Edição 257- Jan/ Fev 2008

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www.acm.org.br Nº 257 • Janeiro / Fevereiro - 2008 Cumprimento efetivo do Plano de Cargos e Vencimentos e da GDPM, adoção plena da CBHPM, controle da qualidade das escolas médicas, contratações de médicos nos hospitais estaduais, condições adequadas de trabalho, regulamentação da medicina e verbas condizentes com a saúde são algumas das lutas que exigirão empenho e mobilização da classe médica no ano de 2008. 2008: Ano de cobrar o cumprimento das conquistas médicas CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL Nº 68001020/2001 DR/SC ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA ENVELOPAMENTO FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT.

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2008: Ano de cobrar o cumprimento das conquistas médicas

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Cumprimento efetivo do Plano de Cargos e Vencimentos e da GDPM, adoção plena da CBHPM, controle da qualidade das escolas

médicas, contratações de médicos nos hospitais estaduais, condições adequadas de trabalho, regulamentação da medicina e verbas condizentes com a saúde são algumas das lutas que

exigirão empenho e mobilização da classe médica no ano de 2008.

2008: Ano de cobrar o cumprimento das

conquistas médicas

CORREIOSIMPRESSO ESPECIAL

Nº 68001020/2001

DR/SCASSOCIAÇÃO CATARINENSE

DE MEDICINA

ENVELOPAMENTO FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT.

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E x p E d i E n t E

Informativo da Associação Catarinense de Medicina – ACM

Rodovia SC 401, Km 4, Bairro Saco Grande - Florianópolis/SC

Fone/Fax (48) 3231-0300

D I R E T O R I A

Presidente Dr. Genoir Simoni

Vice-PresidenteDr. Aguinel José Bastian Júnior

Secretária GeralDra. Ana Luiza de Lima Curi Hallal

Diretor FinanceiroDr. Ilnei Pereira Filho

Diretor AdministrativoDr. Urubatan Collaço Alberton

Diretor CientíficoDr. Jorge Hamilton Soares Garcia

Diretora de Publicações CientíficasDra. Ademar José de Oliveira Paes Júnior

Diretor de Patrimônio

Dr. Dorival Antônio Vitorello

Diretor de Previdência e AssistênciaDr. Rafael Klee de Vasconcelos

Diretora de Defesa ProfissionalDra. Márcia Regina Ghellar

Diretor das RegionaisDr. Hudson Gonçalves Carpes

Diretora Sócio-CulturalDra. Rose Marie Müller Linhares

Diretor de EsportesDr. Marcelo Fernando do Nascimento

Diretor do Departamento de ConvêniosDr. Edson Carvalho de Souza

Diretora de ComunicaçãoDra. Raquel Helena Berretta Silveira

V I C E D I S T R I T A I S

Sul: Dra. Mirna Iris Felippe Zille

Planalto: Dr. Osmar Guzatti Filho

Norte: Dr. Marcos Alexandre Vieira

Vale do Itajaí: Dr. Sérgio Marcos Meira

Centro-Oeste: Dr. Nilson Fernando Dörl

Extremo-Oeste: Dr. Luiz Fernando Granzotto

D E L E G A D O S J U N T O À A M B

Dr. Remaclo Fischer Júnior

Dr. Murillo Ronald Capella

Dr. Viriato João Leal da Cunha

Dr. Jorge Abi Saab Neto

Dr. Théo Fernando Bub

Dr. Luiz Carlos Espíndola

Dr. Élcio Luiz Bonamigo

Dr. Hudson Gonçalves Carpes

EdiçãoTexto Final – Assessoria de Comunicação

Jornalistas Lena Obst (Reg. 6048 MT/RS)

Denise Christians (Reg. 5698 MT/RS) Diagramação

Sarah Castro (Reg. 2720 MT/SC) Impressão

Gráfica Darwin Tiragem

4.000 exemplares

O m é d i c O n ã O p O d e m a i s e s p e r a r

E d i t o r i a l

A ACM inicia o ano de 2008 com a meta de fa-

zer cumprir as conquistas devidas à classe médica e as promessas ainda não efetivadas junto aos profissio-nais da medicina. Se nos últimos anos o trabalho foi centrado na busca de me-lhorias, este ano que se inicia deve se traduzir na consolidação das vitórias. Não há mais como aguardar vontade política e acertos financeiros, enquanto as respostas são adiadas ou prorroga-das. O médico não pode mais esperar.

É premente a valorização real do pro-fissional que trabalha para o Estado, através do Plano de Cargos e Vencimentos (PCV) e da implantação completa da Gratificação de Desempenho e Produção Médica (GDPM), que tantos esforços exigiram das entidades médicas cata-rinenses, com negocia-ções constantes junto ao Governador e aos gestores da Saúde e da Administração de Santa Catarina. Ao completar um ano de regulamen-tação do PCV, avanços são indispensáveis no caminho já trilhado, in-cluindo a discussão da hora-plantão, que deve garantir valores equivalentes à carga-horária que o mé-dico trabalha.

É certo também que o quadro de mé-dicos ligados à Secretaria de Estado da Saúde (SES) está defasado, represen-tando prejuízo ao atendimento presta-do à população. Esforços nesse sentido devem ser empregados, para que as devidas contratações sejam realizadas com a rapidez, a justiça e a seriedade fundamentais. No entanto, há que se manter as conquistas já obtidas em defesa daqueles que hoje integram os Corpos Clínicos dos hospitais da rede pública estadual de saúde.

Também na luta por uma remunera-ção digna, a garantia da implantação da CBHPM é essencial e exige um es-forço ainda maior de todos, na manu-tenção da união da classe, na busca de

acordos firmados e cumpridos junto aos planos de saúde, sejam eles de autogestão, do sistema cooperativo ou de medicina de grupo. Somente com a integração de nossas forças é que va-mos obter o que traçamos como meta. É preciso, mais do que nunca, manter a mobilização iniciada pelas entidades médicas catarinenses e que tantas res-postas já alcançou nos últimos anos.

Na formação dos novos profissio-nais da medicina também deveremos cobrar as ações anunciadas na esfera federal, que parece dar mostras, nestes primeiros meses de 2008, de que ou-

viu nosso clamor por esco-las criadas pela necessidade social e não comercial, por faculdades adequadas às necessidades da população, por cursos que formem mé-dicos com orientação ética e capacidade para atender as demandas da comuni-dade. É ainda da esfera fe-deral que vamos cobrar as verbas devidas para a área da saúde, assim como a re-gulamentação da medicina, que se arrasta no Congresso Nacional, mantendo uma lacuna histórica sem expli-cação em nosso país.

Diante de tantas frentes de ação, a nossa ACM man-

tém firme seu propósito de ser a voz do médico catarinense, de ser a casa dos profissionais da medicina, na qual as portas estão sempre abertas ao di-álogo, para a congregação de forças e engrandecimento da prática médica. A Associação Catarinense de Medicina não é um clube social, mas a entida-de que defende o médico em toda a sua essência, desde o seu aprimora-mento até a busca por condições dig-nas de trabalho, por uma remunera-ção condizente com suas atividades e o respeito que lhe é devido.

Integrar a entidade associativa dos médicos catarinenses é assumir o compromisso com a sua classe e com os ideais da medicina.

dr. GEnoir Simoni P r e s i d e n t e

“ Nossa ACM mantém

firme o propósito

de ser a voz do médico

catarinense,

de ser a casa dos

profissionais da medicina,

na qual as portas estão

sempre abertas

ao diálogo, para a

congregação de forças

e engrandecimento da

prática médica.

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Mantida suspensão do atendimento aos planos de saúde sem acordo

Conforme decisão aprovada em Assembléia Geral de Médicos, o COSEMESC – Conselho

Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina reafirma que está manti-da, até a presente data, a suspensão do atendimento às empresas da UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) que ainda não implantaram a 4ª edição da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos).

Nesse sentido, as entidades médi-cas de Santa Catarina esclarecem que os casos de médicos e Sociedades de Especialidades que decidiram acatar propostas de planos, que não as apro-vadas pelo COSEMESC, serão de in-teira responsabilidade daqueles que assim decidiram se posicionar.

As representações médicas são sabe-doras da forte insistência de algumas operadoras de planos de saúde, com a apresentação de propostas isoladas junto aos profissionais da categoria. No entanto, mantêm-se na importante luta em prol da digna remuneração da medicina catarinense e da necessária união dos profissionais na busca das respostas que a categoria necessita.

d E f E S a d a C B H p m

COSEMESC não se responsabiliza por decisões isoladas de volta ao atendimento

• Consulta médica = R$ 40,00.• Honorários médicos = CBHPM

com redutor de -18%.• UCO (Unidade de Custo Operacional,

para exames e procedimentos comple-mentares) = CBHPM com redutor de -28%.

