minhamixagem foi baseada na original.

A ideia é entrar no clima dos anos60, tanto que o video é em P&B”,avisa.Já no Abbey Road, houve algumasboas surpresas. “Gravamos no es-túdio 2 como de praxe. Pesquisei osmicrofones usados na época e,

Quase não foi preciso fazer

overdubs quando de volta ao Brasil.

Captação, nada de especial. Somente o

cuidado para não "timbrar" demais

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r40 Show no palco do Cavern Club

Microfones usados na gravação

Bateria

1 AKG D20 (BD)

4 AKG D19c (OH center, Tom, Floor and HH)

2 Neumann KM56 (Snare top and bottom)

2 Neumann U67 (OH)

1 Neumann KM54

Baixo

1 AKG C12

acredite, além dos modelos específicosusei OS MESMOS que os Beatles usa-ram nas gravações originais. TinhaNeumman U47 lá com número de sériede 0147, 0148 e por aí vai, incrível. Abanda também fez uma pesquisa muitogrande”, comemora.E as surpresas não param por ai. Para acaptação, Cayo contou com o apoio doengenheiro de áudio Chris Bolster quegravou nada mais nada menos que 3 dos4 Beatles e é engenheiro residente doestúdio. “Fiz questão do NeummanAKG D19 para a captação OH mono,bem característica das gravações dosBeatles. Esse mic deu todo um charmenostálgico para a mixagem”, avalia.

MIXAGEM

Como a ideia era conseguir extrair osom mais próximo possível do original,mas com o punch de hoje, Cayo contaque não existiu nenhuma tentativa deusar recursos que pudessem facilitar amixagem. “Para se ter uma ideia, maisda metade das canções foram gravadascom panos cobrindo as peles dos tam-bores da bateria”, revela. “Poderíamoster gravado músicas como Golden Slam-

bers, Something, All you need is love, masnão tínhamos recursos (dinheiro) paratrabalhar com orquestra lá. Portanto,as músicas gravadas foram com as queno máximo tinham participações deGeorge Martin ou Billy Preston, por

Guitarras

2 Neumann U67

Violões

2 Neumann U47/48

Percussão

1 Neumann U67

Vozes

Neumann U47/48

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exemplo”, completa.Para definir um caminho junto à banda,Cayo conta que foi preciso muito estu-do e ouvir as versões originais e recriaros efeitos e timbres na mixagem, quefoi totalmente digital. “Em Octopus's

garden, por exemplo, no backing temsom bem específico. Para recriar, fizum canal auxiliar para os backings e

insertei um trêmolo e um rotary (pedal-board Logic Pro) juntos para dar o som.Consegui chegar bem próximo do origi-nal”, conta. Como nosso tempo era ra-zoavelmente apertado por lá, optei peloPro Tools HD mesmo. Daria muito tra-

balho gravar em 2" e trazer aquele montede fitas para o Brasil. Foram gravadas 38músicas só em Abbey Road”, enumera.Outro fato interessante no Abbey eramos mics de room. Cayo conta que eram 4Neumman U67 pendurados, L&R nocentro da sala, na metade da altura do pédireito e os outros dois no final da salano máximo de altura do pé direito. “Es-ses canais foram gravados. Tive duas op-ções de sala (de verdade) do Studio 2.Uma média e uma longa”, enumera.

IGUAL AO DOS BEATLES

Durante a gravação, os instrumentosusados foram os mesmos utilizados pe-los Beatles nas gravações originais:Rickenbackers, Hofners, Fenders, Mar-tins, Ludwig etc. “O que tínhamos, le-vamos e o que não tínhamos, alugamospor lá”, conta Cayo.O DVD foi mixado e masterizado nohome estúdio de Cayo, que contou comequipamentos já velhos conhecidosseus. Isso inclui um iMac i7 3.4 com24GB de RAM Logic Pro X, InterfaceApogee Quartet, Monitores YamahaHS80M 5.1, Subwoofer Yamaha HS-

Banda durante a gravação no Abbey Road

Em Octopus's garden, por

exemplo, no backing tem som bem

específico. Para recriar, fiz um canal

auxiliar para os backings

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10W, DSP Focusrite Liquid Mix 32, ePresonus Faderport. “A escolha é porsimplesmente ser o equipamento deminha preferência, aquele que acordo edurmo com ele. Sei lidar muito bemcom ele. Nada melhor que uma mixa-gem específica no lugar onde você maisconhece o equipamento”, avalia. “Semfalar que veio pronto de lá. Console SSLSL9000J e todos os periféricos. Lá, os

plug-ins EMI RS127 e RS135 são de ver-dade”, completa.

VIDEO

O DVD do Cavern Club foi gravado dia22 de março de 2013, há exatos 50 anosdo lançamento de Please please me, em22 de março de 1963. Foi daí que Cayoteve a ideia de deixar o vídeo em P&B,a fim de proporcionar uma atmosferabastante interessante para quem o as-siste. “Na abertura desse disco tem odepoimento muito bacana do diretordo Cavern, que gravei no dia seguinteda apresentação. Está colorida e, quan-do o depoimento termina, com umapós com ruídos e sons de TV antiga,transporto quem está assistindo para1963 e o show se inicia”, conta.Cayo Felipe explica que, ao contrário doque muitos podem pensar, o DVD doCavern Club já foi capturado em preto e

Na abertura desse disco tem o

depoimento muito bacana do diretor do

Cavern, que gravei no dia seguinte da

apresentação

Cayo Felipe, ao centro, durante gravação no Abbey

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branco. “Via o resultado em real time

pelo display, não foi feito nenhuma pós-produção em relação à colorização. Co-mo falei, lá foi como os Beatles há 50anos atrás, passagem de som rápida e ata-que! Queria captar essa coisa de "barzi-nho". Deixei os câmeras bem à vontade ena edição valorizei isso”, explica.O DVD de Abbey Road já teve um cui-dado maior. Nos ângulos, formato,cor e luz. De acordo com Cayo, o ob-jetivo era um efeito mais próximopossível das sessions dos Beatles.“Nada de Live from Abbey Road, comotudo que é gravado lá hoje, e sim na-tural. Acendi as lâmpadas PAR (do”

“Via o resultado emreal time pelo

display, não foi feitonenhuma pós-

produção emrelação à

colorização. Comofalei, lá foi como osBeatles há 50 anosatrás, passagem de

som rápida eataque! Queria

captar essa coisa de"barzinho"

(Cayo Felipe)

próprio estúdio) sem gelatina e emmais ou menos 35%, só para tiraraquela "luz de cozinha" do estúdio. Oresultado foi perfeito. As PAR decontra recortaram legal os músicos edeu um efeito bacana bem próximode uma session de verdade”, fala.Gravado em 16:9 (24fps), Full HD, Cayousou o Final Cut Pro X para edição,colorização e finalização. “Sou fã doprograma, ele me dá inúmeras facilida-des durante todo o processo. O mul-ticam dele facilita demais e isso não tempreço”, justifica. “Pensei em fazer oDVD do Cavern em 4:3, mas aí, já acheiroots demais”, completa.

Cayo Felipe foi responsável pela gravação e mixagem e masterização dos DVDs

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PROGRESSO

Revista Backstage esteve na Fun-dição, durante o evento MPB de

Braços Abertos, em novembro de 2013,que contou com Gilberto Gil e seu showSucessos e Nando Reis, com o show Sei,para conferir de perto as mudanças emcurso naquele polo cultural.Um dos produtores técnicos e diretor

A

[email protected]

Fotos: Patrick Magalhães / Divulgação

Revisão técnica: José Anselmo “Paulista”

de palco da casa há um ano, Dedé Ávila,comenta que a escolha da Tukasom paraparticipar do processo de mudança nasonorização foi pensada em relação àdinâmica do local, diferente de outrascasas de show do Rio. “Precisávamos dealguém que entendesse nosso propósito.Uma das nossas carências era em relação

PROGRESSOFUNDIÇÃOFUNDIÇÃOem

Originalmente sede de uma fábrica de fogões chamada Progresso, oatual centro multicultural e casa de espetáculos, localizado naLapa, Centro do Rio de Janeiro, já foi e é palco de memoráveis

shows e eventos. Há 31 anos integrando a cena artística da cidade,a Fundição Progresso começou um processo de modificação na

sonorização, que contou com a participação da empresa Tukasom.

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ao atendimento. E abrimos a portapara uma empresa paulista. No pro-cesso de licitação, a melhor oferta deserviços e equipamentos em relaçãoao preço foi da Tukasom”, observa.Dedé constata que após a chegadada Tukasom, o serviço de áudio dacasa melhorou muito. “Sem som-bra de dúvida a sonorização da casamudou. Hoje o som é mais homo-gêneo, igual em todos os lados.Claro que existe um lugar ou outroem que o som se perde, mas as ban-das e os técnicos vêm elogiandomuito as mudanças. Fizemos umadistribuição de caixas embaixo daarquibancada, o que completoumuito. Para as laterais também foifeito um estudo. A casa tem um pédireito de 20 metros. É um grandedesafio e aos poucos foi sendo de-senhado para ser o centro culturalque é”, resume.O diretor de palco revela que aindaexiste um ranço de artistas que nãotocavam na casa porque havia afama de que o som era ruim. “Oteto era aberto. A Fundição passoupor um processo de tratamento

acústico com lã de vidro (que ajudaa absorver o som e a diminuir a re-verberação) e rebatedores. Aindafalta uma etapa de melhorias, queé no teto. A partir de abril de2014, entra o ar-condicionado.Isso ajuda a casa como um todo,elevando-a a outro patamar e atra-indo outro público. Vamos termi-nar o jateamento com lã de vidrono teto e assim terminamos esseciclo da acústica da casa”, ressalta.Essas mudanças estruturais visammelhorar o local para tambémabrigar eventos corporativos, quepoderão vir acompanhando osgrandes acontecimentos que che-garão ao Rio, como Copa e Olim-píadas. De acordo com Dedé, aideia é que as empresas possam fa-zer na Fundição o lançamento deum carro, ou ainda festas, entreoutras ações.“Gil não havia feito ainda umshow completo na casa, apenasparticipações em eventos. LuluSantos ficou 10 anos sem tocaraqui e tivemos dois dias lotadosem outubro. Isso tudo é parte des-

se trabalho de melhora no ambi-ente. Temos 101 anos de Fundiçãoe 31 anos de progresso. O alinha-mento da casa é um só. Estamospreparados para receber de festaseletrônicas a orquestras sinfôni-cas’, frisa Dedé.O gerente da filial da Tukasom noRio, José Anselmo “Paulista”, con-ta que a empresa foi chamada paraprestar os serviços de sonorizaçãoda Fundição Progresso em maio de2013. A estreia foi no Festival Bra-sil, evento que contou com showsde Arnaldo Antunes, Ana Cañase Maria Gadú no palco principal.“Para isso houve uma preparaçãode uma semana no local, entreinstalação, medições, alinhamen-to e ajustes do PA. Tudo foi dirigi-do diretamente pelo Tuka (Ar-mando Baldassarra, proprietárioda Tukasom). Ele mesmo cuidoudo alinhamento, delays etc. Todaa instalação foi feita pela equipe daTukasom São Paulo, pois a equipe doRio estava em fase de contratação.Da equipe Rio, só eu participei dainstalação inicial”, informa.