ASSEFAZ, CAPESESP, CAIXA, CELOS, CONAB, ELETROSUL, ELOS, EMBRATEL, FASSINCRA, GEAP, MINISTÉRIO PUBLICO DO TRABALHO, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, PROASA, PRÓSAÚDE-ALESC e TRACTEBEL ENERGIA

CORREIOS – Proposta apresentada: Consulta Médica a R$ 40,00 (adotada desde agosto de 2007) e implantação da 4ª edição da CBHPM a partir de 01 de julho de 2008.

PETROBRÁS – Proposta apresenta-

Te r m i n o l o g i a d a C B H P M p r o n t a p a r a a T I S S

O Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar discute os úl-

timos detalhes para que a CBHPM (lista unificada de procedimentos médicos) seja publicada e adota-da por todas as operadoras de pla-nos de saúde até o início de junho deste ano. “Agora a terminologia da CBHPM está pronta para ser utiliza-da pela TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar), de uso obri-gatório para todas as Cooperativas Médicas, Seguradoras de Saúde, planos de Autogestão e Medicina

de Grupo em atividade no país”, co-memora o presidente da Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM e representante da Associação Médica Brasileira (AMB) no Comitê, Dr. Florisval Meinão.

Com o trabalho de adequação termi-nado, cujo início se deu em junho de 2007, o Comitê decidirá quando a lista unificada de procedimentos médicos será publicada. Segundo Dr. Meinão, a AMB ficará a disposição das opera-doras de saúde para esclarecer dúvi-das referentes à implantação da nova lista. “Vamos fazer um acompanha-

mento para que até junho todas as empresas trabalhem com o mesmo código”. Participam das negocia-ções representantes da AMB, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Unidas (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), Fenasaúde, SulAmerica Saúde, Amil, Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), Unimed e Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP).

Acordo firmado pelo COSEMESC

Planos ainda sem acordo

da: Consulta Médica a R$ 40,00 (ado-tada desde agosto de 2007), UCO de -26,93% e Honorário Médico com re-dutor de -15,04%.

CASSI – Proposta apresentada: Consulta Médica a R$ 42,00, UCO de -27% e Honorário Médico com Redutor de -17%.

FUNSERVIR e SESEF – Ainda não apresentaram proposta.

Planos que já firmaram acordo

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O COSEMESC comunica aos médicos catarinenses que está encaminhando ações

judiciais para obter respostas nos pontos discordantes das interpre-tações das leis que garantem as conquistas da classe no Plano de Cargos e Vencimentos (PCV) da Saúde e na criação da Gratificação de Desempenho e Produtividade Médica (GDPM). A decisão deve-se ao fato do Conselho Superior das Entidades Médicas do Estado de Santa Catarina estar enfrentando grande desgaste no processo de ne-gociação em defesa da GDPM, na busca de soluções aos problemas causados pela gestão pública.

Nos últimos oito meses (de junho de 2007 a janeiro de 2008), os diri-gentes das entidades médicas vêm participando de longas reuniões em horários inconvenientes, impasses, demora nas decisões e fatores con-comitantes como TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), ponto eletrônico, demissão de ACT (con-tratos temporários), falta de assis-tência, reuniões com outros sin-dicatos e com Ministério Público Estadual. Durante esse período, foi mais fácil acusar o COSEMESC da demora nas soluções do que aos verdadeiros culpados pelos erros na implantação de planos e gratificações.

É importante esclarecer, contudo, que as entidades médicas, como

sempre, procuraram a negociação como o caminho mais curto, evitan-do medidas judiciais (sempre demo-radas) para solucionar os impasses. Em 2006, o Conselho Superior das Entidades Médicas também levou 8 meses para obter reparação, ainda que parcial, do tratamento injusto aos médicos pela Lei 323. Desta vez, a categoria médica conta com as leis ao seu lado, e não apenas promessas ou simples acordo.

Anterior a março de 2006:Vencimento básico (GR36NV13Ref01) = R$ 282,0860 horas-plantão (valor da hora 5,29) = R$ 317,40 Adicional de pós-graduação -13%=R$ 36,67TOTAL* = R$ 636,15* Não estão incluídos adicionais de insalubri-

dade, tempo de serviço ou vantagem pessoal.

A partir de março de 2006 (PCV)Vencimento básico (GR14NV21Ref01) = R$ 1.200,0060 horas-plantão (valor da hora 22,50) = R$ 1.350,00

E f e i t o s f i n a n c e i r o s s o b r e a r e m u n e r a ç ã o m é d i c a - Va l o r e s s e m P r ó - l a b o r e :

COSEMESC encaminha ação judicial em defesa das conquistas no PCV e da GDPM

Histórico do Plano de Cargos e Vencimentos da área da Saúde de Santa Catarina

• Em 2005 foi constituída Comissão para Elaboração de um Plano de Cargos e Vencimentos (PCV) para a Secretaria de Estado da Saúde (SES), composta de membros do governo e um representante do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos da Área da Saúde de Florianópolis (SINDSAÚDE). O Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC) solicitou participação na

comissão, mas não foi atendido. • Durante o período de elabo-

ração do PCV, o SIMESC solicitou vistas do projeto, mas também não foi atendido. Quando a proposta do Plano estava quase concluída e foi colocada em consulta pública, o Sindicato dos Médicos encaminhou análise do projeto, apresentando in-consistência e oferecendo sugestões para alteração. Mas quase todas as

sugestões foram ignoradas. • Em 02 de março de 2006 foi san-

cionada a Lei Complementar 323, instituindo o Plano de Cargos e Vencimentos para os servidores lota-dos na Secretaria de Estado da Saúde. Ficaram efetivados os pontos críticos apontados pelo Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC), que imedia-tamente reagiu, prevenindo sobre

Açõ e s J u d i c i a i s p ro p o s t a s• Concessão da GDPM nas uni-

Adicional de pós-graduação - 13%= R$ 156,00TOTAL = R$ 2.706,00

A partir de março de 2007:Vencimento básico (GR14NV21Ref01) = R$ 1.200,0060 horas-plantão (valor da hora 22,50)= R$ 1.350,00Adicional de pós-graduação - 19%** = R$ 228,00 Gratificação de emergência e UTI = R$ 600,00GDPM = R$ 2.400,00TOTAL = R$ 5.778,00 ** A partir de janeiro de 2007

dades de saúde, sob a gestão do Estado, ainda não contempladas (regionais de saúde, vigilância em saúde, auditoria etc.).

• Adicional de emergência e UTI para emergência obstétrica (e outras).

• Correção do Adicional de Pós-Graduação (especialização) devido a erro de cálculo, retroativo a mar-ço de 2006.

• Concessão de GDPM aos inativos.• Recuperação de valores não

pagos a título de ultrapassarem teto remuneratório (inclusão de horas-plantão).

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as distorções que provocariam des-contentamento da categoria médica, desmotivação e, por fim, reflexos na assistência prestada à população.

• Foram apresentados pelo COSEMESC, então, as 5 principais reivindicações para minimizar os efeitos negativos e restabelecer os padrões remuneratórios dos médi-cos, aproximando-se do Piso Salarial proposto pela FENAM.

• Reivindicações feitas pela classe médica:

a) Gratificação de 200% sobre o vencimento básico (R$ 2.400,00).

b) Gratificação de 50% sobre o vencimento básico (R$ 600,00) para os médicos que atuavam em Emergência, UTI e Centro Cirúrgico.

c) Adicional de Pós-graduação de 30% para especialização.

d) Redução da jornada de 40 para 30 horas semanais (eliminando a dis-criminação da categoria médica).

e) Aumento do número de horas para o afastamento de médicos com mandato classista. Inicialmente as reivindicações foram rejeitadas.

• Após longa negociação (cerca de 8 meses), inúmeras reuniões e 2 paralisações, foram atendidas 4 das 5 reivindicações (exceto a primeira - a gratificação de 200%), com al-teração no percentual do adicional de pós-graduação, que passou para 19% (no plano era de 13%). Essas alterações foram introduzidas atra-vés da Lei Complementar 369, de 28 de dezembro de 2006, que modi-ficou a redação da Lei 323.

• Nenhuma reivindicação foi feita relativa a sobreaviso ou hora-plan-tão. Nesse sentido, ficou mantida a redação da Lei 323, embora alguns dos efeitos ainda não houvessem sido sentidos por falta de implan-tação da nova sistemática. O pa-gamento deveria ser posterior ao cumprimento e correspondente ao número exato de horas trabalhadas. O valor da hora-plantão havia au-mentado devido ao aumento do ven-cimento básico, de R$ 425,00 para R$ 1.200,00. A hora-plantão corres-pondia a um acréscimo de 50% do valor da hora normal.

• A última reivindicação ainda não atendida permaneceu em discussão e não apresentava sinais de progres-so nas negociações. A SES sugeriu a possibilidade de incluir na negocia-ção o pró-labore na forma de rateio, convertido em gratificação de produ-tividade (o que equivalia a cerca de

R$ 1.800,00). Atingiria apenas aque-les que recebiam pró-labore. Esse va-lor era considerado inaceitável pelas entidades médicas. O COSEMESC foi, então, desafiado a apresentar propos-ta de projeto de lei que estabelecesse a gratificação em substituição ao pró-labore. O anteprojeto foi apresentado após aprovação em Assembléia Geral dos Médicos, em outubro de 2006. O valor mínimo da Gratificação de Desempenho e Produtividade Médica (GDPM) seria de R$ 2.400,00 e so-freria progressões até R$ 4.000,00, incluindo os inativos. A proposta sofreu pequenas alterações na SES (que causaram dúvidas e problemas na execução) e foi encaminhada para a ALESC (Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina), sendo convertida na Lei 13.996, sancionada pelo Governador em 16 de abril de 2007 (com efeitos financeiros a partir de março de 2007).

• Com a implantação da GDPM (em

maio de 2007) foram também efetiva-das as medidas previstas na Lei 323 (com muito atraso), principalmente os cálculos de hora-plantão na nova sistemática. O valor da hora-plantão havia aumentado com a implantação do PCV e seria insustentável a pro-posta de manutenção do pagamento para horas não trabalhadas.

• Diante dos equívocos na interpre-tação das leis, que ocasionaram con-fusões, erros de cálculo e insatisfa-ções, em junho de 2007 iniciaram as negociações para solucionar os erros

na implantação da GDPM.• Alguns enganos começaram a ser

desfeitos após longa série de reuni-ões, pareceres e exposições de mo-tivos. Em agosto ficou decidido que a gratificação de emergência e UTI seria devida àqueles com carga-horá-ria exclusiva no setor e não mais o cálculo de horas no mês. Em setem-bro ficou resolvida a questão relati-va ao pagamento da GDPM durantes os afastamentos (não estava sendo paga). Em outubro ficou resolvida a questão da desburocratização na documentação relativa ao adicional de pós-graduação (RQE) e também o compromisso de rever e pagar as diferenças a menor na GDPM e adi-cional de pós-graduação. Em novem-bro ficou definido que o pagamento das diferenças iniciaria em janeiro de 2008, o que, por questões orçamen-tárias, foi adiado para fevereiro de 2008. Em janeiro de 2008 o adicional de pós-graduação foi pago, alcançan-do cerca de 400 médicos que já ha-viam requerido o benefício.

• Em fevereiro de 2008, ainda permanecem outros problemas, como o erro no pagamento do adi-cional de pós-graduação (ocasio-nado pela Secretaria de Estado da Administração) e a recusa no paga-mento da gratificação de emergên-cia na obstetrícia (não reconhecida como emergência). Ainda alguns locais de trabalho não foram enqua-drados e muitos inativos não foram contemplados. Para essas últimas situações está sendo proposto ajui-zamento de ação judicial, por esgo-tarem-se as vias administrativas.

• A solicitação de extensão da GDPM aos servidores federais cedi-dos ao Estado depende de parecer da Procuradoria do Estado e en-frenta resistências de ordem legal, gerando dúvidas sobre os efeitos previdenciários. Com a municipali-zação de unidades estaduais (trans-

ferindo a gestão para o município de Florianópolis), mais um fator com-plicador foi adicionado e ameaça os atuais detentores da GDPM que es-tão lotados nas unidades de saúde requeridas pela capital catarinense.

• Atualmente está sendo discuti-da a possibilidade de mudança na forma de cálculo da hora-plantão – sobre a remuneração e não sobre o vencimento.

• Também estão em discussão os critérios para a progressão da GDPM.

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Valorização da Medicina e respeito à Saúde

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Presidentes das Regionais Médicas da ACM relatam suas expectativas para as áreas médica e da saúde no ano de 2008.

Esperamos que o fim da CPMF não interfira na qualidade do atendimento do SUS e que os governos federal, estaduais e municipais aumentem as verbas para a área da saú-de. É nosso anseio também a adequação necessária dos valores do sobreaviso, com um reordenamento em todas as especialidades, e que os valores sejam condizentes com o desempenho da classe médica. Que seja implantado o Plano de Cargos e Vencimentos e que Caçador receba equipamentos para melhorar o atendimento da população, evitando transporte dos pacientes para grandes centros e valorizando o trabalho médico local. Que as metas da ação primária sejam atingidas e que possamos atuar mais na prevenção das doenças, evitando gastos maiores.

Dra. Maria Lúcia Bertolini Presidente da Associação Médica de Caçador – AMC

A expectativa para 2008 se faz em basicamente três fronteiras: em primeiro lugar, a adoção da CBHPM nos planos de saúde, abrangendo mais procedimentos; em segundo, a formação de melhores profissionais dentro das escolas médicas, com aval mais abalizado; em terceiro, a implantação de um plano de carreira, cargos e salários para o médico do SUS, que parece não ter muito valor aos governantes. É claro que também esperamos maior responsabilidade em resoluções direcionadas aos profissionais de nossa área, dando mais condições para a busca de melhores diagnósticos e terapêuticas aos pacientes. Também é necessário maior responsabilidade na articulação e disponibilidade de recursos à saúde, favorecendo a popu-lação com melhor atendimento e qualidade de vida.

Dr. Ricardo Martins Presidente da Regional Médica da Zona Carbonífera (RMZC) – Criciúma

Muitas são as conquistas que almejamos para 2008, com destaque maior para a aplicação da CBHPM nos planos de saúde e nas Unimeds, sem redutor. Além disso, ressaltamos as se-guintes causas: adequação da Tabela SUS (não apenas reajuste de uma tabela já defasada); o cumprimento de todos os pontos acordados com o Governo do Estado em relação à GDPM; a melhoria na infra-estrutura da rede pública; transparência na aplicação dos recursos destina-dos à saúde em cada município; maior valorização do médico especialista, com abertura de concurso público municipal e estadual, assim como remuneração adequada; a proibição de abertura de novos cursos e a fiscalização dos já existentes; maiores investimentos e ações efe-tivas no plano preventivo (doenças crônicas e epidêmicas); a avaliação dos reflexos da postura arbitrária do Ministério Público na aplicação do TAC (Termo de Ajuste de Conduta).

Dr. Hamilton Cé Presidente da Associação Médica da Serra – Lages

Estamos centrando nossos objetivos em aumentar o quadro de associados no decorrer des-te ano, fazendo com que a nossa Regional fique cada vez mais representativa. As atividades de educação continuada também fazem parte de nossos objetivos e esperamos que os alu-nos do curso de graduação de medicina da região saibam aproveitar as atividades que serão realizadas. Quanto aos demais projetos, confiamos que 2008 será muito produtivo, porque já tivemos vários avanços na área da saúde em nossa região, entre eles o credenciamento de novos serviços, como a quimioterapia. Para a classe, a maior meta em 2008 deve ser a valorização da medicina. Esperamos que não somente os médicos, mas também a popula-ção, tenham seus direitos valorizados e que atividades preventivas estejam mais acessíveis. Esperamos que a Saúde se torne, de fato, uma prioridade.

Dr. Márcio TomasiPresidente da Regional Médica Centro Oeste Catarinense - Joaçaba”

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Para nós, o ano que se inicia vem cheio de expectativas, pois em 2008 seremos os responsáveis, junto ao COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médicas), pela realização do FEMESC (Fórum das Entidades Médicas de Santa Catarina), que acontecerá em Fraiburgo, onde gostaría-mos de contar com ampla participação dos colegas de todo o estado. Também na área da saúde temos importantes conquistas a alcançar, como a efetiva valorização dos médicos pelo SUS (Ministério Público) e em todos os níveis: federal, estadual e municipal. Também em termos de mídia, esperamos que a saúde e o trabalho médico sejam respeitados e não explorados.

Dra. Tania Maria de Oliveira Imthon Presidente da Regional Médica de Videira ”

O que se espera para 2008 é que o Brasil tenha uma política de saúde mais digna e eficiente e que nossos dirigentes percebam que o acesso à saúde é um dever de todos os governantes, não só da classe médica. Que o SUS possa respeitar todo e qualquer cidadão, independente de classe social e econômica, facilitando o acesso de todos para o atendimento médico, aca-bando com as intermináveis listas de espera, seja na consulta às diferentes especialidades, ou nos exames complementares. Que o serviço público remunere dignamente os médicos e que não haja mais exploração do trabalho do profissional da medicina. Finalmente, que a profissão médica seja regulamentada no decorrer deste ano.