Nando Reis apresenta seu show “Sei”

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O aperfeiçoamento da Fundição, de acordo com Gil

“O som melhorou muito a sonoridade. Eutinha dificuldades muito grandes com aacústica da casa. A passagem de som foi milvezes melhor do que das outras vezes emque estive aqui. E não só isso, as instalaçõesgerais da Fundição melhoraram muito”, ad-mirou-se Gilberto Gil.O cantor baiano recordou da época de cria-ção da Fundição e ressaltou os aspectospositivos do local. “Aqui é uma obra em pro-gresso, que já foi concebida dessa forma.Eu me lembro de quando Perfeito Fortuna,

ENTENDA O NOVO SISTEMADE SONORIZAÇÃO DAFUNDIÇÃO

Paulista destaca que no palco principal,chamado de “Palco Arena” (com 12metros de boca de cena e oito de fundo,atendendo a mais de cinco mil pessoas),o sistema principal line array é compos-to de 12 caixas por lado, sendo oitoEAW KF760 e quatro EAW KF761,além dos nove subwoofers EAW SB1000por lado.“Temos um sistema de delay para a ar-quibancada e os camarotes com dois‘clusters’ line array compostos de trêscaixas EAW KF730 cada, e outro sis-tema de delay line array composto dedois clusters com duas caixas DB Line 8cada, cobrindo as frisas”, explica.Para montar a estrutura da distribuiçãosonora, há também mais um sistema“under balcony”, composto de seis cai-xas Yamaha DXR8 (ativas), que estãoinstaladas embaixo das arquibancadas.“Todo o sistema é alimentado por am-

plificadores Lab Gruppen, Powersoft eYamaha e gerenciado por processadoresde diversas marcas, buscando aprovei-tar os melhores recursos de cada um de-les para atingir o melhor resultado decobertura sonora”, garante Paulista.O console de PA utilizado na Fundiçãoé uma Digidesign D-Show com Sidecar,com software e plug-ins atualizados emoutubro de 2013 e multicabos digitais.Mas no caso de alguma banda ou técni-co levar ou pedir para que uma mesaanalógica seja usada, há também mul-ticabos analógicos.Já no monitor, o gerente da TukasomRio informa que há uma console YamahaPM5D-RH, 12 Monitores Clair modelo12 AM, quatro monitores Turbo Soundmodelo TF350 e side fill, estéreo com-posto de um Line Array EV modeloXLX 127, com 04 caixas por lado e 02subwoofers Turbo Sound THL por lado.“Tudo alimentado por amplificadoresJBL e Yamaha. À disposição ainda te-mos sistema de in-ear Sennheiser G3e microfones sem fio série UHF-R,

Marieta Severo e outros se juntaram parafazer reciclar esse lugar a fim de destiná-lo àatividade cultural, havia esse conceito decamada sobre camada, tijolo sobre tijolo.Há muitos anos que a Fundição vem sendofeita e ela está chegando a um ponto debastante qualidade, no sentido geral, em re-lação ao som, acomodações e à consagra-ção do lugar como referência para toda ajuventude, os grupos novos, os movimentosmusicais. É uma obra em progresso, sem-pre fundida e refundida”.

“Temos um sistemade delay para a

arquibancada e oscamarotes com

dois ‘clusters’ linearray compostos de

três caixas EAWKF730 cada, e

outro sistema dedelay line array

composto de doisclusters com duascaixas DB Line 8cada, cobrindo as

frisas

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“Para montar a estrutura

da distribuição sonora, há

também mais um sistema “under

balcony”“

Shure. E uma vasta lista de microfones com fio, além debackline variado”, enumera.Paulista ressalta que hoje o público está mais atento e écapaz de perceber as diferenças no áudio da Fundição. “Pormais leigo que o espectador seja, ele sabe diferenciar umbom som de algo razoável. Não desmerecendo as empresasque passaram pela Fundição anteriormente, mas a Tukasom

fez uma mudança radical, tanto em cobertura, quanto emqualidade e potência sonora”, assegura, complementandoque um dos diferenciais da empresa está no atendimento.De acordo com o gerente, o ambiente do palco Arena, quecomporta aproximadamente três mil pessoas, é muito

reverberante, com um pé direito altíssimo (20metros) bem no centro da plateia, além de arquiban-cadas e camarotes que vão quase até o teto. “Masnada que uma boa distribuição dos componentes,um alinhamento direito e os acertos dos delaysnão minimizem muito”, ele acrescenta. “Com acasa cheia e o público quente e participante quecomparece aos shows, as coisas facilitam. E com asnovas mudanças estruturais que estão sendo feitasna casa, vai melhorar ainda mais”, completa.O segundo palco, chamado de São Sebastião, emhomenagem ao padroeiro da cidade do Rio de Ja-neiro, é menor (pois na parte de baixo há uma áreavazada de 700 metros quadrados, usada para ativi-dades culturais), mais intimista, porém, segundoPaulista, é mais complexo de ser sonorizado. Com25m x 15m e um metro de altura, o palco arenatem formato de um losango, em 360 graus, possibi-litando maior proximidade do público, limitado a1.500 pessoas, que pode ficar encostado ao palco,uma vez que não há grades de separação.“O cuidado foi em ter uma cobertura a mais perfei-ta possível e com pressão sonora para o público,interferindo o mínimo no som que as bandas ou-vem no palco. Lá optamos por um sistema forma-do por oito caixas EAW KF850 penduradas noteto quase na horizontal (“de boca para baixo”),distribuídas simetricamente pelo espaço ao redordo palco”, esclarece Paulista.Para complementar pontos importantes, são utili-zados um Line Array JBL VRX estéreo (ativo), ecaixas Yamaha DXR12 (ativas) fazendo coberturaspontuais. Completam o sistema seis subwoofersEAW SB 1000.Integram a equipe da Tukasom RJ, além de Paulista, otécnico de PA, Octávio Sodré, o técnico de monitorFabio Adriano e os assistentes técnicos Saulo deSouza e Mário Sérgio.

PROFISSIONAIS COMENTAM NOVASONORIZAÇÃOTécnico de monitor de Nando Reis há 12 anos,Galvino Machado, conhecido por Capitão, con-tou que para o show do dia 9 de novembro, usouuma PM5D RH da empresa de locação. Ele garanteque é importante para os shows de Nando ter doismicrofones de ambiência, pois ele gosta de ouvir aresposta do público. “De backline, trouxemosamplificador de guitarra Laney, amplificador decontra baixo Ampeg, além de teclado, bateria emicrofones Shotgun”, enumera. Há 10 anos tam-bém com Nando Reis, o técnico de PA Mauro

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Bianchi aponta como diferença o trata-mento acústico que fizeram na casa. “Desdeque a casa começou, há vários processos demelhoria. Antes, na própria passagem desom, já havia problemas e agora deu paraperceber que o som chega perto daquelepretendido e a casa está reverberando me-nos”, comenta durante o ensaio.Responsável pelo PA de Gilberto Gil há 20anos, Leco Possollo conta que já fez som nacasa algumas vezes e, para ele, o problemaprincipal é o tempo de reverberação muitogrande. “Há também a irregularidade da-qui, cada lugar do espaço tem um som. Acasa ainda tem um potencial muito grande.Estou falando com a experiência de quemviaja bastante. Estou com 1.400 shows como Gil”, ressalta Leco.Para testar o PA, Possolo tem umaplaylist com músicas de referências. “Aprimeira da lista tem um grave muitoforte e com ela eu já tenho como saber

como está o volume do surdo, se ele estáem fase. A partir daí eu faço ajustes ar-tísticos, depois do alinhamento do PAfeito pela locadora”.Leco conta que Gil se incomoda com avolta do PA, mas se não há “gordu-rinhas” no som voltando para ele, o can-tor também se inquieta. “ Ele não gostamesmo é de grave em excesso, na realida-de nem eu. Em algumas viagens pelo Bra-sil, há situações em que é preciso tirarseis, oito, 10 até 12 dB do surdo. Deixa deser um surdo musical. Eu tomo cuidadocom isso”, explica.O técnico chama a atenção para os cuida-dos com a preparação do PA em diversoslocais. “Nós temos uma ferramenta namão que pode machucar as pessoas. Nãosó causam dando auditivo, mas mal-estar.Um grave exagerado causa náuseas. O PA,quando tem vários elementos, é montadocom pressão sonora diferente. Óbvio queas caixas que estão apontadas para baixotêm uma pressão sonora menor do que asintermediárias e do que as de cima, quetem um tiro longo”, analisa.

Caldeirão cultural no coração do Rio

A gerente de Projetos Culturais da Fundi-ção, Vanessa Damasco, conta que comocentro cultural, a casa abriga alguns dosprincipais grupos artísticos do Brasil. Sãoeles Intrépida Trupe, a Cia Armazém de Tea-tro, o Teatro de Anônimo e a OrquestraPetrobras Sinfônica, que ensaiam, ministramaulas e se apresentam ali. “Aqui todos sam-bam entre o circo, o teatro, a dramaturgia, ocinema, a música clássica, a música popular,o design, a dança, a capoeira, a cultura po-pular, o hip hop, e muito mais”, comenta.

Como novidades para 2014, Vanessa adi-anta que a Fundição Progresso traz oficinasde percussão no projeto Repercussão(com os blocos atuantes no local), o Concur-so Nacional de Marchinhas Carnavalescas(com bailes e desfiles de carnaval), o RioMarchinhas - palco de carnaval da Lapa(com mais de 14 atrações locais), além daprogramação de verão da Fundição Pro-gresso, com o ensaio do Monobloco. Tudopara agradar ao fiel público do local e todomundo que gosta de curtir a Lapa carioca.

“Com a casacheia e o público

quente eparticipante que

comparece aosshows, as coisas

facilitam. E com asnovas mudanças

estruturais queestão sendo feitas

na casa, vaimelhorar

ainda mais

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ntre os produtos apresentados, oque mais chamou a atenção foi ver

que a empresa redefiniu por completo oseu conceito de teclado workstation, cri-

ando uma poderosa linha de equipa-mentos que preza pela facilidade de

acesso às ferramentas de produção mu-sical, permitindo-lhe manter um fluxo

de trabalho ultrarrápido e com a máxi-ma versatilidade. E o melhor de tudo:

por um preço bem mais atrativo que odas suas workstations top de linha.

Os integrantes da nova família de tecla-dos workstation Roland FA (FA-06, com

61 teclas, e FA-08, com 88 teclas e me-canismo Ivory Feel-G, que simula a ação

dos martelos de um piano) impressio-nam desde o momento em que são liga-

dos, pois ficam completamente prontospara o uso em menos de 10 segundos.

E

O ano de 2013 saiu de cena com fortes rumores deque a Roland descontinuaria, após mais de 10

anos de muito sucesso, sua consagrada linha deteclados workstation Fantom. Processo natural

do mercado ou pura especulação, a verdade é queos aficionados pela marca contaram os dias até o

15 de janeiro, data na qual a empresa lançariamundialmente suas principais novidades para o

ano de 2014.

Luciano Freitas é técnico de áudio

da Pro Studio americana com for-

mação em ‘full mastering’

ROLAND FA:ROLAND FA:REDEFININDO O CONCEITO DE

TECLADO WORKSTATION

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Seu painel de LCD colorido de 5”, que traz as informa-ções organizadas de forma lógica e intuitiva, aliado à

seção Sound Modify (capaz de atuar em 24 parâmetrosem tempo real por meio dos seus 6 controladores gira-

tórios), permitem ao usuário o acesso tátil e visual àmaioria das informações geradas pelo equipamento

sem ter que recorrer a qualquer menu ou submenu.Com um poderoso gerador multitimbral de sons de 16

partes e 128 notas de polifonia, os integrantes da linhaFA contam com mais de 2000 timbres derivados dos

dois principais módulos de sons lançados pela Rolandem toda a sua história: o INTEGRA-7 (atual módulo

top de linha do fabricante) e o imortal XV-5080, po-dendo ainda ter seu banco sonoro expandido por meio

de dois slots virtuais (compatíveis com as futuras cole-ções de expansão de sons desenvolvidas para a linha

FA). Do XV-5080, o Roland FA herdou a síntese PCM(Synth e Drums), responsável por reproduzir alguns

timbres clássicos ouvidos em vários sucessos da indús-

tria fonográfica; já do INTEGRA-7, o Roland FA her-dou os timbres com a tecnologia proprietária Roland

SuperNATURAL (Acoustic, Synth e Drum Kit).Dentre os timbres de instrumentos acústicos que uti-

lizam a tecnologia SuperNATURAL (Acoustic eDrum Kit), o usuário encontrará uma vasta coleção de

sons de pianos (acústicos e elétricos), órgãos, contra-baixos, cordas, metais e baterias - timbres estes que

atingem um nível de expressividade e realismo superi-or graças ao algoritmo Behavior Modeling, responsá-

vel por analisar constantemente a execução musical ereagir com base em informações como o tipo de

digitação (melodia ou acorde), o intervalo entre asnotas reproduzidas, a velocidade de execução da frase

musical e a articulação (execução ligada ou destacadadas notas). Além dos timbres SuperNATURAL

Acoustic e SuperNATURAL Drum Kit (estes deriva-dos da atual safra de baterias eletrônicas da linha TD),

o Roland FA conta com todos os timbres SuperNA-TURAL Synth presentes no INTEGRA-7, sendo to-

talmente compatível com a vasta e crescente coleção de

sons de sintetizadores disponíveis para download gra-tuito no portal Roland Axial. Conhecidos pela capaci-

dade de recriar os sons dos lendários sintetizadoresvintages que marcaram as décadas de 1980 e 1990, bem

como pela capacidade de criar novas texturas musicaisantes acessíveis apenas aos usuários do módulo INTE-

GRA-7 e dos teclados Jupiter 50 e Jupiter 80, cada tim-bre da categoria SuperNATURAL Synth é capaz de re-

produzir o som de três parciais, cada qual com umoscilador, um conjunto de filtros, uma seção de amplifi-

cador e um oscilador de baixas frequências (LFO).Além da vasta biblioteca sonora, o Roland FA possibi-

lita ao usuário disparar arquivos de áudio (samplers noformato WAV, AIFF ou MP3) por meio de um conjun-

to de 16 pads (x 4 bancos) sensíveis ao toque (arquivosestes não compatíveis com o gerador de sons do equi-Painel LCD colorido de 5”

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Para saber online

[email protected]

pamento). Essas

informações são armazenadase acessadas diretamente de uma memó-

ria flash (cartão SDHC, semelhante aosutilizados atualmente nas máquinas fo-

tográficas e filmadoras digitais), sendocarregadas de modo instantâneo no

equipamento. Ainda é possível gravar eeditar conteúdo para esses pads a partir

dos próprios sons internos do RolandFA ou mesmo de sinais provenientes de

fontes externas capturadas pelas suasentradas de áudio (conector P10 para

microfone ou guitarra – conector P2estéreo para sinais de linha). Além de

reproduzir os samplers, esses pads podemser utilizados para outras funções como,

por exemplo, silenciar ou isolar (solo)as partes de um Studio Set (modo multi-

timbral do equipamento, com 16 par-tes) e introduzir valores numéricos aos

parâmetros visualizados no painel.Como não poderia ser diferente, o

Roland FA vem equipado com uma se-leção de efeitos profissionais com quali-

dade de estúdio. Cada parte de umStudio Set possui um equalizador e um

processador de efeitos dedicado (MFX,com 67 diferentes algoritmos e um efei-

to de vocoder exclusivo para a parte 1),além de compartilhar os efeitos globais

de reverb e chorus. O canal 10 (drum

part), em especial, conta também com 6

compressores e 6 equalizadores que pos-sibilitam processar individualmente as

peças de uma bateria. Para a saída prin-cipal do equipamento estão disponíveis

um equalizador

e um compressor dedicados,capazes de dar aquele “toque final” na

última etapa do fluxo de áudio, e os no-vos processadores TFX (Total FX), com

efeitos diferenciados para produção demúsica eletrônica (EDM).

Outra ferramenta que merece destaqueno Roland FA é o seu sequenciador. In-

tuitivo e de fácil operação, essa ferra-menta permite iniciar o registro das

suas ideias pressionando um único bo-tão. São 16 pistas disponíveis e dois

modos de gravação (real time e step

record), com a possibilidade de utilizar o

seu gerador de padrões rítmicos para ge-rar pistas de percussão e bateria e o seu

arpeggiator para simular a execução dedeterminados instrumentos musicais

acústicos. Terminado o arranjo, agora épossível exportar todo o seu conteúdo

para arquivos WAV (mixagem comple-ta ou pistas individuais) e continuar a

produção em uma DAW, tornando oequipamento uma poderosa ferramenta

para captar as ideias iniciais que podemser a base das futuras produções em larga

escala no computador.E por falar em interação com o computa-

dor, além de operar como uma interfacede áudio USB/MIDI (2 canais de entrada,

2 canais de saída), o Roland FA possuiuma função dedicada (DAW Control)

que lhe permite controlar os principaisparâmetros de algumas DAWs existen-

tes no mercado, entras elas o Cubase, oLogic e o Sonar, bem como seus plug-ins

de efeitos e instrumentos virtuais.”

“Como nãopoderia serdiferente, o

Roland FA vemequipado com

uma seleção deefeitos

profissionaiscom qualidade

de estúdio

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age.

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s padrões, uma vez bem trabalha-dos, também podem vir a comple-

mentar uma composição já em estágiode edição, assim como reforçar a bateriaem algumas partes gravadas onde não

haja mais possibilidade de voltar ao es-túdio e regravar. Levando o conceito aoextremo, uma bateria real tocada por umbaterista de alto nível e gravada num es-túdio de porte sempre será insubstituível,mas nem todos têm acesso, dinheiro outempo para chegar a este resultado. Vale apena utilizar os recursos “virtuais” em al-

OA ideia é

explorarmos maisos recursos

avançados doDrummer, os

quais permitemum nível de

customizaçãomuito alto e,

para aqueles quequerem suprir a

falta de umbaterista,permitem

também chegar aum resultado bem

realista e commuitas variações.

Figura 1

guns casos, sem vergonha e, como já disse,o resultado pode ser surpreendente.Vamos começar nosso trabalho abrindoum template do Logic Pro X. Vá aomenu File > New From Template (ou

tecle Command + N) e escolha a opçãoSongwriter (Figura 1).O Drummer já estará aberto na primei-ra pista intitulada Portland, contendojá uma trilha de bateria no gênero al-ternativo baseada no Kit Portland. Sevocê clicar no lado direito inferior datecla no botão Details, aparecerão op-

CUSTOMIZAÇÃOE DESIGN da bateria

Recursos avançados quepossibilitam maiorflexibilidade e resultadosmais realistas

no Logic Pro X

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

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ções para configuração de Feel,Ghost Notes e equilíbrio de Hi-hat (Figura 2).O botão Feel possui doisrótulos, Pull e Push. Sevocê girar mais para a di-reita no sentido do Push, obaterista tocará um poucoà frente do beat e para olado esquerdo em direçãoao Pull, para trás do beat.Ghost Notes, aplicadas àbateria, usualmente sãonotas sincopadas de cai-xa (snare drum) tocadasde forma bem sutil, combaixa intensidade duran-te um groove, com objeti-vo de acrescentar swing.Numa microfonação real, devemser tratadas adequadamente. Per-cebe-se que esta função é bemavançada e permite aproximação

da realidade. Arrastar o botão per-mite ajustar o nível que você deseja

que as ghost notes sejam ouvidasem sua performance. É importan-te observar que a disponibili-dade deste recurso depende dobaterista escolhido e a com-plexidade da configuração.Se você tiver o hi-hat escolhidonuma performance, é possívelajustar a razão entre hi-hatsabertos e fechados. Você podeoptar pela opção Automaticou, tirando esta seleção, ajustarmanualmente essa proporção.Com a opção Automatic seleci-onada, os hi-hats vão abrir e fecharautomaticamente nos locais ade-

quados do beat. Se você escolhermais complexidade e intensidadeno painel x-y, os hi-hats serãomais abertos. Ao contrário, soa-rão mais fechados.

DRUM KIT DESIGNER

O Drum Kit Designer é um instru-mento virtual baseado em bateriaacústica sampleada em camadas. Adiferença está em sua integraçãocom o Drummer.Através da Biblioteca (Library), épossível acessar os diferentes Kitsdisponíveis (Figura 3). Note queao final da lista de Drum Kits háum item chamado Producer Kits.Abrindo este menu, os nomes dos

kits se repetem com um + na fren-te. Vamos abordar este assunto em

breve. Primeiramente, vamos vercomo acessar os Drum Kits e alte-

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

TECN

OLOG

IA|

LOG

IC |

ww

w.ba

ckst

age.

com

.br

58

rar seus parâmetros. Em Library, escolhao Drum Kit de sua preferência. No casocontinuaremos com o Portland. Aoclicar sobre o Channel Strip > DrumKit, você abre a visualização do seu setde bateria (Figura 4).Agora clique sobre uma peça da bateria.Nesse caso vamos clicar sobre o bumbo(Figura 5). Ao lado esquerdo surgemoutros bumbos que poderão ser substi-tuídos pelo primeiro do kit Portland.Fica clara agora a versatilidade do usodos kits do Drum Designer. A visu-alização da bateria também pode seracessada diretamente pelo Drum Editor(Figura 6). Lembre-se que nesse caso,foi criada a pista através do Drummer, oqual já estava incorporado no template queabrimos. Se abrir o Drum Kit Designeratravés de uma pista de instrumento virtu-al (Software Instrument), você não conse-guirá acessar o Drum Editor.Seguindo este caminho, são portantoacessados kits de bateria que represen-tam um mix down estéreo de um kitinteiro. São como presets otimizados

Figura 7

“Se você tiverencontrado o kit

de seu gosto,assim como aperformance,

pode serinteressante

mudar para omodo de

Producer Kits

Figura 6

para melhor desempenho da máquina.Se você tiver encontrado o kit de seugosto, assim como a performance,pode ser interessante mudar para omodo de Producer Kits. Como disseanteriormente, eles estão na lista finaldos Drum Kits, dentro da categoria

Figura 8

59

Figura 9

Producer Kits e esses presets sãoidentificados com um + logo adi-ante do nome original.Utilizando os kits desta categoria,aumentam as possibilidades deedição e alterações. Primeiramen-te, vamos escolher o kit ProducerKit > Portland +. Perceba queagora temos um kit multi-instru-mentos (Figura 7 e Figura 8). Sevocê seguir o mesmo raciocínio, só

que agora clicando sobreuma das peças da bateria,terá acesso ao Drum De-signer no Channel Strip.Basta clicar sobre ele queverá a bateria, como fize-mos anteriormente. Masse você clicar sobre umapeça, por exemplo, o bum-bo terá muito mais opçõesde peças para alterar (Fi-gura 9). Neste modo, há

um consumo maior de CPU, po-rém, um controle maior sobre asalterações possíveis.Lembrando ainda que, nos doiscasos, temos acesso a um menu deedição do lado direito da janela doDrum Kit Designer. Este menupermite a edição de vários parâ-metros, tais como afinação e gan-ho. Ainda utilizando os ProducerKits, é possível ver no mixer to-

dos os canais, auxiliares etc., eainda alterar os níveis, solo, mute,pan de cada uma das peças. Consi-derando que abordamos vários ní-veis de edição, desde a escolha doestilo, baterista, edição de peças,complexidade do loop até deta-lhamento no Producer Kits, te-mos um mundo inteiro para ex-plorar em termos de ritmo. Boasorte na sua aventura!

Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

ABLE

TON

LIVE

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acks

tage

.com

.br

60

ABLETON LIVE

igamos que você tenha organizadoseus loops, segmentos de áudio ou

mesmo MIDI e preparou seus mape-amentos no Session View com o seu

controller predileto e está inspiradopara tocar e deseja gravar o resultado

D

ABLETON LIVE

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

desse insight. Ou está produzindo uma

trilha para um filme, ou ainda preparan-do o material sonoro para um game e

precisa disso “pra ontem”. Isso é fácil eintuitivo no Ableton Live.

Vamos ao setup: arraste do diretório no

Jam Recording– Gravando!!

O Ableton livepermite gravar tudo

que você toca noSession View em

tempo realdiretamente no

Arrangement View(Janela de

Gravação Linear)

Session Setup

61

HD algum material sonoro para

nossa Jam Recording. Já está tudo

mapeado para ser disparado pelocontrolador MIDI (confira também

a coluna anterior: Launching andMapping 1&2, se tiver dúvidas).

Vamos disparar nosso material viaMaster Track (vide destaque em

vermelho indicado pela seta naimagem acima) usando o teclado do

computado. Selecione o primeiroClip na coluna do Master Track e

aperte Enter para tocarmos osTrack Rows (canais horizontais).

Estaremos tocando sincroniza-damente podendo então disparar

nossos clips individualmente tam-bém via MIDI Controller (qual-

quer Clip Slot pode ser mapeado,ou mesmo acionado pelo cursor do

mouse “on flight” em tempo real).Não tem com que se preocupar.