Dra. Sildja Corrêa de C. SilvestrePresidente da Associação Médica da Região da AMUREL – Laguna

Neste ano de 2008, o nosso principal projeto será aumentar o número de sócios da Regional. Queremos incrementar essa ação através da Campanha ‘Um por Um’, que inicia no mês de março, e consiste em cada sócio trazer um novo membro para o grupo. Como classe, nossas expectativas para o novo ano incluem uma política de saúde mais digna, em todos os sentidos, que garanta a valorização do médico e o resgate da sua dignidade profissional. Também defendemos a qualificação das escolas médicas e o fechamento dos cursos que visam apenas o lucro e não a formação acadêmica, assim como a criação de Residências Médicas adequadas e fortes. Quanto à grande conquista para 2008, creio que seria o reconhecimento da classe em nível estatal e perante a sociedade.

Dr. Valdir Célio KleinPresidente da Regional Médica de Balneário Camboriú

Em 2008, nosso desejo é de que a classe seja mais uníssona com os interesses da sociedade médica, nas lutas por melhorias das condições de trabalho e remuneração. A saúde passa por uma grande e difícil problemática, complexa e desafiadora, no que se refere à evolução médica, que só será vencida com a participação de todos, mudando radicalmente a saúde em nosso país. Além das ações na defesa profissional, nossa Regional também tem como meta prioritária para este ano promover uma maior união da classe médica, estimulando a participação dos sócios já integrantes, bem como os novos.

Dr. Jean Beno Schreiner Lucht Presidente da Regional Médica de Jaraguá do Sul

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Ano de árduo trabalho no cenário nacional

Qualificar e valorizar o mé-dico. É em torno destes objetivos que se estrutu-

ram todas as ações da Associação Médica Brasileira. Qualificar o mé-dico significa trabalhar sobre sua formação graduada, sobre sua es-pecialização e sobre seu contínuo desenvolvimento profissional.

A proliferação de escolas mé-dicas de má qualidade em nosso país torna absolutamente necessá-rio o envolvimento da Associação Médica no processo de avaliação e credenciamento de cursos de medi-cina. Temos desenvolvido gestões junto ao Ministério da Educação e no Congresso Nacional, no sen-tido de coibir a criação de novos cursos de medicina e rever as au-torizações de funcionamento dos hoje existentes. Na Câmara dos Deputados encontra-se pronto para discussão no plenário o pro-jeto de lei nº 65/2003, que, es-pero, seja aprovado e traga subs-tancial contribuição na solução deste problema. Ao lado disso, a Associação Médica tem trabalha-do na elaboração de um projeto de acreditação de escolas médi-cas, acompanhando experiências semelhantes desenvolvidas em associações médicas de outros pa-íses, notadamente, na Associação Médica Americana.

A residência médica é uma for-ma consagrada de especialização em medicina, adotada em todos os países desenvolvidos e obri-gatória para o pleno exercício da profissão médica.

Temos encontrado muita dificul-dade no Brasil em compatibilizar os programas de residência mé-dica/especialização com o pro-gresso da medicina. Se em todos os países bem sucedidos os pro-gramas de residência se estendem de quatro a sete anos, no Brasil há enorme resistência a fazê-los ultrapassar a barreira dos dois ou três anos. Além disso, vê-se uma tendência a limitar o escopo da residência aos programas ditos

d E f E S a d a C B H p mp E r S p E C t i v a S p a r a 2 0 0 8

básicos, como Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia, Psiquiatria e Pediatria, como se as demais quase 50 especialidades médicas não se constituíssem parte da as-sistência integral.

A educação continuada faz par-te do programa central de atuação da Associação Médica Brasileira, que tem buscado acreditar os mi-lhares de especialistas, apoiada na Comissão Nacional de Acreditação e na atualização dos Títulos de Especialista.

O Programa Diretrizes tem sido difundido por todo país, de diver-sas formas e, particularmente, a

partir do Programa de Educação Médica Continuada à Distância, que hoje já ultrapassa as frontei-ras do Brasil e alcança países da América Latina.

A valorização do médico se faz a partir do estabelecimento de referenciais que orientem e defi-nam o escopo da prática clínica, como a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e sua correta aplicação, e das Diretrizes. São esses dois importantes instrumen-tos que garantem a independên-cia da profissão e sua qualidade. Também a CBHPM impôs um novo conceito de valorização do traba-lho médico, ordenando a partir da hierarquização o justo reconheci-

mento pelo trabalho de cada um dos especialistas.

Neste mister, ao lado da repre-sentação médica junto às operado-ras de plano de saúde e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Associação Médica Brasileira tem ainda trabalhado no Congresso Nacional, esperan-do que possamos, ainda este ano, ter aprovado o projeto de lei nº 39/2007, que considera a CBHPM como referencial na fixação da re-muneração do médico no sistema suplementar.

Entendemos que no Sistema Único de Saúde (SUS), a CBHPM também deva ser o instrumen-to de referência. Sua aplicação e a criação de mecanismos para a remuneração direta ao médico, a exemplo do extinto Código 7, são essenciais para viabilizar a ativi-dade do médico como profissional liberal no SUS.

Também faz-se necessário esta-belecer referencial para o trabalho médico em regime de contratação, seja no sistema público ou priva-do, e a Associação Médica tem tra-balhado junto às demais entidades da classe para a implantação do piso salarial definido pelo ENEM, assim como para a elaboração de um Plano de Cargo, Carreira e Salário que uniformize, sob este regime, o exercício da Medicina no Brasil.

Por fim, a regulamentação da profissão médica, projeto de lei nº 7703/2006, foi tratada no Senado Federal e hoje está em discussão na Câmara dos Deputados.

São estas iniciativas, entre mui-tas outras, que nesta oportunida-de destacaria como prioridades para 2008, ano que antecipamos um árduo trabalho e a perspectiva de grandes progressos.

Dr. José Luiz Gomes do AmaralPresidente da Associação Médica

Brasileira – AMB

A valorização do médico

se faz a partir

de referenciais que

orientem e definam

o escopo da prática clínica,

como a CBHPM,

que impôs um novo conceito

de reconhecimento

pelo trabalho de cada um

dos especialistas

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n o t a o f i C i a l

Governo propõe privilégios indevidos a médicos formados em Cuba

Jornais de todo o país abri-ram espaço para a notícia de que o governo federal prepa-

ra um pacote de facilidades para a validação de diplomas de médicos brasileiros formados em Cuba. A idéia seria aprovar no Congresso alguns privilégios inadmissíveis, como a possibilidade daqueles que já concluíram o curso com-plementarem o currículo em al-guma universidade pública, para depois se submeter a uma prova de validação.

A burla explícita ao processo de educação médica brasileira já começa com a possibilidade des-ses formandos concluírem o curso numa universidade pública sem vestibular e custeados pelos cofres públicos. Outra questão grave é que, dessa forma, o governo sim-plesmente acaba com a coerência do processo de revalidação. Para que um diploma seja validado, a premissa é que exista compatibili-dade curricular. Sem a equivalên-cia, não se pode pedir a revalida-ção, muito menos se submeter à prova. Se as disciplinas são dife-rentes, na verdade, o médico, seja formado no país A ou B, simples-mente não possui capacitação e aptidão para atender aos cidadãos brasileiros respeitando as peculia-ridades do sistema de saúde.

Entre uma série de propostas iló-gicas, o governo federal também estaria acenando com a celebração de um acordo para enviar a Cuba professores que ministrariam dis-ciplinas como doenças tropicais e funcionamento do Sistema Único de Saúde especialmente para os estudantes brasileiros. A idéia, teoricamente, seria a de comple-mentar o currículo. A partir daí todos teriam o diploma revalidado automaticamente em nosso país.

Trata-se de mais um grande ab-surdo e de outra incongruência.

Aliás, o problema do ensino médico de Cuba não é a falta de uma disci-plina ou outra. Na verdade, tem nível e foco diferentes do ensino do Brasil.

Faz tempo o go-verno federal bus-ca, por intermédio de subterfúgios, ca-minhos ilegítimos para validar diplo-mas de alunos de medicina brasilei-ros formados em Cuba. Portanto, é fundamental alertar a sociedade sobre os perigos da “importação” de médicos sem que se submetam ao obrigatório processo de revali-dação do diploma.

É indispensável, vale frisar no-vamente, a comprovação de que o médico está apto a responder às necessidades do sistema de saúde do Brasil. E isso vale para os médicos cubanos, bolivianos, americanos, europeus, enfim para todos. Inclusive, como é o caso, para os brasileiros que se formam fora. Um só precedente, a quem quer que seja, é iminente risco aos cidadãos, já que abre a possibili-dade de colocar no atendimento à saúde alguém não qualificado.

Recentemente, o Encontro Nacional das Entidades Médicas fechou uma posição sobre essa questão. Entendemos que os mé-dicos brasileiros e estrangeiros devem se adequar à legislação vigente. Para os formados no ex-terior, impõe-se a revalidação do diploma em moldes uniformes, de-finidos por comissão bipartite, go-verno e entidades médicas, reali-zada sob supervisão do Ministério da Educação em universidades públicas.

Os médicos brasileiros repudiam

todo e qualquer acordo que fira a legislação e privilegie profissio-nais formados em qualquer país.

Por fim, diferentemente do que dizem as autoridades constituí-das, trazer médicos de fora não é solução para o problema da falta de assistência em áreas remotas, pois os mesmos também terão di-ficuldade de assumir tal missão, já que o governo não cumpre seu papel, que seria o de criar condi-ções para atrair os profissionais e garantir sua fixação nessas re-giões. Atualmente, não existe um plano de carreira, não existe a possibilidade de o médico man-ter-se atualizado cientificamente, não existem recursos para o ade-quado atendimento, entre outras deficiências.

São falhas graves de um siste-ma que tendem a se agravar ain-da mais enquanto o governo não assumir suas responsabilidades e abdicar de pacotes absurdos e perigosos

Associação Médica BrasileiraAMBConselho Federal de MedicinaCFMFederação Nacional dos MédicosFENAM

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B o a S n o t í C i a S

Brasileiros elegem médicos como a categoria mais confiável

Nova pesquisa nacional aponta os médicos como a categoria mais confiável

entre os brasileiros. O estudo foi rea-lizado no final de 2007, pelo Instituto de Pesquisa Market Analysis, no qual 71,57% dos en-trevistados escolhe-ram os médicos como os mais confiáveis. O segundo lugar ficou para os economistas, com 48,68%, seguidos dos policiais federais (46,21%), dos juízes (46,10%), contadores (44,08%) e dos ad-vogados (41,58%). O levantamento foi fei-to em oito capitais do país: Belo Horizonte,

Cursos de Medicina terão novas regras para fiscalizar qualidade

A regulamentação e a fis-calização de cursos de Medicina devem ter regras

novas a partir deste ano, seguindo o modelo do que foi feito com os cursos de Direito. O ministro da Educação, Fernando Haddad, con-vidou o ex-ministro da Saúde Adib Jatene para trabalhar no projeto, que terá como ponto de partida os resultados do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), cuja divulgação é esperada para maio.

Segundo dados do MEC, o núme-ro dos cursos de Medicina aumen-tou 86% de 1996 a 2006. O último Censo do Ensino Superior mostra que havia 160 cursos em 2006 e 15,2 mil vagas em vestibulares - eram 7,9 mil em 1996. “Nenhum país do mundo conseguiria criar o corpo docente e a infra-estrutura necessários para atender a mais de 80 novos cursos de Medicina em um prazo tão curto”, disse Jatene.

Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Salvador e São Paulo e vem merecendo ampla di-vulgação pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

A pesquisa repete o resultado já obti-do pelo IBOPE no ano de 2005, quan-do a classe médica obteve voto de 81% dos entrevistados no quesito de confian-ça, ficando à frente até mesmo da Igreja Católica (71%), das Forças Armadas (69%), dos jornais (63%) e dos enge-nheiros (61%).

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral, acrescenta que o País precisa definir quantos mé-dicos precisa, levando em conta o sistema de saúde que tem. “O SUS não pode contratar 150 mil médi-cos, então não adianta formar essas pessoas.” Segundo ele, o País tem hoje 1 médico para cada grupo de 500 habitantes, número próximo do da União Européia.

A fiscalização das faculdades mé-dicas deverá adotar critérios especí-ficos. O ministro Fernando Haddad afirmou que os novos critérios de-verão levar em conta também al-gumas variáveis mais complexas, como as condições dos hospitais e a oferta de residências médicas. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defende o aumento do número de anos para cursos de re-sidência. Para Haddad, no entanto, é preciso primeiro garantir a quali-dade da graduação.

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Joinvilense é o novo Presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia

O médico catarinense Jurandir Coan Turazzi, de Joinville, é o novo Presidente da Sociedade

Brasileira de Anestesiologia (SBA), para o mandato de um ano. Formado em medicina pela Universidade Federal do Estado de Santa Catarina (UFSC) em 1985 e com título de especialista da SBA em 1987, Jurandir Turazzi faz parte do Serviço de Anestesiologia de Joinville (SAJ). Empossado para o novo cargo no último dia 12 de janeiro, o médico as-sume a missão de liderar a categoria na entidade na qual já atuou como Vice-Presidente, e para onde levará também a experiência adquirida na presidência da Sociedade de Anestesia do Estado de Santa Catarina (SAESC), durante os anos de 1996 a 1999.

O trabalho da especialidade em Joinville é reconhecido nacionalmente. O centro de ensino e treinamento man-tido pela SAJ também é destaque no país. Um dos desafios do Dr. Jurandir na nova função é dar condições a todos os anestesiologistas brasileiros de cumpri-rem integralmente a resolução do CFM 1802 de 2006, a qual tornou obrigatória a utilização de diversos equipamentos, procurando conseguir junto aos órgãos responsáveis facilitação para aquisição dos mesmos. “Pretendemos também dar continuidade às ações que visem melhoria da remuneração do anestesio-logista, seja no SUS como também na Saúde Suplementar. Na área científica, pretendemos desenvolver um curso a distância que aborde os temas exigidos no programa de formação de nossos es-pecialistas, para que ao final de três anos tenhamos abordado todo o programa”.

O médico catarinense já foi presiden-te e membro da Comissão de Ensino e Treinamento da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (2000 a 2002), Diretor do Departamento de Defesa Profissional da SBA (2004 a 2006) e membro da Comissão Nacional de Honorários Médicos da Associação Médica Brasileira (AMB). Autor de artigos publicados na Revista Brasileira de Anestesiologia, co-editor do livro “Ensino a Distância”, da SBA, e co-autor do capítulo “Clínica de Avaliação pré-operatória”, no livro “Medicina Perioperatória”, também da SBA.

“Ser o Presidente da SBA neste ano, acima de tudo é uma grande honra. Após uma participação efetiva na entidade nos últimos anos, sinto-me confiante em po-

Membros da Diretoria da SBA

Dr. Jurandir Coan Turazzi (centro) foi empossado junto à sua Diretoria, no último dia 12 de janeiro

Empossada nova Diretoria da Sociedade de Cardiologia em Santa Catarina

A Sociedade Brasileira de Cardiologia-Seção Santa Catarina comunica a no-minata de sua nova Diretoria, para o biênio de 2008-2009:

Dr. Harry Corrêa Filho - PresidenteDr. Siegmar Starke - Vice-PresidenteDr. Sérgio Luiz Zimmermann -

Diretor AdministrativoDr. Artur Haddad Herdy - Diretor

FinanceiroDr. Jamil Cherem Schneider - Diretor

de Qualidade AssistencialDr. Evandro de Campos Albino

- Diretor de Relações com a SBC/FUNCOR

Dr. Amberson Vieira de Assis - Diretor de Comunicação

Dr. Antônio Felipe Simão - Diretor Científico

Diretores RegionaisDr. Conrado Roberto Hoffmann Filho

– Norte e Planalto NorteDr. Marcos Vinicius Claussen Moura- Vale do ItajaíDr. Danilo S. Peressoni Castro – SulDr. Paulo Roberto Waltrick

– Planalto Dra. Marinês Bertolo Peres – Centro

Oeste e Oeste

Presidente:

Vice-Presidente:

Secretário Geral:

Tesoureiro:

Dr. Jurandir Coan Turazzi (SC)

Dr. Luiz Antonio Vane (SP)

Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes (RJ)

Dr. Henri Brausntein (RJ)

Diretora do Departamento Científico: Dra. Nádia Maria da Conceição Duarte(PE)

Diretor do Departamento de Defesa Profissional:

Dr. José Mariano Soares de Moraes(MG)

Diretor do Departamento Administrativo: Dr. Airton Bagatini (RS)

der dar continuidade aos serviços presta-dos por nossa Sociedade aos seus mais de sete mil sócios e procurar desenvolver novos projetos que permitam à SBA cum-prir com seu papel fundamental, que é atuar intensamente no ensino, educação

continuada e defesa profissional. Conto, para isso, com o apoio irrestrito de meus sócios do Serviço de Anestesiologia de Joinville, os quais não medem esforços para me darem liberdade de atuação à frente da diretoria”.

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v a l o r i z a ç ã o d o E n S i n o m é d i C o

ACM entrega 1ª edição da Medalha Roldão ConsoniSabidamente o curso de Medicina é o mais longo e mais puxado entre os cursos de graduação. Começa com o mais con-corrido vestibular, seguido por seis anos de intensos estudos, muitas noites em claro e pouca vida social, até a forma-tura. Mas ainda não acaba aí. Depois, são no mínimo mais dois anos de Residência Médica, fora a especialização. Por isso, o reconhecimento, depois de tanto esforço, é mais do que merecido, é justo. Com a criação da Medalha Dr. Roldão Consoni, a Associação Catarinense de Medicina premia o esforço dos alunos que conquistam a melhor colocação nos cur-sos de Medicina em atividade em Santa Catarina. A primeira edição do prêmio aconteceu no final de 2007, envolvendo a Universidade Federal, em Florianópolis (UFSC), e as Universidades de Blumenau (FURB), Joinville (UNIVILLE), Itajaí (UNIVALI), Tubarão (UNISUL) e Criciúma (UNESC).