Tudo dá certo no Live, basta co-

nhecer alguns fundamentos do

programa. Por isso, insisto que

procure os tutoriais de ediçõesanteriores caso tenham alguma

dúvida.Você pode usar as setas do teclado

do computador para navegar pe-los Clips e apertar Enter para

dispará-los, mesmo já estando emperformance, sem interferir na

programação dos Track Rows (ca-

nais horizontais), mas deve voltarà coluna do Master Track para con-

tinuar a disparar sua programaçãooriginal. Voltando à coluna, seleci-

one qualquer Row e aperte Enter.Let´s Jamming

Aperte Enter para disparar o Mas-ter Track e a tecla F9 para gravar no

Arrangement View. Assim, tudoque você tocar na janela Session

View estará sendo gravado de for-ma linear (áudio ou MIDI) no ou-

tro setor do programa: Arran-gement View. Outra opção é tocar

em tempo real via plug-in também.Aperte a tecla TAB do computa-

dor para alternar entre as duasinterfaces, ou simplesmente clique

nesses ícones no canto superior di-reito da janela. Repare que esses

ícones indicam Visão Vertical ou

Horizontal do seu projeto e, defato, é essa uma das diferenças en-

tre as duas interfaces.Bem, a essa altura já devemos ter um

bom material gravado!Alterne Session View > Arran-

gement View e observe que tudo quefoi tocado está realmente gravado

Não tem com que se preocupar. Tudo

dá certo no Live, basta conhecer alguns

fundamentos do programa. Por isso, insisto

que procurem os tutoriais

Master Track

Jamming - Improvisando Alternar Session - Arrangement Habilitar Arrangement Window

ABLE

TON

LIVE

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.com

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62

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

agora, de maneira linear, “Horizontal”na janela do Arrangement View.

Observe ainda que a janela está todaacinzentada (Grey). Isso significa que

ainda não está habilitada para tocar o

que foi gravado. Veja a seta indicandoo ícone em cor laranja. Clique nele e

nossa janela estará habilitada (noteque o ícone desaparece).

Agora, com visibilidade, repare quetudo foi gravado.

Esse recurso do Ableton Live é incri-vel, pois possibilita organizar as jams,

composições, ou arranjos e experi-

mentar diversas combinações, e só fi-

nalizar o seu trabalho quando estiversatisfeito com o resultado.

Repare que foi possível inserir espa-ços em branco, repetir trechos inú-

meras vezes e gravar em tempo realMIDI com plug-in, ou mesmo áudio

via microfone, ou de qualquer fontede áudio. E, claro, o resultado da gra-

vação pode (e deve) ser reutilizado devolta no Session View. Aliás, isso será

matéria de tutorial futuro.

Boa sorte & Jams a todos!

“Repare que foi possível inserir

espaços em branco, repetir trechos inúmeras

vezes e gravar em tempo real MIDI com plug-

in, ou mesmo áudio via microfone

Resultado da gravação

63

BAIX

O EL

ÉTRI

CO|

www

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ge.c

om.b

r64

ruv Gear é uma empresa norte-americana sediada na Califórnia

com distribuição nos cinco continen-tes, cujo propósito básico é produzirprodutos inovadores, projetados paraprofissionais de várias áreas, tais comoDJs, fotógrafos, operadores de câmera,entre outros. A linha de opções é exten-sa, indo desde carrinhos de mão paracolocar cases e equipamentos, até pro-dutos de mais alta qualidade: Gig bagsde altíssimo padrão, mochilas especiais,correias duplas para guitarra ou baixo,em formato X ou Y, (tipo de equipamen-to já abordado em nesta coluna, temposatrás), e por aí vai.Porém, o que nos chama a atenção destaempresa é um produto dos mais peque-nos e discretos: os chamados FretWraps,que são velcros especiais com elásticos eespuma servindo como abafadores decorda. Este dispositivo é instalado facil-mente por ser colocado sobre as cordaspróximo ao início do braço (pode sercolocado sobre os primeiros trastes, oumesmo sobre o capotrasto). Isto causaum efetivo abafamento direto de todasas cordas, cortando assim os harmôni-cos indesejáveis (aqueles que soam ape-nas por ressonância simpática) que tan-to atrapalham uma performance, seja

G

em estúdio ou no palco. Para os entusi-astas de linhas soul/funky pizzicato,com seu timbre cortante, forte e decayrápido, onde cada nota é totalmenteauto explicativa e de curta duração, éuma ótima opção. Para os tapping outouchstyle maníacos (opa, aqui eu en-tro), torna a vida muito mais fácil!Como o abafador é totalmente ajustável,é muito prático escolher a pressão deseja-da para abafamento, com a melhoria depossuir quatro opções de tamanho:SM – Para baixos de 4 a 5 cordas, guitar-ras e violões (aço) de 6 cordas;MD – Para baixos de 5 a 6 cordas e vio-lões de nylon;LG – Para baixos de 6 a 7 cordas e gui-tarras de 7 a 8 cordas;

Abafar as cordas paraum pizzicato mais

contundente, confortável esem ruídos causados por

harmônicos ou cordasdesprevenidamente

soando... Uma idéia quejá se pensou na ponte,

colocando uma borrachaou pedaço de espuma sob

as cordas, e mesmo comelásticos femininos de

cabelo sobre as cordas nocapotrasto (eu mesmo uso

cadarços coloridos paraeste fim). Porém a

empresa Gruv Gear vemcom esta idéia elaborada,revisada e ampliada para

conforto e tocabilidadedo músico.

CORDA

ABAFADORES DE

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

65

XL – Para baixos de 9 a 12 cordas,touchguitars (Chapman Stick, Mo-bius Megatar, Warr guitars etc.), con-trabaixos acústicos e guitarras commais de 8 cordas (sim, elas existem...).Pode-se usar o FretWrap pouco an-tes do capotraste e, quando necessi-tar de mais abafamento, rapida-mente puxá-lo para cima do pri-meiro traste. Ato muito comumpara quem já assistiu o contra-

baixista Victor Woo-ten (o mesmo fazemseu irmão Regi e o se-gundo baixista da Wo-oten band) ao vivo.Não há muito mais adizer sobre este dis-positivo, porque ele étotalmente simples eprático. Fato é queeste material não de-ve ser substituto paraum efetivo estudo de

abafamento das cordas com a mãodireita sobre a ponte, ou com osdedos da mão esquerda, mas pro-porcionam uma opção a mais paraum toque limpo e claro.Para adquirir, deve-se visitar osite (www.gruvgear.com/fret-wraps) e comprar diretamentecom o fabricante, recebendo atra-vés dos correios. Como o preço étão simples como o produto (al-

Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

go em torno de U$30 mais o en-vio de sedex) já considerei terdois em casa para o caso do meubaixo ou do touchguitar reque-rerem sons mais abafados.Está necessitando de mais op-ções técnicas para abafar notase cordas? FretWrap Gruv Gear éa resposta.Paz Profunda!

PROD

UÇÃO

MUS

ICAL

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REVERBS 2

irect Sound (som direto) – Quan-do estamos em um ambiente, o pri-

meiro som que chega a nós é o som quevem direto do instrumento. As refle-xões irão chegar milissegundos depois.Como em uma mixagem normalmenteutilizamos o reverb em um canal auxi-liar, o som direto já é tocado no pró-prio canal do instrumento. Nestecaso, o parâmetro do som direto deve

ser colocado em zero ou off. Alguns, aoinvés de ter o parâmetro som direto,têm o “mix”, que é um balanço entre osom direto e o som reverberado.Pre-delay (atraso prévio) – Tirando asreflexões que vêm do chão, é o espaço de

D tempo que decorre entre o som direto eas primeiras reflexões atingirem o ouvi-do. É o pre-delay que nos dá a noção dequanto estamos próximos ou distantesda parede. Se houver um espaço de tem-po grande entre o som direto e as refle-xões iniciais, a nossa mente entendeque as paredes estão longe. Se o tem-po for curto, nossa mente nos avisaque as paredes estão próximas. Pode-

mos ter essa noção perfeitamentemesmo na completa escuridão ondenão seja possível ver as paredes. É co-mum a utilização de pre-delays de até120ms (milissegundos). Um recursomuito interessante é colocar o pre-

REVERBS 2Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

O fenômeno dareverberaçãoinclui alguns

fatores, e estessão

transformadosem parâmetros

para seremajustados.

Compreender osignificado de

cada um éextremamente

importante paraobter melhoresresultados dautilização do

reverb.

Se o tempo for curto, nossa mente nos

avisa que as paredes estão próximas.

Podemos ter essa noção perfeitamente

mesmo na completa escuridão

67

delay no tempo da música. Porexemplo, em uma música com umandamento em 120 bpm (batidaspor minuto), a semínima teria umaduração de 500ms (milissegundos).A colcheia de 250ms e a semi-colcheia de 125ms. Ajustar o pre-delay em 125ms, no caso de umamúsica no andamento de 120bpm, pode criar um interessanteefeito rítmico.Early Reflections (reflexões inici-

ais) – São os sons que refletem nasparedes e tetos mais próximos. Sãoos primeiros sons que chegam aoouvido após o tempo de pre-delay.O timbre das reflexões iniciaistambém nos fala sobre a naturezado espaço. Se as reflexões iniciaisforem brilhantes, provavelmen-te estaremos em uma sala comparedes de concreto ou granito.Se elas forem menos brilhantes,poderemos estar em uma biblio-

teca com muitos livros. Se elasquase não tiverem brilho, pode-remos estar dentro do estoque deuma loja de tecidos.

Size (tamanho) – Este parâmetrocontrola a distância entre as refle-xões iniciais. Quando as reflexõesiniciais são muito próximas entre

Figura 1

Figura 2

PROD

UÇÃO

MUS

ICAL

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68

Para saber [email protected]

si, sabemos também que se trata de umespaço pequeno. Quando elas são maisespaçadas, nossa mente nos informaque o espaço é maior.Decay (duração) – É o tempo que as re-flexões duram. Também conhecidocomo causa do reverb. Normalmente

para ambientação dificilmente se usa-rá um decay maior do que 1500ms,mas para efeitos especiais com, porexemplo, uma caixa eventual em um es-tilo reggae-dub-style, podemos usarreverbs de até 10 segundos.Density (densidade) – Determina aquantidade das reflexões na cauda doreverb. Quanto maior a difusão, mais den-so o reverb será por causa da regularidadeno preenchimento do espaço.Diffusion (difusão) – Determina a taxa

da densidade após o som inicial. Valoresbaixos para densidade e difusão criarãoum reverb mais “granulado”. Fica muitobom para vocais, por exemplo. Já parasons percussivos, é melhor uma taxa maisalta nestes parâmetros, criando uma re-verberação mais natural e consistente.Modulation (modulação) – Algunsreverbs ainda oferecem a possibilidadede adicionar um pouco de chorus oudetune nas reflexões para fazê-los soarmais complexos e também para evitaralgumas ressonâncias, mas sempre mui-to cuidado e critério ao utilizar a modu-lação, pois ela pode fazer um instrumen-to soar de forma não natural.A linha vermelha é o som direto, o pre-delay é o espaço entre a linha vermelhae o triângulo azul, as linhas laranja sãoas reflexões iniciais, o tamanho é o es-paço entre as linhas laranja, o triânguloazul é a duração, e a transparência dotriângulo azul é a densidade.Repare que apesar de fabricantes dife-rentes, layouts diferentes e até nomesdiferentes para os parâmetros, os con-troles exercem aproximadamente asmesmas funções.Abraços e até o mês quem vem.

Alguns reverbs ainda

oferecem a possibilidade de

adicionar um pouco de chorus ou

detune nas reflexões

Figura 3

69

REPO

RTAG

EM|

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r70

egundo a doutora especializada emaudiologia e fonoaudióloga Katya

Freire, diversos estudos apontam queaproximadamente 40% das pessoas ex-postas à música alta apresentam perdaauditiva permanente e mais de 70% ad-quirem perda auditiva temporária ezumbido após esta exposição. Para evi-tar e diminuir essas ocorrências, é pre-ciso que os profissionais envolvidos

S

[email protected]

Fotos: Divulgação

com o áudio se conscientizem sobre aimportância do uso de protetores comoos auriculares. “É de suma importânciaque o técnico de áudio conheça não so-mente a audição de quem ele monitoracomo a sua própria, pois perdas auditi-vas nestes profissionais são muito co-muns, o que pode prejudicar muito aqualidade das mixagens do som”, co-menta Katya Freire.

Você já sentiu osouvidos tampados

após sair de umshow? Você já tevezumbido após um

longo período deexposição a níveissonoros elevados?

Esses sintomasestão relacionados

a uma perdaauditiva

temporária epodem indicar apossibilidade de

uma perdaauditiva

permanente.

PROTEJASUA AUDIÇÃOSEU PRINCIPAL INSTRUMENTO DE TRABALHO

O baterista Giba Favery começou a perceber certa sensibilidade a determinados tipos sons

71

Giba Favery, baterista profissionalhá 27 anos, começou a percebercerta sensibilidade a determinadostipos sons, principalmente os agu-dos, quando ainda era estudante daBerklee College of Music, em Bos-ton (EUA), em 1997. “Estava emuma fase intensa de estudos e pas-sava horas em cima do instrumen-to com muito pouca proteção. Umdia acordei com zumbido nos ouvi-dos e começou uma grande lutapara tentar encontrar uma soluçãopara o problema”, recorda-se. “Mi-nha perda auditiva não foi signifi-cativamente grande, mas com elaveio o zumbido, a hiperacusia e afonofobia. Passei por diversos tra-tamentos aqui e fora do Brasil, ehoje em dia meu problema estácontrolado, e sigo minha carreirade baterista. Entretanto, tenhoque me proteger para que meu pro-blema não volte com a mesma in-tensidade que me acometeu”, ex-plica o músico, que hoje em diasempre faz uso de filtros auditivosespeciais para músicos, moldadosno formato do ouvido e fones deouvido in-ear para sistema demonitoração em shows e grava-ções. “Com eles consigo ouvir per-feitamente e fico protegido dosvolumes sonoros que podem cau-sar lesões irreversíveis para a audi-ção”, avalia Favery.

FISIOLOGIA DA AUDIÇÃOZumbido, Hiperacusia e a Fonofo-bia. Mas afinal, o que são? A dou-tora Katya explica que existem vá-rias causas de deficiência auditivaque não são possíveis de se evitar,como, por exemplo, as de naturezagenética, patológicas ou por con-sequência do envelhecimento na-tural. No entanto, a perda auditivacausada por exposição a níveis so-noros elevados pode ser evitada eos médicos otorrinolaringologis-tas, os fonoaudiólogos e os técni-cos de áudio devem estar muito

atentos a todos os danos causadospor essa exposição, sugerindo me-didas preventivas. “A exposição asons extremamente intensos po-dem acometer a saúde do indiví-duo de forma direta, causando al-terações auditivas, vestibulares, oude forma indireta, causando danosque podem ser chamados de efeitosextra-auditivos. Esses efeitos sãosubdivididos em Alterações Audi-tivas, que são a Perda Auditiva,Zumbido, Hiperacusia, Recruta-mento e Diplacusia; as Alterações

Vestibulares, que compreendem aVertigem e o Desequilíbrio; e, porfim, as Alterações Extra-auditivas,que afetam o sono, a concentração,o ritmo cardíaco, e podem causarcefaleia, depressão e irritabili-dade”, enumera.A perda auditiva é uma das conse-quências mais frequentes da expo-sição a níveis de pressão sonoraelevados, podendo ser classificadacomo aguda ou crônica. “As perdasauditivas agudas são aquelas queestão relacionadas a exposições re-pentinas a sons extremamente in-tensos, como a explosão de umabomba, um tiro, um rojão, ou atémesmo as microfonias das caixas desom durantes shows. Isso pode ocor-rer por apenas alguns segundos, po-rém de uma maneira tão intensaque provoca um trauma acústico”,especifica a fonoaudióloga. Já asperdas auditivas crônicas são aque-las que se instalam de maneira pro-

gressiva, mais lenta, em conse-quência de se ouvir música em ní-veis sonoros muitos elevados, usarconstantemente equipamentosportáteis de som com fones de ou-vido, frequentar boates, trios elé-tricos, shows e muitas outras ativi-dades que, num primeiro momen-to, provocam uma alteração tem-porária auditiva, e que, com o pas-sar do tempo, tornam-se perdasauditivas permanentes, irreversí-veis, conhecidas como perda audi-tiva induzida pelo ruído (PAIR).

ZUMBIDOO zumbido é um sintoma e nãouma causa. Pode-se compará-lo aum quadro febril, que é considera-do um sinal de alerta, que informaque algo no organismo não está emequilíbrio. Ou seja, todas as possí-veis causas devem ser investigadaspara que o tratamento mais ade-quado seja indicado. Embora exis-tam inúmeras causas do zumbido,existe uma grande associação dasua incidência com a perda auditi-va induzida por níveis de pressãosonora elevados (NPS). Sons co-mo apito, barulho de cachoeira,motor, grilo, chuva, panela depressão, chiado, rádio fora de sin-tonia, cigarra, batimentos cardía-cos, abelha, e muitos outros estãoentre os mais citados pelos pacien-tes. “Inúmeros músicos têm admi-tido que sofrem de zumbido e rela-tam ter seus desempenhos musi-cais limitados, ou mesmo relatam

A exposição a sons extremamente

intensos podem acometer a saúde do indivíduo de

forma direta, causando alterações auditivas

(Katya Freire)

““

REPO

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terem se aposentado da profissão de mú-sico devido a esse problema. Aqueles quemais têm queixas de zumbido após a ex-posição a níveis de pressão sonora eleva-dos são os violinistas e os bateristas, de-vido à proximidade do instrumento auma única orelha e à posição dos pratosna altura de ambas as orelhas, respecti-vamente”, alerta a especialista.

HIPERACUSIAA hiperacusia é um incômodo ou umaintolerância a sons de intensidade bai-xa. Ocorre em indivíduos com audiçãonormal e representa uma sensibilidadeanormal, ou seja, intolerância a sons debaixa e moderada intensidade. Quandose manifesta, provoca sensação de des-conforto a inúmeros sons do meio am-biente, mesmo de intensidade baixa oumoderada, independentemente da fre-quência que o compõem, por exemplo:os sons da água corrente, do ventilador,do refrigerador, da lava-louças, do carro,do telefone, da campainha, de portasendo fechada etc. Existe uma tendên-cia por parte das pessoas que têm hi-peracusia de utilizar protetores auditi-vos para se protegerem dos sons. Noentanto, essa prática é inadequada econtraindicada. Protetores auditivos,sejam eles de qual modelo forem, têmcomo função primária proteger a audi-ção de sons intensos que causem danosnocivos ao sistema auditivo. Já para ex-posição a sons que não têm intensidadesuficiente para causar esse prejuízo, nãoexiste a indicação de proteção. “Aocontrário do que se imagina, o uso ex-

cessivo de protetores auditivos, em situ-ações de sons pouco intensos, piora oquadro de intolerância, tornando a au-dição hipersensível. Muitas vezes, pes-soas que não apresentam nenhum sin-toma de hiperacusia acabam desencade-ando-a, como consequência do uso abu-sivo de protetores por um longo períodoem ambientes quase silenciosos. Paraavaliar a hiperacusia, é feito o exame deLoudness Disconfort Level (LDL)”, co-menta Katya Freire.

RECRUTAMENTOO fenômeno do recrutamento origina-sena cóclea e pode ser descrito como um au-mento da sensação de intensidade experi-mentada pelo paciente e que cresce des-proporcionalmente em relação ao cresci-mento da intensidade física.

Um dos tipos de protetor intrauricular

Protetores mais simples também diminuem riscos

“Aqueles que maistêm queixas de

zumbido após aexposição a níveisde pressão sonora

elevados são osviolinistas e os

bateristas, devido àproximidade do

instrumento a umaúnica orelha e à

posição dos pratosna altura de ambas

as orelhas,respectivamente(Katya Freire)

73

Explicando de maneira muito simples, a pessoa comuma cóclea saudável experimenta a sensação da amplifi-cação dos sons baixos e uma diminuição dos sons maisintensos. Quando existe uma lesão de células ciliadasexternas (CCE), pode-se dizer que ocorreu uma lesãococlear, e a sensação será contrária à relatada acima: ossons baixos não serão ouvidos e os intensos serão ouvi-dos de modo exacerbado. A queixa do paciente é que ossons altos o incomodam.

DIPLACUSIAUm dos sinais de diplacusia é o músico ter a percepção danota musical como linear, ou que está tocando fora dotom. A diplacusia trata-se de uma combinação patológi-ca de frequências e pitch (sensação de frequência), quepodem envolver dissonâncias ou uma súbita mudança depitch quando ocorre uma mudança de loudness (sensaçãode intensidade).

PROTEÇÃO AUDITIVAO National Institute for Occupational Safety and Health(NIOSH) recomenda que os níveis de exposição não exce-dam 85 dBA por 8 horas de intensidade contínua e que, a cada3 dB no aumento da intensidade, diminua-se pela metade otempo de exposição. Essa relação entre o nível de pressão so-nora e o tempo máximo de exposição permitido é o que podeser considerado “seguro” sem o uso de protetores auditivos.Ainda de acordo com a NIOSH, um indivíduo que está expos-to a 109 dBA poderá ficar somente por 1 minuto e 53 segun-dos sem nenhuma proteção, conforme a tabela. “Considerando que muitos palcos brasileiros têm umamédia de 115 dB de nível sonoro, e que muitos músicos etécnicos ainda não têm consciência sobre saúde auditiva, orisco de perda auditiva nessa população é grande e preo-cupante”, diz a fonoaudióloga. “Sendo assim, fica nítida a

Alguns protetores podem ser feitos por encomenda para adaptação perfeita

REPO

RTAG

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r74

importância do uso de protetores audi-tivos quando se está exposto a níveissonoros acima dos permitidos. Porém,é necessário o uso de protetores espe-cíficos para músicos para que se alcan-ce o objetivo da proteção auditiva de-sejada”, completa.

PROTETORESMuitos músicos e técnicos de áudio nãoutilizam protetores auditivos por desco-nhecerem o que a tecnologia atual podeoferecer. Existem hoje protetores comfiltro flat (atenuador linear), que man-têm o mesmo espectro de frequência dosom original, atenuando apenas o nívelde pressão sonora em níveis de 9, 15 ou25 dB, dependendo do ambiente ou ins-trumento a que estão expostos.Existem os protetores personalizados,manufaturados a partir de uma pré-moldagem, que possuem filtros linearesde 9 dB, 15 dB e 25 dB, e que podem sertrocados conforme a necessidade. A es-colha do filtro depende do nível sono-ro, do tempo a que o músico está expos-to e do tipo de instrumento que toca. Sea opção for ter o melhor custo-benefí-cio, é indicado o protetor auditivo uni-versal, com filtro linear fixo de 20 dB.Esses protetores não são indicados so-mente para músicos, mas também paraDJs, técnicos de som e todos aqueles quenecessitam de proteção auditiva, mascom a manutenção da percepção dossons da fala, mantendo a qualidade so-nora original.

PRESERVAÇÃO AUDITIVAPara a especialista Katya Freire, parase falar em Preservação Auditiva é ne-cessário que exista uma consciênciada importância da prevenção da perdaauditiva para os profissionais da músi-ca. “Na realidade brasileira nem sem-pre isso é possível, sendo necessário,antes de tudo, uma mudança cultural.Para tornar factível esse tipo de pre-venção, e baseada na prática clínicado atendimento personalizado a músi-cos brasileiros e técnicos de som, as-sim como na realidade do show busi-ness no país, sugiro que um Programade Conservação Auditiva para Músi-cos (PCAM), seja composto pelos se-guintes itens: monitoração da exposi-ção ao NPS (SPL); Reposicionamentofísico da banda; Avaliação Audio-lógica mínima: audiometria de 250 Hza 16 kHz e emissões otoacústicas; In-dicação de protetores e monitorespersonalizados; e mudança cultural,através de orientação e conscien-tização”, equaciona.Mesmo com todo o avanço da medicinae da tecnologia, ainda não é possível re-verter um quadro de perda auditiva porruído. “Equipamentos e instrumentosmusicais são possíveis de serem substi-tuídos, o que não acontece com o siste-ma auditivo. Curtir o som é bom, maspara manter o bom funcionamento deseu principal instrumento de trabalho,proteja sua audição”, recomenda a espe-cialista em audiologia.

Tabela NIOSH

Recomendação da NIOSH sobre o nível

de intensidade (dBA) e o tempo de ex-

posição permitido sem o uso de prote-

ção auditiva:

85 dB ............................................. 8hs

88 dB ............................................. 4hs

91 dB ............................................. 2hs

94 dB .............................................. 1 h

97 dB ........................................ 30 min

100 dB ...................................... 15 min

103 dB ................................... 7min30s

106 dB ................................... 3min45s

109 dB ................................... 1min53s

Músicos também podem usar monitores de palco

“Existem osprotetores

personalizados,manufaturados a

partir de uma pré-moldagem, quepossuem filtros

lineares de 9 dB, 15dB e 25 dB, e que

podem ser trocadosconforme a

necessidade.