UFSC “Receber a Medalha Dr. Roldão Consoni é um reconhecimento muito importante e nem sei como descrever como estou feliz pela conquista”, relata a Dra. Caroline Kroeff Machado, primeira colocada no curso de Medicina da UFSC, que recebeu a premiação das mãos do Presidente da ACM, Dr. Genoir Simoni. Atualmente, a nova médica está na Escola Paulista de Medicina, em São Paulo, fazendo Residência Médica em Cirurgia Geral. “Por estar fora de Santa Catarina ainda não me associei à ACM, mas pretendo fazê-lo quando retornar ao estado, por considerar muito importante o trabalho desempenhado pela entidade”. Caroline não sabe ao certo quando decidiu que seria médica, mas acredita que foi aos 13 ou 14 anos. “Sempre gostei da área da saúde e também da idéia de po-der ajudar as pessoas. A medicina tem uma aura de encanto, um aspecto mágico, pelos resultados que promove. É uma ciência muito admirada. Por isso, estou muito satisfeita”.

FURBA Dra. Jaciara Raiter recebeu a Medalha Dr. Roldão Consoni das mãos

da Dra. Elisabeth Ternes Pereira, Secretária de Saúde de Blumenau e Presidente da Associação Médica de Blumenau. “Considero esta medalha muito importante, não por vaidade pessoal, mas pela pessoa que deu nome ao prêmio. Fiquei muito honrada e lisonjeada, pois considero essa uma excelente maneira de começar minha vida profissional”. A nova mé-dica pretende se engajar desde cedo no movimento associativo da classe porque reconhece a importância da união para a defesa dos interesses dos médicos e dos pacientes. “São muitas as reivindicações e as conquistas a serem alcançadas. Quero fazer parte das ações da categoria e as promoções de congraçamento da ACM”. A Dra. Jaciara já está cursando Residência em Clínica Médica no Hospital Santa Isabel, em Blumenau. “Estou dividi-da entre fazer especialização em Hematologia ou Endocrinologia”.

UNIVILLE “A entrega da Medalha Dr. Roldão Consoni foi algo inesperado.

Lembro que na hora que chamaram meu nome para recebê-la, meu corpo tremeu, suei frio e tive uma explosão de felicidade, por ganhar um prêmio que leva o nome de uma autoridade na área médica e que tem um significado inestimável para toda a sociedade”, descreve o Dr. Jaques Dieter Bayerl, que recebeu o prêmio das mãos do Dr. Conrado Roberto Hofmann, renomado cardiologista e Presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina. “Desde criança o funcionamento do corpo humano exerceu grande fascínio sobre mim. Por isso optei pelo curso de Medicina. Também contribuiu para a minha escolha o desejo de poder aliviar o sofrimento, ou até mesmo curar as enfermidades das pessoas”.

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UNIVALI “Além de uma grande honra, receber a Medalha Dr. Roldão Consoni sig-

nificou o reconhecimento de um esforço de muitos anos e a prova de que valeu a pena”, desabafa a Dra. Sílvia de Souza Kretzer, que já está fazen-do Residência Médica no Hospital das Clínicas, em Porto Alegre. “Medicina é um curso muito difícil, mas que me trouxe recompensas todos os dias. Não sei o que faz alguém ser a primeira colocada em sua turma, e talvez seja injusto o prêmio ser entregue a uma só pessoa, mas o importante é valorizar o que a faculdade oferece, escutar os professores, estudar bas-tante, desenvolver desde cedo o relacionamento com o paciente, enfim, compreender que uma formação completa é realmente essencial”. A nova profissional também considera muito importante a consciência associa-tiva e social do médico. “Acho que as associações da categoria são um meio de manter os médicos unidos, defendendo seus interesses legítimos e obtendo mais força para buscar o aperfeiçoamento da profissão”.

UNISUL O Dr. Thiago Simiano Jung revela que embora tenha se dedicado mui-

to aos estudos durante sua vida acadêmica, o fato de ter se destacado entre os melhores foi uma grande surpresa. “Receber um prêmio desta magnitude, que carrega o nome do desbravador do ensino médico em Santa Catarina, enche-me de orgulho e motiva ainda mais o meu exercício profissional. No dia da formatura, foi emocionante ouvir o orador chamar meu nome para receber a Medalha Dr. Roldão Consoni”. De origem sim-ples, não foi fácil para a família financiar a faculdade do novo médico, que procurou aproveitar a oportunidade, honrar o esforço dos pais e garantir seu futuro. “Ser médico é ser fonte de esperança e de conforto em mo-mentos delicados e frágeis da vida”. Para o Dr. Jung também é importante, desde cedo, participar das lutas da classe: “as conquistas dependem de união e organização”.

UNESC A Dra. Luciana Carvalho Costa recebeu a Medalha Dr. Roldão Consoni das mãos do Presidente da Regional Médica de Criciúma, Dr. Ricardo Martins, fato que a lisonjeou ainda mais pela conquista. “Foi uma surpresa e uma grande emoção. O fato de ser a formanda com melhor nota na minha faculdade foi uma grande vitória e, ao mes-mo tempo, uma grande responsabilidade no meu caminho profissio-nal”. Segundo a Dra. Luciana, durante todo o período acadêmico ela procurou se dedicar ao curso com verdadeiro empenho. A decisão de escolher o mais longo e concorrido curso não foi tomada em cima da hora, por impulso. “Desde criança eu soube que queria ser médica, ser pediatra”. Para ela, o associativismo é de extrema importância para a classe em geral, “porque defende os interesses dos profissionais e esti-mula a melhoria técnica, profissional e social dos médicos”.

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Neste ano de 2008, a ACM realizará a 17ª edição do Congresso Catarinense

de Medicina, no período de 2 a 4 de outubro, no CentroSul, em Florianópolis. O maior even-to científico da classe em Santa Catarina reunirá colegas de todo o estado e terá como tema cen-tral os “Avanços na Medicina” nas principais áreas de atua-ção da prática médica: Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Clínica Cirúrgica e Medicina da Família. O objetivo maior é promover o aprimoramen-to profissional através do debate em torno das grandes atualizações e da evolução no setor, elevando a medicina no estado e permitindo o aperfeiçoamento da categoria.

De acordo com o Presidente da Comissão Científica do Congresso,

Vem aí o 17º Congresso Catarinense de Medicina

Dr. Jorge Hamilton Garcia, que é Diretor Científico da ACM, “o evento será um momento para discutir como fica a relação mé-dico-paciente frente ao exponen-cial crescimento tecnológico; uma oportunidade para refletir a res-peito do distanciamento que pode ocorrer entre o profissional e o seu cliente, na medida em que a tec-nologia permite a prática clínica até mesmo a distância”. A expec-tativa do coordenador dos traba-lhos é trazer ao debate o fato dos médicos estarem constantemen-te recebendo um grande número de informações, numa verdadeira ‘avalanche tecnológica’ que cres-ce de forma positiva e, ao mesmo tempo, exige cada vez mais do profissional um aprimoramento científico e, inclusive, um maior treinamento técnico frente a no-

vas máquinas, dispositivos, proce-dimentos diagnósticos e terapêu-ticos que venham a acrescentar e trazer mais segurança e conforto tanto para o médico como para os seus pacientes.

“Para abrilhantar o Congresso teremos palestrantes vindos de toda Santa Catarina e alguns con-vidados de outros estados. Para isso, estamos firmando parce-rias e buscando patrocínios com empresas que tenham interesse de divulgar seus produtos para a classe médica, principalmen-te empresas farmacêuticas e de materiais médicos e hospitalares, que também podem participar da Feira de Produtos e Serviços da Saúde, que acontecerá simul-taneamente ao evento científico, como em anos anteriores”, ressal-ta o Diretor da ACM.

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Programa CientíficoMÓDULO I - 28 e 29 de marçoCrise Hipertensiva / Laboratório

em Infectologia /Artralgias / Tumo-res Hipofisários / Macrolídeos / Demência / Hipertensão Refratária / Pneumonias Atípicas / Abordagem do Coma / Check Up / Osteoporose - é possível prevenir na infância

MÓDULO II - 25 e 26 de abrilDPOC Descompensado / Leptos-

pirose / Lombalgias / Insuficiência Adrenal / Antifúngicos / Prevenção em Geriatria / Insuficiência Cardíaca no Ambulatório / Pneumonias Comuns / Ansiedade / Queimaduras / Câncer de Pele

MÓDULO III - 30 e 31 de maioPancreatite Aguda / Raiva / LER-

DORT / Síndrome Eosinofílica / Cefalosporinas / Infecções no Idoso / Arritmias / Sarcoidose / Alcoolismo e Síndrome de Abstinência Alcoólica / Otites / Sinusites / Leucemias

MÓDULO IV - 27 e 28 de junhoCetoacidose Diabética / Meningite

/ Ombro Doloroso / Laboratório em Hematologia / Quinolonas / Dislipidemia / Pneumocistose / Transtornos Somato-formes e Dissociativos / Labirintopatias / Rx de Tórax na Emergência

MÓDULO V - 25 e 26 de julhoECG

MÓDULO VI - 29 e 30 de agostoInsuficiência Coronariana Aguda

/ Hantavirose / Laboratório em Reumatologia / Síndrome Ovários Policísticos / Penicilinas / Atividade Física no Idoso / Doença Arterial Periférica / Dor Torácica não Cardiogênica / Intoxicação por Substâncias Psicoativas / Código de Ética Médica / Radiologia de Abdome

MÓDULO VII - 26 e 27 de setembro

Abdome Agudo / HIV / Tumores Ósseos / Tireoidites / Aminoglicosídeos / Depressão no Idoso / Hiperaldosteronismo / Paracoccioidomicose / Tabagismo /

Responsabilidade Civil e Criminal / Acidente com Animais Peçonhentos

MÓDULO VIII - 24 e 25 de outubro

Insuficiência Renal Aguda / Síndrome Mononucleose Like / Hiperparatireoidismo / Complicações Crônicas da Diabettes Mellitus / Drogas Anti-Estafilocócicas / Interação Medicamentosa no Idoso / Insuficiência Coronariana Ambulatorial / Diagnóstico Diferencial das Oftalmopatias Comuns / Suicídio / Agitação Psicomotora / Atestados Comuns / Atestado de Óbito / Acidente com Animais Peçonhentos II

MÓDULO IX - 28 e 29 de novembro

Edema Agudo de Pulmão /Tuberculose / Anemias / Distúrbios da Coagulação / Antivirais / Acidente Vascular Cerebral / Hipertensão Arterial Sistêmica / Asma / Transtorno Obssessivo Compulsivo / Impotência / Frigidez / ACLS na Prática Clínica

Criado através de uma parce-ria entre a ACM e a Sociedade Brasileira de Clínica Médica

– Regional Santa Catarina (SBCM/SC), inicia no próximo dia 28 de março o Programa Catarinense de Educação Médica Continuada, curso aprovado para Certificação de Atualização Profissional pela Comissão Nacional de Acreditação da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina. O Curso iniciou suas atividades no ano de 2007, quando foram reali-zados oito módulos do Programa (com 12 horas de aula cada), reu-nindo 82 inscritos de todas as regi-ões do estado na sede da ACM, em Florianópolis. Para 2008, a progra-mação científica estará dividida em nove módulos, com um total de 100 horas/aula que se desenvolverão de março a novembro, sem intervalo no mês de julho.

Inicia em março o Programa Catarinense de Educação Médica Continuada ACM e SBCM

Público alvoMédicos Clínicos, Generalistas,

Médicos da Família, Emergencistas, Residentes.

ObjetivosAmpliar as possibilidades de atu-

alização e reciclagem através de conteúdos das diversas especialida-des médicas, que convergem para o trabalho do Clínico, nutrindo a sua base de dados, melhorando a ela-boração diagnóstica, privilegiando o método clínico como ferramenta essencial consubstanciada em reso-lutividade e efetividade. Promover e propiciar fundamentos teóricos para que os médicos residentes complementem a sua formação cur-ricular, favorecendo o desempenho profissional inicial.

OrganizaçãoDr. Ademar José Oliveira Paes

Junior – Diretor de Publicações Científicas da ACM Dr. Carlos Roberto Seára Filho - Presidente SBCM/SCDr. Genoir Simoni - Presidente ACMDra. Helena Elisa PiazzaDr. Jorge Hamilton Soares GarciaDr. Klaus PeplauDr. Luiz Afonso dos SantosDr. Luiz Henrique MeloDra. Paula Regina Fischer

LocalAssociação Catarinense de MedicinaRodovia SC 401, Km 04 - Saco Grande - Florianópolis / SCMaria do Mar HotelRodovia João Paulo, 2285 - João

Paulo - Florianópolis / SC

HorárioSextas-feiras: das 19 às 22 horasSábados: das 8 às 12h20min e das

13h30min às 17h30min

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No último dia 17 de dezem-bro, o médico Walmor Erwin Belz, de Blumenau,

completou 50 anos de dedicação à medicina em Santa Catarina. Atuando no Hospital Santa Isabel e integrando o Corpo Docente da Universidade Regional de Blumenau (FURB), o cirurgião é motivo de or-gulho para a classe, por suas con-quistas profissionais, comemora-das ao lado de seus colegas e pela Associação Catarinense de Medicina, entidade da qual é associado e onde

já atuou como Vice-Presidente (1967). Formado em medici-na na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Distrito Federal, especializou-se em Cirurgia Geral (1971), Angiologia e Cirurgia Vascular (1972) e em Angiorradiologia (2003).

Na área científica, teve atua-ção de destaque na Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), onde desde o ano de 2000 é só-cio emérito e já ocupou os car-gos de Diretor de Publicações (1962-1975), 2º Tesoureiro (1979-1981), 1º Secretário

H o m E n a G E m

Santa Catarina comemora 50 anos de Medicina do Dr. Walmor Belz

A p r i m o r a m e n t o p r o f i s s i o n a l e

h o m e n a g e n s Presidente, moderador, pales-

trante e congressista de diversos eventos científicos nas suas áreas de atuação, Dr. Walmor Erwin Belz pontuou sua vida profissional pelo aprimoramento constante, sendo autor de 95 trabalhos apresenta-dos em Congressos e Jornadas in-ternacionais, nacionais, estaduais e regionais. Seu trabalho junto à FURB também merece destaque. Na Universidade, foi Presidente da comissão que implantou o Curso de Medicina (o segundo no estado de Santa Catarina), sendo hoje mem-bro do colegiado da faculdade e professor concursado da cadeira de Cirurgia Vascular.

Com tantos atributos, o médico também já foi merecedor de diver-sas homenagens, destacando-se:

• Ordem do Mérito Angiológico René Fontaine

• Ordem do Mérito Professor Newton Wiethorn da Luz

• Emérito da Associação Médica de Blumenau

• Emérito da Associação Catarinense de Medicina

• Emérito do Centro de Estudos do Hospital Santa Isabel

• Emérito da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular

• Emérito da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional de Santa Catarina

• Cidadão Emérito de Blumenau• Homenagens dos Formandos

de Medicina da FURB nos anos de 1997 e 1998

• Homenagens da Associação Médica de Blumenau nos anos de 1991, 1995 e 1999

• Homenagem do Núcleo de Estudos Catarinenses

Dr. Walmor Belz é titular da Cadeira 23 da Academia Catarinense de Medicina

O médico atua no Hospital Santa Isabel e compõe o Corpo Docente da Faculdade de Medicina da FURB

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(1984-1986), Presidente em vacância (1979) e 2º Vice-Presidente (1999). Na Regional Catarinense da SBACV, além de fundador (1970) atuou como Presidente nas gestões de 1974-1976 e 1982-1984, e Vice-Presidente nas gestões de 1970-1974 e 1992-1993. No Colégio Brasileiro de Cirurgiões, foi fundador (1980), Vice-Mestre (1980-1983) e Secretário (1999). Além dis-so, ocupou o cargo de Presidente da Regional de Santa Catarina no Internacional College of Surgeos e é titular da Sociedade Brasileira de Flebologia e Linfologia.

Na vida associativa foi Presidente, Vice-Presidente, Secretário, membro das Comissões de Defesa de Classe e Científica da Associação Médica de Blumenau (AMBl). É jubilado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (CREMESC) e ex-Conselheiro em duas gestões: 1973-1978 e 1983-1988. Já na Academia Catarinense de Medicina (ACAMED) é membro emérito e titular da Cadeira 23, ao lado dos mestres e ilustres da categoria médica no estado.

No Hospital Santa Isabel, já foi Chefe da Clínica Cirúrgica, Diretor, membro do Conselho, fundador do Centro de Estudos e do Serviço de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular.