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Festival de Verão

o todo, foram usados cinco siste-mas Mix Rack, um sistema Profile

e dois sistemas SC48. Além disso, umaunidade da nova Avid S3L somou-se

ao rider de mixagem de som ao vivo deartistas como Ivete Sangalo, Só Pra

Contrariar, Saulo, Claudia Leitte,Frejat, Paralamas do Sucesso, Revela-

ção, Jorge & Mateus, Timbalada, Har-

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

Realizado entre 29 de janeiro e 1 de fevereiro, a edição 2014 do Festival de Verão de Salvadormanteve a tradição de qualidade musical e tecnologia que têm seguido nos últimos anos. Maisde 120 mil pessoas se dividiram entre os dois palcos e a tenda eletrônica para acompanhar as

mais de 40 atrações que se apresentaram no evento, fazendo uso dos sistemas Avid.

monia do Samba, Maria Gadú, NandoReis, Luan Santana, Psirico, Gusttavo

Lima, Matheus Fernandes, Aviões doForró, Pablo e os internacionais The

Wailers e Ne-Yo. “Geralmente, utilizamos 48 canais em

nosso show, mas no Festival de Verão,em especial, precisei usar 52 canais por

conta de participações de orquestras e

Festival de Verão investe em

Nota da Redação:

A repor tagem foi

elaborada com

base nas

informações da

assessoria de

imprensa da Avid.

77

de Salvador

coral, e o sistema da Avid atende

perfeitamente à essa necessidade”comenta Jaksandro Silva, técnico

de PA do cantor Saulo.Além da qualidade de áudio e a

flexibil idade de operação, ostécnicos apontam como uma das

maiores vantagens dos sistemasAvid o pioneiro processamento

interno de plug-ins. Graças à estatecnologia é possível obter num

sistema de mixagem ao vivo asmesmas ferramentas, efeitos e fi-

delidade do som de estúdio. “Coma Avid tive a oportunidade de tra-

zer muito do meu trabalho em es-

de Salvador mistura de ritmos

túdio para o ao vivo, isso facilita

muito o trabalho” afirma Deny,técnico de PA de Claudia Leitte.

Os técnicos também contaram com

presença da assistência da QuantaLive, distribuidora oficial da marca

Além da qualidade de áudio e a

flexibilidade de operação, os técnicos

apontam como uma das maiores

vantagens dos sistemas Avid

LEIT

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no Brasil, no backstage do evento. “Há

pouco mais de três anos trabalhando como sistema de som ao vivo da Avid, pude

contar com a praticidade do proces-

“Há pouco maisde três anos

trabalhando como sistema

de som ao vivo daAvid, pude contar

coma praticidade do

processamentointerno de plug-ins

e com umsuporte de primeira

oferecido pelaQuanta Live

(Thiago Marcello)

samento interno de plug-ins e com umsuporte de primeira oferecido pela Quan-

ta Live” ressalta Thiago Marcello, técnicode PA do cantor Gusttavo Lima.

Cassimba, técnico de PA do Harmonia do Samba

Kalunga, PA de Ivete Sangalo

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DEMONSTRAÇÃO AVID S3LNesta edição do Festival de Verãoos técnicos também puderam co-

nhecer um pouco mais sobre os re-cursos da nova Avid S3L. Durantetodo o evento um sistema S3L,

composto por uma superfície

de controle, uma engine e sta-ge box, tudo conectado por Ether-

net AVB, ficou instalado em um

estande técnico nos bastidores dofestival para demonstração. Tra-

ta-se de um sistema compacto,modular e com integração direta

com Pro Tools 11 e plug-ins AAX,

possibilitando gravações e reprodu-

ções de até 64 canais por meio de umúnico cabo de rede.

O técnico de PA Ivan Aragão Cunha,mais conhecido como “Batata”, que

tem utilizado o sistema na nova turnêda banda Só Pra Contrariar, comentou

que, depois de dois meses utilizando o

sistema com 56 canais, se surpreendeucom a qualidade do áudio e a praticida-

de do sistema. “Além disso, temos gra-

vados todos os canais em Pro Tools, oque nos dá a possibilidade de criar

mídia com muito mais velocidade e emalta qualidade”, completou.

Jaksandro, técnico de PA do SauloBatata, técnico de PA do SPC

Marcello Felix, PA da dupla Jorge e Matheus Thiago Marcello, técnico de PA do Gusttavo Lima

Deny faz o PA de Claudia Leitte

os dias 21, 22 e 23 de março, o RESORTPLAZA ITAPEMA, um lindíssimo balneário

em Santa Catarina, foi palco de uma feira de ne-gócios que reuniu 128 lojistas de todo o Brasil, e,acompanhados de esposas e filhos, se divertirame fizeram bons negócios.

N

EXPO MUSICAL

Segundo Afonso Tonelli, diretor da Musical PlusRepresentações e realizador do evento, “nesteano conseguimos manter e até aumentar os bonsresultados do ano passado, provando que esteevento já se firmou como um grande provedor denegócios do nosso mercado, pois o lojistas fica

ª88Afonso Tonelli

PLUS - NEGÓCIOS E LAZER

junto com toda a família num local com toda ainfraestrutura de lazer. Ao final do evento, acon-teceu um jantar com a música da banda cata-rinense Sweet Memory (oferecida pela EmpresaOneal Áudio). Também foi sorteado pela organi-zação do evento um carro Fiat Uno 0 Km.

Expositores

Basso - C. Ibañez - Casio - Di Música -Dreamer - Edon - Fire - FSA - Hering -Nagano Drums - Octagon - Oneal - Orion -Quanta - RMV - Ronsani - Santo Angelo -Sennheiser - Solez - Tagima

Petito, da Pleidisco, recebe oprêmio do sorteio de um carro zero

CADERNO ILUMINAÇÃOVI

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MAC QUANTUM WASH LIGHTwww.martin.com

A Martin apresenta seu mais novo MACQuantum Wash. O equipamento é um movinghead projetado para aplicações exigentes, oQuantum Wash MAC apresenta uma cons-trução compacta e robusta que oferece fácilmanuseio, movimentos de alta velocidade ebaixo ruído de refrigeração. O Quantum WashMAC também combina uma paleta de coresda Martin Professional com uma mistura uni-forme, feixes apertados e belos efeitos washque oferecem brilho e perfeição.

MADTECwww.decomac.com.br

O novo MadTec tem o poderoso LED Quad Osram de 15w(4 em 1).Graças às suas lentes de design francês com maior desem-penho e melhor aproximação que resulta em um raio de 8graus mais concentrado, este novo modelo incorpora to-dos os benefícios de um MadTec pequeno, baixo ruído, ta-manho pequeno que lhe dão velocidade incomparável epermite que você obtenha o máximo de proveito em espa-ços apertados. Painel de controle traseiro com 4 botões defácil acesso aos seus 3 modelos de controle (DMX,MASTER/SLAVE).

LANCER BEAM 5Rwww.proshows.com.br

Rápido e silencioso, o Lancer Beam 5R FC/2 é um equipamen-to PLS de alta performance que veio para fazer a diferença.Possui lâmpada 5R, com 15 canais DMX, 14 cores mais abertase 17 gobos incríveis. Proporciona um show de luminosidade,com mais brilho e durabilidade. Ideal para casas noturnas,shows, eventos sociais e corporativos. Entre suas especificaçõestécnicas estão frequência de 50/60Hz, temperatura de cor de6000K, strobo de 1-13 flashes/segundo, potência de 350W, pande 540° e tilt de 265°. O efeito beam pode ser convertido emautomize effect.

83

TRI SHOT LEDwww.equipo.com.br

O TriShot LED é um modificador de cor de três cores emLED. Este compacto spot de luz se encaixa em praticamentequalquer lugar e possui sete cores pré-programadas, sendocapaz também de mistura completa de RGB. Seu ajuste defoco manual cria extremidades precisas ou uma suave varre-dura rápida e fácil. O TriShot LED opera silenciosamente eoferece programas automatizados de cores cativantes e setecanais de controle DMX. Destacam-se ainda nas suasespecificações técnicas ângulo de facho de 11°, intensidadede iluminação de 305 lux@ 2m, programas de disparoautomatizados via master/slave.

XLED 2007 BEAMwww.pr-lighting.com

A PR apresentou na feira de Frankfurt o novo XLED2007 Beam. Este equipamento, pesando apenas 4,36 kg,tem todas as vantagens da XLED 336, e vai além disso,pois pode rodar indefinidamente (bem como operar emsom para o modo de luz). O equipamento contém sete dasfontes de luz Osram Ostar, cerca de 15W cada, com LED4 em 1 para mistura de cores.

PROLED PH 4.5MM BLACKwww.proshows.com.br

Especialmente para a Copa do Mundo, a PROLED apresenta aosbrasileiros o painel de LED PH 4,5 mm Black. Leve, prático e ver-sátil, o PH 4,5 mm representa uma excelente opção para as aplica-ções de alta resolução. Pode ser vendido em módulos ou em gabi-netes. Possui LEDs SMD 3in1, densidade de pixels de 49.382/m²,16,7 milhões de cores e um sistema de controle sensível que podeajustar o brilho da tela automaticamente de acordo com a mudan-ça de iluminação interior e exterior. Além disso, proporcionaimagens vivas, com altas taxas de contraste e brilho, que atendema demanda de alta qualidade visual do uso comercial. O consumomédio é de 300-600 W/m², e consumo máximo de 1080 W/m².

CADERNO ILUMINAÇÃOIL

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século XX foi marcado pela maioriadas grandes invenções e (r)evolu-

ções tecnológicas da História. E o desen-volvimento ocorreu de maneira irregu-lar, com uma concentração temporal dosavanços nos sistemas de informação demaneira irrepreensível nos últimos 25anos. Neste contexto, os LEDs – Light-Emitting Diodes ou, em língua portu-guesa, diodos emissores de luz – que eramdispositivos usados basicamente para asinalização visual no início da década de1990, em menos de dez anos, passaram aser desenvolvidos como principais fon-tes luminosas para refletores na ilumina-ção cênica e atualmente ocupam aproxi-madamente 10% do mercado global – oque representa quase 100 bilhões de dó-lares no mercado mundial.Além desses dispositivos, muitas dasprincipais descobertas e invenções quehoje são realidade não passavam de so-nhos e eram classificadas como ficção ci-

O

CENÁRIOS E TENDÊNCIAS NA

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

entífica na década de 1960 - fossem na li-teratura, nas séries de TV, no cinema, nosfilmes de animação (e desenhos anima-dos da TV), nas histórias em quadrinhosetc. Nessas manifestações e produçõesculturais, a sociedade do século 21 eraretratada como um conjunto de consu-midores controlados, cuja alimentaçãoera produzida em cápsulas (pílulas), osmeios de transporte levitavam em viasinvisíveis e cenários do cotidiano eramrepletos de formas curvilíneas e muitailuminação, colorida e sequenciada emvelocidades desconfortáveis aos olhosdos expectadores.Mesmo que esses cenários sejam perce-bidos hoje como fantasias ingênuas edespretensiosas, muitas das “previsões”daquele período atualmente são possí-veis, algumas ainda que em desuso; paraoutras, ainda se configuram em “so-nhos”. No entanto, neste contexto, ailuminação cênica também era imagi-