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a G E n d a C i E n t í f i C a

VIII Congresso Catarinense de Ortopedia e TraumatologiaII Jornada de Ombro e Cotovelo da Regional SulII Curso de Videoartroscopia e Artroplastia de Ombro Data: 04 e 05 de abril de 2008Local: Jurerê Beach Village – Florianópolis/SCTema Central: Avanços em Cirurgia OrtopédicaPromoção: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT/SC e Sociedade Brasileira de Ombro e Cotovelo – Regional Sul.Durante o Congresso serão deba-tidos diversos assuntos de interes-se da especialidade, com destaque para: trauma na infância, paciente politraumatizado, atividade física no idoso, cirurgia minimamente invasiva na coluna vertebral, entre outros.Informações: www.ccot2008.com.br

I Congresso Sulbrasileiro de Instrumentação em Vídeo CirurgiaData: 24 a 26 de abril de 2008Local: Joinville/SC Informações: Sociedade Joinvilense de MedicinaE-mail: [email protected] Telefone: (47) 3433-1593Fax: (47) 3433-1593

9º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e ComunidadeData: 1 a 4 de maio de 2008Local: Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza (CE) Informações: (11) 3865-5354E-mail: [email protected] Telefone: (11) 3873-1822Fax: (11) 3864-4673A temática do Congresso realça o po-tencial da Especialidade e da Estratégia

de Saúde da Família para qualificar a assistência aos brasileiros.Site: www.sbmfc.org.br

I Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar Data: 1 a 3 de maio de 2008Local: Centro de Eventos do Hotel Serra Azul - Gramado - SC Informações: Acontece EventosE-mail: [email protected] Telefone: (51) 3019-2444Fax: (51) 3012-9148Site: www.medicinahospitalar.com.br

X Jornada Joinvilense de Ginecologia e ObstetríciaData: 3 a 5 de julho de 2008Local: Joinville/SC Informações: Sociedade Joinvilense de Ginecologia e ObstetríciaE-mail: [email protected] Telefone: (47) 3433-1593Fax: (47) 3433-1593

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O Jornal ACM divulga aos médicos catarinenses a AGENDA DA DIRETORIA, com o intuito de permitir uma total transparência das ações da gestão da entidade associativa. O objetivo desta seção do informativo da ACM é ainda o de manter o médico de Santa Catarina permanentemente informado sobre as principais ações desenvolvidas em

sua defesa e que muito necessitam de sua participação e opinião.

a G E n d a d a d i r E t o r i a

DEZEMBRO 03/12 - Reunião Geral de Diretoria 10/12 - Reunião do Conselho Consultivo ACM 15/12 - Assembléia Geral de Delegados, na sede da ACM 17/12 - Reunião da Comissão Estadual de Consolidação e Defesa da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos). 21/12 - Solenidade de formatura dos cursos de Medicina da Univali, em Itajaí, e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis

O Vice-Presidente da ACM, Dr. Aguinel Bastian Junior, recebeu a placa de homenagem das mãos do vereador Walter da Luz, autor da Moção na Câmara Municipal da capital catarinense

JANEIRO 10/01 - Reunião COSEMESC com administradores do plano de saúde da CASSI, para discutir sobre proposta de implantação da 4ª edição da CBHPM 15/01 - Reunião COSEMESC com administradores do plano de saúde da PETROBRAS, para discutir sobre proposta de implantação da 4ª edição da CBHPM 16/01 - Reunião do COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina), na sede do Sindicato dos Médicos (SIMESC) 28/01 - Reunião com Comissão Organizadora do XVII Congresso Catarinense de Medicina

FEVEREIRO 11/02 - Reunião na Secretaria de Saúde do Município de Florianópolis 12/02 - Reunião com gestores da SES, sobre Plano de Cargos e Vencimentos (PCV) e Gratificação de Desempenho e Produtividade Médica (GDPM) 25/02 - Reunião da Diretoria da ACM com a Assessoria Jurídica, sobre seguros 28/02 - Reunião com gestores da SES, sobre PCV e GDPM

29/02 - Audiência com o Diretor Adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Norberto Rech, e entidades médicas, sobre medicamentos anorexígenos e psicotrópicos

ACM recebe Moção de Aplauso na Câmara Municipal de Florianópolis

O vereador e também médico cardiologista Walter da Luz (Dr. Juca) prestou homena-

gem especial à ACM, através de uma Moção de Aplauso, no dia 10 de dezem-bro de 2007, em solenidade realizada na Câmara Municipal de Florianópolis. “Sabemos a grande importância da Associação Catarinense de Medicina para toda a sociedade, e nada mais justo que reconhecer isso publicamen-te, no ano em que ela completou seus 70 anos de atividades”, destacou o vereador.

O médico explicou sua decisão de promover a homenagem pelo reconhe-cimento do trabalho da entidade não apenas perante a classe médica, mas

também para a população. “A ACM tem feito um excelente trabalho, na luta pela implanta-ção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimento Médico (CBHPM), na publi-cação do seu jornal bimestral, sempre com notícias sobre a classe, e na atuação conjunta com as Regionais Médicas, para resolver problemas locais. Além disso, merece ser destacada a publicação da Revista Arquivos Catarinenses de Medicina, as-sim como toda a estrutura que a ACM proporciona e co-loca à disposição dos médicos catarinenses”.

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Tecnologia à disposição dos

associados

Tecnologias da informação de última geração e especializa-das estão cada vez mais pre-

sentes nos consultórios médicos cata-rinenses. Pensando em facilitar ainda mais o acesso a essas modernidades para seus associados, a ACM selou convênio com a empresa Manager Systems, que atua há 20 anos no mercado desenvol-vendo e comercia-lizando sistemas de gerenciamento para clínicas de pequeno, médio e grande porte.

A partir desse convênio, os associa-dos poderão obter descontos especiais na aquisição dos produtos comerciali-zados pela empresa como o software house, gerado especialmente para a área da saúde, ou ainda sistemas para gerenciamento de imagens, voltados para a área de radiologia.

Para elaborar esses programas e ga-rantir a qualidade de seus produtos, a Manager Systems alia o conhecimen-to tecnológico das ferramentas mais modernas do mercado à experiência e know how dos consultores técnicos que formam sua equipe, sendo eles especia-lizados em Engenharia de Sistemas.

“Achamos de fundamental importân-cia divulgar nossos produtos e servi-ços em um veículo tão bem conceitua-do como o Jornal da ACM. Queremos informar a classe médica do Estado de Santa Catarina sobre as ferramentas disponíveis no mercado no que diz respeito ao gerenciamento de serviços de saúde” ressaltou Karina Cherem Salum, responsável pelo marketing da empresa.

E m p r e s a s C o n v e n i a d a sA Associação Catarinense de Medicina oferece a seus associados di-

versos benefícios através de 29 convênios com empresas nos mais va-riados setores. A parceria com estas marcas garante descontos e taxas especiais nos serviços prestados.

Para usufruir destes benefícios e promoções oferecidas através destes convênios, basta apresentar a carteira de sócio, dependente ou funcio-nário da ACM. Confira as empresas conveniadas:

Ar Condicionado• AJL Ar Condicionado

Audiovisual• Standard

Buffet• Styllu’s Buffet

Clínica de recuperação• Clínica Caminho do Sol

Comunicação• Apoio Comunicação

Consórcio de Veículos• Hoepcke

Consultoria de Informática • Manager Systems

Contadores• RG Contadores Associados

Corretora de Câmbio• Confidence Câmbio

Corretora de Seguros• Jomani Seguros

Curso• CCAA - Idiomas

Decoração e Utilidades• Arqflora Decorações

Diagnóstico por Imagem• Sonitec

Distribuidora de livros• ADM Distribuição

Farmácia de Manipulação• Floratha

Hotéis• Cecomtur Hotel• Hotel Maria do Mar• Morro da Silveira Eco Village• Praia Brava Hotel

Loja de Calçados e Bolsas• Arezzo• Mix Urbano • Sininho Calçados

Moda Infantil• Turma da Ilha

Odontologia• Instituto Odontológico Nivaldo Nuernberg

Produtos Hospitalares• Ortonew Técnica Ortopédica• Santa Apolônia Hospitalar

Projetos de Arquitetura• Dreher&Dure

Restaurantes• Lindacap

Tratamento e Estética• Rosana Ramos Philippi

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Carnaval Infantil reúne pequenosfoliões na sede da ACM

O salão de festas da ACM foi in-vadido pelo co-

lorido e a animação das fantasias de bailarinas, meninas super-podero-sas, super-homens, ín-dios e piratas na tarde de 05 de fevereiro, du-rante a Baile de Carnaval Infantil, evento já con-sagrado no calendário social da entidade e que mais uma vez teve seu sucesso confirmado na edição de 2008. A partici-pação de associados e seus filhos ou netos na festa é motivo de satisfação da Diretoria da Associação Catarinense de Medicina, que anualmente prepara a festa com o objetivo de integrar cada vez mais os profissionais da medicina e suas famílias na “casa do médico”.

Pequenos foliões e seus familiares lotaram o salão da ACM na terça-feira de Carnaval e se divertiram ao som da banda CAS, até o entardecer

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