Na últimaconversa, as

inovaçõestecnológicas e astendências a elas

relacionadas eramanalisadas como

facetas de ummercado

profissional quecontinuamente se

desenvolve, a partirde necessidades ounatural evolução,

ou mesmo, pelaadoção de posturas

e demandas, combase em requisitos e

princípiosvinculados à

sustentabilidade.Neste texto,

centrado em umaúnica tecnologia,outras premissas

serão analisadas.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

PARTE 2

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Fonte

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nada como algo surreal, e acredita-va-se que a grande evolução seriarelacionada à maior quantidade defontes e instrumentos de ilumina-ção produzidos e configurados emreduzidos equipamentos.Em parte, isso realmente ocorreu.Alguns projetos de iluminação cê-nica compreendem centenas de ins-trumentos, em quantidades que há30 ou 40 anos eram inimagináveis (eimpossíveis, devido às limitaçõestécnicas e tecnológicas). Algunsequipamentos também tornaram-semenores, mais otimizados e o con-trole, que era analógico, hoje se di-versifica e oferece uma gama de pos-sibilidades, graças às plataformasdisponíveis. Muitos conceitos mu-daram, mas para outros, ainda hámuito a se desenvolver. O que espe-rar para os próximos anos e até para apróxima década?Não é possível prever o futuro; masé salutar e oportuno antecipar ten-dências. Enquanto o mercado rapi-damente se adapta à incorporaçãodo HBLED - High-Brightness LED,ou LEDs com elevado brilho – ou-tras tecnologias evoluem e cami-nham para o mesmo setor. Surgementão os OLEDs.Os OLEDs – Organic Light-EmittingDiodes – surgiram, como conceito,

ainda na década de 1950. Desde en-tão, o desenvolvimento tecnoló-gico de soluções da nanotecnologiae que resultaram nos OLEDs pro-porcionou uma aproximação realdas expectativas criadas nos pri-mórdios dos cenários futuristas dametade do século 20 para a atuali-dade. Como exemplo, e para os afi-cionados em Star Trek, muitas dassoluções tecnológicas que erammostradas na série produzida na dé-cada de 1960 para ambientes am-plamente e perfeitamente ilumina-dos com dispositivos flexíveis já sãopossíveis com os OLEDs. Atual-mente, são amplamente utilizadoscomo monitores em telefones, tablets,laptops e em outras aplicações, taiscomo TVs e mesmo iluminaçãode veículos. Entretanto, o uso deOLEDs na iluminação tem sidorelativamente limitado nos pro-jetos de interiores (comerciais eresidenciais) e também nas aplica-ções artísticas especializadas, comoé o caso da Iluminação Cênica.Como principais vantagens, osOLEDs são produzidos com bri-lhos mais intensos e maiores con-trastes – pois se configuram emplacas com superfícies iluminan-tes, em detrimento dos LEDs quesão fontes luminosas puntiformes;

um único display pode reproduziruma quantidade muito maior decores do que um refletor com LEDs;por serem estruturas finas e flexí-veis, tendem a ser produzidos nasmais diversificadas formas e di-mensões; e ainda possuem melhoreficiência, como um todo. Alémdessas vantagens, são desenvolvi-dos em consonância com outrasformas de energias mais sustentáveis(e, naturalmente, menos poluentes emenos ambientalmente impactan-tes), tais como a solar e a eólica.Como algumas desvantagens, sãodispositivos frágeis e sensíveis àumidade e à irradiação ultravioleta(raios UVs). Também, ainda pos-suem reduzida vida mediana, com-parados aos HBLEDs disponíveisno mercado.Alguns desafios naturalmenteconferem aos OLEDs algumasperspectivas mais modestas –principalmente na expansão des-se produto em relação ao merca-do. Atualmente, a relação de inves-timentos, mensurada em dólarespor lúmen faz com que o preço sejasimilar aos LEDs inorgânicos, am-bos atingindo cerca de US$ 15 pormil lúmen. Atualmente, os painéisde OLEDs custam aproximada-mente US$ 1.500 para cada metro

Figura 1: Iluminação com painéis uniformes – Star Trek (década de 1960).

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CADERNO ILUMINAÇÃO

quadrado.Em menos de 5 anos, os OLEDs serãoproduzidos com índice de reproduçãode cores - IRC - superior a 95 (o quesignifica uma eficiência de 95% na re-produção exata das cores, se compara-das à mesma reprodução com a luz so-lar), intensidades superiores a 150 lm/W (isso seria o triplo da capacidadeatual) e vida mediana superior a 40mil horas, o que representará um pa-tamar incomparável de performancee superioridade em comparação às ou-tras tecnologias existentes.Também, são pesquisados e produzi-dos seis tipos de OLEDs, com aplica-ções na indústria e em soluções di-versas. Desses, destacam-se dois ti-pos: PMOLEDs (ou PM-OLEDs) eAMOLEDs (ou AM-OLEDs).Os PMOLEDs - Passive Matrix Orga-nic Light Emitting Diodes – são siste-mas matriciais (com linhas e colunasde displays) nos quais são reproduzi-dos textos e ícones como principaisinformações a serem exibidas. Nestetipo de formato, os espaços entre as li-nhas e colunas podem também serativados para a reprodução de pixelsindividuais nos pontos de interseção.

Os AMOLEDs - Active Matrix Orga-nic Light Emitting Diodes -, tem mui-tas semelhanças com o PMOLEDs. Noentanto, o AMOLED incorpora maiselementos como um circuito de driver,tornando mais fácil controlar os ele-mentos individuais na matriz, bemcomo proporcionar uma maior flexibi-lidade e um maior nível de desempe-nho global e capacidade. Como resul-tado, o AMOLED já é mais ampla-mente utilizado em aplicações maisexigentes em que são necessários ní-veis mais elevados de desempenho(como, por exemplo, nos monitoresdos smartphones).Ainda não é certo que os OLEDs te-nham a mesma aceitação que os LEDstiveram – e que, mesmo com umaampla aceitação, levaram quase umadécada para serem produzidos emlarga escala. Nos atuais cenários,conforme mencionado anteriormen-te, os OLEDs seguem o mesmo cami-nho que os LEDs: atualmente, com-põem-se em soluções de suporte; ain-da não são os protagonistas para umadeterminada finalidade (por exem-plo, no mercado de telas para TVs,concorrem com outras tecnologias,

Fonte

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Figura 2: Aspecto de um display com várias unidades OLEDs.

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tais como LCD e Plasma) e ainda re-querem visibilidade no mercado.Mas existe outro cenário ao qualos OLEDs podem ocupar e preen-cher, como uma lacuna irrestrita eimprevisível: a integração total entre

estruturas e elementos cenográficos ede iluminação cênica.Em junho de 2011, a banda BlackEyed Peas utilizou em palco uma apli-cação experimental para os OLEDs:

em um projeto integrado e desenvol-vido pelo lighting designer e execu-tivo holandês da Philips LIghting,Rogier Van der Heide, com a costumedesigner (estilista) sueca B. Åkerlund,todos os trajes e vestuários para a ban-da foram produzidos com placas deOLEDs em formatos e tamanhos di-versos, e controladas por sinais digi-tais, de forma a sincronizar essesdispositivos com os demais. Para ocatsuit (“Macacão”) de couro que avocalista Fergie usou naquela turnê,por exemplo, foram utilizados 75 pai-néis, que “respondiam” aos estímulosdas canções, como se fossem equa-lizadores gráficos musicais.Se para trajes as possibilidades foramtotalmente compatíveis – aindamais pela leveza e flexibilidade –,para rotundas (cortinas ou telas defundo) e bambolinas (faixa ou tes-teira que esconde a estrutura de ilu-minação nos teatros, também co-nhecida como urdimento) –, em ou-tros elementos estéticos e visuaispara espetáculos teatrais e shows,além de áreas mais amplas com ilu-minação uniforme, as possibilidadesde configuração, disposição e apli-cabilidade são inúmeras.No ano seguinte, a empresa estadu-nidense HM Electronics, Inc. utilizou

Fonte

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Figura 3: Aspecto de um display com uma única unidade OLED, de maior dimensão

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Figura 4: Fergie com o traje desenvolvido comdisplays OLEDs.

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Para muitos lighting designers, o uso dos

OLEDs na Iluminação Cênica será um caminho

natural e irreversível, frente a cenários

inimagináveis e fascinantes

um sistema matricial de endereça-mento de dados e informações integra-das na realização do show que celebrouo aniversário de sessenta anos de coroa-ção da Rainha Elizabeth II no trono do

Reino Unido, e uso de painéis comAMOLEDs.Entretanto, fica uma dúvida: houvealgum progresso desde então (após arealização desses dois eventos)? Sim, eao mesmo tempo, não. Positivamente,em relação ao desenvolvimento dosOLEDs de forma a serem dispositivosaptos a serem produzidos, comerci-alizados e implementados em projetosde iluminação para as mais diversi-ficadas aplicações e finalidades. Empre-sas com a Philips, a GE e OSRAM já

disponibilizam luminárias, módulos epainéis com OLEDs.Negativamente, pelos elevados custos epelas limitações (desvantagens) acimadescritas, o que, atualmente, impactam

nas decisões e nos projetos, de forma anão utilizarem ainda toda a versatilida-de e possibilidades desses dispositivos.Para muitos lighting designers, o usodos OLEDs na Iluminação Cênica seráum caminho natural e irreversível,frente a cenários inimagináveis e fasci-nantes – em todos os sentidos (e per-cepções visuais).Abraços e até a próxima conversa!

“Para saber mais

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Figura 5: Diamond Jubilee Concert – no exterior do Palácio de Buckingham (Londres, Inglaterra, 4 de junho de 2012)

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NOVO SITE DACANTORARAQUEL MELLOA cantora está com um

website para divulgar

seu próximo trabalho, Há

um Deus no Céu, com a

finalidade de aproximar

ainda mais o público das

notícias, agendas e ou-

tras atividades da adora-

dora. Com um layout

moderno e visual que se-

gue as artes gráficas do

seu álbum, no site é pos-

sível conferir as últimas

notícias sobre o ministé-

rio da cantora, além de

agenda completa de

suas ministrações, disco-

grafia, biografia, fotos,

vídeos, contatos para

agendamento e interação

com suas redes sociais.

Som da Paz

Depois de morar e trabalhar por 11 anos nos

EUA, o pastor Jorge William Nascimento Dias

voltou à sua terra natal e iniciou um trabalho de

evangelismo urbano, utilizando a música como

“vara de pescar”. Ele começou o trabalho so-

zinho tocando na orla de Copacabana, e o

projeto amadureceu. Hoje, o Som da Paz é

composto por seis músicos, que utilizam apa-

relhagem própria (equipamento de som, ins-

trumentos e um gerador de 7KVA), e se apre-

senta em locais como Largo da Carioca, Pra-

ça XV, Arpoador, Lapa e Praça Araribóia

(Niterói). Aproveitando o horário do rush, entre

às 16h e 18h (exceto na Lapa), o SDP surpre-

ende as pessoas que circulam apressadas,

fazendo-as parar por um instante para curtir

boa música cristã em diversos ritmos como

Baião, Reggae, Bossa Nova, Jazz, MPB,

Vanilda Bordieriprepara CD inédito para 2014

MÚSICA DEMARCO AURÉLIOÉ TRILHASONORA NA TVUma grande surpresa

para o cantor Marco

Aurélio. A sua música

de sucesso chamada

Só Jesus foi seleciona-

da como trilha sonora

em uma das cenas da

minissérie Milagres de

Jesus, no episódio que

relatou a história sobre

A cura do servo do cen-

turião, exibida na TV

Record. Marco Aurélio

lançará seu terceiro ál-

bum pela Central Gos-

pel Music no segundo

semestre deste ano.

A cantora acaba de confirmar a produção de seu novo álbum, queserá o quarto título de Vanilda lançado pela Musile Records, novo

selo da Aliança Produção e Distribuição, dando sequência aos su-cessos Assim Sou Eu, A Pesca e Pra Deus é Nada, que venderam mais

de 120 mil cópias. O repertório já está definido e promete impactar o público cristão com15 faixas inéditas. O time de compositores inclui Leandro Borges, André Buenno, Cláudio

Louvor, Moisés Cleyton, Rogério Júnior, Nikolas Ribeiro, além das canções autorais deVanilda Bordieri. A produção musical ficará sob a responsabilidade do maestro Ronny

Barboza. Agora é só curtir as novidades na página do Twitter @MusileRecords.

Blues, Samba Canção, entre outros.

As apresentações geralmente são abertas com

temas instrumentais e incluem The Masquarede

(George Benson), Samba de uma nota só e

Desafinado (Tom Jobim), Amazonas (João

Donato), entre outros. O SDP também apre-

sente seu repertório de músicas autorais. Além

do gerador de 7 KVA, o grupo também utiliza

um monitor de LED de 50 polegadas. O equi-

pamento fica postado atrás da bateria e exibe

vídeos com as belas paisagens do Rio de Janei-

ro, além das assinaturas dos apoiadores. O

Som da Paz é composto por Jorge William –

violão e voz; Lucas Fernandes – Teclado; Jean

Carlos – baixo; Aluizio Laurindo – Guitarras; Edir

Gonçalves – Bateria e Eliéu Santiago – Backing

vocal. O grupo prepara um DVD e CD que

serão lançados neste mês de abril.

PEQUENO ADORADORJá está na fábrica o CD Grandes Sucessos

na Voz de Gabriel. O primeiro do pequeno

adorador Gabriel, que emociona não ape-

nas pela virtuosidade vocal, mas por tudo

que transmite. Ressuscita-me, Advogado

Fiel, Aos Pés da Cruz, Faz Um Milagre em

Mim e Identidade - com direito a participa-

ção do cantor e compositor Anderson Freire

- estão entre as regravações. O álbum traz

dez inesquecíveis canções e uma faixa inédi-

ta na voz do menino de apenas seis anos. E

conta com a produção de Emerson Pinheiro.

LIBERTA-MEO DVD Liberta-me, de Fernanda Brum,

já está na fábrica. Foram oito meses de

pré-produção até a gravação no dia 31

de agosto de 2013 no Chevrolet Hall em

Recife. E o engajamento de centenas

de profissionais, desde a decisão de

gravar o primeiro DVD da MK na capital

pernambucana, até a viabilização do

projeto, que foi captado dentro do

"Canta Recife" - evento já consagrado

no estado. Liberta-me (que já conquis-

tou Disco de Platina) é a base do DVD,

mas dois medleys garantiram momen-

tos inesquecíveis: um formado por clás-

sicos do repertório da cantora, como

Aos Teus Pés e Meu Bem Maior; e outros

com sucessos românticos, que teve par-

ticipação de Emerson Pinheiro (produ-

tor e marido da cantora).

DVD Heloisa Rosa em fase de mixagem

Gravado ao vivo no Teatro Bradesco (SP), o

novo álbum da cantora registra os sucessos

de Heloisa Rosa pela primeira vez em vídeo.

Já em fase de mixagem, etapa que consiste

no equilíbrio dos planos e timbragem de to-

dos os instrumentos e vozes que irão compor o

áudio final, o lançamento está previsto ainda

para o primeiro semestre de 2014, com a mar-

ca Musile Records, novo selo da Aliança Produ-

ção e Distribuição.

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Na Fábrica

Mais um lançamento MK Music

na fábrica. O CD A Misericór-

dia Me Alcançou, de Tuca Nas-

cimento, que assinou contrato

com a gravadora em fevereiro

deste ano, já teve a capa do

CD publicada com exclusivida-

de pela presidente da grava-

dora, Yvelise de Oliveira.

Ao todo, dez canções integram

o projeto. A produção é tam-

bém de Tuca Nascimento, que

assina cinco faixas em parceri-

as com outros cantores e com-

positores, além de participa-

ções especiais, entre elas, o

Trio Nascimento com Gisele,

Michelle e Wilian.

Nova VidaO novo álbum do cantor PG játem nome definido. Nova Vida

(MK Music) dá nome à terceiramúsica que PG compôs para o

projeto. O cantor tem testemu-nhos de vida marcantes e mui-

tos são conhecidos por seus ad-miradores. Todas as etapas, boas

ou não, serviram de inspiraçãopara o novo CD, que celebra

seus 10 anos de carreira solo e20 de ministério. Nova Vida

será o sexto trabalho solo dePG pela MK Music. O novo

trabalho traz a maioria dascanções de autoria de PG,

que tem parcerias apenas nascomposições, com Anderson

Freire e pastor Lucas – também do cast MK Music. O estú-dio construído na casa do cantor (PG Music Studios) foi fundamental para o início das

gravações. PG decidiu que a maior parte da produção seria realizada nele, para ficar ain-da mais próximo de sua família.

BOAS

NOV

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Fortaleza é o título do déci-

mo-primeiro trabalho docantor e pastor André Vala-

dão. O CD foi gravado aovivo na capital cearense e

reúne, além de canções iné-ditas, regravações com nova

roupagem. Entre as partici-pações especiais estão Ana

Paula Valadão, Mariana Valadão e Thalles Roberto. Esteé o primeiro projeto do cantor com o selo da gravadora

Som Livre. Ao longo de sua carreira, André Valadão jávendeu mais de 1,6 milhão de CDs e foi indicado por

duas vezes ao Grammy Latino.

FortalezaAndré Valadão

DANIELLI MARINHO | [email protected]

[email protected]

LançamentosLançamentos

A Graça Music acaba delançar mais um CD de Da-

nielle Rizzutti. Boas Novas

pra Você! traz canções volta-

das para o público infantil deautoria de Michael Sullivan,

R.R. Soares, Anayle Lima eCláudia Motta. Com direção e

produção musical de MichaelSullivan e direção geral de

R.R. Soares, o CD foi masterizado no Estúdio Vison, egravado e mixado no Estúdio Clave de Sullivan.

Boas Novas pra Você!Danielle Rizzutti

Romper meus limitesGislaine e Mylena

A escolha do repertório foi

cuidadosa e levou oito meses.O terceiro trabalho desta

curitibana pela MK Music,oitavo de sua carreira, conta

com os produtores EmersonPinheiro e Melk Carvalhe-

do. As músicas têm uma le-vada sertaneja e foram com-

postas por Anderson Freire, André Freire, Alan &Junior, Junior Maciel &Josias Teixeira, George de Paula

e Rick & Renan.

A PortaAriely Bonati

A coletânea da MK Music

traz diversos hits de artis-tas consagrados com Aline

Barros, Bruna Karla, KleberLucas, Regis Danese, entre ou-

tros, num total de 14 faixas.

Juntos – Ao vivoVários artistas

Conhecido por trazer ao Bra-sil canções como Reina em

Mim, Quebrantado, Me Derra-

mar e Vem, Esta é a Hora, o Mi-nistério Vineyard, a partir de

um inusitado cenário forma-do por diversas aeronaves,

traz em seu o novo disco 15faixas que conduzem o públi-

co a uma experiência emocionante através da música.

Ao Vivo no HangarVineyard

As capixabas lançam o ál-

bum produzido por TucaNascimento lançando mão

do estilo sertanejo pop co-mo base, mas com direito a

experimentações. Nas dezfaixas do CD, cada uma traz

uma história, um propósi-to, uma mensagem.

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LUIZ

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O PARAÍSO AGORAO PARAÍSO AGORAomo os leitores habituais da coluna já sabem,

venho contando em sequência a história dos dis-cos da minha carreira. Depois de Passado, Pre-

sente, Futuro e do Terra - ambos do trio Sá, Rodrix& Guarabyra - e dos cinco primeiros da dupla, chego

ao sexto de Sá & Guarabyra, O Paraíso Agora.

Com o Dez Anos Juntos vendendo que nem tomate nafeira – o que o levaria a ser um dos melho-

res casos de custo-benefício da história dafonografia brasileira, já que custou uma

merreca e ficou cerca de vinte anos em ca-tálogo, vendendo pra lá de milhão de cópi-

as – assinamos novo contrato com aRCA, que agora sorria de orelha a ore-

lha... Partimos com gana e disposiçãopara uma nova curva ascendente na car-

reira, via gravação de um novo disco.Guarabyra chegou com título e música

prontos: O Paraíso Agora. Dado o mo-mento que vivíamos, aprovei ambos

prazerosamente. Como eu morava noRio e as gravações iriam rolar em São

Paulo, fui mudado provisoriamen-te para uma enorme cobertura no então

pujante Lord Palace Hotel, onde a RCAcostumava hospedar o cast alienígena,

em pleno largo de Santa Cecília e a doispassos – largos! - do estúdio.

Em 1983, Santa Cecília era um lugarinteressantíssimo. Espero que o seja

até hoje, já que faz tempo que nãoando por aquelas bandas. Tinha uns

Cbotecos tradicionalérrimos, onde eu, Guarabyra,

Johnny “B. Goode” Magalhães, Lyzandro “Liso” An-tônio e o nosso então empresário Ralf Ramos costu-

mávamos devorar um inacreditavelmente bom fígadode peru marinado de café da manhã e jogar sinuca à

noite. Numa dessas madrugadas de tacos e bolas, a PMresolveu dar uma geral no boteco e veio exigir nossos

documentos. Quase caímos de rir quando Guarabyraapresentou o que restava de sua carteira provisória de

músico profissional que a OMB

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fornecia quase a contragosto, feita, diga-se de passa-gem, de um papelão meia-boca. O PM “bad guy” olhou

praquilo com o desprezo estampado na testa:- Que é que é isso aí, ô meu?

Era a minha deixa:- Aí, ele está comigo.

E joguei minha vermelhinha da Ordem dos Advoga-dos do Brasil na mesa. Jamais saía sem ela.

O PM “bad guy” ficou tão perplexo ao entender que eu- aquele hippie cabeludo de bata indiana e jeans desbo-

tados – fazia de algum jeito parte do establishment da leique perdeu o balanço, o que proporcionou ao outro

PM, o “good guy”, um sorriso pacificador:- Os cara são gente boa. Vamo nessa.

Eles saíram e nós mal conseguimos continuar ojogo, às gargalhadas, assistindo o Guarabyra tentar

reconstituir o quebra-cabeça em que se transformarasua estraçalhada carteirinha. Até hoje não sei se ele

pediu a 2ª via...Mas voltando ao disco: o

produtor, nosso amigo GutiCarvalho, morava no Rio e

estava super ocupado, en-volvido com vários proje-

tos simultâneos, já que aRCA resolvera investir e

crescer no mercado. Gutidelegou então ao guitarris-

ta Rick Ferreira a produçãoexecutiva. Rick, braço direi-

to do nosso querido ErasmoCarlos, não estava habituado ao jeito Sá & Guarabyra de

ser e ficou realmente bolado com a maneira de condu-zirmos as gravações, pilotadas de fato pelo tecladista e

arranjador Ruriá Duprat, sobrinho de Rogério, filhode Régis e nosso orgulho particular de co-descoberta.

Naqueles princípios de 80, os MIDI reinavam: Ruriácomandava seus emulator, polysix e prophet 5 com

prazer e eficiência. Com o tempo, Rick entrou no ba-rato e fez belas intervenções em Cheiro Mineiro de

Flor, Porta do Farol, Animais Domésticos e Fogo Pagô.Além disso tudo, estávamos estreando uma nova

banda de apoio: Alaor Neves na batera, o inesquecí-vel Sergio Kaffa no baixo, Marco Bosco na percussão,

o próprio Ruriá nos teclados e Betto Martins na gui-tarra, este o último remanescente da banda Ponte

Aérea, que nos acompanhara no Dez Anos Juntos. Naparte gráfica, ganhamos outro presente genial, con-

vocando de novo a dupla Gernot Stiegler (layout) eElla Durst (fotos). A foto de Ella no encarte captan-

do nosso momentum de concentração nos Guild,guitarra e violão, é uma daquelas coisas que não se re-

petem. Reforçando esse encarte único, as maravilho-sas ilustrações surrealistas de Renê (nossa, ninguém

naquele tempo usava sobrenome?) plantavam mu-lheres em vasos de flores, seios em taças de milk-

shake, rostos femininos em luas crescentes, olhos emcachoeiras, cachorros humanóides em salas de TV e o

que mais sua imaginação enxergasse através de nos-sas músicas. Não satisfeitos com tudo isso, acrescen-

tamos ao encarte letras cifradas e profusos agradeci-mentos a uma infinidade de amigos que nos apoia-

vam nas boas e más horas. Foi no Paraíso também queGernot tentou mudar o logo da dupla. Para que pu-

déssemos comparar o novo logotipo com o antigo, elecolocou ambos na parte interna do encarte. Até hoje

usamos o antigo, mas revendo a arte do novo, ficoainda na dúvida.

Outra coisa importante na história desse disco é ofato de que – por força de estarmos morando em cida-

des diferentes num tempo onde inexistia a internet –

só Quando Provei Teu Doce, Fogo Caipira e Minha Com-

panhia são parcerias reais. Embora tenhamos assinado

as músicas em dupla, Guarabyra compareceu com ALonga Noite, Fogo Pagô e Paraíso Agora, e eu com Capi-

tão Meia Noite, Cheiro Mineiro de Flor, A Porta do Farol

e Animais Domésticos. Cheiro Mineiro de Flor veio a ser

a preferida dos programadores de rádio e acabou setornando naquele 1984, ano de lançamento do disco,

uma das músicas mais executadas no eixo Rio-SP-BH, com o saudosíssimo Johnny “B.Goode” Maga-

lhães comandando a aguerrida divulgação da RCA.Justamente quando nossas festas na cobertura do

Lord Palace estavam ficando famosas, a gravação aca-bou e eu tive que voltar pro Rio, com um ótimo disco

embaixo do braço. Apesar de emblematicamente deépoca, ou seja, eletrônico ao extremo - ou até mesmo

por isso! - O Paraíso Agora nos pôs de volta ao centrodo jogo, preparando-nos convenientemente para

1985, um de nossos melhores anos.Mas isso é assunto pro mês que vem...

Naqueles princípios de 80, os MIDI

reinavam: Ruriá comandava seus emulator,

polysix e prophet 5 com prazer e eficiência.

Com o tempo, Rick entrou no barato...““

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